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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: FÍSICA
ANO DE ESCOLARIDADE: 3º ANO – EM
PET VOLUME: 04/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 4º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
VI. Eletricidade e Magnetismo.

TEMA/TÓPICO(S):
16. Eletromagnetismo. / 48. Ímãs naturais e artificiais.

HABILIDADE(S):
48.1. Compreender as propriedades dos ímãs.
48.1.1. Compreender como funcionam os ímãs e as agulhas magnéticas.
48.1.4. Compreender como o magnetismo do planeta pode ser utilizado para orientação e localização.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Magnetismo - Ímã - Bússola.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química - Geografia.

TEMA: Magnetismo - Ímãs


Querido(a) estudante, nesta semana você vai conhecer um pouco sobre as ori-
gem do magnetismo e sobre como funcionam o ímas e as agulhas magnéticas.
Bons estudos!
MAGNETISMO
Fenômenos magnéticos são conhecidos e analisados desde a antiguidade. Tais
fenômenos eram observados no mineral magnetita, cujo nome refere-se a uma
região da Grécia chamada Magnésia, local onde ele era encontrado. Magnésia
significa “lugar das pedras mágicas”. A magnetita é a pedra-ímã mais magnéti-
ca de todos os minerais da Terra, e a existência desta propriedade foi utilizada
para a fabricação de bússolas.

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Figura 1: Magnetita - Museo de La Plata – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Museo_de_La_Plata_-_Magnetita.
jpg?uselang=pt-br. Acesso em: 12 ago. 2021.

ÍMÃS
Os ímãs são materiais ferromagnéticos que possuem a propriedade de atrair ou repelir outros ímãs.
Além disso, é característica de materiais dessa natureza, chamados de ferromagnéticos, se imantarem
fortemente na presença de um campo magnético. Hoje em dia, tem-se uma grande variedade de ímãs,
naturais e artificiais. Eles aparecem das mais variadas formas e são utilizados desde enfeites para ge-
ladeiras até a aplicação tecnológica.
PROPRIEDADES DOS ÍMÃS
Todos os ímãs, independentemente de sua forma ou aplicação, possuem dois polos magnéticos que são
chamados de polo norte (N) e polo sul (S).

Figura 2: Ímã - Elaborada pelo autor

Polos magnéticos iguais se repelem e polos magnéticos diferentes se atraem.

Figura 3: Atração e repulsão - Elaborada pelo autor

Uma característica importante dos ímãs, verificada experimentalmente, é a da inseparabilidade dos


polos magnéticos, ou seja, não é possível encontrar um ímã só com polo norte ou só com polo sul.
Se seccionarmos um ímã em forma de barra, surgirão dois novos ímãs, cada um com polos norte e
sul. Se continuarmos dividindo esses ímãs, obteremos ímãs cada vez menores. Conclui-se que cada
partícula que constitui o ímã é um pequeno ímã, denominado ímã elementar.

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Figura 4: Inseparabilidade dos polos do imã - Elaborada pelo autor

BÚSSOLA
Ao suspendermos um ímã em forma de barra pelo seu centro, como mostra a figura abaixo, de modo
que ele fique livre para se mover, percebemos que ele se orienta aproximadamente na direção norte-
-sul. Essa propriedade possibilitou a criação da bússola, um objeto com uma agulha magnética que é
atraída para os polos magnéticos terrestres, construída basicamente por um pequeno ímã em forma
de losango, capaz de girar em torno de um eixo. A bússola é um instrumento muito utilizado até os dias
de hoje. Um avanço considerável foi obtido quando se descobriu que uma fina peça de determinados
metais poderia ser magnetizada, esfregando-a com minério de ferro já magnetizado.

  
Figura 5: Ímã suspenso - Elaborada pelo autor Figura 6: Bússola – Disponível em: https://commons.
wikimedia.org/wiki/File:Radiator_key_and_compass.agr.
jpg?uselang=pt-br. Acesso em: 12 ago. 2021.

SUBSTÂNCIAS MAGNÉTICAS E NÃO MAGNÉTICAS


Um corpo possui propriedades magnéticas quando há uma predominância de ímãs orientados sobre os
demais. Nas proximidades de um ímã um corpo pode ser fortemente imantado, fracamente imantado
ou não-imantado.
Substâncias Magnéticas - são substâncias que permitem a orientação dos seus ímãs elementares.
Exemplo: ferro, níquel e algumas ligas metálicas, como o aço.
Substâncias não-magnéticas - são substâncias que não permitem a orientação dos seus ímãs elemen-
tares. Exemplo: alumínio, madeira, plástico, etc.

PARA SABER MAIS:


Como é feito um ímã? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jCL2dLh5MME. Acesso em:
12 ago. 2021.

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ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu essa
semana.

1 - (Fuvest) A figura I adiante representa um ímã permanente em forma de barra, onde N e S indicam,
respectivamente, polos norte e sul. Suponha que a barra seja dividida em três pedaços, como mostra a
figura II. Colocando lado a lado os dois pedaços extremos, como indicado na figura III, é correto afirmar
que eles:
a) se atrairão, pois A é polo norte e B é polo sul.
b) se atrairão, pois A é polo sul e B é polo norte.
c) não serão atraídos nem repelidos.
d) se repelirão, pois A é polo norte e B é polo sul.
e) se repelirão, pois A é polo sul e B é polo norte.

2 – (Ufu 2015 - adaptada) Três carrinhos idênticos são colocados em um


trilho, porém, não se encostam, porque, na extremidade de cada um deles,
conforme mostra o esquema abaixo, é acoplado um ímã, de tal forma que
um de seus polos fica exposto para fora do carrinho (polaridade externa).
Considerando que as polaridades externas dos ímãs (N – norte e S – sul) nos carrinhos são representa-
das por números, conforme o esquema a seguir, assinale a alternativa que representa a ordem correta
em que os carrinhos foram organizados no trilho, de tal forma que nenhum deles encoste no outro:

a) 1 – 2 – 4 – 3 – 6 – 5.
b) 6 – 5 – 4 – 3 – 1 – 2.
c) 3 – 4 – 6 – 5 – 2 – 1.
d) 2 – 1 – 6 – 5 – 3 – 4.
e) É impossível essa organização.

3 - (Cesgranrio-RJ) Aproxima-se uma barra imantada de uma pequena bilha de aço, observa-se que
a bilha:
a) é atraída pelo polo norte e repelida pelo polo sul.
b) é atraída pelo polo sul e repelida pelo polo norte.
c) é atraída por qualquer dos polos.
d) é repelida por qualquer dos polos.
e) é repelida pela parte mediana da barra.

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SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
VI. Eletricidade e Magnetismo.

TEMA/TÓPICO(S):
16. Eletromagnetismo. / 48. Ímãs naturais e artificiais.

HABILIDADE(S):
48.1. Compreender as propriedades dos ímãs.
48.1.3. Saber que em cada local da Terra existe uma diferença entre a direção norte-sul geográfica e a direção
norte-sul magnética denominada de declinação magnética.
48.1.2. Compreender a noção de campo magnético ao redor de um ímã e seu mapeamento através do uso de
limalha de ferro.
48.1.4. Compreender como o magnetismo do planeta pode ser utilizado para orientação e localização.
49.1.4. Compreender as propriedades magnéticas da matéria através do estudo dos materiais paramagnéti-
cos, ferromagnéticos e diamagnéticos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Campo magnético - Campo magnético terrestre - Propriedades magnéticas dos materiais.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química - Geografia - Biologia.

TEMA: Campo Magnético


Querido(a) estudante, nesta semana você vai conhecer o conceito de campo magnético. irá compreen-
der o funcionamento da bússola, a orientação devido ao campo magnético terrestre e as propriedades
magnéticas dos materiais. Bons estudos!
CAMPO MAGNÉTICO
Analogamente ao campo elétrico, já estudado anteriormente, denomina-se cam-
po magnético a região ao redor de um ímã na qual ocorre um efeito magnético,
fazendo surgir uma força magnética que pode ser de atração ou de repulsão. Nos
materiais magnéticos, como nos ímãs naturais, o campo magnético é resultado
do alinhamento de um grande número de domínios magnéticos, que são regiões
microscópicas no interior do ímã, dotadas de um campo magnético, como se fos-
sem pequenas bússolas. A forma como os domínios magnéticos estão organiza-
dos define qual é o tipo de magnetismo presente no material.
LINHAS DE CAMPO OU LINHAS DE INDUÇÃO
A representação do campo magnético é feita por linhas de campo ou linhas de indução, que são linhas
imaginárias fechadas.
As linhas de campo não se cruzam, se orientam saindo do polo norte e entrando no polo sul. No interior
do ímã as linhas de campo vão do polo sul para o polo norte, sendo linhas fechadas. A densidade das li-
nhas representam a intensidade do campo magnético, quanto maior o número de linhas em uma região
e quanto mais próximas às linhas estiverem, maior a intensidade do campo magnético. A intensidade
do campo magnético no exterior do ímã é maior nos polos.

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Figura 1: Linhas de campo magnético. Disponível em: https:// Figura 2: Campo magnético. Disponível em: https://commons.
mundoeducacao.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm. wikimedia.org/wiki/File:Campomagnetico1.jpg.
Acesso em: 12 ago. 2021. Acesso em: 12 ago. 2021.

Cada ponto de um campo magnético é caracterizado por um vetor B denominado vetor indução mag-
nética ou vetor campo magnético. O vetor campo magnético é sempre tangente às linhas de campo.
Na figura 2 podemos observar pequenas bússolas mostrando a direção e sentido do vetor campo mag-
nético em alguns pontos do campo.
O campo magnético pode ser observado jogando-se limalhas de ferro sobre o ímã em forma de barra.
As limalhas se orientam na direção do vetor campo magnético.

Figura 3: Campo magnético Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/campo-magnetico-uniforme-forca-magnetica-


sobre-imas.htm. Acesso em: 12 ago. 2021.

CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME


Um campo magnético é uniforme quando o vetor campo magnético é constante em todos os pontos do
campo. As linhas de campo são paralelas e equidistantes.

Figura 4: Campo magnético uniforme - Elaborada pelo autor

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CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
A Terra se comporta como um grande ímã, com um polo norte magnético, que fica próximo ao polo sul
geográfico e um polo sul magnético, que fica próximo ao polo norte geográfico.

Figura 5: Campo magnético terrestre. Disponível em: https://


commons.wikimedia.org/wiki/File:Earth%27s_magnetic_field,_ Figura 6: Agulha de uma bússola - Elaborada pelo
schematic.svgAcesso em: 12 ago. 2021. autor
Chamamos de polo norte da agulha magnética da bússola à extremidade que aponta para próximo do
polo norte geográfico, sendo atraída pelo polo sul magnético terrestre. O polo sul da agulha aponta para
próximo do polo sul geográfico, sendo atraído pelo polo norte magnético terrestre. Devemos lembrar
que os eixos geográfico e magnético terrestre não coincidem.
Algumas bactérias produzem biologicamente grãos de magnetita que funcionam como uma bússola
interna, utilizada para localizar alimentos. Outros animais também possuem sensores magnéticos, in-
cluindo pombos, abelhas, vespas, borboletas monarca, tartarugas marinhas e peixes. Em 1992 pesqui-
sadores descobriram minúsculos cristais magnéticos em cérebros humanos, que lembram os cristais
encontrados nas bactérias magnéticas.

ÍMÃS PERMANENTES E TRANSITÓRIOS


Os ímãs permanentes são aqueles que depois de imantados continuam com os ímãs elementares orien-
tados mesmo que não estejam mais sujeitos à ação de um campo magnético. Ímãs transitórios são
aqueles que ficam com seus ímãs elementares orientados na presença do campo magnético e perdem
a orientação na ausência desse campo.

PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS


As propriedades magnéticas dos materiais são classificadas de acordo com o seu comportamento
quanto à imantação:
Substâncias ferromagnéticas → são aquelas cujos ímãs elementares se orientam facilmente quando
submetidos à ação do campo magnético. Exemplos: ferro, níquel, cobalto e algumas ligas metálicas,
como o aço.
Substâncias paramagnéticas → são aquelas cujos ímãs elementares não se orientam facilmente sob a
ação de um campo magnético; a imantação é pouco intensa. Exemplos: platina, plástico, madeira, óleo,
etc.
Substâncias diamagnéticas → são aquelas cujos ímãs elementares se orientam em sentido contrário
ao vetor indução magnética, sendo, portanto, repelidas pelo ímã que criou o campo magnético. Exem-
plos: bismuto, cobre, ouro, prata, chumbo, etc.

PARA SABER MAIS:


Os super sentidos dos bichos. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,E-
MI344744-17773,00-OS+SUPERSENTIDOS+DOS+BICHOS.html. Acesso em: 12 ago. 2021.

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ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu essa
semana.

1 - (Unirio) Os antigos navegantes usavam a bússola para orientação em alto mar, devido à sua
propriedade de se alinhar de acordo com as linhas do campo geomagnético. Analisando a figura onde
estão representadas estas linhas, podemos afirmar que:
a) o polo sul do ponteiro da bússola aponta para o polo norte geográfico,
porque o norte geográfico corresponde ao sul magnético.
b) o polo norte do ponteiro da bússola aponta para o polo sul geográfico,
porque o sul geográfico corresponde ao sul magnético.
c) o polo sul do ponteiro da bússola aponta para o polo sul geográfico,
porque o sul geográfico corresponde ao sul magnético.
d) o polo norte do ponteiro da bússola aponta para o polo sul geográfico,
porque o norte geográfico corresponde ao norte magnético.
e) o polo sul do ponteiro da bússola aponta para o polo sul geográfico,
porque o norte geográfico corresponde ao sul magnético.

2 - Tem-se três barras, AB, CD, EF, aparentemente idênticas. Experimentalmente constata-se que:
I - a extremidade A atrai a extremidade D;
II - A atrai a extremidade C;
III - D repele a extremidade E.
Então:
a) AB, CD e EF são ímãs.
b) AB é ímã, CD e EF são de ferro.
c) AB é de ferro, CD e EF são ímãs.
d) AB e CD são de ferro, EF é ímã.
e) CD é ímã, AB e EF são de ferro.

3 - (PUC-MG) - Uma bússola pode ajudar uma pessoa a se orientar devido à existência, no planeta Terra, de:
a) um mineral chamado magnetita.
b) ondas eletromagnéticas.
c) um campo polar.
d) um campo magnético.
e) não se pode orientar pela bússola.

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SEMANA 3

EIXO TEMÁTICO:
VI. Eletricidade e Magnetismo.

TEMA/TÓPICO(S):
16. Eletromagnetismo / 49. Eletroímãs: efeitos magnéticos de correntes.

HABILIDADE(S):
49.1. Compreender o funcionamento dos eletroímãs e suas aplicações.
49.1.1. Compreender como a corrente elétrica em um fio pode gerar efeitos magnéticos.
49.1.2. Saber a regra de Ampère para determinação do sentido do campo magnético ao redor de um fio per-
corrido por uma corrente elétrica.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Campo magnético gerado por corrente elétrica.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Campo magnético gerado por corrente elétrica


Querido(a) estudante, nesta semana você vai compreender que corrente elétrica gera campo magné-
tico e aprender a calcular o campo magnético gerado em torno de um fio condutor retilíneo percorrido
por corrente elétrica. Bons estudos!
CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR CORRENTE ELÉTRICA
Até o início do século XIX, fenômenos elétricos e fenômenos magnéticos eram estudados separada-
mente. Em 1820 o físico dinamarquês Hans Christian Oersted comprovou experimentalmente a relação
entre eletricidade e magnetismo. Ao colocar uma bússola nas proximidades de um fio condutor, perce-
beu que a agulha defletia quando este era percorrido por corrente elétrica.

Corrente elétrica gera, em torno de um fio condutor, um campo magnético.

CAMPO MAGNÉTICO GERADO EM TORNO DE UM FIO CONDUTOR RETILÍNEO


As linhas do campo magnético em torno do fio condutor retilíneo são circulares e concêntricas. Para de-
terminar o sentido do campo deve-se segurar o condutor com a mão direita. O polegar indica o sentido
da corrente elétrica e os outros dedos indicam o sentido das linhas de campo. É a regra da mão direita.

Figura 1: Campo magnético no fio condutor. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm.


Acesso em: 12 ago. 2021.

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A intensidade do vetor campo magnético B gerado por um fio condutor retilíneo longo em qualquer
ponto do campo é diretamente proporcional à intensidade da corrente elétrica i e inversamente propor-
cional à distância r desse ponto ao fio, determinada pela Lei de Ampère:

Onde o termo μ0 é uma constante conhecida como permeabilidade magnética do vácuo. Por comodida-
de matemática, essa constante foi definida como:
μ0 = 4π .10-7 T . m/A
A unidade de medida do campo magnético B no SI é o tesla, representado por T.
EXEMPLO 1: (UNESP) A figura a seguir representa um condutor retilíneo, percorrido por uma corrente
i, conforme a convenção indicada. O sentido do campo magnético no ponto p, localizado no plano da
figura, é

a) contrário ao da corrente.
b) saindo perpendicularmente da página.
c) entrando perpendicularmente na página.
d) para sua esquerda, no plano do papel.
e) para sua direita no plano do papel.

Resolução: Utilizando a regra da mão direita, “seguramos” o fio. O polegar se-


gue o sentido da corrente elétrica (para cima). Os outros dedos representam
o sentido do campo magnético B. Como no ponto P os dedos “entram” na fo-
lha, esse será o sentido do vetor campo magnético, que é representado por
um X, conforme a figura. Resposta correta: letra (c).

EXEMPLO 2: Calcule a intensidade do campo magnético produzido por um fio condutor retilíneo, per-
corrido por uma corrente elétrica constante de 1,5 A, a uma distância de 60 cm do fio.
Dado: μ0 = 4π . 10 –7 T.m/A

Resolução: Extraindo os dados do problema e fazendo as conversões de unidades necessárias:


i = 1,5 A r = 60 cm = 0,6 m μ0 = 4π . 10 –7 T.m/A
B = (μ0 . i) / (2 . π . r)
B = (4π.10 –7 . 1,5) / (2 . π . 0,6)
B = (6 . π . 10 –7) / (1,2 . π )
B = 5 . 10 –7 T

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EXEMPLO 3: Dois fios retos, paralelos e longos conduzem correntes constantes, de sentidos opostos e
intensidades iguais (i = 50 A), conforme a figura. Sendo d = 2 m, r = 10 m e μ0 a permeabilidade magnética
do vácuo, a intensidade do campo magnético que essas correntes estabelecem em P é:

Resolução: Primeiramente calculamos do campo magnético gerado pelo fio 1 no ponto P:


São dados: → i = 50 A
→ distância do fio 1 ao ponto P → d + r = 2 + 10 = 12 m
→ sentido do campo “entrando na folha” (regra da mão direita)
B1 = (μ0 . i) / (2 . π . r)
B1 = (μ0 . 50) / (2 . π . 12)
B1 = (50 . μ0 ) / (24 . π)
B1 = (25 . μ0 ) / (12 . π)

Calculamos do campo magnético gerado pelo fio 2 no ponto P:


i = 50 A
distância do fio 2 ao ponto P → r = 10 m
sentido do campo “saindo da folha” (regra da mão direita)

B2 = (μ0 . i) / (2 . π . r)
B2 = (μ0 . 50) / (2 . π . 10)
B2 = (50 . μ0 ) / (20 . π)
B2 = (5 . μ0 ) / (2 . π)

Calculamos do campo magnético resultante no ponto P:


BR = B2 - B1
BR = [(5 . μ0 ) / (2 . π)] - [(25 . μ0 ) / (12 . π)]
BR = (5 . μ0 ) / (12 . π) T
Resposta correta: letra (a).

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PARA SABER MAIS:
Lei de Biot Savart Regra da mão direita. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=5V5MRo7A5RA.
Ampère, Biot Savart, Gauss e outras leis do eletromagnetismo. Disponível em: https://educacao.uol.
com.br/disciplinas/fisica/ampere-biot-savart-e-gauss-outras-leis-do-eletromagnetismo.htm. Acesso
em: 12 ago. 2021.

ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu essa
semana.

1 - (FESP-PE) Um fio condutor retilíneo e muito longo é percorrido por uma corrente de intensidade
2,0 A. Qual a intensidade do campo magnético do fio a 50 cm?

2 - (UFRS) A figura abaixo mostra dois fios condutores, R e S, retilíneos,


paralelos e contidos no plano da página. As setas indicam os sentidos
opostos de duas correntes elétricas convencionais de mesma intensidade,
que percorrem os fios. Em R ela vai para esquerda e em S para direita.
Indique se o sentido do campo magnético resultante, produzido pelas
correntes elétricas, é para dentro ou para fora da página em cada um dos
pontos 1, 2 e 3, respectivamente:
a) dentro, fora, dentro.
b) dentro, dentro, dentro.
c) fora, fora, dentro.
d) dentro, fora, fora.
e) fora, dentro, fora.

3 - (OSEC-SP) Dois fios longos são percorridos por correntes de


intensidades 3,0 A e 4,0 A nos sentidos indicados na figura. O vetor
campo de indução magnética no ponto P, que dista 2,0 cm de i1
e 4,0 cm de i2, é:
a) 5,0 x 10-5 T, perpendicular ao plano da figura, para fora.
b) 5,0 x 10-5 T, perpendicular ao plano da figura, para dentro.
c) 1,0 x 10-5 T, perpendicular ao plano da figura, para fora.
d) 1,0 x 10-5 T, perpendicular ao plano da figura, para dentro.
e) nula.

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SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
VI. Eletricidade e Magnetismo.

TEMA/TÓPICO(S):
16. Eletromagnetismo / 49. Eletroímãs: efeitos magnéticos de correntes.

HABILIDADE(S):
49.1. Compreender o funcionamento dos eletroímãs e suas aplicações.
49.1.3. Saber relacionar a corrente elétrica em uma espira, em uma bobina, ou em um solenoide com a forma
do campo magnético gerado no seu interior.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Campo magnético gerado por um espira, bobina chata e solenoide percorridos por corrente elétrica.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Campo magnético gerado por um espira, bobina chata e solenoide percorridos por corrente
elétrica.
Querido(a) estudante, nesta semana você vai aprender a determinar a intensidade, a direção e o sentido
de um campo magnético gerado por espira circular, bobina chata e solenoide. Bons estudos!

CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR UMA ESPIRA CIRCULAR


No caso da espira circular percorrida pelo campo utiliza-se também a regra da mão direita. Quando a
corrente circula no sentido horário, o campo entra no interior da espira e quando a corrente circula no
sentido anti-horário o campo sai do interior da espira.

Figura 2: Campo saindo no interior da espira - corrente Figura 3: Campo entrando no interior da espira - corrente
elétrica no sentido anti-horário - Elaborada pelo autor elétrica no sentido horário - Elaborada pelo autor

A intensidade do vetor campo magnético no centro da espira de raio R percorrida por uma corrente
elétrica de intensidade i é dada pela expressão:

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EXEMPLO 1: (Osec-SP) Uma espira circular de raio π cm é percorrida por uma corrente de intensidade
2,0 A, conforme mostra a figura. Qual é a intensidade, direção e sentido do campo magnético no centro
da espira? (µo = 4π x 10-7 Tm/A)
Resolução: São dados: R = π cm = π x 10-2 m i = 2,0 A µo = 4π x 10-7 Tm/A
B = (μ0 . i) / (2 . R)
B = (4π x 10-7 . 2,0) / (2 . π x 10-2 )
B = (8 x 10-7 ) / (2 x 10-2 )
B = 4 x 10-5 T
direção e sentido do campo “saindo do plano da folha” (regra da mão direita)

EXEMPLO 2: (Osec-SP) Duas espiras circulares, concêntricas e coplanares, de raios 3 m e 4 m, são per-
corridas por correntes de 3 A e 4 A respectivamente, como mostra a figura. Qual a intensidade do vetor
indução magnética no centro das espiras?
Resolução: Primeiramente calculamos do campo magnético gerado pela corrente i1 no centro da espira:
São dados: i1 = 4 A r1 = 4 m

direção e sentido do campo “saindo do plano da folha” (regra da mão direita)

B1 = (μ0 . i) / (2 . R)
B1 = (4π x 10-7 . 4) / (2 . 4)
B1 = (16π x 10-7) / (8)
B1 = 2π x 10-7 T

Calculamos do campo magnético gerado pela corrente i1 no centro da espira:


São dados: i2 = 3 A r2 = 3 m
direção e sentido do campo “entrando do plano da folha” (regra da mão direita)

B2 = (μ0 . i) / (2 . R)
B2 = (4π x 10-7 . 3) / (2 . 3)
B2 = (12π x 10-7) / (3)
B2 = 2π x 10-7T
Calculamos do campo magnético resultante no ponto P:

BR = B2 - B1
BR = 2π x 10-7 - 2π x 10-7
BR = 0

CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR UMA BOBINA CHATA


Para N espiras circulares justapostas (bobina chata) a intensidade do vetor B no centro da espira vale:

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CAMPO MAGNÉTICO GERADO POR UM SOLENOIDE
O solenoide é um dispositivo constituído de um fio condutor enrolado em forma de espiras não-jus-
tapostas. Recebe também o nome de bobina longa ou eletroímã. Tem larga aplicação industrial pois,
quando percorrido por corrente elétrica, se comporta como um ímã. Os eletroímãs industriais têm suas
intensidades reforçadas pela introdução de um núcleo de ferro no interior da bobina.
A intensidade do vetor campo magnético B no interior de um solenoide de comprimento L constituído
por N espiras, ao ser percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i é dada por:

Nas bobinas, o campo magnético concentra-se em seu interior, como mostra a figura.

Figura 4: Campo magnético no solenoide. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm.


Acesso em: 12 ago. 2021.

EXEMPLO 3: (OSEC-SP) Um solenoide compreende 5000 espiras por metro. A intensidade do vetor in-
dução magnética originada na região central pela passagem de uma corrente elétrica de 0,2 A é de:
a) 4π x 10-4 T. b) 8π x 10-4 T. c) 4π x 10-3 T. d) 2π x 10-4 T. e) nda

Resolução: São dados: i = 0,2 A N = 5000 espiras L=1m


B = (μ0 . N . i) / L
B = (4π x 10-7 . 5000 . 0,2) / 1
B = 4π x 10-3 T
Resposta correta: letra (a).

PARA SABER MAIS:


A Lei de Ampère - Experimentos - Campo magnético espira circular. Disponível em: https://www.you-
tube.com/watch?v=8XDrGliYpIo. Acesso em: 12 ago. 2021.

112
ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu essa
semana.

1 - (OSEC-SP) Uma espira circular de 4 cm de diâmetro é percorrida por uma corrente


de 8,0 A (veja figura). Seja µo = 4π x 10-7 Tm/A. O vetor campo magnético no centro da
espira é perpendicular ao plano da figura e orientado para:
a) fora e de intensidade 8,0π x 10-5 T
b) dentro e de intensidade 8,0π x 10-5 T
c) fora e de intensidade 4,0π x 10-5 T
d) dentro e de intensidade 4,0π x 10-5 T
e) dentro e de intensidade 2,6π x 10-5 T

2 - (UFBA) Duas espiras circulares, concêntricas e coplanares, de raios R1 e R2, sendo R1 = 2/5 R2, são
percorridas respectivamente pelas correntes elétricas de intensidade i1 e i2; o vetor campo magnético
resultante no centro da espira é nulo. A razão entre i1 e i2 é igual a:
a) 0,4.
b) 1,0.
c) 2,0.
d) 2,5.
e) 4,0.

3 - (PUC-SP) Nos pontos internos de um longo solenoide percorrido por corrente elétrica contínua as
linhas de força do campo magnético são:
a) radiais com origem no eixo do solenoide.
b) circunferências concêntricas.
c) retas paralelas ao eixo do solenoide.
d) hélices cilíndricas.
e) não há linhas de força, pois o campo magnético é nulo no interior do solenoide.

4 - (UFPA) É dado um solenoide retilíneo, de comprimento 100 cm, contendo espiras em número N = 20000,
percorrido por corrente de intensidade i = 5,0 A. Sendo µo = 4π x 10-7 unidades SI a permeabilidade magnética
no vácuo, a intensidade do vetor indução magnética B na região central do solenoide, em T, é de:
a) 4π x 1011.
b) 1π/(4) x 1011.
c) 4π x 10-7.
d) 4π x 10-5.
e) 4π x 10-2.

113
SEMANA 5

EIXO TEMÁTICO:
VI. Eletricidade e Magnetismo.

TEMA/TÓPICO:
16. Eletromagnetismo. / 51. Ondas Eletromagnéticas.

HABILIDADE(S):
51.1 Compreender o conceito de onda eletromagnética e suas aplicações.
51.1.1 Compreender como são produzidas as ondas eletromagnéticas.
51.1.3 Compreender que o espectro eletromagnético inclui ondas de rádio, microondas, infravermelho, luz
visível, ultravioleta, raios-X, e raios gama.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ondas eletromagnéticas - Espectro eletromagnético.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Ondas eletromagnéticas - Espectro eletromagnético


Querido(a) estudante, nesta semana você vai conhecer o que são ondas eletromagnéticas, compreen-
der a relação entre o tipo de onda e sua frequência e identificar os tipos de ondas eletromagnéticas no
espectro eletromagnético. Bons estudos!

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
Se movimentarmos um bastão em um balde de água, produziremos ondas mecânicas em sua superfí-
cie. De maneira análoga, se balançarmos um bastão eletricamente carregado no ar, produziremos on-
das eletromagnéticas. Isso ocorre porque cargas elétricas em movimento constituem uma corrente
elétrica. Corrente elétrica gera campo magnético, corrente elétrica variável gera campo magnético va-
riável e campo magnético variável gera campo elétrico. Se o campo magnético oscila, o campo elétrico
também oscila, criando as ondas eletromagnéticas.
As ondas eletromagnéticas são geradas pela movimentação de cargas, então podemos dizer que uma
carga elétrica em movimento de vibração gera uma perturbação periódica no espaço, em forma de
campos elétricos e magnéticos que oscilam com a mesma frequência de vibração da carga.

Figura 1: Onda eletromagnética. Disponível em: https://pixabay.com/pt/vectors/ondas-eletromagn%C3%A9ticas-1526374/.


Acesso em: 12 ago. 2021.

114
Os campos elétrico e magnético de uma onda eletromagnética são perpendiculares entre si e perpen-
diculares à direção da propagação da onda.

CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS


• Não necessitam de um meio físico para propagarem-se.
• São transversais, a direção de propagação é perpendicular à direção do estímulo que as produz.
• Propagam-se nas três direções do espaço, portanto, são ondas de propagação tridimensional.
• Podem sofrer diversos tipos de fenômenos, como reflexão, refração, absorção, difração, inter-
ferência, dispersão, espalhamento, polarização etc.
• Sua velocidade de propagação depende exclusivamente do meio em que elas se propagam, uma
vez que cada meio apresenta um determinado índice de refração.
Além dessas, existem características físicas que distinguem uma onda eletromagnética de outra,
confira:
Amplitude - Em uma onda eletromagnética, duas grandezas estão oscilando: o campo elétrico e o cam-
po magnético. Cada um desses campos possui uma amplitude que é dada pelo valor máximo de cada
campo e tem relação com a energia que a onda é capaz de transferir a cada segundo.
Frequência - A frequência f de uma onda é a medida do número de oscilações que seus campos elétrico
e magnético realizam durante um segundo. No SI, a frequência é determinada em s-1, conhecido como
hertz (Hz). A frequência de uma onda é determinada pela fonte no instante de sua geração e não muda
durante a propagação da onda, mesmo que ela passe por diferentes meios.
Múltiplos do hertz mais usados:
1 kHz (quilohertz) = 103 Hz; 1 MHz (megahertz) = 106 Hz; 1 GHz (gigahertz) = 109 Hz; 1 THz (terahertz) = 1012 Hz
Comprimento de onda - O comprimento de onda equivale à distância entre duas cristas ou dois vales da
onda eletromagnética. Diz respeito à distância que uma onda percorre até que se complete uma oscila-
ção do campo elétrico. É indicado pela letra grega λ (lambda).
Submúltiplos do metro mais usados:
1 mm (milímetro) = 10-3 m; 1 µm (micrômetro) = 10-6 m; 1 nm (nanômetro) = 10-9 m; 1 pm (picômetro) = 10-12 Hz
Velocidade - A velocidade de propagação de uma onda eletromagnética v depende do meio onde ela se
propaga. Ela é medida, no SI, em metros por segundo. Diversos experimentos demonstraram que todas
as ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo com a mesma velocidade, chamada velocidade da luz
no vácuo e representada pela letra c (c ≈ 300 000 km/s ≈ 300 000 000 m/s).
Durante um intervalo de tempo T (período da onda), ela se propaga pela distância de um comprimento
de onda λ. Pela distância percorrida e pelo tempo gasto, podemos definir a velocidade v de propagação
dessa onda como:

v → velocidade de propagação da onda (m/s)


v=λ.f λ → comprimento da onda (m)
como: f = 1/T ,então: f → frequência de oscilação da onda (Hz)
v=λ/f T → período da onda - tempo gasto para uma
oscilação completa(s)

115
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
Espectro eletromagnético é o intervalo de todas as frequências de ondas eletromagnéticas existentes.
O espectro eletromagnético é, geralmente, apresentado em ordem crescente de frequências e decres-
cente de comprimento de onda, começando pelas ondas de rádio, passando pela radiação visível até a
radiação gama, de maior frequência.

Figura 2: Espectro eletromagnético. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Espectro_EM_pt.svg.


Acesso em: 12 ago. 2021.

O espectro eletromagnético é constituído pelas seguintes faixas de frequências de ondas


eletromagnéticas:
• Radiofrequência: as ondas de rádio são as ondas de menor energia de todo o espectro
eletromagnético.
• Micro-ondas: possuem frequência um pouco maior do que as ondas de rádio.
• Infravermelho: também conhecido como ondas de calor, transfere energia para os átomos e
moléculas, fazendo-os oscilar mais intensamente, causando um aumento de temperatura.
• Luz visível: consegue excitar os elétrons dos átomos, causando mudanças nos níveis de energia
dos átomos. De acordo com a dualidade onda/partícula, proposta pelo físico alemão Albert Eins-
tein, em seu artigo de 1905 que explica o efeito fotoelétrico, a luz pode comportar-se tanto como
uma onda quanto como um conjunto de partículas chamadas de fótons.
• Radiação ultravioleta: transporta uma grande quantidade de energia, desse modo, é capaz de
arrancar os elétrons dos átomos, ionizando-os.
• Raios x: têm capacidade de ionizar os átomos e também produzir transições de energia no nú-
cleo dos átomos, que reemitem novas frequências de raios x.
• Radiação gama: transportam uma grande quantidade de energia e, por isso, podem desestabili-
zar o núcleo dos átomos, que podem sofrer fissão nuclear.

PARA SABER MAIS:


Espectro eletromagnético - O que é? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1Eoekw4M-
PAo&t=8s. Acesso em: 12 ago. 2021.

116
ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - Uma onda de rádio, de comprimento λ = 3 x 1010 nm (1 nm = 10-9 m)


se propaga no vácuo à velocidade c. Sabendo que c ≈ 3 x 108 m/s,
calcule a frequência dessa onda de rádio.

2 - Uma onda eletromagnética propaga-se através de um meio material com comprimento de onda e
frequência respectivamente iguais a 4 mm e 200 GHz, respectivamente. Determine qual é a velocidade
de propagação dessa onda.
a) 8,0 x 102 m/s.
b) 1,5 x 108 m/s.
c) 2,0 x 107 m/s.
d) 4,0 x 108 m/s.
e) 8,0 x 108 m/s.

3 - (UNICAMP 2014 - adaptada) A tecnologia de telefonia celular 4G passou a ser utilizada no Brasil em
2013, como parte da iniciativa de melhoria geral dos serviços no Brasil, em preparação para a Copa do
Mundo de 2014. Algumas operadoras inauguraram serviços com ondas eletromagnéticas na frequência
de 40 MHz. Sendo a velocidade da luz no vácuo c = 3,0 x 108 m/s, o comprimento de onda dessas ondas
eletromagnéticas é:
a) 1,2 m.
b) 7,5 m.
c) 5,0 m.
d) 12,0 m.
e) 40,0 m.

117
SEMANA 6

EIXO TEMÁTICO:
VI. Eletricidade e Magnetismo.

TEMA/TÓPICO:
16. Eletromagnetismo. / 51. Ondas Eletromagnéticas.

HABILIDADE(S):
51.1 Compreender o conceito de onda eletromagnética e suas aplicações.
51.1.2 Conhecer as diversas aplicações das ondas eletromagnéticas e seus impactos na vida das pessoas.
51.1.4 Conhecer alguns usos e perigos das micro-ondas, das ondas infravermelhas, e ultravioletas no nosso
cotidiano.
51.1.5 Conhecer alguns usos da onda de rádio, do infravermelho e da luz visível na comunicação.
51.1.6 Conhecer alguns usos dos raios-X e raios gama na medicina.
51.1.7 Conhecer os efeitos benéficos e danosos da radiação eletromagnética na matéria e nos organismos vivos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ondas eletromagnéticas - Aplicações das ondas eletromagnéticas.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Química.

TEMA: Ondas eletromagnéticas - Aplicações das ondas eletromagnéticas


Querido(a) estudante, chegamos à etapa final. Falta pouco para completar seus estudos na Educação
básica. Nesta semana você vai conhecer algumas aplicações das ondas eletromagnéticas, seus impac-
tos na vida das pessoas, suas vantagens e desvantagens. Bons estudos!

ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
O espectro eletromagnético é o conjunto de todas as frequências de ondas eletromagnéticas existentes.

Espectro eletromagnético. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/espectro-eletromagnetico.htm.


Acesso em: 12 ago. 2021.

118
ONDAS DE RÁDIO
As ondas de rádio estão na menor faixa de frequência do espectro eletromagnético, portanto de menor
energia. Têm os maiores comprimentos de onda do espectro, estendendo-se de 1 mm até 100 km. São
largamente utilizadas nas tecnologias de telecomunicações.
A comunicação por ondas de rádio ou radiofrequência é utilizada em telefones celulares, internet sem
fio, rádio, televisão digital, GPS, aparelhos Wifi, bluetooth e até nas comunicações por satélite. As ima-
gens feitas do homem na Lua, por exemplo, foram transmitidas através de ondas de rádio.
A principal vantagem desse tipo de comunicação é a de que ela não precisa de fios e cabos para enviar
sinais à distância.
Como desvantagem, existe a vulnerabilidade devido às condições atmosféricas. Como as ondas de rá-
dio atravessam paredes, podem ser detectadas e usadas por usuários maliciosos e seu licenciamento é
caro. Não é recomendável utilizar ondas de rádio, em voos e hospitais, devido à possibilidade de inter-
ferência com outros aparelhos.

MICRO-ONDAS
As micro-ondas são ondas eletromagnéticas cujos comprimentos de onda estendem-se entre 1 m e
1 mm. Dessa forma, as micro-ondas encontram-se dentro do intervalo das ondas de rádio. Apesar disso,
apresentam frequências um pouco maiores que as ondas de rádio e são usadas em aplicações diferentes.
Os principais usos tecnológicos das micro-ondas são as redes sem fio (roteadores wi-fi), radares que
captam a velocidade de veículos em movimento, comunicação com satélites, observações astronômi-
cas, aquecimento de alimentos, entre outros.

INFRAVERMELHO
Apresenta frequência pouco inferior à da luz visível (300 GHz a 430 THz). Esse tipo de onda, também
conhecido como onda de calor, é capaz de aumentar a agitação térmica de átomos e moléculas. Todo
corpo emite energia na faixa do infravermelho, dependendo de sua temperatura. Quando nos aproxima-
mos de uma fogueira e sentimos o seu calor, parte da energia transmitida para nós vem em forma de
radiação térmica, transportada pelas ondas de infravermelho.
A comunicação feita por sinal infravermelho é utilizada, por exemplo, nos controles remotos. O con-
trole remoto envia mensagens codificadas por meio da luz infravermelha para o aparelho controlado,
que a decodifica.
Algumas das suas vantagens são o baixo custo dos componentes de transmissão e o fato de que não
sofre interferências de aparelhos elétricos próximos.
Uma desvantagem é a possibilidade de interrupção da transferência de dados caso algum objeto opaco
interponha-se entre os aparelhos emissor e receptor.

LUZ VISÍVEL
É aquela que pode sensibilizar os olhos dos seres humanos, uma vez que existem animais capazes de
enxergar diferentes tipos de ondas eletromagnéticas, como o infravermelho e o ultravioleta, por exem-
plo. A luz visível compreende uma estreita faixa de comprimentos de onda no espectro eletromagné-
tico, entre 700 nm e 400 nm.
O uso de luz visível ao olho humano para comunicação pode ser observado há milhares de anos. Várias
civilizações usavam o fogo para gerar sinais de fumaça. O Farol de Alexandria, foi a primeira torre que
serviu de comunicação para navios e é uma das Sete Maravilhas do Mundo antigo. Na atualidade em-
pregamos a luz de forma mais simples nas sinalizações, como em semáforos, controlando o fluxo de
veículos e pedestres e na comunicação entre navios por meio de código Morse. Hoje, para transmitir
informações utilizamos, dentre outros, o LED (diodo emissor de luz) e os cabos de fibra óptica, que fun-
cionam como meio de passagem da luz em forma de laser.
Algumas vantagens: os dados são transmitidos apenas para onde a luz está direcionada, não havendo
chance para alguém escutar a comunicação estando em outra sala. Os LEDs não aquecem e gastam

119
pouquíssima energia. A fibra óptica tem grande velocidade de transmissão e não sofre interferências
eletromagnéticas, é maleável, além de poder ser utilizada debaixo d›água e ser de fácil instalação.
Desvantagens: Os cabos de fibra óptica são subterrâneos ou sempre conectados ao chão. Eles são
pouco maleáveis, são sensíveis e podem se romper facilmente.

ULTRAVIOLETA
É considerada uma radiação ionizante, isto é, durante a sua interação com a matéria, ela é capaz de
arrancar elétrons dos átomos, causando danos a moléculas importantes, como aquelas presentes no
DNA das células epiteliais.
Os raios ultravioleta também podem ser subdivididos em raios UVA (320 nm a 400 nm), UVB (280 nm a
320 nm) e UVC (1 nm a 280 nm). Tal classificação diz respeito às formas de interação dessas frequências
de ultravioleta com os organismos vivos e com o meio ambiente.
Apesar de todas serem produzidas pelo Sol, 99% da radiação ultravioleta que chega à superfície da
Terra é do tipo UVA. A radiação UVB, menos presente, é a principal responsável pelos danos causados
à pele humana, como queimaduras e danos às moléculas de DNA das células epiteliais. O UVC, por sua
vez, é o ultravioleta de maior frequência, capaz de destruir micro-organismos e é usado na esterilização
de utensílios médicos. Toda a radiação UVC produzida pelo Sol é absorvida pela atmosfera terrestre.
Os raios ultravioleta podem ser utilizados para o bronzeamento artificial, uma vez que eles induzem a
formação de melanina; em lâmpadas fluorescentes, fazendo com que o fósforo presente nessas lâm-
padas emita luz branca; em análises de moléculas que podem sofrer alterações estruturais ao serem
expostas ao ultravioleta; e também nos tratamentos para combater o câncer de pele.
Com o aumento do buraco da camada de ozônio, ocorre um aumento na quantidade de raios ultravioleta
que chegam à superfície da Terra, fazendo com que o uso de protetores e bloqueadores solares se torne
indispensável.

RAIOS X
Os raios X são ondas eletromagnéticas com grande poder de penetração. Esse tipo de onda é capaz de
atravessar diversos tipos de tecidos, devido ao seu pequeno comprimento de onda, entre 0,01 nm e 10 nm.
São largamente utilizadas em exames de imagens, como radiografia e tomografia. Os raios X são uma
forma de radiação ionizante, uma vez que podem causar danos ao código genético das células. É por
esse motivo que a radiação X é também utilizada em sessões de radioterapia.

RAIOS GAMA
São as ondas eletromagnéticas de maior frequência em todo o espectro eletromagnético, podem ser
obtidas pelo decaimento nuclear de elementos radioativos e durante a aniquilação entre pares de par-
tículas e antipartículas ou ainda em fenômenos astronômicos de grandes proporções, como no surgi-
mento de novas e supernovas, colisões de estrelas e erupções solares. A maior parcela de raios gama
que incidem sobre a Terra tem origem em estrelas, como o nosso Sol.
A radiação gama transporta uma enorme quantidade de energia, sendo capaz de atravessar obstáculos
como paredes de concreto com relativa facilidade. Além disso, é uma radiação altamente ionizante,
capaz de causar danos irreversíveis a diversos tecidos. Apesar de seus perigos, a radiação gama é lar-
gamente usada na medicina nuclear, para o tratamento do câncer e também em cirurgias complexas,
como na remoção de tumores intracranianos.

PARA SABER MAIS:


Quer que eu desenhe? Espectro eletromagnético. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?-
v=3po0Ek5aPKE. Acesso em: 12 ago. 2021.
Efeitos biológicos das radiações eletromagnéticas. Disponível em: https://www.youtube.com/wat-
ch?v=VbhrvnfHXTA. Acesso em: 12 ago. 2021.

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ATIVIDADES
Agora é a sua vez de exercitar. Releia o texto, procure outras fontes, mostre o que você aprendeu
essa semana.

1 - (Enem 2012) Nossa pele possui células que reagem à incidência de luz ultravioleta e produzem uma
substância chamada melanina, responsável pela pigmentação da pele. Pensando em se bronzear,
uma garota vestiu um biquíni, acendeu a luz de seu quarto e deitou-se exatamente abaixo da lâmpada
incandescente. Após várias horas ela percebeu que não conseguiu resultado algum. O bronzeamento
não ocorreu porque a luz emitida pela lâmpada incandescente é de:
a) baixa intensidade.
b) baixa frequência.
c) um espectro contínuo.
d) amplitude inadequada
e) curto comprimento de onda.

2 - (UFPR 2010) O primeiro forno de micro-ondas foi patenteado no início da década de 1950 nos Estados
Unidos pelo engenheiro eletrônico Percy Spence. Fornos de micro-ondas mais práticos e eficientes
foram desenvolvidos nos anos 1970 e a partir daí ganharam grande popularidade, sendo amplamente
utilizados em residências e no comércio. Em geral, a frequência das ondas eletromagnéticas geradas
em um forno de micro-ondas é de 2450 MHz. Em relação à Física de um forno de micro-ondas, considere
as seguintes afirmativas:
1) Um forno de micro-ondas transmite calor para assar e esquentar alimentos sólidos e líquidos.
2) O comprimento de onda dessas ondas é de aproximadamente 12,2 cm.
3) As ondas eletromagnéticas geradas ficam confinadas no interior do aparelho, pois sofrem refle-
xões nas paredes metálicas do forno e na grade metálica que recobre o vidro da porta.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

121
3 - (Unesp) Radares são emissores e receptores de ondas de rádio e têm aplicações, por exemplo, na
determinação de velocidades de veículos nas ruas e rodovias. Já os sonares são emissores e receptores
de ondas sonoras, sendo utilizados no meio aquático para determinação da profundidade dos oceanos,
localização de cardumes, dentre outras aplicações.
Comparando-se as ondas emitidas pelos radares e pelos sonares, temos que:
a) as ondas emitidas pelos radares são mecânicas e as ondas emitidas pelos sonares são eletro-
magnéticas.
b) ambas as ondas exigem um meio material para se propagarem e, quanto mais denso for esse
meio, menores serão suas velocidades de propagação.
c) as ondas de rádio têm oscilações longitudinais e as ondas sonoras têm oscilações transversais.
d) as frequências de oscilação de ambas as ondas não dependem do meio em que se propagam.
e) a velocidade de propagação das ondas dos radares pela atmosfera é menor do que a velocida-
de de propagação das ondas dos sonares pela água.

Querido (a) estudante,


O ano letivo terminou, encerra-se mais uma etapa em sua vida.
Grandes feitos o aguardam.
Parabéns pela conclusão do Ensino Médio!
Continue em busca de seus objetivos.
Sucesso! Seja feliz!

REFERÊNCIAS
BONJORNO, J. R. Temas de Física: eletricidade, introdução à física moderna. V. 3. São Paulo: FTD, 1997.
FERREIRA, N. A. Características dos ímãs. S.d. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/
fisica/caracteristicas-dos-imas.htm. Acesso em: 08 ago. 2021.
FRANCISCO, W. C. Bússola. S.d. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/bussola.
htm. Acesso em: 08 ago. 2021.
HELERBROCK, R. Espectro eletromagnético. S.d. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.
br/fisica/espectro-eletromagnetico.htm. Acesso em: 08 ago. 2021.
HEWITT, P. G. Física Conceitual. Trad. Triste Freire Ricci e Maria Helena Gravina. 9 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2002.
KOBAYASHI, Eliza. Como funciona a comunicação por rádio. S.d. Disponível em: https://novaescola.
org.br/conteudo/1085/como-funciona-a-comunicacao-por-radio. Acesso em: 10 ago. 2021.
SILVA JR, J. S. Hans Christian Oersted.s.d. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisi-
ca/hans-christian-oersted.htm. Acesso em: 10 ago. 2021.
SILVA, D. C. M. Propriedades dos ímãs. s.d. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisi-
ca/propriedade-dos-imas.htm. Acesso em: 10 ago. 2021.
TEIXEIRA, M. M. Propriedades magnéticas dos materiais. s.d. Disponível em: https://mundoeduca-
cao.uol.com.br/fisica/propriedades-magneticas-dos-materiais.htm. Acesso em: 10 ago. 2021.

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