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50
redações
nota
1000
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BOA, TIME!
+1 desafio que vocês conseguiram destravar
e estão aptos para receber este mimo: uma
compilação de 50 redações nota 1000 de
alunos meus ao longo do ano.

Esses textos poderão ajudar nos estudos de


vocês, já que ler redações nota 1000 é um
dos pilares para uma boa escrita.

Separei os textos por eixos para poder


faclitar o estudo de vocês.

AGORA JÁ SABE: COLOCA EM PRÁTICA


E COMPARTILHA NOS STORIES PARA EU
ACOMPANHAR TUDINHO
SUMÁRIO
EIXO 1 - educação 4
EIXO 2 - social
11
EIXO 3 - meio ambiente 45
EIXO 4 - tecnologia 51
EIXO 5 - saúde 65
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EDUCAÇÃO

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"CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO
HÁBITO DA LEITURA NA SOCIEDADE"

Natália da Conceição (turma extensiva)

O escritor brasileiro Monteiro Lobato afirmou que uma nação é feita


de homens e livros, ou seja, ele reconheceu o poder que a leitura exerce
na sobre a sociedade e seus reflexos. Dessa forma, é imprescindível que
seja desenvolvido o hábito da leitura na sociedade brasileira, tendo
como a diminuição dos índices de analfabetismo e a consciência dos
benefícios resultantes desse hábito, a curto e longo prazo, como os
principais caminhos para esse desenvolvimento.
Convém ressaltar, em primeiro plano, que o alto número de indivíduos
analfabetos deve reduzir para desenvolver essa prática da leitura em
todo o corpo social. No filme brasileiro “Central do Brasil”, a professora
Dora escreve cartas para analfabetos na maior estação de trens do país,
e considera-os seres à margem da sociedade e sem conhecimento.
Nesse sentido, a ficção se encaixa na realidade, haja vista que o Brasil
possui 15,3 milhões de pessoas acima de 15 anos analfabetas, de acordo
com dados do IBGE. Destarte, é necessário que ocorra a alfabetização
primeiramente, pois o hábito de leitura só poderá ser desenvolvido se o
indivíduo tiver a habilidade de ler.
É importante destacar, também, que a consciência dos impactos
positivos da leitura, tanto a curto quanto a longo prazo, contribui para a
consolidação desse hábito na sociedade. Para o poeta brasileiro Mário
Quintana, os livros são capazes de mudar as pessoas, e,
consequentemente, provocar uma transformação no mundo. Nesse
contexto, a leitura serve como emolduração do caráter que o indivíduo
vem a adquirir, porque a sua prática é capaz de abrir a mente do leitor e
reduzir o seu preconceito, exercendo uma influência positiva na nação,
assim como Monteiro Lobato pensava.
Logo, cabe ao Estado aplicar uma educação básica de qualidade e
gratuita, por meio de investimentos destinados ao ramo educacional.
Para isso, o indivíduo deve começar a ser educado na idade correta,
durante a sua infância, a fim de que programas de escolarização de
jovens e adultos não sejam necessários no futuro. Assim, com a
capacidade de ler e escrever, as pessoas poderão desenvolver a
consciência da importância do hábito da leitura e colocar em prática.
"CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO
HÁBITO DA LEITURA NA SOCIEDADE"

Gabriela Giraldi (turma extensiva)

A série “Anne with na E” retrata a vida de Anne, uma menina órfã que, enquanto vivia
no orfanato, dedicava os seus poucos momentos de paz à leitura. Sob esse viés, no
decorrer dos episódios, todos ao seu redor ficam surpresos com o seu vocabulário,
imaginação e ideias. Todavia, tais impactos proporcionados pelos livros estão cada vez
mais longe da realidade, devido à diminuição dos índices de leitura no cotidiano dos
indivíduos. Sendo assim, a solidificação da importância dos livros na vida dos cidadãos e
a criação de políticas públicas eficientes são caminhos para o desenvolvimento do
hábito de leitura na sociedade atual brasileira.
Em primeiro lugar, é importante destacar a influência da valorização da leitura. De
acordo com o poeta brasileiro Mário Quintana, os livros não mudam o mundo, mas sim
as pessoas. Contudo, ao analisar sua frase, nota-se que a leitura tem a capacidade de
mudar os indivíduos, porém servindo como um meio de transformar o mundo. Logo, ao
solidificar a ideia da importância da leitura, a população tem como ampliar a sua visão
de mundo e desenvolver um senso crítico, facilitando, assim, a transformação da
realidade, como idealiza o poeta brasileiro. Portanto, quando a população tem
conhecimento dos benefícios que a leitura pode trazer, torna-se mais fácil de cada
cidadão valorizar a leitura, e não vê-la apenas como uma obrigação. Nesse sentido, tal
pensamento consolidado leva ao desenvolvimento do hábito de leitura hodiernamente
na sociedade brasileira.
Além disso, é necessário desenvolver políticas públicas que se mostrem efetivas.
Ainda que a lei nº 12.244, de maio de 2010, obrigue todas as instituições de ensino, tanto
públicas quanto privadas, a terem um acervo bibliotecário até 2020, se não for
complementada por outras medidas, ela se torna ineficiente. Isso é, ao serem
construídas bibliotecas nas instituições educacionais, são fundamentais que os
professores incentivem os estudantes e desenvolvam formas de estimular o interesse
deles pela leitura. Dessa maneira, evidencia-se que, embora tal Lei seja um avanço para
a leitura, as bibliotecas serão apenas uma sala nas instituições, e mesmo a Lei sendo
cumprida, não será eficiente. Entretanto, se desde o ensino fundamental os jovens
forem incentivados a irem às bibliotecas, eles provavelmente irão se apaixonar pelos
livros e, dessa forma, desenvolverão o hábito de leitura na sociedade atual brasileira
desde pequenos, o que continuará por toda a vida.
Diante disso, o Ministério da Educação deve, em parceria com os agentes
midiáticos, desenvolver palestras nas escolas de todos os municípios do país e
campanhas de divulgação na internet acerca dos benefícios dos livros. Tais ações
podem ser realizadas por meio do investimento de dinheiro, possibilitado pela
alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias, para incentivar o desenvolvimento
do hábito de leitura dos cidadãos. Em suma, assim como a leitura é tida como
importante para Anne, ela será para outras pessoas.
"A EVASÃO ESCOLAR FEMININA NO BRASIL ATUAL"
Gabriela Giraldi (turma extensiva)

O artigo 6º da Constituição Federal de 1988 institui a educação como um direito


social. Todavia, a prática deturpa a teoria, uma vez que tal garantia tem como um de
seus empecilhos o grande número de indivíduos que deixam as escolas,
principalmente as mulheres. Sendo assim, a visão de que a mulher deve cuidar da
família e do lar e o início da menstruação são fatores ligados à evasão escolar
feminina no Brasil atual.
Em primeiro lugar, é importante destacar a cultura patriarcal. Isso porque há na
sociedade uma visão enraizada de que as mulheres têm que cuidar da casa, o que faz
com que muitas delas abandonem os estudos. Ademais, enquanto elas trabalham
em casa e adquirem uma dependência financeira, os homens se inserem no
mercado de trabalho. Dessa forma, tem-se um ciclo vicioso, no qual não há
contestação por estar
impregnado na sociedade brasileira. Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu,
em sua Teoria do Habitus, a cultura de um grupo molda o corpo e a mente de um
indivíduo e, consequentemente, molda uma ação no presente. Diante disso, a visão
extremamente machista, propagada de geração em geração, torna-se um habitus,
como institui Bourdieu. Logo, ela não é questionada e as mulheres acham normal, o
que contribui para a evasão escolar feminina hodiernamente.
Além disso, há o ciclo menstrual que impacta na frequência escolar. Tal situação
pode ser exemplificada pelo documentário “Absorvendo o Tabu”, que retrata a
realidade precária da Índia, na qual, por falta de informação e de saneamento básico,
no tocante à higiene pessoal, as meninas abandonam a escola. No que tange ao
Brasil, a realidade não se diferencia daquela evidenciada no documentário, que,
pelas mesmas causas, tem-se a menstruação como fomentadora da evasão escolar
atualmente. Decerto, por ser um empecilho, está em trâmite um Projeto de Lei que
visa a distribuição de absorventes nas escolas públicas. Dessa maneira, nota-se a
influência de menstruação
na frequência escolar, similarmente ao mostrado no documentário vencedor do
Oscar em 2019.
Portanto, os agentes midiáticos devem desenvolver projetos que informem acerca
do empoderamento feminino e do direito que as mulheres têm de ir para a escola.
Tais ações podem ser realizadas por meio de divulgações em todos os canais de
comunicação com o objetivo de, além de diminuir os índices de evasão escolar
feminina, proporcionar o questionamento das mulheres sobre a realidade nas quais
elas vivem. Desse modo, tornar-se-á possível aumentar a frequência escolar por cada
vez mais mulheres e, por conseguinte, a garantia de educação será cada vez mais
possível de atingir, assim como prevê a Carta Magna.
"A EVASÃO ESCOLAR FEMININA NO BRASIL ATUAL"
Ricardo Santana (turma semi)

A série brasileira, Segunda Chamada, disponível na plataforma Globoplay,


mostra a história de Solange, uma jovem mãe que enfrenta a difícil rotina de
trabalhar, cuidar da filha e estudar. Entretanto, o cenário brasileiro atual
apresenta-se um pouco distante da trama, pois grande parte das jovens mães
abandonam os estudos. Dessa forma, a evasão escolar feminina na nação é
ocasionada, sobretudo, pelo acometimento de gravidezes precoces e pela
cultura patriarcal, a qual atribui à mulher o papel de cuidar da família e do lar.
Em primeiro plano, é válido destacar a realidade de adolescentes mães. À vista
disso, meninas, principalmente em vulnerabilidade social, engravidam e passam
a cuidar do filho, muitas vezes, com a responsabilidade redobrada, quando não
há um parceiro presente. Diante disso, a falta de tempo, bem como a
indisposição física e mental afastam essas mulheres do ambiente escolar, as
quais perdem a oportunidade de completar sua educação e de se estabelecer
no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, a Fundação Abrinq mostrou, em um
estudo, que menos de 30% das mães, até 19 anos, no Brasil, não concluíram o
ensino fundamental, ou seja, elas estão expostas a reproduzir padrões de
pobreza e exclusão social mediante interrupção dos estudos.
Somado a isso, as raízes culturais marcam uma sociedade machista e
patriarcal cuja fundamentação é na mulher como do lar. Nesse sentido, Pierre
Bordieu, sociólogo francês, conceitua a “Teoria do Habitus”, a qual confere à
cultura a função de determinar os costumes de um grupo, logo essa percepção
sobre o sexo feminino tornou-se um hábito. Assim, muitas jovens, ao se
casarem, evadem da escola e se dedicam exclusivamente a cuidar da casa, dos
filhos e do esposo, isso as torna susceptíveis a situações de dependência
financeira e subordinação ao cônjuge, como também à baixa tendência de
formação educacional, já que suas realizações pessoais ficam em segundo
plano.
Fica clara, portanto, a interrupção dos estudos por parte de mulheres ainda
nos dias atuais. No entanto, é de suma importância transformar esse panorama
e para isso os Ministérios da Saúde e da Educação devem trabalhar juntos na
confecção de materiais didáticos sobre educação sexual, de modo que a
temática seja abordada na escola com o auxílio de sexólogos, os quais são
capacitados e podem fazer parte do corpo educacional. Dessa maneira, meninas
terão a oportunidade de esclarecer dúvidas e serem aconselhadas quanto ao
assunto, a fim de manter os estudos, um bom emprego e menos “Solanges” em
nossa nação.
"A EVASÃO ESCOLAR FEMININA NO BRASIL ATUAL"
Natália da Conceição (turma extensiva)

Na série brasileira “Segunda Chamada”, é retratada a história de Solange,


uma mãe jovem que mesmo após trabalhar durante o dia todo com sua
filha no colo, ao fim da noite ainda arruma disposição para frequentar a
escola. Entretanto, ao sair da ficção, o cenário brasileiro atual se distancia
da realidade retratada na televisão, haja vista que a maioria das jovens
optam por abandonar os estudos ao se depararem com o acometimento
de gravidezes precoces e, também, com a cultura de que o papel da
mulher é cuidar da família e do lar.
Convém ressaltar, em primeiro plano, que muitas meninas passam pelo
período gestacional em idade precoce. No filme “Simplesmente Acontece”,
a protagonista Rosie descobre sua gravidez logo após se formar no Ensino
Médio e, por isso, seus planos de cursar uma faculdade são deixados de
lado para que ela possa cuidar de sua filha. Na vida real, jovens passam
pelo mesmo problema, pois, muitas vezes, não têm acesso à educação
sexual ou não possuem conhecimento sobre métodos contraceptivos.
Dessa forma, nem todas têm a determinação da personagem Solange, da
série “Segunda Chamada”, e acabam por evadir o ambiente escolar.
Outrossim, a tradição de que a mulher deve cuidar das atividades
domésticas acarreta o problema de evasão escolar. De acordo com Marcela
Temer - esposa do antigo presidente do Brasil, Michel Temer -, ela é uma
mulher “bela, recatada e do lar”, que, em outras palavras, seria uma mulher
perfeita e submissa ao marido. Nesse sentido, as meninas crescem com
essa cultura que já está impregnada na sociedade, tendendo a largar os
estudos para trabalhar em casa para passar uma imagem de boa moça e,
consequentemente, vai depender do marido.
Logo, cabe ao Estado, em parceria com o Ministério da Educação,
elaborar um projeto de acolhimento dos filhos das mães jovens que ainda
estão em fase escolar. Isso deve ser feito por meio de construções de
creches estaduais que possam receber as crianças enquanto as mães estão
estudando – e se a creche for em período integral, a mãe terá a chance de
usar seu tempo livre para trabalhar. Assim, o colégio se tornará um
ambiente possível de ser frequentado por essas jovens e haverá uma
mudança nos índices de evasão.
"A EVASÃO ESCOLAR FEMININA NO BRASIL ATUAL"
Ana Cecília Coelho (turma extensiva)

Na série “Segunda chamada”, a jovem Solange trabalha em tempo


integral com a filha no colo e ainda consegue, com muitos obstáculos,
frequentar a escola. Contudo, a ficção distancia-se, em partes, do Brasil
atual haja vista a evasão escolar feminina - ilustrada pela cultura
patriarcal enraizada e pelo acometimento de gravidezes precoce.
É necessário enfatizar, inicialmente, a visão arcaica -firmada na
sociedade- de que a mulher deve cuidar da família e do lar. Segundo
afirma o sociólogo francês Pierre Bourdieu, em sua teoria “Habitus”, a
cultura de um grupo ao ser propagada por gerações, torna-se um
habitus capaz de moldar a percepção do indivíduo bem como sua ação
social no presente. Atualmente, muitas jovens desde a infância são
condicionadas pelo habitus da percepção imposta como “correta” de
que os afazeres domésticos devem ter prioridade inclusive sobre as
atividades escolares, fazendo com que não haja questionamentos por
parte delas. Assim, essa falta de empoderamento contribuiu para a
manutenção da evasão escolar feminina no contexto brasileiro.
Somada a essa ideia ainda há a ocorrência de casos de gravidezes
precoce, advindos da falta de diálogo sobre as perspectivas e projetos
pessoais das jovens. Conforme aponta os dados do Ministério da Saúde,
em 2015 cerca de 574 mil crianças nasceram de mães entre 10 e 19 anos.
Dessa forma, mediante a ausência da abordagem acerca das
consequências da gestação na adolescência, muitas jovens -
diferentemente da personagem Solange - acabam abandonando a
preocupação de concluir os estudos para dedicarem-se aos cuidados do
bebê. Assim, devido à falta de debates, a evasão escolar feminina torna-
se muito mais propícia na realidade brasileira.
Portanto, cabe ao Ministério da Educação - na figura das escolas -
viabilizar o acesso à informação, mediante debates, palestras e projetos
estudantis ministrados por especialistas na área (como psicólogos,
mestres e doutores no estudo de gênero), com o intuito de desconstruir
estereótipos e habitus impregnados na sociedade, além de instigar as
jovens a permanecerem nas escolas.
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SOCIAL

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"CAMINHOS PARA COMBATER A VIOLÊNCIA
CONTRA OS LGBTQI+"
Rosanna Coelho (turma extensiva)

Na animação "As meninas Superpoderosas", Ele é um representante da


classe LGBTQI+, o qual é apresentado como vilão. Contudo, fora da ficção,
nota-se que indivíduos pertencentes ao mesmo grupo de Ele são, também,
vistos como inimigos, principalmente, do tradicionalismo. Assim sendo, é
imprescindível o combate a essa violência e preconceito por meio da
desconstrução do padrão heteronormativo e da naturalização do debate
sobre a causa LGBTQI+.
Decerto, é digno destacar a necessidade de dissolver o patriarcalismo e o
padrão hétero, herdados da Era Colonial, os quais foram incorporados,
naturalizados e reproduzidos na comunidade. Desse modo, qualquer
estrutura que fuja dessa concepção, retrógrada, é considerada errônea e
imoral pelos indivíduos, como é o caso dos LGBTQI+. Nesse viés, tal visão,
preconceituosa e incoerente, é explicada pelo sociólogo Pierre Bourdieu em
sua teoria de Habitus, o qual afirma que a sociedade está propícia a
incorporar hábitos de sua época e disseminá-los. Logo, vê-se a urgência de
desconstruir esse pensamento.
Outrossim, é preciso, também, normalizar a discussão sobre sexualidade,
tema esse repudiado. Destarte, é válido mencionar a existência da ausência
de debate sobre o assunto, pois ele ainda é visto como um tabu pela
sociedade. Além disso, grande parte da comunidade receia discuti-lo por
temer os efeitos que isso pode causar, como a destruição de ideias
conservadores. Nessa perspectiva, o filósofo Michel Foucoult, destaca que
sexualidade se enquadra entre as palavras proibidas, haja vista que há temor
em sua discussão. Dessa forma, devido ao pouco ou nenhum diálogo, a
sociedade se mantém alienada, mantendo a visão de que os LGBTQI+ são
vilões como Ele.
Diante disso, portanto, cabe ao Congresso Nacional promover -mediante
alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias-investimentos nas escolas, as
quais realizarão palestras e debates com os estudantes desde o ensino
fundamental, mediados por profissionais como psicólogos, com o intuito de
desconstruir discursos retrógrados e conservadores sobre a causa LGBTQI+.
Para, assim, dissolver o padrão heteronormativo desde cedo e, por meio do
diálogo, desfazer a ideia dessa causa como um tabu, a qual deve ser
respeitada e normalizada. Então, pessoas como Ele não serão vistas como
inimigos, mas sim o preconceito.
"A DEMOCRACIA BRASILEIRA É EFETIVADA NO
ATUAL CONTEXTO SOCIAL?"
Ana Letícia Póvoas (turma extensiva)

A Constituição Federal garante o voto popular em seu artigo 14 e, dessa


forma, a funcionalidade do exercício da democracia. Entretanto, apesar dessa
segurança constitucional, a efetivação da atividade democrática não é
verdadeiramente realizada devido à falta de letramento político e à tóxica
polarização política que cresce no contexto atual.
Em primeira instância, cabe listar que a participação popular na política
deve acontecer de maneira sábia por aqueles que votam, ou seja, os eleitores
devem saber como funciona o Sistema, para que estão votando e em quem,
verdadeiramente, estão votando. Nesse contexto, a sociedade atual carece de
letramento político - retratada pela banda Ultraje a Rigor, a qual versifica, em
sua música “Inútil”, que “a gente não sabemos escolher presidente” - e, por
isso, torna ineficaz a democracia nos tempos atuais. Em razão disso, o voto
em determinado candidato é incentivado, muitas vezes, apenas por
promessas feitas pessoalmente às pessoas de menor condição financeira ou
por falácias, responsáveis pela enganação do corpo social em favorecimento
do político em si, que se vende como salvador da pátria devastada mas, na
realidade, preocupa-se em comprar apenas seus próprios benefícios.
Além disso, a danosa polarização política que domina a sociedade nos dias
atuais contribui para a má sucessão do exercício democrático. O Brasil, em
seus últimos anos, presenciou o abismo criado entre dois lados políticos
opostos que tentam, a todo custo, silenciar seu opositores. Essa atitude, além
de tóxica – pois afasta a população de assuntos políticos devido à guerra de
ódio entre opositores -, é antidemocrática, uma vez que a tentativa
incessante de calar adversários já demonstra um desvio no principal preceito
democrático. Nesse sentido, e segundo o raciocínio do rapper Djonga, que
canta “Esquerda de lá, direita de cá, e o povo segue firme tomando no
centro", essa luta ideológica nada favorece ao povo, que continua sofrendo na
mão de um regime mal efetivado, que, no fundo, engrandece àqueles que já
eram grandes.
Portanto, com fins a letrar a sociedade acerca da política brasileira, cabe ao
Ministério da Educação inserir na grade curricular do Ensino Médio aulas
sobre política básica, as quais, por meio da participação de professores de
direito, sociologia e filosofia, explicarão os processos básicos necessários para
o entendimento político e desenvolvimento do senso crítico individual, para
que, assim, o artigo 14 da Lei Maior seja cumprido justamente.
"A DEMOCRACIA BRASILEIRA É EFETIVADA NO
ATUAL CONTEXTO SOCIAL?"
Arthur Brito (turma extensiva)

Sob a perspectiva filosófica de Jean Jacques Rousseau, pensador iluminista,


o Estado não é soberano por si só, mas suas ações devem ser tomadas em
nome da soberania do povo, isto é, a vontade geral se reflete na defesa da
democracia. Entretanto, no meio civil brasileiro, esse regime encontra-se em
declínio e não efetivo quanto à sua idealização. Dessa forma, faz-se necessário
entender como a escassez de letramento político, bem como a ascensão e
concretização de uma tóxica polarização política atuam como agentes
antidemocráticos na República.
A obra pré-modernista “Triste fim de Policarpo Quaresma” narra a história
de Policarpo Quaresma, um nacionalista ufânico que não consegue enxergar
os problemas existentes decorrentes da fragilidade da forma de governo
vigente, isso porque passou por um processo de manipulação e, sem recursos
para questionar, entregou-se à idolatria desmedida. Analogamente, a falta de
conhecimento político crônica, ainda mais gritante em camadas populares da
sociedade, não permite que os cidadãos questionem acerca de seu cenário
político e as deficiências antidemocráticas deste. Dessa maneira, cria-se uma
enorme massa de manobra, formada de analfabetos políticos, que pode ser
usada a favor de qualquer governo maquiavélico, transformando a
democracia em demagogia.
Outrossim, para o historiador brasileiro Leandro Karnal, o ódio é uma zona
confortável, odiar o diferente é fácil porque nos impede de pensar. Portanto, é
muito mais confortável e simples escolher um lado, tomá-lo como verdade
absoluta e destinar ódio e repúdio ao lado oposto, sendo este
comportamento responsável por criar uma polarização política opressora,
principalmente entre direita e esquerda. Todavia, essa atitude afronta
diretamente a ideia de democracia, visto que todos os lados devem ser
igualmente ouvidos e com a mesma importância.
Logo, cabe ao Ministério da Educação introduzir educação política como
disciplina obrigatória na grade curricular de escolas públicas e privadas haja
vista que são ambientes propícios ao debate interdisciplinar e construção do
conhecimento -, por meio de aulas teóricas e debates acerca do conteúdo,
com o fito de diminuir a frota de analfabetos políticos e, a longo prazo, fazer
com que a demagogia volte a ser democracia. Somente assim, pode-se criar
um regime democrático semelhante ao idealizado por Jean-Jacques
Rousseau
"A IMPREGNAÇÃO DO TABAGISMO NA ATUAL
SOCIEDADE BRASILEIRA"
Arthur Brito (turma extensiva)

A cidade Arapiraca, no agreste de Alagoas, é conhecida como a capital


do fumo, isso porque o comércio dessa planta foi de suma importância
para a economia local no passado. Todavia, essa alcunha não é mais bem
vista, uma vez que o tabagismo está impregnado na conjuntura brasileira
hodierna, a qual deve procurar maneiras de erradicar esse hábito da sua
população. Desse modo, a romantização do cigarro nas gerações
passadas, bem como a nova configuração da indústria de nicotina
influenciam o aumento do uso do tabaco nas gerações atuais.
Em primeira análise, a marca de cigarros Marlboro era uma grande
patrocinadora do ex-corredor de Fórmula 1 Ayrton Senna, o qual corria aos
domingos e possuía plotagem da marca em seu veículo. Sendo assim, o
tabagismo assumiu uma postura romantizada, o que estimulava os jovens
adultos daquela época a repetir esse hábito, uma vez que a ideia de fumar
era atribuída ao sentimento de vitória. Dessa forma, essa antiga geração
envelheceu e manteve o vício no uso do tabaco, por conseguinte, o ciclo
familiar e a prole são passivos de um estímulo coercitivo subconsciente do
uso do cigarro ao adquirir uma visão naturalizada do ato, gerando uma
nova geração na qual o tabagismo está impregnado.
Outrossim, o trap é um estilo musical, característico do século XXI, em
que os artistas, em suas letras, fazem constante apologia ao uso de drogas
lícitas e ilícitas, e está amplamente difundido no meio jovem. Dessa
maneira, surge uma nova indústria para monetizar a cultura do trap,
incluindo uma nova configuração da indústria de nicotina. Portanto,
cigarros eletrônicos que possuem nicotina em suas essências são
comercializados entre os jovens, os quais se tornam mais suscetíveis ao
hábito de fumar, o que causa a impregnação do uso do tabaco no atual
seio civil brasileiro.
Logo, cabe ao Ministério da Educação explanar, didaticamente, aos
jovens os riscos do cigarro e da nicotina - haja vista que são a geração
mais suscetível a criar o hábito de fumar -, por meio de palestras em
escolas públicas e privadas, com o fito de erradicar a impregnação do
tabagismo nas gerações futuras. Destarte, o comércio do fumo como
acontecia em Arapiraca não fará mais parte da realidade brasileira.
"A IMPREGNAÇÃO DO TABAGISMO NA ATUAL
SOCIEDADE BRASILEIRA"
Ricardo Santana (turma semi)

Um cenário altruísta, composto por cidadãos comprometidos com o bem da


sociedade. Essa máxima do positivista Auguste Comte teria significativa
importância se desenvolvida no século XXI, visto que a impregnação do
tabagismo na população atual compromete o equilíbrio do cerne social. Dessa
forma, torna-se necessário analisar o não comprometimento das pessoas com a
saúde, além da ganância empresarial ao vender produtos prejudiciais à vida.
É relevante abordar, antes de tudo, que a banalização do bem-estar físico e
emocional é decorrente da cultura irresponsável de submeter à saúde riscos com
utensílio tóxicos. Nesse sentido, a infestação do tabaco, bem como a sua
dependência, na contemporaneidade, é fruto do descaso individual e coletivo,
pois vincula o prazer aos objetos proibidos, sendo prejudicial à sobriedade do
corpo cívico. Além disso, a busca por entorpecente transfigura-se como fuga da
realidade, na maioria das vezes, isso porque proporciona, momentaneamente, a
euforia e o sentimento de pertencimento a um dado grupo. Nessa perspectiva,
Sartre, filósofo existencialista, afirma que a "existência é precedida pela essência",
ou seja, o sujeito primeiro passa pelas experiências, as quais podem ser
influenciadas pela dependência dessa substância, para depois determinar suas
características.
Deve-se relatar, ainda, que a fase do capitalismo financeiro propõe o lucro
independente dos malefícios causados ao ser humano, legitimado pelas grandes
empresas de cigarro. Assim, a nociva servidão ao tabaco atinge uma grande
parcela do país, uma vez que é amplamente divulgada e incentivada ao público
jovem e sem base informacional. Nesse contexto, a herança desse mal é oriunda
da década de 70, no Brasil, época lembrada pela exacerbada utilização do fumo e
do tabaco como ferramentas de poder e de status social. Decerto, a sobrecarga do
sistema de saúde advém das instituições influenciadoras de comportamentos,
tendo em vista a manipulação feita por elas para vender as mercadorias.
Logo, a Mídia, mediante os telejornais, deve promover campanhas publicitárias
informativas, por meio de debates com profissionais da saúde, com apresentação
de dados estatísticos e denúncias aos produtores de toxicológicos, além de
direcionamentos saudáveis, a fim de que chegue ao público geral e tenha melhor
eficiência na minimização dessa problemática. Ademais, as Empresas Privadas,
ligadas ao tabaco, devem financiar o tratamento dos viciados em clínicas de
reabilitação e na prática colaborativa, por intermédio de ofertas de empregos aos
dependentes, com garantias dos direitos trabalhistas e assistência médica na
indústria, com o fito de reintroduzir no mercado de trabalho e na comunidade.
Desse modo, garantir-se-á o sentimento altruísta defendido por Auguste Comte.
"A IMPREGNAÇÃO DO TABAGISMO NA ATUAL
SOCIEDADE BRASILEIRA"
Gabriel Correia (turma semi)

O filósofo grego Platão, na Alegoria da Caverna, afirma que as pessoas


acorrentadas dentro da gruta estão alienadas (Mundo das Sombras), pois
não possuem o saber verdadeiro – encontrado no exterior da caverna
(Mundo das Luzes). Posto isso, é gritante o quanto a ausência de
conhecimento sobre os malefícios do tabagismo permite a sua impregnação
na contemporânea sociedade brasileira. Nesse cenário, evidencia-se a
obsolescência legislativa, bem como a não presença de medidas eficazes na
Saúde Pública.
Em primeiro plano, é notável a morosidade dos parlamentares da Câmara
dos Deputados em discutir projetos de lei eficientes no combate ao uso
demasiado do
cigarro. Sob a perspectiva do filósofo alemão Hans Jonas, o indivíduo deve
agir de modo que as consequências de suas ações sejam compatíveis com a
permanência de uma autêntica vida sobre a Terra. Nesse viés, deixar
“entregue às moscas” essa doença crônica - enraizada no corpo civil -
demonstra a priorização de temas midiáticos em detrimento de assuntos
mortais por parte dos políticos
brasileiros.
Ademais, a falta de atos concretos dos agentes de saúde revela a
necessária evolução nesse setor para enfrentar o enorme adensamento do
tabaco no âmbito social. Segundo o teórico francês Pierre Bordieu, toda
prática modificadora da mentalidade civil, propagada e saturada na
sociedade ao longo dos anos, caracteriza-se um habitus. Assim sendo, é
primordial lutar contra esse hábito que dizima anualmente milhões de vidas
tupiniquins e causa graves problemas psicológicos tanto aos usuários
quanto às suas famílias.
Portanto, é dever do Ministério da Saúde ampliar investimentos em locais
para o atendimento de viciados em tabaco, nos quais psicólogos e médicos
estarão presentes, por meio da aprovação na Câmara de recursos
financeiros destinados à saúde. Esse esforço será tomado a fim de mitigar o
tabagismo no Brasil atual e, consequentemente, garantir a uma vida
harmônica aos lares dos acometidos por essa doença. Desse modo, haverá,
gradualmente, a saída de prisioneiros das sombras da caverna para habitar
o Mundo das Luzes.
"A IMPREGNAÇÃO DO TABAGISMO NA ATUAL
SOCIEDADE BRASILEIRA"
Marcela Giraldi (turma extensiva)

Na série “Stranger Things”, da Netflix, são frequentes cenas em que os


personagens aparecem fumando cigarros. Nesse contexto, observa-se
que a realidade brasileira é muito semelhante à fictícia, haja vista os
índices alarmantes de tabagistas no país. Dessa forma, depreende-se que
a romantização do tabagismo e a cultura capitalista contribuem para a
impregnação do tabagismo no cenário hodierno.
Em primeiro lugar, vale ressaltar a presença de uma certa romantização
são atribuída ao hábito de fumar. No início do século XX, o cigarro ganhou
a imagem de algo “descolado” a partir das produções de cinema, em que
a presença de pessoas fumando era constante. Logo, pode-se julgar o
cinema como o grande difusor de tal romantização. Atualmente, mesmo
com o conhecimento acerca dos perigos do tabagismo, essa ideia
romantizada ainda não se encontra erradicada, ao passo que foi passada
de geração em geração. Em síntese, a infiltração do tabagismo no núcleo
social brasileiro é facilitado pelo pensamento de que para ser
considerado “legal” a prática de fumar deve estar presente.
Além disso, é importante destacar a impregnação das diretrizes
capitalistas na contemporaneidade. De acordo com o filósofo Karl Marx, o
Sistema Capitalista pauta-se na busca incessante pelo lucro. Assim, de
maneira análoga, nota-se a influência capitalista na concretização do
tabagismo, pois ao levar em conta a imensa quantidade de tabagistas no
país, o lucro da indústria do fumo é enorme e, seguindo a teoria
capitalista, onde há lucro não há prejuízo. Nesse cenário, a preocupação
com os efeitos do tabagismo é colocada em segundo plano, fator que
contribui para a sua absorvência no grupo civil.
Destarte, é imperioso que o Ministério da Saúde, em parceria com o
Ministério da Educação, desconstrua a ideia de romantização do
tabagismo e forneça informações acerca dos perigos nocivos do mesmo,
por meio de campanhas exibidas nos meios de comunicação, com
objetivo de diminuir a dependência do cigarro na sociedade. Sendo
assim, a coletividade caminhará para um meio cada vez mais informado
e, por conseguinte, se distanciará do cenário retratado em “Stranger
Things”.
"COMO O ESPORTE AJUDA NA INCLUSÃO SOCIAL
NO BRASIL DO SÉCULO XXI?"
Marcela Giraldi (turma extensiva)

O artigo 217 da Carta Magna vigente confere um certo valor social à


prática desportiva no Brasil, ao passo que ela é representada como um
dever do Estado e um direito do cidadão. Logo, observa-se a
importância do esporte como meio de inclusão social na sociedade
brasileira, seja pela integração entre diferentes grupos, seja pela
diminuição da criminalidade
Em primeira análise, cabe citar a agregação de esferas sociais
distintas promovida pelo esporte. Exemplo disso é Ronaldo Fenômeno,
que cresceu numa periferia do Rio de Janeiro e teve seu talento no
futebol descoberto muito cedo, tornando-se um dos maiores jogadores
do Brasil. Assim, o esporte deixa de ser visto apenas como uma
atividade física, pois passa a englobar a união de diferentes mazelas
sociais, a qual contribui para o processo de inclusão. Ademais, com a
criação das Paraolimpíadas foi possível a integração de pessoas com
deficiência à realidade esportiva mundial, fazendo com que elas
tenham acesso à sociabilização, o que gera um contexto social
inclusivo e harmônico.
Além disso, a redução de indivíduos que caminham para a vida do
crime é facilitada com a prática de esportes. No filme “Coach Carter”, o
novo treinador Ken Carter, além de liderar o time de basquete da
escola, tem um papel importante na vida dos jogadores por tirar alguns
deles da criminalidade e impedir a evasão escolar dos alunos. Nesse
cenário, o esporte se torna um representante indispensável para a
inclusão social no Brasil do século XXI, posto que há a ascensão de
oportunidades que promovem a melhoria de vida de diversos jovens
brasileiros.
Desse modo, é imperioso que o Ministério da Cidadania, mediante
investimentos do Governo, crie políticas públicas e projetos sociais que
estimulem a prática de esportes e forneçam aulas gratuitas nas
Comunidades brasileiras, com a finalidade de promover a inserção de
todos os indivíduos na sociedade. Sendo assim, o esporte aumentará
sua influência como fator de inclusão social e o artigo 217 da Carta
Magna será cumprido.
"COMO O ESPORTE AJUDA NA INCLUSÃO SOCIAL
NO BRASIL DO SÉCULO XXI?"
Bárbara Emeli (turma extensiva)

O esporte comunitário, praticado de maneira indiscriminada em regiões


periféricas, torna evidente à sociedade brasileira o potencial inclusivo das
atividades esportivas. Nesse sentido, atualmente, a prática de esportes configura-
se como alicerce da inclusão social por fortalecer a construção ética dos
indivíduos; tal conjuntura promove, em síntese: a capacidade de renovar o
espírito de comunidade, como também de reestruturar perspectivas de vida.
Conclui-se, logo, que às forças estatais urge democratizar o acesso ao esporte.
Em primeiro plano, a prática desportiva é, majoritariamente, realizada em
grupos, organização essa que promove o contato cooperativo entre os indivíduos.
Vale ressaltar, a partir disso, o aclamado filme "Invictus" por retratar, em regime
africano pós-apartheid, a desconstrução de barreiras racistas pelo esporte, visto
que em um time eticamente diverso é perceptível o espírito de comunidade que
envolve a equipe. Nesse sentido, a atividade esportiva proporciona o convívio
igualitário entre os seus participantes, haja vista a predisposição de todos em
cooperar para a vitória e, sobretudo, em valorizar cada cidadão essencial para o
jogo. Dessa forma, os esportes concretizam a inclusão social ao firmarem o
convívio entre a coletividade heterogênea.
Outrossim, o desporto é caracterizado por representar para centenas de infantes
a remodelação de suas projeções futuras. Observa-se, desse modo, o fenômeno
de astros futebolísticos brasileiros, cidadãos esses que não somente encontram
em sua habilidade esportiva uma nova perspectiva econômica, como também
inspiram crianças de locais marginalizados - praticantes assíduas do esporte
comunitário - a transformarem suas realidades, pois, acima de tudo, o simbolismo
de perceber um semelhante em lugar de destaque é poderoso o suficiente para
instigar seus sonhos. Assim, compreende-se a realidade na qual os jovens em
situação de vulnerabilidade retiram-se de atividades ilegais por dedicação ao
esporte, o que permite à sociedade, com medidas de suporte, incluí-los
efetivamente no conjunto cívico.
É evidente, portanto, que o esporte ajuda na inclusão social por construir
oportunidades de efetivação da cidadania. Sendo assim, cabe ao Congresso
Nacional criar medidas constitucionais que liberem maior fluxo de verbas para o
incentivo ao esporte, por meio da apresentação célere das vantagens
proporcionadas pela prática esportiva entre os mais pobres - explanação essa
feita por representantes que atuem diretamente na democratização do desporto
-, com o fito de criar mais quadras de esporte e renovar o estoque de materiais
auxiliares em escolas públicas. Com esse conjunto de ações, a igualdade
promovida pelo esporte comunitário tornar-se-á concreta e universal.
"COMO O ESPORTE AJUDA NA INCLUSÃO SOCIAL
NO BRASIL DO SÉCULO XXI?"
Gabriela Giraldi (turma extensiva)

Na célebre saga “Harry Potter”, Harry, ao ingressar em Hogwarts – escola de


magia – faz poucos amigos e é conhecido apenas por ser “o menino que
sobreviveu”. Porém, ao descobrir seu talento no quadribol, um tipo de esporte
bruxo, ele consegue se enturmar. De maneira análoga, no Brasil do século XXI
o esporte adquire um papel fundamental na inclusão social, assim como
ocorre com Harry. Sendo assim, o esporte ajuda nessa inclusão ao influenciar
a construção do indivíduo e ao dar visibilidade às minorias.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar como o ambiente do esporte
contribui para uma ótima formação cidadã. De acordo com o historiador
francês Hippolyte Taine, em sua Teoria do Determinismo Social, o ser humano
pode ser caracterizado por meio de três fatores: a Raça (Genética), o Meio e o
Momento. Nesse sentido, o Meio, no qual se dá a prática do esporte no Brasil
hodierno, permite que os atletas superem seus próprios limites, desenvolvam
suas habilidades, elevem sua autoestima e interajam com outros indivíduos
que possuem os mesmos interesses. Desse modo, esse Meio influencia a
construção do Homem ao fomentar a interação entre diversas pessoas,
possibilitando a inclusão social.
Além disso, há o engajamento de minorias sociais. Isso porque o esporte se
torna um meio cuja participação se dá em diversas vertentes e em diferentes
modalidades. Sob esse viés, tem-se os Jogos Paraolímpicos, maior evento
envolvendo pessoas com deficiência. Dessa maneira, esses atletas, apesar de
todas as dificuldades enfrentadas, conseguem mostrar a sua capacidade e o
seu potencial. Logo, o esporte desempenha um papel imprescindível ao
ajudar na inclusão dessas minorias, o que, mesmo no Brasil do século XXI, não
ocorre em outras áreas. Diante disso, a mídia, ao transmitir esses Jogos,
permite a visibilidade dessas minorias para toda a sociedade.
Portanto, o Ministério da Cidadania, responsável por pautas como o
esporte, deve realizar campanhas que incentivem e demonstrem para a
população a sua importância para a inclusão social. Tal ação deve ser
realizada por intermédio do direcionamento de verba, possibilitado pela
alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias, para proporcionar a
participação de todos os indivíduos que queiram, bem como dar visibilidade
às minorias. Em síntese, o esporte se tornará cada vez mais aberto à inclusão
social, e permitirá a ocorrência de casos semelhantes ao de Harry Potter.
"ACIDENTES DE TRÂNSITO NO BRASIL: PROBLEMA
SUPERADO OU NEGLIGENCIADO?"
Sophia Gambardello (turma extensiva)

No filme "Se Eu Ficar", a personagem Mia e sua família sofrem um


acidente de carro, do qual ela é a única sobrevivente, causado pela
imprudência de um caminhoneiro. Fora das telas, esses tipos de casos,
apesar de recorrentes na realidade brasileira, são uma problemática
negligenciada pela sociedade devido às punições brandas dadas a
esses crimes e a indiferença dos motoristas quanto às leis de trânsito.
Em primeiro momento é importante destacar a falta de punições mais
severas direcionadas aos envolvidos e causadores de incidentes
viários, ainda que eles tenham noção das ações que podem ocasionar
nesses eventos, como ingerir bebidas alcoólicas ou mexer no celular
ao dirigir. Segundo o filósofo Jürgen Habermas, a harmonia social só é
possível com uma comunicação racional entre civis. Analogamente,
quando o Estado aplica penalidades brandas a esses crimes, os civis
raciocinam que eles não são tão graves e não lhes prestam a devida
preocupação.
Além disso, o desinteresse de motoristas e sua falta de educação
sobre a regulamentação viária os levam a negligenciá-las,
contribuindo, assim, para a manutenção dos altos índices de acidentes
de trânsito. Conforme afirma o historiador Sérgio Buarque de Holanda,
o termo "Homem Cordial" descreve a população canarinha por sua
empatia e amabilidade. No entanto, esse cenário contraria essa teoria,
visto que os pilotos de automóveis infringem cotidianamente leis e
comprometem a segurança de outros pedestres e condutores, não
sendo, por isso, empáticos.
Torna-se fundamental, portanto, que o Congresso Nacional direcione
investimentos - mediante alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias
- aos Detrans de todos os estados, os quais promoverão palestras
mensais em escolas municipais e estaduais, ministradas por seus
profissionais, com vistas a construir uma melhor educação sobre o
trânsito com os cidadãos desde cedo, ao ensinar os alunos as leis e as
consequências das suas infrações. Dessa maneira, mais brasileiros não
terão que passar pela mesma situação de Mia, e terem seus entes
queridos levados pela imprudência de outras pessoas nas ruas.
"ACIDENTES DE TRÂNSITO NO BRASIL: PROBLEMA
SUPERADO OU NEGLIGENCIADO?"
Patrícia Vieira (turma extensiva)

O filme “Velozes e Furiosos”, famoso pela ostentação de carros e pelas


corridas em alta velocidade, enfatiza uma realidade de adrenalina sobre
rodas e retrata a dificuldade das autoridades em lidar com a problemática.
Analogamente, acidentes de trânsito no Brasil são constantemente
negligenciados, uma vez que o não enfrentamento das rodovias como um
ambiente de responsabilidade coletiva e a inércia governamental em punir
motoristas insipientes criam um cenário disfuncional que precisa ser
superado.
A priori, é imperioso ressaltar a ausência de um juízo de valor individual
acerca dos diversos comportamentos irresponsáveis e prejudiciais à toda a
esfera rodoviária, isto é, pedestres e motoristas adjacentes. Em paralelo a
isso, a Teoria Funcionalista, do sociólogo Émile Durkheim, define a
sociedade como um Organismo Vivo que necessita de todas as suas partes
funcionando perfeitamente bem para, assim, evitar uma desarmonia. Nessa
perspectiva, é irrefutável a ligação entre a ocorrência de acidentes de
trânsito no Brasil e o desequilíbrio formado a partir da bolha criada quando
o indivíduo entra no carro e esquece que não é apenas a sua segurança que
está em jogo, mas a de todos ao seu redor.
Ademais, é notório o posicionamento omisso das autoridades frente aos
diversos acidentes de trânsito causados por motoristas negligentes. Nesse
contexto, é importante destacar em qual ponto começa o papel do cidadão
habilitado, pois esse não é limitado ao âmbito rodoviário. Tal
responsabilidade inicia nos momentos anteriores, ou seja, se o indivíduo
sabe que vai dirigir, ele precisa ter consciência e não beber antes, por
exemplo. Logo, qualquer ato posterior ao instante insipiente deve ser
julgado. Nesse sentido, quando o Estado não pune os infratores do trânsito
por motivos arbitrários, ele rompe com a máxima contratualista de John
Locke, a qual intitula o Governo como responsável pela integridade social e,
com isso, negligencia a segurança no trânsito brasileiro.
Urge, portanto, que o Ministério da Segurança Pública aumente a
fiscalização nas rodovias, por meio da atuação de guardas municipais- os
quais devem intensificar suas ações durante a noite e em fins de semana- e
da implantação de um número maior de radares de velocidade, com o fito
de responsabilizar motoristas negligentes e reservar a adrenalina no trânsito
apenas para filmes estilo Velozes e Furiosos.
"GERAÇÃO NEM-NEM: A PERIGOSA FALTA DE
CONTRIBUIÇÃO PARA A ECONOMIA DO PAÍS"
Gabriela Giraldi (turma extensiva)

O artigo 6º da Constituição Federal de 1988 institui a educação e o trabalho


como direitos sociais. Todavia, a prática deturpa a teoria, uma vez que muitos
jovens têm essas garantias negligenciadas pelo Poder Público. Sendo assim, a
perigosa falta de contribuição para a economia do país, pela Geração nem-nem,
está ligada a aspectos como o aumento da especialização no mercado de
trabalho e o frágil preparo para o ingresso nele.
Em primeiro lugar, é importante destacar o crescente aperfeiçoamento da
mão-de-obra. A partir da Revolução Técnica-Científica-Informacional, a
especialização dos trabalhadores assumiu fortemente o mercado e a tendência
é que ganhe cada vez mais espaço. Diante disso, aqueles que não se qualificam
o suficiente, muitas vezes por não conseguirem custear os estudos e adquirirem
experiência, são cada vez mais excluídos e, dessa forma, não conseguem entrar
no mercado formal. Assim, a parcela que não tem estabilidade financeira para
estudar e não consegue emprego - a Geração nem-nem - acaba sem contribuir
para a economia do país, devido à exigência da Terceira Revolução Industrial, o
que, em anos, pode ser perigoso com o aumento da população longeva e a
diminuição da população jovem.
Ademais, o ingresso ao mercado de trabalho é dificultado pela deficiente
capacitação escolar. Segundo o educador brasileiro Paulo Freire, o papel da
escola é, além de ofertar o conhecimento técnico, preparar o indivíduo para a
aplicação de tal conhecimento. Contudo, o setor educacional não fomenta o
jovem a desenvolver o interesse de aplicar seus conhecimentos futuramente,
apenas se preocupa em aprovar o estudante para o ano seguinte. Logo, ao se
formar, o cidadão não tem perspectiva do que fazer e, por conseguinte, não
ingressa numa faculdade, não adquirindo experiência, o que, posteriormente,
acarreta na falta de capacitação para o mercado de trabalho. Dessa maneira,
tem-se a Geração nem-nem, que por falta de estímulo escolar, assim como
enuncia o educador brasileiro, e falta de perspectiva abandonam a contribuição
para a economia.
Portanto, o Ministério da Educação deve desenvolver programas, a serem
aplicados nas escolas de todo país, que enunciem os requisitos dos variados
empregos e desenvolvam com os estudantes sessões regidas por
multiprofissionais que expliquem sobre as diversas profissões e suas áreas de
atuação. Tais ações devem ser realizadas mediante direcionamento de dinheiro,
possibilitado pela alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias, com o objetivo
de estimular os jovens a ingressarem no mercado de trabalho e, então, o artigo
6º poderá ser garantido a cada vez mais cidadãos.
"GERAÇÃO NEM-NEM: A PERIGOSA FALTA DE
CONTRIBUIÇÃO PARA A ECONOMIA DO PAÍS"
Pedro de Oliveira (turma extensiva)

Com o advento da 3° Revolução Industrial, a mão de obra especializada tomou conta do


mercado e dificultou, ainda mais, o processo de obtenção de empregos para os recém-
formados. Sob esse viés, é possível perceber que, com o passar dos anos, essa alta
especialização requerida pelas empresas favoreceu para que muitos indivíduos,
denominados “Geração nem-nem”, não conseguissem contribuir com a economia do
país, uma vez que não se inserem, de fato, na População Economicamente Ativa, pois não
estudam e nem trabalham. Com isso, o frágil preparo para o mercado de trabalho e a falta
de estabilidade em custear os estudos corroboram com o crescimento do número de
indivíduos nessa situação.
Observa-se, de início, que as escolas, em sua maioria, não oferecem a capacitação
necessária a fim de que os jovens tornem-se preparados para o ramo trabalhista
competitivo. Tomando como base o pensamento do educador brasileiro Paulo Freire, a
partir do qual “o papel da escola não é apenas o de ofertar conhecimento técnico, mas,
também, preparar o indivíduo para a aplicação desse entendimento no mercado de
trabalho”, nota-se que as escolas não cumprem totalmente com seu dever. Dessa forma, a
falha na formação desses jovens favorece no aumento desenfreado dos índices de
desemprego, levando-os a não contribuir com a economia do país. Tal fato pode ser
observado nos dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, os quais
revelam que 23% dos jovens brasileiros nem estudam e nem trabalham.
Convém pontuar, ainda, que a falta de estabilidade monetária em arcar com os estudos
reflete, negativamente, no desenvolvimento financeiro do Brasil. Isso acontece porque,
devido a essa má condição monetária, o indivíduo não obtém a formação superior
necessária e, consequentemente, não consegue ingressar no ramo de atividades
trabalhistas. Porém, segundo a cientista Miriam Müller, a culpa não é dos jovens e sim da
condição de pobreza que eles vivem, a qual produz um conjunto de barreiras difíceis de
superar. Desse modo, a falta de instrução acadêmica desses sujeitos dificulta na sua
contribuição ao país , o que favorece para que sejam considerados como integrantes da
“Geração nem-nem”. Prova disso está na pesquisa realizada pela Associação Brasileira de
Mantenedoras de Ensino Superior, a qual 76% dos jovens disseram não entrar em uma
faculdade por não possuírem condições financeiras.
Portanto, diante do exposto, entende-se que há urgência em introduzir o jovem no
ambiente escolar e no mercado de trabalho de forma mais simples e eficaz. Nesse
sentido, o Ministério da Educação deve, mediante à verbas governamentais destinadas à
instrução dos jovens, promover uma melhor formação dos professores para que eles, por
meio dessa nova preparação, possam desenvolver as capacitações necessárias aos
estudantes, como, por exemplo, o aprimoramento de novas tecnologias e o incentivo de
construção dos seus próprios currículos, a fim de inseri-los de forma mais simples e
efetiva no mercado de trabalho. Diante disso, o surgimento da 3° Revolução Industrial
deixará de ser um empecilho aos recém-formados, pois possuirão mais aptidão no ramo
trabalhista e não se enquadrarão no termo “Geração nem-nem”.
"GERAÇÃO NEM-NEM: A PERIGOSA FALTA DE
CONTRIBUIÇÃO PARA A ECONOMIA DO PAÍS"
Natália da Conceição (turma extensiva)

No ano de 1945, a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki causou


diversos problemas de curto a longo prazo para a sociedade local, de forma
social e econômica. No Brasil atual, os perigos resultantes da falta de
contribuição da geração nem-nem para a economia têm se agravado cada vez
mais. Nesse cenário, é possível identificar que os pilares desse problema são
sustentados pela crise econômica existente no país, responsável por manter
altos os índices de desemprego, e pelo frágil preparo que os jovens têm recebido
para ingressar no mercado de trabalho.
Convém ressaltar, em primeiro plano, que com a economia apertada, pessoas
tendem a perder seus empregos. De acordo com dados do IBGE, já do ano de
2020, o desemprego no país atinge 12,3 milhões de indivíduos. É importante
destacar que a maior parte das pessoas nessa situação é jovem, pois aqueles
com mais experiência são colocados em preferência pelas empresas. Dessa
forma, o jovem, que na maioria das vezes trabalha para pagar seus estudos e, por
isso, também vai ter que deixar de estudar, fica em casa sem função e sem
contribuir para a economia do país, essa é a famosa geração nem-nem.
Consequentemente, os danos desse índice de desemprego jovial vão acumular e
resultar em impactos sociais a longo prazo, assim como a explosão das bombas
Hiroshima e Nagasaki.
Outrossim, há uma falha na formação de trabalhadores por parte do setor
educacional. Para a cientista social alemã Miriam Müler, os jovens não carregam
a culpa por serem improdutivos, pois, na verdade, é uma negligência dos
sistemas econômico e social. Nesse sentido, o indivíduo deveria começar a ser
preparado para ingressar no mundo trabalhista durante o ensino fundamental e
médio, o que não acontece. Além disso, apenas uma minoria consegue obter
essa preparação por cursos fora do ambiente escolar, não sendo um número
suficiente de contribuintes para a economia do país, pois a maioria se encontra
estagnada na geração nem-nem.
Logo, o Estado, em parceria com o Ministério da Educação, deve investir na
infraestrutura das instituições escolares e na qualidade dos professores, que
devem ser mais preparados e motivados para o direcionamento dos alunos ao
mundo trabalhista. Isso deve acontecer por meio do aumento dos recursos
destinados à educação – contanto que eles sejam corretamente gerenciados -, a
fim de que os jovens cresçam cada vez mais competentes para entrar nesse
mercado que é tão competitivo.
"A REALIDADE DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE
RUA"
Gabriel Correia (turma semi)

O art. 6º da Constituição Federal de 1988 estabelece a moradia como


direito social. No entanto, essa realidade não é amplamente vivenciada
por todos os brasileiros, pois há milhares de pessoas em situação de
rua. Nesse contexto, evidencia-se a invisibilidade deles por parte do
corpo civil, bem como a inobservância do Poder Público.
Em primeiro plano, é notável a exclusão social e a falta de olhares
sensíveis ao sofrimento dos ocupadores das ruas. Sob a perspectiva do
filósofo alemão Hans Jonas, o indivíduo deve agir “de modo que os
efeitos de suas ações sejam compatíveis com a permanência de uma
autêntica vida na Terra”. Nesse viés, a inércia de grande parte da
sociedade brasileira deve-se ao fato da sensação de superioridade, do
medo e da vergonha perante a realidade de quem está à margem no
país. Assim sendo, a banda BaianaSystem, ao afirmar em um trecho de
sua canção “Invisível” que “Você já passou por mim/E nem olhou pra
mim”, revela o quão soberanos se sentem os cidadãos que contribuem
economicamente para nação.
Ademais, a ausência de políticas públicas promovidas pelo Governo
Federal é outro fator contribuinte à hedionda vivência das pessoas em
situação vulnerável à rua. Segundo Simone de Beauvoir, o valor dado ao
ser humano, dentro de uma sociedade capitalista, é diretamente
proporcional à capacidade
produtiva. Posto isso, na visão dos políticos do Brasil, não existem
motivos para garantir direitos a quem não gera lucro para o país. Dessa
forma, torna-se legítimo tratar os sujeitos que ocupam as ruas como
indigentes.
Portanto, é dever do Congresso Nacional, juntamente com o Ministério
da Cidadania, propor um Projeto de Lei que garanta além da moradia,
atendimentos psicológicos e acesso à saúde às pessoas em situação de
rua. Ele será criado por meio de debates com assistentes sociais e
psicólogos, a fim de assegurar todas as necessidades dessa população
e, consequentemente, reinseri-los no meio social. Desse modo, haverá
atualização na legislação e uma mudança na realidade desses cidadãos.
"A REALIDADE DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE
RUA"
Gabriel Dantas (turma extensiva)

Nos versos: "Você já passou por mim/ E nem olhou pra mim" da banda
contemporânea Baiana System é denunciado, sem hercúleo hermenêutico, a
invisibilidade grotesca sofrida sobretudo pelos humanos em situação de rua.
Nesse viés, essa realidade anacrônica e antidemocrática persiste seja pela
perpetuação do medo do outro, seja pela reificação sofrida por esses indivíduos.
Logo, urge a atuação do Poder Legislativo com o fito de mitigar esse empeço
flagelador.
Antes de tudo, é digno mencionar a aversão desumana pelo próximo imbuída
na sociedade pós-moderna, desse modo, o medo para com as pessoas em
situação de rua é mais agravante, afinal, a maioria deles não estão esteticamente
"aceitáveis" e, então, são enxergados como uma ameaça perante um grande
número de civis "padronizados". Sob esse aspecto, o sociólogo polonês Zygmunt
Bauman teoriza que, principalmente na modernidade, os cidadãos vivem um
constante receio mútuo entre as pessoas: o Medo Líquido. Nessa perspectiva, é
notório o medo sofrido pelos cidadãos quanto às pessoas em situação de rua e,
consequentemente, a banalização gerada por esse sentimento preconcebido e
doentio.
Outrossim, convém destacar a objetificação "escancarada " "cuspida" nesses
indivíduos à margem da sociedade excludente, visto que as condições péssimas
de vida deles são naturalizadas e os tornam objetos, ou seja, são reificados
cotidianamente e, assim, "vivem" ausente de dignidade, logo, isentos de uma
moradia. Diante desse cenário patológico, percebe-se a confirmação da
realidade flageladora ecoada nos versos da banda Baiana System. Ademais, esse
panorama agonizante é poetizado na obra "O Bicho" do autor moderno Manuel
Bandeira, quando cita a semelhança do comportamento animalesco com o
comportamento de um ser em situação de rua, portanto, é cristalino o massacre
sofrido por essa população coisificada.
Destarte, é imperioso que o Congresso Nacional, mediante alterações nas Leis
de Diretrizes Orçamentárias, direcione investimentos para as Secretarias de
Assistência Social, as quais devem, por meio de palestras em âmbitos públicos-
tais palestras deverão ser ministradas por Mestres e Doutores em Ciências
Sociais e Sociologia- alertar o corpo civil a necessidade da desconstrução da
reificação e do medo às pessoas em situação de rua, a fim de, pouco a pouco, a
coisificação e aversão a esses indivíduos massacrados sejam minimizadas. Desse
modo, poder-se-á distanciar do retratado nos trechos da banda Baiana System.
"A DIFÍCIL COMPREENSÃO DAS NOVAS
CONFIGURAÇÕES FAMILIARES PRESENTES NO BRASIL"

Arthur Brito (turma extensiva)

O IBGE, através do censo de 2010, identificou 19 laços de parentesco no país


e 50,1% das famílias consultadas afirmaram não pertencer ao caráter
tradicional da configuração familiar - casal heterossexual e filhos. Todavia,
apesar de apresentar quantidade estatisticamente maior, ainda há uma difícil
compreensão acerca da pluralidade conceitual sobre famílias na conjuntura
brasileira hodierna. Dessa forma, o enraizamento de concepções
ultrapassadas do conceito de família, bem como a obstrução da
concretização da felicidade alheia são fatores que dificultam a aceitação dos
novos modelos familiares
Em primeira análise, no clássico francês “O Pequeno Príncipe” é deixada em
evidência a predisposição das “pessoas grandes” de observar a realidade com
um olhar enrijecido, dogmatizado que faz com que sempre enxerguem um
chapéu, ao invés de uma cobra que engoliu um elefante. Analogamente, esse
tipo de olhar programado está impregnado no seio civil brasileiro, o qual tem
seu modelo familiar pronto e é incapaz de mudar sua visão sobre ele. Dessa
maneira, é válido entender que na atualidade há uma dinâmica intensa de
desconstrução de conceitos ultrapassados, os quais muitas vezes são tidos
como preconceituosos, entretanto, indivíduos acomodados com a estática
pré-moderna têm uma difícil compreensão sobre novos conceitos, como os
de família.
Outrossim, sob a perspectiva filosófica de Immanuel Kant a promoção da
felicidade alheia é entendida como dever de virtude. Contudo, a obstrução da
felicidade de outrem se tornou uma prática comum por parte daqueles que
possuem uma difícil compreensão das novas configurações familiares. Nesse
viés, os indivíduos presos em concepções ultrapassadas muitas vezes
possuem um falso sentimento de superioridade moral e julgam como errado
as definições contemporâneas sobre o conceito de família, por conseguinte,
se acham no poder de corromper o sonho de alguém, que poderia estar
ajudando outras pessoas - adotando crianças, por exemplo.
Logo, cabe à direção geral das escolas públicas e privadas - haja vista que é
um ambiente didático e aberto para dúvidas - trazer conhecimento acerca da
compreensão das novas configurações familiares, por meio de palestras e
debates, com o fito de desconstruir visões ultrapassadas sobre o tema.
Destarte, cada laço de parentesco identificado pelo IBGE poderá ser
compreendido e respeitado.
"A DIFÍCIL COMPREENSÃO DAS NOVAS
CONFIGURAÇÕES FAMILIARES PRESENTES NO BRASIL"

Mª Eduarda Nunes (turma extensiva)

Para os personagens da animação “Lilo e Stitch”, “Ohana” quer dizer família,


e família quer dizer “nunca abandonar ou esquecer”. Nesse contexto, é
evidente que, para os habitantes da ilha, família é quem ama e não abandona
ou esquece, cenário presente apenas na ficção, já que a sociedade brasileira
ainda está permeada de preconceitos e visões obsoletas em torno do “ser
família”, apresentando uma explícita dificuldade em compreender as novas
configurações familiares. Isso porque existe um enraizamento de concepções
ultrapassadas do conceito de família, ocasionando uma condenação social
das múltiplas formas de família.
Primeiramente, é preciso entender que está cravado no corpo social uma
visão ultrapassada sobre a ideia de família, compreendendo-a como um
conceito estático e único, o que torna árduo o processo de compreensão das
novas configurações familiares. A obra “A Família”, de Tarsila do Amaral,
demonstra que não há uma única forma de constituir e ser família e por isso
foi marginalizada e condenada ao degredo social, por mostrar algo que era
realidade, mas que não era aceito por grande parte da população da época.
Paralelo a isso, mesmo passado um século, ainda existe uma rejeição às
personificações familiares distintas daquilo que a sociedade estava
acostumada, de modo que transparece ser mais importante se encaixar no
padrão social do que amar e ser “Ohana”.
Outrossim, é nítido que o seio civil brasileiro repreende as multiplicidades
do caráter familiar por fugir ao padrão imposto, uma vez que é difícil o
entendimento das novas configurações familiares e como não entende,
condena. Conforme é evidenciado em “O Pequeno Príncipe”, os indivíduos
tendem a enxergar a realidade com um olhar enrijecido, ou seja, tendem
sempre a enxergar a mesma coisa, sempre um chapéu e nunca uma cobra
engolindo um elefante. De forma análoga, as configurações familiares
tendem a ser vistas sob uma única ótica, considerada certa, condenando
aquelas que fugiram da padronização tradicional.
Em suma, cabe ao Ministério da Educação desenvolver palestras que
apresentem a valorização das distintas personificações familiares, por meio
de entrevistas com todos os tipos de famílias, com o objetivo de evidenciar o
que é “ser família” e assim destacar a importância de respeitar essa
pluralidade. Dessa maneira, a ideia de “Ohana” sairá da animação e ficará
presente na sociedade brasileira.
"A IMPREGNAÇÃO DA PIRATARIA NO CORPO SOCIAL
BRASILEIRO"
Bárbara Emeli (turma extensiva)

Aclamado seriado americano, Mr. Robot narra a trajetória revolucionária do hacker


Elliot em busca de uma conjuntura social igualitária. A partir disso, a pirataria
apresenta-se na obra como elemento primordial do processo subversivo de
democratização da arte. Nesse sentido, diante a díspare realidade econômica
nacional, o ato de disseminar ilegalmente conteúdos culturais encontra-se
impregnado nas classes desfavorecidas, realidade essa que gera êxito tanto para
produtores quanto para consumidores; tal assertiva é fundamentada: no aumento
das vendas do conteúdo pirateado, como também na universalização do acesso a
materiais elitizados. Conclui-se, logo, que é necessário reformular a pirataria aos
moldes da legalidade.
Em primeiro plano, a intensa difusão de produtos culturais por meio da pirataria
proporciona o aumento de lucros para quem cria arte. Vale ressaltar, nessa
perspectiva, o escritor contemporâneo Paulo Coelho como artista na vanguarda da
produção cultural, visto que ao se "auto-piratear" - isto é, publicar em modo anônimo
as próprias obras gratuitamente na web - desencadeou o crescimento em 60% nas
vendas de seus livros em diversos idiomas, por tal motivo o literário apresenta-se
como ferrenho apoiador da pirataria. Desse modo, é inegável que a ampla
divulgação promovida pela prática de acessar ilegalmente a arte impulsiona o anseio
para consumir e comprar os produtos no comércio regular, consequência essa capaz
de manter a indústria do entretenimento, simultaneamente, lucrativa e acessível, o
que, sobretudo, justifica a enraização da prática ilegal no corpo social brasileiro.
Outrossim, os materiais disponibilizados de forma gratuita são primordiais para
garantir às classes baixas acesso mínima à cultura. Observa-se, nesse viés, os dados
apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, segundo os quais nas
faixas menos favorecidas da sociedade, denominadas classe D e E, 96% dos
indivíduos fazem downloads ilegais de músicas e filmes, cenário concretizado
mediante as altas taxas cobradas para consumir no mercado convencional. É
incontrovertível, dessa forma, que a prática de acessar arquivos não tributados
torna-se impregnada na sociedade pela incapacidade do mercado capitalista e
elitizado de alcançar pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, realidade
discriminatória que indivíduos marginalizados - assim como Elliot - subvertem por
intermédio da pirataria.
É evidente, portanto, que a impregnação dos downloads ilegais no corpo civil
nacional proporciona possibilidades outrora inexistentes. Sendo assim, cabe ao
Congresso Nacional formular leis que diminuam a taxação de impostos sobre
conteúdos culturais, por meio da orientação de especialistas da indústria audiovisual
nacional - artistas esses norteados para o consumo universalizado da arte -, com o
fito de tornar os preços acessíveis para todas as classes e aumentar, com maior vigor,
o lucro dos produtores. Com esse conjunto de medidas, assim como Mr. Robot
almeja, a pirataria tornar-se-á ato revolucionário não mais necessário diante uma
realidade inclusiva.
"A IMPREGNAÇÃO DA PIRATARIA NO CORPO SOCIAL
BRASILEIRO"
Gabriel Dantas (turma extensiva)

A Ilha Utopia, idealizada por Thomas Morus, é altamente segura e,


assim, isenta de quaisquer crimes. Entretanto, no Brasil, a pirataria se
encontra impregnada no corpo social brasileiro. Nesse viés, sabe-se
que essa realidade patológica é fruto da normatização desse crime,
como também da escassez de observância por parte do Poder
Público. Logo, urge a atuação do Ministério da Justiça e Segurança
Pública com o fito de mitigar a pirataria do país.
Antes de tudo, é digno mencionar a banalidade da pirataria, a qual,
muitas vezes, gera um sentimento de normalidade inserido no corpo
social, uma vez que esse ato infrator não é visto como um crime grave
pela sociedade e, então, passa a se tornar algo corriqueiro e "liberado".
Diante desse panorama, ilícito e omisso, vê-se, analogamente, a
confirmação da teoria "Banalidade do Mal", escrita pela filósofa
Hannah Arendt, a qual prega que certos males ao estarem sempre
presentes na realidade dos indivíduos passam a ser banalizados.
Portanto, sem hercúleo hermenêutico, a banalização da pirataria
contribui para a manutenção desse crime enraizado no Estado verde-
amarelo.
Outrossim, convém destacar a inobservância estatal no tocante ao
combate da impregnação da pirataria no Brasil, visto que o país
necessita de maiores investimentos no setor da luta contra o crime
organizado. Ademais, a Carta Magna de 1988, no artigo 6, garante a
Segurança como um direito social, contudo, a prática deturpa a teoria,
afinal, a pirataria permanece imbuída na nação brasileira.
Consequentemente, a sociedade continua insegura ao contrário da
Ilha de Utopia, a qual é escassa de crimes. Desse modo, cabe ao Poder
Público desmascarar de forma efetiva a pirataria do solo brasileiro.
Destarte, é imperioso que o Ministério da Justiça e Segurança Pública
abra delegacias específicas contra os crimes de pirataria, por meio da
implantação de profissionais da inteligência policial nessas delegacias,
os quais deverão investigar os crimes e realizar uma alta fiscalização, a
fim de que, pouco a pouco, a pirataria seja atenuada do corpo social
brasileiro. Dessa maneira, poder-se-á aflorá a segurança no país do
verde-louro, bem como a apaziguada Ilha Utopia.
"A IMPREGNAÇÃO DA PIRATARIA NO CORPO SOCIAL
BRASILEIRO"
Sophia Gambardello (turma extensiva)

Na série americana "Fuller House", Jackson Fuller consegue baixar


um filme ainda exibido somente nos cinemas para assistir em seu
notebook. Fora da ficção, a realidade brasileira é muito semelhante à
fictícia, pois a sociedade tem o uso da pirataria como uma ação
impregnada em seu dia a dia, devido à dificuldade de acesso à cultura
pelas classes mais baixas e à visão popular de que esse ato não é
criminoso.
Em primeiro momento, é importante ressaltar que há uma
desigualdade de acesso à cultur entre as classes sociais. Embora a
Constituição Federal de 1988 assegure o direito à cultura a todos os
cidadãos, não há o cumprimento dessa garantia na prática, uma vez
que pessoas das classes altas frequentam recorrentemente cinemas e
assinam plataformas online de streaming, enquanto indivíduos menos
abastados não conseguem gastar com lazer, considerado não
essencial, e recorrem a opções mais baratas, apoiando, assim, a
pirataria.
Além disso, o corpo social canarinho não vê a pirataria como um
crime grave, contribuindo, dessa forma, para a sua manutenção.
Conforme foi visto na Operação Barba Negra, que tirou o site Mega
Filmes HD de funcionamento em 2015, milhões de cidadãos se
beneficiam desse tipo de entretenimento ilegal por intermédio de sua
capacidade de conseguir as coisas de maneira "fácil" demais, descrita
pelo antropólogo Roberto DaMatta como "jeitinho brasileiro".
Torna-se fundamental, portanto, que o Congresso Nacional direcione
investimentos – mediante alteração na Lei de Diretrizes
Orçamentárias – para as escolas municipais e estaduais de todo o país,
as quais realizarão palestras sobre as consequências negativas da
pirataria, seguidas pela exibição de filmes atuais adquiridos de
maneira legal, com vistas a aumentar a democracia cultural e diminuir
os índices desse crime no Brasil. Desse modo, os jovens tupiniquins
não agirão como o personagem Jackson Fuller para acessar bens
culturais.
"O DESAPARECIMENTO DE PESSOAS NO BRASIL
ATUAL"
Gabriel Dantas (turma extensiva)

A série Dark, exibida pela Netflix, retrata o desaparecimento de pessoas e


suas consequências negativas para a dinâmica social. No entanto, fora da
ficção, na realidade brasileira hodierna, vê-se que o desaparecimento de
pessoas têm motivos concretos, gerando impasses sociais. Nesse viés, essa
realidade, patológica e flageladora, é fruto do individualismo enraizado na
pós-modernidade, como também da escassez de políticas públicas
eficientes e específicas. Logo, urge a atuação do Ministério da Justiça e
Segurança Pública a fim de atenuar esse revés semelhante ao da série
Dark.
Antes de tudo, é digno mencionar a impregnação do espírito individualista
na contemporaneidade, o qual alimenta a apatia dos civis quanto ao
desaparecimento de pessoas no Brasil atual, afinal, a carência de altruísmo
faz com que a sociedade não dê a devida importância à problemática e,
então, gritos de socorro das famílias dos desaparecidos ecoam. Sendo
assim, percebe-se a confirmação da fala do Papa Francisco, quando
afirmou a existência da "globalização da indiferença", visto que os
indivíduos apesar de estarem globalmente conectados não enxergam o
próximo com empatia. Portanto, indubitavelmente, o individualismo
exacerbado contribui para a manutenção do desaparecimento de pessoas.
Outrossim, convém destacar a ineficiência estatal em relação às fracas
polícias públicas no tocante ao combate do desaparecimento de pessoas
no Estado do verde-louro, pois o Brasil não porta de setores específicos e
eficientes para solucionar o problema, a exemplo de delegacias específicas
e investigadores. Nesse sentido, nota-se o rompimento do artigo 6° da
Carta Magna de 1988, o qual prega como direito social a segurança,
todavia, a prática deturpa a teoria, uma vez que o país não possui políticas
públicas efetivas nessa seara. Dessa forma, sem hercúleo hermenêutico, o
Poder Público deve tratar com mais precisão o desaparecimento de
pessoas.
Destarte, cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública criar
Delegacias específicas para a busca e investigação de pessoas
desaparecidas, por meio da implantação de profissionais especializados na
área- tais profissionais deverão ser treinados pelas Polícias de Inteligência-,
com o fito de, pouco a pouco, mitigar o desaparecimento de pessoas no
Brasil. Dessa maneira, poder-se-á se distanciar do cenário maléfico da série
Dark.
"O DESAPARECIMENTO DE PESSOAS NO BRASIL
ATUAL"
Gabriela Giraldi (turma extensiva)

O documentário “O Desaparecimento de Madeleine McCann” retrata os


detalhes da investigação do caso ocorrido em 2007, quando uma garota de
três anos sumiu enquanto viajava com a família. Tal caso teve repercussão
mundial, ainda que os investigadores não tenham concluído quem seria o
responsável e a menina não ter sido encontrada. Todavia, se analisada a
realidade brasileira, mesmo que diariamente ocorram diversos
desaparecimentos, não há visibilidade alguma. Sendo assim, o sentimento
individualista na sociedade e a burocracia para se registrar os casos de sumiço
são fatores ligados a esse contexto no Brasil atual.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar a exaltação dos interesses
particulares dos cidadãos. De acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim,
as sociedades industriais seguem a solidariedade orgânica, isto é, a noção de
que o individualismo é superior ao consenso social. Nesse sentido, se os
indivíduos apenas se preocupam com a sua realidade e interesses, o fato de
haver pessoas desaparecidas não irá afetá-los. Desse modo, essa impregnação
da ideia de não pensar no bem-estar social dificulta a resolução desses
sumiços, visto que haverá menos pessoas preocupadas e até mesmo atentas
aos desaparecidos. Logo, ao enxergar os problemas apenas de sua realidade,
os cidadãos obstruem a resolução dos desaparecimentos no contexto
hodierno brasileiro.
Além disso, há uma série de procedimentos que devem ser realizados para
registrar os desaparecimentos. Segundo a Polícia Civil, principalmente os
departamentos das capitais dos estados brasileiros, há vários processos a
serem seguidos, como o fato de que apenas familiares podem fazer o registro
e a apresentação de fotos extremamente recentes para efetuá-lo. Contudo,
essas medidas acabam burocratizando o processo, o que acaba levando mais
tempo, e as chances de as pessoas serem encontradas diminuem. Diante
disso, se amigos pudessem registrar e fotos em que os desaparecidos não
tenham mudado muito fossem aceitas, a investigação seria acelerada, e os
casos de desaparecimentos no Brasil atual poderiam ser solucionados com
maior rapidez.
Portanto, a Polícia Civil deve, em parceria com agentes midiáticos,
desenvolver campanhas que incentivem e sensibilizem o corpo social quanto
à importância de sua união para resolver os casos. Dessa maneira, essa ação
deve ser realizada por meio do direcionamento de verba, possibilitado pela
alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias, para aumentar o número de
pessoas encontradas. Assim, se esses casos ganharem grandes repercussões,
como o de Madeleine, o processo é facilitado.
"O DESAPARECIMENTO DE PESSOAS NO BRASIL
ATUAL"
Ana Cecília Coelho (turma extensiva)

Na websérie “Dark” é ilustrado o desaparecimento de diversas pessoas e


como ele impacta na dinâmica da sociedade. Fora da ficção, o
desaparecimento de pessoas também acomete o Brasil atual, seja pela
escassez de políticas públicas específicas, seja pela impregnação do
sentimento individualista no corpo social.
É necessário enfatizar, inicialmente, a ausência de ações práticas eficientes
por parte do Poder Público na resolução da problemática - inclusive quanto à
disponibilização de informação. Platão, em sua alegoria “Mito da Caverna”,
afirma que há, no Mundo das Sombras, a persistência da ignorância e da
alienação, ao contrário do Mundo das Verdades, marcado pela presença do
saber. Atualmente, os brasileiros vivem como no Mundo das Sombras, uma vez
que é persistente a ausência de campanhas voltadas à expansão do
conhecimento sobre como proceder diante do desaparecimento de pessoas,
além de falta de um atendimento especializado voltado aos familiares do
indivíduo desaparecido - culminando na criação de obstáculos para uma
resolução eficaz.
Somada à essa perspectiva ainda há uma forte postura egoísta enraizada na
sociedade brasileira. Segundo o sociólogo alemão Hebert Marcuse, em sua
teoria “Mecânica do Conformismo”, existe uma predisposição do Homem
alienado de não se compadecer ou se incomodar com o sofrimento e a
angústia alheia. Em paralelo, é evidente que muitos indivíduos se assemelham
aos homens alienados em decorrência da consolidação de uma civilização
individualista brasileira que, em determinadas situações -como a questão do
desaparecimento de pessoas- concebe a ideia de “se não me afeta, não devo
me preocupar”, ocasionando um ciclo vicioso da banalização do problema no
contexto atual.
Portanto, cabe à Mídia aliada a Polícia Civil promover campanhas
publicitárias que explicitem os procedimentos corretos diante do
desaparecimento de pessoas por meio de anúncios ilustrados por emissoras
televisivas e nas plataformas digitais, a fim de difundir o acesso à informação.
Ademais, a Assistência Social deve fornecer apoio psicológico aos indivíduos
que sofrem com o desaparecimento de alguém, mediante um
acompanhamento domiciliar o qual deve contar com a presença de
profissionais -como psicólogos, por exemplo - com o intuito de oferecer ajuda
emocional para essas pessoas - e, assim, fomentar uma realidade cada vez
mais distante de
Dark.
"A SUPERVALORIZAÇÃO DO TRABALHO E A ROMANTIZAÇÃO
DA EXAUSTÃO NO ATUAL CONTEXTO SOCIAL"

Gabriela Giraldi (turma extensiva)

Dentre as várias relações ecológicas de uma comunidade, há o mutualismo


e o parasitismo. Enquanto na primeira ambos os seres são beneficiados, na
segunda há um parasita que se beneficia do hospedeiro, causando-lhe danos.
De maneira análoga, nota-se que grande parte das relações de trabalho se
constituem como um parasitismo, uma vez que o empregador se beneficia da
produtividade “ilimitada” do empregado, devido à supervalorização do
trabalho e da romantização da exaustão. Sendo assim, no contexto hodierno,
são reflexos disso a alienação imposta pelo Sistema e a pressão social
exagerada em prol do desempenho.
Em primeiro lugar, é importante destacar as influências negativas do
capitalismo. De acordo com a corrente marxista, o objetivo principal de tal
sistema é o lucro, sendo realizado qualquer coisa para atingi-lo. Dessa forma,
Marx elencou a alienação como um dos princípios do capitalismo. Portanto, a
sociedade, que quer de todo modo obter o lucro, ao estar alienado,
supervaloriza o trabalho e, assim, ofusca as consequências que isso pode
trazer. A partir disso que a exaustão é romantizada, haja vista que, sob
condição de obter dinheiro, não importam os malefícios aos quais os
indivíduos estarão submetidos, mesmo afetando a sua saúde.
Ademais, há também a recorrente cobrança de produtividade. Para o
sociólogo Byung-Chul Han, tem-se uma “Sociedade do desempenho”, visto
que a motivação dela é, independente do que for preciso, ser produtivo. Logo,
ele entende que a busca pelo desempenho, além de supervalorizar o trabalho,
pode romantizar o esgotamento, sendo esse o impulsionador para a
“Sociedade do desempenho”. Por conseguinte, as pressões sociais fomentam
exageradamente a produtividade, anulando qualquer possibilidade de
exaustão e estabelecendo um ótimo desempenho, assim como a sociedade
teorizada pelo sociólogo contemporâneo.
Diante disso, o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações devem, em parceria, divulgar informações que
enunciem os prejuízos à saúde ocasionados pela romantização da exaustão e
da supervalorização laborativa por meio do investimento, possibilitado pela
alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias, em pesquisas nas Universidades
Públicas do país para, além de proporcionar o questionamento dos cidadãos
acerca de sua própria relação com o trabalho, possibilitar a normalização de
não manter uma produtividade a todo momento. De tal maneira, as relações
de trabalho poderão ser modificadas e, tornar-se-á concebível atingir uma
relação mutualística.
"A SUPERVALORIZAÇÃO DO TRABALHO E A ROMANTIZAÇÃO
DA EXAUSTÃO NO ATUAL CONTEXTO SOCIAL"

Sophia Gambardello (turma extensiva)

Na série "Todo mundo odeia o Chris", vê-se nitidamente como o trabalho


é colocado em um alto patamar, principalmente pela personagem
Rochelle, que está sempre se vangloriando sobre o fato de seu marido ter
dois empregos. Fora das telas, a realidade atual se assemelha em muito
com a fictícia, uma vez que a supervalorização do labor e a romantização
da exaustão são promovidas pela alienação possibilitada pelo Sistema e
pela pressão social em prol do desempenho.
Em primeiro plano, é importante ressaltar que o alienamento da
população é possibilitado pelo Sistema Capitalista, cujo principal objetivo
é o lucro. Para alcançar tal meta, está-se legitimado a fazer qualquer coisa,
e o seu principal meio de atingi-la é, segundo o sociólogo alemão Karl
Marx, a Alienação, que é entendida como a ofuscação de todas as
informações sobre determinado ofício, bem como seus impactos sociais,
pessoais e riscos que ele oferece, levando os indivíduos, assim, a
supervalorizar os ganhos, e consequentemente, o trabalho, e a ver a
exaustão de forma eufemizada.
Além disso, há atualmente uma enorme pressão social a favor do
desempenho, que pode ser exemplificada pela obra do sociólogo Byung-
Chul Han, "Sociedade do Cansaço", que afirma que o intuito motivador do
corpo social é a produtividade, devendo alcançá-la de qualquer jeito. Por
conseguinte, a ideia de que a exaustão é sinônimo de sucesso se torna
cada vez mais comum na Sociedade descrita por Han, e o esgotamento
juntamente com o excesso de trabalho, passam a serem supervalorizados
e romantizados, e vistos não como um problema, mas como um meio
para atingir seus ideais.
Torna-se fundamental, portanto, que os Tribunais Regionais do Trabalho,
aliados às Secretarias da Saúde, disponibilizem cartilhas, as quais alertem
sobre os prejuízos causados pela exaustão à saúde mental e física, que
serão criadas mediante estudos – implementados pelos centros de
psiquiatria – realizados pelas Universidades Federais de cada estado sobre
essas consequências, com vistas a possibilitar uma compreensão da
sociedade sobre os riscos concretos da exaustão. Dessa maneira, há de
findar-se a valorização do trabalho socialmente enraizada em pessoas
como a personagem Rochelle.
"OS TEMPOS DE CRISE COMO PROMOTORES DO
CONHECIMENTO DO OUTRO"

Sophia Gambardello (turma extensiva)

No filme 2012, o qual retrata um cenário apocalíptico, é nítida a


manifestação de egoísmo e uma falta de humanidade, quando as pessoas
param de lutar umas pelas outras. Não muito distante da ficção, nos
tempos de crise da realidade atual, pode-se conhecer, verdadeiramente, o
outro, pois são nesses momentos que afloram os sentimentos
mesquinhos em detrimento de si próprio, haja vista a falta de empatia
enraizada na sociedade e a adoção de ideais meritocráticos.
Em primeira análise, é importante destacar que grande parte da
civilização não pratica a ação de se colocar no lugar do outro, conduta já
arraigada nas pessoas. Nesse viés, vê-se exemplificada a teoria "Mecânica
do Conformismo", do sociólogo Herbert Marcuse, na qual ele estabelece
uma predisposição do Homem alienado de não se compadecer com os
sofrimentos e as ânsias alheias, e que, assim, nada faz para que eles sejam
ao menos notados. Desse modo, é possível vislumbrar um íntimo
mesquinho e egoísta da maioria da população, que só leva em conta seus
próprios interesses e necessidades, especialmente em tempos remotos.
Além disso, os ideais meritocráticos adotados pela sociedade são ainda
mais aflorados em momentos desafiadores, deixando clara a perspectiva
de superioridade de alguns indivíduos, como é mostrado pelo cantor Tim
Maia no trecho "E na vida a gente tem que entender/ Que um nasce pra
sofrer/ Enquanto o outro ri", de sua canção "Azul da cor do mar". Logo,
entende-se o conceito de meritocracia e conhece-se a natureza perversa
de quem compactua com a ideia de que algumas pessoas já nascem com
o mérito para sorrir, enquanto outras, apesar de suas lutas diárias, não o
concretizam.
Torna-se fundamental, portanto, que a Mídia televisiva e cibernética
exponha constantemente ao público o valor social, ético e moral da
empatia, por meio da criação de curta-metragens que abordem o
altruísmo e a importância da união social em tempos de crise, cuja
execução será feita com a participação de artistas e youtubers engajados
em movimentos sociais em prol desses temas, visando a disseminação do
valor de se cultivar a coletividade em momentos difíceis. Dessa forma,
será possível o afastamento de uma realidade como a do filme "2012" e o
conhecimento do lado positivo dos seres humanos.
"OS EFEITOS DA CRISE DO SISTEMA CARCERÁRIO
BRASILEIRO"
Pedro de Oliveira (turma extensiva)

Na obra literária ‘’Memórias do Cárcere’’, Graciliano Ramos, preso durante o regime do


Estado Novo, retrata os maus tratos, as péssimas condições de higiene e a falta de
humanidade vivenciada na rotina prisional. Analogamente, percebe-se uma grande
semelhança entre a obra e a realidade do Brasil, visto que se vive, nos dias atuais, uma
enorme crise no sistema carcerário brasileiro, o qual resulta em diversos malefícios à
população do país. Com isso, compreende-se o aumento da violência urbana e a
descrença da sociedade para com o Estado como principais efeitos desse colapso no
complexo penitenciário.
Observa-se, de início, que a crise humanitária no sistema prisional acaba corroborando,
de maneira direta, no aumento da violência urbana do país. Ao tomar como base o
pensamento do historiador Hippolyte Taine, o qual afirma, por meio do Determinismo
Social, que o meio é um fator determinante para a construção do homem, nota-se que os
maus tratos humanitários cometidos nos complexos penitenciários interferem,
diretamente, no comportamento futuro do presidiário. Dessa forma, a falha em
ressocializar o infrator acaba interferindo nas suas ações posteriores, uma vez que esses
indivíduos, devido a não ressocialização, tornam-se mais aptos a cometerem novas
infrações ao saírem da prisão. Prova disso está nos dados divulgados pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os quais mostram que 25% dos ex-presidiários
voltam a cometer crimes em um prazo de cinco anos.
Convém pontuar, ainda, que a crise do complexo carcerário favorece para uma maior
desconfiança da população brasileira para com o Poder Público. Isso acontece porque,
mesmo com o aumento no número de prisões, os índices de violência não diminuem,
mostrando uma falha do Governo em resolver, efetivamente, os problemas sociais e,
devido a isso, acaba gerando, na sociedade, uma maior descrença em relação ao
comprometimento e eficácia do Estado. Porém, segundo o economista Bernardo
Kliksberg, quanto maior for a desconfiança perante o Poder Público, maior será o
aumento na proliferação de patologias coletivas. Desse modo, é possível perceber que o
descrédito ao Governo é diretamente proporcional ao aumento de obstáculos sociais. Tal
questão pode ser observada no atual cenário brasileiro, pois grande parte da população
não confia no Poder Público e o número de atos ilícitos, como assassinatos, crescem
exponencialmente.
Portanto, diante do exposto, entende-se que há urgência em resolver o colapso no
sistema carcerário do país. Nesse sentido, o Ministério da Justiça, em parceria com o
Ministério da Educação, deve, mediante verbas governamentais destinadas ao sistema
carcerário, promover, nos presídios do país, um processo mais eficiente de instrução e
ressocialização dos infratores, como, por exemplo, aplicando aulas de sociologia que
abordem processos sociais que devem ser cumpridos no âmbito coletivo, com intuito de
pôr fim aos casos frequentes de crimes realizados por ex-presidiários e,
consequentemente, deixar a população mais segura e confiante acerca das ações do
Estado. Diante disso, casos análogos ao retratado em ‘’Memórias do Cárcere’’
permanecerão somente na ficção.
"O CONSUMO DE ALCOÓL ENTRE OS JOVENS
BRASILEIROS"
Sophia Gambardello (turma extensiva)

Na série "Outer Banks", os personagens J.J. e John B. ficam bêbados


em uma festa na praia e se envolvem em uma briga com Topper, o
qual estava armado, colocando suas vidas em risco. Fora das telas, o
cenário brasileiro é bem similar ao fictício, visto que há uma alta taxa
de consumo de álcool por adolescentes, devido à pressão social
exercida neles para o uso dessa substância e à negligência da
sociedade quanto à essa problemática.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar a pressão socialmente
exercida por grupos de jovens canarinhos para que todos os seus
integrantes consumam bebidas alcoólicas, com a intenção de se
soltarem ou se divertirem mais. Conforme afirma o sociólogo
Hippolyte Taine, em sua teoria do "Determinismo Social", o meio é um
dos fatores influenciadores do comportamento humano. Assim, os
adolescentes começam a realizar o uso do álcool para serem
reconhecidos em seus meios sociais e obterem o status social de
"legais", com medo de serem taxados de "certinhos" por não beberem.
Além disso, a sociedade não demonstra a seriedade e a importância
necessárias ao tratar desse tema, negligenciando o uso dessa
substância alcoólica que, mesmo sendo lícita, é a droga causadora da
morte de em média 300 mil pessoas anualmente, de acordo com a
OMS. Segundo o sociólogo Pierre Bordieu, quando algo é repetido em
uma civilização por várias gerações, torna-se um "habitus", ou seja, um
fato considerado adolescência já se tornou um "habitus" no Brasil,
contribuindo para a manutenção desse problema.
Torna-se fundamental, portanto, a promoção de investimentos pelo
Congresso Nacional - por meio de alteração na Lei de Diretrizes - a
todas as escolas do país, as quais realizarão palestras sobre as
consequências maléficas do alcoolismo, ministradas por profissionais
da saúde e por ex-alcoólatras, com vistas a diminuir os índices de
consumo alcoólico entre os adolescentes. Dessa maneira, os jovens
tupiniquins se tornarão mais conscientes e não correrão perigo como
os protagonistas J.J. e John B.
"O CONSUMO DE ALCOÓL ENTRE OS JOVENS
BRASILEIROS"
Patrícia Vieira (turma extensiva)

Na série "Amor 101", apresentada pela Netflix, Sinan é um dos


protagonistas e sua trajetória é marcada pela dependência alcoólica
desenvolvida na adolescência. Analogamente, a realidade brasileira não
destoa da ficcional, uma vez que o consumo de álcool é algo recorrente
entre os jovens. Mediante isso, insta salientar como principais
agravadores desse cenário patológico o imaginário imediatista dessa
parcela da população e a normalização do ato no corpo social,
perpetuando-o.
A priori, é imperioso ressaltar a impregnação de um ideário imediatista
no pensamento juvenil, ou seja, valoriza-se em demasia o presente e
ignora-se as consequências de suas ações. Nesse ínterim, para o
estadunidense Douglas Rushkoff, a geração atual vive uma "Era do
Presentismo", isto é, as decisões são tomadas sem que haja muitas
reflexões. Além disso, a adolescência é uma fase de transição e, por isso, a
capacidade cognitiva ainda não está consolidada. Logo, há uma maior
dificuldade em lidar com as crescentes exigências as quais, associadas ao
imediatismo, transforma um pequeno intempérie em um gigante
desastre. Dessa forma, essa cascata de acontecimentos amplia a
suscetibilidade do consumo de álcool entre os jovens brasileiros.
Ademais, é notória a banalização da ingestão alcoólica pela juventude
no Brasil e, por conseguinte, há uma maior tendência da perpetuação
desse infeliz ato. Nessa perspectiva, a Teoria do Habitus, de Pierre
Bourdieu, cristaliza a ideia de que a sociedade incorpora práticas
habituais de determinados recortes sociais dominantes. Nesse sentido, é
inegável as diversas influências recebidas pelos jovens brasileiros, sejam
elas de amigos "descolados", sejam elas de familiares que não se
preocupam em alertar os adolescentes - futuros adultos - sobre os
desdobramentos flageladores do consumo alcoólico.
Urge, portanto, que o Ministério da Saúde, em sinergia com as
Secretarias de Educação, promova um maior contato entre os jovens e a
verdadeira face perigosa do álcool, por meio de palestras no ambiente
escolar - ministradas por psicólogos e por indivíduos com histórias que
sirvam de aprendizagem-, com o fito de minimizar os impactos negativos
dessa prática e mitigar o estereótipo de Sinan.
"O CONSUMO DE ALCOÓL ENTRE OS JOVENS
BRASILEIROS"
Gabriel Correia (turma semi)

O filósofo grego Platão, na Alegoria da Caverna, afirma que as pessoas


acorrentadas dentro da gruta são alienadas (Mundo das Sombras), pois
não possuem o verdadeiro saber – encontrado no exterior da caverna
(Mundo das Verdades). Posto isso, é gritante o crescimento do uso de
álcool na população jovem devido à não aquisição de informação a
respeito dele. Nesse cenário, evidencia-se o status social divulgado pelas
redes sociais, bem como o surgimento de doenças.
Em primeiro plano, é notável a ligação intrínseca e direta, para os
jovens, entre a ilusória sensação de “importância” transmitida pelo
mundo virtual com o consumo de bebidas alcoólicas. Sob a perspectiva
do sociólogo francês Pierre Bourdieu, toda prática modificadora da
mentalidade civil, propagada e saturada na sociedade ao longo dos anos,
caracteriza-se um habitus. Nesse viés, consumir conteúdos nos
aplicativos digitais que, mediante as publicações elaboradas com teor
cômico por perfis famosos, impulsionam a ingestão de álcool no público
juvenil é um caminho fatal para transformar essa ação em um hábito
rotineiro e “acorrentador”.
Ademais, outro fator decorrente do ato adquirido entre os jovens
tupiniquins em beber drinks alcoólicos, mesmo sem possuir a idade
mínima de 18 anos, é a aquisição de problemas de saúde. Segundo o
filósofo alemão Hans Jonas, o indivíduo deve agir de modo que as
consequências de suas ações sejam compatíveis com a permanência de
uma autêntica vida na Terra. Assim sendo, ingerir bebidas de teor
alcoólico sem pensar nas mazelas causadas por elas, como a cirrose e o
câncer colorretal – a longo prazo – além de perda de controle, tontura e
mal-estar físico – a curto prazo – é andar no Mundo das Sombras sem
uma visão futura sobre os transtornos na sua vida terrena e na vida dos
seres em sua proximidade.
Portanto, é dever da Mídia Brasileira propor debates acerca do consumo
de álcool entre os jovens, por meio de “lives” e entrevistas nas redes
sociais ministradas por sociólogos, psicólogos e médicos, a fim de
diminuir essa prática e, consequentemente, garantir a essa parcela civil o
acesso gratuito ao conhecimento de qualidade. Desse modo, haverá,
gradativamente, a saída do corpo juvenil da “caverna” para habitar o
Mundo das Verdades.
"O CONSUMO DE ALCOÓL ENTRE OS JOVENS
BRASILEIROS"
Ana Letícia Póvoas (turma extensiva)

A Constituição Federal prevê legalidade na compra e ingestão de álcool


a partir dos 18 anos de idade. No entanto, a realidade foge do que é
escrito na Carta Magna, visto que o consumo de álcool entre os jovens
brasileiros aumenta dia após dia. Isso acontece devido à romanização da
ingestão alcoólica e à sensação de não haver problemas imediatos no
consumo exacerbado, uma vez que os prejuízos ocorrem a longo prazo.
Em primeira instância, cabe expor que o sertanejo universitário, estilo
musical crescente no Brasil atual, versifica de maneira natural o ato de
beber, tratando-o como algo bom e até necessário em alguns casos.
Nesse sentido, sabendo que esse estilo é muito escutado pela geração
atual, esse comportamento romântico em relação à ingestão de bebidas
alcoólicas é, sem dúvidas, um fato contribuinte para que os jovens
brasileiros consumam cada vez mais bebidas alcoólicas, sendo
influenciados e incentivados de maneira errôneas pelas músicas que
tocam com frequência nas caixas de som. Assim, a medida que adultos
lucram cantando sobre seus alcoolismos, jovens iniciam suas vidas
erradamente, comprometendo seu futuro enquanto enchem a conta
bancária alheia.
Em segunda instância, é válido analisar que a sensação de não haver
problemas imediatos no consumo exacerbado – pois as consequências,
como a cirrose, ocorrem a longo prazo - intensifica o consumo de álcool
entre os jovens brasileiros, que não enxergam razões para parar de beber
se a pior consequência será, no máximo, uma ressecada no dia seguinte.
Como exemplo, pode-se citar o poeta Fernando Pessoa, falecido devido à
cirrose hepática ocasionada pelos anos de consumo alcoólico. Visto isso,
fica claro como o exagero ao beber é prejudicial, porém é desconsiderado
em troca do prazer momentâneo e da necessidade de curtição imediata
que a geração do século XXI apresenta.
Portanto, cabe aos pais e responsáveis alertarem acerca dos perigos
distantes do exagero alcoólico, com fins a evitar a destruição futura de
seus filhos. Por meio de diálogos sinceros e aconselhadores, espera-se
que os jovens atuais entendam o problema, se conscientizem e prezem
pelos próprios futuros, para, finalmente, a Constituição Federal ser
seguida de maneira correta.
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MEIO
AMBIENTE
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"DESAFIOS PARA A INIBIÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS PROVOCADOS PELO LIXO ELETRÔNICO"
Rosanna Coelho (turma extensiva)

O artista plástico, Vik Muniz utiliza em sua obras o lixo eletrônico


como matéria prima, de modo a evidenciar a quantidade de resíduo
descartado. Contudo, é perceptível que se trata de um retrato
brasileiro, haja vista que existem desafios para inibir os impactos
gerados pelo lixo eletrônico no meio ambiente. Assim sendo, entre
eles estão a escassez de informações a respeito de como descartar
tal material e o pragmatismo de ideias obsoletas.
Decerto, é digno destacar a ausência de conhecimento a respeito
do modo de descarte do lixo eletrônico como empecilho para
atenuar os impactos ambientais provocados por ele. Nessa
conjuntura, o meio social desconhece os efeitos gerados pelo
descarte incoerente e, a grande maioria, não sabe como se desfazer
desses materiais, lançando-os, muitas vezes, em lugares impróprios,
de forma a dificultar sua reciclagem. Assim, como afirma o
ambientalista Fritjof Capra, em sua obra Alfabetização Ecológica, a
crise ambiental é, em todos os sentidos, uma crise de educação.
Outrossim, há a perpetuação de ideias pragmáticas, a qual dificulta
a inibição dos efeitos ambientais gerados pelos resíduos
tecnológicos. Nesse viés, o meio social acredita e propaga a
concepção de que não é possível mudar a realidade ambiental e se
acomoda a essa visão escatológica, reforçando um individualismo de
uma sociedade incapaz de pensar nas gerações futuras. Sob tal
prisma, esse cenário é contrário ao retratado na obra "O Pequeno
Príncipe" de Antoine de Saint Exupéry, na qual o personagem
principal trabalha arduamente para retirar o mal que pode destruir
seu planeta, os "baobás".
Diante disso, portanto, cabe ao Congresso Nacional promover mais
investimentos nas escolas-mediante alteração na Lei de Diretrizes
Orçamentárias - as quais realizarão com os alunos palestras e
debates, mediados por ambientalistas, a respeito da importância de
descartar os lixos tecnológicos de maneira correta e o melhor lugar
para isso, com o intuito de torná-los cidadãos atuantes e
ecologicamente alfabetizados para retirar os "baobás" do seu meio.
Então, dessa forma, o excesso de tais resíduos será retratado
somente nas obras de Vik Muniz.
"DESAFIOS PARA A INIBIÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS PROVOCADOS PELO LIXO ELETRÔNICO"
Natália da Conceição (turma extensiva)

Na obra francesa “O Pequeno Príncipe”, é retratado o trabalho árduo do


protagonista para retirar o mal – os baobás - que prejudica seu planeta e,
consequentemente, põe em risco a sua existência e das coisas que ele
ama. De maneira análoga, a sociedade brasileira encontra-se apática o
suficiente para não enxergar a existência de baobás em território
nacional, o lixo eletrônico, consolidando desafios para inibir os impactos
ambientais que podem ser causados pelo mesmo, como a intensificação
da obsolescência programada e a escassez de informações sobre o
descarte correto desse tipo de resíduo.
Convém ressaltar, em primeiro plano, que o tempo de funcionamento
já programado dos aparelhos eletrônicos é um impasse para a suspensão
dos impactos ambientais causados ao serem descartados. O conceito de
“obsolescência programada” surgiu durante o período da Grande
Depressão, como forma de aumentar o consumo e recuperar a economia
dos países. Nesse contexto, graças à influência do capitalismo, aparelhos
cada vez mais evoluídos e atualizados surgem, o que incita ao
consumismo e, por consequência, os eletrônicos antigos são descartados,
produzindo mais resíduo.
Outrossim, a desinformação sobre como descartar corretamente o e-
lixo dificulta a efetivação da reciclagem desses materiais e, também, a
impedição de futuros impactos no meio ambiente. O filósofo grego
Platão, em sua obra “Mito da Caverna”, retrata a existência de dois
mundos, sendo um deles marcado pela escassez de conhecimento e
alienação. Dessa forma, é possível relacionar o Brasil atual com esse
mundo fictício, haja vista que a população não tem instruções sobre o
descarte eletrônico e sobre como funciona a sua reciclagem.
Logo, cabe ao Estado, em parceria com a mídia digital - que abrange
um público maior -, promover campanhas que informem a sociedade
sobre como realizar de forma correta o descarte do lixo eletrônico e
como ele é reciclado. Isso deve acontecer por meio de publicações sobre
o assunto via grandes redes sociais e, para facilitar a reciclagem, devem
ser espalhadas pelas cidades lixeiras específicas para esse tipo de
resíduo, afim de alcançar uma população consciente dos baobás
existentes em seu mundo e que luta para retirá-los, assim como o
Pequeno Príncipe.
"DESAFIOS PARA A INIBIÇÃO DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS PROVOCADOS PELO LIXO ELETRÔNICO"
Ana Cecília Coelho (turma extensiva)

Na narrativa "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, o


principezinho trabalha arduamente para retirar o mal (figurado nos baobás)
que pode destruir o planeta dele. De maneira díspar à obra, a sociedade
brasileira encontra-se apática pois nada faz ao perceber, também, o
surgimento de baobás que, nesse caso, são representados pelos impactos
ambientais provocados pelo lixo eletrônico. Destarte, a escassez de
informações sobre o descarte correto do lixo eletrônico e o pragmatismo
de ideias obsoletas contribuem para a manutenção dessa distopia.
É necessário enfatizar, inicialmente, a carência da divulgação de
instruções acerca do descarte adequado do lixo eletrônico. Platão, em sua
alegoria "Mito da Caverna", afirma que há, no Mundo das Sombras, a
persistência da ignorância e da alienação, ao contrário do Mundo das
Verdades, marcado pela presença do saber. Atualmente, os brasileiros
vivem como no Mundo das Sombras, uma vez que é persistente a ausência
de campanhas voltadas à expansão de conhecimentos sobre a nocividade
do lixo eletrônico, bem como a orientação da forma exata de descartá-lo.
Assim, essa insipiência dificulta, em larga escala, a inibição dos impactos
ambientais provocados pelo lixo eletrônico.
Somada a essa perspectiva, ainda há o forte individualismo evidente nas
ideias pragmáticas firmadas no corpo civil. Segundo descreveu o escritor
português José Saramago, em sua obra "Ensaio sobre a cegueira", uma
determinada comunidade, após ser acometida por uma nevoada, passa a
acomodar-se e a não se esforçar para enxergar o que está diante de seus
olhos. Analogamente, a sociedade brasileira demonstra postura similar ao
obra, ao impregnar sobre sua visão, a errônea ideia de que o lixo eletrônico
não causará efeitos negativos ao meio ambiente, - isso porque esses efeitos
mostram-se sutis e a longo prazo - fator que corrobora a banalidade do
assunto. Logo, é ocasionado um ciclo vicioso responsável por intensificar os
obstáculos para coibir os impactos ambientais gerados pelo lixo eletrônico.
Portanto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente aliado à Mídia ampliar o
acesso à informação, mediante a criação de campanhas com a presença de
especialistas na área - como ambientalistas, mestres e doutores em
sustentabilidade socioambiental - e que abordem medidas adequadas para
o descarte do lixo eletrônico e, também, explicitem as consequências
ambientais ocasionadas, com o intuito de estimular nos indivíduos ações
mais conscientes e altruístas - para que, pouco a pouco, a diminuição dos
baobás seja efetivada.
"OS ASSUSTADORES ÍNDICES DE INCÊNDIOS
AMBIENTAIS NO BRASIL"
Deyse de Oliveira (turma extensiva)

Jair Messias Bolsonaro, figura “legítima” e presidente do Brasil, ao ser


questionado por repórteres acerca de soluções para os problemas ambientais,
sugeriu aos brasileiros defecarem dia sim, dia não. Tal resposta, totalmente
sem cabimento e em desrespeito aos problemas enfrentados pela natureza
por causa da ação antrópica, demonstra o porquê de haver a manutenção dos
assustadores índices de incêndios ambientais no Brasil. Dessa forma, o
interesse econômico do Governo e o atraso tecnológico contribuem com a
destruição da fauna e flora tupiniquim.
Antes de tudo, percebe-se a inconstância governamental no quesito
administração de florestas, a qual leva à destruição de hectares pelas
monstruosas queimadas em favor do aumento no uso do solo para o cultivo de
produtos agrícolas e enriquecimento estatal. Nesse sentido, o Ministro do
Meio-Ambiente Ricardo Salles, ao proferir a frase “deixar a boiada passar”,
retrata o uso demasiado das florestas em virtude da ganância humana. À vista
disso, vê-se, nas Mídias, o grande número de focos de incêndios, os quais
destroem animais e plantas, além de acabarem com o sustento da população
local. Uma prova disso é que, segundo a WWF Brasil, um em cada três focos
de queimadas é relacionado ao desmatamento.
Convém pontuar, ainda, o retardo tecnológico no monitoramento dos focos
de queimadas em todo extenso território brasileiro, gerando horripilantes
dados de destruição do habitat de espécies nativas. Isso porque a vigilância
cibernética dos biomas brasileiros destina, rapidamente, trabalhadores em
determinadas áreas de risco e cuida dos incêndios antes que atinjam grandes
proporções. Entretanto, de acordo com o pensamento da historiadora Lilia
Schwarcs, para quem a “Independência do Brasil fez surgir, pela relação de
dependência com a Metrópole, não uma nação, mas um Estado”- no qual os
anacronismos estruturais, até hoje, interferem no cuidado ambiental e
estimulam a desunião do meio civil na concretude de propostas a favor de
um meio ambiente saudável.
Portanto, para que haja maior cuidado com as florestas e o crescimento de
civis estimulados à convivência aliada à salvação da fauna e flora, urge que o
Ministério da Educação invista, mediante verbas direcionadas à ampliação do
conhecimento estudantil, na criação de rodas de conversa entre alunos,
professores e convidados que representem o meio ambiente da região escolar,
além de visitas aos parques municipais, a fim de que os alunos construam
conexão com a natureza e tenham conhecimento dos problemas enfrentados
caso não exista nutrição do meio. Afinal, é chegada a hora de cidadãos
cuidarem do Brasil e saberem responder com decoro perguntas relacionadas
ao patrimônio natural brasileiro.
"OS ASSUSTADORES ÍNDICES DE INCÊNDIOS
AMBIENTAIS NO BRASIL"
Sarah Barbosa (turma semi)

O Mito da Caverna, de Platão, revela a situação de pessoas que se negam


a enxergar a verdade em virtude do medo de sair da zona de conforto.
Fora da ilusão, a realidade brasileira caracteriza-se por possuir a mesma
problemática no que diz respeito aos gritantes indicadores de incêndios
ambientais na sociedade hodierna. Desse modo, é importante questionar
não só a inoperância estatal, bem como o modelo econômico capitalista
recente.
Em primeiro plano, insta salientar a estreita ligação entre o descaso do
Estado e os atenuantes índices de incêndios ambientais na sociedade
brasileira. Sob esse viés, o sociólogo alemão Dahrendorf, no livro ‘’A Lei e a
Ordem’’, defendeu a anomia como a negação da ordem existente quando
as normas não funcionam. De maneira análoga, nota-se que as leis as quais
garantem proteção contra as deploráveis queimadas encontram-se em
estado de anomia, em razão de serem infringidas, por vezes, sem qualquer
punição aos transgressores. Por conseguinte, o poder mediador
desaparece e gera uma sensação de impunidade e certeza por parte dos
agressores por acharem que vivem numa ‘’terra sem lei’’, a qual impede a
preservação do ecossistema, à medida que o governo é incapaz de dar
seguridade e combater as atrocidades.
Ademais, destaca-se outro fator que contribui para os alarmantes
índices de queimadas no Brasil: o atual modelo econômico vigente. Sob
essa perspectiva, o jornalista americano Daniel Goleman afirma que há
uma autoilusão no mundo sobre nossas ações não gerarem grandes
impactos futuramente. Nesse sentido, percebe-se que o consumo
desenfreado e alienado, provocado pelo capitalismo, induzem os
indivíduos a possuírem bens como forma de ascensão social, priorizando a
exploração de recursos naturais como obtenção da máxima lucratividade .
Consequentemente, tais ações provocam o intenso uso de matérias primas
e queimadas as quais geram desequilíbrio da fauna e flora brasileira.
Para tanto, urge que o Ministério do Meio Ambiente promova campanhas
que desestimulem o consumo exacerbado de recursos naturais e a
banalização das queimadas, por meio de vídeos nas redes sociais que
mostrem os irreversíveis danos sociais e ambientais para a existência dos
seres vivos, como finalidade de incentivar práticas sustentáveis de limpeza
urbana. Assim, será possível atenuar a problemática e , haverá, portanto,
uma sociedade oposta ao ‘’mito das cavernas’’, a qual enxerga a
necessidade de viver em harmonia com o meio ambiente.
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TECNOLOGIA

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"EFEITOS DA PADRONIZAÇÃO IMPOSTA PELA INTERNET
NO BRASIL DO SÉCULO XXI"
Joanna Moraes (turma extensiva)

No século XX, após as Guerras Mundiais, os Estados Unidos da América


lançaram o “American way of life”, que se caracterizava como um modelo de
comportamento e de estilo de vida considerados ideais a serem seguidos por
todos que quisessem alcançar a verdadeira felicidade. De modo similar, no
Brasil hodierno, a internet atua como uma ferramenta de imposição de padrões
estéticos, morais e intelectuais, os quais são adotados como medidores de
sucesso e prestígio social, porém, trazem consequências como a perda de
identidade e desenvolvimento de patologias físicas e mentais na população.
Precipuamente, vale destacar a ideia do antropólogo jamaicano Stuart Hall de
que o fenômeno da globalização gerou a instabilidade da identidade moderna,
uma vez que o indivíduo deixa de ser moldado a partir das tradições da sua
cultura e passa a ser influenciado por modos de vida externos, a exemplo do
“estilo de vida americano”. Nesse viés, a internet - principal meio de
comunicação do mundo globalizado - exerce um papel fundamental no
processo da perda da identidade, posto que o seu fácil acesso possibilita uma
rápida difusão de uma padronização comportamental, situação que leva o
sujeito a abrir mão de uma personalidade própria pelo “prazer” de ser encaixado
nos moldes da sociedade.
Ademais, a necessidade de pertencer a uma parcela social bem-sucedida e
prestigiada provoca, de acordo com a visão do filósofo contemporâneo Byung-
Chul Han, o surgimento de uma “sociedade do cansaço”, definida como aquela
em que as pessoas se esforçam, incansavelmente, para reagir de maneira
adequada e positiva às imposições dos padrões ideais. Assim, essa intensa
dedicação logo transforma-se em frustração quando o indivíduo percebe o quão
longe está de atender a todos os requisitos e tornar-se um cidadão perfeito. Por
isso, a internet é tão perigosa no que se refere ao desenvolvimento de doenças
físicas e mentais, visto que o usuário é bombardeado por publicações que
estimulam o sentimento de culpa e fracasso que, posteriormente, podem
desencadear problemas como depressão e automutilação.
Dessarte, é preciso que as secretarias de educação, em parceria com as
diretorias escolares, desenvolvam projetos que, por meio de debates e
atividades artísticas realizadas pelos corpos docente e discente, com a ajuda de
psicólogos contratados, estimulem nas crianças a criação de consciência e
criticidade quantos às imposições online de uma padronização de vida - haja
vista o poder de formar gerações menos influenciáveis. Dessa forma, será
possível frear os efeitos negativos causados pela insistência de estabelecer um
modelo ideal de comportamento e a felicidade poderá ser alcançada por
diferentes maneiras.
"OS INFLUENCIADORES DIGITAIS E A FORMAÇÃO DOS
JOVENS BRASILEIROS"
Naelly Lemos (turma extensiva)

O filósofo grego Sócrates foi condenado à morte sendo acusado de


corromper jovens em decorrência de seu grande poder de influência. De
maneira análoga, nota-se, no hodierno cenário brasílico, os produtores de
conteúdo online, bem como o filósofo da Grécia Antiga, possuindo uma
grande habilidade de persuasão. Portanto, uma vez que esses indivíduos
interferem na formação dos jovens do Brasil possibilitando a visibilidade de
pautas e grupos oprimidos e despertando um desejo alienado para
consumir, hão de ser analisados tais fatores a fim de promover um eixo
social mais crítico.
Em primeiro lugar, é digno mencionar a ascensão de temáticas e classes
ocultas provocada pelos “blogueiros” fazendo com que com a juventude
brasileira passe a ver esses assuntos como necessários e que devem ser
discutidos, intervindo então no seu desenvolvimento. Em vista disso, a
empresária e influenciadora digital Mayra Cardi exibiu em seu Instagram
traições e abusos psicológicos sofridos pelo seu ex-marido Arthur Aguiar. Tal
ato acarretou inúmeras mulheres libertadas das opressões sofridas pelos
seus companheiros – e, unidos à essas mulheres, outros grupos tratados
como invisíveis passam a ter visibilidade por meio dos influentes.
Ademais, é válido ressaltar os produtores de conteúdo online também
influenciando negativamente na formação dos jovens do Brasil, isso ocorre
porque eles causam uma vontade incontrolável de adquirir as mercadorias
anunciadas. Sob esse viés, a teoria “Moral de Rebanho” criada por Friedrich
Nietzsche mostra a predisposição do homem alienado de seguir
pensamentos e ideologias disseminadas por uma maioria. Nesse sentido, as
grandes marcas fazem parcerias com os “blogueiros” para venderem seus
produtos pois eles dispõem, semelhante ao Sócrates, de um absurdo poder
de convencimento. Por consequência, nesse contexto manipulador, os
seguidores compram o produto divulgado sem antes refletir se precisavam
realmente daquilo ou pesquisar melhor sobre o objeto para evitar problemas
futuros, como alergia.
Fica evidente, destarte, a extrema persuasão na construção da juventude
brasileira desempenhada pelos influenciadores digitais. Nesse contexto,
cabe à família em parceria com a escola exercer o seu dever de fornecer
informações, por intermédio de debates sobre as manipulações existentes
no mundo cibernético e que são promovidas pelos “Sócrates” atuais com o
objetivo de originar um consumo consciente. Assim, o povo brasileiro será
mais crítico e não se deixará ser manipulado facilmente.
"OS INFLUENCIADORES DIGITAIS E A FORMAÇÃO DOS
JOVENS BRASILEIROS"
Gabriel Correia (turma semi)

O meme da fala da influenciadora digital Rafa Kalimamn dirigida à


cantora Flayslane, no qual ela expõe razões para não gostar da
companheira de confinamento, viralizou na internet e foi replicado por
diversos fãs que se sentiram representados. Posto isso, é gritante o
quanto os atos de influencers moldam as ações dos jovens brasileiros.
Nesse cenário, evidencia-se o estímulo ao consumo alienado, bem
como o crescimento de pautas e grupos reprimidos nas redes sociais.
Em primeiro plano, é notável a influência dos artistas nas automáticas
escolhas mercadológicas do corpo civil jovem. Sob a perspectiva do
filósofo alemão Hans Jonas, o indivíduo deve agir de modo que as
consequências de suas ações sejam compatíveis com a permanência
de uma autêntica vida humana na Terra. Nesse viés, despertar, por
meio de posts publicitários estrelados por famosos nas mídias sociais,
na população juvenil do Brasil a necessidade desmedida de adquirir
um produto, sem ao menos refletir previamente o seu uso, é uma
terrível estratégia capitalista adotada pelas grandes marcas.
Ademais, o aumento de discussões a respeito de grupos e temas
minoritários tornou-se possível com o advento de influencers. Segundo
a socióloga e youtuber Sabrina Fernandes, é importante reconhecer
todo ser humano como intelectual, pois, a partir desse pensamento,
criam-se mais pontes de comunicação entre a casta acadêmica e os
influenciadores digitais. Nesse sentindo, assuntos relevantes podem
ser facilmente veiculados em aplicativos de interação civil, a exemplo
da incrível live no instagram realizada por Anitta e juristas negras
tratando sobre o racismo – formando, assim, jovens brasileiros
conscientes dos seus atos e para esse necessário combate.
Portanto, é dever da Mídia Brasileira ampliar debates acerca de
assuntos marginalizados, mediante lives em redes sociais com
sociólogos e renomados influenciadores digitais, haja vista que a
população jovem do Brasil consome e é formada por essas novas
ferramentas de conteúdo. Esse esforço será efetuado a fim de garantir
uma sociedade mais justa e, consequentemente, lúcida de suas ações.
Desse modo, atos de influencers não serão reproduzidos de maneira
alienada.
"O USO EXCESSIVO DA TECNOLOGIA NO COTIDIANO
DAS CRIANÇAS BRASILEIRA"
Gabriel Correia (turma semi)

O grupo brasileiro Molejo, na canção “Brincadeira de Criança”, relata as


diversas formas de interações interpessoais durante a infância no final da
década de 1990. Posto isso, é gritante o quanto o exacerbado uso de
mecanismos tecnológicos influenciam no cotidiano das crianças
tupiniquins. Nesse cenário, evidencia-se o surgimento de uma nova
dinâmica familiar e social, bem como a ausência da população infantil em
ambientes rodeados pela natureza.
Em primeiro plano, é notável a ligação direta entre a não presença dos
pais e a demasiada utilização da tecnologia na vida das crianças. Sob a
perspectiva do teórico estadunidense Douglas Rushkoff, a maneira de
enxergar a realidade foi corrompida pela “Era do Presentismo”, na qual o
futuro e o passado não tem vez – vive-se num eterno presente e, logo, é
desnecessária a preocupação com os não instantâneos impactos
tecnológicos. No entanto, os adultos, ao se ausentarem devido às suas
rotinas cansativas da criação dos seus filhos menores, permitem que o
Sistema Capitalista, mediante a publicidade excessiva sobre o mundo
virtual, controle o cotidiano das crianças.
Ademais, a enorme e atual distância do público infantil da natureza é
consequência da hiperconectividade no seu dia a dia. Segundo o pediatra
e sanitarista Daniel Becker, o tédio e o vazio são essenciais para o
desenvolvimento da criatividade e da liberdade na vida das crianças,
todavia, a tecnologia, ao estar em boa parte dos seus afazeres, retarda
esse crescimento. Nesse viés, o aparecimento de transtornos de
ansiedade e da hiperatividade, assim como o não saber lidar com
frustrações recorrentes decorrem da falta de momentos com o natural e
sua consequente socialização – preenchidos pelo entretenimento virtual.
Portanto, é dever da Secretaria de Planejamento Urbano de cada
município brasileiro propor reconstruções de espaços de lazer com maior
presença da natureza, por meio de debates com as crianças e seus
responsáveis, a fim de garantir os recursos para o seu divertimento e,
consequentemente, mitigar o uso constante da tecnologia. Desse modo,
haverá, gradativamente, o resurgimento de brincadeiras infantis, narradas
pelo grupo Molejo, promotoras do bem-estar e da cidadania.
"O USO EXCESSIVO DA TECNOLOGIA NO COTIDIANO
DAS CRIANÇAS BRASILEIRA"
Gabriela Giraldi (turma extensiva)

A obra musical “Brincadeira de criança”, do grupo brasileiro Molejo, retrata


a infância do final da década de 1990, envolvida por brincadeiras e
interações interpessoais. Todavia, o contexto hodierno se difere do cenário
apresentado na canção, uma vez que a infância atual é marcada pela
hiperconectividade. Sendo assim, o uso excessivo da tecnologia no cotidiano
das crianças brasileiras está ligado a fatores como a ausência de
importância dada aos seus impactos e o distanciamento dos pais da
realidade de seus filhos.
Em primeiro lugar, é importante destacar como os efeitos dos meios
digitais são pensados apenas a curto prazo. Segundo o teórico
estadunidense Douglas Rushkoff, atualmente se vive a “Era do
Presentismo”, na qual a noção de tempo é completamente alterada:
enquanto o presente é um instante prolongado, o passado e o futuro
deixam de existir. Dessa forma, a motivação presentista não permite a
análise de efeitos em longo prazo. Logo, o tratamento leviano dos impactos
do uso excessivo da tecnologia no dia a dia das crianças brasileiras é fruto
da incapacidade de enxergar as coisas a longo prazo. Portanto, muitas vezes
não é visto problema algum nesse uso exagerado.
Além disso, há o afastamento dos pais do acompanhamento das crianças
provocado pela celeridade das rotinas. Isto é, na dinâmica exaustiva, cujo
objetivo é produzir a todo momento, o tempo em que os pais conseguem
verificar o que os filhos acessam é reduzido. De acordo com a Perspectiva
Funcionalista de Émile Durkheim, a família é um dos integrantes essenciais
na socialização e formação cidadã. Contudo, o cotidiano ditado pelos
padrões capitalistas, contando, por exemplo, com jornadas mais longas de
trabalho, distanciam pais e filhos, dificultando o controle sobre o uso
exacerbado da tecnologia por crianças brasileiras.
Portanto, o Ministério da Saúde deve, em parceria com o Ministério da
Educação, promover palestras em todas as escolas do Brasil - destinadas aos
pais das crianças - que alertem sobre os perigos do demasiado uso da
tecnologia. Tais palestras devem ser realizadas mediante direcionamento de
verba, possibilitado pela alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias, para
que os pais entendam a gravidade desses efeitos e, assim, façam mudanças
no ambiente familiar a respeito disso. Em suma, tornar-se-á possível que as
relações interpessoais retratadas na canção do grupo Molejo sejam
consolidadas no contexto atual.
"O USO EXCESSIVO DA TECNOLOGIA NO COTIDIANO
DAS CRIANÇAS BRASILEIRA"
Gabriel Dantas (turma extensiva)

A obra Ilha de Utopia, do autor Thomas Morus, retrata a vivência benéfica


das crianças no que tange à concretização da infância. Contudo, as crianças
do Estado verde-amarelo se distanciam da Ilha supracitada, afinal, utilizam a
tecnologia cotidianamente e, assim, não vivem a infância plenamente.
Diante disso, essa realidade, patológica e flageladora, é fruto do
distanciamento entre pais e filhos, bem como do afastamento das crianças
da natureza. Logo, urge a atuação do Poder Executivo a fim de mitigar o uso
exorbitante da tecnologia por parte dos infantes.
Antes de tudo, é digno mencionar a distância imbuída entre pais e filhos, a
qual é reflexo, sobretudo, do Sistema Capitalista presente na sociedade,
visto que tal modo de produção exige jornadas de trabalho exaustivas.
Consequentemente, como os pais passam grande parte do dia no trabalho,
na maioria das vezes, não conseguem frear o uso excessivo da tecnologia
pelas crianças. Sendo assim, é inegável a negligência da primeira Instituição
socializadora: a Família, de acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a qual
tem papel imprescindível na educação dos seres humanos. Portanto, sem
hercúleo hermenêutico, o distanciamento entre os pais e sua prole
intensifica o uso patológico da tecnologia por parte das crianças e, por
conseguinte, abala a infância dessas.
Outrossim, convém destacar o afastamento dos infantes da natureza, com
isso, eles passam cada vez mais tempo em seus aparelhos digitais. Sob esse
aspecto, é sabido que o contato das crianças com a natureza é essencial
para o desenvolvimento físico e psicológico sadio. Nesse sentido, vê-se, por
exemplo, na animação "Os Backyardigans" a forte relação criança-natureza,
entretanto, hodiernamente a maioria do público vive rotineiramente
conectado a cabos de fibra ótica, o que comprova o uso excessivo da
tecnologia no dia a dia dos futuros cidadãos e o afastamento do meio
natural.
Destarte, cabe ao Poder Executivo, sobretudo pela voz das prefeituras,
construir praças seguras com áreas verdes e parques, as quais contenham
brinquedos lúdicos para as crianças e, desse modo, elas possam se
desconectar da tecnologia, por meio do direcionamento de verba para tais
obras, a fim de que as crianças saiam com mais frequência de suas casas e
obtenham contato com a natureza. Dessa maneira, os infantes brasílicos
irão ao encontro das crianças de Utopia, assim como dos Backyardigans.
"FILTROS NO INSTAGRAM E A INCESSANTE BUSCA PELA
PERFEIÇÃO"
Gabriel Dantas (turma extensiva)

A canção "Desconstrução", do cantor brasileiro Tiago Iorc, denuncia a


escassez de singularidade entre os indivíduos. Nesse viés, nota-se, sobretudo
na pós-modernidade, a incessante busca pela perfeição imbuída no corpo civil
e ratificada pelos padronizados filtros do Instagram. Diante disso, tal realidade,
anômala e nebulosa, é fruto da impregnação de um padrão de beleza, como
também da intervenção comportamental de influenciadores digitais. Logo,
urge a atuação das influências cibernéticas a fim de mitigar esse cenário
maléfico.
Antes de tudo, é digno mencionar a padronização escatológica penetrada na
sociedade, uma vez que o conceito do belo "congelou" e, consequentemente,
os indivíduos se automutilam em busca da incessante perfeição flageladora, a
exemplo do corpo magro, rosto sem manchas e olheiras, assim como impõem
os filtros do Instagram. Sob esse aspecto, é notória a escassez de diferenciais,
afinal, os Homos sapiens caminham em busca de um mesmo ideal, lê-se
padrão, e, dessa maneira, serão um exército padronizado, bem como os
Minions- personagens do filme "Meu Malvado Favorito"-, os quais são
praticamente idênticos. Dessa maneira, sem hercúleo hermenêutico, a
impregnação de um padrão de beleza contribui com a incessante busca pelo
corpo perfeito.
Outrossim, convém destacar que principalmente na Era Digital vigente o
papel dos influenciadores da internet na vida dos seres humanos é gigantesco,
pois conseguem, de fato, influenciar os indivíduos. Sendo assim, ao ditarem
padrões de beleza, seus seguidores tentam se igualar e, por conseguinte,
buscam a perfeição mediante o uso de filtros no instagram, os quais
incessantemente embelezam o corpo humano. Nesse sentindo, vê-se a
confirmação dos dados da GlobalWebIndex, quando constatou que 40% dos
consumidores confiam mais nos influenciadores digitais em detrimento das
pessoas de seu círculo social. Portanto, indubitavelmente, os influenciadores
propagam a corpolatria patológica.
Destarte, é imperioso que os Canais renomados do YouTube realizem vídeos
diariamente, os quais mostrem os malefícios da busca incansável pela
perfeição e como os filtros do instagram contribuem com esse impasse, por
meio da gravação de entrevistas com especialistas no assunto- profissionais da
área da Computação e Psicólogos-, com o fito de, pouco a pouco, os civis
desconstruírem os padrões e passarem a ser autênticos. Dessa forma, poder-
se-á ir de encontro à realidade obscura cantada por Tiago Iorc.
"FILTROS NO INSTAGRAM E A INCESSANTE BUSCA PELA
PERFEIÇÃO"
Bárbara Emeli (turma extensiva)

"Preciosa", prestigiado filme americano, narra a traumática trajetória de Claireece


Jones, personagem constantemente subjugada por ser negra e gorda. Assim, quando
Preciosa olha no espelho e idealiza a imagem de uma mulher branca e magra, torna-
se palpável a imposição social de um padrão de beleza. Nesse sentido, tal como no
filme, na atualidade brasileira é impregnada a busca incessante pela perfeição,
consequência perceptível haja vista o fenômeno dos filtros no Instagram; tal
conjuntura é embasada, em síntese: pelo enraizamento de um conceito único de belo,
como também pela intervenção comportamental de influenciadores digitais. Conclui-
se, logo, que à mídia urge fomentar a heterogeneidade.
Em primeira análise, a padronização cultural dos corpos provoca o inalcançável
anseio pela suavização das imperfeições, o que transforma os filtros de imagem em
mecanismos necessários para atender esse conceito. Vale ressaltar, nessa
perspectiva, a obra "O Paraíso são os Outros", escrito pelo icônico português Valter
Hugo Mãe, uma vez que ao refletir sobre como "beleza" é um conceito volátil - isto é,
muda conforme o observador - instaura-se um pensamento vanguardista destoante
da realidade dogmática. Dessa forma, o livro caracteriza-se como ferramenta
fundamental para desconstrução de imposições diariamente reafirmadas pela
perfeição apresentada com os filtros no Instagram. Assim, o uso de modificações
digitais na aparência retrata a crônica busca pelo belo sem compreender a
complexidade existente no conceito de beleza.
Ademais, a influência exercida por produtores de conteúdo online no
comportamento social é confirmada ora pelo sucesso dos filtros em vídeos e fotos, ora
pela tentativa de atingir a perfeição apresentada por esses. Compreende-se, desse
modo, a Teoria da Razão Instrumental, formulada pelo sociólogo Herbert Marcuse, ao
assertar como a mídia homogeniza os comportamentos sociais. Nesse sentido, os
influenciadores colaboram para construção de uma realidade na qual é persistente o
ideal unificado de beleza, visto que os espectadores - assim como Claireece ao
almejar o idealizado em detrimento de si - espelham seus anseios na imagem perfeita
apresentada. Por essa razão, a influência exarcebada prova-se negativa mediante a
não produção de materiais alinhados com a diversidade de corpos existentes mas sim
com a uniforme filtragem.
É evidente, portanto, que a constante busca pelo perfeito é fomentada pela
existência de filtros no Instagram. Sendo assim, cabe ao conglomerado Facebook. Inc.
promover eventos que incentivem a beleza natural dos indivíduos, por meio da não
utilização de filtros - campanha feita em um mês estrategicamente escolhido -, com o
fito de alcançar os diferentes corpos e cimentar a diversidade sem imposições sociais.
Simultaneamente, a produção heterogênea de conteúdo pelos influencers é
essencial. Com esse conjunto de ações, a projeção feita por Preciosa tornar-se-á
obsoleta diante de um panorama que a define como bela.
"FILTROS NO INSTAGRAM E A INCESSANTE BUSCA PELA
PERFEIÇÃO"
Gabriela Giraldi (turma extensiva)

Nos versos “Se estilhaçou em cacos virtuais/ Nas aparências todos são
iguais/ Singularidades em ruína” da música “Desconstrução”, do cantor
Tiago Iorc, fica claro o desejo de alcançar a perfeição. Sob tal perspectiva,
nota-se que hodiernamente, com o amplo uso das redes sociais, os
indivíduos executam essa incessante busca pela perfeição, principalmente
pelos filtros do Instagram. Sendo assim, são fatores ligados a esse contexto a
existência de um conceito padronizado de beleza e a transmissão de uma
imagem irreal.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar como há uma definição de
beleza impregnada no corpo social. Isso porque é nítida a frequência de
edição de fotos antes de realizar a postagem, seja com os próprios filtros do
Instagram ou até mesmo edições em outros programas. Logo, tem-se uma
rede carregada de postagens perfeitas, cujos filtros permitem a imediata
alteração: pele sem marca alguma, sobrancelha preenchida e cílios enormes.
Dessa forma, a procura de estar sempre bem constrói um padrão por meio
dos filtros. Contudo, no livro “O paraíso são os outros”, do escritor Valter
Hugo Mãe, é retratado como o conceito de beleza é volátil, podendo variar
de pessoa para pessoa. Diante disso, constata-se como a “perfeição”,
definida pelo corpo social, induz ao não questionamento e, assim, mantém
um padrão baseado em filtros “incríveis”, em contraposição à ideia na obra
do escritor português.
Além disso, há um costume dos indivíduos de se vender um cenário falso.
De acordo com a lógica aristotélica, a “falácia” é definida como uma
afirmação falsa, porém com aparência verdadeira. De maneira análoga, vê-
se como as pessoas estão habituadas a passar uma imagem irreal de si
mesmas nas redes sociais. Isto é, praticamente todos os usuários já
realizaram alguma postagem na qual a foto foi editada e, por conseguinte,
tais cenários acabam tornando-se comuns. Sob esse viés, os filtros do
Instagram, que não condizem com a realidade, acabam visando à perfeição.
Portanto, os influenciadores digitais devem, em parceria com os agentes
midiáticos, criar hashtags em que sejam postadas, pelos usuários que
quiserem, fotos que demonstrem a realidade do dia a dia. Tais hashtags
devem ser difundidas mediante ampla divulgação nas redes sociais para,
além de permitir que qualquer usuário as acesse, possam descontruir a
perfeição e os padrões impregnados. Em suma, essa busca pelo ideal,
transmitida pela música “Desconstrução”, poderá ser desfeita.
"LIMITES DO QUE É VEICULADO NA INTERNET: PAPEL
DA FAMÍLIA OU DEVER DO ESTADO?"
Gabriela Giraldi (turma extensiva)

A Era da Informação proporcionou diversos avanços tecnológicos que


permitiram um amplo uso da internet. Todavia, pela facilidade de difusão
de informações, diversos tipos de conteúdos são acessados diariamente,
inclusive por crianças. Sendo assim, a influência da família na construção
do indivíduo e a escassez de diálogos sobre determinados assuntos são
aspectos ligados ao dever familiar de limitar o que é veiculado.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar o comportamento da criança
como resultado de atitudes da família. De acordo com o historiador francês
Hippolyte Taine, em sua Teoria do Determinismo Social, a Raça (Genética),
o Meio e o Momento determinam o comportamento humano. Logo, no que
tange ao Meio, se a família não impõe limites ou mesmo acessa
determinados conteúdos e em algum momento a criança está presente,
posteriormente ela pode fazer o mesmo. De maneira análoga, se o
indivíduo possui acesso à internet e a família não se atenta ao que está
sendo visto, esse Meio “sem limites” provoca uma sensação de plena
liberdade no indivíduo. Em suma, é essencial que a família atribua limites.
Além disso, é necessário desconstruir os “temas proibidos” que
permeiam as relações hodiernas. Segundo o filósofo francês Michel
Foucault, esses temas evidenciam a existência de assuntos que não são
discutidos, pois geram desconforto. Logo, no âmbito familiar, quanto à
relação família-criança, alguns desses temas são, por exemplo, o
alcoolismo. Nesse sentido, muitas vezes crianças, por curiosidade, podem
acessar na internet conteúdos que não são para a sua idade. Contudo, se
houvesse um diálogo familiar, os pais poderiam conversar com a criança e
limitar o que é veiculado e explicar o porquê. Diante disso, não seria um
desconforto debater tais questões e, assim, os “temas proibidos” poderiam
ser desfeitos pela efetivação do papel familiar.
Portanto, as Secretarias Municipais de Assistência e Desenvolvimento
Social devem realizar palestras que abordem a relação das famílias para
com os seus filhos, quanto à importância do diálogo familiar sobre o acesso
à internet por crianças. Tal ação deve ser feita por meio do direcionamento
de verba, possibilitado pela alteração na Lei das Diretrizes Orçamentárias,
para estimular o debate entre a família e a criança e limitar o que pode ser
veiculado. Em síntese, determinados assuntos difundidos pela Era da
Informação serão direcionados apenas aos adultos.
"LIMITES DO QUE É VEICULADO NA INTERNET: PAPEL
DA FAMÍLIA OU DEVER DO ESTADO?"
Deyse de Oliveira (turma extensiva)

A obra cinematográfica “Confiar” retrata a história da personagem Anne, a qual


se envolve em um relacionamento virtual com um garoto, e, quando resolve
encontrá-lo pessoalmente, sem anuência dos seus pais, ele se mostra mais velho
do que o esperado. Análogo à realidade, o filme abre caminho para algo atual: o
papel da família no limite do que é vinculado na internet. Dessa forma, o poder
decisório dos pais e o diálogo familiar mostram que os responsáveis possuem o
papel vital de limitar o acesso à internet.
Antes de tudo, percebe-se a vastidão de informações algorítmicas que
influenciam o cotidiano e a personalidade dos indivíduos, as quais precisam ser
selecionadas pelos pais. Isso porque a Terceira Revolução Industrial instaurou
novas formas de se relacionar e contribuiu para a rapidez de informações com
auxílio da tecnologia vinculada na web. Assim, a “normalização” do uso de
ferramentas tecnológicas atinge até os menores de idade, os quais não possuem
conhecimento de discernir sobre o correto e o errado, mostrando o quão é
imprescindível a ação e o poderio dos pais na distinção dos benefícios e malefícios
das redes cibernéticas ao público infantojuvenil.
Convém pontuar, ainda, a necessidade do debate entre os responsáveis e os
menores de idade com o objetivo de selecionar sites da idade específica da
criança. Nesse sentido, a conversa familiar acerca de assuntos ligados à internet
impede que os filhos entrem em problemas ou conheçam assuntos inapropriados,
visto no filme “Confiar”. Sob esse viés, o sociólogo Durkheim discute o valor da
família na formação cidadã plena, além de ser o primeiro contato da criança com o
mundo exterior. À vista disso, os responsáveis precisam orientar o que é
desrespeitoso e ensinar a acessibilidade de conteúdos de acordo com a faixa
etária. Entretanto, segundo a pesquisa do CyberHanbook, cerca de 80% dos pais
não sabem o que os filhos pesquisam na internet, demonstrando um erro na forma
de educá-los.
Em suma, vê-se que a influência do diálogo da família modula as ações dos
indivíduos. Para que as crianças entendam e sigam as recomendações dos seus
sistemas de socialização- escola e família- urge que o Ministério da Mulher, Família
e dos Direitos Humanos em conjunto do Ministério da Educação recomende,
mediante alterações nos calendários escolares das escolas públicas e privadas,
rodas de conversa entre assistentes sociais (haja vista serem pessoas que auxiliam
na integração do ser em sociedade) e os guardiões legais das crianças com o
intuito de que aquelas alertem os perigos da “liberdade” de acesso e orientem os
pais ao diálogo com seus herdeiros da forma mais positiva possível, sem instituir.
Diante disso, os problemas perpassados por Anne, os quais se baseiam em
histórias reais, não ocorrerão mais.
"OS LINCHAMENTOS VIRTUAIS E O FALSO PACIFISMO
NA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA"
Patrícia Vieira (turma extensiva)

No episódio “Hated in the Nation”, da série televisiva Black Mirror, é


retratada uma investigação criminal sobre abelhas artificiais assassinas,
que matavam figuras públicas odiadas. Na narrativa, a vítima era
selecionada no Twitter, pela hashtag “DeathTo”. Analogamente, fora da
ficção, o linchamento virtual e o falso pacifismo na civilização brasileira,
frutos da voz inconsequente da massa cibernética e da idealização
deturpada de justiça, criam um cenário patológico e precisam ser
superados.
A priori, é imperioso ressaltar os valores distorcidos e perpetuados pela
atual “Cultura do Cancelamento”, tão intrínseca nas redes sociais – as
quais abrem espaços para a vinculação de discursos de ódio pautados em
um pacifismo falso e contraditório, uma vez que agride seus alvos
virtualmente. Nessa perspectiva, de acordo com o filósofo Montesquieu,
para haver equilíbrio, a sociedade deve estar dividida em três poderes:
Legislativo, Judiciário e Executivo. No entanto, o que se observa na
internet é a concentração de tais poderes nas mãos de um grupo
“politicamente correto” variante, o qual age como júri, juiz e executor,
promovendo, assim, um Absolutismo Cibernético que condena com o
linchamento virtual.
Ademais, é notório o modo errôneo como a justiça é discutida nas
diversas mídias sociais. Em paralelo a isso, a popularização de expressões
como “fada sensata” ou “nunca errou”, polariza a internet em dois nichos:
os “sensatos” e os “cancelados”.Com isso, criou-se o hábito de punir
virtualmente pessoas, as quais, muitas vezes, apenas explanam suas
convicções em suas próprias páginas pessoais, sendo assim, a sociedade
brasileira vigente equipara-se ao Panóptico, penitenciária ideal
popularizada pelo autor Michel Foucault, onde os indivíduos eram
vigiados o tempo todo. Nesse contexto, os “juízes online” pregam um
falso pacifismo e acreditam realmente que estão sendo honrosos.
Urge, portanto, que as delegacias especializadas em cibercrimes
ampliem suas diligências investigatórias para crimes online variados, por
meio da abertura de concursos públicos direcionados para a área digital,
esses devem selecionar pessoas portadoras de especializações nesse
âmbito, com o fito de mitigar a proliferação de linchamentos virtuais e
extinguir a impunidade desses para, assim, evitar o extremismo presente
no episódio de Black Mirror.
"O ASSÉDIO POR INTRUSÃO NO MUNDO DIGITAL"
Sophia Gambardello (turma extensiva)

Na série "Você" da Netflix, é contada a história de Joe, visto por muitos


como um cara normal e apaixonado por Beck, mas que, na verdade, a
persegue obsessivamente e afeta a vida dela de diversas maneiras. Fora
das telas, a realidade brasileira é bem similar à fictícia, e mulheres
sofrem diariamente o assédio por intrusão no mundo digital, devido à
romantização da prática do stalking e ao grande fornecimento de
informações na net.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar o hábito do stalking doentio,
o qual está internalizado na sociedade canarinha como uma atitude
amorosa e presente no ritual de conquista, mostrada pelos versos "O
cara que pensa em você toda hora / Que conta os segundos se você
demora" da música "Esse cara sou eu", do cantor Roberto Carlos.
Entretanto, a idealização desse "amor" é extremamente perigosa, pois
retarda a discussão e a resolução desse problema, contribuindo, assim,
para a diminuição de sua importância e para o assédio contínuo na
internet.
Além disso, milhares de cidadãos compartilham exarcebadamente
informações pessoais no mundo tecnológico, pois não tem noção de que
elas podem ser usadas por "stalkers" contra si mesmos. Conforme é
mostrado pelo livro "1984", de George Orwell, a "teletela" era um
aparelho usado para controlar uma civilização distópica e fictícia.
Analogamente, podemos inferir as redes sociais como a "teletela" do
Brasil, visto que o compartilhamento excessivo dos usuários de suas
vidas cotidianas ajuda na ação dos perseguidores virtuais tóxicos, os
quais fazem novas vítimas cada vez mais e interferem no dia a dia delas,
deixando diversas consequências.
Torna-se fundamental, portanto, a promoção de investimentos pelo
Congresso Nacional - por meio de alteração na Lei de Diretrizes
Orçamentárias - para todas as escolas municipais e estaduais, as quais
promoverão a realização de palestras com todos os seus alunos,
ministradas por psicólogos e psiquiatras, com vistas a educar os alunos
sobre a importância de não compartilhar muitos fatos pessoais nas
redes e sobre os perigos da romantização do "amor stalkeador". Dessa
forma, haverá a diminuição dos assédios virtuais por perseguição e as
mulheres brasileiras não sofrerão como Beck.
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SAÚDE

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"OS ALARMANTE ÍNDICES DE GRAVIDEZES PRECOCES
NA ADOLESCÊNCIA"
Gabriel Dantas (turma extensiva)

No verso: "Se eu engravidar a culpa é sua não é minha" do cantor Biel


Xcamoso denota a imprudência dos atos sexuais e de uma possível gravidez.
Nesse viés, essa realidade grotesca e patológica ocasiona índices elevados de
gravidezes precoces. Desse modo, tal cenário incoerente é fruto da escassez de
diálogo na esfera familiar, como também da letargia estatal. Logo, urge a
atuação do Ministério da Educação e Ministério da Saúde com o fito de mitigar
esse panorama putrefato como explanado no "hit" de Biel Xcamoso.
Antes de tudo, é digno mencionar a carência de discussões por parte dos
familiares sobre sexualidade e métodos contraceptivos. Nessa perspectiva, é
notório "uma" mordaça nas famílias tradicionais e conservadoras, na maioria
das vezes, a qual impede um diálogo primoroso acerca da necessidade de
anticoncepcionais, a exemplo da camisinha, que além de prevenir a gravidez,
previne diversas IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Sob essa omissão
irracional, o filósofo francês Michel Foucault afirma a existência de "Temas
Tabus" na sociedade, como a sexualidade, os quais são proibidos e, assim, os
impasses são mantidos, sobretudo pela "seca" dialética imbuída no meio
social. Diante disso, é cristalino que a escassez de discussões contribui para os
índices alarmantes de gravidezes precoces.
Outrossim, convém destacar a inoperância estatal no tocante à promoção de
projetos recorrentes nas Escolas e comunidades, afinal, a inibição de
informações e conhecimentos sobre essa temática mantém esse empeço
secular. Nesse viés, nota-se o rompimento do artigo 6° da lei de maior
hierarquia do ordenamento jurídico pátrio: a Carta Magna de 1988, o qual
prega ser dever do Estado permear o acesso à Saúde e à Educação. Contudo,
tais direitos sociais são negados, uma vez que se houvessem programas
educativos sobre sexualidade, consequentemente, os números de gravidezes
na adolescência seriam menores.
Destarte, cabe ao Ministério da Saúde e da Educação criar projetos educativos
nos âmbitos escolares e comunitários, os quais contenham semanalmente
palestras- tais palestras deverão ser ministradas por médicos ginecologistas e
andrologistas-, por meio de, também, atendimentos individuais dos alunos por
psicólogos, a fim de, pouco a pouco, educar meninos e meninas sobre
sexualidade, sendo assim, os índices de gravidezes precoces cairão
gradativamente. Dessa maneira, poder-se-á vivenciar um cenário dissociado
da imprudência ecoada na música de Biel Xcamoso.
É ISTO.
Dudinha espera, de coração, que essa
compilação tenha sido útil e que ajude seus
estudos.

Lembre que não basta ler as redações nota


1000, mas sim deve-se estudá-las, analisar a
estrutura, observar o padrão de repetição...

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