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Introdução

A história do magnetismo tem duas partes, uma de origem grega e outra de origem chinesa.
Segundo uma lenda, o termo "magnetismo" vem do nome de um pastor de ovelhas grego,
"Magnev" que observava que a extremidade de ferro de seu cajado, atraía pequenos pedaços
de pedra que ficavam no caminho. Por outro lado, de todos os trabalhos dos chineses, é a
invenção da bússola magnética, que foi a mais importante. Como outras civilizações primitivas,
os chineses conheciam fenômenos magnéticos, através das propriedades naturais da
"magnetita"(óxido de ferro), cujo poder de atração do ferro, era considerado mágico. No
primeiro século depois de Cristo, um pedaço de magnetita montado sobre um pino, apontava
para o sul em vez de para o norte, o que foi a essência da bússola magnética. A bússola
magnética era comum nos navios chineses desde o séc. X, o que antecipa o uso da bússola no
Ocidente em pelo menos cem anos. O primeiro a escrever sobre o magnetismo no Ocidente é
Peter Peregrinus, no século XIII, em "Carta sobre o imã onde descreve a magnetita e suas
propriedades, definindo a propriedade do imã sempre apontar para o norte magnético,
mencionando pela primeira vez o termo "polo magnético". Nesta carta ele menciona o fato de
que um imã, quando partido ao meio, torna-se em dois imãs. Parece que Stevin ( 1548-1620 ) foi
o primeiro a interessar-se por problemas em navegação e dava explicações de um sistema no
qual sugeria o uso de uma agulha magnética, que poderia atuar como guia para a longitude. Isto
deveria ser feito medindo-se a diferença entre os nortes verdadeiro e magnético, mas isso foi
provado incorreto. Em 1820, Hans Cristian Oersted, que acreditava existir uma relação entre
eletricidade e magnetismo, conseguiu provar experimentalmente que, quando uma corrente
elétrica passava por um fio, havia um campo magnético associado a ela.

Com o passar dos anos, os homens passaram a sentir a necessidade de desenvolverem meios
para uma vida mais confortável, assim fizeram surgir indústrias, carros e outras tantas coisas.
Um dos fatores que contribuíram para um desenvolvimento da industria foi justamente o
magnetismo, pois descobriram que se pode criar um campo magnético induzido em um
determinado condutor simplesmente alimentando-o. Essa descoberta, estimulou o estudo dos
materiais magnéticos, e, é disso que trataremos neste trabalho.
As elevadas exigências, que as aplicações elétricas modernas requerem dos materiais
magnéticos,fazem com que novas técnicas e novos produtos estejam permanentemente sendo
pesquisados,com o conseqüente aparecimento de novas soluções para uma série de aplicações.
Porém, todas essas e outras mais modificações que vão surgindo, apenas são possíveis através
de um conhecimento profundo da estrutura da matéria, bem como dos fatores que podem
fazer com que um material magnético se comporte de um determinado modo.

Conforme nos ensina a física, os materiais podem pertencer magneticamente aos grupos dos
materiais ferromagnéticos, diamagnéticos ou paramagnéticos.

Materiais ferromagnéticos se caracterizam por uma magnetização espontânea, que é


totalmente independente de campos magnéticos externos.A grandeza dessa magnetização
espontânea depende da temperatura, referindo-se esta a uma temperatura crítica, em que um
material passa de ferromagnético a diamagnético.

Considerando-se, assim, um material ferromagnético abaixo dessa temperatura crítica,


chamada de temperatura de curie, podemos observar que o mesmo é composto de um grande
número de pequenas seções conhecidas por domínios, cujos contornos podem ser
perfeitamente determinados, e que se caracterizam por possuir uma única orientação
magnética, ou seja, são dotados, cada um de um vetor de campo magnético unitário próprio.

Perante ausência de um campo magnético externo e de um magnetismo próprio residual, o vetor


de campo resultante da somatória de todos os vetores de cada domínio, tem resultante nula.
Se este material e seus domínios, estiverem expostos à ação de campos externos, os domínios
são parcialmente “arrastados” segundo a orientação desse campo. Esse comportamento é
explicado pela Teoria Quântica e pela Física do estado Sólido.

Cada imã natural ou artificial apresenta uma subdivisão de partículas, de forma que cada uma
ainda é um imã completo, ou seja, possuem carga positiva e carga negativa de igual valor, mas
de ação oposta.

Essas duas cargas magnéticas iguais formam um dipolo. Nos imãs naturais, a maioria dos dipolos
já se encontram orientadas paralelamente; esse paralelismo é também obtido pela ação de um
campo magnético externo de orientação constante ( proveniente de uma fonte contínua ).

O diamagnetismo é explicado como segue: sob a ação de um campo magnético, os elétrons que
giram em torno do seu próprio eixo vão se ajustando, libertando durante esse ajuste um campo
magnético, dirigido contrariamente ao campo de magnetização aplicado. Com isto o campo
aplicado é enfraquecido.

O paramagnetismo representa materiais com suscetibilidade positiva ( k > 0,  >1 ). O valor é


novamente de pequena grandeza, podendo-se citar, como exemplos de materiais desse grupo, o
alumínio, a platina e outros sais de ferro, de cobalto e de níquel.
Tanto os diamagnéticos quanto os paramagnéticos têm valor de permeabilidade em torno da
unidade.
Um terceiro grupo, talvez mais importantes para as aplicações elétricas, é aquele em que a
permeabilidade é função da intensidade do campo magnético, ou seja, os materiais
ferromagnéticos. Nesse caso, a grandeza da suscetibilidade é um valor elevado, podendo
alcançar valores de um milhão e mais. Inclui-se nesse grupo o ferro, o níquel, o cobalto, o cromo
e outros, e suas respectivas ligas.

Domínios magnéticos

No interior de um material ferromagnético, os momentos de cada átomo ordenam-se de tal


forma a minimizar a energia total do sistema. Existem três energias importantes neste
ordenamento. A energia de troca entre os spins dos átomos próximos ( que é mínima quando
estão alinhados na mesma direção), a energia magnetocristalina entre os momentos dos átomos
e a rede cristalina (que é mínima quando os momentos estão alinhados com os eixos de menor
energia de anisotropia), e a energia magnetostática do sistema (resultado da formação de
pólos magnéticos). O mínimo de energia é obtido com o aparecimento de subregiões
denominadas domínios magnéticos. Existe uma interface, que separa dois domínios adjacentes
com sentidos opostos, denominada de parede de domínio magnético. As primeiras observações
foram feitas utilizando a técnica de Bitter, desenvolvida em 1931. Apesar de ser uma técnica
simples (uma suspensão coloidal de partículas de Fe3O4, sobre uma amostra polida), permitiu a
visualização dos domínios magnéticos. Atualmente, as observações pelo efeito Kerr permitem
a visualização dos domínios pela variação da intensidade da luminosa. Esta variação é
provocada pela interação eletromagnética da luz com a matéria. É possível realizar
observações, inclusive dos deslocamentos das paredes de domínios, com bastante facilidade.

O processo de magnetização de um material ferromagnético é normalmente representado por


uma curva, chamada de curva de magnetização, a qual por sua vez é à base do laço de
histerese,que fornece informações mais completas sobre a característica do material.

No eixo das abcissas, coloca-se a grandeza da intensidade de campo magnético H e, nas


ordenadas, o valor da magnetização I ou da densidade do fluxo B. A curva se inicia no estado
de desmagnetização, com H = 0. Elevando-se a intensidade de campo gradativamente, nota-se
uma elevação também de B, até que, a partir de um certo ponto, a elevação de H não traz mais
uma elevação de B. Esse é o estado de saturação em que, apesar de elevarmos a corrente ou o
número de espiras ( ou o produto de ampère-espiras ), Não haverá disponibilidade de maior
indução magnética.

O laço de histerese, já mencionado anteriormente, é obtido a partir da curva de magnetização,


reduzindo-se novamente o valor de H. Observa-se, então, que os valores de B assim obtidos,não
coincidem com os valores iniciais da curva. Chegando-se a H = 0, não teremos B = 0; o valor de
B = 0 será obtido para um certo valor –H. Repetindo-se o processo com valores de H na
orientação contrária, obteremos uma repetição do fenômeno, e um laço de histerese.
Fazendo novamente referência aos domínios, o fenômeno descrito ocorre devido à quebra do
equilíbrio entre os vetores dos campos unitários dos domínios. Existe, portanto, uma
resultante, ou seja, existe uma predominância de uma certa orientação vetorial, conseqüente
da ação orientativa do campo magnético externo aplicado.

Essa predominância se faz sentir pelo aparecimento de um magnetismo residual, no ponto H =


0, e uma certa intensidade de campo magnético no ponto de B = 0.Materiais com pequeno valor
de Hc (FORÇA COERCITIVA) e de elevada suscetibilidade X são materiais magnéticos moles;
quando ocorre o inverso, são materiais magnéticos duros.

A área interna a este laço, reflete diretamente a dificuldade que uma dada força magnética H
encontrará em orientar os domínios de um material ferromagnético. Reflete, portanto, o
trabalho realizado por H, para obter B. Assim sendo, o laço de histerese tem uma relação
íntima com o trabalho magnético efetuado, trabalho magnético esse consumido pelos domínios.
Não é, portanto, um trabalho útil do próprio processo de magnetização; é antes uma perda de
energia, e como tal é qualificada. Chega-se, assim, a uma nova grandeza, que é a potência de
perda por histerese, de um circuito magnético, potência essa medida no ensaio de Epstein. Essa
potência de perdas se repete em cada ciclo de magnetização e, como tal, é bem maior em
corrente alternada do que em contínua, e, ainda nas corrente alternadas, tanto maior quanto
mais elevada a freqüência. Em corrente alternada ainda, somam-se a perdas, as perdas devido a
correntes parasitas.

Curva de histerese magnética

Introdução

A curva de histerese magnética é a representação mais eficiente das propriedades de


materiais ferromagnéticos. A partir do ciclo de histerese magnético é possível
determinar praticamente todos os valores magnéticos relevantes como:
permeabilidade, coercividade, remanência e perdas magnéticas.

O ciclo de histerese é utilizado em duas importantes classes de materiais magnéticos:


os materiais para a fabricação de ímãs permanentes ("hard magnetic materials") e
materiais de alta permeabilidade ("soft magnetic materials"). Estes dois materiais são
muito importantes em nosso estágio atual de tecnologia para a produção de diversos
dispositivos.

Os ímas são corpos de materiais magnetizáveis com a capacidade de gerar campos


magnéticos em uma determinada região do espaço. Com eles é possível construir uma
infinidade de dispositivos como: fixadores mecânicos, alto-falantes, motores de ímas
permanentes e geradores elétricos.

Os materiais de alta permeabilidade são muito utilizados na construção de núcleo de


máquinas elétricas como: tranformadores, motores e geradores elétricos. A principal
função destes materiais é criar um meio de maior permeabilidade para os campos
magnéticos e desta forma reduzir o volume final do dispositivos.

É comum a combinação de ímas e materiais de alta permeabilidade permitindo a


construção dos mais variados tipos de dispositivos.

O ciclo de histerese pode ser obtido submetendo uma amostra do material à um campo
magnetizante (H) de intensidade variável. Utilizando medidores de fluxo ou de
momento magnético, é possível determinar o valor da indução magnética ( B) ou
momento magnético (M). A curva resultante B x H ou M x H é chamada de curva de
histerese magnética.

Curvas de histerese de ímãs permanentes

Normalmente, nas técnicas utilizadas para a obteção das curvas de histerese


magnética de materiais para a produção de ímas permanentes, é usual a utilização de
eletroímãs ou bobinas supercondutoras, para gerar campos magnetizantes de grande
intensidade ( acima de ~800kA/m ou ~10kOe) . Entre as técnicas mais utilizadas para a
determinação do valor do momento magnético podemos citar: a medida da variação do
fluxo magnético ou a utilização da técnica de magnetometria de amostra vibrante. A
primeira técnica é mais simples de implementar, mas apresenta a desvantagem de
necessitar de uma amostra com geometria bem definida. A segunda técnica é mais
cara, porém permite a medida de praticamente qualquer geometria com muito mais
sensibilidade.

Nestas duas técnicas, como a curva de histerese é obtida sob baixa freqüência, pouca
ou nenhuma variação é percebida, mesmo quando são utilizadas técnicas distintas.

Curvas de histerese de materiais de alta permeabilidade

Normalmente, nas técnicas utilizadas para a obteção das curvas de histerese


magnética de materiais de alta permeabilidade é usual a utilização de bobinas
constituídas de fios esmaltados para gerar campos magnetizantes de baixa intensidade
( abaixo de ~8 kA/m ou ~100Oe) . A técnica mais empregada para determinar a curva
de histerese é a medida da variação do fluxo magnético. O uso de um eletroímã e a
técnica de magnetometria de amostra vibrante é restrita à determinação do valores
de saturação magnética do material.

Nos ensaios de materiais de alta permeabilidade, a freqüência e conteúdo harmônico na


indução magnética podem afetar signifcativamente os resultados experimentais. Assim
sendo, compreender de que forma a curva de histerese magnética foi gerada é de
fundamental importância para a análise e validação dos resultados. A figura 1
apresenta uma curva de histerese magnética de um material de alta permeabilidade
submetida à um campo magnetizante de 60Hz, obtida em um traçador de curvas de
histerese magnética.
Figura 1 -Curva de histerese magnética de um material de alta permeabilidade.

A geometria da amostra (toróide, solenóide e quadro de Epstein)

Três geometrias são muito utilizadas no preparo de amostras de materiais de alta


permeabilidade, para serem submetidas aos ensaios magnéticos.

O toróide é teoricamente, a geometria com menores problemas do ponto de vista do


magnetismo, pelo fato de não apresentar nenhuma descontinuidade descontinuidades (seja um
entreferro ou pontas). Consiste na preparação de um anel no qual são superpostos duas
bobinas confeccionadas de fio isolante. É importante que a razão entre o diâmetro externo
sobre o ixterno seja a menor possível para garantir que o campo magnetizante ( H) seja o mais
uniforme possível dentro do material. Um enrolamento denominado de secundário com N 2
espiras é confeccionado próximo à superfície da amostra (é importante isolar a amostra para
evitar um curto-circuito entre a amostra e o fio). O diâmetro do fio deve ser pequeno, pois
servirá apenas para gerar um sinal proporcional à variação do fluxo em função do tempo e a
dimensão final da bobina deve ser o mais próximo possível da dimensão da amostra. Um
segundo enrolamento denominado de primário, com N 1 espiras, é confeccionado sobre o
enrolamento secundário. O diâmetro deste fio deve ser compatível com a corrente elétrica
utilizada para gerar o campo magnetizante. Desta forma a amostra toroidal está preparada
para ser conectado à um Traçador de Curvas de Histerese Magnética. Este equipamento que é
constituido basicamente por uma fonte de corrente e um fluxímetro, permite gerar a curva de
histerese numa ampla faixa de freqüências e campos magnetizantes.

O solenóide é uma alternativa para substituir a amostra toroidal de difícil preparação. O


solenóide consiste de dois enrolamentos (secundário e primário) com N 2 e N1 espiras
respectivamente. Normalmente confeccionados sobre um tubo isolante. Para obter os melhores
resultados o enrolamento secundário é confeccionado na parte central do tubo isante e o
primário ao longo de toda a extensão do tubo. Esta geometria é bastante eficiente para
amostras cujo comprimento e em relação a espessura ou largura seja muito elevado. A
vantagem está na possibilidade de trocar a amostra do material e utilizar o mesmo
enrolamento. A desvantagem está na existência dos polos magnéticos que poderão gerar
campos desmagnetizantes.

O quadro de Epstein é uma geometria normalizada que tenta utilizar as vantagens do


solenóide e do toróide. Consiste de 4 solenóides montados de maneira a formar um quadradro.
As amostras dos materiais são colocadas de forma a evitar a formação de pólos magnéticos. É
uma geometria muito utilizada pelos fabricantes e consumidores de aços laminados para fins
elétricos. Apesar de não possuir pólos magnéticos abertos a existência dos cantos pode afetar
os resultados principalmente nos materiais de mais alta permeabilidade.

O uso de uma armadura de magnetização ("yoke")

Existe alguns instrumentos para a realização de ensaios magnéticos de materiais de alta


permeabilidade, que utilizam armaduras ("yoke") para evitar os problemas de preparação de
amostras. Normalmente consiste de uma armadura feita de material magnético de
permeabilidade muito superior àquela da amostra a ser ensaiada. Nesta armadura estão
contidos os enrolamentos primário e secundário. Para fechar o circuito magnético desta
armadura, é colocada uma lâmina da amostra a ser ensaiada. A grande vantagem deste método
está na possibilidade de realizar ensaios com grande facilidade, sem a necessidade de cortar
uma amostra. Entretanto dois problemas existem: o primeiro está na dificuldade de separar as
propriedades magnéticas da amostra e do material utilizado para construir a armadura. O
segundo está na dificuldade de confinar o fluxo magnético numa seção bem definida.

B senoidal, B trapezoidal, B triangular ou H senoidal

Nos materiais de alta permeabilidade, a forma de onda da indução magnética pode afetar
significativamente o resultado do ciclo de histerese. Dependendo de como os traçadores de
curvas de histerese magnética foram construídos podem gerar um campo magnetizante (H)
senoidal ou a indução magnética (B) senoidal. Normalmente quando o traçador é dedicado para
amostras de pequeno porte é adotado o H senoidal pela sua facilidade de controle. Quando
deseja-se estudar o fenômeno de perdas magnéticas é necessário implementar a indução
senoidal, seja pela implementação de uma realimentação adequada, seja pelo aumento da massa
da amostra. Para estudar o comportamento dos materiais magnéticos de alta permeabilidade
submetido aos acionamentos eletrônicos ou nos motores de ímas permanentes o uso de B
triangular ou B trapezoidal é mais adequado.

Estimando o campo magnetizante ( H).

A grande dificuldade nos procedimentos experimentais, é a determinação do verdadeiro campo


magnetizante que a amostra está submetida. Usualmente os sistemas utilizados para traçar a
curva de histerese de materiais de alta permeabilidade não mede o efetivo valor do campo
magnetizante, mas o estima, dividindo o valor da força magnetomotriz (produto da corrente de
magnetização pelo número de espiras - Ampère.espira) pelo comprimento médio do circuito
magnético, resultando na dimensão A.esp/m ou A/m. Este método é bastante eficiente para a
geometria toróidal e para o solenóide "infinito". Entretanto para as demais geometrias pode
apresentar erros significativos. Duas fontes de erros são particulamente importantes nos
materiais de alta permeabilidade: A presença de fatores desmagnetizantes oriundas das
características da geometria da amostra e a presença das correntes de Foucault que se opoem
às correntes magnetizantes. De qualquer forma, quando estimamos o campo magnetizante,
precisamos também estimar todas as fontes de erros para aumentarmos a precisão.
Anisotropia Cristalina

Tomemos um cristal do sistema cúbico, aplicando lhe um valor de H constante em diversas


direções.

Observamos que os valores de B, daí resultantes,variam de valor, o que vem demonstrar que a
permeabilidade é uma função da orientação do campo aplicado, o que caracterizado pela
existência de uma anisotropia cristalina.

Existem, portanto, direções cristalinas que conduzem melhor um campo magnético, ou seja,
direções em que as perdas são menores do que em outras direções. Como a redução de perdas
é uma preocupação sempre presente nos projetos elétricos, torna-se justificável o interesse
em se determinar, em cada conjunto de cristais que formam um dado núcleo magnético, qual a
direção em que se deve aplicar o campo magnético, ou seja, qual o sentido preferencial de
magnetização, que acompanha as arestas do cubo; o eixo de maiores perdas é o que une as
diagonais internas; o de menores perdas é o paralelo às arestas do cubo.

A Magnetostrição

Na magnetização de cristais ferromagnéticos, podemos também observar uma variação nas


dimensões físicas do cristal, fenômeno esse chamado de magnetostrição. A grandeza dessa
variação nas dimensões é função do eixo cristalino sobre o qual incide o campo magnético.

Se o campo for aplicado na direção da aresta do cubo representativo do cristal


ferromagnético, o cristal se alonga. Se ao contrário, a magnetização for dirigida no sentido de
uma das diagonais do cristal cúbico, então o cristal se torna mais curto.

A magnetostrição é observada tanto em mono quanto em policristais ferromagnéticos.

Deformações elásticas de materiais ferromagnéticos também influem sobre suas


características magnéticas. Materiais com magnetostrição submetidos a esforços de tração
sofrem redução de permeabilidade; assim, por exemplo, podemos reduzir sensivelmente a
permeabilidade do níquel, sob ação de uma tração. Um tal material, em que, sob ação de uma
força de tração, ocorre redução de permeabilidade, é classificado como tendo magnetostrição
negativa; ocorrendo elevação de permeabilidade sob idênticas condições, a magnetostrição é
dita positiva.

A propriedade de magnetostrição é usada em sistema de controle de pressões, como, por


exemplo, em prensas automáticas. Nesse caso, o sistema mecânico, que deve operar a uma dada
pressão, com certa tolerância, possui, no ponto de aplicação dessa força, um núcleo
ferromagnético que, perante as condições pré-estabelecidas, tem uma distribuição de fluxo
total que não ocorre indução em um enrolamento, estrategicamente montado nele. Havendo,
porém, esforços anormais, ocorre uma variação de permeabilidade que vai deformar o campo
normal, a ponto de induzir uma d.d.p nesse mesmo enrolamento, indução essa que vai ativar um
sistema de controle de pressões, até que se reestabeleça o equilíbrio mecânico da força
aplicada.

Deformações cristalinas

A existência de tensões internas ao sistema cristalino desses materiais dificultam a orientação


dos domínios magnéticos perante a ação do campo externo, o que afeta a permeabilidade. A
regra geral é que, nessas condições, a permeabilidade decresce e a força coercitiva se eleva.
Tais tensões internas aparecem devido ao trabalho mecânico aplicado ao corpo ferromagnético
no ato de se construir um núcleo, quando então as chapas, blocos, etc., desse material, são
submetidos a esforços de cisalhamento (estampagem), dobramento deformação a quente e a
frio por forja, etc. Os cristais são, sob tais esforços mecânicos, quebrados e deformados da
sua posição original, lembrando-nos da propriedade anteriormente analisada, da anisotropia
cristalina, e que o material sofria variação de suas propriedades magnéticas ao se variar a
direção do campo incidente sobre o cristal, e aplicando essas observações do presente caso,
podemos concluir que, ao sofrer uma deformação do seu sistema cristalino em parte de seu
corpo, essa parte estará com características magnéticas diferentes das do resto do material.
Se o corpo for ferromagnético como um todo sofreu anteriormente um processo de orientação
cristalina (chapa de domínios ou grãos orientados), parte desses grãos não acompanharão mais
a orientação normal do corpo, devido à deformação, e, nessa parte, a permeabilidade do
material será baixa, a perdas magnéticas resultarão altas e, além da perda de energia
propriamente dita, aparecerão aquecimentos que podem atingir a níveis inadmissíveis.

Essas deformações mecânicas podem e devem ser eliminadas ou, pelo menos, acentuadamente
atenuadas, através de um aquecimento do material, chamado de recozimento.

O recozimento, pela ação de dilatação do corpo, elimina as tensões internas e faz com que o
cristal deformado retorne à sua posição inicial, fazendo coincidir novamente os eixos
preferenciais de magnetização da borda do material com a porção interna. Além da
deformação mecânica, tais problemas podem também aparecer devido as impurezas do
material, sobretudo no caso da presença interna de oxigênio em ferro puro.

O recozimento de chapas ferromagnéticas é atualmente uma das providências de rotina,


quando da fabricação de núcleos laminados (obtidos pela justa posição de um certo número de
chapas) de transformadores e outros equipamentos de elevada qualidade, o que vem
demonstrar a real influência que essas deformações podem ocasionar sobre as características
de um núcleo,particularmente no que se refere as suas perdas.

Corrente Parasita E Os Processos De Sua Redução

O ferro é basicamente um material condutor, sob ponto de vista elétrico, sofrendo, assim,
também a indução de forças eletromotrizes quando sujeitos a campos elétricos variáveis.
Por outro lado, esses campos, resultantes de correntes alternadas, estão presentes na grande
maioria dos equipamentos eletromagnéticos.
Como a corrente circula pelo enrolamento, e esse enrolamento possui, via de regra, núcleo
magnético, a mesma ação indutiva de um enrolamento indutor sobre um induzido se faz sentir
sobre o núcleo do material, no qual, se for formado por um corpo magnético de baixa
resistividade elétrica, circularão correntes induzidas de grandeza considerável.

A redução dessas correntes é feita através do aumento da resistência elétrica do material


magnético; esse aumento é obtido de duas maneiras: elevando-se a densidade do material, o
que é obtido pela compactação de pós e conseqüente fabricação de ferrites, ou pela fabricação
dos núcleos não de corpos maciços mas sim laminados, com suas lâminas isoladas entre si.

Materiais Para Aplicação Magnética

As máquinas elétricas de grande porte necessitam de um meio com grande densidade de


energia (alta permeabilidade) para realizar a conversão energética. O meio magnético é a
opção mais simples, econômica, limpa e eficiente no atual estágio tecnológico da humanidade.
Materiais ferromagnéticos, que operam a níveis de magnetização da ordem de 1,6 T , no
entreferro, permitem concentrar energias da ordem de 1 MJ/m3 para a conversão.

Seria difícil imaginar nosso estágio atual de tecnologia sem os materiais de alta
permeabilidade. Mas para termos uma idéia da sua importância, se utilizassemos apenas as
bobinas feitas de fios de cobre com nucleo de ar, teríamos que construir máquinas pelo menos
100 vezes maiores.

Duas características físicas limitam a aplicação de materiais ferromagnéticos de alta


permeabilidade: o nível de saturação e as perdas magnéticas. O nível de saturação é função da
composição química e limita a quantidade de energia concentrada por unidade de volume. As
perdas magnéticas dependem da resistividade, espessura e dos mecanismos dissipativos e,
podem variar muito dependendo da qualidade do material.

Os principais materiais de alta permeabilidade utilizados na construção de dispositivos de


conversão energética, podem ser agrupados como apresentado a seguir.

Materiais de alta permeabilidade magnética

Aços de baixo carbono

Aços de baixo carbono, ABNT 1006/1008, não foram desenvolvidos especificamente


para a construção de máquinas elétricas, mas seu uso foi importante, antes do
desenvolvimento das ligas de FeSi. Atualmente, face ao baixo custo, estes materiais
são utilizados na construção de motores e transformadores de pequeno porte e baixo
rendimento. As perdas magnéticas nestes materiais são da ordem de 8 a 20 W/kg (a
1,5T e 60Hz).
Ligas de FeSi - GNO

As ligas de FeSi foram desenvolvidas em 1900 por Robert Hadfield. A adição do Silício
no Ferro, aumenta a resistividade, reduzindo as perdas produzidas pelas correntes de
Foucault, e diminui a anisotropia cristalina, aumentando a permeabilidade. As perdas
magnéticas para ligas de FeSi de grãos não orientados-GNO são da ordem de 2,5 a 5
W/kg (a 1,5T e 60Hz).

Ligas de FeSi - GO

As ligas de FeSi de grão orientado-GO foram desenvolvidas em 1933 por Norman


Goss. Um tratamento térmico intermediário, durante o processo de laminação a quente
de chapas de FeSi, seguido de um tratamento térmico final, confere ao material
propriedades magnéticas superiores no sentido da laminação. As perdas magnéticas
para ligas de FeSi - GO são da ordem de 0,3 a 1,2 W/kg (a 1,5T e 60Hz).

Ferrites “moles”

Os ferrites de alta permeabilidade são denominados materiais ferrimagnéticos. Sua


composição química típica é MO.Fe2O3, onde M é um metal de transição como
Ferro ,Manganês, Magnézio ou Zinco. Estes materiais são cerâmicos e não são
utilizados na construção de máquinas elétricas devido ao baixo nível de saturação que
apresentam, da ordem de 0,5T a 25?C. Por ser um material cerâmico de elevada
resistividade, possui a vantagem de permitir a construção de conversores que operam
em altas freqüências (20-100kHz). Cresce o emprego destes materiais na construção
de dispositivos de alimentação de pequeno porte como fontes chaveadas para
equipamentos de informática, equipamentos para automação, fontes do tipo “flyback”
para televisores e em reatores eletrônicos, para lâmpadas fluorescentes, que podem
ser construídos com dimensões reduzidas.
As perdas magnéticas típicas são da ordem de 50 W/kg (a 0,3T e 20kHz).

Ligas amorfas

Estes materiais foram desenvolvidos na década de 70. A composição química contém


os elementos Ferro , Níquel ou Cobalto, juntamente com Fósforo, Silício, Boro e, às
vezes, Carbono. Através de técnicas de solidificação rápida, como o “melt-spinning”,
estes materiais são produzidos com espessura da ordem de 30?m, elevada
resistividade, e são desprovidos de uma estrutura cristalina. Estas características
físicas resultam em baixas perdas magnéticas. Apesar destas vantagens, os materiais
amorfos apresentam níveis de saturação inferiores às ligas de FeSi, limitando sua
aplicação na construção de máquinas elétricas de grande porte. As perdas para ligas
amorfas à base de ferro são da ordem de 0,2 a 0,3 W/kg a 1,4T e 60Hz. Acima destes
níveis de indução, as perdas magnéticas aumentam significativamente.

Materiais supercondutores

O fenômeno da supercondutividade foi descoberto em 1911 por Karmerlingh Onnes no


elemento Mercúrio. Desde então, foram descobertos vários materiais que apresentavam
resistividade nula a baixas temperaturas. O uso de enrolamentos feitos de materiais
supercondutores é, atualmente, uma tecnologia para a substituição dos núcleos
ferromagnéticos utilizados na construção de máquinas elétricas rotativas de grande porte,
eliminando as perdas magnéticas.
Fios supercondutores comerciais NbSn3, que operam em He líquido, são capazes de suportar
densidades de corrente de até 1000A/mm2 sem perda por efeito Joule, permitindo a
construção de bobinas capazes de gerar elevados campos magnéticos. Existem, entretanto,
três limites críticos para o fenômeno da supercondutividade: a temperatura , o campo
magnético e a densidade de corrente. Os fios supercondutores também são muito sensíveis a
variações de fluxo magnético, que produzem correntes parasitas no interior do material
supercondutor. O melhor desempenho é na produção de campos magnéticos estáticos.
Atualmente, os fios supercondutores já são usados comercialmente na construção de bobinas
supercondutoras de até 20T, utilizadas para a pesquisa na área de física básica, em cavidades
com campo magnético dam ordem de 2T para tomógrafos de ressonância magnética nuclear
(NMR) e geradores elétricos de grande porte.
Anexos

O fluxímetro.

A facilidade de construir um fluxímetro eletrônico, é bastante recente comparada com as


antigas técnicas utilizadas para a caracterização de materiais magnéticos. É comum ainda, em
algumas normas encontrarmos referência ao termo galvanômetro balístico (um dispositivo
eletromecânico para realizar a medida do fluxo magnético). Outra normas são restritas à
regimes de magnetização senoidal dispensando o uso de um fluxímetro eletrônico. Nestes
casos o valor do fluxo magnético é estimado a partir dos valores médidos da tensão induzida na
bobina sensora ( que por convenção demoninaremos de N2)
O fluxímetro eletrônico mais comum é constituido por um circuito integrador, que permite a
medida da variação do fluxo magnético em uma determinada bobina sensora de seção com área
A. O sinal induzido na bobina sensora será proporcional a: A N2 dB/dt, onde: A equivale à área
da seção da bobina sensora de N2 espiras e dB/dt à variação da indução magnética em função
do tempo. O fluxímetro permite determinar o valor de B.A na dimensão de T.m2 que equivale ao
fluxo magnético. A maior dificuldade não está na construção do circuito integrador, mas na sua
calibração.
Nos ensaios de pequenas amostras de materiais de altíssima permeabilidade (>50000), onde
são utilizadas bobinas sensoras com muitas espiras ( mais de 1000 espiras), especial atenção
deve ser tomada com relação à impedância de entrada do circuito integrador. Como a tensão
induzida na bobina sensora é bastante elevada, uma vez que é proporcional a d B/dt e os campos
magnetizantes são bastante pequenos pode acontecer que a corrente na bobina secundária
gere um campo desmagnetizante na amostra. Este efeito indesejável, pode em alguns casos,
deformar o ciclo de histerese magnético.

Terminologia usada no magnetismo

A/m
Unidade de campo magnetizante do SI, Ampére por metro

Capacitância parasita
Termo usualmente utilizado para definir o valor de uma capacitância indesejável entre as
espiras de uma bobina, ou entre outros elementos condutores de um dispositivo.

Campo coercivo (ou coercitivo)


Campo magnético necessário para alterar o sentido de magnetização em uma amostra ou
dispositivo de material ferromagnética. Usualmente o símbolo utilizado é o Hc , nas unidades
A/m (SI) ou Oe(cgs) ( 1Oe~79,5 A/m)

Campo Magnetizante (ou campo magnético aplicado)


Campo magnético aplicado sobre uma amostra ou dispositivo, podendo ser produzida por
bobinas, eletroímãs ou ímãs permanentes. Usualmente o símbolo utilizado é o H , nas unidades
em A/m(SI) ou Oe(cgs).

cgs
Sistema de unidades que utiliza o cm, grama e segundos como unidades fundamentais.

Correntes de Foucault
Termo utilizado para seferir às correntes parasitas ou "eddy currents". Estas correntes
são produzidas, quando materiais condutores, são submetidos às variações de campos
magnéticos.

Curva de Histerese Magnética


Também são utilizados os termos: ciclo de histerese magnética ou "loop" de histerese. É a
curva resultante da indução magnética (ou momento magnético) em função do campo
magnetizante. Esta curva permite a avaliação de diversas propriedades dos materiais
magnéticos.

emu
Unidade utilizada para a medida de momento magnético no sistema cgs. Ainda muito
utilizada pelos magnetômetros de amostra vibrante e outros magnetômetros de grande
sensibilidade. Para converter este valor na unidade de momento magnético (ou magnetização)
no SI em Tesla, utiliza-se a expressão:

M = ( 4 10-4 M d )/ m

onde:
M = é o momento magnético por unidade de volume em Tesla
d = densidade da amostra em g/cm 3
M = momento magnético em emu , m = massa da amostra em g

Exemplo:
Uma amostra com massa igual a 0,00886g ,
densidade de 7,75g/cm , que apresente um momento magnético de 1,174 emu,
3

terá no SI um momento magnético igual a 1,29T

Fator desmagnetizante
Termo utilizado para definir coeficientes geométricos (ou físicos) que se opõem ao processo
de magnetização. Em alguns casos é possível encontrar um coeficiente aproximado para
estimar o valor do campo desmagnetizante . Nos materiais magnéticos este campo é
proporcional ao produto do fator desmagnetizante pelo momento magnético.

Ferromagnetismo
Ramo do magnetismo que estuda os materias com acoplamento ferromagnético. São
investigadas sobretudo as ligas com base nos elementos Fe, Ni e Co.

Força magnetomotriz
Ou abreviadamente FMM, é o termo utilizado na engenharia elétrica para quantificar a
capacidade de magnetização de uma bobina com uma determinada corrente. Usualmente
utiliza-se a unidade espiras.metro.

Fluxímetro
Termo mais empregado para definir o instrumento utilizado na medida de fluxo magnético,
seja numa determinada região do espaço ou numa seção de um dispositivo magnético.
Normalmente estes instrumentos utilizam bobinas com número de espiras e dimensões bem
definidas e fornecem os valores medidos nas unidades maxwell-espira (cgs) ou weber-espira
(SI)

Fluxo magnético
Termo muito utilizado para indicar o produto entre o campo magnético que cruza uma
determinada seção (perpendicular ao campo) área A.

Gaussímetro (ou Tesla-meter)


Termo mais empregado para definir o instrumento utilizado na medida de campo H ou
indução magnética B, seja numa região do espaço, seja num determinado ponto de um
dispositivo. Normalmente estes instrumentos utilizam sensores Hall, e
fornecem valores medidos nas unidades de Gauss (cgs) ou Tesla (SI).

Harmônicos
Termo abreviado para conteúdo harmônico ou distorção harmônica. Usualmente no
magnetismo, refere-se às freqüências harmônicas ( ou seja, valores multiplos da freqüência
fundamental do campo magnetizante) que estão presentes na indução magnética.

Ímã
Corpo constituído de material magnetizável, capaz de gerar um campo magnético na sua
vizinhança.

Indução magnética
Representa a densidade de fluxo magnético na seção de uma amostra ou dispositivo. Este
fluxo pode ser produzido por um campo magnetizante externo ou pelo momento magnético do
material. Usualmente o símbolo utilizada é o B. No SI a unidade é o Tesla

B=o(H+M)

Indução remanente
Termo utilizado para indicar o nível de indução magnética de uma amostra ou dispositivo,
quando este não está submetido à um campo magnetizante.

Magnetização
Processo físico de ordenamento das estruturas eletrônicas dos materiais magnéticos
quando submetidos à campos magnetizantes.

Material magnético de alta permeabilidade


Também são utilizados os termos: aços elétricos, material magnético "mole" ou "soft
magnetic material". Este termo é utilizado para definir materiais que são facilmente
magnetizados na presença de baixos campos.

Momento magnético
É a grandeza que expressa a parcela de campo magnético produzida pelo material magnético.
Usualmente o símbolo utilizado é o M .

Magnetometria
Ramo do magnetismo dedicado às técnicas e métodos de medidas de campos magnéticos.

Magnetômetro de amostra vibrante


Equipamento ou sistema que permite a medida do momento magnético, vibrando esta
amostra próximo à bobinas de detecção.

Perdas magnéticas
Termo utilizado para expressar a potência dissipada nos materiais de alta permeabilidade,
quando submetidos à campos magnetizantes alternados à uma determinada freqüência e
conteúdo harmônico. Usualmente engloba as perdas de Foucault, as perdas histeréticas e
perdas anômalas. Usualmente utiliza-se o símbolo P expressa em Watts.

Perda por ciclo de histerese


Termo utilizado para expressar a energia dissipada em um ciclo de histerese. Pode ser
determinada dividindo o valor da perda pela freqüência do campo magnetizante. Usualmente
emprega-se o simbolo W expresso em Joules/m3

Permeabilidade
Permeabilidade é a razão entre a indução magnética para um determinado campo
magnetizante

=B / H

Previsão das perdas magnéticas


Termo utilizado para descrever método ou técnica de previsão das perdas magnéticas sob
condições específicas de magnetização.

SI
Sistema Internacional de unidades que utiliza o metro, kilograma e o segundo como
unidades fundamentais.
T
Unidade de indução magnética do SI, Tesla.

Traçador de curvas de histerese magnética


Também são utilizados os termos: Histeresígrafo ou "Hysteresigraph". Usualmente é
utilizado para o equipamento ou sistema para traçar os ciclos de histerese magnético, medindo
a variação do fluxo magnético em função do campo magnetizante.

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