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RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO RESIDÊNCIA

PEDAGÓGICA – GEOGRAFIA LICENCIATURA – FACULDADE DE


GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA (FGC) –
EETEPA DR. CELSO MALCHER

Leilane Figueiredo Abreu

RESUMO

Relatamos nesse momento a experiência vivenciada enquanto residente do o curso de


Licenciatura em Geografia em um Programa da Residência Pedagógica (PRP), financiado pela
CAPES, realizado a partir do dia 1 de novembro de 2022 até o presente momento. A regência foi
realizada na Escola Estadual de Ensino Técnico de nivel Médio Dr. Celso Malcher está localizada
dentro do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá). O grupo de residentes do Ensino
Médio é formado por 7 alunos, que são acompanhados pela professora preceptora Betânia Azevedo
Costa, e coordenado pela Profª Dra. Luziane Mesquita da Luz. O principal objetivo deste trabalho é
apresentar as vivências desenvolvidas no programa, relatando a importância da observação até a
regência em sala de aula, levando em conta de alguns desafios enfrentados os resultados foram
positivos, proporcionando um crescimento pessoal e profissional aos residentes.

Palavras-chave: Geografia; Relato; Formação; Educação; Geomorfologia; Amazônia.

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é relatar minha experiência como residente, vivenciada na Escola
Estadual de Ensino Técnico de nivel Médio Dr. Celso Malcher no âmbito do Programa Residência
Pedagógica – CAPES, em parceria com a Universidade Federal do Pará. O Programa RP foi criado
em 2018 como uma das ações integrantes da Política Nacional de Formação de Professores e tem
como objetivo levar aos licenciandos aperfeiçoamento em sua formação prática a partir da imersão
dos mesmos na escola de educação básica, como objetivo principal o programa tem como finalidade
aperfeiçoar a formação nos cursos de Licenciatura, promovendo ao aluno a relação entre teoria e
prática. Perrenoud (2002, p.18) a universidade é, potencialmente, o melhor lugar para formar os
professores para a prática reflexiva e a participação crítica, ela deve, para realizar esse potencial e
provar sua competência, evitar toda arrogância e se dispor a trabalhar com os atores em campo.
Com inicio no dia 01 de novembro de 2022, tivemos algumas reuniões na IES para discutir a
importância do Residência Pedagógica, o que esperavamos do progeto e pegar direcionamento para
sobre como proceder no decorrer do progeto. A primeira ambientação no residência pedagógica na
IES ocoreu no dia 07 de novembro de 2022 apresentada pela Profª Dra. Luziane Mesquita da Luz.
Posteiror, tivemos a primeira ambientação escolar no dia 11 de janeiro de 2023, onde fomos
apresentados a professora e preceptora Betânia Azevedo Costa. No decorrer do Projeto, a mais do
que dentro da IES e da Escola, participamos de eventos, reuniões, seminários, visitas de campo,
colóquios e congressos com a finalidade de acentuar o conhecimento.

A partir das observações em sala de aula e do primeiro contato com os alunos, avançamos de
forma gradual para a regência nas turmas de ensino médio e técnico.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Ao longo desse primeiro contato com o projeto, o mesmo contou com aulas práticas nos
laboratórios: Laboratório de Análise e Informação Geográfica (LAIG), Laboratório de Análise de
Geografia Fisíca (LAGEOF), ambos situados no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH),
com a finalidade de exercitar o aprendizado em sala de aula e entender como transmitir essas
informações para os alunos em sala de aula e em projetos desenvolvidos na escola campo. A
ultilização de recursos como o Banco de Informações Ambientais (Bdia), um sistema de Análise e
mapeamento baseada em nuvens (ArcGIS), um software livre com código aberto e gratuito que serve
para processar dados geográficosm (QGis). Contamos também com leituras direcionadas pela
coordenadora do projeto. Para além do laboratório, houveram visitas de campo e atividades
desenvolvidas fora da IES para por em prática o que foi produzido nos laboratórios.

Apesar da Escola Estadual de Ensino Técnico de nivel Médio Dr. Celso Malcher conter uma boa
estrutura, em questão laboratórial e recursos didáticos. O ponto negativo foi a falta de acesso a
internet no local, por se tratar de uma escola afastada e isolada em uma questão logistica.

Para as regências em sala de aula, com agendamento prévio, utilizamos como recurso didático o
uso de um progetor, para ministrar aulas para as turmas maiores, nesse caso, para ministrar na turma
de cursinho pré enem, que atende os alunos do 3º ano do ensino médio, no contraturno dos seus
respectivos horários de aula.

Observando a dificuldade dos alunos na materia Geografia, notamos uma carência dos alunos
quanto a compreensão da geormorfológia em que estão situadas. A partir disso, foi elaborado uma
Oficina de Solos, ultilizando de um perfil de solo feito pelos próprios alunos em uma garrafa pet
transparente, para melhor entendimento dos mesmos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com vigência para iniciar no dia 01 de novembro de 2022, houve um impasse, pois o ano letivo
dos alunos começaria a partir do primeiro semestre do ano subsequente (2023). Porém, embora os
residentes não terem iniciado nas escolas nesse primeiro momento. Houve toda uma ambientação e
reuniões a fim de preparar os residentes para a introdução dos mesmos nas escolas.

A primeira ambientação no RP ocorreu no dia 07 de novembro de 2022, onde a Coordenadora


trouxe como questionamento o que os residentes esperavam do progeto e a importância do mesmo,
afirmamos por meio desde que o projeto é de extrema importância para o docente de Licenciatura,
pois da aos licenciandos aperfeiçoamento em sua formação prática a partir da imersão dos mesmos
na escola de educação básicao, nesse primeiro contato com a sala de aula e relação aluno-professor,
antes do fim da graduação além de prepara o discente para o mercado de trabalho.

Nos dias 07 a 11 de novembro participamos do XXXIII Seminário de Iniciação Científica


(SEMINIC) onde podemos compreender a importância dos projetos de extensão nas universidades
públicas.

Coordenadora Profª Dra. Luziane Mesquita da Luz e Residentes no (SEMINIC)


A ambientação na Escola Estadual de Ensino Técnico de nivel Médio Dr. Celso Malcher se deu
no dia 11 de janeiro de 2023, onde fomos apresentados a coordenação e conhecemos a estrutura da
escola e corpo doscente, conhecemos também algun progetos extra classe que são disponibilizados
aos alunos, como por exemplo: o curso de robótica.

O segundo encontro se deu no dia 14 de fevereiro de 2023, onde organizamos junto a preceptora,
os dias de observação, plano de aula do ano letivo de 2023, e de que forma poderiamos atuar na
escola, nesse mesmo dia participamos de uma Feira de Ciencia e Tecnológia organizada pela escola
junto ao governo do estado.

A primeira observação teve inicio no dia 06 de março de 2021, na turma de 1° ano, do curso
tecnico de meio ambiente, começamos a observar os problemas causados pela pandemia a partir do
acompanhamento da turmas de 2° ano, pois devido a pandemia, muitos alunos não conseguiram
acompanhar as materias do ano letivo anterior, pois muitos não tiveram acesso as aulas remotas por
questões financeiras, outros por terem dificuldade de aprendizagem e não conseguirem acompanhar
o desenvolvimento da turma, o que se mostrou preocupante se levarmos em conta que se trata de
uma escola de ensino tecnico, onde há a formação de profissionais para o mercado de trabalho.

As regências tiveram inicio no dia 27 de março de 2023, na turma de 2° ano do meio ambiente, e
se mostrou importantissimo para nos sentirmos parte do componente escolar. Tal quanto a
participação no cursinho pré vestibular, com a finalidade de ajudar na preparação dos alunos para a
exame nacional do ensino médio (enem), pois por se tratar de uma escola pública e periférica, muitas
familias não tem condições financeiras de curtiar os gastos com cursinhos particulares. Para além
disso, notou-se que com a mudança do “novo ensino” médio, os alunos foram muito prejudicados,
com a exclusão de materias e conteúdos da base comum, e o cursinho veio como uma forma de
minimizar os danos provocados por essa mudnça.

A maioria das regências foram com assuntos relacionados a Geografia Física, isso porque estamos
desenvolvendo um projeto com alunos voltado para o ensino da Geomorfológia Reginal. Tendo em
vista que a maioria dos estudantes moram nos bairros da Terra Firme e Guamá, e não fazem ideia de
como esses bairros surgiram, de que forma foram ocupados e de que forma os problemas de
macrodrenagem, e pavimentação estão ligados a forma que esses bairros foram aterrados, a partir
disso estamos desenvolvendo por meio deste: aulas teóricas e discussões para explicar aos alunos a
importância do estudo prévio para ocupação de áreas, sobretudo os alunos do Curso de Meio
Ambiente- Recuperação de Áreas Degradadas. Outro recurso foi a oficina de solo; com visita feita
com alunos no rio Sapocajuba, que passa por dentro do Campus Belém UFPA, onde houve a coleta
do solo feita pelo próprios alunos, coma auxilio dos residentes e montagem das camadas do solo em
uma garrafa pet transparente. Outro recurso que está sendo usado são os laboratórios de informática,
para ensinar ao alunos como manusear o Banco de Informações Ambientais (Bdia). Até o final do
curso, esperamos trazer outros metódos que visem aprofundar o conhecimento desses alunos quanto
a imporatância do estudo da geomorfógia como saber pessoal e profissional, por se tratar de alunos
fazem cursos técnicos e que pretendem atuar nas suas futuras áreas profissionais.

4. CONCLUSÃO

A partir da experiência relatada percebesse que as mudanças são sempre desafiadoras, porém
necessárias, pois as mesmas proporcionaram aos residentes e os professores o conhecimento de
novos recursos. Além disso, a busca de novos métodos tornou os eventos síncronos mais interativos e
interessantes, uma vez que a metodologia e o processo de auto conhecimento formula uma nova
abrangência de conhecimento.

Para além, o Programana Residência Pedagógica, deu a possibilidade aos residentes de vivenciar
esperiências em sala e evidênciar a realidade das escolas, desde o planejamento de metódologia de
uma aula, até o funcionamento interno de uma escola.

Essa imersão caracteriza-se como um período em que


o aluno tem a oportunidade de conhecer com mais
profundidade o contexto em que ocorre a docência,
identificando e reconhecendo aspectos da cultura
escolar; acompanhando e analisando os processos de
aprendizagem pelos quais passam os alunos e
levantando características da organização do trabalho
pedagógico do professor formador e da escola
(SILVESTRE; VALENTE, 2014, p. 46).

Formentando o já mencionado, a iniciação à docência é fundamental para a relação entre teoria e


prática, desenvolvendo assim um profissional a ter uma visão mais critica e reflexiva sobre a prática
em sala de aula.
REFERÊNCIAS

BRASIL. IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. 2018. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101705_informativo.pdf. Acesso em: 25 mar.
2021.

PERRENOUD, Philippe. Formar professores em contextos sociais em mudança: prática reflexiva e


participação crítica. Revista Brasileira de Educação, Caxambu, v. 12, p. 5-21, 1999. Bimestral.
Disponível em: https://docplayer.com.br/417594-Formar-professores-em-contextos-sociais-
emmudanca-pratica-reflexiva-e-participacao-critica.html. Acesso em: 25 fev. 2021.

SILVESTRE, Magali Aparecida; VALENTE, Wagner Rodrigues. Professores em Residência


Pedagógica: estágio para ensinar. São Paulo: Editora Vozes, 2014. 104 p. Acesso em: 25 fev. 2021.

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