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básicos de eletricidade
PEA3391 – Eletricidade II
Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo
da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Prof. Dr. Gleison Elias da Silva
Na aula anterior ...
◼ A Aula 01A – Revisão histórica da
eletricidade e do magnetismo é
opcional e aborda os principais fatos e
eventos que marcaram a evolução do
eletromagnetismo e da física moderna.
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Indice
◼ Resumo histórico – Eletricidade e Magnetismo.
◼ Revisão de conceitos gerais:
◼ Lei de Coulomb e Carga elétrica;
◼ Corrente elétrica;
◼ Potencial elétrico;
3
Indice
◼ Anexo A1 – Fontes de ◼ Anexo A2 – Circuitos
produção de energia elétrica: Elétricos:
◼ Triboeletricidade; ◼ Sistemas elétricos;
◼ Piezoeletricidade;
projeto em engenharia
elétrica;
◼ Indução eletromagnética;
◼ Teoria de circuitos e
◼ Fotoeletricidade; validade.
◼ Termoeletricidade.
4
Indice
◼ Anexo A3 – Sistema de
Unidades:
◼ Prefixos;
◼ Escrita correta;
◼ Símbolos;
◼ Representação.
◼ Potência de 10.
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Objetivos da aula
◼ Listar os principais eventos históricos do eletromagnetismo.
◼ Compreender os conceitos das grandezas elétricas
fundamentais.
◼ Familiarizar-se com os parâmetros que determinam a
resistência de um elemento e ser capaz de calcular a
resistência dos materiais a partir de suas características e
dimensões.
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Objetivos da aula
◼ Compreender os efeitos da temperatura sobre a resistência
de um material e como calcular a mudança da resistência de
acordo com a temperatura.
◼ Compreender a importância da lei de Ohm e aprender como
aplicá-la.
◼ Ser capaz de representar graficamente a lei de Ohm e
compreender como “ler” uma representação gráfica da
tensão em relação à corrente.
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Objetivos da aula
◼ Discutir as principais fontes de produção de energia elétrica.
◼ Definir circuitos elétricos.
◼ Descrever o conceito de projeto nas Engenharias.
◼ Revisar o Sistema Internacional de Unidades.
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Resumo histórico – Linha do tempo
Shen Kuo Charles Coulomb Alessandro Volta André-Marie Ampère James C. Maxwell J. J. Thomson
Bússola magnética Lei de Coulomb Pilha de Volta Lei de Ampère Prelúdio das Descoberta da
Equações de Maxwell existência do elétron
Tales de Mileto William Gilbert Luigi Galvani Hans C. Øersted Michael Faraday James C. Maxwell Robert A. Millikan
Âmbar e Magnetita Fenômenos Eletricidade animal Corrente na Lei da indução de Equações de Maxwell Mediu a carga do
elétricos e bússola Faraday elétron
magnéticos
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Resumo – Idade Antiga
◼ 600 a.C.: credita-se a Tales de Mileto1 a observação de
que o âmbar, ao ser atritado, adquire a propriedade de
atrair objetos leves e secos.
11
Resumo – Idade Média
◼ 1.088 d.C.: Shen Kuo foi um polímata,
cientista e estadista chinês da dinastia
Song e foi o primeiro a descrever a
bússola de agulha magnética com
uso para navegação em seu livro
Shen Kuo
“Ensaios do Lago dos Sonhos”
(Dream Pool Essays).
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Resumo – Idade Moderna
◼ 1.600 d.C.: William Gilbert foi um físico, médico e
filósofo natural inglês que abordou em seu livro sobre
magnetismo e eletricidade a eletricidade estática
utilizando o âmbar (em latim electrum).
Imagem: Wikipedia, 2023
William Gilbert
Introduziu termos elétricos utilizados atualmente
GILBERT, William. (1600) De Magnete, Magneticisque Corporibus, et de Magno Magnete Tellure (original em latim)
(Sobre os ímãs, os corpos magnéticos e o grande imã terrestre) 14
https://archive.org/details/williamgilbertof00gilb
Resumo – Idade Moderna
◼ 1.785 d.C.: Charles-Augustin Balança de Torsão de Coulomb
de Coulomb foi um físico
francês e usou uma balança de
torção para medir a força entre
esferas com cargas elétricas.
Charles-Augustin
de Coulomb
Quantificou as atrações e as repulsões
A Lei de Coulomb
Ele escreveu “A força repulsiva de dois
pequenos globos com a mesma natureza da
eletricidade é inversamente proporcional ao Imagem: APS News, 2016
COULOMB, C. A. (1785) Premiere Memoire sur l'electricité et le Magnetisme, Histoire de l'Academie Royale des Sciences, 569-577
(Primeira tese sobre eletricidade e magnetismo) 15
https://archive.org/details/mmoiressurllectr00coul/mode/2up
Resumo – Idade Comtemporânea
◼ 1.791 d.C.: Luigi Galvani foi um médico, investigador,
físico e filósofo italiano e realizou estudos em coxas de
rã e descobriu que músculos e células nervosas eram
capazes de produzir eletricidade, que ficou conhecida
então como “eletricidade galvânica” ou
Luigi Galvani
“eletricidade animal”.
Imagem: History Today, 2021
Youtube – How Luigi Galvani's Frog Leg Experiment Made a Dead Frog Jump & Invented the Battery – 7’15”
(Como o experimento da perna de sapo de Luigi Galvani fez um sapo morto pular e inventar a bateria) 16
https://www.youtube.com/watch?v=xG6W8A3JYFA&t
Resumo – Idade Comtemporânea
◼ 1.796 d.C.: Alessandro Giuseppe Antonio
Anastasio Volta foi um químico e físico italiano
e se dedicou ao estudo da “eletricidade
animal” de Galvani, descobrindo que a rã não
produzia eletricidade, mas apenas reagia ao
Alessandro Volta
estímulo elétrico.
A eletricidade está na química
Pilha de Volta
energia elétrica a partir de uma pilha
de placas de prata e zinco. Surgia uma disputa entre os dois pesquisadores
italianos.
Youtube – How Volta Invented the First Battery Because He Was Jealous of Galvani's Frog – 12’04”
(Como Volta inventou a primeira bateria porque tinha inveja do sapo de Galvani) 17
https://www.youtube.com/watch?v=f6wJfx0VYRY&t
Resumo – Idade Comtemporânea
◼ 1.819d.C.: Hans Christian Øersted foi um físico e
químico dinamarquês que mostrou experimentalmente
que uma corrente elétrica fluindo através de um fio
poderia mover um ímã próximo.
◼ De fato, a famosa experiência de Øersted,
Hans Christian Øersted
mostrando que a eletricidade e o magnetismo
estão ligados, ocorreu durante uma palestra em
1820.
Corrente elétrica produz magnetismo
Maxwell, J. C. (1865). A Dynamical Theory of the Electromagnetic Field. Philosophical Transactions of the Royal Society of London, 155(0), 459–512
https://royalsocietypublishing.org/doi/pdf/10.1098/rstl.1865.0008
Youtube – How Maxwell's Equations (and Quaternions) Led to Vector Analysis – 55’38”
(Biografia de James Clerk Maxwell: História das Equações de Maxwell) 22
https://www.youtube.com/watch?v=DlMufPAtf4M
Resumo – Idade Comtemporânea
◼ 1.894 d.C.: com base nas pesquisas de Stoney o físico
Joseph John Thomson mostrou experimentalmente a
existência do elétron durante o estudo com raios
catódicos. Identificação do elétron – relação carga e massa
25
Carga elétrica Imagem: Brasilescola, 2023
26
Carga elétrica – Lei de Coulomb
◼ A Lei de Coulomb afirma que a magnitude da força eletrostática
(grandeza vetorial) com as quais duas cargas pontuais em repouso
interagem é diretamente proporcional ao produto da magnitude de ambas
as cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as
separa:
Imagem: Todamateria, 2023
𝑞1 . 𝑞2
𝐹= 2
(1.1)
4. 𝜋. 𝜀. 𝑟
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Carga elétrica – Lei de Coulomb – Campo Elétrico
◼ Podemos reescrever a Eq. (1.1),
Coulomb é uma unidade grande para cargas. Em 1 C de carga,
utilizando a relação entre a força existem 6,241509074×1018 elétrons (1/1,60217663412 × 10–19 C).
eletrostática gerada por 𝑞1 (fixa) e Portanto, valores reais ou de laboratório para cargas se
encontram na casa dos pC, nC ou mC.
uma carga de prova puntiforme 𝑞2
(que será atraída ou repelida).
Imagem: Todamateria, 2023
𝑞1 . 𝑞2 𝑞1
𝐹= 2
= 2
. 𝑞2 (1.1)
4. 𝜋. 𝜀. 𝑟 4. 𝜋. 𝜀. 𝑟
𝐸1
𝐹 = 𝐸1 . 𝑞2 (1.2)
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Carga elétrica – Lei de Coulomb – Trabalho Elétrico
◼ O trabalho elétrico 𝑊𝐴 realizado pela carga 𝑞2 desde um ponto muito
distante (infinito) até o ponto 𝐴 de 𝑞1 é dada por:
𝐴 𝐴 𝐴
Ԧ 𝑑𝑟Ԧ = − න 𝐸1 . 𝑞2 . 𝑑 𝑟Ԧ = −𝑞2 න 𝐸1 . 𝑑 𝑟Ԧ
𝑊𝐴 = − න 𝐹. (1.3)
∞ ∞ ∞
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Carga elétrica – Lei de Coulomb – Potencial Elétrico
◼ O potencial elétrico é uma grandeza escalar definida como sendo o
trabalho 𝑊𝐴 por unidade carga 𝑞2 , ou seja:
𝐴
𝑊𝐴 𝐽 É uma medida da capacidade que o
(1.4)
𝑉𝐴 = = − න 𝐸1 . 𝑑 𝑟Ԧ , 𝑉 ou campo tem de realizar trabalho
𝑞2 𝐶 quando uma carga é colocada nele.
∞
Note que o potencial elétrico independe da carga 𝑞2 , mas apenas do campo elétrico da carga geradora
30
Carga elétrica – Lei de Coulomb – Tensão Elétrica
◼ A tensão elétrica (ou diferença de potencial elétrico, ddp) entre dois
pontos de um circuito é definida como a variação do trabalho realizado
por unidade de carga para movimentar esta carga entre os dois
pontos:
𝐵 ∞ 𝐵
Ԧ 𝑑𝑟Ԧ = − න 𝑞2 . 𝐸1 . 𝑑 𝑟Ԧ − න 𝑞2 . 𝐸1 . 𝑑 𝑟Ԧ
𝑊𝐴𝐵 = − න 𝐹. (1.5)
𝐴 𝐴 ∞
◼ Assim:
𝑊𝐴𝐵 = 𝑞2 . 𝑉𝐵 − 𝑉𝐴 (1.6)
31
Carga elétrica – Lei de Coulomb – Tensão Elétrica
◼ Portanto, a tensão elétrica entre os pontos 𝐴 e 𝐵 é o trabalho realizado
para se deslocar a unidade de carga de 𝐴 até 𝐵.
𝑉𝐴𝐵 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 (1.7)
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Carga elétrica – Exemplo 01A
◼ a) Qual é a quantidade de carga correspondente a 4.600 elétrons?
Resposta
1C 6,241509074×1018 elétrons
X 1 elétron
1 elétron –1,660217663412.10-19 C.
4.600 elétrons Y
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Carga elétrica – Exemplo 01A
◼ b) Calcule a quantidade de carga representada por seis milhões de
prótons.?
Resposta
1 próton +1,660217663412.10-19 C.
6.106 prótons X
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Corrente elétrica
◼ Corrente é a quantidade de carga elétrica Sentidos real e convencional
que se desloca por unidade de tempo:
𝑑𝑞(𝑡)
𝑖(𝑡) = (1.8)
𝑑𝑡
Corrente convencional cargas positivas adotada
Corrente eletrônica cargas negativas (elétrons)
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Corrente elétrica – Exemplo 01B
◼ a) Qual o valor da corrente elétrica que atravessa um fio metálico se
12,0466 quintilhões de elétrons passam pela área de seção transversal do
condutor no período de 10 s?
Resposta
1 elétron –1,660217663412.10-19 C.
12,0466.1018 elétrons Y
A quantidade de carga devido aos elétrons é de –2,00 C.
Como a corrente elétrica é a variação da quantidade de carga (coulombs) que atravessa uma
determinada área de seção transversal em um determinado período de tempo (segundo), temos:
𝑑𝑞(𝑡) 2 C
𝑖(𝑡) = =
𝑑𝑡 10 s
𝒊 = 0,2 A (200 mA)
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Carga dada uma corrente elétrica
◼ Conhecida a corrente elétrica, a carga por ela transportada num dado
intervalo de tempo pode ser obtida por uma integração:
𝑡
𝑞(𝑡) = න 𝑖 𝜏 𝑑𝜏 + 𝑞(0) (1.9)
𝑡0
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Corrente e tensão elétricas em função do tempo
◼ Podem variar com o passar do tempo:
◼ Se não variam são ditas CONTÍNUAS.
◼ Se alternam o sinal são ditas ALTERNADAS.
Veja também:
Anexo A1. – Fontes de produção
de energia elétrica
v(t) v(t) Tensão alternada quadrada com offset
Tensão contínua
t t
i(t) v(t)
Corrente alternada aleatória Tensão alternada
0
t t
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Corrente e tensão elétricas em função do tempo
◼ Corrente Contínua (CC ou DC - Direct Current): é a corrente elétrica
que flui constantemente em uma única direção.
◼ A tensão em um circuito de CC permanece constante, tornando a
corrente ideal para aplicações eletrônicas, onde a estabilidade é necessária,
como em dispositivos móveis, carros e eletrônicos em geral.
◼ As fontes de corrente contínua incluem baterias, células solares e fontes
de alimentação de CC que convertem a corrente alternada em corrente
contínua.
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Corrente e tensão elétricas em função do tempo
◼ Corrente Alternada (CA ou AC - Alternating Current): é
caracterizada por sua capacidade de mudar de direção e magnitude com o
tempo.
◼ Em um circuito de CA, a direção da corrente e a polaridade da tensão se
invertem periodicamente.
◼ Além disso, o valor médio da corrente alternada é zero no tempo para
quantidade de ciclos positivo e negativo iguais.
◼ A forma de onda mais comum para a corrente alternada em aplicações de
energia elétrica é a senoidal, devido à sua capacidade de ser facilmente
transformada em diferentes níveis de tensão com o uso de
transformadores.
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Lei de Joule – Energia elétrica
◼ A Lei de Joule (também conhecida como efeito Joule ou efeito
térmico) é uma lei física que expressa a relação entre o calor gerado e a
corrente elétrica que percorre um condutor de resistência em determinado
tempo:
𝐸 = 𝐼2 . 𝑅. 𝑡 (1.10)
◼ 𝐸: é a energia elétrica dissipada por efeito joule devido a uma corrente elétrica
percorrendo uma resistência elétrica por determinado tempo, dado em joule J ;
◼ 𝐼: é a corrente elétrica que percorre o condutor com determinada resistência 𝑅;
◼ 𝑅: é a resistência elétrica do condutor;
◼ 𝑡: é a duração ou intervalo de tempo em que a corrente elétrica percorreu ao
condutor.
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Lei de Joule – Energia elétrica
◼ A energia elétrica é a forma de energia resultante do fluxo de carga
elétrica.
◼ É uma forma de energia potencial quando armazenada, por exemplo, em
um campo elétrico ou como energia cinética quando associada ao
movimento das cargas elétricas (corrente elétrica).
Elétron
42
Lei de Joule – Energia elétrica
◼ Apesar de trabalho elétrico e energia elétrica descreverem conceitos
ligeiramente diferentes, ambos representam energia no seu cerne,
justificando o uso da mesma unidade.
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Lei de Joule – Energia elétrica
◼ Pode-se definir a energia como a integral da potência ao longo do tempo:
𝑡 𝑡
𝐸 𝑡 = න 𝑝 𝜏 𝑑𝜏 + 𝐸(0) = න 𝑣 𝜏 𝑖 𝜏 𝑑𝜏 + 𝐸 0 (1.11)
0 0
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Lei de Joule – Energia elétrica – Potência elétrica
◼ A potência elétrica é a energia dissipada por unidade de tempo, ou seja,
é a taxa de transferência de energia para um determinado elemento.
𝐸
𝑃 = = 𝐼2 . 𝑅 (1.12)
𝑡
◼ Nos circuitos elétricos ela pode ser determinada pelo produto da tensão e
da corrente elétricas: 𝑣 𝑖
𝑑𝐸 𝑑𝑊 𝑑𝑊 𝑑𝑞
𝑃 𝑡 = = = = 𝑣 𝑡 . 𝑖(𝑡) (1.13)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑞 𝑑𝑡
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Lei de Joule – Energia elétrica – Potência elétrica
◼ Da Eq. (1.10), temos:
𝐸 = 𝐼2 . 𝑅. 𝑡 = 𝐼. 𝐼. 𝑅. 𝑡 (1.10)
◼ Sabendo da Eq. (1.8) que:
𝑞 = 𝐼. 𝑡 (1.8)
◼ Resulta que:
𝐸 = 𝑅. 𝐼. 𝑞 (1.14)
◼ Da Eq. (1.4), temos que o trabalho elétrico é determinado pela diferença
de potencial entre dois pontos vezes a carga elétrica que se move entre os
dois pontos:
𝑊 = 𝑉. 𝑞 (1.4)
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Resistência elétrica – Primeira Lei de Ohm
◼ Substituindo a Eq. (1.4) na Eq. (1.14), temos:
A energia potencial elétrica (trabalho)
é igual a energia elétrica no resistor 𝑉. 𝑞 = 𝑅. 𝐼. 𝑞 (1.14)
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Resistência elétrica – Primeira Lei de Ohm
◼ O físico alemão Georg Simon Ohm
definiu que um ohm é a quantidade
de resistência que limita a corrente
em um condutor em um ampere
quando a tensão aplicada ao condutor
for de um volt.
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Resistência elétrica – Primeira Lei de Ohm
◼ A Primeira Lei de Ohm estabelece que a razão entre a diferença de
potencial (𝑉) e a corrente elétrica (𝐼) em um condutor é igual a
resistência elétrica (𝑅) desse condutor.
𝑉
𝑅= (1.16)
𝐼
◼ Unidade de medida: ohm Ω .
𝑉 (1.17)
𝐼=
𝑅
𝑉 = 𝑅. 𝐼 (1.15)
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Resistência elétrica – Primeira Lei de Ohm
◼ Combinando as equações da Lei de Ohm e a equação da potência
elétrica, tem-se:
𝑉 = 𝑅. 𝐼 com 𝑃 = 𝑉. 𝐼 𝑃 = 𝑅. 𝐼. 𝐼 = 𝑅. 𝐼2 (1.18)
𝑉 𝑉 𝑉2
𝐼 = com 𝑃 = 𝑉. 𝐼 𝑃 = 𝑉. = (1.19)
𝑅 𝑅 𝑅
51
Resistência elétrica – Primeira Lei de Ohm
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Resistência elétrica – Equações constitutivas
◼ Nas engenharias as equações (ou relações) constitutivas descrevem
uma relação entre duas grandezas físicas.
◼ Em circuitos elétricos trata-se da
relação entre a corrente e a
tensão do elemento, como por
exemplo: a Lei de Ohm para o
resistor.
𝑉
𝑅 = = tan 𝜃 (1.16)
𝐼
Gráfico da relação constitutiva de um resistor
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Resistência elétrica – Equações constitutivas
◼ Válvula termiônica tríodo
◼ Diodo semicondutor
i
+
v
-
Curva característica da função
de um diodo semicondutor
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Resistência elétrica – Segunda Lei de Ohm
◼ A Segunda Lei de Ohm é uma expressão matemática que relaciona as
propriedades físicas que interferem na resistência elétrica de um corpo
condutor, homogêneo e isotrópico.
𝐿
𝑅 = 𝜌. (1.20)
𝐴
◼ A expressão estabelece que a resistência em um condutor homogêneo de
seção transversal constante é proporcional a uma constante de
proporcionalidade que depende do material e de sua temperatura,
denominada resistividade elétrica 𝜌 , Ω. m e ao comprimento 𝐿 , m
e inversamente proporcional à área de seção transversal 𝐴 , m2 .
55
Resistência elétrica – Segunda Lei de Ohm
◼ Sabe-se que a relação entre o diâmetro
𝜙 e o raio 𝑟 de uma circunferência
é dado por:
𝜙 = 2. 𝑟 (1.21) Modelo de fio condutor com seção circular
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Resistência elétrica – Segunda Lei de Ohm
◼ A Segunda Lei de Ohm em função do diâmetro de um fio cilíndrico é
dado por:
𝐿
𝑅 = 𝜌. (1.24)
2
𝜙
𝜋.
2
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Resistência elétrica – Condutância elétrica
◼ O inverso da resistência elétrica é a condutância elétrica (𝐺), assim
podemos também representar a 1ª Lei de Ohm, como:
𝐼 1
𝐺= = (1.25)
𝑉 𝑅
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Resistência elétrica – Resistividade e Condutividade
◼ Para materiais homogêneos e isotrópicos é possível definir os conceitos
resistividade (𝜌) e condutividade 𝜎 .
◼ Resistividade elétrica (𝜌), também resistência elétrica específica é
uma propriedade fundamental de um material e dá uma medida da
oposição do material ao fluxo de corrente elétrica.
◼ Quanto mais alta for a resistividade, menos o material permite a passagem
de uma corrente elétrica.
◼ A unidade de medida: Ω. m .
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Resistência elétrica – Resistividade e Condutividade
◼ A condutividade 𝜎 é o recíproco da resistividade, ou seja, é indicativa
da facilidade com a qual um material é capaz de conduzir uma corrente
elétrica.
◼ A unidade de medida: Ω. m −1 .
60
Resistência elétrica – Resistividade e Condutividade
◼ A resistividade (𝜌)
permite que diferentes
materiais sejam
comparados quanto à
resistência de acordo
com a sua natureza,
independentemente de
diferentes
comprimentos ou áreas.
61
Resistência elétrica – Resistividade e Condutividade
◼ A resistividade dos materiais depende da temperatura. Assim, uma outra
característica dos materiais é o coeficiente de temperatura (𝛼), que
mostra de que forma a resistividade e, consequentemente, a resistência
variam com a temperatura.
◼ A resistência varia com a temperatura de acordo com a expressão:
𝑅𝑇 = 𝑅0 [1 + 𝛼 (𝑇−𝑇0 )] (1.26)
Onde:
𝑅𝑇 = a resistência na temperatura T em Ω ;
𝑅0 = a resistência a 0 °C em Ω ;
𝛼 = coeficiente de temperatura em ℃−1 ;
𝑇 = temperatura final em ℃ ;
𝑇0 = temperatura inicial em ℃ .
62
Resistência elétrica – Resistividade e Condutividade
◼ Alguns materiais possuem o coeficiente de temperatura (𝛼) positivo, ou
seja, aumentam a resistência elétrica com o aumento da temperatura e
outros possuem o valor do coeficiente negativo, pois diminuem a
resistência com o aumento da temperatura.
Dependência da resistividade com a temperatura (a) cobre, (b) nicromo e (c) semicondutor típico
63
Resistência elétrica – Resistividade e Condutividade
◼ Como a condutividade 𝜎 é o recíproco da resistividade (𝜌), portanto,
podemos reescrever a 2ª Lei de Ohm, como:
1𝐿 (1.27)
𝑅=
𝜎𝐴
64
Resistência elétrica – Resistividade e Condutividade
◼ Como dito, a condutividade está associada ao movimento de cargas
elétricas (elétrons ou lacunas) de uma posição para outra no corpo, assim:
𝜎 = 𝑛. 𝑞. 𝜇𝑒 + 𝜇ℎ (1.28)
Onde:
𝜎 = condutividade elétrica Ω. m −1 ;
𝑛 = número de portadores de carga por 𝑚3 , (concentração de portadores);
𝑞 = carga carregada pelo portador [1,6022 × 10−19 𝐶, lembrando que a forma analítica 𝐶 = 𝐴. 𝑠 ;
𝜇𝑒 e 𝜇ℎ = mobilidade dos portadores de carga: elétron e lacuna, respectivamente 𝑚2 Τ𝑉. 𝑠 .
65
Resistência elétrica
◼ “Corpos bons condutores são aqueles em que os elétrons mais externos,
mediante um estímulo apropriado (atrito, contato ou campo magnético),
podem facilmente ser retirados dos átomos.”
◼ Exemplos bons condutores: platina, prata, cobre e alumínio.
66
Resistência elétrica – Exemplo 01C
◼ Sabe-se que a resistividade do cobre é = 0,0178 Ω. 𝑚𝑚2 /𝑚 @ 15 °𝐶e a
condutividade do alumínio é = 0,028 Ω. 𝑚𝑚2 /𝑚 @ 15 °𝐶. Considere o
coeficiente de temperatura do cobre, 𝛼 = 0,0039 𝐶 −1 @ 0 °𝐶 e
0,004 𝐶 −1 @ 20 °𝐶.
1 – A resistência de um condutor de cobre a 0 °𝐶 é de 50 Ω. Qual será a sua
resistência a 20 °𝐶?
67
Resistência elétrica – Exemplo 01C – Resposta
1 – A resistência de um condutor de cobre a 0 °𝐶 é de 50 Ω. Qual será a sua
resistência a 20 °𝐶?
𝑅𝑇 = 𝑅0 [1 + 𝛼 (𝑇−𝑇0 )] (1.26)
𝑅20 = 50 1 + 0,004 20 − 0 = 54 Ω
2 – Qual a resistência de um fio de alumínio de 1 𝑘𝑚 de extensão e de área de
seção transversal de 2,5 𝑚𝑚2 a 15 °𝐶?
𝐿 (1.20)
𝑅=𝜌
𝐴
Ω. 𝑚𝑚2 1000 𝑚
𝑅 = 0,028 . 2
= 11,2 Ω
𝑚 2,5 𝑚𝑚
68
Resistência elétrica – Exemplo 01C – Resposta
3 – Se no exemplo anterior o condutor fosse de cobre, qual a sua resistência?
𝐿
𝑅=𝜌
𝐴 (1.20)
Ω. 𝑚𝑚2 1000 𝑚
𝑅 = 0,0178 . 2
= 7,12 Ω
𝑚 2,5 𝑚𝑚
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Resistência elétrica e Resistores
◼ Resistores lineares: o bipolo, cuja função que relaciona (𝑣) e (𝑖) é
algébrica e linear e, é chamado apenas de resistor:
𝑓 𝑣, 𝑖 (1.29)
Símbolo IEC Curva característica da função
◼ A função também pode depender de outras variáveis, tais como tempo (𝑡),
comprimento de onda () e temperatura (𝑇) e pode ser ou não ser
linear:
𝑓 𝑣, 𝑖, 𝑡, , 𝑇 (1.30)
70
Resistência elétrica e Resistores
◼ Resistores não-lineares: os bipolos, cuja função que relaciona (𝑣) e (𝑖)
são algébricas, mas não são lineares, são chamados resistores não lineares,
como por exemplo:
◼ Lâmpada Incandescente: em
metais, a resistividade
geralmente cresce com a
temperatura, que por sua vez
cresce com a dissipação de
potência, explicando a
característica não linear.
Curva característica da função de
uma lâmpada incandescente
71
Resistência elétrica e Resistores
◼ Um dispositivo obedece à Lei de Ohm quando a resistência do
dispositivo independe da intensidade e da polaridade da diferença de
potencial aplicada. Neste caso, a corrente através do dispositivo é sempre
diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada ao mesmo.
72
Resistência elétrica e Resistores – Simbologia
◼ IEEE/ANSI 315-1975 - IEEE Standard for
Graphic Symbols for Electrical and
Electronics Diagrams.
◼ IEC 60617 - Graphical Symbols for
Diagrams.
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Resistência elétrica e Resistores – Tipos
Tipos de resistores
74
Resistência elétrica e Resistores – Montagem
Resistores THT
◼ Nos resistores com montagem baseada na
tecnologia through-hole (THT, Through-
Hole Technology) os pinos dos
componentes são inseridos em buracos
abertos nas placas de circuito impresso e
soldados a superfícies no lado oposto.
75
Resistência elétrica e Resistores – Montagem
Resistores THT
76
Resistência elétrica e Resistores – Montagem
Resistores THT
77
Resistência elétrica e Resistores – Montagem
Resistores SMT
◼ Nos resistores com montagem baseada na
tecnologia de montagem superficial
(SMT, Surface-Mount Technology) os
componentes são montados diretamente
sobre a superfície da placa de circuito
impresso (PCI), permitindo o
aproveitamento de ambas as faces.
◼ Os componentes são denominados de
dispositivo de montagem em superfície
(SMD, Surface-Mount Device). Codificação de resistores SMD
78
Resistência elétrica e Resistores – Montagem
Resistores SMT
Codificação de tamanho de
resistores SMD
79
Bibliografia básica
◼ 1. NILSSON, James W. and RIEDEL, Susan A.; Circuitos Elétricos; tradução: Sonia Midori Yamamoto
e revisão técnica: Antônio Emílio Angueth de Araújo e Ivan José da Silva Lopes, 10ª edição -- São Paulo :
Pearson Education do Brasil, 2015.
◼ 2. DORF, Richard C. and SVOBODA, James A.; Introdução aos Circuitos Elétricos; tradução e revisão
técnica: Ronaldo Sérgio de Biasi, 8ª edição, Rio de Janeiro: LTC, 2012.
◼ 3. ALEXANDER, Charles K. e SADIKU, Matthew N. O.; Fundamentos de Circuitos Elétricos; tradução:
José Lucimar do Nascimento; revisão técnica: Antônio Pertence Júnior, 5ª edição, Porto Alegre: McGraw
Hill, 2013.
◼ 4. ORSINI, Luiz Queiroz e CONSONNI, Denise.; Curso de Circuitos Elétricos, Volume 1, 2ª edição, São
Paulo: Edgard Blücher, 2002.
◼ 5. ORSINI, Luiz Queiroz e CONSONNI, Denise.; Curso de Circuitos Elétricos, Volume 2, 2ª edição, São
Paulo: Edgard Blücher, 2004.
Este material foi baseado nos livros da bibliografia. Além disso, imagens e conteúdos podem ter sido retirados de notas de aulas de circuitos
elétricos dos professores Renato Baldini Filho (Unicamp), João Francisco Justo Filho e Leopoldo R. Yoshioka (EPUSP), Denise Consonni
(UFABC) e/ou Sérgio Haffner e Ramon Carlos Poisl (UFRGS) e de material disponível on-line (sites), eventualmente, não citados.
80
ATENÇÃO
O uso deste material destina-se apenas à consulta no processo de ensino
e aprendizagem da disciplina supra citada e, portanto, fica proibido o
processo de escaneamento, fotocópia, reprodução ou ainda, postagem
em sites acessível ao público ou protegido por senha, no todo ou em
parte.
81
Anexo A1. – Fontes de produção de energia elétrica
◼ Por fricção ou atrito - triboelétrica
◼ Por reação química - eletroquímica
◼ Por pressão/deformação mecânica -
piezoeletricidade
◼ Por indução eletromagnética
◼ Por interação com a luz - fotoeletricidade
◼ Por calor - termoeletricidade
82
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Um corpo ou um átomo é dito eletrizado ou ionizado quando
adquiriu carga elétrica (positiva ou negativa).
◼ Íon positivo ou Cátion: átomo que perdeu elétrons.
◼ Íon negativo ou Aníon: átomo que ganhou elétrons.
Imagem: Brasilescola, 2023
83
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Eletrização por fricção ou atrito (carga triboelétrica):
materiais não condutores perdem ou ganham elétrons
durante o atrito físico.
84
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Eletroquímica: por meio de reações químicas pode-se obter cargas
elétricas, como a pilha de Daniell. Imagem: Aulasdequimica, 2023
85
Fontes de produção de energia elétrica
Cristais de Rochelle
◼ Piezoeletricidade: determinados cristais alteram os
centros gravitacionais das cargas elétricas (positivas e
negativas), quando submetidos a pressões mecânicas:
◼ Quartzo (dióxido de silício, sílica);
◼ Cristais de Rochelle (tartarato de sódio e potássio);
◼ Turmalina (grupo dos silicatos); Turmalina lapidada
◼ Titanato zirconato de chumbo (PZT).
Transdutores PZT
86
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Piezoeletricidade:
Pastilha piezelétrica
87
Fontes de produção de energia elétrica Imagem: Hélio Pinheiro (IFSP), 2020
88
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Indução eletromagnética: os geradores Imagem: Wikimedia, 2020
89
Fontes de produção de energia elétrica
◼ As bobinas de campo são alimentadas com tensão elétrica CC (tensão
de campo), que geram campos magnéticos.
◼ O rotor então é acionado por uma máquina primária (turbina),
produzindo um campo magnético girante no interior da máquina.
◼ Este campo girante induzirá
um conjunto de tensões
trifásicas nos enrolamentos
do estator.
90
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Indução eletromagnética:
Gerador de Itaipú
Brasil/Paraguai
Gerador de 3 Gargantas
(Three Gorges), China
91
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Fotoeletricidade: quando se incide
energia eletromagnética com determinada
energia (relacionada com o comprimento
de onda) sobre algumas substâncias,
elétrons (fotoelétrons) são arrancados dos
átomos. Imagem: Live Science, 2017
Representação de um elétron
sendo arrancado do átomo por
um fóton
92
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Termoeletricidade: o cientista Thomas J. Seebeck mostrou o que ficou
conhecido como efeito termoelétrico, fenômeno de produção de
eletricidade quando duas junções de placas metálicas diferentes são
mantidas em temperaturas diferentes.
93
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Termoeletricidade:
Termopar tipo K
94
Fontes de produção de energia elétrica
◼ Termoeletricidade:
95
Anexo A2. – Circuitos Elétricos
◼ Circuitos elétricos
◼ Sistemas elétricos
◼ Modelo conceitual de projeto em
engenharia elétrica
◼ Teoria de circuitos: premissas e
validade
96
Circuitos Elétricos
Por quê estudamos Circuitos
Elétricos?
◼ Vivemos cercados de equipamentos
elétricos e eletrônicos.
◼ Eles são cercados de dezenas ou
milhares de circuitos elétricos.
◼ Esses circuitos são a base das
engenharias elétrica, eletrônica e de
computação.
97
Circuitos Elétricos – Definição
◼ Define-se circuito elétrico como sendo um conjunto de
componentes (elementos) elétricos interligados entre si de modo
a formar um circuito fechado através do qual pode circular uma
corrente elétrica.
98
Circuitos Elétricos
◼ Circuito elétrico é um modelo matemático 𝑁 𝑁
DE ENERGIA). + v2 -+ v
3
- + v5 -
-
+
As Leis de Kirchhoff associadas às relações
+
◼ v1 i1 i6 v7 i7 i8
v6 v8
entre tensão e corrente nos bipolos - - -
+
constituem a Teoria de Circuitos Elétricos.
Circuito Elétrico
99
Circuitos Elétricos – Exemplos
◼ Chips com dezenas,
centenas, milhares, milhões
ou bilhões de componentes
(transistores, resistores,
capacitores, indutores,
diodos, etc).
100
Circuitos Elétricos – Exemplos
◼ Placa mãe de um microcomputador,
com centenas de chips.
101
Circuitos Elétricos – Exemplos
◼ Redes elétricas complexas: fornecedores (geradores) e
consumidores (residenciais e industriais).
◼ Redes de transmissão.
◼ Smart grid.
102
Circuitos Elétricos – Visão Geral
103
Circuitos Elétricos – Sistemas
◼ Ramo da Engenharia relativo à:
◼ Produção, Transformação, Transmissão e Medição de Sinais
Elétricos.
Modelos físicos
Ferramentas
de fenômenos
matemáticas
naturais
Combinar
Sistemas de Comunicação
Sistemas de Computação
Sistemas de Sistemas de Controle
interesse Sistemas de Geração e Transmissão
prático Sistemas de Processamento de Sinais
104
Circuitos Elétricos – Sistemas de Comunicação
◼ Gerar, Transmitir e Distribuir informações
105
Circuitos Elétricos – Sistemas de Computação
◼ Gerar e Processar informações
106
Circuitos Elétricos – Sistemas de Controle
◼ Regulação de Processos
◼ Automação Industrial
107
Circuitos Elétricos – Sistemas de Energia Elétrica
◼ Geração, Transmissão e Distribuição Energia Elétrica
Geradora Eólica Geradora Hidroelétrica Geradora Termelétrica Geradora Termelétrica Geradora Termelétrica
Nuclear a carvão a Gás
Central de Controle
Rede de Transmissão de Distribuição
108
Circuitos Elétricos – Sistemas de Sinais
◼ Transformação e Processamento de Sinais
109
Circuitos Elétricos – Interação entre os Sistemas
Elétricos
Sistemas de
HMS Defender Processamento
Contratorpedeiro – UK Saab F-39 Gripen
de Sinais Caça – Suécia/Brasil
Sistemas de Sistemas de
Comunicação Computação
Sistemas de Sistemas de
Controle Transmissão
110
Projeto em Engenharia Elétrica – Modelo Conceitual
Quando a utilização de CE é necessária?
◼ Entender o funcionamento dos dispositivos e equipamentos elétricos e
eletrônicos.
◼ Melhorar o desempenho, aumentar a eficiência ou reduzir o consumo de
energia de redes elétricas.
◼ Escolher ou especificar o equipamento eletroeletrônico mais adequado para
atender a uma necessidade específica
111
Projeto em Engenharia Elétrica – Modelo Conceitual
Etapas de projeto Necessidade
Especificações de Projeto
Visão
Geral
Concepção Circuito que atende
as Especificações de
Análise de Circuito Projeto
Circuitos
Protótipo
Medidas em
Aperfeiçoamento Laboratório
com base na Análise
Aperfeiçoamento com
base nas Medidas
➢ Análise de Circuitos
Utilizada para Prever o Comportamento de Circuitos e seus componentes
Baseia-se em Técnicas Matemáticas Teoria de Circuitos Elétricos
112
Teoria de Circuitos – Características
◼ Desenvolvida a partir de medidas experimentais dos fenômenos elétricos.
◼ Atribui-se sua concepção ao físico Gustav Robert Kirchhoff.
◼ Atualmente, pode ser vista como uma simplificação da Teoria
Eletromagnética (Leis de Maxwell).
◼ É fundamentada nos conceitos de: corrente e tensão elétricas.
113
Teoria de Circuitos – Premissas
◼ Para aplicar a teoria de circuitos três premissas devem ser satisfeitas:
◼ Resposta instantânea (sistemas de parâmetros concentrados):
efeitos elétricos ocorrem simultaneamente em todo o sistema;
◼ A carga total em cada componente é nula: nenhum componente
pode acumular excesso líquido de carga (embora alguns componentes
possam conter cargas separadas iguais, porém opostas);
◼ Não há nenhum acoplamento magnético entre componentes de
um sistema (podem ocorrer acoplamentos dentro de componentes).
◼ De fato, a primeira premissa é fundamental e determina se a Teoria de
Circuitos Elétricos é aplicável ou não, mesmo porquê as outras duas
ocorrem nos componentes.
114
Teoria de Circuitos – Premissas
◼ Da primeira premissa e considerando que os sinais elétricos se propagam
como uma onda a Teoria de Circuitos Elétricos só pode ser aplicada a
sistemas elétricos cuja dimensão seja menor que o comprimento de onda
do sinal.
◼ Recomenda-se que o circuito seja menor que λ/10, onde λ é o
comprimento de onda, no vácuo, da onda eletromagnética de maior
frequência no sistema.
𝑐 (A.1)
𝜆=
𝑓
115
Teoria de Circuitos – Validade
◼ Rede de distribuição de energia elétrica
◼ Frequência principal: 𝑓 = 60 Hz;
𝑐
𝜆=
𝑓
3.108
𝜆= = 106 m
300
𝜆Τ = 100 𝑘𝑚, sistema contido em um raio de 100 km
✓
10
116
Teoria de Circuitos – Validade
◼ Receptor FM
◼ Frequência principal: 𝑓 = 100 MHz.
𝑐
𝜆=
𝑓
3. 108
𝜆= 8
=3m
10
𝜆Τ = 0,3 𝑚, circuito do rádio são menores que 30 cm
10
✓
◼ Frequência principal: 𝑓 = 2.400 MHz;
𝑐
𝜆=
𝑓
Teoria Eletromagnética
3.108
𝜆= = 0,125 m
2,4.109
𝜆Τ = 1,25 𝑐𝑚, para qualificar o uso da Teoria de Circuitos Elétricos o
10
circuito deveria ser menor que esta dimensão.
X
Teoria de Circuitos Elétricos
118
Anexo A3. – Sistemas de Unidades
◼ Sistema Internacional de Unidades
◼ Prefixos
◼ Escrita correta
◼ Símbolos
◼ Representação
◼ Potência de 10
119
Sistema de Unidades
◼ Sistema Internacional de Unidades (SI),
adotado pela Conferência Geral de Pesos e
Medidas em 1960, é conhecido como uma
linguagem de medição internacional.
Unidades de grandezas básicas
Precisão – A Medida de Todas as Coisas (Precision: The Measure of All Things), 2017 - Episodes 3
https://www.bbc.co.uk/programmes/b02xbjmf 120
Sistema de Unidades
Imagem: Wikipedia, 2023
121
Prefixos do SI
Prefixos do SI
Youtube – Universe Size Comparison | Cosmic Eye (Original HD), 2’99”
https://www.youtube.com/watch?v=8Are9dDbW24 122
Prefixos do SI
◼ Para utilizá-los, basta juntar o prefixo aportuguesado e o nome da unidade,
sem mudar a acentuação, como em miliampere e deciwatt. Para formar o
símbolo, basta juntar os símbolos básicos: nm, µm, mA e dW.
Exceções
◼ Unidades segundo e radiano: é necessário dobrar o “r” e o “s”. Exemplos:
milissegundo, decirradiano, etc.
◼ Especiais: múltiplos e submúltiplos do metro: quilômetro, hectômetro,
decâmetro, decímetro, centímetro, milímetro, nanômetro, picômetro.
123
Prefixos do SI
◼ Em unidades como km² e km³ é comum ocorrerem erros de conversão.
◼ 1 km² = 1 000 000 m², porque 1 km × 1 km = 1 km², 1 km = 1000 m,
1000 m × 1000 m = 1 000 000 m².
◼ Para fazer conversões nesses casos, devem-se colocar mais dígitos por casa
numérica:
◼ em metros, cada casa tem um dígito: 1 0 0 0 m = 1 km.
124
Prefixos do SI
◼ O k usado em “quilo”, em unidades como quilômetro (km) e quilograma
(kg), deve ser grafado em letra minúscula. É errado escrevê-lo em
maiúscula.
◼ Em informática, o símbolo “k” que pode preceder as unidades bits e bytes,
e pode não se referir ao fator multiplicativo 1000, mas sim a 1024 (210)
unidades da grandeza citada.
◼ Em 2000 a IEC a International Electrotechnical Commission (IEC) definiu o
chamado prefixo binário no qual 1 kibibyte (KiB) é 1024 bytes e quando
utilizados os prefixos no SI o kilobyte equivalem 1000 bytes (103).
125
Sistema de Unidades – Escrita correta
Nome de unidade
◼ O nome das unidades deve ser sempre escrito em letra minúscula.
Exemplos:
◼ Correto: quilograma, newton, metro cúbico.
126
Sistema de Unidades – Escrita correta
◼ É importante saber que somente o nome da unidade de medida aceita o
plural.
As regras para a formação do plural (no Brasil) para o nome das unidades de medida seguem a Resolução
Conmetro 12/88, conforme ilustrado abaixo:
128
Sistema de Unidades – Símbolos
◼ As unidades do SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por
meio de símbolos.
◼ Símbolo não é abreviatura.
◼ É um sinal convencional e invariável utilizado para facilitar e universalizar a
escrita e a leitura de significados — no caso, as unidades SI; logo, jamais
deverá ser seguido de “ponto”.
129
Sistema de Unidades – Símbolos
◼ Símbolo não admite plural
◼ Como sinal convencional e invariável que é, utilizado para facilitar e
universalizar a escrita e a leitura de significados, nunca será seguido de “s”.
130
Sistema de Unidades – Representação
◼ O resultado de uma medição deve ser representado com o valor numérico
da medida, seguido de um espaço de até um caractere e, em seguida, o
símbolo da unidade em questão.
Exemplos:
131
Sistema de Unidades – Representação
Exceções
◼ Para os símbolos da unidade de ângulo plano grau (°), minuto (‘) e segundo
(“), não devem haver espaços entre o valor medido e as unidades, porém,
deve haver um espaço entre o símbolo da unidade e o próximo valor
numérico.
132
Potência de 10
◼ Regra 1: Para escrever números maiores do que 1 na forma de um número
pequeno vezes uma potência de 10, desloca-se a casa decimal para a
esquerda tantos algarismos quanto os desejados. A seguir, multiplica-se o
número obtido por 10 elevado a uma potência igual ao número de casas
deslocadas.
133
Potência de 10
◼ Regra 2: Para escrever números menores do que 1 como um número
inteiro vezes uma potência de 10, desloca-se a casa decimal para a direita
tantos algarismos forem necessários. A seguir, multiplica-se o número
obtido por 10 elevado a uma potência negativa igual ao número de casas
decimais deslocadas.
134
Potência de 10
◼ Regra 3: Para converter um número expresso como uma potência positiva
de 10 em um número decimal, desloca-se a casa decimal para a direita
tantas casas ou posições quanto o valor do expoente.
135
Potência de 10
◼ Regra 4: Para converter um número expresso como uma potência negativa
de 10 em um número decimal, desloca-se a casa decimal para a esquerda
tantas casas ou posições quanto o valor do expoente.
_ _ _
70 10 3 = 0,070, 82,4 10 2 = 0,82,4 60.000 10 6 = 0,060000,
_
_
70 10 3 = 0,07 82,4 10 2 = 0,824 _
60.000 10 6 = 0,06
_ _ _
0,5 10 3 = 0,000,5 4,096 10 3 = 0,004,096 1024 10 4 = 0,1024,
_ _
0,5 10 3 = 0,0005 4,096 10 3 = 0,004096 _
1,024 10 4 = 0,1024
136
Vídeos e links recomendados
Eletromagnetismo
◼ Canal Me Salva! | Playlist (16 vídeos) – Física - Eletrostática Todas as aulas
(https://www.youtube.com/playlist?list=PLf1lowbdbFIAm_891HSmYBQbY4utT0opn)
◼ Portal Hyperphysics | – Electricity and Magnetism (em inglês) Electricity and
(http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/index.html) Magnetism
137
Quero saber mais...
◼ Para saber mais sobre os temas abordados nesta aula
consulte os livros da bibliografia, mas, evidentemente, não
precisa se limitar a eles. Imagem: Sisttech, 2024
Capítulo 1 - Variáveis de Capítulo 1 - Variáveis de Capítulo 1 - Conceitos básicos Capítulo 1 - Conceitos Capítulo 1 - Introdução
circuitos circuitos elétricos básicos, bipolos e Capítulo 2 - Tensão e Corrente
quadripolos Capitulo 3 – Resistência
Capitulo 4 – Lei Ohm, Potência
e Energia
138
FIM
139