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Eletromagnetismo e Óptica
Material Teórico
Eletromagnetismo
Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
Eletromagnetismo
• Magnetismo
• Eletromagnetismo
• Campo Magnético
• Exercícios Propostos
Prezado estudante!
Aprofunde seu conhecimento sobre o assunto estudado realizando a leitura dos textos
indicados, refaça os exemplos e anote suas dúvidas.
Fique atento às atividades avaliativas e aos prazos de entrega.
Bons estudos!
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Unidade: Eletromagnetismo
Contextualização
Magnetismo
Acredita-se que os gregos tenham sido os primeiros a observar os fenômenos magnéticos, em
Magnésia, cidade da Ásia. Foi ali que eles verificaram a presença de um tipo de pedra que apresentava
a interessante propriedade de atração de pedaços de ferro. Hoje denominamos essas pedras, que são
constituídas de um determinado óxido de ferro, de ímãs naturais (magnetita).
Os polos do ímã são as regiões que atraem com mais intensidade pedaços de ferro.
São chamados de polo norte e polo sul. Polos de mesmo nome repelem-se e polos de nomes diferentes
atraem-se.
fonte: amazonaws.com
Ao suspender um ímã em formato de barra, de maneira a possibilitar que ele gire em torno do
próprio centro, ele se orientará aproximadamente na direção norte-sul da Terra. A extremidade do
ímã que aponta para o norte geográfico da Terra, quando este tem a possibilidade de girar livremente,
é o polo norte do ímã. E o polo sul, a extremidade que aponta para o sul geográfico. Isso acontece
porque a Terra se comporta como um grande ímã.
fonte: grupoescolar.com
Sabe-se que os polos de um ímã são inseparáveis, propriedade verificada através de experimentos.
A relação existente entre eletricidade e magnetismo foi demonstrada por Hans Christian Oersted
por meio de um experimento envolvendo a bússola e uma corrente elétrica circulando por um fio -
algo semelhante ao que mostra a figura a seguir - quando ele estava a trabalhar em seu laboratório.
Essa descoberta deu origem ao ramo da Física denominado eletromagnetismo. Até então esses dois
ramos da Física eram considerados disjuntos.
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fonte: uniovi.es
Aplicando os conceitos
I. Suponha que você tenha um ímã em forma de barra e grande. Você tem três amigos que querem um
pedaço desse ímã para realizar um experimento físico, envolvendo magnetismo, que foi solicitado por
seus professores. Então você decide ajudá-los e divide seu ímã em quatro pedaços.
Reflita
a) Todos os pedaços de ímã que você obteve, ao dividir o seu, são novos ímãs. Esses ímãs
apresentam as mesmas propriedades magnéticas que seu ímã possuía antes de você
dividi-lo?
b) Por que você não consegue fazer com que um ímã deixe de ser um ímã quebrando-o?
c) Que polos magnéticos surgiram nos pontos em que você realizou a divisão de seu ímã?
d) Quantos polos magnéticos um ímã apresenta, no mínimo?
e) É possível separar os polos de um ímã?
II. Para realizar outro experimento utilizando um ímã em forma de barra, você coloca
uma folha de papel sulfite sobre esse ímã e, então, espalha limalhas de ferro (pequenas
partículas de ferro) sobre esse papel na região sob a qual o ímã se encontra.
Reflita
a) Que comportamento o conjunto formado por essas pequenas partículas de ferro
apresenta na região em torno do seu ímã?
b) Por que esse conjunto de partículas de ferro se comporta dessa forma?
c) O que acontece com essas partículas nos polos do ímã?
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Unidade: Eletromagnetismo
III. Agora, em outro experimento, você usa uma bússola, um fio condutor de eletricidade e uma
pilha carregada. Então você monta um pequeno circuito com essa pilha e esse fio e coloca a
bússola abaixo do fio antes de conectá-lo às extremidades da pilha, de modo que a agulha da
bússola fique paralela a esse fio. Você, então, conecta o fio às extremidades da pilha.
Reflita
a) O que acontece com a agulha da bússola?
b) Por que a agulha da bússola apresenta esse comportamento quando pelo fio passa
uma corrente elétrica?
c) Isso significa que existe alguma relação entre os fenômenos magnéticos e os
fenômenos elétricos?
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Magnetismo
Polos do ímã
Os polos do ímã são as regiões do ímã que atraem, com mais intensidade, pedaços de ferro.
Isso pode ser constatado se colocarmos limalhas de ferro nas proximidades de um ímã que
apresente formato de uma barra. Veremos que esses pequenos pedaços de ferro ficarão mais
acumulados nas extremidades desse ímã, porque elas exercerão maior intensidade de atração
sobre tais pedaços de ferro. Assim, um ímã em formato de uma barra apresenta dois polos que
se situam em suas extremidades.
Figura 1.Ímã atraindo pedaços de ferro.
fonte: magnety.info
Se suspendermos um ímã que apresenta formato de uma barra, possibilitando que ele
realize livremente giros em torno do próprio centro, observaremos que ele se orientará em
uma determinada direção, a qual coincidirá, aproximadamente, com a direção norte-sul da
Terra. As bússolas magnéticas são construídas com base nessa propriedade dos ímãs. Isso
possibilitou que extensas viagens marítimas fossem realizadas desde tempos remotos e as
bússolas continuam a ser usadas até nos tempo atuais.
De acordo com a convenção abaixo, denominamos os polos de um ímã como polo norte
magnético e polo sul magnético:
A extremidade do ímã que aponta para o norte geográfico da Terra, quando ele tem a
possibilidade de girar livremente, é o polo norte do ímã. E o polo sul, a extremidade que
aponta para o sul geográfico.
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Unidade: Eletromagnetismo
Podemos notar, experimentalmente, utilizando dois ímãs em forma de barra, por exemplo,
que um dos polos de um desses ímãs, quando aproximado do outro ímã, consegue exercer uma
força de atração somente com um dos polos desse segundo ímã. Por outro lado, se tentarmos
aproximar o mesmo polo do primeiro ímã do outro polo do segundo ímã, perceberemos que os
dois ímãs tenderão a se afastar um do outro, ou seja, os polos se repelirão. O que faz com que
isso aconteça é o fato de que dois polos que têm a mesma denominação, ou norte magnético
ou sul magnético, repelem-se, enquanto dois polos que têm denominação diferente atraem-se.
fonte: infoescola.com
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Polos magnéticos: inseparabilidade
Sabe-se que uma das propriedades dos ímãs é a impossibilidade de separação de seus polos,
propriedade essa verificada por meio de experimentos que constataram que qualquer ímã
sempre apresentará dois polos no mínimo.
Dessa forma, se pegarmos um ímã em forma de barra e o dividirmos em duas partes,
obteremos dois novos ímãs. As extremidades dos dois ímãs que correspondem às
extremidades do ímã dividido continuarão tendo os mesmos polos, ao passo que as outras
extremidades formadas pela divisão desse ímã apresentarão polos diferentes. Portanto,
essas extremidades atrair-se-ão, como é de se esperar.
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Unidade: Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
As descobertas sobre as propriedades dos ímãs possibilitaram o desenvolvimento dos estudos
sobre o magnetismo, mas não se suspeitava de que, entre fenômenos elétricos e magnéticos, pudesse
haver uma relação. Assim sendo, considerava-se a Eletricidade e o Magnetismo ramos distintos e
independentes dentro da Física até que o professor dinamarquês Hans Christian Oersted mostrou que
existia uma relação entre tais fenômenos
No ano de 1820, quando estava trabalhando em seu laboratório, Hans Christian Oersted montou,
próximo de uma agulha magnética, um circuito elétrico. Ele observou que, na ausência de corrente
percorrendo o circuito, a agulha magnética tinha orientação na direção norte-sul, como vimos
anteriormente. Ao colocar um dos ramos do circuito em paralelo com a agulha magnética, observou
que, quando uma corrente elétrica passava a percorrer o circuito, ocorria um desvio na agulha
magnética, a qual apresentava tendência de orientação perpendicularmente ao fio do circuito. Quando
essa corrente elétrica era interrompida, a agulha magnética voltava para sua posição inicial, ou seja,
orientando-se na direção norte-sul.
Tais observações feitas por Oersted mostraram que uma corrente elétrica percorrendo um fio gera um
campo magnético em torno desse fio, provocando o desvio na agulha magnética. Dessa forma, pôde-se
constatar, pela primeira vez, a relação existente entre o Magnetismo e a Eletricidade, ou seja, que efeitos
magnéticos podem ser produzidos por meio de uma corrente elétrica.
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Campo Magnético
Figura 4. Representação da direção e sentido do vetor campo magnético nas proximidades de um ímã.
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Unidade: Eletromagnetismo
Fm Força Magnética
B
α
q>0 V
fonte: portalsaofrancisco.com
Foi verificado, pelos cientistas, que o módulo da força F depende do módulo da velocidade
da partícula, do valor de sua carga q e do ângulo α que os vetores B e v formam, obtendo-se
as fórmulas abaixo:
F
=B = ou F Bqv sen α
qv sen α
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Força magnética: direção e sentido
Como vimos acima, a força magnética exercida por um campo magnético sobre uma carga
que se encontra em movimento é perpendicular ao plano que os vetores B e v determinam.
Portanto, ela é perpendicular tanto a B quanto a v.
Para determinar o sentido da força magnética F, podemos utilizar o artifício que chamamos
de “regra da mão direita”. Segundo esta, obtemos o sentido de F, que atua sobre q, em
movimento, dispondo nossa mão direita de tal forma que o polegar direito dirija-se ao longo
do vetor velocidade v e com os outros dedos dirigidos ao longo de B, o sentido para o qual se
volta a palma da mão será o sentido da força magnética F.
Caso seja lançada um partícula de carga negativa no campo magnético, a força apresentará
sentido contrário ao da força atuante sobre uma carga positiva.
representada por T, e é uma homenagem ao cientista Nikola Tesla. Essa unidade vem da
F
fórmula vista anteriormente, = B , a partir da qual, sabendo que 1 (C/s)=1A, em que
qv sen α
A é a unidade de medida do Ampère, podemos estabelecer:
N N N
1 tesla 1= 1= 1
=
m C A⋅ m
C ⋅ ⋅m
s s
Imagine que se lance um carga q em um campo magnético com a direção de sua velocidade
coincidindo com a direção do vetor campo magnético. Tanto no caso em que o sentido do
vetor velocidade da partícula seja o mesmo do vetor campo magnético quanto no caso em que
seu sentido seja contrário, teremos que senα=0 , (pois, no primeiro caso, temos, sen0=0 e, no
segundo caso, temos sen180°=0 ) e, portanto, obteremos a expressão:
F = Bqv sen α
que nos informa que a força magnética
atuante sobre a partícula é uma força nula.
Figura 6. Cargas lançadas na direção do campo magnético.
fonte: mundoeducacao.com
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Unidade: Eletromagnetismo
Linhas de indução
As linhas de indução, usadas para representar o campo magnético, são traçadas de forma
que o vetor campo magnético B seja tangente a elas qualquer que seja seu ponto. Onde o campo
magnético apresenta maior intensidade deve-se traçar tais linhas com maior proximidade.
A figura abaixo representa as linhas de indução do campo magnético que um ímã, no formato
de barra, cria.
Figura 7. Linhas de indução do campo magnético de um ímã.
fonte: brasilescola.com
fonte: educacao.mg.gov.br
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Exercícios Propostos
b)
Exercício 1:
Qual o sentido de B que existe em P?
Expectativa de Resposta:
Usando a “regra do tapa”, podemos determinar o sentido do vetor campo magnético B,
conforme está representado na figura acima. Nela percebemos que o polegar da mão
direita está dirigido ao longo do vetor v e que a palma da mão apresenta a direção e
sentido da força. Assim, os demais dedos da mão direita indicam o sentido de B, ou seja,
de P para D.
Exercício2:
Qual o módulo do vetor campo magnético?
Expectativa de Resposta:
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Unidade: Eletromagnetismo
Exercício 3:
Supondo-se que seja lançado um elétron passando por P a uma velocidade v=1,0∙106m/s,
perpendicularmente à folha de papel e “saindo” desta,qual o módulo da força magnética
que irá atuar nesse elétron?
Expectativa de Resposta:
Podemos encontrar o módulo da força que irá atuar no elétron por meio da fórmula
F = Bqv sen α . Como no caso anterior, temos que o ângulo formado por eles é α=90°,
donde temos que sen α = 1 , pelo fato de que o vetor velocidade v é perpendicular ao vetor
campo magnético B, pois este segundo situa-se no plano da folha. Como o valor da carga do
1, 6 ⋅ 10−19 C , v =
elétron é q = 1, 0 ⋅106 m / s , como já determinamos o valor de B no ponto
P no item anterior, =B 7,5 ⋅10( −2) T .
Exercício 4:
−1
Em um campo magnético uniforme B= 2 ⋅10 T, é lançada uma partícula que possui carga
q= 3 ⋅ 10−9 C , a uma velocidade v= 3 ⋅ 102 m / s . Qual o módulo da força magnética que irá
atuar na partícula, tendo-se que o ângulo formado pelos vetores B e v é α= 30° ? (dado:
sen 30° =0,5 )
Expectativa de Resposta:
Podemos encontrar o módulo da força que irá atuar na partícula por meio da fórmula
F = Bqv sen α . Como o ângulo formado pelos vetores B e v é α=30°, temos que sen α = 0,5 .
3 ⋅ 10−9 C e v =
Como o valor da carga da partícula é q = 3 ⋅ 102 m / s e B =
2 ⋅10−1 T , temos:
F = 2∙10-1∙3∙10-9∙3∙102∙0,5=9∙10-1+(-9)+2
F = 2∙10-1∙3∙10-9∙3∙102∙0,5=9∙10-8
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Material complementar
Para obter mais informações sobre os conteúdos estudados, consulte as indicações a seguir:
Artigo:
Artigo que aborda a história do eletromagnetismo e o uso das propriedades magnéticas
em instrumentos e equipamentos presentes em nosso cotidiano e trata, também, das
ondas eletromagnéticas. Os autores são Edson Cordeiro, Felipe Elerati, Jamil Saade e J.
R. Tagliati. O artigo pode ser encontrado no seguinte endereço:
http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/04/artigo-2a9.pdf
Sites:
http://magnetismobio76.blogspot.com.br/2013/03/o-magnetismo-no-nosso-cotidiano.html
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/CampoMagnetico/efeitosobrecargas2.php
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/CampoMagnetico/efeitohall.php
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funcionam-os-trens-que-flutuam-sobre-os-trilhos
Livro:
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. São Paulo: Ed.
Scipione, 1997
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Unidade: Eletromagnetismo
Referências
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. São Paulo: Ed. Scipione, 1997.
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Anotações
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