UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PIBIC-AF - DESENVOLVIMENTO DE KITS EXPERIMENTAIS DE
BAIXO PARA APLICAÇÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS
DA CIDADE DE CAMAÇARI
ORIENTADOR – IGOR LEONARDO GOMES DE SOUZA
ORIENTANDO - UILA SANTOS LIMA

Experimento 2 – Batalha de parafusos As primeiras observações relativas ao magnetismo

foram registradas na Grécia Antiga, em uma cidade
denominada Magnésia onde se encontrava um mineral
1 - Conceitos relacionados que tinha a capacidade de atrair pequenos objetos de
ferro. Esse material passou a ser conhecido como
Campo magnético, Força magnética e Indução magnetita em virtude do nome do local onde foi
eletromagnética. encontrado. O nome dessa cidade deu origem também
ao termo magnetismo.
2 – Objetivos Porém, os estudos nessa área foram aprofundados
apenas em 1600 pelo físico Inglês William Gilbert
Entender o que determina a polaridade e a força de um (1554 – 1603). Dentre as suas descobertas, destacam-se
eletroímã. Medir a força relativa de ímãs. a existência do campo magnético terrestre e as
Resolver um problema de física trabalhando em equipe. propriedades dos ímãs.

3 - Método utilizado 5.1 - Polaridade

Enrole os dois parafusos com os fios de cobre e entre as
duas pontas de cada parafuso e coloque uma sequencia
de duas pilhas, fechando um curto circuito com os
parafusos. Cada dupla irá fazer isso e na mesa terá
diversas peças metálicas tais como moedas ou até
mesmo outros parafusos. Quem conseguir atrair mais
peças é o vencedor.
Os imãs possuem dois pólos magnéticos, chamados de
pólo norte e pólo sul, em torno dos quais existe um
campo magnético. Na física, o pólo norte e o sul de
dois imãs se atraem mutuamente. Por outro lado, se
aproximarmos os pólos iguais de dois imãs o efeito será
a repulsão.
.

4 – Equipamentos 5.2 - Perfis magnéticos

• Parafusos idênticos Um modo de visualizarmos as linhas de força do campo

• Fios metálicos (todos cortados igualmente com
30 cm de comprimento)
• 4 Pilhas (de preferência nova)
5 - Fundamentos Teóricos
magnético é pulverizando limalha de ferro em torno de
um imã. Abaixo, a figura ilustra esse efeito pelo qual as
partículas metálicas atraídas desenham o perfil do
campo magnético.

Sejam naturais ou artificiais, os ímãs são materiais

capazes de se atraírem ou repelirem entre, si bem como
de atrair ferro e outros metais, como o níquel e o
cobalto. "Um imã é um corpo que gera campo
magnético ao seu redor. Ele pode ser classificado de
duas formas:
Natural: quando se trata de óxido de ferro, um mineral
encontrado na natureza que recebe o nome de
magnetita;
Artificial: quando é construído com ligas metálicas (ou A Terra se comporta como um imenso imã, razão pela
materiais cerâmicos) que, ao serem submetidas a fortes qual, numa bússola, o pólo sul da agulha imantada
campos magnéticos, adquirem propriedades aponta sempre para o pólo norte da Terra. Entretanto,
magnéticas; se as propriedades dos imãs já eram conhecidas desde a
antiguidade, demorou um bom tempo até que as
correlações entre os fenômenos elétricos e magnéticos
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fossem estabelecidos. O cientista inglês Michael Magnes, o lendário pastor grego, ficaria muito
Faraday (1791-1867) foi um dos pioneiros do estudo impressionado com o que se descobriu fazer possível
desta correlação. com os poderes da pedra que encontrou por acaso.

5.3 - Indução eletromagnética 6 - Montagem e procedimento experimental

Faraday descobriu que uma corrente elétrica era gerada
ao posicionar um imã no interior de uma bobina de fio
condutor. Deduziu que se movesse a bobina em relação
ao imã obteria uma corrente elétrica contínua, efeito
que após comprovado recebeu o nome de indução
eletromagnética. A indução eletromagnética é o
princípio básico de funcionamento dos geradores e
motores elétricos, sendo estes dois equipamentos iguais
na sua concepção e diferentes apenas na sua utilização.
No gerador elétrico, a movimentação de uma bobina
em relação a um imã produz uma corrente elétrica,
enquanto no motor elétrico uma corrente elétrica
produz a movimentação de uma bobina em relação ao
imã. A seguir, a ilustração representa o efeito de
indução eletromagnética, como pesquisado por
Faraday:
Cada dupla receberá o mesmo tipo de parafuso,
pedaços idênticos de fio metálico (cerca de 30 cm) e
duas pilha novas.
Desafie os grupos para ver qual deles projeta e constrói
o eletroímã mais forte com os materiais fornecidos.
7 - Análise
7.1 - Análise experimental
Seus alunos podem levar apenas alguns segundos para
descobrir que o sentido da corrente elétrica e o sentido
de rolamento determinam a polaridade. Pode demorar
um pouco mais para encontrar uma forma adequada de
comparar a força de dois ímãs. Uma solução possível é
colocar o pólo sul de dois ímãs a uma distância igual de
uma bússola nas direções Nordeste e Noroeste (veja a
imagem). A agulha da bússola apontará o ímã mais
forte.
Além do número e disposição dos rolamentos, a força
do ímã vai depender em grande parte da força da pilha,
o que dará aos alunos uma razão para usar esse recurso
econômico para desenvolver o projeto.

O princípio da indução eletromagnética é também a 7.3 - Questões complementares

base de funcionamento dos eletroímãs, equipamentos
que geram campos magnéticos apenas, enquanto uma
corrente elétrica produz o efeito de indução. Uma vez
desligados perdem suas propriedades, ao contrário dos
imãs permanentes. Hoje, as leis do eletromagnetismo
fundamentam boa parte da nossa tecnologia mecânica e
eletroeletrônica. Os campos magnéticos e suas
interações elétricas fazem funcionar desde um secador
de cabelos até os complexos sistemas de
telecomunicações, desde os poderosos geradores
elétricos das usinas nucleares até os minúsculos
componentes utilizados nos circuitos eletrônicos.
1) Determinar a corrente elétrica da pilha (ver como
fazer);
2) Solicitar que pesquisem a "μ – permeabilidade
magnética (N/A²) do material do prego (ou parafuso);
3) Meçam com uma régua o comprimento do prego (ou
parafuso);
4) Determinem o valor do Campo Magnético
5)
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Referências Bibliográficas

1. Curso de Física, Volume 3, Antônio Máximo e

Beatriz Alvarenga, Editora Scipione
2. Halliday, D. e Resnick, R. – “Fundamentos de
Física 3” – vol.8 - LTC - Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1993.
3. Sears, F. W. e Zemansky, M. W. – “Física” - vol. 3
- Ed. Universidade de Brasília – Rio de Janeiro –
1973