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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

CAMPUS CLÓVIS MOURA


COORDENAÇÃO DO CURSO DE GEOGRAFIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I

AMANDA IAMARA DE SOUSA DA SILVA

RELATÓRIO GERAL - ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I

TERESINA
2023
AMANDA IAMARA DE SOUSA DA SILVA

RELATÓRIO GERAL – ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I

Relatório apresentado ao curso de Licenciatura Plena em


Geografia da Universidade Estadual do Piauí, Campus
Clóvis Moura para fins avaliativos da disciplina de Estágio
Curricular Supervisionado I sob orientação do professor da
Disciplina Raimundo de Melo da Paz Sobrinho.

TERESINA
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4

1.1 Delimitação do Estágio Curricular Supervisionado I......................................................4

2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................5

2.1 Registro geral da etapa de observação..............................................................................5

2.2. Registro geral das aulas ministradas: regência...............................................................7

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................12

APÊNDICES...........................................................................................................................14

ANEXOS..................................................................................................................................91

36b5r5
INTRODUÇÃO
O Estágio curricular é uma das etapas essenciais para a formação docente, já que busca
por em prática os conhecimentos adquiridos pela formação teórica, bem como ambientar
profissionalmente os futuros professores, que no caso do curso em questão, são preparados
para o ensino de geografia na educação básica.
De acordo com Silva e Barbosa (2018) apud Tardif (2012), os saberes docentes são
constituídos dos saberes a partir da formação profissional, disciplinares, curriculares e
experienciais. Desse modo, percebe-se que a prática do estágio e todas as suas etapas são
elementos primordiais para o início da formação dos saberes experienciais, tendo em vista que
esses saberes são constantemente adquiridos no decorrer da profissão docente.
Sobre o ensino de Geografia como disciplina escolar, Oliva (2005) menciona que
“a função de qualquer disciplina não é o entendimento de seu objeto de estudo, e sim
a partir dele colaborar para a compreensão do todo. A geografia, por intermédio de
seu objeto de estudo – o espaço geográfico – pode, e deve, oferecer elementos
necessários para o entendimento de uma realidade mais ampla.” (OLIVA, 2005, p.
46)

Denota-se com a assertiva acima, a importância de o ensino de geografia estar presente


no ensino básico e o impacto que este produz para leitura de mundo, sobretudo no presente
momento da história humana na qual os fenômenos estão cada vez mais interconectados. A
geografia torna-se subsídio essencial para o entendimento dos fenômenos, e o seu ensino
torna-se subsídio essencial para a compreensão da realidade dos educandos.
Diante disso, põe -se o desafio e a responsabilidade das atividades exigidas pelo
estágio, e também com a prática da docência no ensino de geografia.
1.1 Delimitação do Estágio Curricular Supervisionado I

1.1.1 Caracterização da Escola

O exercício das etapas práticas da disciplina Estágio Curricular Supervisionado I que


tem como público-alvo as escolas de ensino fundamental – anos finais, foram realizados na
Escola Municipal Professor Ubiraci Carvalho. Localiza-se na Zona Sudeste de Teresina, no
Bairro Frei Damião e pertence a rede municipal de ensino de Teresina.
Inaugurada em 2019, a escola atende ao público do 6° ao 9° ano do Ensino
Fundamental, com a modalidade de Ensino Integral. As dependências contam com 15 salas de
aula, sala dos professores, sala de diretoria, secretaria, cozinha, quadra poliesportiva coberta,
pátio de recreação, sala de leitura, banheiros - adequado à educação infantil e à alunos com
deficiência ou mobilidade reduzida-, refeitório, despensa e almoxarifado. Fornece aos alunos
alimentação escolar – lanche e almoço, água filtrada, energia elétrica, lixo destinado à coleta
periódica e acesso à internet.
Antes da Pandemia de COVID-19, os alunos
permaneciam na escola das 07:30m às 16h30m,
entretanto, mesmo após o controle da doença mediante o
desenvolvimento de vacinas, o funcionamento da escola
passou a ser constantemente readaptado, tanto devido a
readaptação dos alunos às aulas de formato presencial,
bem como a adoção de aulas remotas quando havia
épocas de incidência de casos de covid na escola.
Diante disso, o horário vigente no respectivo ano tinha constantes modificações.
Acrescenta-se também o fator da ocorrência da Copa do Mundo que também interferiu nos
horários estipulados para o turno da tarde, já por vias de decreto municipal que interrompia o
funcionamento das instituições público municipais para o prestígio do evento.

2. DESENVOLVIMENTO
Uma das marcas que a pandemia de COVID-19 legou, sobretudo nas instituições
educacionais, do ensino infantil ao ensino superior, foi a readaptação dos calendários para as
aulas que funcionaram na modalidade de EAD, ou Ensino remoto durante a ocorrência do
evento. Essa particularidade também teve seus reflexos no calendário acadêmico da
Universidade Estadual do Piauí, que com a continua readaptação do calendário, fez com que o
período da prática do estágio nas escolas de ensino fundamental dos anos finais, se adequasse
aos prazos propostos pela IS, tendo em vista as diferenças entre os calendários do Município e
da Universidade.

2.1 Registro geral da etapa de observação.


A etapa de observação foi desenvolvida entre os dias 18 de outubro ao dia 27 de
outubro de 2022. Nesse momento as atividades desenvolvidas foram o primeiro contato com a
escola e a equipe administrativa, conversas iniciais sobre a disponibilidade da escola em
receber a atividade, bem como o diálogo inicial com o professor da disciplina, na qual se
obteve aceitabilidade para o desenvolvimento da atividade. Conversa com técnicos e
funcionários, observação inicial das áreas de convivência dos departamentos administrativos,
coordenação pedagógica, sala de professores, pátio, quadra poliesportiva e demais aspectos
infraestruturais.

Na sala de aula, foi observado o ensino de geografia em 4 turmas de 8 ° ano do ensino


fundamental, após o acordo em conversa com o professor supervisor do estágio serem as
turmas designadas para a prática da regência do estágio.
No exercício de observação o professor estava trabalhando sobre a América do Sul,
correspondente ao capítulo 11 do livro didático adotado – Araribá mais: geografia 8º ano. A
metodologia utilizada era expositiva-dialogada com o auxílio do livro didático, pincel e lousa,
nas quatro turmas. Após a exposição do conteúdo, o professor fazia exercícios de fixação
utilizando as atividades do livro didático. Em algumas turmas o horário da disciplina de
geografia era concentrado em duas horas, em outros, as horas eram divididas em diferentes
dias e horários da semana.
No geral, a dinâmica adotada era repetida nas demais turmas. Percebeu-se também
algumas dificuldades em relação ao comportamento dos alunos, alguns mais envolvidos com
o conteúdo e outros menos, as limitações didáticas oriundos tanto das condições físico-
estruturais da escola, a ocorrência de situações de alunos que portavam algum tipo de
deficiência, problemas familiares ou socioeconômicos , alunos que trabalhavam e ficavam
sonolentos em sala de aula, a indisciplina , entre outros aspectos que puderam ser melhor
compreendidos no decorrer das outras etapas da prática de estágio, enfim, circunstâncias em
que o professor em sala de aula leva em conta antes de sua prática.
Diante disso, houve uma melhor percepção do alunado e da prática docente, e as
múltiplas situações envolvendo o ensino de uma forma geral. Até mesmo na participação em
conversas com outros professores nos intervalos e a equipe que trabalha na escola, foram
necessárias para o preparo antes da regência. Mesmo ao já ter sido executado práticas
pedagógicas, a etapa de observação antes da atuação foi uma experiencia reveladora e
fundamental para o planejamento das intervenções que deveriam ser feitas em sala de aula.
Esse contato inicial com a sala de aula e o ambiente escolar foram fundamentais para a
seguinte etapa.
Acrescenta-se ainda a disponibilidade do professor supervisor durante toda a etapa da
regência, que impactou de forma positiva o processo da regência, que nas palavras dele “se
precisar de alguma coisa, estou na sala dos professores”. Ainda também o acolhimento dos
demais professores que compunham o corpo docente da escola, e dos demais funcionários que
compartilharam suas experiencias da regência na época da graduação e suas vivencias com os
alunos na rotina escolar.

2.2. Registro geral das aulas ministradas: regência.


Após a atividade de observação, a regência foi desenvolvida entre os dias 03 de
novembro e 23 de dezembro de 2022. Coincidentemente, o conteúdo abordado pelo professor
estava em etapa de finalização e os alunos tinham passado pela avaliação mensal. Assim,
ficou de acordo na etapa do planejamento prosseguir com os capítulos do livro didático.
Então, desse modo, iniciou-se a temporada em sala de aula. O início da docência e do ensino
de geografia.
Os conteúdos designados para o desenvolvimento da regência eram, respectivamente,
sobre a Integração Regional e o papel do brasil – capítulo 12 do livro didático, que finalizava
a sétima unidade do livro -, Região Ártica e Região Antártica – que correspondiam aos dois
capítulos da oitava unidade do livro didático, capítulos 13 e 14, nas turmas de 8° ano da
escola – 8° A, B, C e D.
Diante disso, e das observações feitas na etapa inicial do estágio, foi iniciado a
regência com uma breve apresentação inicial da nova professora de geografia e a dinâmica
proposta em sala de aula, enquanto regente das turmas. Inicialmente foi feita a adoção das
mesmas estratégias do professor. Foi adotado a metodologia expositiva dialogada associada
ao uso do livro didático para a leitura e a resolução de exercícios.
Por segurança, foi elaborado um plano de aula para cada turma lecionada, pois com o
plano em mãos, senti mais assertividade no desenvolvimento do conteúdo e da administração
do mesmo nas turmas e do tempo proposto para a aula de geografia, pois nas primeiras aulas
houve dificuldade na administração do tempo e percebeu-se que houve uma precipitação em
relação ao conteúdo – estava no ensino básico, deveria adequar o conteúdo ao público, lição
que muito foi repassada nas disciplinas da graduação mas que a empolgação da autora deste
relatório teve dificuldade em aplicar. Os planos estarão na seção de anexos deste relatório.
Na etapa da abordagem sobre o conteúdo do capítulo 12 – Integração Regional e o
papel do Brasil, de maneira geral foi trabalhado com os alunos as relações multilaterais que os
países mantem em busca de um desenvolvimento mútuo, e que essas relações existem em
todas as partes do mundo, entretanto foi enfatizado o contexto do pós-guerra, o processo de
globalização e as relações multilaterais. Logo após, essas relações foram trazidas para as
organizações existentes na América do Sul e o protagonismo brasileiro dessas relações, que
implicam até mesmo em diversos aspectos da população desses países.
Também foi explicado como essas integrações se organizam – blocos regionais ou
organismos de integração, suas diferenciações, os principais organismos da região sul-
americana, os objetivos e o papel do brasil nos organismos que é componente, já que é a
maior economia da América do sul. Houve um enfoque no Mercosul, entretanto outras
organizações foram citadas. Entretanto houve um incomodo em relação a receptividade de um
conteúdo dessa complexidade, pois ao avaliar as atividades do livro estas não atendiam aos
objetivos pretendidos com a abordagem do conteúdo, então foi desenvolvido uma atividade
extra nas turmas.
Para garantir uma aprendizagem ativa e significativa desse conteúdo foi adotada, para
além das metodologias já mencionadas, a análise de notícias das ações desses organismos de
integração os reflexos destes no espaço geográfico e geopolítico de seus países a partir de
roteiro elaborado previamente. Como incentivo para a participação dos alunos, foi atribuída
uma avaliação qualitativa que somaria a prova bimestral. A análise foi desenvolvida em grupo
a partir de um roteiro – que também constará nos anexos, na qual cada grupo analisava uma
notícia diferente e após a análise esses apresentariam em sala de aula. Houve receio dos
alunos na parte da apresentação, mas após um diálogo e detalhamento da dinâmica da
atividade, a proposta foi desenvolvida. Após a apresentação houve um momento de diálogo
onde se faziam questionamentos e associações ao conteúdo abordado, ou da matéria de outro
grupo por parte os alunos.
A proposta da atividade foi embasada a partir dos ensinamentos no curso de extensão
oferecido periodicamente pela Universidade Federal do Piauí – “Aprendizagem significativa
com o uso de recurso didáticos não convencionais no ensino de Geografia”, no qual participei
na edição de 2021, bem como em discussões e preocupações compartilhadas com os colegas
de cursos de graduação do qual faço parte sobre “quais abordagens eu devo utilizar em sala de
aula para engajar os alunos e fazer com que eles sintam que o conteúdo no qual estou
lecionando seja significativo e que se dê de maneira ativa.” Abaixo fotografias no 8º C.
A dinâmica também se repetiu nas outras turmas, revelando- se com o seu
desenvolvimento uma metodologia que instigou o olhar dos alunos para a importância das
ações geopolíticas a nível regional, a partir das ações dos organismos de integração no dia a
dia deles, e como tentativa de explicação para alguns acontecimentos em outros locais, bem
como na escala mundial. Acrescenta-se também o incentivo ao cultivo do hábito de leitura de
veículos jornalísticos. Os materiais utilizados, roteiro de notícias (de autoria própria) estarão
nos apêndices do presente relatório e as notícias estarão nas referências bibliográficas, já que
estas estão disponíveis na internet, entretanto foram disponibilizados de forma impressa para
realização da atividade, e assim finalizando a sétima unidade do livro didático.
Conforme o planejamento, foi dado prosseguimento ao conteúdo programático do
livro didático, e a abordagem da oitava unidade, a respeito das regiões polares que foi iniciado
com o desenvolvimento do capítulo 13 – A região ártica. Antes, foi considerado importante a
realização de uma aula específica voltada para as regiões polares, abordando a diferenciação
das regiões polares quanto as outras regiões da terra, e suas caracteristicas mais marcantes.
Também foi mencionada a importância da região como um termômetro para as mudanças
climáticas e também a oportuna associação da temática para os debates que estavam
ocorrendo na Conferencia das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 27.
Também foi mostrado que embora semelhantes, as regiões também tinham suas
particularidades, mas que iriam ser tratadas durante o decorrer das aulas.
Entretanto, devido a intercorrências devido aos feriados e ocorrência de casos de
Covid-19 que fizeram as aulas serem em formato remoto, fora as aulas introdutórias que não
conseguiriam ser desenvolvidas separadamente, mais especificamente nas turmas que tinham
dois horários concentrados na semana, porém obteve-se êxito na abordagem das temáticas
gerais e particulares, e estas não foram afetadas. A metodologia para a abordagem da unidade
deu-se com aulas expositivo-dialogadas com o auxílio do livro didático para resolução de
exercícios e estudos dirigidos. Entretanto, após a análise do conteúdo do livro sentiu-se falta
de outros instrumentos como data-show para exposições de imagens dos aspectos trabalhados
quanto as características físicas – clima, relevo, vegetação, solo, bem como aos aspectos das
caracteristicas humanas – povos nativos, povos migrantes, diversidade de nações que
compõem o ártico, atividades econômicas, e seu posicionamento no contexto geopolítico,
mais especificamente quanto a extração de petróleo e gás-natural, e os impactos dessas
atividades no contexto geoeconômico e na dinâmica climática.
A ideia era da utilização de imagens para que as associações não ficassem tão
abstratas. Entretanto, por haver dificuldades quanto a aquisição de data-show na escola, foi
utilizada imagens impressas em folhas A4 que ficaram em exposição durante a explicação, e
ficavam disponíveis ao final da aula para fins de consulta nas atividades desenvolvidas através
da resolução dos exercícios do livro. Essa metodologia foi utilizada durante todas as aulas
sobre a região ártica. As imagens foram retiradas da internet, através do site de buscas do

Google imagens e organizadas de acordo com os objetivos das aulas. Estas também estarão
disponíveis na seção dos apêndices.

Após a finalização do capítulo 13, começou na escola o período de avaliações


bimestrais. Desse modo, para a elaboração da avaliação houve orientações com o professor
supervisor que sinalizou apenas para os prazos e o modelo de provas com as quais os alunos
estavam adaptados – questões objetivas, mas que fizesse a avaliação da maneira necessária.
Foi optado, então questões objetivas e subjetivas a partir dos conteúdos trabalhados. Antes da
aplicação das avaliações houve uma aula para cada turma com a abordagem de revisões, onde
através de questões foram abordados os dois capítulos.
Para a avaliação
Foto: um foi considerada
dos instrumentos como em
didáticos utilizados nota
salafinal a composição
de aula dapróprio.
– Lousa. Acervo nota da prova e o
registro das atividades que foram feitas em sala de aula - atividades do livro, e atividades
extras. Avaliação elaborada foi entregue no dia 08 de dezembro e a aplicação se deu conforme
a imagem acima.
Logo após o período de avalições, foi sugerida atividades de recuperação, desse modo,
foi trabalhado o capitulo 14 – Região Antártica, na qual a atividade em questão se trataria do
exercício referente ao capítulo do livro. Em algumas turmas foi possível abordar o conteúdo
de forma dialogada-expositiva , em outras o estudo dirigido sobre o capítulo junto a resolução
das questões foi sugerida. Nas aulas possíveis de serem trabalhadas, os instrumentos
pedagógicos também foram o trabalho de imagens impressas em folha A4 utilizadas durante a
explicação, na qual foram possíveis associações de diferenças e semelhanças da região ártica
e região antártica.
Apontou-se durante as aulas aspectos físicos, naturais, e as atividades humanas –
feitas apenas por pesquisadores, a história do descobrimento do ártico, cientistas brasileiros e
as pesquisas desenvolvidas, sobretudo no que se refere a questão climática e ambiental –
como a recente descoberta de um agente biológico capaz de digerir o plástico. A influência
das massas polares da região antártica também foi trabalhadas durante o desenvolvimento da
abordagem do capítulo. Após a entrega das notas finais – após as atividades de recuperação de
notas, foi o ajuste das notas e a correção dos respectivos trabalhos, foi encerrado o ano letivo
da disciplina de geografia.
De um ponto de vista geral, a experiencia da regência foi uma etapa importante para
identificar, relacionar e também complementar os conteúdos da geografia acadêmica e suas
aplicações dentro da escola. A importância do planejamento e de como este deve estar
alinhado aos objetivos de aprendizagem, e estes presentes na etapa do processo avaliativo.
Saber a importância da diversidade da sala de aula e de como contornar algumas situações que
podem ser vistos como indisciplina, mas que podem ser explicadas por outras vias.
Durante a regência também foi constatado os pontos positivos e negativos da
profissão, que não se explicam apenas na profissão e nem tampouco a escola, ou nos alunos,
mas em aspectos estruturais tanto quanto a importância dada a figura do professor na
sociedade, quanto ao trato da educação pública pelo poder público.
Desse modo, pode considerar que o desenvolvimento do estágio, apesar de haver a
problemática da reformulação dos calendários da Universidade Estadual do Piauí, tendo o seu
início um pouco tardio em relação ao calendário das escolas municipais, foi possível com a
experiência desenvolver algumas das aptidões para o exercício da docência, bem como a
autoavaliação de aspectos a serem melhorados e complementados.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os medos e receios que antes faziam parte do imaginário da docência, começaram a
partir dessa etapa, a ser combalidos, graças a prática em si e também a alguns referenciais
teóricos de apoio, sobretudo de Freire (1996), entre outras que foram buscadas a partir de
materiais complementares para o planejamento das aulas, bem como as conversas com o
professor supervisor, outros professores da Escola Municipal Professor Ubiraci Carvalho dos
quais tive grande apoio e oportunidades para reflexão conjunta acerca das situações
pedagógicas e do cotidiano escolar. Aos técnicos, terceirizados que me receberam muito bem,
e, principalmente dos alunos, com os quais me renderam valiosos aprendizados, e alguns
desafios, que ao decorrer do tempo foram de grande aprendizado experiencial.

Toda a experiência ocorreu de maneira positiva com alguns desafios que serviram de
aprendizados e também de reflexões, assim como a disposição de instrumentos pedagógicos
ao professor nas escolas públicas municipais, bem como a necessidade não somente de
equipamentos mas também da criatividade para conseguir lecionar aulas que envolvam os
alunos de uma determinada turma, e também a respeito da importância do planejamento,
como também dos artífices que se deve utilizar para adequá-lo as turmas, sendo importante os
processos de avaliação constante em sala de aula. De todo, uma experiência que serviu para
agregar ao crescimento profissional e intelectual, pois deixamos a posição de alunos e na
regência refletimos não apenas sobre o ensino mas em todas as nuances que envolvem os
principais atores desta ação: o aluno e a escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEAUREGARD, L. P. Conflito dos EUA com a China abre oportunidade para Aliança do
Pacífico em sua cúpula. EL PAÍS, 23, jul, 2018. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/23/internacional/1532301508_200489.html Acesso
em: 02 de nov, 2022.

DELLORE. C. B. Araribá Mais: Geografia 8º ano. 1ª Ed. São Paulo: Moderna, 2018.
FONTES, L. F. C; STELLA, M. A. O Brasil no Mercosul: integração comercial brasileira com o bloco Sul-
Americano. Revista de Economia Universidade Federal do Paraná, v. 38, n. 65, 2017.

FRANCO, J. Uma introdução à geopolítica das regiões polares. Revista de Geopolítica, v. 5, n. 2, p. 50-66.
Jul – dez, 2014.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. – 73º ed. Rio de Janeiro: Paz e
terra, 2022.
MALLMANN, M. I. Condições para a integração: qual é a contribuição do Brasil na América do Sul?. Século
XXI, Porto Alegre, V. 2, Nº2, Jul-Dez 2011.

OLIVA, J. T. Ensino de geografia: um retardo desnecessário. In: CARLOS, A. F. A. (Org.) A Geografia na sala
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veja-quais-sao-as-pesquisas-desenvolvidas-na-estacao-comandante-ferraz.ghtml. Acesso em: 25, nov, 2022.

SILVA, L. F. A; BARBOSA, A. C. O profissional de Geografia e a constituição dos seus saberes: um estudo de


caso. In: OLIVEIRA, S. B; COSTA SOBRINHO, W. F. R. (Orgs.) Ensino de Geografia: teorias e práticas. [S.
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https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/07/26/china-diz-estar-aberta-a-cooperacao-com-mercosul.ghtml .
Acesso em: 02 de novembro de 2022.

URIBE, G. Avanço de acordo Mercosul-UE em 2022 é considerado improvável por diplomatas. CNN, 19, ago,
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considerado-improvavel-por-diplomatas/ Acesso em: 02 de novembro de 2022.

Governo anuncia novo corte no imposto de itens vindos do Mercosul. Veja, 23, maio, 2022. Disponível em:
https://veja.abril.com.br/economia/governo-anuncia-novo-corte-no-imposto-de-itens-vindos-do-mercosul/
Acesso em: 02 de novembro de 2022.
APÊNDICES
 Atividade extra – Análise de notícias a partir de roteiro (Materiais).

- Roteiro utilizado no desenvolvimento da atividade dos alunos. Com a entrega do roteiro


também foram entreguem notícias retiradas da internet em formato impresso.
Região Artica
(Materiais)
Região Antártica
(Materiais)
 AVALIAÇÃO MENSAL - 8º ANO – A, B, C e D.
ANEXOS

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