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A história do magnetismo tem duas partes, uma de origem grega e outra de origem chinesa.
Segundo uma lenda, o termo "magnetismo" vem do nome de um pastor de ovelhas grego,
"Magnev" que observava que a extremidade de ferro de seu cajado, atraía pequenos pedaços
de pedra que ficavam no caminho. Por outro lado, de todos os trabalhos dos chineses, é a
invenção da bússola magnética, que foi a mais importante. Como outras civilizações primitivas,
os chineses conheciam fenômenos magnéticos, através das propriedades naturais da
"magnetita"(óxido de ferro), cujo poder de atração do ferro, era considerado mágico. No
primeiro século depois de Cristo, um pedaço de magnetita montado sobre um pino, apontava
para o sul em vez de para o norte, o que foi a essência da bússola magnética. A bússola
magnética era comum nos navios chineses desde o séc. X, o que antecipa o uso da bússola no
Ocidente em pelo menos cem anos. O primeiro a escrever sobre o magnetismo no Ocidente é
Peter Peregrinus, no século XIII, em "Carta sobre o imã onde descreve a magnetita e suas
propriedades, definindo a propriedade do imã sempre apontar para o norte magnético,
mencionando pela primeira vez o termo "polo magnético". Nesta carta ele menciona o fato de
que um imã, quando partido ao meio, torna-se em dois imãs. Parece que Stevin ( 1548-1620 ) foi
o primeiro a interessar-se por problemas em navegação e dava explicações de um sistema no
qual sugeria o uso de uma agulha magnética, que poderia atuar como guia para a longitude. Isto
deveria ser feito medindo-se a diferença entre os nortes verdadeiro e magnético, mas isso foi
provado incorreto. Em 1820, Hans Cristian Oersted, que acreditava existir uma relação entre
eletricidade e magnetismo, conseguiu provar experimentalmente que, quando uma corrente
elétrica passava por um fio, havia um campo magnético associado a ela.
Com o passar dos anos, os homens passaram a sentir a necessidade de desenvolverem meios
para uma vida mais confortável, assim fizeram surgir indústrias, carros e outras tantas coisas.
Um dos fatores que contribuíram para um desenvolvimento da industria foi justamente o
magnetismo, pois descobriram que se pode criar um campo magnético induzido em um
determinado condutor simplesmente alimentando-o. Essa descoberta, estimulou o estudo dos
materiais magnéticos, e, é disso que trataremos neste trabalho.
As elevadas exigências, que as aplicações elétricas modernas requerem dos materiais
magnéticos,fazem com que novas técnicas e novos produtos estejam permanentemente sendo
pesquisados,com o conseqüente aparecimento de novas soluções para uma série de aplicações.
Porém, todas essas e outras mais modificações que vão surgindo, apenas são possíveis através
de um conhecimento profundo da estrutura da matéria, bem como dos fatores que podem
fazer com que um material magnético se comporte de um determinado modo.
Conforme nos ensina a física, os materiais podem pertencer magneticamente aos grupos dos
materiais ferromagnéticos, diamagnéticos ou paramagnéticos.
Cada imã natural ou artificial apresenta uma subdivisão de partículas, de forma que cada uma
ainda é um imã completo, ou seja, possuem carga positiva e carga negativa de igual valor, mas
de ação oposta.
Essas duas cargas magnéticas iguais formam um dipolo. Nos imãs naturais, a maioria dos dipolos
já se encontram orientadas paralelamente; esse paralelismo é também obtido pela ação de um
campo magnético externo de orientação constante ( proveniente de uma fonte contínua ).
O diamagnetismo é explicado como segue: sob a ação de um campo magnético, os elétrons que
giram em torno do seu próprio eixo vão se ajustando, libertando durante esse ajuste um campo
magnético, dirigido contrariamente ao campo de magnetização aplicado. Com isto o campo
aplicado é enfraquecido.
Domínios magnéticos
A área interna a este laço, reflete diretamente a dificuldade que uma dada força magnética H
encontrará em orientar os domínios de um material ferromagnético. Reflete, portanto, o
trabalho realizado por H, para obter B. Assim sendo, o laço de histerese tem uma relação
íntima com o trabalho magnético efetuado, trabalho magnético esse consumido pelos domínios.
Não é, portanto, um trabalho útil do próprio processo de magnetização; é antes uma perda de
energia, e como tal é qualificada. Chega-se, assim, a uma nova grandeza, que é a potência de
perda por histerese, de um circuito magnético, potência essa medida no ensaio de Epstein. Essa
potência de perdas se repete em cada ciclo de magnetização e, como tal, é bem maior em
corrente alternada do que em contínua, e, ainda nas corrente alternadas, tanto maior quanto
mais elevada a freqüência. Em corrente alternada ainda, somam-se a perdas, as perdas devido a
correntes parasitas.
Introdução
O ciclo de histerese pode ser obtido submetendo uma amostra do material à um campo
magnetizante (H) de intensidade variável. Utilizando medidores de fluxo ou de
momento magnético, é possível determinar o valor da indução magnética ( B) ou
momento magnético (M). A curva resultante B x H ou M x H é chamada de curva de
histerese magnética.
Nestas duas técnicas, como a curva de histerese é obtida sob baixa freqüência, pouca
ou nenhuma variação é percebida, mesmo quando são utilizadas técnicas distintas.
Nos materiais de alta permeabilidade, a forma de onda da indução magnética pode afetar
significativamente o resultado do ciclo de histerese. Dependendo de como os traçadores de
curvas de histerese magnética foram construídos podem gerar um campo magnetizante (H)
senoidal ou a indução magnética (B) senoidal. Normalmente quando o traçador é dedicado para
amostras de pequeno porte é adotado o H senoidal pela sua facilidade de controle. Quando
deseja-se estudar o fenômeno de perdas magnéticas é necessário implementar a indução
senoidal, seja pela implementação de uma realimentação adequada, seja pelo aumento da massa
da amostra. Para estudar o comportamento dos materiais magnéticos de alta permeabilidade
submetido aos acionamentos eletrônicos ou nos motores de ímas permanentes o uso de B
triangular ou B trapezoidal é mais adequado.
Observamos que os valores de B, daí resultantes,variam de valor, o que vem demonstrar que a
permeabilidade é uma função da orientação do campo aplicado, o que caracterizado pela
existência de uma anisotropia cristalina.
Existem, portanto, direções cristalinas que conduzem melhor um campo magnético, ou seja,
direções em que as perdas são menores do que em outras direções. Como a redução de perdas
é uma preocupação sempre presente nos projetos elétricos, torna-se justificável o interesse
em se determinar, em cada conjunto de cristais que formam um dado núcleo magnético, qual a
direção em que se deve aplicar o campo magnético, ou seja, qual o sentido preferencial de
magnetização, que acompanha as arestas do cubo; o eixo de maiores perdas é o que une as
diagonais internas; o de menores perdas é o paralelo às arestas do cubo.
A Magnetostrição
Deformações cristalinas
Essas deformações mecânicas podem e devem ser eliminadas ou, pelo menos, acentuadamente
atenuadas, através de um aquecimento do material, chamado de recozimento.
O recozimento, pela ação de dilatação do corpo, elimina as tensões internas e faz com que o
cristal deformado retorne à sua posição inicial, fazendo coincidir novamente os eixos
preferenciais de magnetização da borda do material com a porção interna. Além da
deformação mecânica, tais problemas podem também aparecer devido as impurezas do
material, sobretudo no caso da presença interna de oxigênio em ferro puro.
O ferro é basicamente um material condutor, sob ponto de vista elétrico, sofrendo, assim,
também a indução de forças eletromotrizes quando sujeitos a campos elétricos variáveis.
Por outro lado, esses campos, resultantes de correntes alternadas, estão presentes na grande
maioria dos equipamentos eletromagnéticos.
Como a corrente circula pelo enrolamento, e esse enrolamento possui, via de regra, núcleo
magnético, a mesma ação indutiva de um enrolamento indutor sobre um induzido se faz sentir
sobre o núcleo do material, no qual, se for formado por um corpo magnético de baixa
resistividade elétrica, circularão correntes induzidas de grandeza considerável.
Seria difícil imaginar nosso estágio atual de tecnologia sem os materiais de alta
permeabilidade. Mas para termos uma idéia da sua importância, se utilizassemos apenas as
bobinas feitas de fios de cobre com nucleo de ar, teríamos que construir máquinas pelo menos
100 vezes maiores.
As ligas de FeSi foram desenvolvidas em 1900 por Robert Hadfield. A adição do Silício
no Ferro, aumenta a resistividade, reduzindo as perdas produzidas pelas correntes de
Foucault, e diminui a anisotropia cristalina, aumentando a permeabilidade. As perdas
magnéticas para ligas de FeSi de grãos não orientados-GNO são da ordem de 2,5 a 5
W/kg (a 1,5T e 60Hz).
Ligas de FeSi - GO
Ferrites “moles”
Ligas amorfas
Materiais supercondutores
O fluxímetro.
A/m
Unidade de campo magnetizante do SI, Ampére por metro
Capacitância parasita
Termo usualmente utilizado para definir o valor de uma capacitância indesejável entre as
espiras de uma bobina, ou entre outros elementos condutores de um dispositivo.
cgs
Sistema de unidades que utiliza o cm, grama e segundos como unidades fundamentais.
Correntes de Foucault
Termo utilizado para seferir às correntes parasitas ou "eddy currents". Estas correntes
são produzidas, quando materiais condutores, são submetidos às variações de campos
magnéticos.
emu
Unidade utilizada para a medida de momento magnético no sistema cgs. Ainda muito
utilizada pelos magnetômetros de amostra vibrante e outros magnetômetros de grande
sensibilidade. Para converter este valor na unidade de momento magnético (ou magnetização)
no SI em Tesla, utiliza-se a expressão:
M = ( 4 10-4 M d )/ m
onde:
M = é o momento magnético por unidade de volume em Tesla
d = densidade da amostra em g/cm 3
M = momento magnético em emu , m = massa da amostra em g
Exemplo:
Uma amostra com massa igual a 0,00886g ,
densidade de 7,75g/cm , que apresente um momento magnético de 1,174 emu,
3
Fator desmagnetizante
Termo utilizado para definir coeficientes geométricos (ou físicos) que se opõem ao processo
de magnetização. Em alguns casos é possível encontrar um coeficiente aproximado para
estimar o valor do campo desmagnetizante . Nos materiais magnéticos este campo é
proporcional ao produto do fator desmagnetizante pelo momento magnético.
Ferromagnetismo
Ramo do magnetismo que estuda os materias com acoplamento ferromagnético. São
investigadas sobretudo as ligas com base nos elementos Fe, Ni e Co.
Força magnetomotriz
Ou abreviadamente FMM, é o termo utilizado na engenharia elétrica para quantificar a
capacidade de magnetização de uma bobina com uma determinada corrente. Usualmente
utiliza-se a unidade espiras.metro.
Fluxímetro
Termo mais empregado para definir o instrumento utilizado na medida de fluxo magnético,
seja numa determinada região do espaço ou numa seção de um dispositivo magnético.
Normalmente estes instrumentos utilizam bobinas com número de espiras e dimensões bem
definidas e fornecem os valores medidos nas unidades maxwell-espira (cgs) ou weber-espira
(SI)
Fluxo magnético
Termo muito utilizado para indicar o produto entre o campo magnético que cruza uma
determinada seção (perpendicular ao campo) área A.
Harmônicos
Termo abreviado para conteúdo harmônico ou distorção harmônica. Usualmente no
magnetismo, refere-se às freqüências harmônicas ( ou seja, valores multiplos da freqüência
fundamental do campo magnetizante) que estão presentes na indução magnética.
Ímã
Corpo constituído de material magnetizável, capaz de gerar um campo magnético na sua
vizinhança.
Indução magnética
Representa a densidade de fluxo magnético na seção de uma amostra ou dispositivo. Este
fluxo pode ser produzido por um campo magnetizante externo ou pelo momento magnético do
material. Usualmente o símbolo utilizada é o B. No SI a unidade é o Tesla
B=o(H+M)
Indução remanente
Termo utilizado para indicar o nível de indução magnética de uma amostra ou dispositivo,
quando este não está submetido à um campo magnetizante.
Magnetização
Processo físico de ordenamento das estruturas eletrônicas dos materiais magnéticos
quando submetidos à campos magnetizantes.
Momento magnético
É a grandeza que expressa a parcela de campo magnético produzida pelo material magnético.
Usualmente o símbolo utilizado é o M .
Magnetometria
Ramo do magnetismo dedicado às técnicas e métodos de medidas de campos magnéticos.
Perdas magnéticas
Termo utilizado para expressar a potência dissipada nos materiais de alta permeabilidade,
quando submetidos à campos magnetizantes alternados à uma determinada freqüência e
conteúdo harmônico. Usualmente engloba as perdas de Foucault, as perdas histeréticas e
perdas anômalas. Usualmente utiliza-se o símbolo P expressa em Watts.
Permeabilidade
Permeabilidade é a razão entre a indução magnética para um determinado campo
magnetizante
=B / H
SI
Sistema Internacional de unidades que utiliza o metro, kilograma e o segundo como
unidades fundamentais.
T
Unidade de indução magnética do SI, Tesla.