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CONTEÚDO

CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 1
Introdução
- A Eletricidade
- Histórico e Panorama Nacional
- A Norma Regulamentadora 10

CAPÍTULO 1

Introdução
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Apresentação

Este curso tem como objetivo capacitar o trabalhador que interage direta ou
indiretamente com eletricidade, atendendo as exigências da Norma Regulamentadora
10, publicada conforme portaria GM nº 598 de 07 de dezembro de 2004. Esta NR
estabelece requisitos mínimos de medidas de controle e prevenção de acidentes
relacionados à eletricidade.
O treinamento do trabalhador sobre Segurança em Instalações e Serviços
em Eletricidade é obrigatório conforme determina a NR-10. Esta NR abrange desde
instalações de geração de energia até instalações residenciais, devendo o trabalhador
estar capacitado com relação aos riscos inerentes ao trabalho com eletricidade.
O curso NR-10 da TOP Elétrica capacitará seus alunos sobre os riscos da
eletricidade, medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir sua
segurança e saúde durante a interação direta ou indireta com instalações elétricas.
Vamos ajudá-lo a se tornar um profissional ainda mais capacitado e preparado
para o mercado de trabalho. Bons estudos!

Alexandre Mettegang
Eng. Eletricista
Eng. de Segurança do Trabalho
CREA PR-87195/D
Índice
Eletricidade
A eletricidade e o setor elétrico
brasileiro
4
Histórico e Panorama Nacional
Histórico da segurança em eletricidade
e a situação do Brasil
10
Legislação e NR 10
A nova NR-10 e seus benefícios aos
trabalhadores e sociedade
16
Introdução

Eletricidade
Momento História
A eletricidade e o setor elétrico brasileiro

A eletricidade nos cerca por todos os lados. A vida moderna, do


jeito que conhecemos hoje seria impossível sem ela. Ela está em A eletricidade foi descoberta por
nossas residências, na maioria dos equipamentos portáteis através um filósofo grego chamado Tales de
de baterias, durante as tempestades, em dias secos propícios a Mileto que, ao esfregar um âmbar
formação de eletricidade estática, entre outos. a um pedaço de pele de carneiro,
observou que pedaços de palhas e
É difícil nos dias de hoje nos imaginarmos sem a eletricidade. Sem fragmentos de madeira começaram a
ela voltaríamos a utilizar lareiras para obter calor, velas e lampiões ser atraídas pelo próprio âmbar.
para iluminar, cartas para comunicação e réguas de cálculo para
operações matemáticas mais complicadas. Do âmbar (gr. élektron) surgiu o nome
eletricidade. No século XVII foram
A base da eletricidade vem dos elétrons, elementos essenciais iniciados estudos sistemáticos sobre a
a formação dos átomos. Os elétrons tem cargas negativas e em eletrificação por atrito, graças a Otto
diversos materiais eles estão fortemente ligados aos átomos. Esses von Guericke.
materiais são chamados de isolantes elétricos, e não tem facilidade
para conduzir eletricidade. Já os metais, por exemplo, tem elétrons Embora o rápido progresso cientifico
sobrando, sendo facilmente separados dos átomos. São estes sobre a eletricidade remonte a séculos
elétrons em movimento que transmitem a energia elétrica de um anteriores e ao início do século XIX, foi
ponto ao outo. nas décadas vindouras do século XIX
que deram-se os maiores progresso
A eletricidade não é uma invenção humana, mas sim uma série de na engenharia elétrica. Através dos
efeitos físicos. Em um contexto mais científico, o termo eletricidade estudos de Nikola Tesla, Galileo
é muito geral para ser utilizado de forma única, sendo mais fácil Ferraris, Oliver Heaviside, Thomas
desmembrá-lo em alguns conceitos importantes: Edison, Ottó Bláthy, Ányos Jedlik, Sir
Charles Parsons, Joseph Swan, George
Carga Elétrica: propriedade de partículas subatmônicas (eletrons - prótons +); Westinghouse, Werner von Siemens,
Campo Elétrico: efeito produzido pela carga elétrica no espaço; Alexander Graham Bell e Lord Kelvin,
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Potencial Elétrico: capacidade de uma carga realizar trabalho; a eletricidade transformou-se de


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Corrente Elétrica: deslocamento de cargas; uma curiosidade científica a uma


Potência Elétrica: energia elétrica consumida por unidade de tempo; ferramenta essencial para a vida
Energia Elétrica: energia armazenada ou distribuída na forma elétrica; moderna, ou seja, transformou-se na
Eletromagnetismo: interação entre o campo magnético e a carga elétrica. força motriz da Segunda Revolução
Industrial.
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Fonte:
Gaspar, Alberto. Física:Volume único. São Paulo: Editora
Ática, 2005” e “Bullock, Theodore H.. Electroreception (em
Fonte: HowStuffWorks inglês). [S.l.]: Springer, 2005

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Introdução
Embora os primeiros avanços científicos na área remontem aos séculos XVII e XVIII, os fenômenos elétricos
têm sido estudados desde a antiguidade. Contudo, antes dos avanços científicos na área, as aplicações
práticas para a eletricidade permaneceram muito limitadas, e tardaria até o final do século XIX para que
os engenheiros fossem capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial, possibilitando assim
seu uso generalizado. A rápida expansão da tecnologia elétrica nesse período transformou a indústria e a
sociedade da época.

A extraordinária versatilidade da eletricidade como fonte de energia levou a um conjunto quase ilimitado de
aplicações, conjunto que em tempos modernos certamente inclui as aplicações nos setores de transportes,
aquecimento, iluminação, comunicações e computação. A energia elétrica é a espinha dorsal da sociedade
industrial moderna, e deverá permanecer assim no futuro.

Etapas
A eletricidade passa por várias etapas até que possamos consumí-la em nossas residências. De maneira
simplificada o caminho da eletricidade é:

• Geração
• Transmissão
• Distribuição
• Redes de Distribuição
• Consumidores Finais

A geração de energia elétrica pode ocorrer mediante a utilização de diversas tecnologias. As principais
aproveitam um movimento mecânico de rotação para gerar corrente elétrica em um alternador. Este
movimento pode vir de uma fonte de energia mecânica direta, como uma queda d‘água ou vento.

2. Transmissão
Após o nível de tensão ser elevado através
de transformadores, a energia é transmitida
por linhas de alta tensão.
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1. Geração 3. Distribuição
A energia elétrica é gerada em hidrelétricas, A energia tem sua tensão rebaixada para
termelétricas, usinas eólicas, etc. distribuição nas cidades. A maioria das
indústrias é ligada nesta fase.
AW Strom

4. Redes de Distribuição
Treinamentos e Serviços

A energia tem sua tensão rebaixada


novamente para atendimento dos consumidores
finais, através de redes aéreas e subterrâneas.

5. Consumidores Finais
A energia chega à residências, comércio
e zona rural.

Fonte: AW Strom

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Introdução

A transmissão liga as grandes usinas de geração as regiões de grande consumo. Nesta fase a tensão é elevada
e a energia é transmitida por longas linhas de transmissão, as quais interligam todo o país.

A distribuição é a fase onde a tensão é rebaixada


e distribuída pelas cidades. A maioria das
indústrias é ligada nesta fase.

Nas redes de distribuição a tensão é novamente


reduzida para sua entrega ao consumidores
finais, chegando as nossas casas.

Geração
A maior parte da energia elétrica gerada no
Brasil é de origem hidráulica, que responde a
60% de toda a capacidade instalada do País.

O Brasil possui no total 6.116 empreendimentos


em operação , totalizando 158.797.967 kW de
potência instalada (dados de 2018).

Está prevista para os próximos anos uma adição


de 17.152.466 kW na capacidade de geração do
País, proveniente dos 205 empreendimentos
atualmente em construção e mais 377 em
Empreendimentos com Construção não iniciada.
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Fonte: ONS - PEN 2017


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A Usina de Itaipu
Itaipú é uma usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil
e o Paraguai. A barragem foi construída pelos dois países entre 1975 e 1982, período em que ambos
eram governados por ditaduras militares.
O seu lago possui uma área de 1.350 km2, indo de Foz do Iguaçu, no Brasil e Ciudad del Este,
no Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, 150 km ao norte. Possuindo 20 unidades geradoras de
700 MW cada e projeto hidráulico de 118 m, Itaipu tem uma potência de geração (capacidade) de
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14.000 MW. É um empreendimento binacional administrado por Brasil e Paraguai no rio Paraná na
seção de fronteira entre os dois países, a 15 km ao norte da Ponte da Amizade.

Usina de Itaipu - AW Strom

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Introdução

Empreendimentos
em Operação

Empreendimentos
em Construção

Empreendimentos
com Construção
não iniciada
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Graf 1 Graf 2 Graf 3


TIPO
% % %
CGH Central Geradora Hidrelétrica 0,4 0,09 0,01
CGU Central Geradora Undi-elétrica 0 0 0
EOL Central Geradora Eólica 8,04 30,76 22,93
PCH Pequena Central Hidrelétrica 3,18 3,64 19,34
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UFV Central Geradora Solar Fotovoltaica 0,73 7,25 10,15


UHE Usina Hidrelétrica 60,21 14,7 8,05
UTE Usina Termelétrica 26,18 27,75 39,51
UTN Usina Termonuclear 1,25 15,82 0
Total 100 100 100
Fontes: Abrage e Aneel
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Introdução

Maiores usinas hidrelétricas brasileiras, em operação:


Capacidade Capacidade Suficiente para abastecer
Usina Localização
Total Atual uma cidade de*:

Tucuruí Rio Tocantins 8.535 MW 8.535 MW 17 milhões

Itaipu
Rio Paraná 7.000 MW 7.000 MW 14 milhões
(Parte Brasileira)

Belo Monte Rio Xingu 11.233 MW 5.160 MW 10,3 milhões

Jirau Rio Madeira 3.750 MW 3.750 MW 7,5 milhões

Santo Antônio Rio Madeira 3.568 MW 3.568 MW 7,1 milhões

* Cada megawatt produzido é energia suficiente para atender o consumo de duas mil pessoas.

Principais usinas em construção:

Capacidade Suficiente para abastecer


Usina Localização
Total uma cidade de*:
Barra dos Coqueiros
Porto de Sergipe I 1.515 3 milhões
- SE  
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Almirante Álvaro
Alberto - Unidade
Angra dos Reis - RJ   1.350 1,4 milhões
III (Antiga Angra
III)
Cláudia - MT   Itaúba
Sinop 400 400 mil
- MT  
Capanema - PR  
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Baixo Iguaçu Capitão Leônidas 350 350 mil


Marques - PR  

Pampa Sul Candiota - RS   340 340 mil

* Cada megawatt produzido é energia suficiente para atender o consumo de duas mil pessoas.
Fontes: Abrage e Aneel

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Introdução

Transmissão
A rede de transmissão de energia elétrica no Brasil alcançou, em 2016 – 134,8 mil quilômetros de extensão,
com previsão em 2019 para 154,8 mil quilômetros de extensão– distância equivalente a praticamente
quatro vezes a circunferência da Terra. Fonte: 2016 - Dados Relevantes da Operação / 2019 – PAR

A grande extensão do sistema brasileiro se explica pela dimensão continental do País e pelas características
de sua evolução, com as maiores e mais importantes usinas hidrelétricas localizadas a distâncias
consideráveis dos centros consumidores.

Depois de deixar a usina, independentemente do tipo da fonte geradora, a energia elétrica trafega em
tensões que variam de 13,8 mil volts a 750 mil volts. Nas subestações localizadas nas cidades, a tensão é
rebaixada e, depois, por meio de um sistema composto por fios, postes e transformadores, a energia segue
para as casas e os prédios em 127 volts ou 220 volts.

Atualmente, os subsistemas estão interligados, o que permite um contínuo e permanente intercâmbio de


energia entre as regiões e uma operação mais econômica, flexível e segura das instalações componentes
do Sistema Interligado Nacional.
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Fonte: ONS

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Introdução

Distribuição
O sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil, regulado por resoluções da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), é operado por 64 concessionárias, das quais 22 se localizam na região Sudeste, 17
no Sul, 11 no Nordeste, 9 no Norte e 5 no Centro-Oeste.

De acordo com o Boletim de Monitoramento do Sistema Elétrico de dezembro de 2017, o Brasil conta com
mais de 82 milhões de Unidades Consumidoras (UCs) – assim são chamados os conjuntos de instalações e
equipamentos elétricos que recebem a energia em um só ponto de entrega, com medição individualizada
e correspondente a um único consumidor. Do total de UCs espalhadas pelo território nacional, 80% são
residenciais.

Momento Ciência

Maiores Concessionárias por consumo: A energia hidrelétrica é a energia que


vem do movimento das águas, usando
% em Relação o potencial hidráulico de um rio de
Empresa ao Consumo Consumo (GWh) níveis naturais, queda d’água naturais ou
Nacional artificiais. Essa energia é a segunda maior
fonte de eletricidade do mundo.
AES Eletropaulo 10,5 % 32,799
Toda a energia elétrica gerada dessa
Cemig 8,0 % 25,081 maneira é levada por cabos, dos
terminais do gerador elétrico até os
COPEL 6,5 % 20,389 transformadores elétricos e então ao
usuário final.
CPFL 6,3 % 19,735
A energia primária de uma hidrelétrica é
Light 6,3 % 19,595 a energia potencial gravitacional da água
contida numa represa elevada.
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Coelba 5,2 % 16,257


Antes de se tornar energia elétrica, a
Celesc 4,5 % 14,119 energia primária deve ser convertida em
energia cinética de translação da água e
Celg 3,5 % 11,007 posteriormente em energia cinética de
rotação no gerador elétrico. O dispositivo
Elektro 3,5 % 10,868 que realiza esta última transformação é
a turbina. Ela consiste basicamente em
Celpe 3,4 10,770 uma roda dotada de pás, que é posta em
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rápida rotação ao receber o impulso da


* Dados referentes dez 2017 massa de água. O último elemento dessa
Fontes: Annel cadeia de transformações é o gerador,
que converte o movimento rotatório da
turbina em energia potencial elétrica.
Fonte:
Gaspar, Alberto. Física:Volume único. São Paulo: Editora Ática,
2005

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Introdução

Histórico e Panorama Nacional


Histórico da segurança em eletricidade e a situação do Brasil

Histórico da Segurança
Quando os primeiros profissionais da eletricidade surgiram há mais Momento História
Tesla vs. Edison
de um século, 1 em cada 2 morriam em serviço.

Em 1879 Thomas Edison aperfeiçoou a lâmpada elétrica, vinda De um lado, Thomas Edison e a
da necessidade doméstica de substituir a iluminação proveniente General Electric, impulsionando o
da queima de combustível. Essa invenção trouxe a necessidade transporte e sistemas de distribuição
da primeira usina de geração elétrica, bem como um sistema de energia baseados em tecnologia CC
distribuição. (Corrente Contínua); do outro, Nikola
Tesla e a Westinghouse, esforçando-
A primeira usina foi instalada em Nova York (Usina Pearl Street) em se por promover a tecnologia
1882 e contava com somente 1 gerador de energia em corrente CA (Corrente Alteranada). Com o
contínua, distribuindo energia para 85 consumidores com uma fornecimento da eletricidade dando os
carga de aproximadamente 400 lâmpadas. seus primeiros passos, muito dependia
da escolha da tecnologia certa para
Porém, após a “Guerra das correntes” eletrificar lares e empresas, em todo os
adotou-se o sistema de corrente EUA.
alternada (CA), proposto pelo
físico Nikola Telsa e o empresário Os dois lados deste conflito não
Westinghouse, o qual, apesar dos demonstravam demasiados
inúmeros benefícios, traz um risco escrúpulos: os principais apoiadores
maior que a corrente contínua. da tecnologia CC recorreram muitas
vezes a práticas de marketing muito
A corrente alternada, graças a sua duvidosas para exagerar os perigos da
possibilidade de acoplar diversos níveis tecnologia CA.
de tensão através de transformadores,
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tornou possível um sistema nacional de No entanto, as práticas menos


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energia. honestas não impediram que a Guerra


Usina Pearl Street das Correntes fosse vencida pela CA,
que tem sido, desde essa época e em
Nos primórdios da utilização da eletricidade pouco se sabia sobre todo o mundo, a plataforma utilizada
seus riscos. Os técnicos estavam diante de uma nova tecnologia, para o transporte de eletricidade.
envolvendo tensões de 2.400V à 7.600V. Não havia conhecimento
disponível de como lidar com essa fonte de energia de maneira
segura. As regras de segurança eram inexistentes. Nesta época os
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serviços com eletricidade matavam mais do que qualquer outro


trabalho.

Nikola Tesla Vs Thomas Edison Fonte:


ABB Portugal

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Introdução

Em 1891 alguns destes trabalhadores indignados com a falta de segurança fundaram a irmandade dos
eletricistas. E logo perceberam que formaram um grupo especial, que trabalhando em condições de
alto risco, precisariam se unir.

O primeiro Presidente do Sindicato foi Henry Miller, um técnico respeitado que percorria o país
trabalhando na construção das linhas e organizando os colegas. Em apenas um ano o sindicato contava
com dois mil associados, e Miller lutava por melhores condições de segurança para a categoria, e
instituiu uma pensão para a família dos trabalhadores mortos em serviço. Ironicamente isso quase levou
o sindicato à falência, devido ao alto índice de mortalidade.

Em 1896 veio outra tragédia, Miller fez contato com uma linha de 2200 v em um poste em Washington
DC e veio a falecer. O fundador do sindicato partia, mas os que ficaram fizeram uma corrente de proteção
e treinamento que foi o marco inicial para a diminuição das perdas por morte e acidentes em trabalho.

No início do século XX, a demanda por eletricidade e seus benefícios explodiu. O setor industrial cresceu
e novos aparelhos elétricos impulsionavam o crescimento econômico.

A Irmandade dos Eletricistas lançava diversos programas de aprendizado, porém estes treinamentos se
limitavam à parte técnica do trabalho. Treinamento formal de segurança ainda estava à décadas de ser
implementado.

Após a segunda guerra mundial a indústria de energia


iniciou uma campanha de segurança.

Uma pesquisa revelou que o contato involuntário da


cabeça do técnico com o cabo era causa de 8% dos
casos fatais.

Somente nos anos 50 o capacete foi implementado


como medida de segurança de forma obrigatória.
Nesta época ele era conhecido como o “balde de
miolo”, nome dado devido o material ser muito duro e
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sua aparência com o conhecido balde.


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Primeiras Redes de Distribuição

A partir daí, a tecnologia trouxe novos EPIs, equipamentos isolantes,


detectores de tensão, técnicas de trabalho modernas, entre outros, e o
número de acidentes despencou. Porém, apesar de toda a tecnologica
existente atualmente, o perigo da eletricidade continua presente e mortal,
da mesma forma que nas primeiras usinas e sistemas de distribuição.
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Capacete Eletricista Tipo Aba Total

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Introdução

Panorama Nacional
A eletricidade é sem dúvida um dos ramos de atividade mais perigosos existentes atualmente, até
porque ela está presente em todas as fases produtivas, está no setor terciário e residencial.

Os principais fatores que contribuem para os altos índices de acidentes com eletricidade são:

• Manutenção por pessoas com competências inadequadas;
• Processos de contenção de riscos inadequados;
• Não cumprimento de normas e padrões;
• Arquivos técnicos desatualizados ou inexistentes;
• Projetos executados sem histórico ou rastreabilidade.

No Brasil morrem aproximadamente 3.000 pessoas por ano devido a acidentes de trabalho. Os
profissionais do setor elétrico, em 2011, tiveram 2,87 vezes mais mortes que os demais trabalhadores.
Trabalhadores de empresas terceirizadas de concessionárias morreram aproximadamente 6 vezes mais
que os trabalhadores de outras áreas, em 2011.
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Fonte: Abracopel

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Introdução

Fonte: Abracopel
Custo dos Acidentes
Os empregados do setor elétrico convivevem, no desempenho diário de suas atividades, com riscos
de natureza geral e riscos específicos. A ocorrência de acidentes do trabalho típicos com afastamento,
acarretam, entre custos diretos (remuneração do empregado durante seu afastamento) e indiretos
(custo de reparo e reposição de material, custo de assistência ao acidentado e custos complementares –
interrupção de fornecimento de energia elétrica, por exemplo), prejuízos de grande monta para o Setor
de Energia Elétrica, da ordem de centenas de milhões.
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Para se ter uma ideia em 2011 foram perdidas 962.776 horas em decorrência dos acidentes com lesão, que
se comparadas com as 558.824 horas perdidas em 2010, mostram uma aumento de 72%, observando-
se que o aumento de horas trabalhadas (5%), foi muito inferior ao crescimento de horas perdidas. Essas
horas perdidas em 2011 equivalem ao total de horas trabalhadas durante um ano de uma empresa do
porte do CEPEL ou da ENERGISA MINAS GERAIS.

Durante muito tempo, considerou-se que a relação entre os custos segurados e os não segurados era
de 1:4. A Previdência Social do Brasil arrecada e gasta anualmente cerca de R$ 2,5 bilhões no campo
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dos acidentes de trabalho e as empresas brasileiras arcam com um custo adicional de R$ 10 bilhões. A
precariedade da prevenção dos riscos do trabalho, então, custa a ambas R$ 12,5 bilhões por ano.

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Introdução

Os trabalhadores e os familiares desembolsam uma grande parte dos custos dos acidentes, o que eleva
a razão de 1:4 para 1:5 e faz subir o custo para R$ 15 bilhões por ano. As famílias têm o padrão de vida
reduzido e muitas vezes se tornam órfãs, considerando que cerca de 10 trabalhadores em regime de
CLT morrem diariamente no país vítimas de acidentes do trabalho.

Custo Total Estimado de Acidentes do Trabalho por Ano


Milhões de Reais

As empresas, na maioria das vezes, são obrigadas a pagar vultosas indenizações para os acidentados
e suas famílias. Além disso, os acidentes e doenças profissionais geram custos para o Estado não só
em termos de pagamento de benefícios às vítimas, mas também de pagamento das despesas de
recuperação da saúde e reintegração delas no mercado de trabalho e na sociedade em geral, inclusive
o do mercado informal (60% dos brasileiros). Estima-se que isso acarrete um custo adicional de R$ 5
bilhões.

Assim, calcula-se que os acidentes do trabalho no Brasil geram uma despesa fenomenal que chega à
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casa dos R$ 20 bilhões por ano. *1


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Somente no setor elétrico, segundo estimativas da fundação COGE, o custo dos acidentes chega a 688
milhões de reais.

Outro dado que chama a atenção é o expressivo número de acidentes das empresas contratadas
(terceirizadas) do setor elétrico. É provável que este número superior seja devido não somente à falta de
treinamento, mas também a maior exposição ao risco que estes trabalhadores estão submetidos.
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*1 Ref.: OS IMPACTOS FINANCEIROS DOS ACIDENTES DO TRABALHO NO ORÇAMENTO BRASILEIRO: UMA ALTERNATIVA
POLÍTICA E PEDAGÓGICA PARA REDUÇÃO DOS GASTOS. – 2008, LUIZ DE JESUS PERES SOARES

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Introdução
Acidentados Fatais
Força de Trabalho

Fonte: www.funcoge.org.br
Nº de Acidentados Fatais por Ano

Fonte: www.funcoge.org.br
Há elevado retorno ao se investir na redução dos acidentes elétricos, fatais ou não. Para isso, é fundamental
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a redução dos acidentes elétricos agindo já na fase de projeto, conceito que é hoje designado como
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“segurança em projeto”.

A NR10 contribui para esta prática e introduz a segurança já na etapa de projeto, obrigando o
fornecimento de memorial descritivo, detalhando os aspectos de segurança incluídos no projeto, e
obrigando a formação de um prontuário da instalação com documentação técnica atualizada, além do
treinamento obrigatório de todos os funcionários que venham a ter contato direto ou indireto com a
eletricidade.
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Introdução

Legislação e NR-10
A nova NR-10 e seus benefícios aos trabalhadores e sociedade

Legislação
Segundo a Constituição Federal Brasileira, de 1988, artigo 7º:

São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

Sendo assim, a segurança no trabalho é um direito do trabalhador previsto na constituição Federal.

Além disto, no decreto lei 3.048 de 1999, artigo 338:

Art. 338. A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção
à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela gerados.

§ 1º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a


executar e do produto a manipular.

Logo abaixo dos decretos existem as portarias, dentre elas as normas regulamentadoras do ministério do
trabalho.
Art. 7º Inciso XXII
redução dos riscos
inerentes ao trabalho,
por meio de normas
de saúde,
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higiene e segurança
Decreto 3048/1999-Art.338
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A empresa é responsável pela CF


adoção e uso de medidas
coletivas e individuais de LEI
proteção à segurança e saúde COMPLEMENTAR
do trabalhador sujeito aos riscos
ocupacionais por ela gerados. DECRETO LEI
LEI ORDINÁRIA
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NR-10, NR-12, etc


DECRETOS
Ex.: NBR 5410
PORTARIAS
NORMAS TÉCNICAS
NORMAS INTERNAS

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Introdução

Normas Regulamentadoras
As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR, aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores
avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas
categorias profissionais. São elas:

Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais


Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição
Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - Despacho SSST
(PCMSO)
Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações
Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos
Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres
Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas
Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos
Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios
Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
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Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais


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Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança


Norma Regulamentadora Nº 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na
Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
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Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados


Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e
Reparação Naval
Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura
Norma Regulamentadora N.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento
de Carnes e Derivados

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Introdução

NR-10
O texto de atualização da Norma Regulamentadora nº 10 – Segurança em Instalações e Serviços em
Eletricidade, estabelecido pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 598 de 07/12/2004
foi publicado no Diário Oficial da União de 08/12/2004 e altera a redação anterior da Norma
Regulamentadora nº 10, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 1978. Esta Norma dispõe sobre as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores que direta ou indiretamente interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade nos seus mais diversos usos e aplicações e quaisquer trabalhos realizados nas
suas proximidades.

A necessidade de atualização da Norma Alta Tensão


AT
Regulamentadora nº 10 teve fundamento na Alta Tensão
1.500Vcc
grande transformação organizacional do trabalho AT

ocorrida no setor elétrico a partir da década de 1.000Vac


1990, em especial no ano de 1998 quando se Baixa
iniciou o processo de privatização do setor elétrico, Tensão BT

trazendo consigo, subsidiariamente, outros setores Baixa


Tensão BT
e atividades econômicas. 120Vcc
50Vac
Esse processo trouxe a globalização, com a Extra Baixa Extra Baixa
Tensão EBT
consequente introdução de novas tecnologias,
Tensão EBT
0Vac 0Vcc
materiais e, principalmente, mudanças significativas Corrente Corrente
no processo e organização do trabalho. Alternada Contínua

As novas tecnologias implementadas em sistemas e equipamentos no setor elétrico, como em outras


atividades envolvendo os serviços elétricos dos consumidores, associados a alterações no sistema de
organização do trabalho, levaram a significativas penalizações aos trabalhadores, facilmente verificados
com o aumento do desemprego e a precarização das condições de segurança e saúde no trabalho, com
consequente elevação no número de acidentes envolvendo esse agente.
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GOVERNO
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O que fazer
NR-10 (Requisitos Mínimos e
REGULAMENTO Essenciais)
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NBR 5419 O como fazer


NORMAS
NBR 5410

SOCIEDADE

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Introdução

Curso de Capacitação NR-10


O texto de atualização da NR-10 obriga os profissionais que trabalhem direta ou indiretamente com
eletricidade a realizar o treinamento de capacitação “Curso Básico - Segurança em Instalações e Serviços
com Eletricidade (40h)”. Ainda para os profissionais que tenham contato direto ou indireto com o SEP
(Sistema Elétrico de Potência) deverá ser realizado um “Curso Complementar - Segurança no Sistema
Elétrico de Potência e em suas Proximidades (40h).

A NR-10 cita estes treinamentos nos seguintes parágrafos:

10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior (Segurança em Instalações Energizadas) devem
receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo
mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.

10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico
em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo,
carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.

10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados ou


qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento
satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR.

10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das
situações a seguir:
a) troca de função ou mudança de empresa;
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização
do trabalho

10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem destinados ao


atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da situação que
o motivou.
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Sendo assim o treinamento da NR-10 é obrigatório para todos os profissionais que tem contato direto ou
indireto com a eletricidade. Somente com este curso um profissional pode ser autorizado a intervir em um
sistema elétrico. Caso este sistema seja o SEP, o curso complementar também se faz obrigatório.
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Introdução

Normas ABNT
Além da NR-10, é de suma importância para os trabalhos com eletricidade, a observância as normas técnicas
oficiais. Em seu texto, no item 10.1.2:

Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas


de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer
trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas
pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

Aqui no Brasil, o órgão responsável pela normalização técnica é a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).

Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão


responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao
desenvolvimento tecnológico brasileiro.
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro
Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de
24.08.1992.
É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da
COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação
Mercosul de Normalização).
A ABNT é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais:
ISO (International Organization for Standardization), IEC (International
Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT
(Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de
Normalização).

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Como uma NR tem força de lei, a observância das normas técnicas oficiais é obrigatória.

Para os trabalhos com eletricidade, é recomendável o conhecimento das normas:

NBR 5410: Instalações Elétricas de Baixa Tensão;


NBR 14039: Instalações Elétricas de Alta Tensão (de 1kV a 36,2kV);
NBR 5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas;
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NBR IEC 60079 – Instalação em Atmosferas Explosivas;


NBR 13534 – Instalações Elétricas em Locais com Afluência de público;
NBR 13570 – Instalações Elétricas em Postos de Serviços;
NBR/IEC 60439 – Conjuntos de Manobras e Controle em Baixa Tensão;
NBR 6979 – Conjunto de Manobra e Controle em Média Tensão.

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“ “
Talento é 1% inspiração e
99% transpiração.
Thomas Edison
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 2
Riscos em Instalações e Serviços com
Eletricidade
- O Choque Elétrico
- Arcos Elétricos e Queimaduras
- Quedas
- Campos Eletromagnéticos
- Eletricidade Estática

CAPÍTULO 2

Riscos Elétricos
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Riscos e Perigos
Definições 3
Choque Elétrico
Mecanismos e efeitos 4
Arcos Elétricos
O risco de queimaduras graves 12
Quedas
O risco da altura nas intervenções elétricas 19
Campos eletromagnéticos
Riscos e efeitos sob o corpo 20
Eletricidade Estática
O risco de ignição de áreas explosivas 22
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

Riscos e Perigos
Definições

O nome eletricidade provém do vocábulo grego êlektron (âmbar). Este fenômeno é conhecido desde a
antiguidade, e foi observado por Tales de Mileto e outros estudiosos da época, podendo ser percebido
através da atração eletrostática de corpos provocada por uma vareta de âmbar previamente friccionada
(eletrificação por fricção), e em inúmeras outras situações.

A eletricidade é uma agente de risco, causadora de muitos acidentes, trazendo danos as pessoas e também
prejuízos materiais. Todo o trabalho com energia elétrica deve sempre ser realizado de acordo com
procedimentos e normas de segurança. Os riscos relacionados a eletricidade nem sempre são visíveis, em
determinadas situações somente é possível identificar estes riscos através de instrumentos.

Risco Perigo
Vs
Risco pode se definido como a Perigo é uma SITUAÇÃO OU
capacidade potencial de uma CONDIÇÃO DE RISCO com
GRANDEZA causar lesões ou danos à probabilidade de causar lesão física
saúde das pessoas. ou dano à saúde das pessoas por
ausência de medidas de controle.
Obs.: Definição da NR10, Glossário

Exemplo:

Dois eletricistas estão realizando uma intervenção em um Quadro de Distribuição. Um deles


está utilizando luvas de borracha, o outro não. Neste caso o Risco é o mesmo para os dois
(eletricidade), porém o segundo está em uma situação de Perigo maior que o primeiro.
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O Risco é característica própria da grandeza em questão (altura, eletricidade, explosão, incêndio).


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O Perigo é uma situação que prenuncia um acontecimento que pode causar um mal. Para o
perigo são consideradas as medidas de proteção e as circunstâncias que envolvem o controle do
risco.

Neste capítulo serão tratados sobre os riscos da eletricidade, abordando os mecanismos e efeitos
envolvendo choque elétrico e arcos elétricos, bem como uma um explanação sobre campos magnéticos.
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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

Choque Elétrico
Mecanismos e efeitos

CARACTERÍSTICAS DA ELETRICIDADE
SOB O PONTO DE VISTA DA SEGURANÇA DO TRABALHO

PERIGOSA PREGUIÇOSA
INVISÍVEL I=U/R
LESÕES GRAVES OU MORTE CAMINHO DE MENOR RESISTÊNCIA

O choque elétrico é a perturbação de características e efeitos diversos, que se manifesta no organismo


humano quando este é percorrido, em certas condições, por uma corrente elétrica. O que determina a
gravidade do choque elétrico é a intensidade e o caminho percorrido pela corrente que circula pelo corpo.

Em todo o sistema energizado, ou seja, redes de alta e baixa tensão, máquinas, ferramentas, aparelhos
eletrodomésticos, e outros, existe o risco de choque elétrico, nestes locais podem ocorrer o contato
acidental, curto-circuito, rompimento e queda de cabos, sendo o choque elétrico o principal causador de
acidentes no setor.

De acordo com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL)


somente em 2017 ocorreram 627 mortes ocasionadas pode acidentes de origem elétrica mortes, 30 mortes
decorrente de incêndios gerados por curto-circuitos, e 45 mortes ocorridas por descarga atmosférica
(Raios), números estes que podem ser muitos superiores visto que nem todos acidentes são divulgados.
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Tipos de Choque
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Choque Estático: É o choque produzido por eletricidade estática devido ao efeito capacitivo onde
ocorre o escoamento de corrente parasita (descarga). Normalmente a duração é pequena, porém
dependendo da situação pode provocar efeitos danosos ao corpo. Exemplos: veículos que se movem
em climas secos e indução de linhas de distribuição e transmissão desligadas.

Choque Dinâmico: É o choque obtido pelo contato de pessoas com partes energizadas da instalação.
Dura enquanto a fonte estiver ligada e o contato permanecer. Dependendo das características do
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choque podem ocorrer desde pequenas contrações até levar a morte.

Descargas Atmosféricas: É o choque que ocorre devido a descargas atmosféricas, comumente


chamados de raios. Podem incidir diretamente ou indiretamente em uma pessoa, gerando tensão
de passo/toque, causando graves queimaduras, podendo em determinadas situações levar a morte

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

Tipos de Contato
Os choques podem ocorrer através do contato direto ou indireto.

O Contato Direto ocorre no contato da pessoa com partes


normalmente energizadas (equipamentos, condutores,
conexões, etc). Para prevenir o choque elétrico por
contato direto pode ser utilizada proteções como:

• Isolar as partes vivas;


• Utilizar barreiras ou invólucros;
• Obstáculos;
• Manter fora do alcance.

O Contato Indireto é o contato de pessoas com partes


metálicas da estrutura que não pertencem ao circuito
elétrico e que se encontrem energizadas acidentalmente
ou através de um curto-circuito causando a tensão
de passo e toque. Para prevenir o choque elétrico por
contato direto pode ser utilizada proteções como:

- Isolamentos suplementares;
- Aterramento;
- Interruptor de corrente de fuga (dispositivo residual de terra
(DR).
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CHANCES DE SALVAMENTO DE UMA PESSOA VÍTIMA DE CHOQUE ELÉTRICO


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Tempo após o choque para iniciar respiração artificial (min) Chance de reanimação da vítima (%)
1 95
2 90
3 75
4 50
5 25
6 1
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8 0,5

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Efeitos no Corpo
O risco de choque elétrico está presente em praticamente todas as atividades executadas nos setores
elétrico e telefônico, por exemplo, como na construção civil, montagem, manutenção, reparos, inspeção,
sistema elétrico potência (SEP), dentre outros.

Os efeitos diretos são contrações musculares, queimaduras (internas e externas), parada respiratória, parada
cardíaca, eletrólise de tecidos, fibrilação cardíaca e óbito (eletroplessão*). Já os efeitos indiretos podem ser:
quedas, batidas e queimaduras indiretas. A extensão do dano do choque elétrico depende da magnitude
da corrente elétrica. Variam e dependem principalmente das seguintes características:

• Intensidade da corrente elétrica; Eletroplessão: Eletroplessão é a morte


• Característica da corrente elétrica (CA / CC); provocada pela exposição do corpo a
• Percurso da corrente elétrica pelo corpo humano; uma carga letal de energia elétrica, de
• Duração; forma acidental. Pode ocorrer com alta
• Resistência elétrica do corpo humano. tensão (raios e fios de distribuição) ou
baixa tensão (menos de 1.000 volts).

Intensidade
O choque pode ser dividido em choque de baixa intensidade, decorrente de acidentes em sistemas de
baixa tensão, onde os efeitos mais graves que podem ocorrer são a arritmia cardíaca e paradas respiratórias,
e choque de alta intensidade, causados por acidentes em sistemas de alta tensão, onde existem os efeitos
térmicos (queimaduras) devido a circulação da corrente elétrica pelo corpo.

Nos casos de choque elétrico, mesmo em sistemas de baixa tensão, como em redes domésticas,
normalmente ocorre parada respiratória e consequentemente morte por asfixia, sendo necessária uma
rápida ação afim de interromper a circulação da corrente elétrica pelo corpo. O atendimento ao acidentado
deve ser imediato, ou seja, não se deve aguardar condução para levá-lo a um centro médico ou esperar que
um médico chegue, ocorrendo o atendimento nos dois primeiros minutos após o choque a probabilidade
de salvamento será de 90%, já se o acidentado for atendido cinco minutos após, esta probabilidade de
salvamento cairá para 25%, podendo em caso de salvamento causar danos cerebrais.
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De acordo com a intensidade dos valores da corrente variam as sensações do choque elétrico. A tabela
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abaixo exemplifica estas situações:


EFEITOS DOS CHOQUES ELÉTRICOS DEPENDENTES DA INTENSIDADE DE CORRENTE
Faixa de Corrente Reações Fisiológicas Habituais
0,1 a 0,5 mA Leve percepção superficial, habitualmente nenhum efeito.
Ligeira paralisia nos músculos do braço, com início de tetanização, habitualmente nenhum
0,5 a 10 mA
efeito perigoso.
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10 a 30 mA Nenhum efeito perigoso se houver interrupção em no máximo 0,2s.


Paralisia estendida aos músculos do torax, com sensação de falta de ar e tontura,
30 a 500 mA possibilidade de fibrilação ventricular se a descarga se manifestar na fase crítica do clico
cardíaco ou por tempo superior a 0,2s.
Traumas cardíacos persistentes, sendo letal neste caso, salvo intervenção imediata de
Acima de 500mA
pessoal especializado e com equipamento adequado.

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

Características da Corrente Elétrica Você Sabia?

No Brasil, o sistema de fornecimento de energia elétrica é através A corrente que passa por uma lam-
de corrente alternada (CA) com frequência de 60 Hertz. Devido a pada incandescente de 60 W em 120
estas características este tipo de corrente é muito perigosa, uma V é 500 mA.
vez que estão próximas da frequência de fibrilação ventricular.

Com relação à frequência, pode-se afirmar que o limiar de


sensação da corrente alternada varia com a mesma.

A Tabela a seguir mostra as frequências (Hz) em função dos


limiares de sensação de corrente (mA) atravessando o corpo
humano.

Frequencia (Ciclos por Ordem de Grandeza do Limiar de


Segundo - Hz) Sensação (mA)
50 / 60 Hz 1 mA

500 Hz 1,5 mA

1.000 Hz 2,0 mA

5.000 Hz 7,0 mA

10.000 Hz 14,0 mA

100.000 Hz 150,0 mA

Corrente Alternada
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Corrente
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A corrente alternada (CA), é uma corrente Máx. Positivo


elétrica cujo sentido varia no tempo,
ao contrário da corrente contínua cujo
Tempo
sentido permanece constante. A forma
de onda em um circuito de potência CA é
senoidal por ser a forma de transmissão
de energia mais eficiente. Máx. Negativo
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Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída pelos pólos positivo e negativo, a de corrente
alternada é composta por fases (e, muitas vezes, pelo fio neutro). A Corrente Alternada foi adotada
para transmissão de energia elétrica a longas distâncias devido à facilidade relativa que esta
apresenta para ter o valor de sua tensão alterada por intermédio de transformadores.

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Assim, pode-se afirmar que nas frequências 50/60Hz as
perturbações são mais intensas. Para correntes de altas Momento História
frequências (acima de 100.000 Hz) os efeitos se limitam ao
aquecimento, o que explica as diversas aplicações de correntes
com altas frequências em medicina (febre artificial, diatermia O hertz é nomeado em homenagem
etc.). ao físico alemão Heinrich Hertz, que fez
grandes contribuições científicas na área
Já para a Corrente Contínua (CC) as intensidades para ocasionar do eletromagnetismo.
as sensações do choque elétrico, a fibrilação ventricular e até a
morte são superiores se comparadas com a corrente alternada, O nome da unidade foi estabelecido na
sendo que a fibrilação ventricular só irá ocorrer caso a corrente Comissão Eletrotécnica Internacional
continua aplicada for durante um específico e curto instante (International Electrotechnical
do ciclo cardíaco. O limiar de percepção da corrente contínua Commission) em 1930 e foi adotado na
atravessando o corpo humano é da ordem 5mA, acima deste Conferência Geral de Pesos e Medidas
valor a sensação predominante é a de aquecimento, e se em (Conférence générale des poids et
intensidades maiores, ocorrem contrações musculares. mesures) em 1960 substituindo, assim,
o nome ‘ciclos por segundo’ (CPS),
O corpo humano é constituído de 70% de matéria liquida, que juntamente com seus múltiplos,
tem dissolvido, ou em suspensão, vários tipos de sais minerais. quilociclos por segundo (kc/s), megaciclos
O choque em corrente contínua provoca o efeito aglutinação por segundo (Mc/s) e assim por diante.
dos sais, fenômeno este conhecido por eletrólise.
O termo ciclos por segundo foi
amplamente substituído por “hertz”
apenas na década de 1970.
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Fonte:
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The International System of Units (SI), Bureau International


des Poids et Mesures, 8th edition 2006

Corrente Contínua
Corrente
É o fluxo ordenado de elétrons sempre numa
direção. Possui um polo negativo e outro Valor
positivo. Esse tipo de corrente é gerado por
baterias de automóveis, pilhas, dínamos, Tempo
células solares e fontes de alimentação de
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várias tecnologias.

Normalmente é utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos e os circuitos de equipamento de


informática. As primeiras linhas de transmissão também usavam CC, posteriormente passou-se a usar
CA devido às dificuldades de conversão (elevação/diminuição) da tensão em CC. No entanto com o
desenvolvimento da tecnologia (inversores), voltou-se a usar CC nas linhas de transmissão. Atualmente
é usada corrente contínua em alta tensão como por exemplo na linha de transmissão de Itaipu.

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

A eletrólise ocorre no sangue e no plasma líquido de todo o corpo. Este efeito pode ocasionar:

• Mudança da concentração de sais minerais, produzindo desequilíbrio no corpo humano (mudança


no equilíbrio de potássio no sangue);

• Aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam coágulos no sangue, causando trombose.

No caso de corrente alternada o efeito eletrólise é muito pequeno, podendo ser desconsiderado.

Percurso da corrente elétrica


O caminho percorrido pela corrente elétrica através do corpo humano é outro aspecto que determina
a gravidade do choque elétrico, portanto não pode ser esquecido. Os caminhos de maior gravidade são
aqueles em que a corrente circula pelo coração.

A figura abaixo demonstra os caminhos que podem ser percorridos pela corrente no corpo humano, onde
é possível avaliar o percentual da corrente elétrica que circula pelo coração em função do tipo de contato.
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A B C D E

Trajeto Percentagem da Corrente no Coração

Da cabeça para o pé direito (A) 9,7 %


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Da mão direita para o pé esquerdo (B) 7,9 %

Da mão direita para a mão esquerda (C) 1,8 %

Da cabeça para a mão esquerda (D) 1,8 %

Entre os pés 0%

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

Duração
Estando uma mesma corrente elétrica passando pelo corpo, quanto maior o tempo da circulação da
corrente, maiores serão os danos e suas consequências. Em muitos casos, a contração muscular ocorrida no
momento do choque elétrico, através dos movimentos bruscos produzidos, repelem a pessoa eliminando
a causa, porém o maior perigo ocorre quando a pessoa fica presa ao circuito elétrico, gerando graves
consequências.

Tempo (ms)
IEC479 1 Zona 1 (AC-1)
10000 Habitualmente nenhuma reação.
5000 Zona 2 (AC-2)
3000 Efeitos fisiológicos geralmente não
1000
danosos.
Zona 3 (AC-3)
500
Efeitos fisiológicos notáveis (parada
200 AC-1 AC-2 AC-3 AC-4
cadíaca, respiratória, contrações
100 musculares) geralmente reversíveis.
50 Zona 4 (AC-4)
20
Elevada probabilidade de efeitos
fisiológicos graves e irreversíveis
10
(fibrilação e parada respiratória.
0.1
0.2
0.5
1
2
5
10
20
50
100
200
500
1000

5000
10000
2000

Corrente (mA)

Zonas de reação fisiológica (corrente x tempo)

Disjuntor DR
A função do disjuntor DR é verificar a existência de uma fuga de corrente
para a terra (e nesse caso talvez através de uma pessoa) e causar o
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desligamento do circuito em um tempo tal que seja atendida a zona 2


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do gráfico acima.

Como funciona o dispositivo diferencial? Ele mede permanentemente a


soma vetorial das correntes que percorrem os condutores de um circuito.
Enquanto o circuito se mantiver eletricamente são, a soma vetorial das
correntes nos seus condutores é praticamente nula. Ocorrendo falha
de isolamento em um equipamento alimentado por esse circuito,
irromperá uma corrente de falta à terra — ou, numa linguagem
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rudimentar, haverá “vazamento” de corrente para a terra. Devido a esse


“vazamento”, a soma vetorial das correntes nos condutores monitorados
pelo DR não é mais nula e o dispositivo detecta justamente essa diferença
de corrente.

O disjuntor DR será discutido também no Capítulo 4!

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

Resistência elétrica do corpo humano


O corpo humano possui resistência a passagem da corrente elétrica, sendo que a intensidade da corrente
que circulará pelo corpo da vítima depende de vários fatores que contribuem para a variação desta
resistência, por exemplo:

• Tensão de contato;
• Frequência elétrica;
• Duração do choque;
• Umidade da pele;
• Área de contato;
• Temperatura da pele;
• Tipo de pele.

A resistência que o corpo humano oferece à passagem da corrente é praticamente devida à camada
externa da pele, sendo esta composta praticamente de células mortas. A resistência da camada externa
da pele quando está seca e não apresenta cortes é aproximadamente entre 100.000 e 600.000 ohms. Esta
variação existe devido a espessura da pele de cada indivíduo, entretanto se a pele estiver úmida ou com a
existência de cortes, a resistência pode reduzir drasticamente para 500 ohms.

Onde: I = intensidade da corrente elétrica;


U = tensão elétrica (Volts);
R = resistência elétrica (ohm).

Quanto maior a tensão, maior será a corrente elétrica.
Quanto menor a resistência, maior será a corrente elétrica.

Membros superiores e inferiores: ± 200 Ohms


Tronco: ± 100 Ohms
Resistência interna do corpo: ± 500 Ohms de membro a membro
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Abaixo é indicada a diferença da passagem da corrente pela pele quando está seca ou molhada. Conforme
pode ser observado nos cálculos, a variação é grande. Para os cálculos foi considerada uma diferença de
potencial de 120 volts, sendo:

Quando seca; i= 120V = 0,3mA Leve percepção superficial, habitualmente nenhum


400.000 Ω efeito
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Paralisia estendida aos músculos do torax, com sensação de


Quando úmida; i= 120V = 240mA
falta de ar e tontura, possibilidade de fibrilação ventricular
500 Ω
se a descarga se manifestar na fase crítica do clico cardíaco
ou por tempo superior a 0,2s.

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Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade

Arcos Elétricos
O risco de queimaduras graves

O arco elétrico é um fenômeno da eletricidade inerente aos sistemas elétricos. Caracteriza-se pelo fluxo
de corrente elétrica através de um meio isolante, como o ar, e ocorre geralmente quando da conexão e
desconexão de dispositivos elétricos energizados, ou em caso de curto-circuito.

As falhas elétricas, quando causam a formação de arcos elétricos, são indesejáveis, pois liberam uma enorme
quantidade de calor. Estes fenômenos, além do calor, provocam deslocamento de ar com aparecimento de
alta pressão, prejudicial ao sistema auditivo, liberam partículas de metais ionizadas que podem conduzir
correntes, emitem raios ultravioletas prejudiciais à visão e liberam gases tóxicos como resultado da
combustão dos materiais internos ao painel ou equipamentos.

Ocorrência de Arcos
78% MONOFÁSICO
20% ENTRE 2 FASES
2% TRIFÁSICO

90% das ocorrências


1º RETIRADA DE FUSÍVEL NH COM CARGA
2º EXPLOSÃO DE GAVETAS EM MANOBRAS
3º MEDIÇÃO COM EQUIPAMENTO INADEQUADO

Os arcos em equipamentos elétricos podem surgir em consequência de mau contato, depreciação da


isolação, defeito de fabricação de componentes, mau dimensionamento, falha de projeto, manutenção
inadequada, contatos acidentais ou inadvertidos de ferramentas, quedas de peças soltas durante manobras,
etc. Na eventualidade de uma pessoa estar presente durante a ocorrência do arco, sem o equipamento
de proteção adequado, o calor poderá provocar a queima da roupa e ferir gravemente, podendo levar
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a morte. Se conseguirmos quantificar o calor do arco, podemos tomar medidas de proteção e procurar
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medidas eficientes de proteção do trabalhador, como fazemos para proteger os equipamentos.


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Fonte:
http://www.cekuniformes.com.br

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Efeitos do arco elétrico no corpo humano


A pele humana em condições normais tem temperatura de 34ºC, enquanto o sangue é de 36,5ºC. Em
condições adversas, a suportabilidade da pele à temperatura é:

• 44ºC durante 6 horas;


• 70ºC durante 1 segundo. Suficiente para provocar destruição total das células da pele;
• 80ºC durante 0,1 segundo. Destruição da pele. Ainda curável;
• Acima de 96ºC durante 0,1 segundo - Total destruição da pele. Ferimentos incuráveis;

A temperatura elevada pode causar:

• Queimaduras de 1º, 2º e 3º nos músculos do corpo;


• Aquecimento do sangue com sua consequente dilatação;
• Aquecimento podendo provocar o derretimento dos ossos e cartilagens;
• Queima das terminações nervosas e sensoriais da região atingida;
• Queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-as gelatinosas.

25% do Corpo Queimado


100
50% do Corpo Queimado
80 75% do Corpo Queimado
Sobrevivência (%)

60

40

20

0
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Intervalo de Idade (Anos)


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20-29,9 30-39,9 40-49,9 50-59,9

Estatísticas de Queimaduras – Probabilidade de Sobrevivência


Fonte:
Fonte: American Burn Association1991-1993 Study (2002)

Os danos causados pelos arcos elétricos costumam ser muito severos. De acordo com estatísticas da
American Burn Association, a probabilidade de sobrevivência diminui com o aumento da idade da vítima.

O tratamento de uma vítima de acidente envolvendo arco elétrico requer anos de recuperação da pele
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e reabilitação. A vítima pode ficar inabilitada ao trabalho ou não reaver a mesma qualidade de vida que
possuía antes do acidente.

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Avaliação da intensidade do arco elétrico


Segundo Bizzo (2009, p.20), “o nível de energia liberado em um arco elétrico é denominado energia
incidente, definida como a quantidade de energia imposta numa superfície, a certa distância da fonte,
gerada durante a ocorrência de um arco elétrico, medido geralmente em calorias por centímetro quadrado
(cal/cm²)”.

Queimaduras fatais podem ocorrer em vítimas que estejam a alguns poucos metros de distância do arco
elétrico. Sérias queimaduras ocorrem comumente em vítimas que estejam até a 3 metros de distância.
Testes revelam que temperaturas acima de 200°C são atingidas na área do pescoço e mãos da pessoa que
esteja perto da explosão gerada pelo arco elétrico (DAVIS, 2003, p.3).

A suportabilidade da pele humana para queimaduras é de 1,2 cal/cm², ou seja, aproximadamente 47°C,
sendo que, acima deste valor, torna-se necessária a adoção de medidas de engenharia para redução
da energia irradiada ou a utilização de EPI adequado, que atenuem o nível de energia recebida na pele
humana (BIZZO, 2009).

As seguintes temperaturas são utilizadas como valores de referência:

A. Queimadura curável: 80°C;


B. Morte de células: 96°C;
C. Ignição de roupas: 400°C a 800°C;
D. Queima contínua de roupas: 800°C;
E. Partículas de metal derretido provenientes de arco elétrico: 1.000°C;
F. Superfície do sol: 5.000°C.

A intensidade do arco elétrico pode ser determinada através de cálculos, baseados em normas internacionais,
as quais fornecem informações sobre as metodologias para determinação do nível de energia emitida,
determinando, ainda, os EPIs e as distâncias seguras de trabalho de acordo com os resultados encontrados.

Como temos a omissão da ABNT para uma metodologia de cálculo para a energia incidente proveniente
de um arco elétrico, é obrigatória a recorrência às normas internacionais vigentes. Para o cálculo da energia
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incidente a partir de um arco elétrico, os modelos a seguir são normalmente utilizados:


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A. Modelo teórico de Raph Lee;


B. Norma americana NFPA70E-2005;
C. Norma IEEE 1594-2002.
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Exemplo do Limite de Ação do Arco Elétrico (Flash Boundary)


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O modelo adotado pela norma IEEE 1594 leva em consideração os seguintes fatores para o cálculo da
energia incidente:

A. Tempo do arco;
B. Distância do arco;
C. Tensão do circuito;
D. Corrente de curto-circuito sólido trifásico;
E. Relação X/R do circuito;
F. Distância dos eletrodos (barramento);
G. Número de fases;
H. Aterramento do sistema (isolado ou aterrado);
I. Arco enclausurado ou em área aberta;
J. Tamanho do invólucro;
K. Formato do invólucro;
L. Configuração dos eletrodos (em triangulo ou alinhados);
M. Distância dos eletrodos com o invólucro;
N. Frequência.

O cálculo da energia do arco elétrico é um estudo de análise de


risco e segurança, e assim, como todos os cálculos de engenharia,
devem ser realizados por profissionais habilitados. O resultado
dos cálculos pela simples utilização da fórmula não reflete o nível
de energia existente. Todos os parâmetros devem ser analisados
assim como a aplicabilidade do modelo matemático na respectiva
instalação.

Conceito do risco de arco elétrico


A demanda pela continuidade do fornecimento de energia elétrica trouxe a necessidade dos profissionais
de manutenção elétrica trabalharem em equipamentos energizados. Atrás da existência do perigo de
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choque elétrico, resultante do contato direto com condutores energizados, reside a possibilidade do
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aparecimento de arcos elétricos por meio destes condutores (DAVIS, 2003, p.1).

Todos os profissionais que interagem com instalações elétricas energizadas estão sujeitos a riscos
intrínsecos, como choque elétrico, incêndios, arcos elétricos e fogo repentino. Segundo Bizzo (2009, p.11):

“Apesar do grande número de acidentes de origem elétrica, com a predominância de lesões graves
provocadas pela exposição ao arco elétrico e fogo repentino, esse tema normalmente é comparado a
outros riscos industriais existentes, ou mesmo ao choque elétrico, não tem sido tratado com a prioridade
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que merece”.

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No Brasil, temos a inobservância do item Arco Elétrico e Fogo Repentino por parte da ABNT, tão pouco
literaturas técnicas a respeito do assunto, dificultando, aos profissionais de engenharia elétrica e segurança
do trabalho, a elaboração de uma análise de risco eficaz para as atividades envolvendo equipamentos
elétricos energizados (BIZZO, 2009).

Para Bizzo (2009, p.11), as informações técnicas necessárias à elaboração de um programa de proteção ao
Arco Elétrico compreendem:

A. Competência dos profissionais;


B. Fenômeno do arco elétrico e fogo repentino;
C. Exposição;
D. Tipo de trabalho;
E. Nível de energia incidente;
F. Características das instalações;
G. Características dos EPIs e EPCs;
H. Legislação técnica aplicável.

Segundo item 10.2.1 da NR-10 (BRASIL, 2004):

“Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco
elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a
saúde no trabalho”.

Os arcos elétricos são eventos involuntários e inesperados quando se trata de atividades com equipamentos
energizados, e independem do tipo de equipamento, nível de tensão, experiência do operador ou nível
de carga do circuito. Os arcos elétricos podem ser gerados por diversos fatores, como falha humana, falha
de procedimentos operacionais, características dos equipamentos, manutenção realizada de maneira
inadequada e até agentes externos, como animais. Não havendo proteção adequada, o arco elétrico
poderá ocasionar sérias lesões, podendo levar o profissional à morte.
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Você Sabia?

Diversos perigos podem


ser associados à presença
do arco elétrico, como
calor intenso, elevada
pressão sonora, emissão
de elementos químicos em
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forma de fumos e gases,


radiação luminosa intensa
e deslocamento mecânico
do ar!

Fonte:
http://www.deenergize.com

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Riscos Adicionais do Arco Elétrico


Além de calor intenso, os arcos elétricos liberam partículas de metais ionizadas que podem conduzir
correntes, provocar deslocamentos de ar com manifestação de alta pressão prejudicial ao sistema
auditivo (existem registros de níveis de ruído acima de 120dB), emitir raios ultravioletas e infravermelhos
prejudiciais à visão e liberar gases tóxicos como resultado da combustão de materiais internos ao painel,
ou ainda danos físicos nas instalações, podendo causar lesões severas a distância de até 3 metros do
ponto de falha dos equipamentos, sendo essa distância variável conforme características construtivas
das instalações elétricas.

Fonte:
Davis et al. (2003, p.3)
Fonte:
Davis et al. (2003, p.2)

Queimaduras em eletricidade
As queimaduras ocorrem devido ao choque elétrico, independente da tensão ser baixa ou alta.

Quando uma corrente elétrica passa através de uma resistência elétrica é liberada energia calorífica,
denominada efeito joule. Essa energia varia de acordo com a resistência que o corpo oferece à passagem
da corrente elétrica, com a intensidade da corrente elétrica e com o tempo de exposição, podendo ser
calculada pela expressão:

Ecalorífica = R.I²choque.tchoque
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Sendo:
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Ecalorífica = Energia calorífica liberada no corpo humano (J)


R = resistência elétrica (ohms) do corpo humano
Ichoque = corrente elétrica de choque (A)
t choque = tempo de choque (s)

Os danos causados com a passagem da corrente elétrica pelos tecidos (pele) do individuo são difíceis de
avaliar, pois dependem da profundidade da destruição celular, sendo que a destruição pode alcançar os
ossos, necrosar tecidos, vasos sanguíneos e provocar hemorragias.
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A queimadura por eletricidade pode ocorrer por diversas formas, sendo elas:
• queimaduras por arco elétrico;
• queimaduras por contato;
• queimaduras por radiação (em arcos produzidos por curtos-circuitos);
• queimaduras por vapor metálico.

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As queimaduras provocadas por ARCO ELÉTRICO ocorrem devido ao fluxo de corrente elétrica através do
ar, normalmente ocorrem na abertura (manobra) de equipamentos energizados, e também em caso de
curto-circuito, o que provoca queimaduras de segundo ou terceiro grau. O arco elétrico possui energia
suficiente para queimar roupas e provocar incêndios.

As queimaduras por CONTATO ocorrem quando se toca uma superfície condutora energizada. Este tipo
de queimadura pode ser menor, deixando apenas uma pequena “mancha branca na pele” ou locais e
profundas atingindo até a parte óssea. Para os casos de pequenas ocorrências é importante que seja
realizado um exame necrológico, possibilitando a reconstrução do local afetado.

Ocorrem queimaduras por VAPOR METÁLICO quando existem a emissão de vapores e o derretimento de
metais (prata ou estanho dependendo do dispositivo) atingindo as pessoas localizadas nas proximidades.
Estas situações são comuns quando da fusão de um elo fusível ou condutor.
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Fonte:
http://en.wikipedia.org

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Quedas
O risco da altura nas intervenções elétricas

Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos envolvendo quedas
de trabalhadores de diferentes níveis. Os riscos de queda em altura existem em vários ramos de atividades
e em diversos tipos de tarefas, sendo muito representativo nas atividades de construção e manutenção do
setor de distribuição e transmissão de energia elétrica.

Fonte:
www.theguardian.com

As quedas podem ocorrer devido à inadequação de equipamentos de elevação (escadas, cestos,


plataformas, guinchos), inadequação de EPI’s, pela falta de treinamento dos trabalhadores e falta de
delimitação e sinalização do canteiro do serviço nas vias públicas. As quedas originadas por acidentes com
choques elétricos podem, em muitas vezes, matar não pelo choque ocorrido, mas sim pela queda, caso o
trabalhador não esteja utilizando os equipamentos de forma adequada. Isto se deve ao desmaio que pode
ocorrer no momento do choque.
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A NR-35
O princípio adotado na norma trata o trabalho em altura como atividade
que deve ser planejada, evitando-se caso seja possível, a exposição do
trabalhador ao risco, quer seja pela execução do trabalho de outra forma,
por medidas que eliminem o risco de queda ou mesmo por medidas que
minimizem as suas consequências, quando o risco de queda com diferenças
de níveis não puder ser evitado. Esta norma propõe a utilização dos preceitos
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da antecipação dos riscos para a implantação de medidas adequadas, pela


utilização de metodologias de análise de risco e de instrumentos como
as Permissões de Trabalho, conforme as situações de trabalho, para que o
mesmo se realize com a máxima segurança.

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Campos Eletromagnéticos
Riscos e efeitos sob o corpo

Campos elétricos e magnéticos existem sempre que há fluxo de corrente elétrica – em linhas de transmissão,
distribuição, cabos, fiação residencial e equipamentos elétricos.

Campos Elétricos originam-se de cargas elétricas, são medidos em volts por metro (V/m) e são facilmente
blindados por materiais comuns tais como madeira e metal.

Campos Magnéticos são gerados pela movimentação de cargas elétricas (corrente), são expressos em Tesla
(T), ou mais frequentemente em militesla (mT) ou microtesla (uT). Em alguns países uma outra unidade
chamada Gauss (G) é frequentemente usada (10.000 G = 1 T). Estes campos não são blindados pela maioria
dos materiais comuns, e os atravessam facilmente. Ambos os tipos de campo tem maior intensidade na
proximidade da fonte e diminuem com a distância.

Enquanto se preparava para uma palestra na


tarde de 21 de Abril de 1820, Orsted desenvolveu
uma experiência que forneceu evidências que
o surpreenderam. Enquanto preparava os seus
materiais, reparou que a agulha de uma bússola
defletia do norte magnético quando a corrente
elétrica da bateria que estava a usar era ligada
e desligada. Esta deflexão convenceu-o que os
campos magnéticos radiam a partir de todos
os lados de um fio carregando uma corrente
elétrica, tal como ocorre com a luz e o calor, e
Campo Magnético que isso confirmava uma relação direta entre Hans Christian Orsted
gerado por uma corrente Fonte:
elétrica
eletricidade e magnetismo. Brian, R.M. & Cohen, R.S. (2007). Hans
Christian Ørsted and the Romantic
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Legacy in Science, Boston Studies in


the Philosophy of Science, Vol. 241.
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O uso da eletricidade tornou-se parte integral de nosso cotidiano. Sempre que há um fluxo de eletricidade,
campos elétricos e magnéticos são criados nas proximidades dos condutores e equipamentos elétricos.
Desde o final dos anos setenta foram levantados questionamentos se a exposição a campos elétricos e
magnéticos (EMF na sigla em inglês), de frequência extremamente baixa (ELF na sigla em inglês), produzem
consequências adversas para a saúde. A partir daí muito se pesquisou, resolvendo com sucesso importantes
questões e estreitando o foco para pesquisas futuras.
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Em 1996, a Organização Mundial de Saúde (OMS) implantou o Projeto Internacional de Campos


Eletromagnéticos para investigar os potenciais riscos para a saúde associados a tecnologias emissoras de
EMF. Um Grupo de Trabalho da OMS recentemente concluiu uma resenha das implicações para a saúde dos
campos de baixa frequência (OMS, 2007).

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Os efeitos danosos dos campos eletromagnéticos nos trabalhadores manifestam-se especialmente quando
da execução de serviços na transmissão e distribuição de energia elétrica, nos quais empregam-se elevados
níveis de tensão.

Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo eletromagnético são de


natureza elétrica e magnética. Os efeitos de origem magnética são térmicos, endócrinos e suas possíveis
patologias produzidas pela interação das cargas elétricas com o corpo humano.

Os trabalhadores expostos a essas condições, que possuam em seu corpo próteses metálicas (pinos, encaixes,
articulações), devem dispensar especial atenção à sua saúde promovendo “check ups” periódicos, uma
vez que a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos podendo provocar necroses
ósseas, assim como aos trabalhadores portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca-passo,
auditivos, dosadores de insulina, etc), pois a radiação interfere nos circuitos elétricos e poderão criar
disfunções e mau funcionamento dos mesmos.

Em 23 de marco de 2010, através da Resolução Normativa Nº 398 a AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA


ELÉTRICA – ANEEL regulamentou a Lei nº 11.934, no que se refere aos limites à exposição humana a campos
elétricos e magnéticos. Os limites estão elencados na Tabela 1, acima.

Portanto, para as instalações com tensão igual ou superior a 138 kV, de geração, transmissão e distribuição,
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tornou-se obrigatório encaminhar à ANEEL, um relatório com as medições dos campos elétricos e
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magnéticos, emitidas pelos equipamentos elétricos em funcionamento.

O eletromagnetismo
No estudo da Física, o eletromagnetismo é o nome da teoria unificada desenvolvida por James Maxwell
para explicar a relação entre a eletricidade e o magnetismo. Esta teoria baseia-se no conceito de campo
eletromagnético.
O campo magnético é resultado do movimento de cargas elétricas, ou seja, é resultado de corrente
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elétrica. O campo magnético pode resultar em uma força eletromagnética quando associada a ímãs.
A variação do fluxo magnético resulta em um campo elétrico (fenômeno conhecido por indução
eletromagnética, mecanismo utilizado em geradores elétricos, motores e transformadores de tensão).
Semelhantemente, a variação de um campo elétrico gera um campo magnético. Devido a essa
interdependência entre campo elétrico e campo magnético, faz sentido falar em uma única entidade
chamada campo eletromagnético.

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Eletricidade Estática
O risco de ignição de áreas explosivas Momento História
O fenômeno eletrostático mais antigo conhecido é o que ocorre
com o âmbar amarelo no momento em que recebe o atrito e
atrai corpos leves. Tales de Mileto foi um filósofo da Grécia
Antiga, o primeiro filósofo ocidental de
Tales de Mileto, no século VI a.C., já conhecia o fenômeno e que se tem notícia.
procurava descrever o efeito da eletrostática no âmbar. Também
os indianos da antiguidade aqueciam certos cristais que atraiam Tales é apontado como um dos sete
cinzas quentes atribuindo ao fenômeno causas sobrenaturais. sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o
O fenômeno porém, permaneceu através dos tempos apenas fundador da Escola Jônica. Considerava
como curiosidade. a água como sendo a origem de todas
as coisas, e seus seguidores, embora
A descarga eletrostática, é definida como a transferência de discordassem quanto à “substância
carga entre corpos que estão em potenciais elétricos diferentes. primordial” (que constituía a essência do
Para ser percebida pela sensibilidade humana, uma descarga universo), concordavam com ele no que
deve atingir, no mínimo, 3 mil volts, o suficiente para atear fogo dizia respeito à existência de um “princípio
em um material combustível. único” para essa natureza primordial.

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina e Acidentes A tendência do filósofo em buscar a


no Tráfego (Abramet), pessoas que transpiram muito ficam verdade da vida na natureza o levou
mais expostas às descargas, pois os sais minerais, condutores também a algumas experiências com
de eletricidade, são expelidos na transpiração. magnetismo que naquele tempo só
existiam como curiosa atração por objetos
de ferro por um tipo de rocha meteórica
achado na cidade de Magnésia, de onde
Umidade Relativa Umidade Relativa o nome deriva.
(10 a 20%) (65 a 95%)
Meios de Geração de Eletricidade Estática Tensão Eletrostática (Volts)
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Andando sobre o Carpete 35.000 1.500


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Andando sobre piso de vinil 12.000 250

Trabalhador em uma bancada 6.000 100

Abrindo envelope plástico 7.000 1.200

Pegando uma sacola plástica 20.000 1.200

Sentando em cadeira com almofada de poliuretano 18.000 1.500


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Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tales_de_Mileto

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Estas descargas de eletricidade estática são causas comuns de ignição de ambientes com atmosferas
explosivas. Na aviação, por exemplo, a eletricidade estática é fator relevante à segurança das aeronaves.
Um avião após aterrissar necessita ser descarregado estaticamente, pois a tensão desenvolvida pode
facilmente ultrapassar 250.000 V.

Nos automóveis também ocorre a eletrização quando estes são submetidos a grandes velocidades no ar
seco, podendo seus ocupantes ao sair do veículo tomarem uma descarga elétrica.

Acidentes por eletricidade estática em postos de combustíveis

Acidente de Alcântara
Às 13h30 de 22 de agosto de 2003, uma enorme explosão destruiu
o foguete brasileiro VLS-1 V03 em sua plataforma de lançamento
no Centro de Lançamento de Alcântara durante os preparativos
para o lançamento, matando 21 técnicos civis.
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O objetivo da missão, nomeada Operação São Luís, era colocar o


satélite meteorológico Satec do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais e o nanosatélite Unosat da Universidade do Norte do
Paraná em órbita circular equatorial a 750 km de altitude.

Investigações posteriores concluíram que a explosão, que consumiu


as cerca de 40 toneladas de combustível sólido do foguete, foi
causada pela ignição prematura de um dos motores do foguete,
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deflagrada por uma centelha elétrica.

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A mente que se abre a
uma nova idéia jamais
voltará ao seu tamanho “
original.
Albert Einstein
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 3
Técnicas de Análise de Risco
- Conceitos
- Pirâmedes de Incidentes e Acidentes
- Técnicas de Análise de Risco
- APR

CAPÍTULO 3

Técnicas de Análise de Risco


sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Conceitos
Definições 3
Pirâmedes de Acidentes e Incidentes
Heinrich e Bird 5
Técnicas de Análise de Risco
A importância da prevenção 8
APR
A Análise Preliminar de Risco 11
Técnicas de Análise de Risco

Conceitos
Definições

A NR-10 trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações
elétricas, em suas diversas etapas, incluindo o projeto, execução, operação, manutenção, reforma e
ampliação, incluindo terceiros e usuários. Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser
adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas
de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

O conceito de prevenção aos riscos consiste na antecipação dos possíveis impactos ambientais, danos à
saúde dos trabalhadores e perdas econômicas causadas por acidentes, que em muitos casos poderiam ser
evitados se as condições inseguras fossem detectadas na concepção do projeto ou antes da execução das
tarefas.

Incidente
Evento relacionado ao trabalho
no qual uma lesão ou doença
(independentemente da
gravidade) ou fatalidade ocorreu ou
poderia ter ocorrido.

Quase-Acidente Acidente
Um incidente no qual não ocorre lesão, Um acidente é um incidente que
doença ou fatalidade pode também ser resultou em lesão, doença ou
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denominado um “quase-acidente”, “quase- fatalidade.


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perda”, “ocorrência anormal” ou “ocorrência


perigosa”.

Conceitos OHSAS
18001

O Ministério do Trabalho considera como acidente somente quando ocorrem danos à saúde do trabalhador,
porém, em muitos casos, um acidente também pode causar danos ao patrimônio, ao meio ambiente e em
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populações vizinhas às instalações.

Os incidentes e quase-acidente são conceitos distintos. Nessa linha, os incidentes são todos os eventos
indesejáveis à segurança, o que engloba acidentes, quase-acidentes, atos e condições inseguras.

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Técnicas de Análise de Risco

Ato Inseguro Condição Insegura


É toda forma incorreta de trabalhar, São as falhas, os defeitos, irregularidades
desrespeito às normas de segurança, ou técnicas e carência de dispositivos de
seja, ações conscientes ou inconscientes segurança que põe em risco a integridade
que possam causar incidentes. física e/ou a saúde das pessoas e a
própria segurança das instalações e
equipamentos.

Atos inseguros podem ocorrer por diversas causas, sendo todas elas originadas pelo homem. Vê-se que
se trata de uma violação de um procedimento consagrado, violação essa, responsável pelo acidente.
Segundo estatísticas correntes, cerca de 84% do total dos acidentes do trabalho são oriundos do próprio
trabalhador. Portanto, os atos inseguros no trabalho provocam a grande maioria dos acidentes.

Não se deve confundir a condição insegura com os riscos inerentes a certas operações industriais. Por
exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos trabalhos que envolvem eletricidade; a eletricidade, no
entanto, não pode ser considerada uma condição insegura somente por ser perigosa. Instalações mal feitas
ou improvisadas, fios expostos, etc., são condições inseguras. A corrente elétrica, quando devidamente
isolada do contato com as pessoas, passa a ser um risco controlado e não constitui uma condição insegura.
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É importante salientar que mesmo sendo originadas por diversos fatores externos, as condições inseguras
são de responsabilidade do próprio homem, seja por sua omissão ou por negligência. Todas as instalações
industriais, suas condições de trabalho e manutenção tem pessoas como responsáveis. Por isso é válido
dizer que todas as condições inseguras são originadas por atos inseguros.
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Técnicas de Análise de Risco

Pirâmedes de Acidentes e
Incidentes
Heinrich e Bird Momento História

Em 1959, Heinrich desenvolveu um trabalho pioneiro, um modelo Revolução Industrial foi a transição para
de causa e de estimativas de custos de acidentes baseadas na novos processos de manufatura no
análise de cerca de 5.000 casos de empresas. período entre 1760 a algum momento
entre 1820 e 1840. Esta transformação
Segundo seu estudo, a ocorrência de uma lesão é o resultado incluiu a transição de métodos de
de uma série de eventos ou circunstâncias, que ocorrem em produção artesanais para a produção por
uma ordem lógica e fixa. Uma é dependente da outra, e uma só máquinas, a fabricação de novos produtos
ocorre se a outra já ocorreu. Isto constitui uma sequência que químicos e de processos de produção
pode ser comparada com uma fileira de dominós alinhados. A de ferro, maior eficiência da energia da
queda de uma peça precipita a queda das demais. Um acidente água, o uso crescente da energia a vapor
é apenas um fator na sequência. Dai, se a série for interrompida e o desenvolvimento das máquinas-
pela eliminação de um, ou vários fatores componentes, a lesão ferramentas, além da substituição da
possivelmente não ocorrerá. madeira e de outros biocombustíveis pelo
carvão. A revolução teve início no Reino
Considerando essa sequência de eventos que causam os Unido e em poucas décadas se espalhou
acidentes, Heinrich passou à discussão dos custos envolvidos para a Europa Ocidental e os Estados
nos acidentes. Ele qualificou como “custo direto” a quantia Unidos.
total dos benefícios pagos pelas companhias de seguro e como
“custo indireto” os gastos diretamente assumidos pelas A Revolução Industrial marca um divisor
empresas. Daí, ele definiu o “custo total” como a soma do custo de águas na história e quase todos os
direto mais o custo indireto. O resultado obtido foi a conhecida aspectos da vida cotidiana da época foram
relação 4:1, ou seja, o custo indireto, ou intangível, decorrente de influenciados de alguma forma por esse
um acidente, é equivalente a quatro vezes o custo direto. processo. Em particular, a renda média e a
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população começaram a experimentar um


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Esta conclusão é conhecida como “Iceberg de Heinrich”, pois crescimento sustentado sem precedentes
somente uma parte do custo total de um acidente se mostra históricos.
evidente em um primeiro momento.

20% - Custo
direto, ou visível
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80% - Custo indireto,


ou intangível Fonte:
Lucas, Robert E., Jr.. Lectures on Economic Growth.
Cambridge: Harvard University Press, 2002.

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Técnicas de Análise de Risco

Tomando como base 1500 empresas, Heinrich concluiu que, em média, acidentes da mesma espécie
ocorrendo 330 vezes resultariam em 1 lesão grave, 29 lesões leves e 300 acidentes sem lesões.

Esta relação pode ser representada na forma de um “triângulo de acidentes”.

1 Lesão Grave

29 Lesões Leves

300 Acidentes sem lesões

Pirâmede de Heinrich

Estes dados levaram Heinrich a duas conclusões de grande importância para os profissionais
prevencionistas.

1- A prevenção de acidentes pode levar à inexistência de lesões.

2- A prevenção de atos e condições inseguras pode levar à inexistência


de acidentes.
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Em 1976 Bird faz uma releitura do trabalho de Heinrich, discutindo a questão das perdas causadas por
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acidentes. Bird apresentou os resultados de uma pesquisa que realizou em 1969, consistindo em uma
análise de 1.753.498 acidentes de 297 empresas. Os resultados foram:

1 Acidente Grave
10 Acidentes Pouco Grave
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30 Danos Materiais
600 Quase Acidentes

Pirâmede de Bird

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Técnicas de Análise de Risco

Neste novo modelo, o primeiro fator, na sequência de eventos, que poderia levar a uma perda de produção
é a falta de controle do gerenciamento, causado por planejamento inadequado, normas de planejamento
inadequadas e falhas no atendimento a normas.

A falta de gerenciamento permite a existência de certas causas básicas de incidentes que degradam a
operação do negócio. As causas básicas são frequentemente classificadas em dois grupos: fatores pessoais,
resultantes da falta de conhecimento ou habilidade, motivação inadequada e problemas físicos ou
mentais e fatores do trabalho, resultantes de normas inadequadas de trabalho, projeto ou manutenção
inadequada. Estas causas básicas representam a origem da perda (Atos Inseguros e Condições Inseguras).

A existência de causas básicas possibilita a ocorrência de causas imediatas, que representam


os sintomas da perda e são classificadas como práticas e condições inseguras, ou fora dos padrões
aceitáveis.

DDS - Diálogo Diário de Segurança


O Diálogo Diário de Segurança é basicamente a reserva de um pequeno espaço de tempo,
recomendado antes do inicio das atividades diárias na empresa e com duração de 5 a 15 minutos,
para a discussão e instruções básicas de assuntos ligados à segurança no trabalho que devem ser
utilizadas e praticadas por todos os participantes.

Dicas para um bom DDS:


1- Seja objetivo. Proponha uma assunto relativo às atividades do dia e crie condições para que as
pessoas possam trocar informações, apresentar idéias e tirar dúvidas.

2- Busque temas interessantes e atuais que tenham a ver com as atividades. Busque notícias, jornais,
acontecimentos, etc. Use a criatividade para envolver o grupo na discussão.

3- Explique sempre a importância, o objetivo e o funcionamento do DDS. Deixe claro a importância da


participação de todos.
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4- Faça um esquema de rodízio com os participantes do grupo. Por exemplo, cada dia um integrante
do grupo conduz o DDS.
5- Não faça DDSs muito rápidas ou demoradas.
Tente ficar entre 5 à 15 minutos.

6- Fale de maneira clara e adequada, se


adaptando ao nível do grupo.
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7- É importante registrar o DDS. Utilize os


procedimentos da empresa, ou crie um
procedimento próprio. Data, duração, local,
assunto abordado, nomes e número de
participantes, são dados que podem conter no
registro.

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Técnicas de Análise de Risco

Técnicas de Análise de Risco


A importância da prevenção

As técnicas de análise de risco possibilitam a identificação dos perigos que podem afetar a saúde e
segurança dos trabalhadores, o meio ambiente e o patrimônio. Entendemos riscos como a combinação
entre a frequência ou a probabilidade de um evento indesejado e a consequência do mesmo, podendo ser
o risco moderado, crítico ou catastrófico, dependendo da severidade dos danos causados e da frequência.

Para identificar os perigos, aspectos ambientais e possíveis


desvios de processo, qualificar e quantificá-los em termos de
consequências se faz necessário a utilização das técnicas de
análise de risco que podem ser caracterizadas como dedutivas
ou indutivas.

As técnicas dedutivas partem do perigo, aspecto ambiental


ou desvio de processo para as causas e consequências com
objetivo de propor ações de correção. As técnicas indutivas
são o contrário, investigam os possíveis efeitos de um evento
desejado partindo de um desvio de processo ou evento
indesejado para avaliar as causas e consequências para propor
ações corretivas. As técnicas dedutivas e indutivas podem ser
qualitativas e quantitativas.

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Dedutivas Indutivas
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Eventos Causas Causas Eventos

Qualitativas Quantitativas
As informações partem do As informações partem de bancos
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conhecimento e experiência dos de dados, simuladores, modelos


envolvidos no processo analisado matemáticos, etc e que procuram
representar os danos causados por
eventos indesejados

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Técnicas de Análise de Risco

As técnicas qualitativas, são assim denominadas porque grande parte de suas informações são baseadas
na experiência e conhecimento dos envolvidos do processo analisado, apesar de algumas vezes serem
utilizados bancos de dados para se definir a frequência ou probabilidade dos eventos indesejados. A
severidade de tais eventos não é calculada, podendo o grupo de análise adotar uma postura conservadora
ou pessimista em relação a essa classificação.

As técnicas quantitativas são avaliações de risco que buscam quantificar a vulnerabilidade da área analisada
e a consequência em termos de danos físicos as pessoas dentro e fora do processo, danos materiais e
ao meio ambiente. Para isso existem modelos matemáticos e simuladores que utilizam dados de campo
relativos a equipamentos, condições ambientais e variáveis que possibilitem representar o mais próximo
da realidade os danos causados por eventos indesejados.

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Qualitativa Quantitativa
Indutiva Dedutiva Indutiva Dedutiva
FMEA APR AQR FTA
FMECA SIL
HAZOP
HAZID
WHAT IF
Fonte: Calixto, 2005

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Técnica Descrição
Um método de análise indutivo no qual são postuladas falhas particulares ou
FMEA condições iniciadoras e que revela a gama completa dos efeitos no sistema.
FMECA
A FMEA pode ser adaptada para realizar o que é designado pela análise dos
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(Análise dos
modos de falha, efeitos e severidade (FMECA). Na FMECA, cada modo de
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modos de
falha identificado é hierarquizado de acordo com a influência combinada da
falha e dos seus
efeitos) respectiva possibilidade de ocorrência e da severidade das suas
consequências.
Método da engenharia de sistemas utilizado para representar as combinações
FTA
lógicas dos vários estados do sistema e das causas que podem contribuir para
(Análise por
a ocorrência de um dado evento (denominado “evento de topo”).
árvore de
falhas) Trata-se de um modelo dedutivo que se contrapõe ao modelo indutivo da
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análise em forma de árvore de eventos.


É uma técnica de análise qualitativa desenvolvida com o intuito de examinar
HAZOP (Hazard as linhas de processo, identificando perigos e prevenindo problemas.
Operability Esta metodologia é baseada em um procedimento que gera perguntas de
Studies) maneira estruturada e sistemática através do uso apropriado de um conjunto
de palavras guias aplicadas a pontos críticos do sistema em estudo.

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Técnicas de Análise de Risco

Técnicas de Análise de Risco


Técnica Descrição
É um processo de identificação e descrição dos perigos (ameaças), que pode
ser aplicado em qualquer fase do projeto, principalmente na fase inicial.
HAZID (Hazard
Envolve uma equipe multi-disciplinar, com muita experiência em Análise de
Identification
Study)
Risco e conhecedora das instalações (processo).
Utiliza a técnica de Brainstorming para identificar e avaliar os perigos
potenciais.
A técnica what if foi desenvolvida a partir dos check list, ferramenta de
qualidade utilizada para controle de processo, porém a ferramenta não é
utilizada para verificação de uma ação realizada ou de processo e sim para
uma ação a ser realizada.
What If
A principal idéia da técnica é desenvolver uma série de questionamento
sobre uma ação operacional, mudança de processo ou no caso de projeto,
sendo mais apropriada na fase de conceituação do projeto pela ausência de
informações para qualificação dos riscos existentes.
A análise de efeitos e consequências tem como objetivo estimar os danos
gerados pelos acidentes através de cálculos baseado nos diversos tipos de
AQR (Análise cenários como liberação de nuvem tóxica, incêndio, explosão dentre outros
de Efeitos e e seus efeitos ao meio ambiente, instalações e saúde dos trabalhadores. Para
Consequências) a realização da AQR é necessário a identificação dos perigos pelas diversas
técnicas de análise de risco e análise dos cenários para quantificação das
consequências.
O nível de integridade de segurança (SIL) esta relacionado com a
SIL (Avaliação
probabilidade de falha na demanda de uma dada função (SIF). Na verdade
do Nível de
cada perigo esta relacionado a uma função (SIF) que esta dentro de um
Integridade e
sistema de proteção (SIS), sendo composto por uma ou mais funções de
Segurança)
integridade (SIF).
APR Ver próximo item!
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APR
A Análise Preliminar de Risco

A APR recebe uma maior importância por sua facilidade de implementação e por ser uma técnica eficaz
e consolidada nos processos de atividades que envolvem eletricidade e trabalhos de manutenção e
construção.

A análise preliminar de risco foi utilizada inicialmente na área militar, para identificação em sistemas de
mísseis que utilizavam combustível líquido, envolvendo perigo de explosão e incêndio, sendo uma forma
de prevenção e garantia da aplicação dos procedimentos.

Na indústria, a APR é utilizada em processos antes da realização de atividades que envolvam perigos
que possam causar acidentes graves. Existe a diferença entre Análise Preliminar de Risco (APR) e Análise
Preliminar de Perigo (APP), que no primeiro caso além de avaliar os perigos existentes é feita uma
qualificação dos riscos através da qualificação das frequências ou probabilidade de exposição aos perigos
e da gravidade das consequências dos acidentes ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores . Podemos
verificar em alguns casos a análise preliminar de tarefa, podendo haver qualificação do risco ou não, sendo
utilizada para tarefas específicas com objetivo de prevenção aos riscos envolvidos. A análise preliminar
de riscos é um técnica qualitativa de risco dedutiva, ou seja, ela inicia na identificação dos perigos, sendo
avaliada as causas, qualificação dos riscos e propostas para bloqueio e controle dos perigos.

Para realizar a APR é necessário um coordenador que conheça além da técnica, os conceitos de perigo
e dano, pois é comum haver confusão desses conceitos, podendo comprometer as recomendações
sugeridas na análise. Além do coordenador é necessário especialistas de áreas operacionais relacionadas
ao empreendimento para avaliar a operacionalidade das ações propostas .

A análise preliminar de risco pode ser feita com focos em segurança ou meio ambiente. A melhor opção é ser
feita integrada considerando os dois aspectos, porém é necessário uma visão integrada dos participantes,
o que não ocorre em muitos casos. A APR tem com principais vantagens a possibilidade de participação de
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um grupo multidisciplinar, a utilização de pouco tempo para análise e simplicidade da aplicação da técnica,
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podendo ser utilizada em áreas operacionais de forma preventiva antes da realização das tarefas.

As desvantagens são a dependência da percepção dos perigos no processo ou projeto por parte dos
envolvidos, que no caso de esquecimento de um perigo pode ocorrer um acidente por não haver ação de
controle ou bloqueio. Outra desvantagem é a utilização de uma análise feita para um processo, atividade,
projeto ou tarefa em outro parecido ou, no mesmo caso, em outro período não havendo nesse caso
discussão sobre os perigos e consequentemente conscientização da importância das ações e bloqueio,
sendo apenas o cumprimento de uma exigência gerencial.
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APR
Perigo Causas Consequências Frequência Severidade Risco Recomendações

As causas
As
Todo evento responsáveis
consequências
acidental ou pelo perigo
são os efetios
potencial para podem
dos acidentes Classificar
causar danos envolver A definir A definir Plano de Ação
envolvendo: severidade
às pessoas, tanto falhas
radiação
instalações ou de equip.
térmica, dose
meio ambiente como falhas
tóxica, lesão, etc
humanas

Como fazer a APR


Descrever e caracterizar os Riscos:

A partir da descrição dos riscos são identificadas as causas (agentes) e efeitos (consequências) dos mesmos,
o que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas
detectadas.

A priorização das ações é determinada pela caracterização dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial ou
maior for o risco, mais rapidamente deve ser preservada.

Fazer a medição do risco e analisar qual EPI será capaz de controlá-lo, a ponto de deixá-lo aceitável.

Medidas de Controle e Prevenção:


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APR tem sua importância maior no que se refere à determinação de uma série de medidas de controle
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e prevenção de riscos, desde o início operacional do sistema, permitindo revisões de projeto em tempo
hábil, com maior segurança, além de definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.

a) Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas,
para determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido,
tomando como base a experiência passada.

b) Revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais
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funções e procedimentos, ambientes onde se darão as operações, etc. Enfim, consiste em estabelecer os
limites de atuação e delimitar o sistema que a missão irá abranger: a que se destina, o que e quem envolve.

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c) Determinação dos riscos principais: identificar os riscos potenciais com potencialidade para causar lesões
diretas e imediatas, perda de função (valor), danos à equipamentos e perda de materiais.

d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de riscos, determinando para cada risco
principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados.

e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um apanhado de idéias para levantamento
dos meios passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que
compatíveis com as exigências do sistema.

f) Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes
para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os
riscos.

g) Indicação de quem será responsável pela execução das ações corretivas e/ou preventivas: Indicar
claramente os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando também, para
cada unidade, as atividades a desenvolver.

As APRs devem ser elaboradas de acordo com as atividades típicas da empresa em que se atua. Um
modelo de APR para uma prestadora de serviço deve ser diferente de uma para a indústria, devendo cada
uma atender a requisitos específicos de preenchimento conforme a atividade e riscos mais comumente
encontrados.
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Com organização
e tempo, acha-se o
segredo de fazer tudo e

bem feito.
Pitágoras
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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WWW.TOPNR10.COM.BR

CAPÍTULO 4
Medidas de Controle do Risco Elétrico
- Desenergização
- Aterramento Funcional, Proteção e Temporário
- Equipotencialização
- Secionamento Automático da Alimentação
- Dispositivos de Corrente de Fuga
- Extra Baixa Tensão
- Barreiras e Invólucros
- Bloqueios e Impedimentos
- Obstáculos e Anteparos
- Isolamento das Partes Vivas
- Colocação Fora do Alcance
- Separação Elétrica

CAPÍTULO 4

Medidassit incillaorper
de Controle do Risco Elétrico
sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Controlando os riscos 4
Desenergização
Os procedimentos 5
Aterramentos 10
Funcionais, de proteção e temporários

Equipotencialização
A proteção de equipamentos 19
Secionamento Automático
Os dispositivos de proteção 20
Dispositivos de Corrente de Fuga
Os famosos DRs 22
Extra Baixa Tensão
Eliminando o risco 24
Barreiras e Invólucros
Aumentando a segurança 25
Índice
Bloqueios e Impedimentos
Controlando a fera 27
Obstáculos e Anteparos
Dificultando o acesso ao risco 29
Isolamento das Partes Vivas
Choques em contatos acidentais 30
Colocação Fora do Alcance
Afastando o risco 31
Separação Elétrica
Os trafos isoladores 33
Medidas de Controle do Risco Elétrico

Introdução
Controlando os riscos

Como visto anteriormente, todo trabalhador que desenvolve atividades em instalações elétricas ou suas
proximidades é submetido aos riscos elétricos, que podem ser: campo elétrico, arco elétrico ou choque
elétrico. Sendo assim, é necessária a adoção de medidas preventivas.

As medidas de controle do risco elétrico envolvem desde técnicas de análise de risco, documentação
sobre a instalação elétrica, unifilares, resultados de testes em equipamentos, testes de isolamento,
especificações de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e EPCs, (Equipamentos de Proteção Coletiva)
até procedimentos de segurança e medidas de proteção coletiva.

Para nos protegermos contra os riscos, algumas medidas de controle precisam ser adotadas. Estas medidas
serão abordadas na sequência. Esta capítulo trata sobre o controle da FERA!

CONTROLANDO
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A FERA

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Desenergização E o que é uma instalação


energizada?
Os procedimentos De acordo com a NR-10 (item 10.6.1),
toda instalação elétrica com tensão
A desenergização é considerada uma medida de proteção igual ou superior a 50 Volts em corrente
coletiva prioritária pela NR-10, de acordo com o item 10.2.8.2,
alternada ou superior a 120 Volts em
pois permite controlar o risco elétrico afim de garantir a
corrente continua, é considerada
segurança e a saúde do trabalhador. Todo serviço que tenha
energizada. Deve-se observar que a
condições de ser realizado com a instalação desenergizada
tensão pode “aparecer” na instalação
deve assim ser feito, não expondo o trabalhador a um risco
por diversas razões.
desnecessário. A desenergização é a medida de proteção
mais eficiente contra o risco elétrico.
Esse conceito é importante e será
O ato de desenergizar o sistema não é o simplesmente realizar útil na definição do aterramento
o desligamento, mas sim a supressão da energia elétrica da temporário.
instalação, sendo o trabalho em instalações desenergizadas
chamado de “trabalho sem tensão”.

A NR-10 distingue a diferença entre a instalação


desenergizada e a desligada no item 10.5.4, pois para
serviços executados em instalações elétricas desligadas, mas
com possibilidade de energização, por qualquer meio ou
razão, deve ser atendido ao que estabelece o disposto no
item 10.6 (Segurança em Instalações Energizadas), ou seja,
uma instalação desligada deve ser tratada da mesma forma
que uma instalação LIGADA!

A desenergização é um procedimento estabelecido na NR-10, utilizado para garantir que a instalação não
será reenergizada por qualquer meio ou razão. A instalação desenergizada apresenta nível de segurança
muito superior ao da desligada, e impede principalmente a energização acidental, que pode ser causada
por exemplo:
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• Fechamento de chave seccionadora;


• Erros na manobra;
• Contato acidental com outros circuitos energizados;
• Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;
• Fontes de alimentação de terceiros (geradores);
• Linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e colocação de transformadores.
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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir:

Passo 1 - Secionamento
É o ato de realizar a abertura do circuito, promovendo a descontinuidade
elétrica total através do afastamento adequado entre as partes de
um circuito. Este procedimento é possível mediante o acionamento
de dispositivo apropriado (chave seccionadora, retirada de fusíveis,
afastamento de disjuntores de barras), acionado de forma manual ou
automática, de acordo com procedimentos específicos.

Chave secionadora MT

Passo 2 - Impedimento de Reenergização


São definições que estabelecem as condições para impedir a reenergização do circuito ou equipamento
desenergizado, garantindo ao trabalhador o controle do seccionamento. O impedimento é obtido através
de travamentos mecânicos, utilizando fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento.

Deve-se utilizar um sistema de travamento do dispositivo de seccionamento, impedindo a reenergização


involuntária ou acidental do circuito ou equipamento durante a execução da atividade que originou o
seccionamento. Também devem ser fixadas placas de sinalização alertando sobre a proibição da ligação
da chave e indicando que o circuito está em manutenção.

O risco de energizar inadvertidamente o circuito é grande em atividades


que envolvam equipes diferentes, onde mais de um empregado estiver
trabalhando. Para estes casos a eliminação dos riscos é obtida pelo emprego
de tantos bloqueios quantos forem necessários para execução da atividade,
com isso, o circuito somente será novamente energizado quando o último
empregado/equipe concluir o serviço e destravar os bloqueios, mediante a
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procedimentos de liberação específicos.


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A desenergização dos circuitos de uma instalação deve ser sempre


programada e amplamente divulgada para que a interrupção da
energia elétrica reduza os transtornos e a possibilidade de acidentes. A
reenergização deverá ser autorizada somente após informado a todos os
envolvidos.
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Kits de Bloqueio

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Passo 3 - Constatação da Ausência de Tensão


É a constatação da ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico.
Esta verificação é realizada com equipamentos detectores testados
antes e após a verificação da ausência de tensão, podendo ser realizada
por contato ou por aproximação e de acordo com procedimentos
específicos.

Detector BT Detector MT/AT c/ bastão isolante

Passo 4 - Instalação de Aterramento Temporário


com Equipotencialização dos Condutores dos
Circuitos
Constatada a inexistência de tensão, um condutor do conjunto de
aterramento temporário deverá ser ligado à terra e ao neutro do sistema,
quando houver, e às demais partes condutoras estruturais acessíveis.

Na sequência, deverão ser conectadas as garras de aterramento aos


condutores fase, previamente desligados, obtendo-se assim uma
equalização de potencial entre todas as partes condutoras no ponto
de trabalho. Observe-se que este procedimento está sendo realizado
em uma instalação apenas desligada o que pressupõe os cuidados Aterramento BT
relativos à possibilidade de ocorrência de arcos. É importante controlar
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a quantidade de aterramentos temporários implantados de forma a


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garantir a retirada de todas as unidades antes da reenergização.

Muitas vezes é normal o aparecimento de um faíscamento no momento


do aterramento. Isso se deve a carga residual existente nos cabos e
isolantes do sistema.

Todo o procedimento de aterramento deve ser executado com EPIs


relativos aos riscos de Arco Elétrico e Choques.
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Aterramento MT

Grampo de conexão

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Passo 5 - Proteção dos Elementos Energizados na Zona Controlada


É a área em torno da parte condutora energizada, segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de
acordo com nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados, como disposto
no anexo II da NR-10.

Todos os elementos energizados, situados na zona controlada, para que não possam ser acidentalmente
tocados, deverão receber isolação conveniente (mantas, calhas, capuz de material isolante, etc).

Proteção dos condutores energizados

Passo 6 - Instalação da Sinalização de Impedimento de Energização


É a adoção de uma sinalização adequada de segurança, cujo objetivo é advertir, identificar a razão da
desenergização e registrar as informações do responsável. Podem ser utilizados cartões, avisos, placas ou
etiquetas de sinalização do travamento ou bloqueio desde que sejam claros e adequadamente fixados.

Procedimentos específicos deverão assegurar a comunicação da condição impeditiva de energização


a todos os possíveis usuários do sistema. Após a conclusão dos serviços e verificação de ausência de
anormalidades, o trabalhador irá providenciar a retirada das ferramentas, equipamentos, utensílios e por
fim o dispositivo individual de travamento e etiqueta correspondente.
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Kit de sinalização

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Medidas de Controle do Risco Elétrico
NR-10

10.5.2 o estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para
reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a sequência de procedimentos abaixo:

a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;


b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo
de reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções
adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização,
e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.
CHECK - LIST O sistema elétrico somente entrará em
LIBERAÇÃO DE CABINE PARA operação, após os procedimentos de liberação
ENERGIZAÇÃO dos responsáveis pelo serviço, os quais irão
EMPRESA CONTRATANTE LOCAL E CIRCUITO
realizar a inspeção geral e certificação da
retirada de todos os travamentos, cartões
INSPEÇÃO E VERIFICAÇÃO
ITEM
DATA HORA OK DF NA
e bloqueios e remoção dos conjuntos de
1 TODAS AS FERRAMENTAS FORAM RECOLHIDAS?
aterramento. A retirada dos conjuntos de
2 TODO MATERIAL FOI RETIRADO DA CABINE?
aterramento temporário deverá ocorrer em
3 OS ATERRAMENTOS DE ALTA TENSÃO FORAM RETIRADOS? ordem inversa à de sua instalação.
4 OS ATERRAMENTOS DE BAIXA TENSÃO FORAM RETIRADOS?

5 TODAS AS CHAVES KIRK ESTÃO NOS EQUIPAMENTOS? Além dos passos seguidos, pode ser utilizada
6 OS CABOS DE ALTA TENSÃO ESTÃO CONECTADOS E BEM PRESOS? uma etiqueta com check-list e a identificação
7 OS CABOS DE ALTA TENSÃO FORAM IDENTIFICADOS E LIGADOS CORRETAMENTE?
dos trabalhadores responsáveis pela
8 OS CABOS DE BAIXA TENSÃO ESTÃO CONECTADOS E BEM PRESOS?
desenergização.
9 OS CABOS DE BAIXA TENSÃO FORAM IDENTIFICADOS E LIGADOS CORRETAMENTE?

10 OS BARRAMENTOS ESTÃO TODOS EM POSIÇÃO?

11 OS BARRAMENTOS ESTÃO TODOS BEM CONECTADOS? AS EMENDAS FORAM APERTADAS?


A desenergização é a medida de controle
12 TODOS OS ISOLADORES ESTÃO LIMPOS E LIVRES DE QUALQUER MATERIAL? prioritária, de acordo com a NR-10, para garantir
13 TODAS AS SECIONADORAS ESTÃO BEM FECHADAS? a segurança e a saúde dos trabalhadores.
14 O DISJUNTOR DE ALTA TENSÃO ESTÁ ABERTO E COM MOLA DESCARREGADA? Portanto, para que seja aplicado de maneira
15 O DISJUNTOR DE ALTA TENSÃO ESTÁ COM O NÍVEL DE ÓLEO CORRETO? eficaz, cada passo deve ser realizado de
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16 OS DISJUNTORES GERAIS DE BAIXA TENSÃO ESTÃO DESLIGADOS?


maneira adequada. A forma mais fácil e segura
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17 OS CABOS DE COMANDO, TCs E TPs ESTÃO CONECTADOS E IDENTIFICADOS?


LEGENDA
é seguir os requisitos das normas técnicas,
OK - O ITEM FOI VERIFICADO E ESTÁ LIVRE PARA OPERAÇÃO pois em hipótese alguma deve realizá-la de
DF - O ITEM NÃO ESTÁ CONFORME. UMA INTERVENÇÃO É NECESSÁRIA
NA - O ITEM NÃO É APLICÁVEL DEVIDO A CONFIGURAÇÃO DO EQUIPAMENTO forma intuitiva.
ITEM DEFICIÊNCIAS ENCONTRADAS E OBSERVAÇÕES

CONCLUSÃO
A CABINE ESTÁ LIBERADA PARA ENERGIZAÇÃO? SIM NÃO
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EXECUTOR TÉCNICO DA VERIFICAÇÃO

ASSINATURA

Exemplo de Check-List para Reenergização de Sistema MT

Acesse a área exclusiva de download e baixe este check-list!

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Aterramentos
Funcionais, de proteção e temporários

O aterramento é uma medida de proteção contra contatos indiretos, tendo como função o escoamento
para a terra das cargas elétricas indesejáveis.

Sua importância é indiscutível, visto que existem leis abordam o tema. A NR-10, no item 10.2.8.3, apresenta
a seguinte redação:

“O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida
pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.”

Um sistema de aterramento é composto por:

- cabos que irão conduzir a corrente de defeito;


- hastes de aterramento para melhorar a resistência de terra;
- conectores e terminais interligando todas as partes metálicas ao aterramento.

Os aterramentos podem ser do tipo Funcional, de Proteção ou Temporário (de trabalho).

Aterramento Funcional
É a ligação à terra de um dos condutores do circuito de aterramento, cujo objetivo é o funcionamento
correto, seguro e confiável da instalação.

A função deste tipo de aterramento é de prover um caminho elétrico para atuação das proteções,
circulação das correntes de curto-circuitos e desequilíbrio, além de, reduzir sobretensões provocadas por
curto-circuitos e descargas atmosféricas.
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Aterramento de Proteção
É a ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação para proteção contra
choques elétricos por contatos indiretos. Por exemplo, os aterramentos de motores, chuveiro e demais
equipamentos.
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Com aterramento a corrente


Sem aterramento, o único
encontra um caminho de
caminho é o corpo.
baixa resistência

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Esquemas de Aterramento (Funcionais e de Proteção) - NBR 5410


Os diferentes esquemas de aterramento descritos caracterizam o método de aterramento do neutro da
Baixa Tensão de um transformador AT/BT e o aterramento das partes metálicas expostas da instalação
suprida por ele. A escolha desses métodos orienta as medidas necessárias para proteção contra os riscos
de contatos indiretos.

Cada sistema de aterramento reflete 3 escolhas Símbolos dos Sistemas de Aterramento NBR5410
técnicas:
Condutor Neutro (N)
Método de aterramento;

Disposição dos condutores de proteção; Condutor de Proteção (PE)

Disposição da proteção contra contados


indiretos, Condutor Combinando as Fun-
ções de Neutro e Proteção (PEN)

As consequências de cada escolha são as seguintes:

Choque elétrico; Sobretensões;

Fogo (Incêndio); Perturbações eletromagnéticas;

Continuidade do sistema de força; Projeto e operação.

Simbologia dos Esquemas de Aterramento


Para compreender melhor o significado de TN / TT / IT na classificação dos esquemas de aterramento, será
apresentada abaixo a simbologia utilizada.
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PRIMEIRA LETRA – Situação da alimentação em relação à terra:


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T = Um ponto diretamente aterrado;


I = Isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de impedância.

SEGUNDA LETRA – Situação das massas da instalação elétrica em relação à terra:

T = Massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da


alimentação;
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N = Massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é
normalmente o ponto neutro).

OUTRAS LETRAS (EVENTUAIS) – Disposição do condutor neutro e do condutor de proteção:

S = Funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos;


C = Funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN).

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Esquemas TN (TN-C / TN-S / TN-C-S)


A fonte é aterrada (geralmente o centro da estrela de um enrolamento BT). Na instalação, todas as partes
metálicas expostas e as partes também metálicas mas não pertencentes à instalação são ligadas ao
condutor neutro. As várias versões dos esquemas TN são a TN-C, TN-S e TN-C-S.

TN-C
O condutor neutro é também usado como condutor
de proteção e é designado como PEN (condutor de
proteção e neutro). Este esquema não é permitido
para condutores de seção inferior a 10mm² e para os
equipamentos portáteis.

TN-C

TN-S
Os condutores de proteção e neutro são separados.
O uso de condutores separados PE e N (cinco fios)
é OBRIGATÓRIO para circuitos de seção inferior a
10mm² para cobre e 16mm² para alumínio e em
equipamentos móveis.

TN-C-S
Os esquemas TN-C e TN-S podem ser usados na
mesma instalação. No esquema TN-C-S, o esquema TN-S e TN-C-S
TN-C não deve ser utilizado após o sistema TN-S. O
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ponto em que o condutor PE se separa do condutor


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PEN é geralmente na origem da instalação.

IT (Neutro Isolado)
Nenhuma conexão intencional é feita entre o ponto neutro da fonte e a terra. Todas as partes condutoras
expostas e estranhas à instalação são ligadas ao eletrodo de terra.
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Na prática todos os circuitos têm uma impedância de fuga para a terra, já que nenhuma isolação é
perfeita. Em paralelo com esta resistência de fuga distribuída, há uma capacitância distribuida, e essas
partens juntas constituem a impedância normal para a terra.

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Massas

Em sistemas de energia, chamamos


as partes condutoras (que não
são utilizadas para condução de
eletricidade) de massas, como
por exemplo, a carcaça de uma
luminária ou equipamento.

IT

Sistema IT-Médico
Por volta de 1973, nos EUA, foi proposto a adoção de um sistema isolado para fornecimento de energia
elétrica em salas de cirurgia. Tal sistema ficou conhecido como sistema IT e está normalizado pelo IEC
60364-7-710 Ed. 1.0 b -”Electrical Installations of Buildings - Requirements for Special Installations or
Locations - Medical Locations, Part 710.413.1.5”, 2002. Este sistema tem a principal função de impedir
que uma primeira falha interrompa o fornecimento de energia durante a cirurgia.

A utilização de sistemas IT Médico aumenta a segurança para o paciente e para o corpo clínico, pois
a interrupção no fornecimento de energia elétrica em caso de uma falta é evitada, pois mesmo em
um caso de curto-circuito fase terra, por exemplo, um equipamento eletro médico pode ser usado
para auxiliar ou substituir, temporariamente ou permanentemente, funções vitais de um paciente.
Além disso, ocorre uma redução nas correntes de fuga circulando pelo condutor de proteção, o que
diminui a tensão de contato e consequentemente a intensidade de um choque elétrico acidental.

O sistema possui sensor de Falta de Fase, Sensor de Sobrecorrente, Dispositivo Supervisor de


Temperatura (DST), Dispositivos Supervisor de Isolamento (DSI) que mede a resistência entre os
condutores de alimentação e o condutor de proteção, sinalizando sonora e visualmente quando essa
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resistência decresce para 50 kΩ.


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No Brasil as normas NBR 13534, item 5.1.3.1.4 e ANVISA RD-50, item 7.2.3.1, obrigam utilização do
esquema IT para locais GRUPO 2.
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Medidas de Controle do Risco Elétrico

IT (Neutro Aterrado por Impedância)


Uma impedância Zs (da ordem de 1.000 a 2.000
ohms) é ligada permanentemente entre o neutro do
enrolamento de BT do transformador e a terra. Todas
as partes metálicas expostas e estranhas à instalação
são ligadas a um eletrodo de terra. As razões para esta
forma de aterramento da fonte são: Fixar o potencial
de uma pequena rede em relação à terra (Zs é pequena
quando comparada com a impedância de fuga) e
reduzir o nível de sobretensões, tais como os surtos
em relação à terra transmitidos pelos enrolamentos
de alta tensão, cargas estáticas, etc.
IT

TT (Neutro Aterrado)
Da mesma forma que o esquema TN, um ponto da
fonte é ligado diretamente à terra. Todas as partes
metálicas expostas e todas as partes metálicas
estranhas à instalação são ligadas a um eletrodo de
terra separado na instalação.

Este eletrodo é independente do eletrodo da fonte,


podendo suas zonas de influência se sobreporem,
sem afetar a operação dos dispositivos de proteção.
TT

Falta, falha e Defeito


Os termos “falha” e “defeito” não devem ser usados no lugar de “falta”.
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Falha significa o término da capacidade de desempenhar a função requerida. É o caso, por


exemplo, de um dispositivo automático que não atua mais nas condições em que deveria ou de
uma isolação que perdeu sua capacidade de isolamento.

Defeito é uma alteração física que prejudica a segurança e/ou o funcionamento de um


componente. É, por exemplo, o caso de um disjuntor com a caixa moldada rachada ou de
um cabo cuja isolação foi “machucada”, durante o puxamento, nas rebarbas de uma caixa de
passagem.
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Observe-se que um “defeito“ pode dar origem a uma “falha“ e esta a uma “falta“, como pode
ocorrer com um cabo cuja isolação esteja defeituosa.

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Aterramento Temporário
A manutenção em redes aéreas desligadas, nos apresenta à primeira vista como uma condição
APARENTEMENTE segura para a execução dos trabalhos. Entretanto, elas podem ser indevidamente
energizadas, por diversos fatores entre os quais enumeramos os mais comuns:

• Erros de manobra;
• Contato acidental com outros circuitos energizados;
• Tensões induzidas por linhas adjacentes;
• Descargas atmosféricas, mesmo que distantes do local de trabalho;
• Fontes de alimentação de terceiros.

Infelizmente os fatores acima não se constituem em fatos teóricos, ou mesmo impossíveis de ocorrer,
como muitas vezes o homem de manutenção tende a imaginar, pois a prática tem nos mostrado a sua
veracidade através dos inúmeros acidentes que ocorrem anualmente nas empresas de energia elétrica. O
aterramento e curto circuitamento temporário, como procuraremos observar a seguir, constitui-se
na principal proteção do homem nos trabalhos em redes desenergizadas, devendo ser considerado,
portanto, como sua PRINCIPAL FERRAMENTA DE TRABALHO.

Esta proteção é oferecida pelo conjunto de aterramento e curto


circuitamento temporário ao homem de manutenção através de
limitação de tensão no local de trabalho a valores seguros, pelo
escoamento das correntes, em caso de uma energização acidental
que pode ocorrer por diversos fatores, conforme exemplificamos
anteriormente.

O aterramento temporário deve ter a capacidade para conduzir


a máxima corrente de curto-circuito pelo tempo necessário à
atuação do sistema de proteção, por três vezes consecutivas, além
de conduzir as correntes induzidas de estado permanente.

Devem possuir grampos, conectores e cabos, dimensionados para suportar os esforços mecânicos
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gerados pelas correntes de curto circuito sem se desprenderem nas conexões ou se romperem. Devem
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manter por ocasião da corrente de curto-circuito à terra uma queda de tensão, através do conjunto de
aterramento, não prejudicial ao homem em paralelo com o mesmo.

Deve ser também prático e funcional ao serviço de manutenção, porém, observando-se antes de tudo,
as características acima, pois seria uma incoerência com os princípios de segurança, ter um conjunto de
aterramento e curto circuitamento temporário, que não ofereça a proteção adequada.
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O CABO de aterramento é um elemento de suma importância do conjunto de aterramento e curto


circuitamento temporário, pois é através dele que fluem as eventuais correntes que possam surgir
acidentalmente no sistema. Por isso mesmo, ele deve ser dimensionado para conduzir e suportar a
máxima corrente de curto circuito.

O limite de sua resistência Ôhmica é por demais importante, pois em função de seu valor, poderemos ter
maior ou menor queda de tensão no local de trabalho. O cabo deve ser de cobre eletrolítico, ultra-flexível
e possuir isolamento 600V transparente (para que se possa ver a integridade do cabo).

Para dimensionarmos o cabo de aterramento e curto circuitamento devemos observar dois fatores básicos.
Condutividade e resistividade, cujos valores serão determinados em função da corrente de curto circuito
máxima do sistema onde será utilizado o conjunto de aterramento e curto circuitamento temporário.

a) CONDUTIVIDADE
Se a corrente de curto-circuito máxima em determinado sistema for de 10.000 A e se considerarmos
um tempo seguro de 30 ciclos para atuação do equipamento de proteção, teremos de acordo
com a tabela fornecida pelos fabricantes a indicação do cabo de 25mm², como suficientemente
dimensionado para conduzir a corrente acima sem fundir.

b) RESISTIVIDADE
Considerando o valor altamente seguro de 500 ohms para a resistência oferecida pelo corpo humano,
medida da palma de uma das mãos, à palma da outra mão ou do pé (excluídas as resistências de
contato) e a corrente de 100 mA como a máxima possível de ser suportada pelo homem, num
tempo máximo de 30 ciclos, teremos como limite de queda de tensão no local de trabalho 50 volts.
Ex.: 0,1 A x 500 ohms = 50 V.

Assim, no exemplo considerado, com uma corrente de curto-circuito de 10.000 A resistência máxima
admissível para o conjunto de aterramento e curto circuitamento temporário seria de 0,005 ohms.
Ex.: R = 50 V ÷ 10.000 A = 0,005 ohms.
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Aterramentos Temporários

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Posicionamento do Aterramento Temporário


Conforme já observamos anteriormente, a prática ideal de aterramento e curto circuitamento temporário,
seria a de “jumpear” o local de trabalho. Por isso mesmo o conjunto deve ser instalado, sempre que
possível, na estrutura onde será executado o serviço.

Neste caso, não havendo necessidade de abertura de jumpers, chaves, etc., apenas um conjunto é
suficiente para oferecer a proteção adequada.

Não sendo possível a instalação do conjunto na estrutura de trabalho, deverão ser usados tantos conjuntos
quanto se fizerem necessários para isolar a zona de trabalho, os quais deverão ser instalados nas estruturas
mais próximas, em tantos quantos lados de fonte e de carga existam.

Apresentamos a seguir, esquemas unifilares de dois casos típicos de pontos da linha ou rede a serem
aterrados, caso não seja possível a instalação do conjunto na estrutura de trabalho.

Entre duas estruturas normais

Área de Serviço

Derivação Normal
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Certos cuidados devem ser tomados com o conjunto de aterramento temporário para tê-lo sempre
pronto para o uso. O cuidado adequado resultará não somente em vida prolongada do equipamento,
como também proporcionará maior segurança e inspirará maior confiança no pessoal que o utiliza.

Anualmente deve ser feito um teste de continuidade condutiva do cabo de aterramento, incluindo
conectores e grampos, de modo a ser comprovado se a sua resistência ôhmica está dentro dos valores
máximos permissíveis.

Antes de cada utilização do equipamento, deve-se verificar se existem fios partidos ou danos físicos no
cabo, principalmente próximo aos conectores.

A conexão entre os cabos e os grampos deve ser rígida e limpa. As áreas de contato devem ser limpas
frequentemente.

Limpeza dos bastões isolantes e inspeção quanto a existência de fissuras ou outros danos, além de ensaio
periódico de verificação do isolamento.

O conjunto de Aterramento e Curto Circuitamento Temporário deve ser manuseado, armazenado e


transportado com o mesmo cuidado que se deve ter com equipamento para trabalho em linha energizada.

Os seus cabos e grampos devem ser depositados sobre uma lona estendida no chão, antes de sua conexão
ao sistema a ser aterrado, de forma a não sofrerem os efeitos de seu contato direto com o solo.

Atenção!

Todo conjunto de Aterramento Temporário que for submetido a uma corrente de curto-circuito, não
deverá ser novamente utilizado para fins de aterramento.
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Equipotencialização
A proteção de equipamentos e pessoas

A Equipotencialização é um conjunto de medidas que visa minimizar as diferenças de potenciais entre


componentes de instalações elétricas de energia e de sinal (telecomunicações, rede de dados etc.),
prevenindo acidentes com pessoas e reduzindo os danos as instalações e aos equipamentos a elas
conectados.

Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. Conforme o item 6.4.3.1.5.
da NBR 5410/2004, um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, desde que esteja
instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores de fase e a bitola do cabo seja dimensionada
adequadamente.

Ao tratar da chamada ligação equipotencial


principal, a NBR 5410 especifica que tubulações
como as de água, gás e esgoto, quando
metálicas, sejam nela incluídas.

A interligação destes e outros elementos


metálicos provenientes do exterior, entre si e
a elementos condutivos da própria edificação,
visa evitar, através da equipotencialização,
que faltas de origem externa dêem margem
ao aparecimento de diferenças de potencial
perigosas entre elementos condutivos do
interior da edificação. É uma exigência clara e
categórica da NBR 5410. Esquema de Equipotencialização

Convém lembrar que a NBR 5410 proíbe utilizar as canalizações de gás, de água e de outros serviços como
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eletrodo de aterramento (item 6.4.2.2.4).


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Outro dado importante a ser mencionado é que a NBR 5410 inclui, expressamente, entre os elementos
que devem figurar na ligação equipotencial principal, o eletrodo de aterramento do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas (“para-raios” predial) da edificação e o da antena externa de televisão —
diretamente ou via eletrodo de aterramento comum, quando de fato o sistema de para-raios e a antena
utilizarem um eletrodo de aterramento comum ao do sistema elétrico.
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Conforme exposto, para garantir as condições adequadas de equipotencialização, todas as massas e


elementos condutores devem ser interligados, formando um único aterramento, independente se os
aterramentos são dos tipos funcionais ou de proteção.

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Secionamento Automático da
Alimentação
Os dispositivos de proteção

O princípio do secionamento automático da alimentação está associado à existência de dispositivos de


proteção que atuem automaticamente interrompendo a alimentação do circuito, ou equipamento por ele
protegido, sempre na ocorrência de um curto-circuito no equipamento ou circuito.

O seccionamento automático destina-se a evitar que uma tensão de contato mantenha-se por um tempo
que possa resultar em perigo para as pessoas.

O dispositivo irá atuar somente se a corrente for superior ao valor ajustado, considerando o tempo de
exposição. O curto-circuito para que o dispositivo atue pode ser o contato entre a parte viva e massa, parte
viva e condutor de proteção e ainda entre partes vivas. Os disjuntores (independente do nível de tensão),
são exemplos de seccionamento automático.

Os dispositivos de proteção de seccionamento automático são indispensáveis em qualquer circuito pois


protegem quando da ocorrência de:

• Sistema com altas temperaturas e arcos elétricos;


• Contatos diretos e indiretos de pessoas e animais;
• Correntes que ultrapassarem os valores definidos para o circuito;
• Sobretensões;
• Correntes de curto-circuito.
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Secionamento Automático e o Esquema de Aterramento


Dependendo do esquema de aterramento, apenas um dos dispositivos (Sobrecorrente e DR), ou ambos,
podem ser utilizados.

No esquema TN-C, o dispositivo capaz de garantir a proteção por seccionamento automático é


necessariamente um dispositivo a sobrecorrente, dada a incompatibilidade entre o PEN (condutor
reunindo as funções de neutro e de proteção), que constitui o traço característico do esquema TN-C, e o
princípio de funcionamento dos dispositivos a corrente diferencial-residual.

No esquema TN-S, é possível utilizar tanto o dispositivo a sobrecorrente quanto o dispositivo a corrente
diferencial-residual.

Já no esquema TT, só é possível utilizar, na proteção por seccionamento automático, dispositivos a corrente
diferencial-residual.

Quanto ao esquema IT, convém lembrar, inicialmente, que a definição do tipo de dispositivo é a mesma
aplicável ao esquema TN ou TT, dependendo da forma como as massas estão aterradas. Quando as
massas são aterradas individualmente, ou por grupos, aplicam-se as regras prescritas para o esquema TT
— portanto, dispositivos DR. Quando todas as massas são interligadas (massas coletivamente aterradas),
valem as regras do esquema TN — portanto, dispositivo a sobrecorrente ou dispositivo DR.

Independentemente do esquema de aterramento, TN, TT ou IT, o uso de proteção DR, mais particularmente
de alta sensibilidade (isto é, com corrente diferencial-residual nominal Idn igual ou inferior a 30 mA), tornou-
se expressamente obrigatória, com a edição de 1997 da NBR5410, nos seguintes casos:

a) circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro;


b) circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
c) circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos no exterior;
d) circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas, cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,
garagens e, no geral, de todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens.
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Dispositivos de Corrente de Fuga


Os famosos DRs

Os dispositivos a corrente de fuga permitem o uso seguro e adequado da eletricidade reduzindo o perigo
às pessoas, além de perdas de energia e danos às instalações elétricas.

As correntes de fuga provocam riscos as pessoas, aumento de consumo de energia, aquecimento indevido,
destruição da isolação, podendo até ocasionar incêndios dependendo da situação. Os efeitos citados
podem ser interrompidos e monitorados por meio de um Dispositivo DR, Módulo DR ou Disjuntor DR.

Os Dispositivos DR (Diferencial Residual) protegem contra os efeitos nocivos das correntes de fuga à terra
garantindo uma proteção eficaz tanto à vida dos usuários quanto aos equipamentos.

Os Dispositivos cujo valor da corrente nominal residual vão até 30mA, são destinados fundamentalmente
à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA
ou superiores, são destinados apenas a proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes
de fuga à terra, tais como consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios.

A Norma Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão – ABNT NBR 5410, define claramente a proteção
de pessoas contra os perigos dos choques elétricos que podem ser fatais, por meio do uso do Dispositivo
DR de alta sensibilidade (30mA).

Dispositivo DR ou Interruptor DR

É um dispositivo destinado a provocar a abertura dos


próprios contatos quando ocorrer uma corrente de fuga
à terra. O circuito protegido por este dispositivo necessita
ainda de uma proteção contra sobrecarga e curto circuito
que pode ser realizada por disjuntor ou fusível.
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Disjuntor DR

É um dispositivo destinado a provocar a abertura dos


próprios contatos quando ocorrer uma sobrecarga, curto
circuito ou corrente de fuga à terra. É recomendado nos
casos onde existe a limitação de espaço.
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Módulo DR

É um dispositivo destinado a ser associado a um disjuntor


termomagnético, permitindo a atuação do disjuntor
quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou
corrente de fuga à terra. É recomendado para instalações
onde a corrente de curto circuito for elevada.

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

O gráfico abaixo indica as zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas - IEC 60479-1 (percurso
mão esquerda ao pé).

Tempo (ms)
IEC479 1
10000
Zona 1 (AC-1)
5000 Habitualmente nenhuma reação.
3000 Zona 2 (AC-2)
1000 Efeitos fisiológicos geralmente não
500
danosos.
AC-1 AC-2 AC-3 AC-4 Zona 3 (AC-3)
200
Efeitos fisiológicos notáveis (parada
100 cadíaca, respiratória, contrações
50 musculares) geralmente reversíveis.
20 Zona 4 (AC-4)
Elevada probabilidade de efeitos
10
fisiológicos graves e irreversíveis
0.1
0.2
0.5
1
2
5
10
20
50
100
200
500
1000

5000
10000
2000
(fibrilação e parada respiratória.
Corrente (mA)

A limitação no emprego de tais dispositivos reside no fato de que não podem ser empregados para proteger
instalações ou equipamentos elétricos, que apresentem, sob condições normais de operação, correntes
de fuga de valor superior aquele de operação do dispositivo, como ocorre com equipamentos, tais como,
aquecedores elétricos de água (chuveiros, torneiras de água quente, etc.), portanto para que seja possível
a utilização de dispositivos DR nestes equipamentos, é necessário que o próprio equipamento, no caso
aquecedores, sejam construídos de tal forma que a correte de fuga seja pequena. Estas características são
facilmente identificadas através das especificações fornecidas pelos fabricantes.
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Sendo:
F1 – Dispositivo DR
T – Transformador Diferencial
L – Disparador Eletromagnético
R – Carga
A – Fuga à terra
IF – Corrente secundária residual

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Extra Baixa Tensão


Eliminando o risco

A extra baixa tensão contempla a medida de controle que não utiliza condutores de proteção, com isso
não há como ocorrer o secionamento automático da alimentação quando da circulação de uma corrente
de curto entre a fase e a massa do circuito.

A característica principal desta medida de proteção é que mesmo durante o contato com partes
energizadas da instalação, não há circulação de correntes danosas pelo organismo humano.

De acordo com a norma NBR 5410/2004, a Extra Baixa Tensão, do inglês Extra-Low Voltage, é dividida em
“SELV - Separated Extra-Low Voltage” e “PELV - Protected Extra- Low Voltage”.

1. SELV: Sistema de extra baixa tensão que é eletricamente separada da terra de outros
sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque
elétrico.
2. PELV: Sistema de extra baixa tensão que não é eletricamente separado da terra mas que
preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.

Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas. Os circuitos PELV podem ser
aterrados ou ter massas aterradas.

Dependendo da tensão nominal do sistema SELV ou PELV e das


condições de uso, a proteção básica é proporcionada por:

• Limitação da tensão; ou
• Isolação básica ou uso de barreiras ou invólucros.

Assim, as partes vivas de um sistema SELV ou PELV não precisam


necessariamente ser inacessíveis, podendo dispensar isolação
básica, barreira ou invólucro, porém devem no mínimo atender as
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exigências mínimas da norma NBR 5410.


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Abaixo é apresentado as máximas tensões de contato em função


do estado da pele do indivíduo.

Natureza da Corrente Situação 1 Situação 2 Situação 3

Alternada 15Hz - 1.000Hz 50 V 25 V 12 V


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Contínua 120 V 60 V 30 V
Máxima tensões de contato em função do estado da pele do indivíduo

Situação 1 – para situações com pele seca;


Situação 2 – a passagem de corrente entre uma mão e um pé, com a pele úmida de suor ou a passagem de corrente elétrica
entre as duas mãos e os dois pés, considerando os pés molhados ao ponto de se desprezar a resistência da pele;
Situação 3 – pessoas imersas na água (banheiras e piscinas).

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Barreiras e Invólucros
Aumentando a segurança

As barreiras e invólucros são destinados a impedir qualquer contato de pessoas ou animais com partes
energizadas das instalações elétricas, devendo ser robustas, fixadas de forma segura e que tenham
durabilidade, tendo como fator de referência o ambiente em que está inserido. Estas barreiras ou
invólucros somente podem ser removidos com chaves ou ferramentas apropriadas. Telas de proteção
com parafusos de fixação e tampas de painéis são exemplos destes dispositivos.

As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que garantam grau
de proteção.

Quando o invólucro ou barreira compreender superfícies superiores, horizontais, que sejam diretamente
acessíveis, elas devem garantir grau de proteção mínimo.

Estas barreiras ou invólucros devem satisfazer a ABNT NBR IEC 60529-2005 (Graus de proteção para
invólucros de equipamentos elétricos código IP), norma que define condições exigíveis aos graus de
proteção providos por invólucros de equipamentos elétricos e especifica os ensaios de tipo para verificação
das várias classes de invólucros.

Corpos Sólidos

Água
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Medidas de Controle do Risco Elétrico
A supressão das barreiras, abertura dos invólucros ou a retirada
de partes dos invólucros somente deve ser possível se:

• Utilizado uma chave ou uma ferramenta;


• Houver interposta uma segunda barreira ou isolação
que não possa ser retirada sem a desenergização
das partes vivas protegidas por essas barreiras, e que
impeça qualquer contato com as partes vivas.
• Somente após a desenergização das partes vivas
protegidas por essas barreiras ou invólucros ou
coberturas. Deve impedir a reenergização até que as
proteções sejam colocadas novamente, para isso deve
Subestação 15kV blindada (barreiras) ser utilizado intertravamento mecânico e/ou elétrico.
Tampas somente podem ser abertas com sistema
desenergizado (intertravamento mecânico)

Proteção Ex - Áreas Classificadas (NBR IEC 60079)

Instalações onde ocorrem presença de materiais inflamáveis devem ser projetadas, operadas e mantidas
de tal forma que qualquer liberação de material inflamável, e a consequente extensão da área classificada,
seja a menor possível.

O processo de classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente onde possa ocorrer
uma atmosfera inflamável, de modo a possibilitar a seleção adequada e instalação de equipamentos com
segurança compatível com o risco do ambiente, levando em conta os grupos de gás e suas classes de
temperatura.

Na maioria dos locais onde os produtos inflamáveis são utilizados, é difícil assegurar que jamais ocorrerá
a presença de uma atmosfera explosiva de gás. Pode também ser difícil assegurar que os equipamentos
jamais se constituirão em fontes de ignição. Entretanto, em situações onde exista uma alta probabilidade
de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, a confiabilidade é obtida pelo uso de equipamentos
que tenham uma baixa probabilidade de se tornarem fontes de ignição. Por outro lado, onde houver uma
baixa probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, pode-se utilizar equipamentos
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construídos com base em normas menos rigorosas.


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Códigos de equipamentos para áreas classificadas

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Bloqueios e Impedimentos
Controlando a fera

Bloquear as fontes de energia é parte do procedimento de


desenergização previsto na NR-10. O bloqueio é uma ação, CONTROLANDO
através de um bloqueador específico, que garante que o
dispositivo de isolação de energia e o equipamento sob
controle não possam ser operados até que o bloqueador
seja removido.

Atualmente existem diversas opções no mercado de


bloqueadores universais para disjuntores de baixa tensão.

O bloqueio de reenergização é um modo eficaz de se evitar


acidentes, e seu uso é imperativo nas instalações elétricas.

Nos circuitos de alta tensão, os disjuntores e secionadoras


são bloqueados através de dispositivos a chave chamados
Kirk. O Bloqueio Kirk é um dispositivo de proteção contra
manobra indevida (fechamento) do disjuntor. O Bloqueio
é montado na parte frontal (tampa) do disjuntor. Com A FERA
a alavanca do disjuntor na posição desligado, um pino
bloqueia o fechamento do disjuntor.

Para trabalhos em linha viva, é obrigatório o bloqueio dos equipamentos de religamento, pois se
eventualmente houver algum acidente, um contato ou uma descarga indesejada, o circuito se desliga
através da abertura do equipamento de proteção, desenergizando-o e não religando automaticamente.
Essa ação é denominada “bloqueio” do sistema de religamento automático e possui um procedimento
especial para sua execução.
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Sistema de bloqueio múltiplo (quando vários profissionais estão


trabalhando em um circuito)
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Bloqueios universais para disjuntores de baixa tensão

Bloqueio mecânico “Kirk” para disjuntores e secionadoras de alta tensão

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Medidas de Controle do Risco Elétrico
Sinalizar é uma a ação, através de uma etiqueta específica, que indica que o dispositivo de isolação de
energia e o equipamento sob controle não podem ser operados até que a etiqueta seja removida.

Etiquetas de sinalização

Além desta sinalização temporária, é de suma importância que as fontes de energia de uma instalação
possuam uma sinalização contemplando os riscos presentes em sua operação.

Esta sinalização deve contemplar os riscos de choque elétrico (nível de tensão e distâncias), riscos de
arco (nível de emissão de energia e distâncias), qualificação dos profissionais, procedimentos, origem do
circuito, entre outras. Abaixo um exemplo que pode ser implementado nas instalações:
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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Obstáculos e Anteparos
Dificultando o acesso ao risco

Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato que
pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o obstáculo.

Os obstáculos devem impedir uma aproximação física não intencional das partes energizadas, ou
contatos não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre o equipamento, estando o
equipamento em serviço normal.

Eles podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave, mas devem ser fixados de forma a impedir
qualquer remoção involuntária.
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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Isolamento das Partes Vivas


Choques em contatos acidentais

Os isolamentos são elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de eletricidade)
que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que estão energizadas, para que os
serviços possam ser executados com efetivo controle dos riscos pelo trabalhador. Esta proteção deve ser
garantida por uma isolação capaz de suportar as diversas solicitações a que estas partes condutoras são
submetidas, como mecânica, elétrica, química e térmica.

O isolamento deve ser compatível com os níveis de tensão do serviço.

De acordo com a NBR 5410, tem-se os tipos de isolação:

• Isolação básica: corresponde aquela aplicada a partes vivas para assegurar o mínimo de
proteção contra choques elétricos;
• Isolação suplementar: é uma isolação adicional e independente da isolação básica, destina a
assegurar proteção contra choques elétricos no caso de falha da isolação básica;
• Dupla isolação: composta por isolação básica e suplementar.

Classe 0
Somente Isolação Básica (Não recomendada). Proteção de
acordo com a proteção de isolação básica, sem proteção das
partes vivas.

Classe 01
Possuem proteção de isolação básica em todas as partes vivas,
e também terminais para aterramento das massas.

Classe 1
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Além da isolação possui uma segurança adicional contra


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choques, constituída por um condutor de proteção


independente no cabo de alimentação, como por exemplo
eletrodomésticos de maior potência, exemplo micro-ondas.

Classe 2
Isolação Básica + Isolação Suplementar (Dupla Isolação).

Classe 3
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Alimentação SELV (Extra-baixa tensão).

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Colocação Fora do Alcance


Afastando o risco

A proteção parcial por colocação fora do alcance destina-se a impedir os contatos acidentais com as
partes vivas.

Devem ser verificadas as distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas a operação e/
ou manutenção, quando for assegurada a proteção parcial por meio de obstáculos.

Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar fora da zona de
alcance normal.

Pode ser verificado na NBR-5410 orientações sobre esta medida preventiva, conforme figura a seguir:
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Distância entre obstáculos, entre punhos, volantes, alavancas de dispositivos elétricos, entre obstáculos
e parede, etc: 700 mm;
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Altura da passagem sob tela ou painel: 2000mm.

Se o componente da instalação é acessível, então não pode ser perigoso, se é perigoso, não
pode ser acessível, ou seja, deve ser colocado fora de alcance.

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção desprovidas de
qualquer proteção contra contatos diretos
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Passagens com partes vivas dos dois lados, sem proteção

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Medidas de Controle do Risco Elétrico

Separação Elétrica
Os trafos isoladores

Uma das medidas de proteção contra choques elétricos previstas na NBR 5410, desde a edição de 1980, é
a chamada “separação elétrica.” Ao contrário da proteção por seccionamento automático da alimentação,
ela não se presta a uso generalizado, portanto isso seria inviável, na prática. Pela própria natureza, é uma
medida de aplicação mais pontual.

Para haver corrente elétrica em um circuito, é necessária a existência de uma diferença de potencial e
um caminho fechado que permita a passagem da corrente elétrica, suspendendo qualquer uma destas
condições irá ocorrer a interrupção da corrente elétrica.

A proteção por separação elétrica elimina o caminho de circulação da corrente elétrica pela terra, caso
alguma pessoa venha a entrar em contato com algo energizado. Para isto é utilizado na instalação um
transformador de separação onde, tanto o circuito primário, quanto o secundário, não são ligados a terra.

Com isso, entre os circuitos primário e secundário, não há nenhum caminho elétrico que permita a
passagem de corrente elétrica de fuga que possa causar o choque.

A separação elétrica, como mencionado, é uma medida de aplicação


limitada. A proteção contra choques (contra contatos indiretos)
que ela proporciona repousa:

– numa separação, entre o circuito separado e outros circuitos,


incluindo o circuito primário que o alimenta, equivalente na prática
à dupla isolação;
– na isolação entre o circuito separado e a terra; e, ainda,
– na ausência de contato entre a(s) massa(s) do circuito separado, de
um lado, e a terra, outras massas (de outros circuitos) e/ou elementos
condutivos, de outro.
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Portanto, mais do que isolado, o circuito separado constitui um


sistema elétrico “ilhado”. A segurança contra choques que ele
oferece baseia-se na preservação dessas condições.

Locais de uso da Separação Elétrica


Em todos eles a norma ressalva que a aplicação da medida deve se limitar a um único
equipamento alimentado:
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• na alimentação de tomadas situadas no volume 3 de locais contendo banheira ou chuveiro;


• na alimentação de tomadas situadas no volume 2 de piscinas;
• na alimentação de equipamentos de utilização situados no volume 2 de piscinas;
• na alimentação de ferramentas portáteis e de aparelhos de medição portáteis em
compartimentos condutores;
• na alimentação de equipamentos fixos em compartimentos condutores.

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O único lugar onde o
sucesso vem antes do

trabalho é no dicionário
Albert Einstein
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 5
Regulamentações e Normas
Técnicas Brasileiras
- Regulamentações da Secretaria de Trabalho
- Perfil do Trabalhador
- Normas Técnicas Brasileiras

CAPÍTULO 5

Regulamentações e Normas Técnicas


sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Regulamentações
As Normas Regulamentadoras 3

Perfil do Trabalhador
Qualificação, Capacitação, Habilitação 7
e Autorização

Normas Técnicas Brasileiras


As normas ABNT
10
Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras

Regulamentações
As Normas Regulamentadoras

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foi um ministério do


governo do Brasil, Recentemente extinto passando a se chamar
Secretaria de Trabalho, pertencente ao Ministério da economia.
Compete a secretaria de trabalho os seguintes assuntos:

• Política e diretrizes para a geração de emprego e renda e


de apoio ao trabalhador;
• Política e diretrizes para a modernização das relações do
trabalho;
• Fiscalização do trabalho, inclusive do trabalho portuário,
bem como aplicação das sanções previstas em normas
legais ou coletivas; política salarial;
• Formação e desenvolvimento profissional; segurança e
saúde no trabalho; política de imigração;
• Cooperativismo e associativismo urbanos.

É a Secretaria de Trabalho que solicita anualmente a informação da Relação Anual de informações


Sociais (RAIS) dos empregadores brasileiros.

Dados Históricos
A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, foi instituída no dia 1° de maio de 1943, pelo então presidente
Getulho Vargas.

Na origem da CLT havia um capítulo específico sobre os critérios da higiene e Segurança do Trabalho.
Em 1977, este capítulo passou a se chamar Da Segurança e da Medicina do Trabalho através da lei
6.514. Nesta lei continuou sendo abordadas as questões referentes às instalações elétricas, sendo
indicado abaixo os artigos:
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Art 179: A Secretaria de Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as medidas


especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas, em qualquer das fases de
produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia

Art 180: Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar
instalações elétricas.

Art 181: Os que trabalham em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem estar
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familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

Após a promulgação da lei, especialistas deveriam ter eleborado as Regulamentações, que foram
criadas no ano seguinte, 1978, sendo criadas 28 Normas Regulamentadoras, dentre elas a NR° 10 –
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (reproduzida na Íntegra no Apêndice B - versão
atual).

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Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras
Apesar da existência da norma voltada para área elétrica, ocorriam vários acidentes envolvendo energia
elétrica, com isso, a Secretaria de Trabalho efetuou a revisão da NR-10, sendo publicada dia 07 de dezembro de
2004 pela portaria 598/2004 (reproduzida na Íntegra no Apêndice B).

Normas Regulamentadoras
No apêndice A é apresentada uma breve descrição de cada uma das 36 Normas Regulamentadoras publicadas
pela Secretaria de Trabalho.

Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais


Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição
Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Esp. em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações
Norma Regulamentadora Nº 09 - Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos.
Início de vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da Portaria
SEPRT nº 6.735, de 10 de março de 2020.
Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos
Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres
Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas
Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
Norma Regulamentadora Nº 18 - Segurança e saúde no trabalho na indústria da construção
Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos
Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
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Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração


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Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios


Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais
Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança
Norma Regulamentadora Nº 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (REVOGADA)
Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
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Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura,


Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e
Reparação Naval
Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura

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Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras
Norma Regulamentadora N.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de
Carnes e Derivados
Norma Regulamentadora N.º 37 - Segurança e /saúde em plataformas de petróleo

GOVERNO
O que fazer
NR-10 (Requisitos Mínimos e
REGULAMENTO Essenciais)

NBR 5419 O como fazer


NORMAS
NBR 5410

SOCIEDADE
Normas Regulamentadoras (O que fazer!) Vs Normas Técnicas (Como fazer!)

NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade)


Conforme estabelecido no item 10.1.1 da NR-10 é possível identificar qual é o objetivo de sua criação,
sendo o de atuar na prevenção de acidentes de trabalho.

10.1.1. Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece os requisitos e condições mínimas


objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações
elétricas e serviços com eletricidade.
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As atuações diretas com a eletricidade são fáceis de serem definidas, no entanto a atuação indireta
exige uma análise mais apurada de cada situação, pois trabalhadores de outras áreas, como por
exemplo a mecânica ou civil podem ter o contato com a eletricidade.

Para os casos mais simples foram criados dois itens específicos na NR-10, conforme apresentados
abaixo:

10.6.1.2. As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa
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tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados


para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida.

10.8.9. Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas


em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos
formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar
as precauções cabíveis.

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Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras
No segundo item da norma é possível identificar os campos de aplicação da NR-10, conforme é
apresentado a seguir:

10.1.2. Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo


as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas
e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas
oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas
internacionais cabíveis.

Fica claro que a NR-10 é aplicada à empresas de energia, geradoras, transmissoras, e distribuidoras,
bem como demais instalações elétricas como, indústrias, comércios, empresas públicas, etc.

A NR-10 deve ser seguida para qualquer atividade realizada em instalações elétricas e suas
proximidades.

Alta Tensão
AT
Alta Tensão
1.500Vcc
AT

1.000Vac
Baixa
Tensão BT
Baixa
Tensão BT
120Vcc
50Vac
Extra Baixa Extra Baixa
Tensão EBT
Tensão EBT
0Vac 0Vcc
Corrente Corrente
Alternada Contínua
Níveis de tensão estabelecidos pela NR-10

A norma OHSAS 18001


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Além das NRs brasileiras uma norma muito comentada hoje em dia é a
OHSAS18001. A OHSAS 18001 consiste em uma série de normas britânicas
para orientação de formação de um Sistema de Gestão e certificação da
segurança e saúde ocupacionais (SSO). É uma ferramenta que fornece
orientações sobre as quais uma organização pode implantar e ser avaliada,
com relação aos procedimentos de saúde e segurança do trabalho.

OHSAS é uma sigla em inglês para Occupational Health and Safety Assessment Services, cuja
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melhor tradução é Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho. O sistema de gestão


proposto pela OHSAS pode ser integrado aos sistemas de gerenciamento ambiental e também
aos sistemas de qualidade, mas sua funcionalidade independe dos outros.
A norma OHSAS expõe requisitos mínimos para a construção de um sistema de gestão da SSO
onde a organização deve estudar os perigos e riscos do trabalho aos quais os trabalhadores
(próprios ou terceirizados) podem estar expostos.

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Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras

Perfil do Trabalhador
Qualificação, Capacitação, Habilitação e Autorização

A NR-10 define quatro perfis para os trabalhadores:

• Qualificado;
• Habilitado;
• Capacitado;
• Autorizado.

Qualificado
Qualificado, é o trabalhador que conclui algum curso na área elétrica reconhecido
pelo Sistema Oficial de Ensino, por exemplo (MEC), conforme o item 10.8.1 da
norma.

10.8.1. É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar


conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema
Oficial de Ensino.

Habilitado
Somente após estar qualificado, o trabalhador poderá ser habilitado, ou seja, CREA
deve concluir um curso específico da área elétrica no sistema oficial de ensino e
dispor de um registro em seu conselho de classe, por exemplo (CREA).

10.8.2. É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador


previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
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Capacitado
Capacitado, é o trabalhador que não necessita de nenhum pré-requisito, ou
seja, precisa somente atender a duas condições, estar capacitado e trabalhar
sob orientação de outro profissional, conforme o item 10.8.3.

10.8.3. É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às


seguintes condições, simultaneamente:
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a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional


habilitado e autorizado; e
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado.

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Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras

Autorizado
Autorizado, para ser um trabalhador autorizado o profissional primeiramente
deve ser qualificado, ou habilitado, ou capacitado e também deve atender aos
seguintes requisitos:

• Dispor de autorização formal pela empresa;


• Dispor de um sistema de identificação desta autorização;
• A autorização deve estar discriminada no sistema de registro da
empresa;
• Ser submetido a exame de saúde compatível com a atividade de acordo
com a NR-07;
• Ter realizado treinamento sobre os riscos da eletricidade conforme
anexo II da NR-10.

Os requisitos da NR-10 são apresentados seguir:

10.8.4. São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os


profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.

10.8.5. A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo
conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4.

10.8.6. Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa


condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa.

10.8.7. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à


exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade
com a NR-7 e registrado em seu prontuário médico.

10.8.8. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento


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específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas


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de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II


desta NR.

Para a identificação dos funcionários autorizados, a empresa pode utilizar algum destaque no crachá
ou no uniforme dos profissionais.

O treinamento citado no item 10.8.8 refere-se ao curso básico de NR-10 com carga horária mínima
de 40 horas, e o conteúdo programático definido no anexo III da NR-10.
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10.8.8.1. A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados


ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e
aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR.

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Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras
O treinamento tem validade de dois anos, sendo que antes do término deste período o profissional
deve realizar um curso de reciclagem, ou então caso ocorra algum dos fatos citados no item 10.8.8.2
da NR-10, apresentada a seguir:

10.8.8.2. Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma
das situações a seguir:

a) troca de função ou mudança de empresa;


b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses; e
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e
organização do trabalho.

Para os trabalhadores que executem atividades em áreas sujeitas a risco de explosão, deve realizar
um treinamento específico, conforme item 10.8.8.4.

10.8.8.4. Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento específico


de acordo com risco envolvido.

De forma resumida é apresentada no esquema abaixo os requisitos para determinação do perfil do


trabalhador:

Formação Formação
Sistema Oficial de Ensino Empresa

Qualificado
Recebe Capacitação dirigida e
Profissão Ocupação específica e trabalha sob
responsabilidade de um
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profissional habilitado
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Registro CREA

Capacitado
Habilitado
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Treinamento em Segurança em NR-10 e Autorização Formal da Empresa

AUTORIZADO

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Regulamentações MTE e Normas Técnicas Brasileiras

Normas Técnicas Brasileiras


As Normas ABNT

A norma NR-10 estabelece que para a realização de qualquer atividade em uma instalação elétrica
devem ser observadas as normas técnicas. A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, tem
como suas principais normas relacionadas à instalações elétricas:

NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão

NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas

NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0kV a 36,2 kV

NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão


A NBR-5410 é aplicada à instalações elétricas com tensão inferior a 1.000V, sendo em edificação,
residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.

Essa norma estabelece todos os requisitos para projetos de novas / reformas de instalação elétrica.
Os principais itens da norma são:

• Sistema de proteção contra sobrecorrente, queda de tensão, sobretensão e choque elétrico;


• Critério de dimensionamento dos cabos de fase, neutro e proteção elétrica;
• Ocupação máxima dos eletrodutos e forma de agrupamento dos circuitos por eletroduto;
• Queda de tensão admissível entre a entrada de energia e o ponto de consumo;
• Tipos de configuração de aterramento existentes;
• Corrente máxima admissível para cada bitola de cabo, dependendo do material da isolação
e do seu modo de instalação.
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Por outro lado, não fazem parte do escopo desta norma instalações de:

• Tração elétrica;
• Veículos automotores;
• Embarcações e aeronaves;
• Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida em que não
comprometam a segurança das instalações;
• Iluminação pública;
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• Redes públicas de distribuição de energia elétrica;


• Proteção contra quedas diretas de raios.
• Minas;
• Cercas eletrificadas.

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A utilização de Norma NBR-5410 não dispensa o atendimento à outras normas complementares,
aplicáveis as instalações e locais específicos.

Como exemplo de normas complementares tem-se:

• ABNT NBR IEC 60079 2013– Instalações elétricas em atmosferas explosivas;


• ABNT NBR 13534 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos específicos para
instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde (IT-Médico);
• ABNT NBR 13570 1996 – Instalações elétricas em locais de afluência de público - Requisitos
específicos.

NBR 14039 - Instalações Elétricas de Média Tensão (1,0kV à 36,2kV)


A NBR-14039 tem uma aplicação similar à NBR-5410, no entanto é voltada para instalações elétricas
com tensão entre 1.000V e 36.200 V, de modo a garantir segurança e continuidade de serviço.
Normalmente esta classe de tensão é encontrada em subestações de energia, chamadas também
de cabines primárias, de prédios, indústrias, comércios de grande porte, etc.

Essa norma estabelece todos os requisitos para projetos de novas/reformas de instalações elétricas
e as instalações de caráter permanente ou temporário. Os principais itens da norma são:

• Equipamentos de proteção e suas funções que devem ser instalados de acordo com a
potência do(s) transformador(es) existente(s);
• Critério de dimensionamento dos cabos de fase, neutro e proteção elétrica;
• Tipos de configuração do aterramento funcional existentes;
• Corrente máxima admissível para cada bitola de cabo, dependendo do material da isolação
e do seu modo de instalação;
• Sistemas de proteção contra sobrecorrente, mínima tensão, sobretensão, inversão de fase,
choque elétrico, contra fuga de liquido isolante e contra perigos resultantes por falta por
arco;
• Requisitos de verificação final após construída, ensaios, além de requisitos de manutenção
e operação.
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Cabines Primárias

Cabine Primária ou Subestação de Entrada


de Energia é a instalação que é alimentada
pela rede de distribuição de energia do
concessionário e que contém o ponto de
entrega e a origem da instalação. Nesta
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Subestação normalmente encontramos os


equipamentos de medição de energia, de
proteção de alta tensão e de distribuição
para as subestações de transformação.

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As instalações especiais, tais como marítimas, de tração elétrica, de usinas, pedreiras, luminosas com
gases (neônio e semelhantes), devem obedecer, além desta Norma, às normas específicas aplicáveis
em cada caso.

A Resolução 414:2010 da ANEEL define “Ponto de Entrega” como sendo a conexão do sistema elétrico
da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a propriedade
onde esteja localizada a unidade consumidora.

Todos os itens da norma podem ser aplicados na construção e manutenção das instalações elétricas
de média tensão de 1,0kV a 36,2 kV a partir do ponto de entrega definido pela legislação vigente,
incluindo as instalações de geração e distribuição de energia elétrica. Devem considerar a relação
com as instalações vizinhas a fim de evitar danos às pessoas, animais e meio ambiente.

Esta norma não se aplica:

• Às instalações elétricas de concessionários dos serviços de geração;


• Transmissão e distribuição de energia elétrica, no exercício de suas funções em serviço de
utilidade pública;
• Às instalações de cercas eletrificadas;
• Trabalhos com circuitos energizados.

NBR 5419 - Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas


A NBR-5419 estabelece os critérios a serem adotados para projeto, instalação e manutenção de
sistemas de proteção contra descargas atmosféricas de estruturas, sendo para fins industriais,
comerciais, residências e agrícolas.

Os principais itens da norma são:

• Características dos eletrodos de aterramento;


• Características dos captores, condutores de descida, aterramento, conexões e materiais;
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• Condições e requisitos para a realização da inspeção no sistema de proteção contra descarga


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atmosférica.

Esta Norma não se aplica a:

• Sistemas ferroviários;
• Sistemas de geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica externos às estruturas;
• Sistemas de telecomunicação externos às estruturas;
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• Veículos, aeronaves, navios e plataformas marítimas.

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A norma brasileira sobre SPDA, a NBR 5419 - 2015, foi reformulada pelo Comitê Brasileiro
de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (COBEI), e tem como base a IEC -
International Electrotechnical Commission - 62305 (partes 1 à 4).

A nova norma tem como base a IEC 62305


(Lightning Protection), porém com algumas
alterações, principalmente na parte 3 e na
substituição de alguns mapas isoceráunicos
presentes na IEC por mapas brasileiros.

Essa revisão deixando a norma mais


complexa, porém, muito mais abrangente
e organizada. A IEC 62305 foi publicada
em 2006, estando atualmente na edição
2.0 de 2010. Esta é a versão que está sendo
traduzida e adaptada para ser a nova NBR
5419, mantendo inclusive a sua divisão em
4 partes.

Essas 4 partes serão:

1. Princípios Gerais;
2. Gerenciamento de Risco;
3. Danos Físicos às Estruturas e Perigo à Vida;
4. Sistemas Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura.

Estas 4 partes serão divididas em 31 capítulos, contendo 21


anexos.
Parte 1
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A primeira parte da norma irá tratar sobre os conceitos e teorias envolvidas na proteção contra
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descargas atmosféricas, tratando de modo genérico como esta proteção deve ser executada e
facilitando a compreensão do restante da norma.

Estas informações serão novas, pois na atual norma não existe correspondência à este novo texto.

Parte 2

Este capítulo trata sobre a Análise de Risco que envolve a determinação de parâmetros para o
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projeto do SPDA. Atualmente este texto encontra-se no Anexo B da NBR5419.

Esta parte terá 6 capítulos e 6 anexos, mostrando que a análise será muito mais abrangente e
completa que a atual, o que vai exigir mais atenção e habilidade dos Engenheiros projetistas.
Esta análise é o ponta-pé inicial de qualquer projeto de proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas, morando aí sua importância.

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Parte 3

A parte 3 é a que trata das dimensões, materiais, padrões construtivos, métodos de cálculo,
envolvendo tanto a parte externa quanto interna das estruturas. É nesta parte que se definem os
captores, os métodos de descida e o aterramento.

Esta terceira parte tem relação com praticamente todo o texto atual da NBR5419, morando aí sua
maior revisão, já que os demais capítulos estão sendo adicionados à norma atual.

Uma das alterações será a alteração da nomenclatura “Nível de Proteção” para “Classe de SPDA”,
permanecendo a mesma classificação (I, II, III e IV), de acordo com a análise de risco realizada no
capítulo 2.

Parte 4

A quarta parte também não tem correspondência com nenhuma


parte do texto da atual norma. Esta parte tratará das Medidas de
Proteção contra Surtos, lançando mão do uso de DPS (dispositivos
contra surtos), blindagem, encaminhamento de fiação elétrica,
equipotencialização, etc.

Esta revisão profunda da atual norma deverá ser lançada em 2014


e trará mudanças na forma de projetar e executar instalações de
proteção contra descargas atmosféricas. Várias partes da sociedade
serão beneficiadas. As instalações ficarão mais seguras, os
fabricantes e instaladores terão novas oportunidades de negócios e
a engenharia será obrigada a se atualizar.
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Outros Órgãos Normativos Internacionais


A NR-10 estabelece que na omissão de normas nacionais, podemos recorrer à normas
internacionais, conforme segue:

10.1.2 ..... observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes
e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

Os principais órgãos internacionais de normatização são:

ISO
A Organização Internacional para Padronização (em inglês: International Organization
for Standardization), popularmente conhecida como ISO é uma entidade que congrega
as comunidades de padronização/normalização de 170 países.

IEC
A Comissão Eletrotécnica Internacional (em inglês: International Electrotechnical
Commission, IEC) é uma organização internacional de padronização de tecnologias
elétricas, eletrônicas e relacionadas. Alguns dos seus padrões são desenvolvidos
juntamente com a Organização Internacional para Padronização (ISO). A sede da IEC,
fundada em 1906, é localizada em Genebra, Suíça.

JSA
A Japanese Standard Association é uma entidade normativa japonesa, formada
através da fusão da Dai Nihon Aerial techbikigy Association e a Japan Management
Association, incorporada pelo Ministro da Indústria e Comércio em 6/12/1945. Seu
objetivo é “educar o público sobre a padronização e unificação dos padrões industriais,
e, assim, contribuir para a melhoria da tecnologia eo aumento da eficiência da
produção.”

DIN
Deutsches Institut für Normung (DIN) (em português: Instituto Alemão para
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Normatização) com sede em Berlim é a organização nacional na Alemanha para


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padronização, representante da Organização Internacional para Padronização (ISO)


no país. Conectores DIN são um exemplo de muitos padrões criados pelo DIN que se
espalharam para todo o mundo. Trilho DIN é outro grande exemplo, muito utilizado na
montagem de painéis elétricos, utilizado para fixação de contatores, disjuntores, etc.

ASTM
ASTM International (ASTM), originalmente conhecida como American Society for
Testing and Materials, é um órgão estadunidense de normalização. A ASTM desenvolve
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e publica normas técnicas para uma ampla gama de materiais, produtos, sistemas
e serviços. A sede da organização está em West Conshohocken, Pensilvânia, cerca
de 5 milhas (8 km) a noroeste de Filadélfia. ASTM, fundada em 1898, precede outras
organizações, tais como BSI (1901), DIN (1917) e AFNOR (1926), porém, diferentemente
destas, não é um organismo nacional de normalização, papel exercido pela ANSI nos
EUA. No entanto, ASTM tem um papel dominante entre os padrões de desenvolvedores

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Outros Órgãos Normativos Internacionais


IEEE
O Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos ou IEEE (pronuncia-se I-3-E,
ou, conforme a pronúncia inglesa, eye-triple-e) é uma organização profissional
sem fins lucrativos, fundada nos Estados Unidos. É a maior (em número de sócios)
organização profissional do mundo. O IEEE foi formado em 1963 pela fusão do
Instituto de Engenheiros de Rádio (IRE) com o Instituto Americano de Engenheiros
Elétricistas (AIEE). O IEEE tem filiais em muitas partes do mundo, sendo seus sócios
engenheiros eletricistas, engenheiros da computação, cientistas da computação,
profissionais de telecomunicações etc. Sua meta é promover conhecimento no campo
da engenharia elétrica, eletrônica e computação. Um de seus papéis mais importantes
é o estabelecimento de padrões para formatos de computadores e dispositivos.

NFPA
A NFPA, National Fire Protection Association, é uma organização sem fins lucrativos
dos Estados Unidos, com escritório em diversos países, cujo objetivo é estabelecer
normas e padrões para prevenção contra incêndio. Coordena e publica a elaboração de
mais de 300 normas, além de possuir mais de 70.000 associados ao redor do mundo.
As normas elaboradas pela NFPA são a base para os testes de certificação de vários
laboratórios, entre eles a FM Approvals, UL (Underwriters Laboratories), entre outros.

ANSI
American National Standards Institute (“Instituto Nacional Americano de Padrões”),
também conhecido por sua sigla ANSI, é uma organização particular estado-unidense
sem fins lucrativos que tem por objetivo facilitar a padronização dos trabalhos de
seus membros.
Segundo a própria organização, o objetivo é melhorar a qualidade de vida e dos
negócios nos Estados Unidos. São conhecidos por terem inúmeros padrões, entre
eles o ANSI C que serve como guia na escrita de compiladores e de programas nesta
linguagem de programação. Por ser uma entidade padrão de uma economia forte ,
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No meio da dificuldade

encontra-se a oportunidade.
Albert Einstein
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 6
Equipamentos de Proteção Coletiva
e Individual
- EPCs
- EPIs

CAPÍTULO 6

EPCs e EPIs
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
EPCs
Equipamentos de Proteção Coletiva 3
EPIs
Equipamentos de Proteção Individual 7
EPCs e EPIs

EPCs
Equipamentos de proteção coletiva

Equipamentos de Proteção
Para que os trabalhos sejam executados de forma segura é indispensável a utilização dos Equipamentos
de Proteção. Estes equipamentos podem ser do tipo coletivo ou individual.

Equipamentos de Proteção Coletiva, ou EPC, são equipamentos (dispositivos, sistemas, ou meios) de


abrangência coletiva, podem ser fixos ou móveis, utilizados na realização de determinadas atividades afim
de preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros, neutralizando a ação
dos agentes nocivos afim de evitar acidentes.

O EPC deve ser usado prioritariamente ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), por exemplo,
em situações de ruído, a primeira alternativa a ser utilizada para reduzir o risco físico devido ao ruído
é um sistema de enclausuramento acústico, por proteger de forma coletiva os trabalhadores. Somente
quando esta condição não for possível, deve ser utilizado protetores auditivos como EPI para proteção dos
trabalhadores.

A NR-10, no item 10.2.8 (MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA) estabelece que em todos os serviços executados
em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva
aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança
e a saúde dos trabalhadores.

De forma prioritária, as medidas de proteção coletiva compreendem a desenergização elétrica, porém na


sua impossibilidade da ocorrência da desenergização, devem ser utilizadas outras medidas de proteção
coletiva, tais como a isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento
automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.
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Exemplos de EPCs
Fitas de demarcação reflexivas - Delimitação e isolamento de áreas
de trabalho.
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Cone de sinalização – Destina-se à sinalização de áreas de trabalho e


obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de
pedestres e podem ser utilizados em conjunto com fita zebrada, sinalizador
STROBO, bandeirolas, etc.

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EPCs e EPIs

Aterramento temporário – O conjunto de aterramento temporário


é composto de quatro garras interligadas por um cabo destinadas
a equipotencializar as três fases e o aterramento de uma instalação,
garantindo que eventuais circulações de corrente elétrica fluam para a
terra, minimizando os riscos aos trabalhadores.

Dectector de Tensão - Determinam a presença ou ausência de tensão AC


em sistemas elétricos, tanto em condutores isolados quanto em tomadas ou
fusíveis. Não é necessário desligar o sistema e nem é necessário o contato
com partes metálicas para seu funcionamento. Simplesmente toque a
ponta não condutiva do detector na conexão elétrica ou passe o mesmo
ao longo do cabo/condutor isolado. Se uma tensão AC estiver presente,
um led irá ficar vermelho (acender). A iluminação irá cessar quando houver
uma interrupção no circuito ou no condutor.

Posicionamento do Aterramento Temporário


A prática ideal de aterramento e curto circuitamento temporário, seria a de “jumpear” o local de trabalho.
Por isso mesmo o conjunto deve ser instalado, sempre que possível, na estrutura onde será executado
o serviço.

Neste caso, não havendo necessidade de abertura de jumpers, chaves, etc., apenas um conjunto é
suficiente para oferecer a proteção adequada.

Não sendo possível a instalação do conjunto na estrutura


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de trabalho, deverão ser usados tantos conjuntos quanto se Derivação Normal


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fizerem necessários para isolar a zona de trabalho, os quais


deverão ser instalados nas estruturas mais próximas, em
tantos quantos lados de fonte e de carga hajam.

Apresentamos a seguir, esquemas unifilares de dois casos


típicos de pontos da linha ou rede a serem aterrados, caso
não seja possível a instalação do conjunto na estrutura de
trabalho.
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Entre duas estruturas normais

Área de Serviço

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EPCs e EPIs

Coberturas isolantes – Isolamento de partes energizadas de redes


elétricas de distribuição durante a execução de tarefas.

Exaustores - Remoção de ar contaminado. Promove a renovação do ar


saudável.

Tapetes de Borracha Isolante – Em locais onde são executadas


manobras de alta tensão, devem ser utilizados tapetes de borracha isolante
nitrílica 20, 30 ou 40kV (dependendo da tensão do sistema), de modo a
aumentar a resistência de contato do operador para o solo, reduzindo as
correntes que possam vir a fluir pelo corpo. Os tapetes devem ser testados
e certificados.

Bastão de Salvamento - Nos locais onde houver a manobra de circuito


elétrico de alta tensão, é imprescindível a existência de um bastão de
salvamento isolado para a remoção segura do acidentado. Este bastão
também deve ser testado e certificado.
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Grade metálica dobrável - Utilizada para isolar e sinalizar áreas de


trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas e demais
situações semelhantes.
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Placas de sinalização – Destinadas a orientar, alertar, avisar e advertir


quanto aos riscos ou condições de perigo existentes, proibições de acesso,
cuidados, identificação de circuitos, etc.

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EPCs e EPIs

Outros tipos de EPCs


Enclausuramento acústico de fontes de ruído;
Ventilação dos locais de trabalho;
Proteção de partes móveis de máquinas;
Sensores em máquinas;
Corrimão e guarda-corpos;
Extintores de Incêndio;
Piso Anti-derrapante;
Redes de Proteção (nylon);
Isolamento de áreas de risco;
Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas)

Manutenção, Guarda e Conservação dos EPCs


Os EPCs devem ser conservados sempre limpos e secos e mantidos em locais apropriados, livres de atritos
com partes metálicas e da ação corrosiva do clima. Quando armazenados por longos períodos, deve-se
protegê-los adequadamente contra quedas e pressões que possam comprometer o funcionamento ou a
estrutura do equipamento. Os equipamentos de linha viva energizada, com exceção das luvas, mangas e
bastões, deverão ser limpos e conservados pelo menos uma vez por mês pelos próprios usuários.

Os bastões deverão ser limpos diariamente, antes e depois do serviço, com um pano de limpeza tratado
com silicone apropriado para tal fim. As coberturas de borracha (lençóis, cobertura para condutor, etc.)
deverão ser lavadas com água e sabão neutro e colocadas em seguida para secar a sombra. Não deverão
ser usados derivados de petróleo, nem detergentes para limpeza destes equipamentos. As luvas e
mangas isolantes deverão ser lavadas, após o serviço, com água e sabão neutro (sabão de coco). Depois
de secas à sombra, deverão receber aplicação de talco industrial. As coberturas termoplásticas poderão
ser lavadas com água e sabão comum e, havendo necessidade, pode-se esfregar com bastante fricção.
Na limpeza deste equipamento deverão ser evitadas as utilizações de compostos químicos do tipo da
acetona, thiner e tricloroetileno.
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As plataformas isolantes não deverão ser lavadas com água e sabão comuns, devido a sua superfície
antiderrapante, sua limpeza deverá ser feita com acetona industrial. Os isótropos de nylon e cordas de
poly-dracon deverão ser lavados com sabão neutro, deixando-os de molho por 1 hora e colocando-os
em seguida para secar ao sol. Para limpeza de sujeiras em geral, deverão ser utilizados água e sabão
neutro.

Na existência de manchas ou contaminação da superfície dos bastões com (óleo, graxa), estes deverão
ser limpos com acetona industrial aplicada com tecido de algodão cru, e posteriormente, restaurador
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de brilho. O serviço deve ser realizado em local ventilado e seco. Após a limpeza, os bastões deverão
ser colocados para secagem em local apropriado (isentos de poeira e raios ultravioletas). Esta secagem
poderá ser obtida com um pernoite em tempo seco ou então por um período mais curto, em uma estufa
apropriada. Quando os bastões tiverem partes metálicas, estas deverão ser lubrificadas, moderadamente
com lubrificantes anticorrosivos e não tóxicos. Usar óleo fluido dispersante para lubrificação das peças.

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EPIs
Equipamentos de proteção individual

Equipamentos de Proteção Individual ou EPIs, destinados para utilização em instalações elétricas de Baixa
e Alta Tensão, são quaisquer meios ou dispositivos utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos
ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.

A NR-10, no item 10.2.9 (MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) estabelece que os EPIs devem ser utilizados
somente se houver impossibilidade do uso de Proteção Coletiva.

Sendo os EPCs tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, os quais
devem atender os critérios de:

Condutibilidade

Inflamabilidade

Influências eletromagnéticas

A NR-10 estabelece que o equipamento de proteção deve atender os requisitos da NR-6 (Equipamentos
de Proteção Individual ). A NR-6 estabelece as exigências legais para Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) para proteção dos trabalhadores contra riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

São obrigações do Empregador segundo a NR-6:

• Adquirir equipamento adequado ao risco de cada atividade;


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• Exigir seu uso;


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• Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho;
• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
• Comunicar qualquer irregularidade observada.

NR-6
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Obrigações do Empregado: Todo EPI deve possuir o CA


(Certificado de Aprovação).
• Usar apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;
• Cumprir as determinações do empregador sobre o seu uso adequado.

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A empresa deve fornecer uniformes de trabalho, não sendo permitidas vestimentas com peças metálicas
(fechos, tachas, rebites) que possam causar curtos-circuitos, ou feitas de materiais facilmente inflamáveis. É
proibido o uso de adornos pessoais em instalações elétricas (colares anéis, pulseiras, relógios), para evitar
acidentes por contatos com partes energizadas, ou outros tipos de acidentes.

Principais equipamentos de proteção individual utilizados na área elétrica:

• Cintos de segurança, com talabarte, para eletricistas;


• Capacetes classe “B” aba total (uso geral e trabalhos com energia elétrica testados a 30.000 V);
• Botas com proteção contra choques elétricos, bidensidade sem partes metálicas;
• Óculos de segurança para proteção contra impacto de partículas volante, intensos raios
luminosos ou poeiras, com proteção lateral;
• Protetores faciais contra impacto de partículas volante, intensos raios luminosos e calor radiante;
• Braçadeiras ou mangas de segurança para proteção do braço e antebraço contra choques
elétricos e coberturas Isolantes;
• Luvas de cobertura para proteção das luvas de borracha;
• Luvas de borracha com as classes de isolamento.

É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com


instalações ou em suas proximidades. (NR-10: 10.2.9.3)
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Art. 158 da CLT

Art. 157 da CLT Cabe aos empregados:


I. Observar as normas de segurança e medicina do
Cabe às empresas: trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de pelo empregador.
segurança e medicina do trabalho; II. Colaborar com a empresa na aplicação dos
II. Instruir o empregado, através de ordens de dispositivos deste capítulo (V)
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serviço, quanto às precauções a serem tomadas Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado
no sentido de evitar acidentes do trabalho ou a recusa injustificada:
doenças profissionais. A observância das instruções expedidas pelo
empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPI’s fornecidos pela empresa.

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Proteção dos Membros Superiores


Luvas Isolantes de Borracha
Com a finalidade exclusiva de oferecer proteção pessoal contra choques elétricos, as luvas e os protetores
isolantes atendem a normas específicas (ASTM/NBR), apresentando isolamento para até 40.000 volts.

Conservadas em boas condições e quando corretamente usadas, oferecem proteção contra choques
elétricos, queimaduras, lesões sérias ou morte, permitindo assim, que o trabalho seja realizado em linha
viva.

O cuidado e o uso adequado destes produtos são essenciais para a segurança do usuário. As luvas
devem ser inspecionadas visualmente no mínimo uma vez ao dia. Cada inspeção deve incluir o interior
e a superfície externa.

As luvas podem ser danificadas por produtos químicos, especialmente à base de petróleo, com óleos,
gasolina, fluído hidráulico, inibidores, cremes, massas e pomadas. Se houver contato com esses ou outros
produtos, a contaminação deve ser limpa imediatamente usando-se sabonete neutro. Depois de lavadas,
devem ser enxaguadas minuciosamente com água limpa e secas ao ar.

Se algum sinal de dano físico ou deterioração for observado, como inchamento, amolecimento,
endurecimento, pegajosidade, deterioração por ação de ozônio ou luz solar, não deverão ser utilizadas.

Seu usuário estará seguro seguindo as práticas e os procedimentos de


trabalho. Anéis, relógios, jóias e objetos afiados devem ser evitados com
o uso de luvas de borracha.

As luvas devem ser armazenadas do seguinte modo e nas seguintes


condições:

a) Acondicionadas em caixas de papelão, com o lado da etiqueta


para fora;
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b) Não devem ser dobradas, enrugadas, comprimidas ou


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submetidas a qualquer solicitação que possa causar alongamento


ou compressão;
c) Em locais livres de ozônio, produtos químicos, óleos, solventes,
vapores prejudiciais e descargas elétricas;
d) Fora de ação direta e afastadas da irradiação de qualquer fonte
de calor;
e) Em locais com temperatura ambiente não superior a 35°C.
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EPCs e EPIs

As luvas isolantes de borracha devem ser usadas sempre com luvas protetoras de couro e ambas precisam
ser inspecionadas na mesma época.

Deve-se ficar atento quanto à existência de partículas metálicas, fios de elétricos, incrustações, materiais
abrasivos ou qualquer substância que possa causar perfuração, abrasão, contaminação ou deterioração.

Sempre manter uma distância adequada entre a extremidade do protetor e a orla da luva de borracha,
com a finalidade de prevenir a ocorrência de descarga elétrica.

As instruções acima não servem como uma total advertência contra todo risco possível e devem ser
distribuídas ao usuário de luvas de borracha e não apenas aplicadas em testes de laboratórios ou
armazenagem.

Classificação das Luvas:

Classificação das Luvas


Classe Denominação (Vac) Tensão de Teste (Vac) Tensão máxima de uso (Vac)
00 2.500 2.500 500
0 5.000 5.000 1.000
1 10.000 10.000 7.500
2 20.000 20.000 17.000
3 30.000 30.000 26.500
4 40.000 40.000 36.000

Classificação das Luvas


Tensão máxima de uso
Classe Cor / Tarja
(Vac)
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00 500 Bege
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0 1.000 Vermelho

1 7.500 Branco

2 17.000 Amarela
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3 26.500 Verde

4 36.000 Laranja

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EPCs e EPIs

Em adição à luva de borracha temos uma luva de cobertura que tem por
finalidade a proteção mecânica da borracha. Normalmente é conhecida por
luva de vaqueta. Pode ter em adição mais uma luva em tecido resistência à
chamas.

Para higienização deve-se limpar utilizando pano limpo, umedecido em água


e secar a sombra.

Demais tipos de luva

Luva de proteção em vaqueta

Utilizada para proteção das mãos e punhos contra agentes abrasivos e


escoriantes.

Limpar utilizando pano limpo, umedecido em água e secar a sombra.


Armazenar protegida da ação direta de raios solares ou quaisquer outras
fontes de calor. Se molhada ou úmida, secar a sombra. Nunca secar ao sol
(pode causar efeito de ressecamento).

Luva de proteção condutiva

Utilizada para proteção das mãos e punhos quando o empregado realiza


trabalhos ao potencial.

Lavar manualmente em água morna com detergente neutro, torcer


suavemente e secar a sombra. Armazenar em local seco e limpo.
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Luva de proteção em borracha nitrílica

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra agentes


químicos e biológicos.

Lavar com água e sabão neutro. Armazenar em saco plástico e em ambiente


seco.
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Luva de proteção em PVC

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra


recipientes contendo óleo, graxa, solvente e ascarel.

Lavar com água. Manter em local protegido da ação direta dos raios solares
ou quaisquer outras fontes de calor. Secar a sombra e nunca molhar o forro.

Mangas Isolantes
As Mangas Isolantes de Borracha, assim como as luvas, são produzidas especialmente como isolante
elétrico aos trabalhadores do setor elétrico, para proteção dos braços e ombros.

As Mangas são fabricadas com composto de borracha natural de alta qualidade e atendem à Norma
ASTM, D1051, Classe 2 ( 20000 volts), Tipo II, estilo ‘B’. Possuem alças e botões e são comercializadas nos
tamanhos médio e grande.

Todas as Mangas devem ser testadas e inspecionadas antes de chegar ao consumidor final, para garantir
a conformidade com os requisitos da norma e a segurança necessária.

É utilizada para proteção do braço e ante braço do empregado


contra choque elétrico durante os trabalhos em circuitos elétricos
energizados.

Lavar com água e detergente neutro. Secar ao ar livre e a sombra.


Polvilhar talco industrial, externa e internamente.
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Proteção dos Membros Inferiores


Botas de Segurança
A botina de segurança para eletricista deve ser confeccionada em
couro e apresentar biqueira em PVC.
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Segundo a NBR12561/1992 a bota não deve apresentar corrente de


fuga acima de 0,5mA durante 1 minuto de aplicação de uma tensão
de 14.000V.

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Botas Isolantes

São fabricadas com material similar a das luvas de borracha isolante. Este
tipo de bota protege os trabalhadores contra tensões de passo e toque em
uma zona de trabalho.

Botina de Couro

Utilizado para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e


umidade.

Se molhado, secar a sombra. Engraxar com pasta adequada para a


conservação de couros. Armazenar em local limpo, livre de poeira e
umidade.

Botina de Couro - Cano Médio

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações,


derrapagens e umidade.

Se molhado, secar a sombra. Engraxar com pasta adequada para a


conservação de couros.

Botina de Couro - Cano Longo

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações,


derrapagens, umidade e ataque de animais peçonhentos.
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Se molhado, secar a sombra. Engraxar com pasta adequada para a


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conservação de couros. Armazenar em local limpo, livre de poeira e


umidade.

Botina de Borracha - Cano Longo

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra umidade, derrapagens e


agentes químicos agressivos.
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Lavar com água e sabão neutro. Secar interna e externamente com papel
toalha ou pano. Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de
raios solares, produtos químicos, solventes, vapores e fumos. Não dobrar
para não deformar.

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Calçado de Proteção Tipo Condutivo

Utilizada para proteção dos pés quando o empregado realiza trabalhos ao


potencial.

Engraxar com pasta adequada para a conservação de couros. Se molhado,


secar a sombra. Nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).
Armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade.

Perneira de Segurança

Utilizada para proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e


ataque de animais peçonhentos.

Engraxar com pasta adequada para a conservação de couros. Se molhado,


secar a sombra. Nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).
Armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade.

Proteção para Cabeça


Capacetes
Os capacetes de segurança devem atender à NR-6 e à norma NBR – 8221 sob a égide da qual a S.S.T.
emite o Certificado de Aprovação (C.A.) correspondente.

Via de regra, fabricantes de capacetes que utilizam padrões de qualidade aceitos internacionalmente,
tem como matéria prima básica o Polietileno de Alta Densidade na fabricação dos cascos.

O polietileno é um composto de combustão lenta e é resistente aos raios ultravioletas, à ação da água e
possui ainda alta resistência mecânica.
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O mercado oferece modelos de cascos aba frontal Classe “B”, para serviços gerais INCLUSIVE energia
elétrica, com fendas (Slot) nas abas laterais que possibilitam o acoplamento de acessórios sem a
perfuração do casco.

Classe A
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Não se aplicam a trabalhos com energia elétrica

Classe B
Se aplicam a trabalhos com energia elétrica

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Todo capacete deve ser identificado na parte inferior da aba, com o nome do fabricante, a classe, o C.A.
e a data de fabricação.

É obrigatória a utilização de capacetes classe “B” em trabalhos com energia elétrica, mesmo em baixa
tensão, ainda que em sistemas não energizados.

Tão importante quanto o casco é a suspensão, formada pela carneira e cintas, fabricadas preferencialmente
em tecido, não em plástico rígido.

Projetos da Suspensão no formato de duplos cintos permitem que os mesmos sejam sustentados pelo
casco e não pela carneira. O deslizamento dos cintos funciona como amortecedor em eventual impacto.
Um conjunto de suspensão deficiente pode causar graves lesões na região cervical, no caso de impacto
na parte superior do capacete.

A distância entre a face interna do casco e a parte externa dos cintos não deve, por norma, ser menor
do que 6 mm, nem maior que 9 mm, quando a carneira (suspensão) estiver nos seus pontos de ajuste
máximo e mínimo, respectivamente.

A norma recomenda, ainda, que se utilize uma tira absorvente de suor, fabricada em material atóxico, de
forma a cobrir a porção da suspensão que cobre a região da testa.

O capacete de segurança deve atender aos padrões mínimos previstos na NBR 8221, através dos ensaios:

1. Ensaio de Resistência ao Impacto;


2. Ensaio de Resistência à Penetração;
3. Ensaio de Inflamabilidade;
4. Ensaio de Absorção de Água;
5. Ensaio de Rigidez Dielétrica (para os capacetes classe “B”).

O ensaio da rigidez dielétrica é realizado colocando-se eletrodos na parte


interna e externa do casco. Uma tensão elétrica de 30.000 V é aplicada aos
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eletrodos durante 03 (três) minutos. O casco é aprovado se não houver


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descarga disruptivas (arco elétrico entre os eletrodos perfurando o casco)


e se a corrente de fuga não ultrapassar 9 mA. Ensaio de rigidez dielétrica em
capacete classe B
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Capacete Classe A Capacete Classe B

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Capacetes de Proteção Tipo Aba Frontal e Total

Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes


meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado,
impactos provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras,
choque elétrico e irradiação solar.

Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água com


detergente ou sabão neutro. O casco deve ser limpo com pano ou outro
material que não provoque atrito, evitando assim a retirada da proteção
isolante de silicone (brilho), fator que prejudica a rigidez dielétrica do mesmo.
Secar a sombra. Evitar atrito nas partes externas, mal acondicionamento e
contato com substâncias químicas.

Capacete de Proteção com Viseira

Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde haja risco de


explosões com projeção de partículas e queimaduras provocadas por abertura
de arco voltaico.

Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água e detergente


ou sabão neutro. Secar com papel absorvente. O papel não poderá ser friccionado
no protetor para não riscá-lo. Evitar atrito nas partes externas, acondicionamento
inadequado e contato com substâncias químicas.

Proteção dos Olhos e Face


Óculos de Segurança
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Óculos de segurança, protetores faciais e máscaras de solda protegem a cabeça, os olhos ou a face do
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trabalhador contra impactos de partículas volantes multidirecionais, respingo de líquidos, luminosidade


intensa e radiação ultravioleta e infravermelha.
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Proteção Auditiva
Protetor auricular
Um protetor auricular, também conhecido como protetor de ouvido, é um aparelho de proteção
projetado para ser utilizado no canal auditivo externo, protegendo o ouvido de quem o usa de barulhos
altos, entrada de água ou vento excessivo.

Este tipo de proteção é geralmente utilizado por trabalhadores da indústria que lidam com máquinas
barulhentas por longos períodos de tempo.

Protetor Tipo Concha

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.

Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas internas das conchas.
Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação direta de raios
solares ou quaisquer outras fontes de calor. Substituir as espumas (internas)
e almofadas (externas) das conchas, quando estiverem sujas, endurecidas
ou ressecadas. Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação
direta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor.

Protetor tipo Plug (inserção)

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos

Lavar com água e sabão neutro. Acondicionar na embalagem protegido da ação


direta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor.
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Como usar o protetor tipo plug


Para inserir o protetor segure-o pela capa protetora e o insira até que o conduto auditivo externo
esteja bem vedado. Para facilitar a inserção puxe a orelha para cima e para baixo. Na retirada basta
segurar pela capa protetora e girar delicadamente.
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Proteção Respiratória
Máscara respiratória facial, também conhecido como respirador foi desenvolvido para filtragem e
separação de partículas como fumaça, vapores orgânicos e gases maléficos a respiração humana do
oxigênio respirado pelos pulmões. Respiradores vêm em uma ampla gama de tipos e tamanhos, sendo
utilizados pela indústria militar, privada e pública.

Respiradores podem ser da gama mais barata, descartável ou reutilizáveis com cartuchos substituíveis
ou mais sofisticados onde incluem oxigênio próprio para o consumo, sem ter que retirá-lo do ambiente.

Vestimentas
Vestimenta Impermeável

Utilizada para proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.

Lavar, sacudir e passar pano limpo e seco nas partes molhadas. Quando
sujo de barro limpar com pano umedecido com água e detergente neutro.
Quando sujo de graxa limpar com pano umedecido com álcool.

Vestimenta Condutiva
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Utilizada para proteção do empregado quando executa trabalhos ao potencial.


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Lavar manualmente em água com detergente neutro, torcer suavemente e


secar a sombra. A roupa pode ser lavada em máquina automática no ciclo roupa
delicada de 8 a 10 minutos, com água com detergente neutro, secar a sombra em
varal sem partes oxidáveis, não fazer vincos ou passar a ferro.
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Vestimentas de Segurança - Arco Elétrico


A NR-6 não é explícita quanto a necessidade da utilização de
proteção contra arcos elétricos, mas estabelece que o EPI deve
proteger os trabalhadores contra agentes térmicos tanto para
cabeça, face, membro superior, inferior e corpo inteiro. É de
entendimento que o arco elétrico é um agente térmico, sendo um
risco susceptível de ameaça a segurança e a saúde do trabalhador.
Este trabalhador deve então ser protegido pelo EPI da mesma
maneira que é feito com capacete, calçado, óculos de segurança,
luvas e outros equipamentos de segurança utilizados para serviços
em eletricidade.

De acordo com a NR-10: “As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas”, tornando assim
obrigatória a utilização de roupas resistentes às emissões de energia proveniente de arcos elétricos.

As vestimentas comuns agravam as queimaduras, pois o algodão incendeia facilmente e as roupas


sintéticas derretem e grudam na pele.

Devido ao fato da ABNT não possuir uma norma específica para tratar das
roupas de proteção para arco elétrico, a norma mais difundida e utilizada no
Brasil é a americana NFPA 70E.

A norma internacional NFPA 70E estabelece que quando um empregado


está trabalhando dentro do perímetro de proteção contra fulgor, o mesmo
deverá usar vestimentas de proteção e outros equipamentos de proteção
individuais. A vestimenta deve ser resistente e retardante à chamas, devendo
cobrir toda roupa inflamável e deverá permitir movimentação e visibilidade.
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Para proteção para cabeça, face, pescoço e queixo, é exigido que os empregados usem equipamentos de
proteção não condutora para a cabeça, sempre que houver perigo de lesões provenientes de choque ou
queimaduras elétricas devido ao contato com partes energizadas ou objetos arremessados resultantes
de uma explosão térmica.

Classe de Risco - Arco Elétrico segundo a NFPA 70E:


• As classes de risco são definidas a partir da energia que um arco elétrico pode liberar em uma
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determinada situação de trabalho. Essa energia é expressa em cal/cm² ;


• Para termos uma noção de grandeza, 1 cal/cm² é equivalente a colocar o dedo na chama de um
isqueiro aceso durante 1 segundo;
• A exposição a uma energia de 1 ou 2 cal/cm² causará queimaduras de segundo grau na pele
humana.

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Classificação Nível de Risco


Nível Risco Categoria Energia (cal/cm²)
0 Mínimo Cat. 0 Até 1,2
1 Algum risco Cat. 1 1,2 a 4
2 Risco moderado Cat. 2 4,1 a 8
3 Risco elevado Cat. 3 8,1 a 25
4 Risco Elevadíssimo Cat. 4 25,1 a 41

Vestimentas
Energia Energia mínima
Nível Descrição Protetor Facial
(cal/cm²) roupa (cal/cm²)
0 Até 1,2 Algodão não tratado Não necessário 0
Calça e camisa confeccionado com uma
1 1,2 a 4 Viseira 5 cal/cm² 5
camada de tecido protetor
Calça e camisa confeccionado com uma
2 4,1 a 8 Viseira 15 cal/cm² 8
camada de tecido protetor
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Calça e camisa confeccionado com duas


3 8,1 a 25 Viseira 25 cal/cm² 25
camada de tecido protetor
Calça e camisa confeccionado com duas
4 25,1 a 41 Viseira 40 cal/cm² 40
camada de tecido protetor
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Proteção Contra Quedas


O uso de equipamentos de proteção contra quedas é exigido pelo Ministério do Trabalho, sempre que
o trabalho for realizado acima de dois metros do solo e houver risco de queda. Um sistema de proteção
contra quedas é formado por ancoragem, elemento de conexão e cinto paraquedista, garantindo uma
proteção efetiva. A ancoragem é o ponto onde o sistema será fixado e pode ser constituída de um
ponto ou de uma linha de vida fixa a este ponto. Com talabarte ou trava-quedas, o elemento de ligação
executa a união entre a ancoragem e o cinto. Já o cinto paraquedista envolve o corpo do trabalhador
de forma ergonômica e possui ponto para conexão ao sistema. O mercado de proteção em altura tem
dado destaque aos sistemas de trabalho, como restrição de movimentação, posicionamento no trabalho,
retenção de queda e acesso por corda. Cada um deles supre uma demanda específica de trabalho, a
partir da análise de riscos.

Cinto de Segurança Tipo Paraquedista

Utilizado para proteção do empregado contra quedas em serviços onde


exista diferença de nível.

Lavar com água e sabão neutro. Enxaguar com água limpa e passar um
pano seco e limpo para retirar o excesso de umidade. Secar a sombra,
em local ventilado. Caso haja contato com produtos químicos não lavar,
encaminhá-lo para teste.

Talabartes

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde


exista diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo
paraquedista e mosquetão tripla trava.
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“ “
A persistência é o menor
caminho do êxito.
Charles Chaplin
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 7
Rotinas de Trabalho - Procedimentos
- Instalações desenergizadas
- Liberação para serviços
- Sinalização
- Inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento

CAPÍTULO 7

Rotinas de Trabalho
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Rotinas de Trabalho
Introdução 3
Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho 4

Liberação para Serviços


A responsabilidade dos profissionais
11

Sinalização
Identificando os riscos
15

Inspeções
A importância das auditorias
19
Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Rotinas de Trabalho
Introdução

As rotinas de trabalho são necessárias para estabelecer as regras, técnicas, critérios e procedimentos de
trabalho que envolvam eletricidade, de forma a proteger os funcionários contra exposição à descargas ou
choques elétricos, em cumprimento as exigências da NR-10.

Todo trabalho respeita uma rotina relacionada à sequência de atividades realizadas afim de se atingir um
objetivo, podendo ser realizado de diversas maneiras, sendo estas executadas de modo seguro ou não. É
por este motivo que a NR-10 estabelece alguns itens para que a atividade seja realizada com segurança.

Neste capítulo serão tratados todos os itens relacionados aos procedimentos de trabalho em instalações
desenergizadas, sendo:

• Liberação para serviços;


• Sinalizações;
• Inspeções de áreas;
• Serviços;
• Ferramental;
• Equipamentos.
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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho

Conforme citado anteriormente, a desenergização é considerada uma medida de proteção coletiva


prioritária pela NR-10, de acordo com o item 10.2.8.2, pois permite controlar o risco elétrico, afim de garantir
a segurança e a saúde do trabalhador.

Abaixo são dispostos os procedimentos básicos para execução de atividades/trabalhos em sistemas e


instalações elétricas desenergizadas, sendo aplicado às áreas envolvidas direta ou indiretamente no
planejamento, programação, coordenação e execução das atividades, no sistema ou instalações elétricas
desenergizadas.

Antes de iniciar vamos apresentar alguns conceitos básicos para um melhor entendimento das rotinas de
trabalho.

Desligamento Programado Desligamento de Emergência

Procedimento necessário para que seja Interrupção do fornecimento de energia


possível a realização de manutenções no elétrica sem aviso prévio aos afetados.
sistema elétrico, seja residencial, industrial ou Se justifica por motivo de força maior,
em concessionárias de energia. circunstância provocada por fatos humanos
Sendo em indústrias ou em concessionárias ou pela existência de risco iminente à
a interrupção programada do fornecimento integridade física de pessoas, instalações ou
de energia elétrica, deve ser comunicada aos equipamentos.
afetados formalmente.

Interrupção Momentânea
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Impedimento de Equipamento Interrupção provocada pela atuação de


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equipamentos de proteção com religamento


Isolamentos elétricos de equipamentos automático.
ou instalações, eliminando a possibilidade
de energização indesejada, impedindo a
operação enquanto permanecer a condição
de impedimento. Pedido para Execução de Serviço (PES)

Documento emitido para solicitar à área


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Autorização para Execução de Serviço responsável pelo sistema ou instalação, o


impedimento de equipamento, sistema ou
Autorização fornecida pela área funcional, instalação, visando a realização de serviços.
ao responsável pelo serviço, liberando e Deve conter as informações necessárias à
autorizando a execução dos serviços. realização dos serviços.

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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Responsável pelo serviço

Empregado da empresa ou da terceirizada que coordena e supervisiona os trabalhos, sendo


responsável pela viabilidade da execução das atividades e todas as medidas necessárias à segurança
dos envolvidos na execução das atividades, seja de terceiros, das instalações, ou a realização de todos
os contatos em tempo real com a área funcional responsável pelo sistema ou instalação.

Segurança
Os serviços devem ser planejados antecipadamente e executados por equipes qualificadas, habilitadas e
capacitadas, sempre com a utilização de equipamentos aprovados e em boas condições de uso, devendo,
o responsável pelo serviço, estar equipado com um sistema de comunicação com a área funcional
responsável pelo sistema ou instalação durante o período de execução da atividade.

A NR 10 apresenta um conceito de
desenergização que não é o simples NR10 - 10.5.1:
desligamento. Esse conceito, muito
utilizado em países da Europa, determina Somente serão consideradas desenergizadas as
uma sequência de procedimentos instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
para que o circuito seja considerado procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo:
seguro para o trabalho. Esta sequência é
conhecida como as cinco regras de ouro a) seccionamento;
da segurança, são elas: b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na
zona controlada (Anexo I); e
f) instalação da sinalização de impedimento de
reenergização.
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Seccionar o circuito de todas as fontes, de forma visível e efetiva, mediante


uso de seccionadores, interruptores seccionadores, ou outros meios
(Seccionamento).
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Comentário: O seccionamento é a abertura de um dispositivo de manobra


mecânico, que na posição aberta, assegura uma distância de isolamento
entre os contatos abertos. Deve ser visível e efetivo.

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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Intertravamento ou bloqueio dos equipamentos que realizarão a


interrupção visível ou efetiva e a sinalização no comando dos mesmos
(Impedimento de reennegização).

Comentário: O Objetivo desta regra é garantir que não ocorrerão


fechamentos intempestivos dos dispositivos, seja por falha técnica, erro
humano ou causas imprevistas, utilizando para tanto o bloqueio mecânico,
com a aplicação de cadeados, bloqueio elétrico, bloqueio pneumático
ou bloqueio físico de contatos. Deve-se também instalar nos comandos
desses equipamentos cartazes ou placas que identifiquem a proibição de
manobras.

Comprovação de ausência de tensão (Constatação de ausência de tensão).

Comentário: A verificação de ausência de tensão deve ser feita no local


onde se vai realizar o trabalho e em todos os pontos onde foram abertas as
fontes de tensão (chaves). Esta comprovação deve ser efetuada sempre sob
o pressuposto de que existe tensão. Para tanto, deve-se tomar as seguintes
precauções:
• usar todos os equipamentos de proteção adequados;
• manter as distâncias de segurança;
• comprovar a ausência de tensão em todos os condutores e
equipamentos.
• por razões de segurança, considerar todo o equipamento ou condutor
energizado, enquanto não se demonstre o contrário;
• testar o detector de tensão em algum condutor energizado nas
redondezas.

Prover o aterramento e curto-circuito de todas as possíveis fontes de


tensão (Instalação de aterramento temporário com equipotencialização
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dos condutores dos circuitos).


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Comentário: Diz-se que uma instalação elétrica está aterrada quando


está diretamente conectada à terra mediante elementos condutores,
contínuos, sem soldas nem conectores. Diz-se que uma instalação elétrica
está em curto-circuito quando todos os seus elementos estão diretamente
unidos (conectados) entre si por condutores de resistência (impedância)
desprezível. Essa conexão à terra e em curto-circuito é considerada uma
operação conjunta, pois se realiza no mesmo equipamento.
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Em consequência, todos estes elementos curto-circuitados estão


equipotencializados.

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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Colocar as sinalizações de segurança adequadas, delimitando a zona


de trabalho (Proteção dos elementos energizados existentes na zona
controlada).

Comentário: Consiste em sinalizar e delimitar a zona de trabalho ou zona


de perigo (zona com tensão), com os seguintes elementos: sinais (placas,
cartazes, adesivos, bandeirolas, etc) de cores e formas normalizadas, e com
desenhos, frases ou símbolos com a mensagem de prevenção de acidentes.
Os elementos empregados na delimitação devem ser fluorescentes, e para
os trabalhos noturnos, devem ser complementados com luzes autônomas
e intermitentes, com sinal de atenção.

Finalização dos Trabalhos


Uma vez realizados os trabalhos procede-se o retorno da instalação às suas condições iniciais, procedendo
na ordem inversa às cinco regras da segurança:

1º Retirar a sinalização de segurança e delimitações;


2º Retirar o aterramento e o curto circuito;
3º Retirar os intertravamentos e bloqueios nos comandos dos equipamentos de manobra;
4º Refazer os procedimentos ou manobras de seccionamento visual ou efetivo;
5º Comprovar a presença de tensão.

Serviços Programados
O coordenador da execução dos trabalhos em sistemas e instalações elétricas
desenergizadas, tem como responsabilidades apresentar os projetos a
serem analisados (incluindo respectivos estudos de viabilidade e tempo
necessário para execução dos trabalhos), deve definir os recursos materiais
e humanos para cumprimento do planejado e também entregar os projetos
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que envolverem alteração de configuração do sistema e instalações elétricas


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à área funcional responsável.

Para a realização dos desligamentos é necessário a realização de uma avaliação dos responsáveis pela
instalação, verificando as manobras, de forma que seja possível minimizar os desligamentos necessários
com a máxima segurança, analisando o impacto (produção, indicadores, segurança dos trabalhadores,
custos, etc.) do desligamento.

Para a execução dos serviços a equipe responsável deverá providenciar os seguintes itens:
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• Estudos de viabilidade de execução dos projetos;


• Levantamentos de campo necessários à execução do serviço;
• Materiais e equipamentos necessários;
• Documentação para Solicitação de Impedimento de Equipamento;
• Oficializado junto à área funcional o impedimento de equipamento, através do documento PES, ou
similar.

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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Todas as intervenções em instalações elétricas que envolverem outras áreas ou empresas (por exemplo
concessionárias) devem ser programadas de acordo com os critérios e normas estabelecidos no Acordo
Operativo existente, envolvendo no planejamento todas as equipes responsáveis pela execução dos
serviços.

Pedido para Execução do Serviço


Para a emissão da ordem de serviço, no item 10.11.2 da NR-10 é indicado
que somente o trabalhador autorizado pode realizar esta emissão. O item
define ainda que deve conter no mínimo o Tipo, Data, Local e Referência ao
procedimento de trabalho.

10.11.2 – Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens


de serviço específicas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no
mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho
a serem adotados.

A emissão do Pedido para Execução de Serviço (PES) deverá ser realizada para cada serviço, quando de
impedimentos distintos.

Havendo dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, e a coordenação for do mesmo
responsável, emitir apenas um PES, no entanto, se para um mesmo impedimento, houver dois ou mais
responsáveis, obrigatoriamente deverá ser emitido um PES para cada responsável, mesmo que pertençam
a mesma área.

Encaminhar o projeto atualizado para a área responsável na programação de impedimento no caso de


existir alteração de configuração da instalação. Não existindo a possibilidade de envio do projeto atualizado,
é de responsabilidade do órgão executante elaborar um “croqui” contendo os detalhes necessários que
garantam a correta visualização dos pontos de serviço e das alterações de rede a serem executadas.

Após efetuada a programação e o planejamento da execução da atividade, a área responsável disponibilizará


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o documento PES para consulta e utilização dos órgãos envolvidos, sendo o gestor da área executante o
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responsável pela entrega da via impressa do PES aprovado ao responsável pelo serviço, que deverá estar
de posse do documento no local de trabalho.

Caso o responsável pelo serviço não esteja de posse do PES/AES, a área responsável não deve autorizar a
execução do desligamento.
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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Procedimentos para Serviços de Emergência


É responsabilidade do órgão executante a determinação do regime de
emergência para a realização de serviços corretivos.

Os impedimentos de emergência deverão ser solicitados diretamente à área


responsável, devendo ser informando:

• O nome do solicitante e do responsável pelo serviço;


• O motivo do impedimento;
• Descrição e localização das atividades a serem executadas;
• Tempo necessário para a execução das atividades;
• Elemento a ser impedido.

A área responsável deverá gerar uma Ordem de Serviço - OS ou Pedido de


Turma de Emergência - PTE (ou similar) e comunicar, sempre que possível, os
afetados.

Concluído os serviços e liberadas as instalações elétricas por parte do


responsável pelo serviço, a área responsável coordenará o retorno à
configuração normal de operação, retirando toda a documentação vinculada
à execução do serviço.

Acidente - Rotinas de Trabalho


Piper Alpha
Piper Alpha, uma plataforma de grande porte, estava
situada no campo de óleo Piper, aproximadamente 193 km a
noroeste de Aberdeen, em águas de 144 m de profundidade.
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Nos primeiros tempos, produzia também gás de um poço e


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ultimamente produzia óleo de 2 poços. Era conectada por


um oleoduto e um gasoduto ao terminal Flotta, em Orkney e
com gasodutos a outras duas instalações.

A instalação consistia em uma torre de perfuração em um lado,


uma área de processamento e refino no centro, e alojamentos
para sua tripulação no outro lado. Uma vez que Piper Alpha
estava mais perto da costa que outras plataformas na área,
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tinha duas tubulações provenientes destas plataformas


conduzindo à sua área de processamento. Esta instalação
processava o gás proveniente das outras plataformas mais
o petróleo extraído por ela mesma, e então bombeava os
produtos para a costa.

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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Acidente - Rotinas de Trabalho


Piper Alpha - O que deu errado?
Dia 06 de julho de 1988, um vazamento de condensado de gás natural que se formou sobre a
plataforma incendiou-se, causando uma explosão enorme. A explosão iniciou incêndios secundários
no óleo, derretendo a tubulação de chegada de gás. O fornecimento de gás causou uma segunda
grande explosão que engolfou toda a plataforma. Afirma-se que o desastre foi tão repentino e
extremo que uma evacuação tradicional foi impossível, mas há controvérsia a respeito. As pessoas
ainda estavam saindo da plataforma após o incêndio e explosão iniciais.

Uma análise dos eventos revela muitos pontos que deram errado, uma sequência de erros que
contribuíram para a magnitude do desastre. Na sequência, analisam-se os principais:

a) Sistema de ordem de serviço arcaico e não seguido à risca:


O evento que iniciou a catástrofe foi a tentativa do turno da noite de ligar a bomba reserva, que
estava inoperante por estar em manutenção. O pessoal do turno da noite desconhecia que esta
bomba estava em manutenção, por não haver encontrado a ordem de serviço correspondente.
Numa instalação industrial, o conhecimento das ordens de serviço em andamento é crucial
para o andamento do processo produtivo e para a segurança.
b) Sistema dilúvio anti-incêndio não funcionou:
O sistema dilúvio coletava a água do mar para o sistema abaixo da plataforma, próxima do
local onde os mergulhadores tinham que trabalhar em algumas etapas de perfuração. Para
segurança dos mergulhadores, o sistema de coleta de água era colocado em manual cada vez
que havia trabalho com mergulho nas proximidades, para evitar que os mergulhadores fossem
sugados pelas bombas. Com o tempo, os procedimentos foram relaxados e o sistema passou
a ser deixado em manual sempre, independente de haver ou não trabalho de mergulho nas
proximidades. Máxima segurança para os mergulhadores, fatal para a plataforma e para outras
167 pessoas pois, quando o sistema foi necessário, estava inoperante.
c) Rota de fuga:
As rotas de fuga não eram perfeitamente conhecidas e as pessoas não encontraram o caminho
até os barcos salva-vidas e saltaram no mar.
d) Áreas seguras:
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Ao contrário do que pensavam as pessoas, os alojamentos não eram à prova de fumaça e


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chamas. A maior parte dos 167 vítimas morreu sufocada na área dos alojamentos.
e) Treinamento
Embora houvesse um plano de abandono, três anos haviam se passado sem que as pessoas
recebessem treinamento nestes procedimentos. Planos de Ação de Emergência são inúteis se
existem apenas no papel e as pessoas não tomam conhecimento dele.
f) Paredes corta-fogo
As paredes corta-fogo em Piper poderiam ter parado a expansão de um fogo comum. Elas não
foram construídas para resistir a explosão. A explosão inicial as derrubou, e o fogo subsequente
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se espalhou desimpedido, quando poderia ter sido contido se as paredes corta-fogo tivessem
também resistido à explosão.
g) Auditorias
A Occidental Petroleum tinha auditorias de segurança regulares em suas instalações. Estas
auditorias foram executadas, mas não foram bem executadas. Poucos ou mesmo nenhum
problema eram levantados, embora houvesse assuntos sérios como corrosão de tubos e
cabeças de sistema dilúvio e muitos outros problemas.

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Liberação para Serviços


A responsabilidade dos profissionais

Nos procedimentos básicos para liberação da execução HazOp


de atividades/trabalhos em circuitos e instalações elétricas
desenergizadas, há a necessidade da existência de um É o estudo de operabilidade e riscos.
prontuário, sendo necessária a adoção de medidas Metodologia de Análise de Riscos
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos que foi desenvolvida para identificar
adicionais, através de técnicas de análise de risco. riscos e problemas operacionais em
plantas de processos industriais,
Assim sendo, pode-se dizer que não há a definição de um os quais, apesar de aparentemente
procedimento ou de uma atividade estanque, de uma não apresentarem riscos imediatos,
medida única, mas sim de um estudo de análise de risco, podem comprometer a produtividade
com uma técnica efetiva, como por exemplo, a metodologia e a segurança da planta.
de HazOp. A partir desse estudo é que serão definidas A técnica de Análise de Riscos HazOp
e direcionadas todas as medidas e ações de controle. orienta a realização de um estudo
Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente no eficiente, detalhado e completo sobre
planejamento, programação, liberação, coordenação e as variáveis envolvidas no processo.
execução de serviços no sistema ou instalações elétricas. Através da utilização do HazOp, é
possível identificar sistematicamente
Quanto aos equipamentos e instalações tem-se que todas os caminhos pelos quais os
as empresas, necessariamente, devem manter esquemas equipamentos que constituem o
unifilares atualizados das instalações elétricas com a processo industrial podem falhar ou
especificação do sistema de aterramento e dos dispositivos serem inadequadamente operados,
de proteção. Nesse aspecto a análise de risco é fundamental, o que levaria à situações de operação
pois um diagrama unifilar pode abranger tão somente da indesejadas.
alimentação até os quadros de distribuição, como também Apesar de se tratar de uma técnica
cada lâmpada da instalação. desenvolvida na década de 60, pela
indústria química ICI, não existe ainda
Prontuário Elétrico uma padronização quanto ao seu uso,
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quanto as formas de apresentação


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Para empresas, cuja carga instalada é igual ou superior a dos resultados obtidos e sobre como
75kW (todas as empresas alimentadas em média/alta tensão conduzir eficientemente o estudo.
e algumas até em baixa), deverão manter um prontuário das
instalações, onde além do esquema unifilar, deverá conter,
no mínimo:

Equipamentos:
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• Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e de


aterramento;
• Certificação dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas e relatório técnico das
inspeções com as devidas recomendações.

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Profissionais:

• Conjunto dos procedimentos e instruções técnicas e administrativas com a descrição das medidas de
controle existentes;
• Especificação dos equipamentos de proteção individual e coletiva;
• Especificação do ferramental a ser utilizado;
• Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos
trabalhadores;
• Evidências dos treinamentos realizados.

Nas empresas integrantes do sistema elétrico de potência, além dos itens acima, deverá também haver:
a descrição dos procedimentos de emergência e a certificação dos equipamentos de proteção coletiva e
individual.

Quanto aos profissionais, passa a ser obrigatório um conjunto de procedimentos e instruções sobre quem
pode desenvolver as atividades, como serão desenvolvidas e quais serão os recursos utilizados. Para baixa
tensão é previsto que podem ser desenvolvidos procedimentos padronizados, o que já não pode ocorrer
nas instalações de média/alta tensão, onde deve ser analisado caso a caso e definido procedimentos para
cada intervenção, inclusive com os recursos para atuação em emergências.

Para a organização e manutenção do prontuário, com as devidas atualizações, é de responsabilidade


do empregador ou do profissional por este designado, porém, deve permanecer a disposição dos
trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços de eletricidade. Como todo o programa há a
necessidade da melhoria contínua, o que certamente inclui reuniões periódicas de para análise crítica do
programa definido e da melhoria contínua deste.

O prontuário é um conjunto de informações e procedimentos nas áreas de eletricidade, segurança


e atendimento à emergências. Mesmo havendo um profissional da área elétrica como elaborador
do prontuário, há a necessidade do envolvimento de profissionais (especialistas) de outras áreas,
notadamente na área de segurança, ou seja, há a necessidade da atuação de uma equipe multidisciplinar
para a elaboração e manutenção do prontuário.

Diagrama Unifilar
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O que deve conter?


Um diagrama unifilar é a representação simplificada do
sistema elétrico, nos quais todos os condutores de um circuito
são representados por uma linha única. Um bom unifilar deve
conter:
1. Especificação dos equipamentos de proteção;
2. Especificação do sistema de aterramento;
3. Especificação dos condutores e infra-estrutura;
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4. Correntes de curto-circuito 3F e F-T;


5. Nível de arco elétrico;
6. Categoria de equipamentos de medição;
7. Procedimentos de segurança.
8. Um diagrama unifilar deve ser mantido atualizado!

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Procedimentos
Havendo a necessidade da liberação de determinado equipamento ou circuito, deverá ser obtido o maior
número possível de informações para subsidiar o planejamento.

Para o planejamento deverá ser estimado o tempo de execução dos serviços, adequação dos materiais,
previsão de ferramentas específicas e diversas, número de empregados, levando-se em consideração o
tempo disponibilizado na liberação.

Para a agilidade no reestabelecimento dos circuitos com a máxima segurança no menor tempo possível,
as equipes devem ser dimensionadas e alocadas corretamente.

Definição das equipes e recursos, considerar: Conceitos Básicos:

• Comprimento do circuito; Falha


• Dificuldade de acesso; Irregularidade total ou parcial em um
• Período de chuvas, equipamento, componente da rede ou
• Existência de cargas e clientes especiais. instalação, com ou sem atuação de dispositivos
de proteção, supervisão ou sinalização,
Definição e liberação dos serviços, considerar: impedindo que o mesmo cumpra sua
finalidade prevista em caráter permanente ou
• Pontos estratégicos dos circuitos, temporário.
• Tipo de defeito;
• Tempo de restabelecimento; Defeito
• Importância do circuito; Irregularidade em um equipamento ou
• Comprimento do trecho a ser liberado; componente do circuito elétrico, que impede o
• Cruzamento com outros circuitos; seu correto funcionamento, podendo acarretar
• Sequência das manobras necessárias para sua indisponibilidade.
liberação dos circuitos envolvidos.
Interrupção Programada
Afim de minimizar a área a ser atingida pela Interrupção no fornecimento de energia
falta de energia elétrica durante a execução elétrica por determinado espaço de tempo,
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dos serviços, conforme citado anteriormente, programado e com prévio aviso aos setores
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a área responsável deve manter os cadastros envolvidos.


atualizados de todos os circuitos.
Interrupção Não Programada
Antes de iniciar qualquer atividade, o Interrupção no fornecimento de energia elétrica
responsável pelo serviço deve reunir os sem prévio aviso aos setores envolvidos.
envolvidos na liberação e execução da
atividade, e:
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1. Certificar-se de que os empregados envolvidos estão munidos de todos os EPI’s necessários;


2. Explicar aos envolvidos as etapas da liberação dos serviços a serem executados e os objetivos a
serem alcançados;
3. Transmitir claramente as normas de segurança aplicáveis, dedicando especial atenção à execução
das atividades fora de rotina;
4. Certificar de que os envolvidos estão conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer, quando
fazer e porque fazer.

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Para a liberação da execução de serviços de manutenção, ampliação, inspeção ou treinamento, somente


deverá ser executada se o empregado responsável estiver com o documento específico que autorize a
liberação do serviço.

Todos os documentos que autorizam a liberação para a manutenção devem ser devolvidos antes do
retorno à operação dos equipamentos ou circuito.

Um empregado diferente daquele que o elaborou o programa de manobra que deve ser responsável
pela conferência. Havendo a necessidade de impedir a operação ou condicionar as ações de comando
de determinados equipamentos, deve-se colocar sinalização especifica para esta finalidade, alertando
claramente ao empregado autorizado a comandar ou acionar os equipamentos.

As tensões e frequências pelo mundo


Frequência elétrica é uma grandeza física que indica quantos ciclos a corrente elétrica completa em um
segundo. Se ela não for a correta, os equipamentos elétricos não funcionam ou funcionam de modo
inadequado. Quando as empresas de eletricidade começaram a se instalar no Brasil, elas funcionavam
de acordo com as máquinas importadas, projetadas para determinada frequência. As advindas da
Alemanha funcionavam em 50 Hz, e as americanas em 60 Hz.

Os europeus sempre pensaram no sistema métrico, múltiplos e submúltiplos de 10 (como no caso do


metro, decímetro, centímetro, etc.). Por isso, pensaram que o segundo deve ter 100 meios ciclos ou 50
ciclos”, surgindo aí a definição da frequência em 50 Hz, porque ela é dependente de tempo em segundos.

Por sua vez, “os americanos pensaram que, como a frequência depende do tempo e o sistema do tempo
sexagesimal é universal, a hora tem 60 minutos, o minuto tem 60 segundos, portanto, o segundo deve
ter 60 ciclos. Veja abaixo os níveis de tensão e frequências encontradas pelo mundo!
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Tensões e Frequências pelo mundo

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Sinalização
Identificando os riscos

Tem como objetivo adotar critérios mínimos para orientar, alertar, avisar e advertir quanto aos riscos ou
condições de perigo visando a segurança física e operacional dos trabalhadores envolvidos, bem como a
segurança de terceiros.

Todos os trabalhadores (próprios e prestadores de serviços), devem conhecer os procedimentos de


sinalização. Os procedimentos devem estar padronizados e documentados.

Fita, placa, cone, bandeirola, grade, sinalizador, etc, são exemplos de materiais de sinalização.

Exemplos de placas:

Alertar a Operação, Manutenção e Construção quanto a necessidade de espera de


um tempo mínimo para fazer o Aterramento Móvel Temporário de forma segura e
iniciar os serviços.

Advertir quanto ao perigo de explosão. Deve ser


fixada no lado externo do local. Exemplo: fontes de
calor com os gases presentes em salas de baterias e
depósitos de inflamáveis.

Placa colocada no comando local dos equipamentos que não devem ser
operados devido a segurança.
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Alertar quanto a necessidade do acionamento do


sistema de exaustão, para retirada de possíveis
gases no local. Exemplo: sala de baterias

Alertar quanto a possibilidade de partida automática de grupos auxiliares de


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emergência.

Advertir equipamento energizado, mesmo estando


no interior da área delimitada.

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Placa instalada permanentemente em áreas com perigo de ultrapassar onde


haja a possibilidade de choque elétrico.

Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo


da alta tensão. Instaladas em torres, pórticos e
postes de sustentação de condutores energizados.

Advertir terceiros quanto aos perigos de choque elétrico nas


instalações dentro da área delimitada. Instalada nos muros e cercas
externas das subestações.

Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de determinado equipamento


de proteção individual.

Identificação de painéis/quadros e circuitos:

É de vital importância também a sinalização/identifcação de circuitos, quanto sua origem, tensão e demais
riscos.

É importante também a sinalização de quadros energizados, bem como suas cores.

A NR-10 indica para nós as cores que devem sinalizar circuitos ligados e desligados. No item 10.3.9 o texto
nos diz:
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10.3.9 - b)indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”,
desligado e Vermelho - “L”, ligado);

A NBR 14039 também solicita esta convenção de cores.


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Circuito Ligado ou Comando Liga

Circuito Desligado ou Comando Desliga

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Um quadro bem sinalizado deve conter alguns elementos, conforme vemos abaixo:

• Sinalização com sinaleiros vermelhos, indicando a presença


de tensão no quadro;
• Nome (TAG) do quadro;
• Dados do fabricante, ano, telefones, etc;
• Sinalização de Perigo;
• Sinalização de Nível de Tensão;
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• Sinalização de Riscos;
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• Porta-projeto interno com o diagrama unifilar do quadro;


• Identificação da origem de alimentação do quadro;
• Identificação dos circuito de saída;
• Instruções de segurança.
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As tomadas também devem ter sua tensão


sinalizada e também a identificação de seu
circuito de origem.

Ainda temos as sinalizações de local de trabalho, de


impedimentos de reenergização, entre outros.

As tomadas pelo mundo


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Com a nova troca do padrão brasileiro de


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pluges, o Brasil fica com muito padrões,


muitas vezes heranças de outros países.
Verifique no quadro se você conhece
estes pluges e suas origens!
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Padrão Brasileiro

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Inspeções Ferramenta
A importância das auditorias
O termo ferramenta
Inspeções nas áreas de trabalho, nos serviços a serem executados, deriva do latim,
no ferramental e nos equipamentos utilizados, são de suma pode ser um
importância para garantir a qualidade desejada. Tem como utensílio, dispositivo
objetivo vigiar e controlar as condições de segurança, bem como ou mecanismo físico ou intelectual
identificar as situações de “perigo” e que ofereçam “riscos” à utilizado por trabalhadores das mais
integridade física dos empregados, contratados e terceiros. diversas áreas para realizar alguma
tarefa.
Em caso de risco grave e iminente detectado em uma inspeção,
devem ser tomadas providências visando às correções, por Inicialmente o termo era utilizado para
exemplo, a atividade deve ser paralisada e imediatamente designar objetos de ferro ou outro
contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas material (plástico, madeira ou outro)
cabíveis sejam tomadas em todos os serviços onde sejam para fins doméstico ou industrial.
necessário a utilização de equipamentos de proteção e estes não Em função do disposto acima, uma
estejam sendo utilizados pelos trabalhadores. ferramenta pode ser definida como:
um dispositivo que forneça uma
As inspeções devem ser realizadas: vantagem mecânica ou mental para
facilitar a realização de tarefas diversas.
• Postos de trabalho;
• Proteções contra incêndios; Equipamento é uma ferramenta que
• Métodos de trabalho desenvolvidos; o ser humano utiliza para realizar
• Ações dos trabalhadores; alguma tarefa. Muito utilizado na
• Ferramentas; indústria, comércio e no cotidiano de
• Equipamentos. diversos profissionais como ferramenta
de trabalho. Exemplo: Óculos de
Inspeções internas, podem ser divididas em: segurança, microcomputador, etc.

• Gerais;
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• Parciais;
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• Periódicas;
• Por denúncias;
• Cíclicas;
• Rotineiras;
• Oficiais e Especiais.

Inspeções gerais
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As inspeções gerais ou também chamadas de auditorias, são realizadas anualmente, tendo a participação
dos Supervisores das áreas envolvidas.

São inspeções realizadas em toda a empresa de forma sistemática, documentada e objetiva.

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Inspeções parciais

São as inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por integrantes da CIPA no seu
próprio local de trabalho.

Realizadas nos setores das empresas, seguindo cronograma próprio, as inspeções variam de acordo com o
grau de risco envolvido e com as características do trabalho desenvolvido na área.

Inspeções periódicas

Utilizadas nos setores de produção e manutenção, são realizadas com o objetivo de manter um histórico e
uma rastreabilidade voltado para estudo complementar de possíveis incidentes.

Inspeções por denúncia

As inspeções decorrentes de denúncia, devem ser realizadas em local onde há riscos de acidentes ou
agentes agressivos a saúde e meio ambiente, efetuando levantamento detalhado sobre o que de fato está
ocorrendo, buscando informações adicionais junto à fabricantes, fornecedores e supervisor da área onde
a situação ocorreu. Após detectado o problema, cabe aos responsáveis implementar medida de controle
e acompanhar sua efetiva implantação.

Inspeções por cíclicas

Realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, por exemplo, inspeções realizadas no verão, onde
ocorre o aumento das atividades nos segmentos operacionais.

Inspeções de rotina

É toda inspeção realizada em setores onde exista a possibilidade de ocorrer incidentes/acidentes. Devem
ser alertados sobre os riscos, bem como conscientizar os empregados do setor para que observem as
condições de trabalho, de tal modo que o índice de incidentes/acidentes diminua.
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Cuidados antes da inspeção


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Para o inicio da inspeção deve-se preparar um check-list por setor, contendo as principais condições de
risco existentes em cada local, anotando também as condições de riscos não presentes no check-list.

É importante que para estas inspeções sejam definidos padrões, onde todos estejam conscientes dos
resultados que se deseja alcançar, sendo que se possível deve ser feito uma inspeção piloto para que
todos os envolvidos participem e tirem suas dúvidas. Estas inspeções devem perturbar o mínimo possível
as atividades do setor inspecionado.
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Rotinas de Trabalho - Procedimentos

A realização da inspeção pode ser realizada de acordo com os passos apresentados abaixo, como
sugestão, podendo ser adaptada para cada caso.

1. Dividir a empresa em Setores, visitando todos os locais e analisando os riscos existentes. Para
auxiliar pode ser utilizada a última Análise Preliminar de Risco (APR) ou a metodologia do mapa
de risco como ajuda;
2. Listar em uma folha todos os itens a serem observados (por setor);
3. A inspeção deve ser realizada anotando na folha de dados se o requisito está ou não atendido,
anotando também toda informação adicional sobre aspectos que possam levar a acidentes
deve ser registrada;
4. Discutidos em reunião diretiva os dados levantados, propondo medidas de controle para os
itens de não-conformidade, listando as prioridades;
5. Encaminhar relatório da inspeção, devendo conter o(s) setor (s), a(s) falha(s) detectada(s) e a
sugestão(ões) para que seja(m) regularizada(s);
6. Solicitar regularização e acompanhar as medidas de controle implantadas.
7. Manter a periodicidade das inspeções, a partir do 3º passo.

Auditoria da Qualidade

A auditoria da qualidade é um instrumento gerencial utilizado para avaliar as ações da qualidade


previstas num sistema de qualidade. É um processo construtivo e de auxílio à prevenção de problemas.
As origens do conceito remontam as normas técnicas do Departamento de Defesa norte-americano
que através de seus diferentes órgãos subordinados exigiam de seus fornecedores o cumprimento
de várias exigências contratuais técnicas pelos respectivos supervisores e engenheiros. Essas normas
geraram outras dos próprios fabricantes e se desenvolveram em sofisticadas auditorias internas e
externas de qualidade e depois influenciaram normas internacionais.

Em 1986 a International Organization for Standardization - ISO publicou a ISO-8402-1986 (Quality


Vocabulary) que definiu a auditoria da qualidade da seguinte forma:
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“Auditoria de Qualidade: Um exame sistemático e independente para determinar se as atividades


da qualidade e respectivos resultados cumprem as providências planejadas e se estas providências
são implementadas de maneira eficaz, e se são adequadas para atingir os objetivos”

As padronizações dos sistemas de qualidade internacionais gerariam ainda as normas ISO:9001 em 1987,
desdobrados em três normas em 1987 consolidadas em 1996 (ISO 14001:1996). Em 2007 foi publicada a
revisão da ISO 19011:2002 e em 2011, houve nova elaboração da ISO 19011 que não se restringiu apenas
às auditoria de qualidade e ambiental. No Brasil a ABNT elaborou a ABNT NBR ISO 19011:2012 com base
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na norma internacional 2 .

São avaliados durante uma auditoria as normas e procedimentos, que devem estar certificados
legalmente. A partir daí, é realizada uma inspeção que deverá se certificar do real cumprimento dos
procedimentos e normas.

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A humildade é a única base

sólida de todas as virtudes.
Confúcio
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 8
Documentação das Instalações
- Prontuário elétrico

CAPÍTULO 8

Documentação das Instalações


É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Prontuário Elétrico
Conhecendo a documentação 3
Documentação das Instalações

Prontuário Elétrico
Conhecendo a documentação

Todas as empresas são obrigadas a manter diagramas unifilares das instalações elétricas com as
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção disponíveis
para os trabalhadores e autoridades competentes.

Estes documentos devem ser mantidos atualizados, sendo necessário um grande esforço das empresas
visto que a ocorrência de adequações nas instalações elétricas é algo comum.
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Unifilar

Um diagrama unifilar é a representação simplificada do sistema elétrico, nos quais todos os


condutores de um circuito são representados por uma linha única. Um bom unifilar deve conter:
1. Especificação dos equipamentos de proteção;
2. Especificação do sistema de aterramento;
3. Especificação dos condutores e infra-estrutura;
4. Correntes de curto-circuito 3F e F-T;
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5. Nível de arco elétrico;


6. Categoria de equipamentos de medição;
7. Procedimentos de segurança.
8. Um diagrama unifilar deve ser mantido atualizado!

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Documentação das Instalações

Definição de Prontuário

prontuário :sm (lat promptuariu)


1. Livro manual de indicações úteis.
2. Lugar onde se guardam objetos
que podem ser necessários a
qualquer momento.

Segundo a norma, todo o estabelecimento com potência instalada igual ou superior a 75kW deve constituir
Prontuário de Instalações Elétrica, sendo este um compêndio dos principais documentos relacionados à
instalação elétrica.

De acordo com a Resolução n° 414, da Aneel, para carga instalada igual ou superior a 75 kW o fornecimento
deve ser realizado em alta tensão (tensão superior à 1.000V). Baseado nesta informação é possível identificar
quais empresas necessitam de Prontuário, bastando identificar se as instalações possuem cabine primária
(Subestação), na entrada de energia. Porém alguns clientes de baixa tensão, aonde uma rede de alta tensão
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não está disponível, e com potência instalada acima de 75kW, também devem possuir o prontuário elétrico.
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Segundo a norma, todo o estabelecimento com potência SEP


instalada igual ou superior a 75kW deve constituir Prontuário
de Instalações Elétricas, sendo este um compêndio dos SEP (Sistema Elétrico de Potência):
principais documentos relacionados à instalação elétrica. De acordo com o glossário da NR-10,
caracteriza-se como SEP o conjunto
Além do requisito de potência instalada, a NR-10 possui das instalações e equipamentos
diferentes requisitos para a composição dos Prontuários, os destinados à geração, transmissão e
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quais estão subdivididos abaixo: distribuição de energia elétrica até a


medição, inclusive.

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Documentação das Instalações
a) Empresas que possuem carga instalada igual ou superior a 75 kW e que não fazem parte do SEP, devem
conter:

• Esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas;


• Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,
implantadas e relacionadas à NR-10, com descrição das medidas de controle existentes;
• Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas
e aterramentos elétricos;
• Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis
conforme determina a NR-10;
• Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos
trabalhadores e dos treinamentos realizados;
• Resultados dos testes de isolação elétrica realizados
em equipamentos de proteção individual e coletiva;
• Certificações dos equipamentos e materiais elétricos
em áreas classificadas (sujeitas a risco de explosão);
• Relatório técnico com as inspeções atualizadas dos
itens anteriores e estando algum item em desacordo,
deve haver um plano de ação para sua adequação,
contendo cronograma com os respectivos prazos.

b) Empresas que possuem carga instalada igual ou superior a 75 kW e que fazem parte do SEP, devem
conter:

• Todos os itens listados em “a”;


• Descrição dos procedimentos para emergências;
• Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.
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Documentação das Instalações
c) Empresas que que não fazem parte do SEP, mas que realizam trabalhos em suas proximidades, devem
conter:

• Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,


implantadas e relacionadas à NR-10, com descrição das medidas de controle existentes;
• Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis
conforme determina a NR-10;
• Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e
coletiva;
• Descrição dos procedimentos para emergências;
• Certificação dos EPIs e EPCs.

Conforme os itens 10.2.6 e 10.2.7 da norma NR-10, um profissional formalmente indicado pela empresa
é quem deve elaborar, organizar e mantê-lo atualizado, permanecendo à disposição dos trabalhadores e
autoridades competentes.

NR-10 - Prontuário Elétrico

“10.2.6. O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo
empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição
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dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.”


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“10.2.7. Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados
por profissional legalmente habilitado.”
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Documentação das Instalações

O Prontuário Elétrico
A obrigatoriedade da execução do prontuário elétrico promove a
oportunidade de uma gestão responsável das instalações elétricas, permitindo
a disponibilidade de informações técnicas, de planejamento, de manutenção,
de segurança e facilitando a aplicação de auditorias fiscalizadoras.

O prontuário elétrico deve ter seus documentos e procedimentos disponibilizados aos trabalhadores
que interagem com o sistema. Este prontuário deve ser mantido pelo empregador ou por profissional
por ele designado, permanecendo à disposição dos trabalhadores e demais interessados envolvidos
com instalações e serviços em eletricidade, incluindo-se as autoridades. O prontuário deve ser revisado e
atualizado constantemente.

É válido salientar que o prontuário elétrico envolve muito mais que a documentação técnica da empresa.
Procedimentos de contratação de funcionários, de terceiros, sistema de recursos humanos, segurança e
meio ambiente são setores que devem constar no prontuário elétrico. O prontuário é muito mais que uma
pasta onde se guardam os documentos, mas sim um sistema de gestão de todas as áreas da empresa que
de alguma forma interagem com o sistema elétrico.

Especial atenção deve ser dada ao fato de que o prontuário é uma memória documental da realidade (as
built), pressupondo-se que instalações elétricas, serviços, trabalhadores, etc. são dinâmicos. Dessa forma, o
item 10.2.6 da NR 10 afirma a responsabilidade do empregador quanto à obrigatoriedade de disponibilizar
aos trabalhadores e de atualização do prontuário de acordo com o dinamismo das mudanças, podendo, a
seu critério, delegar tal responsabilidade a pessoas designadas formalmente. Contudo, o empregador deve
eleger (selecionar, designar, contratar) para tal atribuição pessoas com habilitação e capacitação técnica
específica.

As documentações necessárias ao prontuário das instalações elétricas são:

a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas


e relacionadas a esta NR, bem como descrição das medidas de controle existentes:
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Este item determina que o prontuário integre todos os procedimentos operacionais, as instruções
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técnicas e as instruções administrativas relacionadas ao serviços elétricos, contendo as medidas


implantadas de controle do risco elétrico e que devem ser de conhecimento e obediência pelos
trabalhadores. São as regras básicas e fundamentais para a intervenção nas instalações.

b) Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e


aterramentos elétricos:

São documentos das avaliações da infraestrutura de aterramento elétrico das instalações e do sistema
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de proteção contra descargas atmosféricas, base das medições, seus resultados e não conformidades.
A frequência e a natureza das inspeções e medição de aterramento são determinadas por norma
técnica específica da ABNT (NBR 5419) e dependem de vários fatores, como a finalidade de uso da
edificação, o grau de proteção e o sistema utilizado.

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Documentação das Instalações

c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental:

Determina-se que sejam incluídos no prontuário: as especificações dos equipamentos de proteção


coletiva (cestos aéreos, varas de manobra, conjuntos de aterramento, sistemas de bloqueio, etc.) e de
proteção individual (calçado de segurança, luvas isolantes, vestimentas de proteção, etc.), assim como
o ferramental de uso dos trabalhadores envolvidos com eletricidade.

d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores


e dos treinamentos realizados:

Muitas empresas mantêm trabalhadores próprios e também contratam terceirizados, que realizam os
serviços em eletricidade, devendo controlar os certificados das pessoas com qualificação ou produzir
os documentos de capacitação formal, conforme prescreve a NR 10.

e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva:

Determina a organização dos resultados de testes dielétricos realizados, iniciais e periódicos, nos
equipamentos de proteção coletiva (cestos, varas de manobras,etc.) e individuais (calças, luvas, etc.),
bem como ferramental (alicates, chaves, etc.) dotado de isolação elétrica, conforme regulamentações,
quando houver, especificações e recomendações.

f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas:

Trata da documentação de certificação dos equipamentos e dispositivos elétricos utilizados em áreas


classificadas, cuja a obrigatoriedade está expressa na Portaria 176 de 17.07.2000, quando o Sinmetro
regulamentou a exigência de certificação desses equipamentos e materiais.

g) Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações,


contemplando as alíneas de “a” até “f”:

Obriga o estabelecimento a realizar uma auditoria periódica da condição de segurança das instalações
elétricas, devendo resultar em um documento “relatório técnico” contendo as não conformidades com
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as regulamentações de interesse, as recomendações de regularização, as propostas de adequação e


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as melhorias cabíveis.
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Nós somos aquilo que
fazemos repetidamente.
Excelência, então, não é “
um modo de agir, mas um
hábito.
Aristóteles
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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WWW.TOPNR10.COM.BR

CAPÍTULO 9
Riscos Adicionais
- Introdução
- Altura
- Ambientes confinados
- Áreas classificadas
- Umidade
- Condições atmosféricas

CAPÍTULO 9

Riscos Adicionais
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Riscos adicionais e NR-10 3
Altura
Os riscos da queda 4
Ambientes confinados
A morte silenciosa 14
Áreas classificadas
O risco de explosão 17
Umidade
A redução do isolamento elétrico 20
Condições atmosféricas
Os raios 21
Riscos Adicionais

Introdução
Riscos adicionais e NR-10

A NR-10 tem como principal objetivo a segurança e saúde dos trabalhadores, pois estes podem ser afetados
pelos riscos elétricos (choque elétrico, campo elétrico e arco elétrico) e riscos adicionais, sendo necessário
eliminar ou controlar estes riscos.

O item 10.4, estabelece que devem ser adotadas medidas preventivas para segurança na atividade de área
elétrica voltada para construção, montagem, operação e manutenção, destinada ao controle dos riscos
adicionais.
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Tabela – Exemplo de relação de riscos adicionais de acordo com a sua natureza

Relembrando:

Risco Perigo
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Risco pode se definido como a


capacidade potencial de uma
Vs Perigo é uma SITUAÇÃO OU
CONDIÇÃO DE RISCO com
GRANDEZA causar lesões ou danos à probabilidade de causar lesão física
saúde das pessoas. ou dano à saúde das pessoas por
Obs.: Definição da NR10, Glossário

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Riscos Adicionais

Altura
Os riscos da queda

Trabalho em altura é toda atividade que o trabalhador atua acima do nível do solo. Todo trabalho realizado
em altura, principalmente os que envolvem eletricidade, geram riscos de quedas, que podem causar lesões
e traumas. Acima de 2 metros é obrigatória a utilização do cinturão de segurança tipo paraquedista, além
dos EPI’s básicos.

Os trabalhadores antes de realizarem atividades em altura


devem: ASO
• Possuir os exames específicos da função comprovados
no ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, conforme Atestado de Saúde Ocupacional -
item 10.8.7. ASO deve indicar explicitamente
• Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, que a pessoa está apta a executar
paralisando a atividade caso sinta qualquer alteração trabalho em local elevado.
em suas condições;
• Estar treinado e orientado sobre todos os riscos
envolvidos.

“10.8.7. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à exame
de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e
registrado em seu prontuário médico.”

Toda ferramenta e equipamento (cesta aérea, andaimes, plataformas, etc) devem ser inspecionados, e
quando de sua utilização devem estar amarrados e apoiados firmemente em solo plano. As ferramentas
devem ser içadas em bolsas ou sacolas, utilizando carretilhas e cordas.

NR-35
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Considera-se trabalho em altura toda atividade


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executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível


inferior, onde haja risco de queda.
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Riscos Adicionais

EPIs para altura


Por tratar de trabalhos em altura, devem-se selecionar e adotar Equipamentos de Proteção Individual -
EPI, acessórios e sistemas de ancoragem especificados e escolhidos considerando-se o conforto, a carga
aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de queda, além dos riscos adicionais.

Como em qualquer outra atividade, o EPI deve ser inspecionado periodicamente e antes dos trabalhos,
ainda mais por tratar de prevenção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
deformações, devendo inutilizá-los para uso e descartá-los.

O sistema de retenção de queda depende dos elementos que formam o EPI, que são o cinturão e os
elementos de conexão (talabarte ou trava queda). O sistema depende também de um dispositivo de
ancoragem, pois sem este o EPI não funciona. Pode parecer absurdo, porém, existem pessoas que não
recebem a qualificação adequada e acreditam de que apenas vestindo o cinturão já estão protegidas!
Trabalho em altura com EPI é uma tarefa complexa e certamente o tempo de 8 horas estabelecido no item
35.3.3.1 é realmente um tempo mínimo.

NR-35

5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios
e sistemas de ancoragem.

Normas para EPIs segundo a NR-35

NBR 14626:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda deslizante
guiado em Linha Flexível

NBR 14627:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda guiado
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Brígida em Linha
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NBR 14628:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda retrátil

NBR 14629:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Absorvedor de Energia

NBR 15834:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Talabarte de Segurança

NBR 15835:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
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tipo abdominal e talabarte de Segurança n º Posicionamento e Restrição

NBR 15836:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
tipo paraquedista

NBR 15837:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Conectores

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Riscos Adicionais

Os sistemas utilizados com equipamento de proteção individual para trabalho em altura são:

• Sistema de restrição de movimentação: este sistema está localizado dentro da hierarquia de proteção
de queda como uma medida que elimina o risco da queda. O sistema é formado por um cinturão
(paraquedista preferencialmente), um talabarte e um dispositivo de ancoragem que quando utilizados
corretamente impedem o trabalhador de atingir um local onde existe o risco de queda.

• Sistema de retenção de queda: uma vez que não seja possível eliminar o risco de queda deve ser
adotado um sistema que minimize o tamanho e as consequências de uma queda. O sistema de retenção
de queda é formado por um cinturão paraquedista (obrigatoriamente), um talabarte de segurança
para retenção de queda ou um trava-queda e um dispositivo de ancoragem. O sistema deve dispor de
um meio de absorção de energia para limitar as forças geradas no trabalhador e também proteger a
ancoragem.

• Sistema de posicionamento no trabalho: este sistema constituído de um cinturão de posicionamento,


talabarte de posicionamento e ancoragem funciona como suporte primário do trabalhador que
sempre deve ser utilizado junto a um sistema de retenção de queda. O sistema de posicionamento
oferece suporte parcial ou total para o trabalhador executar sua tarefa de forma estável e segura e
é tido como suporte primário, caso este suporte primário venha a falhar o sistema em paralelo de
retenção de queda será requisitado.

A nova NR-35
Há muito aguardada, entrou em vigor uma nova NR (Norma
Regulamentadora) específica para o trabalho em altura, a NR 35. Isto
comprova a atenção por parte do governo para esta área que fornece
dados tão presentes nos altos índices estatísticos de acidentes no mercado
brasileiro. A expectativa é que estes índices diminuam com esta nova
referência quando se fala em trabalho em altura, deixando para trás a
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busca por regulamentações que estavam espalhadas por várias NR’s como
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a 10, 12, 18, 33, 34.

A norma não se atem a algum tipo de trabalho em altura específico, mas


sendo generalista, abrangendo aos mais variados tipos de atividades que
expõem, em algum momento, o trabalhador ao risco de queda de altura.
Isto vem a facilitar sua interpretação que traz uma mudança significativa
na forma de agir, principalmente nas etapas que antecedem o trabalho
em altura. Para citar duas ações em andamento: a NR 35 deve ser acrescida
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de um anexo, onde irão constar algumas informações importantes; e


uma norma técnica específica para procedimentos de utilização de EPI
para trabalho em altura vem sendo estudada pela ABNT através do CB-32
(Comitê Brasileiro para EPI).

Aguarde, em breve a TOP Elétrica terá um exclusivo curso sobre a NR-35!

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Riscos Adicionais
• Sistema de acesso por corda: É o sistema mais exigente e quem atua na área deve cumprir uma longa
formação que fornece amplo suporte para atuação nas mais diferentes situações. Um profissional de
acesso por corda pode atuar com segurança dentro dos demais sistemas, já um trabalhador capacitado
apenas na utilização de sistemas de retenção de queda não deve realizar técnicas de acesso por corda
sem a formação adequada. Este sistema também é chamado de técnica de acesso por corda.

São estes os quatro sistemas e a retenção de queda é um sistema independente e também está presente em
outros dois sistemas: posicionamento e acesso por corda sendo esta a técnica que realmente irá minimizar
as consequências e tamanho de uma queda. Uma das maiores dificuldades para se ter um sistema de
retenção de queda eficiente é ter este sempre presente e pronto para ser utilizado “esperando que ele
nunca seja necessário”. A cultura da segurança é muito importante, o exemplo da obrigatoriedade do uso
de cinto de segurança automotivo mostra bem isto. De pouco mais de uma década para cá a utilização
aumentou drasticamente e niguem quer “ver se o cinto funciona”.

Três componentes essenciais do sistema pessoal de proteção de queda devem estar disponíveis e devem
ser utilizados adequadamente para fornecer proteção ideal ao trabalhador. São eles:

• Ancoragem/Dispositivo de ancoragem;
• Cinturão paraquedista;
• Dispositivo de união.

Exemplo 2
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Exemplo 1
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Riscos Adicionais

Ancoragem/Dispositivo de ancoragem
Dispositivos de ancoragem são projetados como interface entre a estrutura (ancoragem) e o dispositivo de
união. A ancoragem deve ser de fácil acesso, evitando a exposição do trabalhador ao risco antes que este
esteja devidamente conectado e deve sustentar 15kN (1.529 kgf) por trabalhador.

Ancoragens planejadas e selecionadas com cuidado são fatores cruciais para a proteção e segurança do
trabalhador. Em caso de queda, o trabalhador será suspenso pela ancoragem selecionada, sendo que sua
vida depende da resistência da mesma.

Além disso, para definir a ancoragem é importante fazer distinção entre a própria ancoragem e o dispositivo
de ancoragem. A ancoragem, por exemplo, pode ser uma viga em I, enquanto uma cinta de ancoragem
ou ancoragem para viga que possam ser instalados nesta viga representam o dispositivo de ancoragem.

Exemplos:

Ancoragens permanentes Dispositivos de ancoragem


temporários
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Linha de vida flexível - Temporária Dispositivos de ancoragem


para beiral

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Riscos Adicionais

Dispositivo de ancoragem para viga

Cinto tipo paraquedista


Cinturões paraquedistas incluem ferragens, fitas e acolchoamento.

As ferragens devem ser robustas, mas não superdimensionadas nem


incômodas. Ao mesmo tempo, devem ser fáceis de manusear e seguras.
Ferragens incompatíveis podem ainda causar desconexão involuntária de
componentes. As ferragens têm de ser lisas porque podem representar risco
se tiverem cantos vivos que venham a cortar as fitas do cinturão e causem
lesões ao trabalhador.

As partes metálicas devem ter um bom acabamento também com relação


às fivelas de regulagem, que não podem danificar a fita. Preste atenção em
ferragens com molas expostas, especialmente em fivelas de atrito, elas podem
ser facilmente desativadas com o deslocamento das molas.

Fitas (cadarço) variam bastante de marca para marca. Procure cinturões robustos, com tecido de trama
homogênea, que deslizem pelas ferragens sem engatar. Uma vez que o cinturão esteja cortado, queimado,
gasto, etc., o cinturão deve deixar de ser utilizado.

Ao escolher cinturões, lembre-se de que devem cumprir os requisitos da norma NBR de 15 kN de resistência
à tração estática sem se soltar do boneco de ensaio.
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Já que os cinturões serão usados no sol, calor e umidade por períodos longos, devem resistir aos efeitos
do clima. Em ambientes químicos severos, os cinturões devem resistir à gases e aos esguichos tóxicos.
Deve ser verificada a compatibilidade de resistência da matéria-prima têxtil com os produtos utilizados.

Os acolchoamentos devem ser maleáveis e fáceis de ajustar, a fim de garantir uma adaptação confortável.
Tal como as fitas, os acolchoamentos tem de resistir ao clima e conservar seu formato. Alguns
acolchoamentos podem se tornar quebradiços com o tempo, por isso, procure aqueles com tecido
respirável e construção durável.
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Riscos Adicionais

Ajuste Incorreto: Fita peitoral posicionada incorretamente. Deve ficar


localizada no meio do peito para manter as fitas dos ombros cômodas. Faixas
das pernas muito soltas.

Ajuste Incorreto: Fita peitoral posicionada muito alta e muito


solta. Faixas da perna posicionadas incorretamente.

Ajuste Correto: As faixas de peito e de perna oferecem ajuste


cômodo. A parte posterior está posicionada adequadamente.

Colocando o cinto:

1: Segure o cinturão pelo “A” 4: Puxe a fita de perna por


posterior. Sacuda para que as fitas entre as pernas e conecte à
fiquem em posição. extremidade oposta. Repita
com a segunda fita de perna.
Se houver fita abdominal no
cinturão, conecte a fivela de
cintura após as de perna.
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2: Se houver fivelas nas fitas do 5: Conecte a fita peitoral e


peito, pernas e/ ou cintura, libere a posicione no centro do
as fitas e separe as fivelas. peito. Aperte para manter tal
modo que as faixas de ombro
esticadas.
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3: Deslize as faixas sobre os ombros 6: Após todas as fitas estarem


de modo a posicionar o “A” afiveladas, regule de tal modo
posterior no meio das costas, entre que o cinturão se ajuste bem,
os omoplatas. mas permita movimentos
livres. Passe a fita excedente
pelos fixadores.

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Riscos Adicionais

Escadas
As escadas são utilizadas para vários trabalhos realizados em altura. Estas podem ser do tipo portátil,
simples, de abrir e prolongável.

Todas as escadas devem ser adquiridas de fornecedores cadastrados que atendam as especificações
técnicas de cada empresa (tamanho, capacidade máxima, etc).

Classificação das escadas

• Escada simples (singela) - constituída por dois montantes interligados por degraus;
• Escada de abrir - formada por duas escadas simples ligadas entre si pela parte superior por meio de
dobradiças resistentes;
• Escada de extensão ou prolongável - constituída por duas escadas simples que se deslizam vertical-
mente uma sobre a por meio de um conjunto formado por polia, corda, trava e guias.
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Simples (singela) De abrir Prolongável

As escadas portáteis somente devem ser utilizadas para serviços de pequeno porte, sendo que para
serviços prolongados devem ser utilizados andaimes.

Toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante, com extremos inferiores (pés) nivelados e, para
serviços que utilizem as mãos simultaneamente, deve ser utilizada escada de abrir com degrau largo ou
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utilização de talabarte envolto em estrutura rígida.

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Riscos Adicionais
Apoiar a escada sempre em piso sólido, nivelado e resistente, para evitar tombamento ou afundamento.
Nunca apoie em superfícies instáveis, como caixas, tubulações, tambores, rampas, superfícies de andaimes
ou ainda em locais onde haja risco de queda de objetos. Para locais de trânsito de veículos, a escada deve
ser protegida com sinalização e barreira.

Toda ferramenta utilizada para o trabalho não deve estar solta sobre a escada. Vale lembrar da
obrigatoriedade do uso de cinturão de segurança tipo paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima
de 2 metros de altura. O mesmo deve ser fixado em um ponto de ancoragem, fora da escada, exceto uso
de talabarte para posicionamento envolto em estrutura rígida. (Ex.: serviço no poste), não sendo possível
realizar este procedimento deverá ser utilizado andaime ou plataforma elevatória.
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Check-list - Escadas Serviço em poste


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Riscos Adicionais
Cesta aérea
As cestas aéreas são confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, e são normalmente utilizadas
em equipamentos elevatórios, tanto fixas como móveis. São normalmente utilizadas em atividades com
linha viva, devido suas características isolantes e à melhor condição de conforto em relação a escada.

O trabalhador deve amarrar-se à cesta aérea através de talabarte e cinturão de segurança utilizando todos
os equipamentos de segurança.

Andaime
O andaime, deve dispor de sistema de guarda-corpo e rodapé de proteção em todo o seu perímetro, e sua
montagem deve ficar perfeitamente na vertical. Utilizar placa de base ajustável para terrenos irregulares.

A fixação do andaime é necessária para altura superior a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio.

Para a segurança devem ser respeitados os seguintes itens:


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• A plataforma de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelada e fixada de modo
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seguro e resistente;
• Os pisos da plataforma não podem ultrapassar em 25 centímetros as laterais dos andaimes;
• Não é permitido nenhum tipo de frestas nos pisos, que ocasionem queda de ferramentas, tropeções
ou torções;
• O vão máximo permitido entre as pranchas deve ser de 2 centímetros;
• A sobreposição de pisos deverá ser de, no mínimo, 20 centímetros e só pode ser feita nos pontos de
apoio;
• As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos devem possuir uma largura mínima de 90
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centímetros;
• As plataformas de trabalho dos andaimes individuais devem possuir largura mínima de 60 centímetros;
• Possuir escada de acesso à plataforma de trabalho com gaiola ou trava-queda (para andaime com
altura superior a 2 metros).

A montagem e desmontagem devem ser cuidadosamente analisadas e tomadas as devidas precauções


quando da montagem dos mesmos na proximidade de circuitos e equipamento elétricos.

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Riscos Adicionais

Ambientes confinados
A morte silenciosa

Vários trabalhos da área elétrica são realizados em espaços confinados. É considerada uma área confinada
os locais onde podem haver o risco de asfixia, explosão e incêndio. Com isso toda atividade da área elétrica
realizada em espaços confinados, como porões e canaletas, é necessário uma análise preliminar de risco
para a verificação da quantidade de oxigênio, vapores e gases. Devem ser utilizados os EPIs básicos para
este tipo de trabalho, como máscara, roupa especial e equipamento de resgate.

Todo trabalhador que exerce atividade nestes locais deve fazer o curso da NR-33.

Estes ambientes podem possuir uma ou mais das seguintes


características: Espaço confinado

• Potencial de risco na atmosfera; Espaço confinado é qualquer área


• Agentes contaminantes tóxicos ou inflamáveis. ou ambiente não projetado para
• Deficiência ou excesso de Oxigênio; ocupação humana contínua, que
• Configuração interna tal que possa provocar asfixia, possua meios limitados de entrada
claustrofobia, ou que dificultem a saída rápida de e saída, cuja ventilação existente
pessoas. é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir
Todos os ambientes confinados devem ser sinalizados, a deficiência ou enriquecimento de
isolados e identificados para evitar que pessoas não oxigênio.
autorizadas adentrem a estes locais.
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Exemplos de espaços confinados. Fonte: Fundacentro


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Riscos Adicionais
Os trabalhos realizados em espaços confinados devem atender uma série de itens, afim de garantir a
segurança dos trabalhadores. Na sequência é apresentado um programa para entrada em espaço confinado.

1. Estabelecer procedimento de acesso;


2. Impedir a entrada de pessoas não autorizadas;
3. Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos empregados;
4. Providenciar treinamento periódico aos trabalhadores envolvidos com ambientes confinados;
5. Documentar os procedimentos de acesso em locais confinados;
6. Manter um plano de emergência;
7. Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais - ASO - Atestado de Saúde
Ocupacional;
8. Manter o espaço confinado devidamente sinalizado e isolado;
9. Proceder as manobras de travas e bloqueios, quando houver necessidade;
10. Efetuar teste de resposta do equipamento de detecção de gases;
11. Realizar a avaliação da atmosfera para detectar gases ou vapores inflamáveis, gases ou vapores
tóxicos e concentração de oxigênio;
12. Avaliar a atmosfera quanto à presença de poeiras, quando reconhecido o risco;
13. Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos atmosféricos, como pro exemplo ventilação;
14. Avaliar os riscos físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos.

Trabalhos típicos em ambientes confinados

• Manutenção, reparos, limpeza ou inspeção de equipamentos ou


reservatórios;
• Obras da construção civil;
• Obras de instalações elétricas;
• Operações de salvamento e resgate;
• Etc.

Autorização
Os trabalhos somente podem ser executados com:
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• Autorização da Permissão de Entrada e Trabalho - PET;


• Essa Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é exigida por lei e
executada pelo Supervisor de Entrada (NR-33);
• O serviço executado deverá sempre ser acompanhado por um Vigia;
• A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) contém procedimentos
escritos de segurança e emergência;
• Verificar se as medidas de segurança foram implantadas e se a PET
está assinada pelo Supervisor de Entrada;
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• O trabalhador deve entrar no espaço confinado com uma cópia da


PET.

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Riscos Adicionais

Normas

Empresas que trabalham em ambientes confinados devem seguir a NBR 14787 - Espaço
confinado, Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção e a NR 33 - Segurança
e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados (MTE).

Vigia

O vigia deve:
• manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término
da atividade;
• permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato
permanente com os trabalhadores autorizados;
• adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,
pública ou privada, quando necessário;
• operar os movimentadores de pessoas;
• ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum
sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente,
situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente
suas tarefas, nem ser substituído por outro vigia.

EPIs

• Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem ser fornecidos gratuitamente;


• Devem ser utilizados EPIs adequados para cada situação de risco existente;
• O trabalhador deverá ser treinado quanto ao uso adequado do EPI.

Emergência e resgate
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• O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de


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emergência e resgate adequados ao espaço confinado;


• O empregador deve fornecer equipamentos e acessórios que
possibilitem meios seguros de resgate;
• Os trabalhadores devem ser treinados para situações de
emergência e resgate.
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Riscos Adicionais

Áreas classificadas
O risco de explosão

Em áreas onde quantidades perigosas e concentrações de vapores


ou gases inflamáveis podem ocorrer, medidas de proteção devem ser
aplicadas de forma a reduzir o risco de explosões.

A norma que trata deste assunto é a NBR IEC 60079. A classificação das
áreas devem seguir a parte 10.1 (Classificação de áreas - Atmosferas
explosivas de gás) ou 10.2 (Classificação de áreas — Atmosferas de
poeiras combustíveis).

Atmosfera Explosiva Área Classificada


Mistura com o ar, sob condições Área na qual está presente uma
atmosféricas, de substâncias atmosfera explosiva de gás, ou
inflamáveis na forma de gás, vapor, ainda é esperada estar presente,
névoa ou poeira, na qual, após em quantidades tais que requeiram
ignição, inicia-se uma combustão precauções especiais para a
auto-sustentada através da mistura construção, instalação e uso de
remanescente. equipamentos.

Zonas
Áreas classificadas são divididas em zonas, baseadas na frequência da ocorrência e duração de
uma atmosfera explosiva de gás. Zona 0, Zona 1 e Zona 2
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Sinalização
Símbolo “Ex” para placas de sinalização de áreas classificadas. Padrão DIN
40012-3/1983 e ATEX (CE).

Símbolo “Ex” para identificação de equipamentos certificados para uso


em atmosferas explosivas.
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Símbolo de REPARO em equipamentos “Ex” em conformidade com a


certificação e/ou especificações.

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Riscos Adicionais
Instalações onde ocorra presença de materiais inflamáveis devem ser projetadas, operadas e mantidas de
tal forma que qualquer liberação de material inflamável, e a consequente extensão da área classificada seja
a menor possível.

É importante localizar e classificar as fontes de risco em equipamentos de processo e sistemas, as quais


podem liberar material inflamável em operação normal ou não, considerando modificações no projeto de
tal forma a minimizar a probabilidade e a frequência de liberação.

É importante ressaltar que atividades de manutenção, exceto aquelas de operação normal, podem afetar
a extensão da zona classificada, devendo estas atividades serem controladas por uma sistemática de
permissão de trabalho.

Fontes de Risco

Os elementos básicos para se definirem as áreas classificadas consistem na identificação das fontes de risco
e na determinação do seu grau. As fontes pode ser:

• Fontes de Risco de Grau Contínuo: Local onde a presença da atmosfera explosiva é contínua. Ex.
Superfície de um liquido inflamável em um tanque.
• Fontes de Risco de Grau Primário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada durante
a operação normal dos equipamentos. Ex. Válvulas de alívio e respiros de tanques.
• Fontes de risco de grau secundário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada
somente se houver falha no equipamento. Ex. Vazamentos em flanges e conexões.

Zonas e tipos de proteção para equipamentos elétricos

Os equipamentos elétricos instalados em áreas classificadas constituem possíveis fontes de ignição devido
a arcos e faíscas provocadas pela abertura e fechamento de contatos, ou por superaquecimento em caso
de falhas. Assim, estes equipamentos devem ser fabricados de maneira a impedir que a atmosfera explosiva
possa entrar em contato com as partes que gerem esses riscos. Por isso, esses equipamentos, conhecidos
como equipamentos Ex, são construídos baseados em 3 soluções diferentes:

1. Confinam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva);


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2. Segregam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva);


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3. Suprimem ou reduzem os níveis de energia a valores abaixo da energia necessária para inflamar a
mistura presente no ambiente.

Assim, as soluções normalmente empregadas na fabricação


de equipamentos Ex estão baseadas no princípio do
confinamento, da segregação ou ainda da supressão, conforme
tabela abaixo.
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Riscos Adicionais
Projetos e documentação

A documentação das áreas classificadas é fundamental para a segurança da planta. Sempre antes de
qualquer intervenção no sistema elétrico, as plantas de classificação de áreas devem ser consultadas.

Sinalização

É mandatório que as áreas classificadas contendo atmosferas explosivas de gases inflamáveis (ABNT NBR
IEC 60079-10-1) ou poeiras combustíveis (IEC 60079-10-2) sejam identificadas por placas de sinalização.

A NR-10, em seu item 10.13.2 nos diz: “É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos a serem adotados”, tornando assim obrigatória a sinalização”.

Embora ainda não tenha sido publicada uma norma ABNT ou IEC para a padronização destas placas, cada
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empresa pode estabelecer seus próprios padrões de sinalização visual de segurança para a identificação
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da existência de áreas classificadas contendo atmosferas de gás ou poeiras.

É recomendado que as placas de sinalização possuam o símbolo “Ex”, no interior de um triângulo com
vértice voltado para cima, de acordo com o símbolo padronizado na Norma DIN 40.012 3 (1984) – Protection
against explosion: markink of potentially explosive areas – Signs and Plates, para identificação de
áreas classificadas contendo atmosferas explosivas.
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Riscos Adicionais

Umidade
A redução do isolamento elétrico

A umidade é um fator relacionado ao ambiente que aumenta os riscos de choque e arco elétrico devido a
diminuição da rigidez dielétrica do ar, tornando-se um condutor da corrente elétrica.

Para ocorrer o choque elétrico é necessário o contato com parte


energizada e contato simultâneo com outra parte energizada Rigidez Dielétrica
ou com a terra, denotando-se uma diferença de potencial,
propiciando a passagem de corrente elétrica no corpo humano. A Rigidez dielétrica de
materiais é um valor limite
Trabalhadores da área elétrica estarão seriamente expostos ao de campo elétrico aplicado
risco de eletrocussão caso estejam com as roupas molhadas. Essa sobre a espessura do material
condição também se aplica em caso de suor. (kV/mm), sendo que, a partir
deste valor, os átomos que
A NBR 5410 apresenta na tabela 19 a classificação da resistência compõem o material se
do corpo humano ao choque elétrico, desde a condição de pele ionizam e o material dielétrico
seca, melhor condição, maior resistência, até a pior condição, deixa de funcionar como um
pessoa imersa em água, menor resistência. isolante.

Para a mesma tensão, a diminuição da resistência origina uma O valor da rigidez dielétrica
corrente maior, o que agrava as consequências do choque depende de diversos fatores
elétrico, levando a situações fatais. como:
• Temperatura;
Assim, a umidade é um grave risco, que deve ser evitado nas • Espessura do dielétrico;
atividades em instalações elétricas. Exatamente pelas razões • Tempo de aplicação da
expostas, no combate a incêndios em instalações elétricas diferença de potencial;
energizadas não se pode usar água ou produtos que a • Taxa de crescimento da
contenham, tal como extintores de espuma, devido ao risco de tensão;
choque elétrico no próprio funcionário que combate o incêndio, • Para um gás, a pressão é
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em colegas de trabalho, ou até pela possibilidade de gerar novos fator importante.


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curtos-circuitos.

Na execução de determinados trabalhos em locais úmidos


ou encharcados, deve-se usar tensão não superior a 24 V ou
transformador de segurança (isola eletricamente o circuito e não
permite correntes de fuga).
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Errado!!!!

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Riscos Adicionais

Condições Atmosféricas
Os raios

Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é
quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos
tipos de radiação eletromagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. A principal
diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer
descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por
isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio.

No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido a descargas elétricas


atmosféricas, o que nos coloca na quinta posição de fatalidade entre os
países com estatísticas confiáveis. A probabilidade de um homem ser
atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que
a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio
na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos.
Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a
probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.

Esses são alguns dos resultados do levantamento de mortes por raios da


década – dados de 2000 a 2009 – elaborado pelo Grupo de Eletricidade
Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O estudo reuniu pela primeira vez informações de diversos órgãos brasileiros como Elat/Inpe do Ministério
da Ciência e Tecnologia, Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério
da Saúde, Defesa Civil, veículos de imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

Os sistemas de pára-raios que podem ser utilizados para proteção do patrimônio e das pessoas mais
comuns são:
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• Gaiola de Faraday
• Franklin

Os dois modelos surgiram na época de Benjamin Franklin. O para-raios gaiola de Faraday faz com que a
descarga elétrica percorra a superfície da gaiola e atinja o aterramento. No modelo de pára-raio Franklin, o
mais tradicional, é captado o raio pela ponta e transmite a descarga até o aterramento.

Várias atividades da área elétrica são externas, e são diretamente influenciadas pelo meio ambiente. Com
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tempo adverso envolvendo descargas atmosféricas, devem sempre serem tomados todos os cuidados
afim de evitar acidentes, devido a possíveis descargas que possam ocorrer em estruturas metálicas onde
estão sendo realizados trabalhos.

Lembrando que é sempre importante a utilização do aterramento temporário, os EPC´s e EPI´s para a
realização de atividades em área energizada.

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A prudência é o olho de

todas as virtudes.
Pitágoras
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 10
Responsabilidade e Acidentes
- Responsabilidades
- Acidentes de origem elétrica

CAPÍTULO 10

Responsabilidade e Acidentes
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Responsabilidade
Aspectos legais 3

Acidentes de Origem Elétrica


Discussão de casos 11
Responsabilidade e Acidentes

Responsabilidade
Aspectos legais

Neste capitulo trataremos sobre as responsabilidades referentes às disposições da NR-10, identificando


exatamente as atribuições aplicadas a cada profissional, bem como às empresas.

Da NR-10 temos:

“10.13.1. As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e


contratados envolvidos.”

Geralmente a relação entre contratada e contratantes é firmada através de contrato, que determina a quem
competem as ações referente às questões de segurança durante a prestação do serviço. Como pode ser
verificado na NR-10, tanto a contratada quanto a contratante são responsáveis pela aplicação da NR-10.

Além das atribuições da NR-10, temos compromissos com a constituição federal, com a CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho) e com os códigos civil e penal.

De acordo com os artigos 1521 e 1522 do código civil, qualquer empresa ou seus prepostos podem
responder quando da ocorrência de um acidente de trabalho, caso seja comprovada culpa devido à
imperícia, imprudência ou negligência, de acordo com o artigo 159 do Código Civil.

Da NR-10 temos:
Código Civil
“10.13.2. É de responsabilidade dos contratantes manter
os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão Art. 1521 – São também responsáveis
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e pela reparação civil:
medidas de controle contra os riscos elétricos a serem III – o patrão, amo ou comitente,
adotados.” por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho
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Imperícia é a incapacidade, a falta de habilidade específica que lhes competir, ou por ocasião
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para a realização de uma atividade técnica ou científica, não dele (art. 1522)
levando o agente em consideração o que sabe ou deveria
saber. Art. 1522 – A responsabilidade
estabelecida no artigo antecedente,
Imprudência é um comportamento de precipitação, n° III, abrange as pessoas jurídicas,
de falta de cuidados. Consiste na violação da regras que exercem exploração industrial.
de condutas ensinadas pela experiência. É o atuar sem
precaução, precipitado, imponderado. Art. 159 – Aquele que por ação ou
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omissão voluntária, negligência,


Negligência é o termo que designa falta de cuidado imprudência ou imperícia causar
ou de aplicação numa determinada situação, tarefa ou dano a outra pessoa, obriga-se a
ocorrência. É frequentemente utilizado como sinónimo indenizar o prejuízo.
dos termos “descuido”, “incúria”, “desleixo”, “desmazelo”

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Responsabilidade e Acidentes
O ítem 10.13.2 da NR-10 reforça a responsabilidade dos contratantes com relação a responsabilidade
técnica da instalação, incluindo a integridade física dos trabalhadores. Sendo assim é comum a realização
da integração com os profissionais das contratadas antes do início da prestação de serviços, afim de se
repassar todas as informações referentes à segurança.

Conforme o Art. 157 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas

Cabe às empresas:

• Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do


trabalho;
• Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais;
• Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos
competentes;
• Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Para o item 10.13.3 da NR-10, é indicado o dever da empresa de implantar ações preventivas e corretivas na
ocorrência de acidente de trabalho. Normalmente estas atividades são executadas pela Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA) em parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT).

“10.13.3. Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços


em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.”

De acordo com o item 10.13.4 os empregados também têm responsabilidades por suas ações e omissões,
pelo cumprimento dos procedimentos de segurança e a necessidade de comunicar situações de risco,
conforme determina o item 10.13.4

“ 10.13.4. Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
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omissões no trabalho;
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b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de


risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.”
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Segundo o Art. 158 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas:

Cabe aos empregados:

• Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, bem como as


instruções dadas pelo empregador;
• Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina
do trabalho;
• Usar corretamente o EPI quando necessário.

Os trabalhadores tem o direito de recusa na execução de determinada tarefa, caso encontrem uma situação
de risco que não consigam eliminar ou controlar, conforme o item 10.14.1 da NR-10. Na ocorrência destas
situações deve-se comunicar o superior hierárquico do trabalhador de forma imediata.

“10.14.1. Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre
que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis.”

DIREITO DE RECUSA - NR 10

O trabalhador tem o Direito de Recusa! Se o trabalho não pode


ser executado com segurança, é seu direito recusar o serviço.

No item 10.14.2, é estabelecido as responsabilidades das empresas na atuação de promoções para ações
de controle dos riscos originados por outrem.
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“10.14.2. As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas
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instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.”

É de responsabilidade das empresas manter o livre acesso dos trabalhadores e das autoridades competentes
a toda documentação conforme exposto na NR-10.

‘10.14.4. A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos


trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações
e interferências nas tarefas.
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10.14.5. A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes.”

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Responsabilidade e Acidentes

SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho estão especificados na


Norma Regulamentadora NR 4.

A NR- 4 estabelece a obrigatoriedade da existência do SESMT em todas as empresas privadas, públicas,


órgãos públicos da administração direta e indireta dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, com a finalidade de promover a saúde
e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

Atribuições do SESMT

• Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do


Trabalho no ambiente de trabalho e a todos os seus componentes,
inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até controlar os
riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
• Determinar ao trabalhador a utilização de Equipamentos de Proteção
Individual – EPI, quando esgotados todos os meios conhecidos para
a eliminação do risco, como determina a NR 6, e se mesmo assim este
persistir, e desde que a concentração, a intensidade ou característica do
agente assim o exija;
• Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas
da empresa;
• Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR’s
aplicáveis às atividades executadas pelo trabalhadores das empresa e/ou estabelecimentos;
• Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de
apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
• Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores
para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas
quanto de programas de duração permanente (treinamentos);
• Esclarecer e conscientizar os empregados sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais,
estimulando-os em favor da prevenção;
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• Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes ocorridos na empresa ou


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estabelecimento, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características


do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as
condições dos indivíduos portadores de doença ocupacional ou acidentado;
• As atividades dos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente prevencionistas, embora
não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. A elaboração de planos
de controle de efeitos de catástrofes, disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios
e o salvamento, a imediata atenção à vítima de qualquer tipo de acidente estão incluídos em suas
atividades.
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Responsabilidade e Acidentes

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um documento de revisão anual, que visa identificar,
avaliar, registrar, controlar e mitigar os riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, promovendo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, tendo em consideração
a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

• Radiação eletromagnética, principalmente na


construção e manutenção de linhas de elevado
potencial (transmissão e sub-transmissão) e em
subestações;
• Ruído em usinas de geração elétrica e subestações;
• Calor em usinas de geração elétrica (sala de
máquinas), serviços em redes subterrâneas de
distribuição de energia elétrica e em subestações;
• Umidade em caixas subterrâneas;
• Riscos biológicos diversos nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica
(eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de construção de modo geral;
• Gases tóxicos, asfixiantes, inflamáveis nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia
elétrica tais como metano, monóxido de carbono, etc;
• Produtos químicos diversos como solventes para limpeza de acessórios;
• Óleos dielétricos utilizados nos equipamentos, óleos lubrificantes minerais e hidrocarbonetos nos
serviços de manutenção mecânica em equipamentos sobretudo em subestações de energia, usinas
de geração e transformadores na rede de distribuição;
• Ácido sulfúrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de geração elétrica.
• Ascarel ou Bifenil Policlorados (PCBs), ainda presentes em transformadores e capacitores de instalações
elétricas antigas, em atividades de manutenção em subestações de distribuição elétrica e em usinas de
geração elétrica, por ocasião da troca de transformadores e capacitores e, em especial, da recuperação
de transformadores e descarte desse produto.
• Outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e riscos porventura
decorrentes de atividades de construção, tais como vapores orgânicos em atividades de pintura,
fumos metálicos em solda, poeiras em redes subterrâneas e obras, etc.
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É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento base do PPRA, que
dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção para os seguintes:

• Discussão do documento base com os empregados (CIPA);


• Descrição de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de trabalho, internos ou
externos e em todas as atividades realizadas na empresa (trabalhadores próprios ou de empresa
contratada);
• Realização de avaliações ambientais quantitativas dos riscos ambientais levantados (radiação, calor,
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ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre outros), contendo descrição de metodologia
adotada nas avaliações, resultados das avaliações, limites de tolerância estabelecidos na NR15 e
medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente habilitado;
• Descrição das medidas de controle coletivas adotadas;
• Cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa.

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Responsabilidade e Acidentes
O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de Saúde e Segurança do Trabalho - SST, como
PCMSO, PCA e o PCMAT (em caso de construção de linhas elétricas, obras civis de apoio a estruturas, prediais),
e inclusive, com todos os documentos relativos ao sistema de gestão em SST adotado pela empresa.

PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

É fundamental que o PCMSO seja elaborado e planejado anualmente com base em um preciso
reconhecimento e avaliação dos riscos presentes em cada ambiente de trabalho, em conformidade com
os riscos levantados e avaliados no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, no PCMAT –
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, bem como em outros
documentos de saúde e segurança, e inclusive no mapa de riscos desenvolvido pela Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA).

Esse Programa constitui-se num dos elementos de Saúde e Segurança do


Trabalho - SST da empresa e não pode prescindir de total engajamento e
correspondência com o sistema de gestão adotado na empresa, se houver,
integrando-o, tanto na fase de planejamento de ações quanto na fase de
monitoração dos resultados das medidas de controle implementadas.

Frente às situações específicas do setor elétrico, onde na maioria dos


casos não estão presentes os riscos clássicos industriais, o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) deve considerar com
profundidade fatores ergonômicos:

• De ordem psicossocial relacionados à presença do risco de vida no trabalho com eletricidade e dos
trabalhos em altura, seja no poste urbano quanto nas atividades em linhas de transmissão, como: “stress”
associado a tais riscos, grande exigência cognitiva e de atenção, necessidade de condicionamento
psíquico e emocional para execução dessas tarefas, entre outros fatores estressores;
• De natureza biomecânica relacionados às atividades em posturas pouco fisiológicas e inadequadas
(em postes, torres, plataformas), com exigências extremas de condicionamento físico;
• De natureza organizacional relacionados às tarefas planejadas sem critérios de respeito aos limites
técnicos e humanos, levando a premência de tempo, atendimento emergencial, pressão produtiva.
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Além dos fatores citados, evidentemente o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) deverá levar em conta os demais riscos presentes nas atividades executadas conforme cada caso
especificamente.

O controle médico deverá incluir:

• Avaliações clínicas cuidadosas, admissionais e periódicas, com ênfase em aspectos neurológicos e


osteo-músculo-ligamentares de modo geral;
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• Avaliação de aspectos físicos do trabalhador pertinentes a outros riscos levantados, incluindo ruído,
calor ambiente e exposição a produtos químicos;
• Avaliação psicológica voltada para o tipo de atividade a desenvolver;
• Avaliação de acuidade visual, (trabalho muitas vezes à distância, e com percepção de detalhes).

Exames complementares poderão ser solicitados, a critério médico, conforme cada caso.

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Ainda, ações preventivas para situações especiais devem ser previstas, como vacinação contra Tétano e
Hepatite, no caso de atividades em caixas subterrâneas próximas à rede de esgoto.

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além da avaliação individual de cada
trabalhador envolvido, periodicamente, tem o caráter de um estudo de corte, longitudinal, onde o médico
do trabalho tem oportunidade de acompanhar uma determinada população de trabalhadores ao longo
de sua vida laboral, estudando o possível aparecimento de sintomas ou patologias, a partir da exposição
conhecida a fatores agressores.

É fundamental que os relatórios anuais sejam detalhados, com a guarda judiciosa dos prontuários médicos,
sendo a implementação do programa verificada pelo Auditor Fiscal do Trabalho por meio da correção
dos Atestados de Saúde Ocupacionais, quanto a dados obrigatórios e periodicidade, disponibilidade dos
relatórios anuais e, caso necessário, por meio das análises dos prontuários médicos.

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Conforme determina a NR 5 as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da


administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem
como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados devem constituir CIPA por
estabelecimento e mantê-la em regular funcionamento.

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.

A CIPA é composta por representantes do empregador - (designados) e dos empregados (eleitos).

O organograma pode ser representado conforme segue:


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Atribuições da CIPA

• Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
• Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação
de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixada sem seu plano de trabalho e
discutir as situações de risco que foram identificadas;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
• Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados
à segurança e saúde no trabalho;
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos
e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na
segurança e saúde dos trabalhadores;
• Requisitar à empresa as cópias das CAT’s emitidas;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho – SIPAT;
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
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Acidentes de Origem Elétrica


Discussão de casos

Caso 1 - Acidente com multímetro

Eletricista se acidenta durante medições realizadas com um multímetro sem certificação de categoria de
sobretensão pela IEC 61010.

Durante a medição houve um provável “spike” de tensão, ultrapassando a capacidade de isolamento do


multímetro, levando o mesmo a fechar um curto com posterior geração de arco elétrico. Confira as fotos
abaixo:

Roupa do acidentado Roupa do acidentado Roupa do acidentado, EPIs e Multímetro


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Roupa do acidentado Local do acidente


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Disjuntor
Multímetro utilizado Disjuntor

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O fator causador do acidente foi a utilização de um multímetro sem certificação de categoria, o qual não
suportou um “spike” de tensão, originando um arco elétrico. A situação foi agravada pelo fato do eletricista
não estar utilizado um protetor facial.

Especificação mínima para Multímetros:


 
Além das características elétricas, como grandezas a serem medidas, escalas e influência de harmônicos é
necessário considerar o nível de curto-circuito nos pontos onde serão realizados as medições.

Transientes, Sobretensões e Equipamentos Elétricos:

Transiente é um surto de tensão elétrica que ocorre num intervalo de tempo muito pequeno. Existem duas
formas de os transientes chegarem a um equipamento eletrônico:

• Indução eletromagnética. É geralmente causada por raios que caem perto da rede elétrica e
induzem uma tensão muito alta na rede. Essa indução acontece quando uma corrente elétrica varia
rapidamente, criando um campo eletromagnético que é absorvido pelos fios da rede elétrica ou
telefônica, que atuam como antenas.

• Condução pela rede. O chaveamento de cargas fortemente indutivas, como os motores elétricos,
gera transientes que são causados pela força contra eletromotriz. Isso ocorre porque um indutor
opõe-se à variação de corrente elétrica. Quando ocorre o desligamento de uma chave - eletrônica
ou não - a energia armazenada sob a forma de campo magnético força a passagem de corrente em
sentido inverso ao sentido original. O resultado é um pulso rápido de alta tensão, conhecido como
“spike”.

Transientes de alta energia são muito mais perigosos pois


disparam arcos de tensão. Os transientes são atenuados pelas
impedâncias do sistema na medida que eles fluem do ponto de
geração.

Ocorrem quando:
• Transiente na alta tensão (chaveamentos);
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• Motor ou desligamento de cargas indutivas;


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• Mal funcionamento de equipamentos;


• Chaveamento de cargas;
• Inversores de freqüencia.
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Recomendação: Utilizar sempre multímetros categoria III ou IV!


Sempre usar os EPIs especificados para o ponto da instalação em questão!

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Caso 2 - Acidente em rede de média tensão

O acidente ocorreu em município do interior do estado do Rio Grande do Sul. A estrutura (poste de madeira
em altura padrão), com o religador A, onde o acidentado executava sua atividade, está situada em área
rural, numa propriedade particular. Segundo informado, no dia do acidente, as condições climáticas para a
realização da atividade eram satisfatórias.

No dia do acidente, a equipe X, formada pelos Srs. C e


D , recebe, via AutoTrac, mensagem do CO (centro de
operações) para verificação do equipamento denominado
“religador” A, componente da rede primária de distribuição
elétrica sob a responsabilidade da empresa, que estaria
desarmado.

Esta situação implica ausência de tensão na rede que serve


um dos municípios da região. A equipe X constata e informa
ao CO que realmente o equipamento estava desarmado. O
desarme do “religador” pode ser provocado por anomalias
na rede de distribuição elétrica ou ainda por outros eventos.

A equipe X recebe determinação, oriunda do CO, via


AutoTrac, para percorrerem a rede daquele ponto até um
município vizinho, em busca de anomalias. Pouco tempo
após, esta equipe retorna mensagem ao CO informando ter
verificado a rede e nada encontrado.
Local da ocorrência do acidente, com visão do
poste e religador

Por outro lado, o mesmo CO, também via AutoTrac, envia mensagem à equipe Y, formada pelo Sr. A,
Eletricista, e por seu colega, Sr.B, Auxiliar de Eletricista, para deslocaram-se até o local do “religador” A.

Às 9h8min, a equipe Y chega ao local. Ficam aguardando nova determinação. Às 9h29min recebem
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mensagem do CO determinando o religamento (fechamento) do equipamento “religador” A, pois a equipe


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X já teria percorrido o trecho, solicitando confirmação da operação.

O CO também envia mensagem à equipe X, informando que iria ligar o “religador”. A equipe Y, ao tentar
fechar uma das chaves-faca, do lado carga, constata que ela está danificada, tendo, inclusive, uma de suas
lâminas caído.

A equipe Y, às 9h31min, informa, via AutoTrac, ao CO que uma das chaves-faca, do lado carga do equipamento
está quebrada. O CO solicita à Subestação NP a desenergização do alimentador 01, por necessidade de
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intervenção de equipe de manutenção.

No entanto, é desligado o alimentador 02. Este não corresponde à rede da chave-faca quebrada, não
ocorrendo, portanto, o desligamento de seus componentes. O CO da empresa entende que sua solicitação
foi atendida.

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Responsabilidade e Acidentes
Não é possível o CO visualizar, por meio de
instrumental ou mostradores adequados,
se a desenergização de trechos de redes
realmente aconteceu.

O CO envia mensagem para a equipe Y, pelo


AutoTrack, que está desligado o alimentador
01. Solicita também o aterramento e o teste
de ausência de tensão.

A equipe Y testa a ausência de tensão


tocando, com o auxílio da vara de manobra,
na chave. A diferença de potencial entre
a vara e a rede provocaria emissão de
ruído capaz de constatar empiricamente a
energização. Este não é um procedimento
padrão ou mesmo confiável, mas é prática Chaves faca, lados fonte e carga. No detalhe, o local da chave-faca
entre os eletricistas. central onde se deu o contato com a vítima

Estes informam que o sistema eletrônico de detecção de tensão disponibilizado pela empresa não
é confiável, pois possuiria um excesso de sensibilidade, “bipando” de forma muito frequente. Também
apresentaria dificuldades operacionais sob a ação da umidade. O Sr. B informa ao CO, via AutoTrac, que a
rede está testada e aterrada. O sistema de aterramento foi recentemente alterado. Foi adotado um sistema
denominado “por sela”, disponibilizado para a equipe Y a apenas uma semana. Ambos os componentes
desta equipe receberam, havia aproximadamente um ano, treinamento sobre o novo sistema de
aterramento, mas sem a prática.

Somente está disponibilizado, na camionete da equipe, o novo sistema de aterramento. A equipe Y não
realiza o aterramento prescrito no Manual do Eletricista (ME) da empresa. É fornecida uma cópia deste
manual para cada equipe. No ME estão estabelecidos tempos médios para a execução das tarefas prescritas.

A totalidade dos trabalhadores entrevistados relata que


as pressões de tempo e produtividade podem induzir o
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descumprimento de alguns procedimentos prescritos no ME.


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Os trabalhadores afirmam que alguns destes procedimentos


são inexequíveis na prática, por sua extensão e complexidade,
quando confrontados com as necessidades de atendimento
das demandas de serviço.

A equipe Y recebe duas ligações, por telefone celular,


oriundas do CO da empresa, solicitando informações sobre
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o andamento da atividade, pois haveria uma cidade sem


energia elétrica. Nenhum dos dois havia realizado este tipo
de atividade. O Sr. A (eletricista) sobe até a área de trabalho
com o auxílio de uma escada de mão extensível, em fibra de
vidro, apoiada no poste em sentido oposto ao “religador”.

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O Sr. A já havia iniciado as operações destinadas ao conserto da chave-faca quebrada. Portando luvas de
raspa de couro, não dielétricas, o Sr. B abre as chaves externas, lado fonte, do solo, com o auxílio de varas
de manobra.

A chave-faca situada na posição central, em face de sua posição e ângulo, apresenta dificuldade em ser
aberta com a vara de manobra.

Após a mensagem do CO, o Sr. A reposiciona-se e tenta manobrar a chave faca central, do lado fonte, com a
mão. Esta chave e componentes estão energizados, com uma tensão aproximada de 13 kV. O Sr. B procura
avisar que poderiam tentar executar esta atividade do solo, mas não houve tempo. Ocorre um forte ruído,
e o Sr. B observa que o Sr. A está sofrendo choque elétrico, com contato pela sua mão direita. Tenta desligar
a mesma chave do solo, com o auxílio da vara de manobra, mas não consegue. Volta para a camionete e
aciona o “botão de pânico” presente no painel. Volta para a área contínua ao poste e observa que a vítima
não mais apresenta reação. Sobe na escada e retira o corpo do colega com a ajuda do cabo. A vítima sofre
graves queimaduras e mutilações em diversas partes do corpo, características de forte contato elétrico. O
Sr. B ainda tenta socorrê-lo. É constatado o óbito do Sr. A pelas equipes de socorro que acorrem ao local.
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Posição em que a vítima foi encontrada após o choque elétrico


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Fatores causais do acidente:

• Pressão por aumento da produtividade, colocando os trabalhadores sob elevado estresse;


• Meio de comunicação deficiente entre a equipe e o centro de operações. Foi solicitado o desligamento
do alimentador 1 e o desligado foi o 2;
• Manutenção com equipamento energizado;
• Teste de ausência de tensão não realizado com equipamento correto;
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• Falta de aterramento.

Verifica-se que neste acidente vários fatores contribuiram para a fatalidade. Podemos considerar como o
principal a falta de treinamento fornecido pela empresa, já que todos os procedimentos existentes na NR-
10 com relação à desenergização de um circuito não foram executados.

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Caso 2 - Choque elétrico em baixa tensão

SÃO LUÍS/MA - O eletricista Claudionor da Silva Monteiro, de 35 anos, morreu ontem à tarde, vítima de
um choque elétrico. Ele tentava trocar lâmpadas da placa luminosa de um motel, quando foi atingido.
(08/02/2006).

A vítima, que era eletricista autônomo, estava em um andaime com seu colega de serviço, Francisco das
Chagas Sousa, que também foi atingido pela descarga elétrica, mas em pequena proporção.

Os dois portavam apenas o cinto de segurança, sem qualquer outro equipamento de proteção para o
trabalho com eletricidade.

Quando sofreu a descarga elétrica, Claudionor caiu sobre Francisco, que ainda tentou salvá-lo, puxando a
sua língua, que enrolava, mas não obteve sucesso.

O fato foi comunicado à polícia, que esteve no local providenciando a remoção do corpo para o Instituto
Médico Legal.

Fatores causais do acidente:

• Trabalho com circuito energizado;


• Falta de EPIs para o trabalho com eletricidade (Luvas isolantes,
capacete, óculos e botas isolantes);
• Falta de treinamento.

É muito importante não subestimar o nível de tensão de trabalho.


As rede de baixa tensão são potencialmente perigosas. Todos os
EPIs devem ser utilizados em trabalhos com a rede energizada.
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TRABALHE COM SEGURANÇA!

Use os EPIs corretos, siga os procedimentos de segurança!


Sua Família agradece!!!
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Nós somos aquilo que
fazemos repetidamente.
Excelência, então, não é “
um modo de agir, mas um
hábito.
Aristóteles
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 11
Proteção e Combate a Incêndios
- Introdução
- Noções Básicas
- Medidas Preventivas
- Métodos de Extinção

CAPÍTULO 11

Proteção e Combate a Incêndios


sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Prevenção e combate - Brigada 3
Noções Básicas
Entendendo o fogo 9
Medidas Preventivas
Melhor previnir do que remediar 15
Métodos de Extinção
O primeiro combate 18
Proteção e Combate a Incêndios

Introdução
Prevenção e combate - Brigada

A Prevenção e Combate a Incêndios surge desde a pré-história, quando o homem começa a controlar o
fogo, inicialmente obtido da natureza, como por exemplo na queda de raios.

Durante sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se de seus préstimos para inúmeras atividades,
dentre elas: aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, etc.

Porém o fogo, que tantos préstimos faz ao homem, é uma força imensa que deve ser controlada. Quando
perde o controle sentimos os seus efeitos destruidores, denominados incêndios (sinistros).

Nos dias de hoje existem normas e leis sobre edificações e suas ocupações, controle de materiais
combustíveis e inflamáveis, controle de manutenção para máquinas e equipamentos em geral e sistemas
elétricos, além de inspeções de risco, com o objetivo de detectar situações propícias para o surgimento e
alastramento de um incêndio; instalação de sistemas e equipamentos que permitam o combate rápido
a princípios de incêndio, treinamento de pessoas no uso desses equipamentos e nos procedimentos de
abandono das edificações sinistradas.

No Brasil, a base Legal de prevenção de incêndios foi dada pela Portaria 3.214/78 - Norma Regulamentadora
23 do Ministério do Trabalho e Emprego, além de Leis Estaduais e Municipais.
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Proteção e Combate a Incêndios

O que é brigada de combate a incêndio?


Brigada de combate a incêndio, é uma organização interna, composta de
funcionários da empresa (inclusive terceiros) treinada e preparada para
agir com rapidez e eficácia em casos de princípios de incêndios, conforme
estabelecido na Norma Regulamentadora 23.

Qualquer incêndio seja de pequenas ou grandes proporções em um edifício


residencial é o maior pesadelo para qualquer pessoa. Esse tipo de destruição
fere o mais profundo sentimento, pois desintegra o sagrado lar. Além das
perdas materiais, o fogo pode tirar muitas vidas. O combate rápido ao fogo
pode evitar todos os desastres.

A brigada de incêndio pode, em muitos casos, salvar muitas residências, empresas e principalmente muitas
vidas. A brigada de Incêndio é uma exigência obrigatória cuja função específica de prontidão, para agir de
imediato, afim de extinguir qualquer indício de incêndio. Esta atividade é desenvolvida pelos bombeiros
civis, ou formada por grupos de funcionários de diversas áreas da empresa, sendo estes chamados de
BRIGADISTAS.

Os primeiros cinco minutos de combate e extinção do fogo são vitais, pois antecedem a chegada e ação
do Corpo de Bombeiros.

A organização da brigada de Incêndio é fundamental e devem ser de acordo com o disposto a seguir:

• Brigadista: membros da brigada que executam as atribuições;


• Líder: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua área de atuação;
• Chefe de Brigada: Responsável por uma edificação com mais de um pavimento;
• Coordenador Geral: responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta.
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Ações de prevenção da brigada


• Exercer a prevenção, combater princípio de incêndio e efetuar salvamento;
• Conhecer e avaliar os riscos de incêndios existentes;
• Participar das inspeções regulares e periódicas dos equipamentos de combate a incêndio;
• Conhecer todas as rotas de fuga;
• Conhecer a localização dos dispositivos de acionamento do alarme de incêndio (botoeiras);
• Conhecer todas as instalações do prédio;
• Verificar as condições de operacionalidade dos equipamentos de combate a incêndio;
• Conhecer o princípio de funcionamento de todos os sistemas de extinção de incêndio (sprinklers, CO2,
Pó Químico Seco - PQS, Água Pressurizada – AP, etc);
• Elaborar relatório quando identificar irregularidades encontradas;
• Encaminhar relatório aos setores competentes;
• Orientar a população fixa e flutuante quando tratar-se de simulação;
• Participar dos exercícios simulados.

Ações de emergência
• Identificar a situação de emergência;
• Acionar o alarme em caso de emergência;
• Acionar a brigada para abandono de área;
• Acionar o Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
• Cortar a energia da área;
• Solicitar primeiros socorros Especializado (ligar para Ambulatório);
• A brigada de Incêndio deve combater o princípio de incêndio;
• Recepcionar e orientar o Corpo de Bombeiros.

Ações específicas
Os principais membros da Brigada de Incêndio possuem atribuições específicas.
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• Responsabilizar-se por todo o abandono;


• Elaborar o plano de Prevenção e Combate a Incêndio;
• Acompanhar o treinamento da Brigada de Incêndio e da Brigada de Abandono;
• Fiscalizar a inspeção e manutenção dos equipamentos de Prevenção e Combate a Incêndios;
• Participar da seleção dos colaboradores que irão compor a Brigada de Incêndio;
• Determinar o início do abandono;
• Controlar a duração das operações;
• Avaliar e controlar permanentemente as condições de segurança da empresa;
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• Controlar a saída de todos os setores;


• Após Análise da situação acionar os sistemas externos de apoio (em caso de sinistro): O Corpo de
Bombeiro e Resgate, Policia Militar etc;
• Liberar ou não o retorno das pessoas à edificação após ter sido debelado o sinistro.

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Procedimentos de emergência
Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, através
dos meios de comunicação disponíveis, a todos os envolvidos e brigadistas.

Após realizado o alerta, a brigada irá analisar a situação por completo, do início
ao fim do sinistro ocorrido, e se constatada necessidade acionará o Corpo de
Bombeiros e apoio externo, sendo neste momento iniciado os procedimentos
necessários, que podem ser priorizados ou realizados de forma simultânea, de
acordo com o número de brigadistas e os recursos disponíveis no local.

A energia elétrica deve ser cortada sempre que possível ou


necessário, e o abandono parcial ou total da área deve ocorrer
conforme comunicação pré-estabelecida, removendo para local
seguro e a uma distância mínima de 100 metros do local do sinistro,
permanecendo até a definição final.

A área deve ser isolada de modo a garantir os trabalhos de emergência


e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

Deve ser verificada as possíveis causas do sinistro e suas consequências, emitindo relatório para
discussão em reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a
repetição da ocorrência.

A brigada de Incêndios deve ficar à disposição quando da chegada do Copo de Bombeiros.

Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou reestabelecendo suas funções vitais com
Suporte Básico da Vida e Reanimação Cardiovascular até que se obtenha o socorro especializado.

Ações específicas
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Devem ser realizadas reuniões mensais com os membros da brigada com registro em ata, onde são
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discutidos os seguintes assuntos:

• Funções de cada membro da brigada dentro do plano;


• Condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;
• Apresentação de problemas relacionados à prevenção de incêndios encontrados nas inspeções
para que sejam feitas propostas corretivas;
• Atualização das técnicas e táticas de combate a incêndio;
• Alterações ou mudanças do efetivo da brigada;
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• Demais assuntos de interesse.

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Os mais graves incêndios do Brasil

Estes foram os 10 piores incêndios da história do Brasil, em número de vítimas:

Tragédia do Gran Circus Norte-Americano (RJ):

Em 1961, um ex-funcionário do Circo quis se vingar do chefe após ter


sido demitido. Adilson Alves tinha antecedentes criminais e problemas
psicológicos. Junto com dois comparsas, usou gasolina para colocar
fogo na lona que, feita de uma composição com parafina, se incendiou
com rapidez e caiu em cima das quase três mil pessoas que assistiam
ao espetáculo. No local, 503 pessoas morreram, 70% das vítimas eram
crianças. Mais de mil pessoas ficaram feridas.

Boate Kiss (RS):

Em 2013 o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande


do Sul, chocou o Brasil: foram 242 mortes confirmadas (a maioria
por asfixiamento dentro da casa lotada e com apenas uma saída) e
dezenas de feridos - muitos ainda em estado grave. A tragédia foi a
segunda maior do Brasil em número de vítimas fatais.

Edifício Joelma (SP):

Em 1974, um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado


no 12º andar do prédio paulistano deu início a um incêndio que se
espalhou rapidamente pelos móveis de madeira, pisos acarpetados
e forros internos de fibra sintética. Em pouco tempo as escadas
foram tomadas pelo fogo e pela fumaça, impedindo as pessoas de
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evacuarem o prédio. Mais de 180 pessoas morreram no incêndio que


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reacendeu as discussões sobre segurança e preparo para prevenção e


combate a incêndios.

Vazamento em Cubatão (SP)

Em 1984, centenas de litros de gasolina foram espalhados no mangue


próximo a uma favela em Cubatão por conta de um vazamento. Pouco
tempo depois, uma ignição causou o incêndio do material e matou
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vários moradores. Segundo os número oficiais, foram 93 mortes.

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Proteção e Combate a Incêndios
Lojas Renner (RS):

Em 1976, um edifício onde funcionava as Lojas Renner em Porto Alegre


sofreu um incêndio que matou 41 pessoas e deixou outras 60 feridas.
Muitas vítimas se jogaram do prédio de sete andares, que não tinha
um terraço apropriado para resgate por helicópteros.

Edifício Andorinha (RJ):

No Rio de Janeiro, um prédio no centro da cidade sofreu um curto-circuito no


sistema elétrico que, em 1986, gerou um incêndio que matou 21 pessoas e feriu
mais de 50.

Edifício Grande Avenida (SP):

Localizado na Avenida Paulista, em São Paulo, o prédio pegou fogo


em 14 de fevereiro de 1981, um sábado de carnaval (o que evitou que
houvesse mais vítimas). Todos os andares do edifício foram destruídos.
Dezessete pessoas morreram e 53 ficaram feridas, incitando novas leis
de segurança contra incêndios, especialmente na região da Avenida
Paulista

Edifício Andraus (SP):

Dois anos antes da tragédia no edifício Joelma, um prédio também


paulistano já tinha passado por situação similar. Em 1972, um fogo de causa
ainda desconhecida - imagina-se que tenha ocorrido uma sobrecarga
no sistema elétrico - se espalhou pelo prédio no centro de São Paulo e
chegou a causar explosões que fizeram o edifício tremer. O evento foi
televisionado ao vivo e a população se chocou com as cenas de pessoas
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se atirando do prédio. A maioria dos sobreviventes conseguiu chegar ao


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último andar do edifício e aguardou resgate de lá. Foram 16 mortos e 330


feridos.

Creche Uruguaiana (RS):

Em 2000, um curto-circuito em um aquecedor incendiou uma creche em Uruguaiana, no Rio Grande


do Sul. Doze crianças entre 2 e 4 anos morreram e duas funcionárias da escola (inclusive a diretora)
foram presas.
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Show no Canecão Mineiro (MG):

Em 2001, um acidente com a queima de fogos no palco gerou um incêndio que matou sete pessoas e
deixou mais de 300 feridos em Belo Horizonte. A casa de show não tinha alvará para funcionamento
e o proprietário, um produtor e dois músicos foram condenados.
Fonte: Revista Exame, 01/2013

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Proteção e Combate a Incêndios

Noções Básicas Momento História


Entendendo o fogo

É chamado de fogo o resultado de um processo termoquímico O fogo foi a maior conquista do ser
muito exotérmico de oxidação. humano na pré-história. A partir desta
conquista o homem aprendeu a utilizar a
Geralmente, um composto químico orgânico, como o papel, força do fogo em seu proveito, extraindo
a madeira, os plásticos, os gases de hidrocarbonetos, gasolina a energia dos materiais da natureza ou
e outros, susceptíveis a oxidação, em contato com uma moldando a natureza em seu benefício.
substância comburente (oxigênio da atmosfera, por exemplo)
necessitam de uma energia de ativação, também conhecida O fogo serviu como proteção aos primeiros
como temperatura de ignição. Esta energia necessária para hominídeos, afastando os predadores.
inflamar o combustível pode ser fornecida através de uma Depois, o fogo começou a ser empregado
faísca ou de uma chama. Iniciada a reação de oxidação, na caça, usando tochas rudimentares
também denominada de combustão ou queima, o calor para assustar a presa, encurralando-a.
desprendido pela reação mantém o processo em marcha. No inverno e em épocas gélidas, o fogo
protegeu o ser humano do frio mortal.
O ser humano pré-histórico também
FOGO aprendeu a cozinhar os alimentos em
fogueiras, tornando-os mais saborosos
“Fenômeno físico/químico, denominado combustão, e e saudáveis, pois ocalor matava muitas
que se caracteriza pela presença de luz e calor” bactérias existentes na carne.

Na antiguidade o fogo era visto como


Os produtos da combustão (principalmente vapor de água uma das partes fundamentais que
e dióxido de carbono), em altas temperaturas pelo calor formariam a matéria. Na Idade Média,
desprendido pela reação química, emitem luz visível. O os alquimistas acreditavam que o fogo
resultado é uma mistura de gases incandescentes emitindo tinha propriedades de transformação
energia, denominado chama ou fogo. da matéria alterando determinadas
propriedades químicas das substâncias,
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De forma resumida, FOGO é um processo químico de como a transformação de um minério


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transformação. Podemos também defini-lo como o resultado sem valor em ouro.


de uma reação química que desprende luz e calor devido à
combustão de materiais diversos.
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Fonte:
Glossary of Wildland Fire Terminology, National Wildfire
Coordinating Group

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Elementos essenciais do fogo


Como foi apresentado, o fogo é uma reação química e, portanto, são
necessários alguns elementos que reajam entre si, favorecendo a
reação. Os elementos que compõem o fogo são:

• Combustível;
• Comburente (oxigênio);
• Calor;
• Reação em cadeia.

Esse quarto elemento, também denominado transformação em cadeia,


vai formar o quadrado ou tetraedro do fogo, substituindo o antigo
triângulo do fogo.

Combustível
É todo material que possui a propriedade de queimar. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que os sólidos
e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam.

Sólidos:

Madeira, papel, tecido, algodão, etc.

Líquidos:

Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à temperatura ambiente.


Ex.:álcool, éter, benzina, etc.

Não Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores do que a do ambiente.
Ex.: óleo, graxa, etc.
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Gasosos:
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Butano, propano, etano, etc.

Comburente (Oxigênio)
É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis, dando vida
às chamas e possibilitando a expansão do fogo.
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Na maioria das reações que geram a combustão, o comburente encontrado normalmente é o oxigênio.
A percentagem de oxigênio existente no ar atmosférico é de aproximadamente 21%. Sempre que a
percentagem de oxigênio cair abaixo de 16%, o mesmo já não alimentará mais a combustão. Sempre que
nós conseguirmos manter uma percentagem de oxigênio abaixo de 16% em determinado local, estaremos
afastando um dos lados do triângulo do fogo, e consequentemente extinguindo o mesmo. A este método
de extinção do fogo é dado o nome de ABAFAMENTO.

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Reação em cadeia
Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. Este calor provocará o desprendimento
de mais gases ou vapores combustíveis, desenvolvendo uma transformação em cadeia ou reação em
cadeia, que, em resumo, é o produto de uma transformação gerando outra transformação.

Energia para ignição


São todas as formas de energia calorífica capaz de inflamar ou provocar o aumento de temperatura dos
combustíveis, como por exemplo: fósforo, tocha de balão, vela, fagulha de chaminé, centelhas elétricas,
atrito, fricção, etc.

Calor:

É uma forma de energia. É o elemento que dá início ao


fogo, é ele que faz o fogo se propagar. Pode ser uma faísca,
uma chama ou até um superaquecimento em máquinas e
aparelhos energizados.

Temperatura:

É o efeito da intensidade de calor de um corpo. Sua medição no Brasil é em Graus Celsius ou Centígrados

Caloria:

É a quantidade de calor que um corpo pode absorver ou desprender, medido em calorias.

Produtos Resultantes da Combustão


Após a reação química entre o combustível e o comburente, ocorrerá a combinação dos elementos
químicos (carbono, hidrogênio e oxigênio), originando outros produtos, como por exemplo a Fumaça.
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A fumaça é uma mescla de gases, partículas sólidas e vapores d´água. Sua cor pode servir de orientação
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prática para a intensificação do material combustível que está sendo decomposto na combustão.

Quando é visualizado uma fumaça branca ou cinza clara, tem-se o indicativo de queima de combustível
comum como por exemplo madeira, papel, etc.

A fumaça preta ou cinza, é originada da combustão incompleta, geralmente de produtos derivados de


petróleo como a graxa, óleos, pneus, gasolina, plásticos, etc.
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E por último, quando a fumaça é amarela/vermelha, indica que está queimando um combustível e que
seus gases geralmente são tóxicos.

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Incêndio
Inicialmente pode parecer redundância falar de incêndio após uma explanação sobre fogo. Em princípio
isto é verdade, porém uma verdade que não resiste ao argumento de que o fogo foi o primeiro elemento
que o homem lançou mão para dar início à sua evolução como ser humano inteligente, mas, também,
é verdade ter sido ele um dos primeiros elementos a causar a destruição daquilo que produzia. Assim,
podemos definir o incêndio como sendo:

“TODA E QUALQUER DESTRUIÇÃO OCASIONADA PELO FOGO, QUE PROVOQUE DANOS


MATERIAIS, E ATÉ MESMO A PERDA DE VIDAS HUMANAS”

Os incêndios podem ser classificados de acordo com as proporções , tendo em vista sua intensidade e
evolução, conforme apresentado a seguir:
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• Princípios de incêndio: São aqueles que envolvem uma peça de vestuário, uma peça de mobiliário,
um motor, etc, e que podem ser dominados facilmente com aparelhos extintores ou baldes d´água;

• Pequenos incêndios: São os que envolvem um cômodo, um compartimento interno etc, os quais
exigem maior quantidade de agentes extintores e tempo;

• Médios Incêndios: São aqueles que envolvem um andar de uma edificação, uma casa residencial,
uma pequena oficina, etc. Neste caso, a presença de uma equipe de brigada de incêndio de uma
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indústria que possua rede hidráulica e proteção por extintores poderá extinguir o incêndio;

• Grandes incêndios: São os que envolvem um edifício inteiro, grandes lojas, grandes barracões, uma
indústria, etc;

Os incêndios também podem ser classificados levando em consideração a destruição do material


ocasionado pela ação do fogo, podendo ser “insignificante”, “parcial” e “total”.

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Fases do incêndio
A fase inicial do incêndio é caracterizada basicamente pela ausência de grande quantidade de calor e
oxigênio. Inicialmente há uma ignição, ocorrida em qualquer ponto, e que evoluiu lentamente.

Os materiais começam a queimar e a maior parte do calor produzida é utilizada para aquecer os materiais,
razão pela qual não há calor suficiente para gerar combustão em grande escala.

Em muitos casos, quer porque as aberturas (janelas, portas, etc.) estejam fechadas, ou porque não se
tenham ainda estabelecidas grandes correntes de convecção, a evolução do fogo é lenta, pois não há
quantidade de ar suficiente para manter a combustão em um ritmo elevado.

Na fase do fogo livre são englobados três processos, o ar


suficiente alimenta as chamas por convecção, aquece as partes
mais altas da área e os gazes aquecidos expandem lateralmente
do topo para baixo, forçando o ar mais frio a procurar os níveis
mais baixos, e eventualmente entra em ignição todo o material
combustível no nível mais alto do ambiente.

O fogo progride consumindo o oxigênio e parte deste combina


com os gases liberados até torna-lo insuficiente, daí há uma
redução da chama e passa para a fase de fumaça. Porém uma
reposição de oxigênio é o suficiente para arder novamente ou
mesmo explodir.

Já a fase sem chama ou de fumaça a chama deixa de existir se no ambiente não houver entrada de ar, o
incêndio é reduzido a brasas e a fumaça densa e os gases do fogo são levados para cima à procura de uma
saída.

É de extrema importância combater de forma eficiente o incêndio na fase inicial (princípio) devido que,
na segunda fase com a evolução das chamas, o combate torna-se dificultoso e até mesmo impossível, em
função dos riscos à vida.
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Formas de transmissão de calor


O fogo pode se propagar pelo contato da chama em outros combustíveis, através do deslocamento de
partículas incandescentes ou então pela ação do calor.

O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se
propaga por três processos de transmissão:
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• Condução: É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula
ou de corpo a corpo. A taxa de condução de calor vai depender basicamente da condutividade
térmica do material, sua superfície e espessura.

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• Convecção: É a forma de transmissão de calor através


de meio transmissor Gasoso ou Liquido. O calor se
transmite através de uma massa de ar aquecida,
que se desloca do local em chamas, levando para
outros locais quantidade de calor suficiente para que
os materiais combustíveis aí existentes atinjam seu
ponto de combustão, originando outro foco de fogo.

• Irradiação: É quando o calor se transmite por ondas


caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer
meio material.

Pontos e temperaturas do fogo


• Ponto de Fulgor: É a menor temperatura na qual um combustível libera vapor em quantidade
suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor. O ponto de fulgor não
é suficiente para que a combustão seja mantida.

• Ponto de Combustão: É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda


vapores ou gases combustíveis que, combinados com oxigênio do ar e em contato com uma chama
ou centelha (agente ígneo) externa, se inflamam; e mantém-se queimando, mesmo com a retirada
do agente ígneo, face a quantidade de vapores liberados àquela temperatura, bem como o aumento
da temperatura provocada pela queima.

• Temperatura de Ignição: É a temperatura mínima em que ocorre uma combustão, independente de


uma fonte de ignição, como uma chama ou faísca, quando o simples contato do combustível (em
vapor, por exemplo), em contato com o comburente já é o suficiente para estabelecer a reação.

Principais pontos e temperaturas de alguns combustíveis inflamáveis


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Combustível Inflamável Ponto de fulgor Temperatura de ignição


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Álcool Etílico 12,6 ºC 371,0 ºC


Gasolina -42,0 ºC 257,0 ºC
Querosene 38,0 a 73,5 ºC 254,0 ºC
Parafina 199 ºC 245,0 ºC

Estes dados são importantes de serem conhecidos durante a manipulação de produtos químicos. Estas
informações também são utilizadas em estudos de áreas classificadas.
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Informações como ponto de fulgor e temperatura de ignição são encontradas nas FISPQs (Ficha de
informação de segurança de produtos químicos) que acompanham os produtos.

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Medidas Preventivas
Melhor previnir do que remediar

A Prevenção e Combate a incêndios surge desde a pré-história, quando o homem começa a controlar o
fogo. Durante sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se para inúmeras atividades, dentre elas:
aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, etc.

Porém o fogo, que tantos préstimos faz ao homem, é uma força imensa que deve ser controlada. Quando
perdemos o controle sentimos os seus efeitos destruidores, denominados incêndios (sinistros).

Temos hoje várias normas e leis sobre edificações e suas ocupações para o controle de materiais combustíveis
e inflamáveis, manutenção de máquinas e equipamentos em geral e sistemas elétricos, além de inspeções
de risco, com o objetivo de detectar situações propícias para o surgimento e alastramento de um incêndio.
No Brasil temos base Legal de prevenção de incêndios ditada pela Portaria 3.214/78 - Norma Regulamentadora
23 do Ministério do Trabalho e Emprego, além de Leis Estaduais e Municipais.

Grande parte das normas utilizadas no Brasil e no mundo, para prevenção de incêndios no tocante a
equipamentos, sistemas e treinamentos, são originárias da N.F.P.A. - National Fire Protection Association
dos EUA, organismo norte americano de estudos e normatização de assuntos relacionados a incêndios e a
prevenção destes.

Alguns cuidados são necessários para afim de se evitar a ocorrência de sinistros:

• Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo;


• Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas,
armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem;
• Colocar os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
• Não deixar os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desligue-os
da tomada;
• Respeitar as proibições de fumar no ambiente de trabalho (Lei Estadual nº
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11.540, de 12/11/2003);
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• Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais


sinalizados;
• Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico
ligado;
• Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados;
• Não improvisar instalações elétricas, nem efetuar consertos em tomadas e
interruptores, sem que esteja familiarizado;
• Manter o local de trabalho em ordem e limpo;
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• Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que


provisoriamente, materiais nas escadas e corredores;
• Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do adaptadores
“T”, lembrando que o mesmo oferece riscos de curto-circuito e outros;
• Observar as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis;
• Não utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis;
• Não cobrir fios elétricos com o tapete.

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Em caso de emergência é recomendado que se mantenha a calma, evitando o pânico, correrias e gritarias,
e entrar em contato com o Corpo de Bombeiros no telefone 193. Dependendo das proporções do incêndio
usar extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo. Quando não se conseguir a extinção do fogo
deve ser acionado o botão de alarme mais próximo, ou telefonar para o ramal de Emergência.

Telefone Bombeiros

193

• As portas e janelas devem ser fechadas, confinando o local do sinistro, além de isolar os materiais
combustíveis e proteger os equipamentos, desligando o quadro de luz ou o equipamento da tomada;

• Comunicar o fato à chefia da área envolvida ou ao responsável do mesmo prédio e se for o caso armar
as mangueiras para a extinção do fogo;

• Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como máscara (se possível
molhado), cobrindo o nariz e a boca e para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que
possível, manter molhadas as roupas, cabelos, sapatos ou botas;

• Para locais de confinamento pelo fogo é necessário que seja localizada uma saída retirando-se do
recinto em lugares onde haja muita fumaça. Para sair destes ambientes o ideal é ficar agachado, bem
próximo ao chão, onde o calor é menor e onde ainda existe oxigênio. Em casos de ter que atravessar
uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapatos, encharque uma cortina e enrole-se nela,
molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao nariz e atravessando o mais rápido que puder;

• Já para locais com necessidade de abandono é recomendado que nunca seja utilizado os elevadores
em caso de emergência. Ao abandonar um compartimento, fechar a porta atrás de si (sem trancar)
e não voltar ao local. Facilitar a operação dos membros da Equipe de Emergência para o abandono,
seguindo à risca as suas orientações, devendo ajudar o pessoal incapacitado à sair, dispensando
especial atenção àqueles que, por qualquer motivo, não estiverem em condições de acompanhar o
ritmo de saída (deficientes físicos, mulheres grávidas e outros).
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Simulador de medidas preventivas

Este simulador tem como objetivo auxiliar os projetistas a elaborar planos de segurança contra incêndio
e pânico. Ele não substitui o conhecimento técnico do profissional. Serve apenas de facilitador para
consultas das medidas preventivas necessárias, de acordo com o código de prevenção de incêndios e
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http://www.bombeiroscascavel.com.br/simulador/formulario.php

Norma de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Paraná - 2011

Disponível para download:


Link

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Algumas recomendações importantes

• Não suba, procure sempre descer pelas escadas;


• Não respire pela boca, somente pelo nariz;
• Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. Com queimaduras
ou asfixias, o homem ainda pode salvar–se;
• Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação.
Tire apenas a gravata ou roupas de nylon;
• Se suas roupas se incendiarem, jogue–se no chão e role lentamente. Elas se
apagarão por abafamento;
• Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias.

Boate Kiss - Esquema de acontecimentos Fonte: Jornal Zero Hora


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Métodos de Extinção
O primeiro combate

Para haver fogo, são necessários o combustível, comburente e o calor, formando o triângulo do fogo ou,
conforme exposto anteriormente o quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite a ocorrência de
uma reação em cadeia. Para extinguir o fogo, basta retirar um desses elementos, e pode-se dividir nos
seguintes métodos de extinção: extinção por retirada do material, por abafamento, por resfriamento e
extinção química.

Extinção por retirada do material (Isolamento)


A retirada do material ou corte do combustível poderá ser parcial ou total, diminuindo o tempo do fogo
e extinguindo o incêndio. Nem sempre é possível adotar este método devido a condição adversa do local
incendiado.

Extinção por retirada do comburente (Abafamento)


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Este método consiste na diminuição ou impedimento do contato de


oxigênio com o combustível, até os níveis que o fogo cessará.

Extinção por retirada do calor (Resfriamento)


Quando se diminui a temperatura e elimina o calor, até que o
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combustível não gere mais gases ou vapores, estingue-se o fogo por


Resfriamento.

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Extinção química
Ocorre quando é interrompida a reação em cadeia. O combustível, sob ação do calor, gera gases ou
vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando lançamos
determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam
com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não inflamável.

Extintores de incêndio
O Extintor de incêndio é um equipamento de segurança que possui a finalidade de extinguir ou controlar
incêndios em casos de emergências. Em geral é um cilindro que pode ser carregado até o local do incêndio,
contendo um agente extintor sob pressão.

Os extintores precisam ter sua carga renovada regularmente, em intervalos estabelecidos pelo fabricante.
Em geral estes variam de um a três anos.

Em intervalos maiores o cilindro do extintor precisa passar por um teste hidrostático para determinar se
ele possui vazamentos ou algum outro dano estrutural que prejudique o seu funcionamento. Há novos
extintores que tanto o cilindro quanto sua carga valem cinco anos, e após o uso não tem mais utilização do
cilindro como os antigos.

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Esquema Típico: Extintor 1. Retirar o pino;


2. Levar ao local;
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3. Pressionar o acionador;
4. Direcionar à base do fogo.

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Classes de incêndio
Os incêndios são classificados de acordo com as características Momento História
dos seus combustíveis. Para se combater um incêndio usando
os métodos adequados é necessário ter conhecimento do
material que está em combustão. Em alguns casos, alguns
agentes extintores não devem ser utilizados, pois colocam O médico alemão M. Fuchs inventou no
em risco a vida do operador do equipamento. Os extintores ano de 1734, bolas de vidro cheias de um
trazem em seu corpo as classes de incêndio para as quais solução salina destinadas a ser atiradas no
é mais eficiente, ou as classes para as quais não devem ser fogo.
utilizados.
Já o moderno extintor de incêndio
Classe A automático foi inventado por um militar
inglês, o Capitão George William Manby,
São incêndios ocorridos em materiais fibrosos ou combustíveis depois de ter presenciado um incêndio
sólidos, queimam em superfície e profundidade e após a em 1813 em Edimburgo que começou no
queima deixam resíduos, brasas e cinzas. quinto andar de um edifício no qual as
mangueiras não alcançavam.
Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método
de resfriamento, e as vezes por abafamento através de jato Em 1816 ele inventou um aparelho
pulverizado. cilíndrico de cobre, com sessenta
centímetros de altura e capacidade
de quinze litros. Era envasado com até
Classe B três quartos de um líquido que Manby
descrevia como fluido anti-chamas como
São incêndios ocorridos em combustíveis líquidos inflamáveis uma solução de potassa cáustica. O espaço
ou gases combustíveis, a queima se dá na superfície e não restante era cheio de ar comprimido.
deixam resíduos
Em 1866, o francês François Carlier inventou
Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento. um extintor que era composto por uma
garrafa contendo uma mistura (água e
bicarbonato de sódio) e em separado uma
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Classe C quantidade de ácido tartárico. Ao misturar


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os componentes do interior do recipiente


São incêndios ocorridos em materiais/equipamentos ocorria a produção de gás carbônico e
energizados (geralmente equipamentos elétricos). Estes este provocava a saída do agente extintor.
oferecem riscos à vida no combate devido a presença de
eletricidade.

A extinção só pode ser realizada com agente extintor não-


condutor de eletricidade, nunca com extintores de água ou
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espuma.

O primeiro passo num incêndio de classe C é desligar o


quadro de força, pois assim ele se tornará um incêndio de
classe A ou B.

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Classe D
São incêndios ocorridos em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio, etc.), difíceis de serem
apagados.

Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento. Nunca utilizar extintores de água ou espuma
para extinção do fogo.

Classe K
Incêndios que envolvem meios de cozinhar (banha, gordura e óleo) têm sido por muito tempo a principal
causa de danos materiais, vítimas fatais ou não. Estes incêndios são muito especiais na natureza. Testes
recentes efetuados por ULI (laboratórios de underwriters, Inc.) e outras agências em outros países obtiveram
novos resultados neste tipo especifico de risco de incêndio.

Classes de Incêdios - Sinalização

Recomendações
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa do incêndio até
o extintor varia com o risco de incêndio ao qual a construção está
exposta. Em locais de risco alto não pode passar de 10 metros, e em
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locais de risco baixo pode chegar até a 25 metros.


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Todos os locais de riscos isolados devem ser instalados extintores


de incêndio, independente da proteção geral da edificação ou risco, No Brasil, o círculo
tais como: Casa de caldeira; Casa de bombas; Casa de força elétrica; amarelo dentro de um
Casa de máquinas; Galeria de transmissão; Incinerador; Elevador vermelho indica o lugar
(casa de máquinas); Ponte rolante; Escada rolante(casa de máquinas); em que o extintor deve
Quadro de redução para baixa tensão; Transformadores; Contêineres estar.
de telefonia; Central de Gás; Gerador; outros que necessitam de
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proteção adequada.

O extintor deve estar afixado na parede ou no chão, desde que esteja apoiado em um suporte apropriado.
O local onde o extintor está instalado precisa ser sinalizado adequadamente com uma placa. Caso o piso
seja rústico, deve haver uma marcação também no piso.

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Agentes extintores
Os extintores são carregados com agentes extintores que ajudam a combater um incêndio. Diferentes
agentes combatem incêndios usando suas diferentes propriedades, podendo ser mais ou menos eficazes
dependendo do material que está em combustão.

Água pressurizada
Água pressurizada extingue o fogo por resfriamento. É o agente extintor
indicado para incêndios de classe A (materiais sólidos como madeira, papel,
tecidos e borracha.). Age por resfriamento e/ou abafamento e pode ser aplicado
na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a
ação é por resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de resfriamento e
abafamento.

ATENÇÃO:
Nunca use água em fogo das classes C e D.
Nunca use jato direto na classe B.

Pó químico BC
Pó Químico BC, também chamado de Bicarbonato de Sódio, é usado
para apagar incêndios de líquidos, gases e equipamentos elétricos. É o
agente extintor indicado para combater incêndios da classe B. Age por
abafamento, podendo ser também utilizados nas classes A e C, podendo
nesta última danificar o equipamento.

Pó químico ABC
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Pó ABC, também chamado de Fosfato Monoamônico,


extingue incêndios de sólidos, líquidos, gases e
eletricidade. É o agente extintor indicado para incêndios
das classes A,B e C. Age por abafamento.

Pó químico especial
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Pó Químico Especial, é o agente extintor indicado para incêndios da classe D,


Age por abafamento.

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Gás carbônico (CO2)


Gás Carbônico (CO2), também chamado de Dióxido de
Carbono. Extingue o fogo por retirar o oxigênio. Utilizado
em líquidos e gases (como a gasolina, o álcool e o GLP)
e materiais condutores que estejam potencialmente
conduzindo corrente elétrica. É o agente extintor
indicado para incêndios da classe C, por não ser condutor
de eletricidade.

Age por abafamento, podendo ser também utilizado


nas classes A somente em seu início e na classe B em
ambientes fechados.

Espuma
Espuma é usada em incêndios de líquidos e sólidos. É um agente
extintor indicado para incêndios das classe A e B. Age por abafamento
e secundariamente por resfriamento. Por ter água na sua composição,
não se pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois conduz corrente
elétrica.

Agente úmido classe K


Os extintores de agente úmido Classe K contém uma solução especial de Acetato
de Potássio, diluída em água, que quando acionado é descarregada com um
jato tipo neblina (pulverização) como em um sistema fixo. O fogo é extinto por
resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma (saponificação). É dotado de um
aplicador que permite ao operador estar a uma distância segura da superfície
em chamas, e não espalha o óleo quente ou gordura. A visão do operador não é
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obscurecida durante ou após a descarga. Ao considerar-se eficiência na extinção


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e a segurança do pessoal é o melhor extintor portátil para cozinhas comerciais/


industriais.
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A desconfiança é a mãe

da segurança.
Madeleine Scudéry
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 12
Primeiros Socorros
- Introdução
- Noções sobre Lesões
- Priorização do Atendimento
- Aplicação de RCP
- Técnicas para Remoção e Transporte de Acidentados

CAPÍTULO 12

Primeiros Socorros
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É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Noções básicas 3
Noções sobre Lesões
Os tipos de ferimentos 7
Priorização do Atendimento
O sistema de triagem 22
Aplicação de RCP
A técnica que salva vidas
24
Técnicas para Remoção e Transporte
de Acidentados
Cuidados no mexer
29
Primeiros Socorros

Introdução
Noções básicas

Tem-se como definição para Primeiros socorros o conjunto de medidas voltadas ao atendimento temporário
e imediato de um agravo à saúde ocorrido fora do ambiente hospitalar. São medidas simples, que não
exigem muitos conhecimentos ou materiais e que podem ser realizadas por qualquer pessoa treinada.

Por diversas situações as pessoas estão expostas à riscos e à ferimentos causados por acidentes. Algumas
destas vítimas de acidentes morrem ou tem danos irreversíveis devida à incorreta forma de atendimento
ou demora.

Baseado nisso, a NR10 estabelece que os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate
e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória,
além de receber treinamento afim de se evitar os acidentes de trabalho.

São três as principais causas de morte súbita: doenças


cardiovasculares, neoplasias (câncer) e traumas.

Os primeiros minutos em seguida a uma situação de emergência


podem ser determinantes no destino de vítimas.

É preciso agir rápido na tentativa de prestar imediatamente os


primeiros socorros ao acidentado, porém um atendimento mal
feito pode comprometer ainda mais a saúde das vítimas.

Legislação
Da constituição tem-se:

“ Art. 5°: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
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e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade de direito a vida, à liberdade, à segurança e à


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propriedade.”

“Art. 196°: A saúde é de direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

E do código penal tem-se:


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“Art. 135° Deixar de prestar assistência, quando possível faze-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:

• Pena – detenção de 1( um) a 6 (seis) meses, ou multa.


• Parágrafo único: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada se resulta a morte. “

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Primeiros Socorros

Prestar Assistência

A prestação de assistência é obrigatória por lei! Sua omissão é CRIME!!!

Chamar socorro especializado para os casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou
não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.

Sempre que possível, deve ser realizado o primeiro atendimento e acionado o serviço médico de
emergência para que o tratamento seja realizado de forma sistemática por profissionais preparados e com
equipamentos adequados.

Socorristas
Todo socorrista deve ter:

• Bom senso;
• Capacidade de improvisar;
• Determinação;
• Reconhecer seus limites;
• Paciência e calma;
• Saber o que fazer e o que não fazer;
• Atendimento das prioridades (manutenção da vida);
• Equipe de resgate.

A NR10, no item 10.12, define que as empresas devem criar ações em seu plano de emergência voltadas
para a área de elétrica em situações de emergência, incluindo o atendimento ao acidentado e o método de
resgate padronizado e adequado à sua atividade. De acordo com o item 10.8, os trabalhadores autorizados
devem estar aptos a prestar os primeiros socorros ao acidentado, especialmente por meio de reanimação
cardiovascular, bem como executar o resgate.

Em qualquer circunstância, sempre que possível dever ser solicitado a presença de outra pessoa para
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auxiliar no atendimento. Seja para abrir uma janela, afrouxar roupas, cintos e sapatos, ou realizar outro
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procedimento qualquer, inclusive, acionar por telefone o serviço médico da empresa ou diretamente o
serviço de emergência de sua cidade.

Caso necessário, afaste-se brevemente da cena e busque ajuda rapidamente, retornando em seguida.

O acesso rápido ao atendimento especializado é de vital importância para a vítima. Na maioria das capitais
do país, e nas cidades de maior porte, está disponível o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU.
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O Corpo de Bombeiros executa prioritariamente o atendimento às vítimas de traumas e/ou que necessitem
de salvamento (incêndio, afogamentos, encarceramentos, etc.). O mais importante é saber que estes
serviços geralmente atendem por números telefônicos gratuitos e padronizados para todo o Brasil: para
o SAMU disque 192 e para os Bombeiros, 193. A ligação é gratuita e não necessita cartão. (Para pequenas
cidades, consulte o telefone local utilizado para atender emergências).

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Para facilitar e agilizar o atendimento as seguintes informações são necessárias:

• Endereço exato do local onde está a vítima, com um ponto de referência.

• O que ocorreu e o que já foi feito.

• Seu nome e telefone para contato.

Caso sua cidade não possua serviços desse tipo, busque saber a alternativa que a prefeitura local têm para
esses casos. Normalmente há um serviço de ambulâncias acionado diretamente pelo telefone do hospital
mais próximo.

Perfil dos socorristas (hierarquia de atendimento)


A seguir é indicado o perfil dos socorristas imediatos:

a) Socorrista: É denominado o profissional em atendimento de emergência. Esta pessoa deve ser


tecnicamente capacitada e habilitada para que, com segurança, avalie e identifique os problemas que
comprometem a vida. Normalmente é um bombeiro que trabalha para os serviços de atendimento
como o SAMU, Resgate, etc. Pessoas comuns que possuem apenas o curso básico de primeiros socorros,
não devem ser chamadas de socorrista, mas sim de Atendente de emergência.
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b) Médico ou outro profissional da saúde: Somente após o atendimento inicial dado pelo socorrista é
que o médico ou profissional da saúde atua, isto porque em muitos casos estes profissionais não estão
devidamente treinados, seja em suporte básico ou avançado de vida.

c) Pessoas Leigas, porém com noções de primeiros socorros: O suporte básico de vida ou Primeiros
Socorros são procedimentos que tem o objetivo de manter a vida, seja em um acidente ou por mal
súbito, sem os recursos necessários até que a chegada de um atendimento especializado.
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d) Pessoas leigas, sem noções de primeiros socorros: Estas pessoas, devido a falta de conhecimento,
não devem tentar ajudar os acidentados, no entanto irão ajudar buscando o contato com um
atendimento especializado.

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Segurança no Atendimento
Para maior segurança na cena do evento deve-se observar os potenciais riscos:

• Presença de fogo;
• Trânsito perigoso;
• Cachorro bravo;
• Carro ligado;
• Gás e/ou Fumaça;
• Vazamento de combustível;
• Corrente elétrica ou fios desencapados;
• Ribanceira;
• Produtos químicos;
• Perigo de desabamento;

Para a abordagem a vítima deve-se ter cuidado, observando se a cena em que ela se encontra é segura
para você, para ela e para todos em volta. Garantir sua segurança deve ser sua principal prioridade.

Solicitar ajuda aos bombeiros de sua cidade, informando sobre a urgência e a gravidade dos acontecimentos,
e se possível, utilizar medidas de prevenção contra infecções (luvas).

Na impossibilidade do uso de luvas, evite contato direto com


Manobras heroicas só sangue e outras secreções.
aumentam os riscos e o
número de vítimas, incluindo Se a vítima está agressiva, como no caso de tentativas de
você ! suicídio, portadores de armas ou de vítimas de violência
por terceiros, deve ser acionado imediatamente o socorro,
informando a situação. Se a situação é de risco, afaste-se e
aguarde a ajuda solicitada.

Crise Convulsiva
O corpo sofre contrações musculares intensas e involuntárias. A pessoa se debate, pode ficar arroxeada,
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lábios e dentes ficam cerrados e há salivação excessiva. Na maioria das vezes, ocorre perda de
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consciência. Essa é a descrição feita por quem já presenciou uma crise convulsiva, condição que ocorre
repentinamente.

O que fazer?

Afastar a vítima de lugares perigosos, como áreas com piscina e com objetos cortantes;
Retirar objetos pessoais, como óculos, colares e anéis;
Proteger a cabeça, deixando-a livre para agitar-se à vontade;
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Manter a vítima de barriga para cima e a cabeça na lateral, para evitar engasgos;
Proteger a boca, observando se a língua não está sendo mordida;
Procure suporte médico;
Afrouxe as roupas se necessário;
Não force a abertura da boca e não jogue água no rosto da vítima.

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Noções Básicas sobre Lesões


Os tipos de ferimentos

São diversos os riscos em uma instalação. São diversos também os tipos de lesões que podem ocorrer.

Choque Elétrico
O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo,
utilizando o corpo como condutor. Esta passagem de corrente pode causar
um susto, porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou
até mesmo a morte.

Com isso deve-se ter muito cuidado com qualquer sistema energizado, pois
são muito perigosos e com alto poder para eletrocutar uma pessoa e causar
até mesmo a morte.

É comum associar a intensidade do Choque Elétrico com o “estrago” que o choque pode causar com o nível
de tensão, porém o correto é que depende da intensidade da corrente elétrica que atravessa o corpo da
pessoa durante o choque e do caminho da corrente elétrica pelo corpo.

As vítimas de choque elétrico podem apresentar:

• Convulsões (contrações musculares involuntárias);


• Sensação de formigamento;
• Dificuldade respiratória;
• Ausência de pulsação;
• Alteração do ritmo cardíaco;
• Queda rápida da pressão arterial;
• Pupilas dilatadas;
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• Coloração da pele roxo-azulada.


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Em caso de choque se deve interromper imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica,
desligando o circuito. Aplicar os procedimentos de Suporte Básico de Vida:

• Iniciar a RCP (ver adiante os procedimentos);


• Após certificar da normalização da respiração e dos batimentos cardíacos mantenha-se alerta, para
reiniciar o socorro, se a vítima continuar inconsciente;
• Imobilizar os locais da fratura se houver;
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• Proteger as áreas de queimadura;


• Controlar o estado de choque;
• Transportar a vítima para o hospital o quanto antes, mantendo a respiração e massagem cardíaca se
necessário.

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Primeiros Socorros
Ao atender uma vítima de choque elétrico é necessário cuidar para não ficar na mesma situação: deve-se
desligar a energia elétrica antes de qualquer ação.

Estando a vítima fora de uma área eletrificada, observar se existe algum objeto obstruindo a passagem do
ar pela boca ou nariz (próteses dentárias, alimentos, etc) que devem ser imediatamente retirados.

Verificar se a vítima está respirando e procurar ajuda médica o mais rápido possível.

As queimaduras elétricas geralmente são mais graves do que aparentam, mesmo aquelas em que o
paciente procura ajuda especializada pessoalmente.

Nos casos de vítima de choque elétrico:


Deve-se desligar a energia elétrica antes de
qualquer ação.

Insolação
A insolação ocorre devido à ação direta dos raios solares sobre o indivíduo. Os sintomas dos pacientes com
insolação podem ser:

• Pele quente, avermelhada e seca;


• Temperatura do corpo elevada;
• Diferentes níveis de consciência;
• Desidratação;
• Falta de ar;
• Dor de cabeça, náuseas e tontura.

O atendimento deve ocorrer removendo a vítima para lugar fresco e arejado afim de baixar a temperatura
do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas. Oferecer líquidos em pequenas
quantidades e de forma frequente, mantendo a vitima deitada Avaliar o nível de consciência, pulso e
respiração. Providenciar transporte adequado e encaminhar para atendimento hospitalar.
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Intermação
A intermação é uma causa de hipertermia decorrente da dificuldade do corpo em se resfriar adequadamente
num ambiente com calor excessivo (ocorre normalmente nas fundições, padarias, caldeiras etc.) onde há
intenso trabalho muscular. Os sintomas dos pacientes com intermação podem ser:

• Pele quente, avermelhada e seca;


• Temperatura do corpo elevada; Hipertermia: é o termo associado à elevação e/
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• Diferentes níveis de consciência; ou manutenção as temperaturas do corpo humano


• Desidratação; ou de outro organismo vivo a patamares capazes
• Falta de ar; de comprometer, ou mesmo de colapsar, seus
• Dor de cabeça, náuseas e tontura; metabolismos.
• Insuficiência respiratória.

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Primeiros Socorros
O atendimento deve ocorrer removendo a vítima para lugar fresco e arejado afim de baixar a temperatura
do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano umedecido com água. Manter a vitima
deitada com o tronco ligeiramente elevado, avaliando o nível de consciência, pulso e respiração. Encaminhar
para atendimento hospitalar.

Ferimentos
São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo. Podem ser classificadas
como fechada e aberta.

Ferimento fechado (contusão):

É uma lesão produzida por objeto contundente que atinge a superfície do corpo, sem romper a pele.

• Hematoma;
• Equimose. Equimose: é uma infiltração de sangue na malha
dos tecidos com 2 a 3 centimetros de diâmetro.
Pode estar relacionada a trauma ou distúrbios de
coagulação.

Ferimento aberto (ferida):

É aberto quando rompe a integridade da pele, expondo tecidos internos, geralmente com sangramento.

• Incisiva;
• Contusa;
• Perfurante;
• Transfixante;
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• Escoriação;
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• Amputação;
• Laceração.

A vitima de ferimentos abertos deve:

• Proteger a ferida contra trauma secundário;


• Conter o sangramento antes de encaminhar a vítima ao hospital;
• Proteger contra infecção.
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Os ferimentos provocam:

• Dor e edema local;


• Sangramento;
• Laceração em graus variáveis;
• Contaminação se não adequadamente tratado.

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O atendimento à vitimas deve ocorrer priorizando o controle do sangramento e lavando o ferimento
com água. O ferimento deve ser protegido com pano limpo, fixando-o sem apertar. Não remover objetos
empalados e não colocar qualquer substância estranha sobre a lesão. Encaminhar o quanto antes para
atendimento hospitalar.

Hemorragias
É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (artérias, veias e capilares).
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente, pois representa uma ameaça à vida. A hemorragia
abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.

Hemorragia Externa

É o sangramento que pode ser observado (feridas, fraturas expostas, pelo nariz e de outras áreas
traumatizadas). Para o controle deve-se:

• Comprimir o local usando um pano limpo;


• Manter a compressão até os cuidados definitivos;
• Se possível, elevar o membro que está sangrando;
• Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

Hemorragia Interna

É o sangramento que extravasa para o interior do corpo, dentro de tecidos ou cavidades, como por exemplo
o sangramento de órgãos como o fígado, rim e baço. É importante ficar atento sempre que ocorra:

• Sangramento pela urina;


• Sangramento pelo ouvido;
• Fratura de fêmur;
• Dor com rigidez abdominal;
• Vômitos ou tosse com sangue;
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• Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.


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Demais hemorragias

• Hemorragia Arterial – a cor do sangue é vermelho vivo e sai sempre da lesão em jato intermitente.

• Hemorragia Venosa – a cor do sangue é vermelho mais escuro e sai em fluxo contínuo.

• Hemorragia Capilar – é o tipo mais comum de sangramento, ocorrem em vasos mais ambundantes e
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de menos pressão, portanto de fácil controle.

• Hemorragia Nasal – normalmente o sangramento nasal é visível. Para controlar o sangramento deve-
se colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe a(s) narina (s)
durante cinco minutos. Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que
está sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco com gelo e
encaminhar para atendimento hospitalar.

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• Amputação Parcial - controlar o sangramento sem
completar a amputação.
Radiação ultra-violeta
• Amputação Total - controlar o sangramento e envolver
a parte amputada em pano limpo e transportar junto A radiação ultravioleta (raios ultravioleta)
com a vítima. (UV) é a radiação eletromagnética com
um comprimento de onda menor que a
Queimaduras da luz visível e maior que a dos raios X.
O nome significa mais alta que (além do)
A queimadura é um tipo de lesão que ocorre de forma violeta, pelo fato de que o violeta é a cor
frequente, sendo os acidentes domésticos os maiores visível com comprimento de onda mais
responsáveis. curto e maior frequência.
No que se refere aos efeitos à saúde
Pode ser ocasionada por raios de sol, fogo, substâncias humana e ao meio ambiente, classifica-
químicas, líquidos, objetos quentes, vapor, eletricidade, etc. se como UVA (400 – 320 nm, também
chamada de “luz negra” ou onda longa),
Dentre os agentes causados tem-se: UVB (320–280 nm, também chamada
de onda média) e UVC (280 - 100 nm,
• Agente Térmico: gases, líquidos e sólidos em também chamada de UV curta ou
temperaturas elevadas; “germicida”). A maior parte da radiação
• Substâncias químicas: ácidos e álcalis corrosivos; UV emitida pelo sol é absorvida pela
• Eletricidade: o choque elétrico provoca queimadura em atmosfera terrestre. A quase totalidade
todo o trajeto da corrente elétrica pelo corpo; (99%) dos raios ultravioleta que
• Radiação: radiação ionizante (raio X), raios ultravioleta efetivamente chegam a superfície da
• Frio: é a lesão sofrida pelos tecidos do corpo em Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B
consequência da exposição à um frio extremo. é parcialmente absorvida pelo ozônio
da atmosfera e sua parcela que chega à
As queimaduras podem ser classificadas em: Terra é responsável por danos à pele. Já
a radiação UV-C é totalmente absorvida
1º Grau – queimadura superficial que atinge à epiderme. A pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
pele fica avermelhada e quente, a dor é leve e moderada
ardência, sem a formação de bolhas (queimadura solar);
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2º Grau – atinge a epiderme e a derme, a pele fica avermelhada


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e com bolhas, superfície úmida e dor severa;

3º Grau – é a mais grave, atinge a espessura total da pele


(epiderme, derme até o subcutâneo) podendo atingir nervos,
músculos e até o osso. Sua característica costuma ser escura,
com aspecto de couro ou pele esbranquiçada, parecendo cera.
A superfície seca tem aparência carbonizada. Geralmente é
indolor, por causa da destruição das terminações nervosas.
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Fonte: Francis Rouessac and Annick Rouessac;


Chemical Analysis, Modern Instrumentation
Methods and Techniques; John Wiley & Sons,
2000, p189.

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Queimadura Química

Os primeiros socorros em caso de queimadura química


devem ser:

• Eliminar a substância química da pele, lavando com


água morna durante 20 minutos ou mais;
• Deite o indivíduo de barriga para cima, mantendo
os pés mais altos que o corpo;
• Não lhe dê nada para beber;
• Se o indivíduo estiver vomitando ou sangrando
pela boca, coloque-a de lado para evitar que se
engasgue;
• Retire roupas apertadas e jóias;
• Mantenha o indivíduo aquecido e confortável;
• Lave novamente a queimadura se a vítima queixar-
se que a região queimada está ardendo;
• Chame um médico o mais rápido possível.

Queimadura pelo frio

Os sintomas da queimadura pelo frio são a perda de sensação e função nas extremidades afetadas, a
pele dura e fria ao toque, ocorrência de formigamento e pele com aparência branca ou cinzenta - azulada
(cianose). As zonas mais afetadas são as extremidades (queixo, nariz, orelhas, bochechas, dedos das mãos
e dos pés).

Perante queimadura pelo frio nunca se deve:

• Friccionar ou massajar a lesão;


• Aplicar cremes sobre a zona ferida;
• Usar compressas aquecidas, calor de lâmpadas, fogão ou radiadores, uma vez que a sensibilidade
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está alterada e poder-se-há agravar a queimadura.


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Os primeiros socorros perante queimadura pelo frio são:

• Retirar a vítima do local frio e proteger a pele exposta removendo roupa apertada ou objetos
constritivos;
• Submergir a área afetada em água morna (nunca quente), dado que a temperatura deve ser
confortável ao toque nas áreas do corpo não afetadas.
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Queimaduras elétricas

Podem ser causadas por Arco Elétrico ou pela passagem direta de corrente elétrica através do corpo. O
Arco Elétrico produz queimaduras idênticas às térmicas. A passagem direta de corrente elétrica pelo corpo
provoca destruição dos tecidos internos. A lesão visível não reflete os danos que os tecidos subjacentes
sofreram com a condução elétrica. Habitualmente este tipo de lesão apresenta uma porta de entrada (local
de contato com a corrente elétrica) e uma porta de saída (local de saída de corrente após uma trajetória
pelo corpo). A sua gravidade depende do tipo de corrente, da quantidade de corrente, da duração do
contato e do seu trajeto.

Para queimaduras elétricas os primeiros socorros devem ser:

• Desligar a fonte de energia elétrica, ou retirar a vítima do contato elétrico com luvas de borracha e
luvas de cobertura ou com um bastão isolante, antes de tocar na vítima;
• Adotar os cuidados específicos para queimaduras apresentados anteriormente, se necessário aplicar
técnica de Reanimação Cardiopulmonar.

Queimadura por arco elétrico


Desmaio
O Desmaio, ou Síncope, é a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular, geralmente
devido à diminuição de oxigênio no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional, dor
extrema, ambiente confinado, etc.
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Os primeiros socorros em caso de desmaios são:

• Colocar a vítima em local arejado e afastar curiosos;


• Deitar a vítima, se possível com a cabeça mais baixa que o corpo;
• Afrouxar as roupas;
• Encaminhar para atendimento médico.
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Ao ver uma pessoa desmaiada, levante suas pernas para que o retorno
venoso possa acontecer, assim o coração bombeia mais sangue para o
cérebro.
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Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. As fraturas podem ser incompletas, quando
a lesão óssea ocorre mas não rompe a continuidade óssea e completas, quando os fragmentos ósseos
perdem a continuidade. Também podem ser classificadas como fechadas, sem exposição óssea, e expostas,
caso o osso está ou esteve exposto.

Na ocorrência de fraturas é comum:

• Dor;
• Deformidade;
• Impotência funcional;
• Aumento de volume (inchaço);
• Crepitação – sensação audível causada pelo atrito dos fragmentos óssos fraturados.

Cuidados gerais

• Faça um primeiro diagnóstico observando o que aconteceu. Normalmente a pessoa que sofreu uma
fratura sentirá muita dor no local, ao apalpá-lo ou movimentá-lo;
• Chame socorro imediatamente ou, se a pessoa estiver em condições de ser transportada de carro,
leve-a a um hospital;
• A fratura que não é devidamente tratada pode causar uma deformação no osso, dor, artrose e
problemas de movimentação;
• Se o socorro demorar, lave o local com água corrente abundante ou com soro fisiológico e seque com
pano limpo. Não coloque nenhuma outra substância;
• Se houver um sangramento muito intenso, faça a compressão firme do local, segurando o membro
na posição oposta ao fluxo do sangue. Exemplo: se a fratura for no pulso, faça a compressão no
antebraço.
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Cuidados específicos - Extremidades

• Na ocorrência de fratura de ossos longos, executar suaves manobras de alinhamento e tração antes
de imobilizá-los;
• Apoiar o membro fraturado, uma das mãos acima, outra abaixo do foco de fratura, e faça leve tração.
O alinhamento deve ser natural, se persistir a deformidade, não force.
• Mantenher a tração até que a tala de imobilização esteja no lugar;
• Imobilize a fratura, incluindo a articulação antes e depois da fratura.

Cuidados específicos - Coxa (fêmur)

• Na ocorrência de fratura de ossos longos, executar suaves manobras de alinhamento e tração antes
de imobilizá-los;
• Apoiar o membro fraturado, uma das mãos acima, outra abaixo do foco de fratura, e faça leve tração.
O alinhamento deve ser natural, se persistir a deformidade, não force.
• Mantenher a tração até que a tala de imobilização esteja no lugar;
• Imobilize a fratura, incluindo a articulação antes e depois da fratura.
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Cuidados específicos - Braço e Antebraço

• Imobilizar toda a extremidade superior junto ao corpo (toráx);


• Posicionar o cotovelo a 90° e a bandagem triangular para realizar uma tipóia.

Cuidados específicos - Punho

• Imobilizar desde o inicio dos dedos até o cotovelo, mantendo o punho em extensão.
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Cuidados específicos - Dedos da Mão

• Imobilizar desde a ponta dos dedos até o punho, com os dedos e semiflexão (mão semifechada);
• Colocar um acolchoado na palma da mão, que abranja o punho;
• Colocar e prender atadura desde o cotovelo até a ponta dos dedos.

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Primeiros Socorros

Cuidados específicos - Tornozelo e Pé

• Imobilizar desde os dedos até o joelho;


• Manter o tornozelo a 90°;
• Retirar o sapato e não apoiar o pé.

Cuidados específicos - Fratura Crânio

• Este tipo de fratura é grave pois pode ocorrer lesões cerebrais;


• Manter a vítima deitada, quieta com a cabeça levemente elevada;
• Se necessário, proteger a ferida, cuidando para não comprimir o local;
• Manter vias aéreas abertas;
• Não dar nada por via oral.

Cuidados específicos - Coluna

• A coluna vertebral é composta de 33 vértebras sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix. No seu


interior há a medula espinhal, que realiza a condução dos impulsos nervosos;
• As lesões de coluna devem ser manipuladas cuidadosamente para prevenir lesão medular e nervosa;
• Pode ocorrer a perda do controle motor (paralisia) e perda da sensibilidade (anestesia);
• O modo como as vítimas de lesão de coluna são manipuladas faz a diferença entre a recuperação
total, sequela permanente ou até a morte;
• Toda vítima com lesão de coluna e pescoço, comumente ocorridas em acidentes de carro, devem ser
imobilizadas dentro do carro, mantendo o nariz e umbigo alinhados e depois, retiradas com tábua de
dorso. Todas as intervenções devem ser realizadas por pessoas capacitadas.

Cuidados específicos - Pélvis

• É considerada perigosa pois pode perfurar bexigas, intestinos ou outros órgãos;


• Não rolar a vítima, erguê-la de preferência com quatro pessoas;
• Colocar protetor entre as coxas;
• Enfaixar juntos joelho e tornozelos;
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• Enfaixar o quadril com bandagens longas e largas.


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Cuidados específicos - Nariz

• Geralmente há deformação considerável, dor intensa, edema e sangramento;


• Usar compressas frias;
• Usar dois rolos de bandagem, um de cada lado do nariz e fixá-los com fita.

Cuidados específicos - Costela


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• Aplicar três faixas largas para cobrir toda a caixa torácica no local da fratura;
• Pedir que a vítima expire e atar um nó a cada expiração.

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Primeiros Socorros

Lembre-se

• Deixar firme as talas, mas não apertadas a ponto de interferir na circulação;


• Forrar toda a tala e colocar estofamento extra nos locais da deformidade;
• Se necessário, improvisar a imobilização com uso de tábua de madeira, bastão, ramo de árvore,
revista, livro, papelão, gravata, pedaço de lençol, etc;
• Após proceder à imobilização da fratura, transportar a vitima ao hospital;
• Caso esteja aguardando o serviço de atendimento pré-hospitalar, apenas mantenha a tração do
membro fraturado.

Entorse
É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares,
provocando o estiramento ou rompimento dos ligamentos.

Distensão
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É o rompimento ou estiramento anormal de um músculo ou tendão.


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Luxação
É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa
articulação.
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• Dor local intensa;


• Hematoma;
• Deformidade da articulação;
• Dificuldade em movimentar a região afetada;
• Inchaço.

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Primeiros Socorros

Os primeiros socorros no caso de luxação devem ser:

• Não colocar o osso no lugar;


• Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
• Manipular o mínimo possível o local afetado;
• Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima;
• Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

Corpo estranho nos olhos


É a introdução acidental de poeiras, grãos diversos, etc, na cavidade dos glóbulos oculares.

• Dor;
• Ardência;
• Vermelhidão;
• Lacrimejamento.

Os primeiros socorros devem ser:

• Lavar o olho com água limpa;


• Não esfregar os olhos;
• Não remover o corpo estranho manualmente;
• Se o corpo estranho não sair com a lavagem, cobrir os dois olhos com pano limpo;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.

Picadas e ferroadas de animais peçonhentos


São animais que, por meio de um mecanismo de caça e defesa, são capazes de injetar em suas presas
uma substância tóxica produzida em seus corpos, diretamente de glândulas especializadas (dente, ferrão,
aguilhão) por onde passa o veneno. Esses animais agem por instinto de sobrevivência. Ao se sentirem
ameaçados, imobilizam o agressor e fogem para um local seguro. Temidos pelo homem, os animais
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peçonhentos estão presentes tanto em meios rurais, quanto urbanos. Eles são responsáveis por provocarem
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inúmeros acidentes domésticos, em várias regiões brasileiras, com índices crescentes ano após ano.

Cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas,formigas, abelhas e marimbondos são exemplos
dessa categoria.
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Primeiros Socorros

De acordo com dados do Estadão de São Paulo (Julho de 2010), os acidentes com animais peçonhentos
cresceram quase que 33% em seis anos. O Ministério da Saúde, com base em uma análise de dados,
encontrou em 2003, 68.219 notificações contra 90.558 em 2009. Veja a quantidade de acidentes provocados
de acordo com o animal:

• Escorpiões – 45.721
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• Serpentes – 22.763
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• Aranhas – 18.687
• Lagartas – 3.387

Tais acidentes foram responsáveis por 309 mortes no Brasil em 2009. Em geral, as chuvas são o principal
fator do aumento desses índices. Uma das hipóteses está relacionada com os alagamentos, pois os animais
são obrigados a sair de seus esconderijos naturais.

Se possível deve-se capturar ou identificar o animal que picou a vítima, mas sem perda de tempo com esse
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procedimento. Na dúvida, tratar como se o animal fosse peçonhento.

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Primeiros Socorros
Os principais sinais e sintomas de vítimas de animais peçonhentos são:

• Marcas da picada;
• Febre, náuseas;
• Dor, inchaço;
• Manchas roxas, hemorragia;
• Calafrios, perturbações visuais;
• Sudorese, urina escura;
• Eritema, dor de cabeça;
• Queda das pálpebras;
• Distúrbios visuais;
• Dificuldade respiratória;
• Convulsões.

Os Primeiros Socorros em vítima que sofreu picada de cobra, escorpiões ou aranhas são:

• Manter a vítima deitada. Evite que ela se movimente para não favorecer a absorção de veneno;
• Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais baixa que o coração;
• Lavar a picada com água e sabão;
• Colocar gelo ou água fria sobre o local;
• Remover anéis e relógios, prevenindo assim complicações decorrentes do inchaço;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o
soro em tempo;
• Não fazer garroteamento ou torniquete;
• Não cortar ou perfurar o local da picada.

As picadas destes animais podem ser prevenidas com a utilização de botas de cano longo e perneiras, e a
proteção para as mãos com luvas de raspa ou vaqueta. Também deve-se combater os ratos, preservar os
predadores naturais e conservar o meio ambiente.

Picadas e ferroadas de insetos


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A mordida de um inseto, na maioria das vezes, não é grave e produz


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apenas dor, coceira e inchaço local. Isso é bastante comum de acontecer


após picadas de abelhas, vespas, aranhas e mosquitos. O cuidado passa
a ser maior se a pessoa é alérgica ao veneno de algum destes insetos
(abelhas e formigas).

OBS: Especial cuidado deve ser dado a picadas múltiplas ou simultâneas.


Têm sido descritos casos fatais por ataque de enxames de abelhas
africanas por choque e hemólise maciça.
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Na ocorrência de uma picada ou ferroada por insetos, se possível, retirar o ferrão e lavar a área com água e
sabão, aplicar gelo no local para diminuir o inchaço e se a vítima for alérgica ou receber múltiplas picadas,
conduza-a imediatamente a um hospital. Caso seja possível, levar junto uma amostra do inseto (vivo ou
morto).

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Primeiros Socorros

Doenças como o mal de Chagas e a dengue são causadas Eritema


por insetos. Por isso é importante manter os ambientes
limpos e livres de contaminação. Eritema, ou rubor é um sinal clínico,
presente em várias patologias,
caracteizado por uma coloração
Os principais sinais e sintomas de vítimas de picadas ou avermelhada da pele ocasionada por
ferroada de insetos são: vasodilatação capilar.

• Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;


• Prurido;
• Dificuldade respiratória (edema de glote).

Os Primeiros Socorros em vítima que sofreu picada ou


ferroada de insetos são:

• Retirar os ferrões introduzidos pelos insetos sem


espremer;
• Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
Prurido
O prurido (do latim “pruritu”),
designado também por coceira ou
comichão, corresponde a uma sensação
Dengue desagradável causada por doenças ou
agentes irritantes, que levam o indivíduo
O tempo médio do ciclo da doença é de 5 a 6 dias, e o a coçar-se em procura de alívio, e
intervalo entre a picada e sua manifestação chama- constitui uma das queixas mais comuns
se período de incubação. Geralmente os sintomas dentro das patologiasdermatológicas.
se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do
mosquitos.
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Dengue Clássica:
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• Febre alta com início súbito;


• Forte dor de cabeça;
• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos
mesmos;
• Perda do paladar e apetite;
• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo,
principalmente no tórax e membros superiores;
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• Náuseas e vômitos;
• Tonturas;
• Extremo cansaço;
• Moleza e dor no corpo; Fonte: SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner
e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9
• Muitas dores nos ossos e articulações. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. vol. III

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Primeiros Socorros

Priorização no Atendimento
O sistema de triagem

O objetivo da triagem é dar o melhor tratamento possível às vítimas.

Para um acidente com múltiplas vítimas é importante que o caos da cena não seja simplesmente transferido
para o hospital mais próximo.

A palavra triagem significa classificar, separar. Não adianta levar até o local um número grande de
ambulâncias, socorristas, médicos e enfermeiros, além da população, trabalhando de forma desordenada,
sem uma coordenação.

Com isso a triagem consiste em uma avaliação rápida das condições clínicas, e é um processo que determina
prioridades de ação.

Divisão na triagem

• Triagem inicial para dimensionar recursos;


• Triagem da gravidade de todas as vítimas com identificação e separação das mesmas;
• Triagem nas áreas de prioridade;
• Deve-se gastar no máximo 60 a 90 segundos por vítima.
• Deve ser avaliado a respiração, circulação e nível de consciência, dividindo as vítimas em 4 categorias.
Para auxiliar poderá ser utilizado cartões coloridos para definir cada uma das prioridades.

O atendimento em situações de múltiplas vítimas impõe basicamente três princípios:

TRIAGEM - TRATAMENTO - TRANSPORTE

Triagem de todas as vítimas, tratamento médico no local para estabilização das vítimas e transporte para
o hospital mais adequado.
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Primeiros Socorros
Método START

Atualmente é o modelo adotado pela Associação de Chefes de Bombeiros do Estado da Califórnia nos EUA.
START é a abreviatura de Simple Triage And Rapid Treatment (Triagem Simples e Tratamento Rápido).

Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois permite a
rápida identificação daquelas que estão em grande risco de morte.

CÓDIGO DE CORES NO PROCESSO DE TRIAGEM

Cor Vermelha
Significa primeira prioridade:
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que demonstram um estado crítico e necessitam
tratamento e transporte imediato.

Cor Amarela
Significa segunda prioridade: São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a
atenção e podem aguardar pelo transporte.

Cor Verde
Significa terceira prioridade: São as vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não
requerem atenção imediata.

Cor Preta
Significa sem prioridade (morte clínica): São as vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou para
identificação de cadáveres.
RESPIRA?

N S

POSICIONAR VIA <30s


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AÉREA
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>30s ENCHIMENTO
CAPILAR
RESPIRA?

>2s <2s
N

S
ÓBITO RESPONDE
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ORDENS SIMPLES?
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PEQUENAS LESÕES VERMELHO S

VERDE AMARELO

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Aplicação de RCP RCP


Sigla para Ressuscitação Cárdio
A técnica que salva vidas Pulmunar.

RCP é um conjunto de medidas emergenciais que permitem ACE


salvar uma vida pela falência ou insuficiência do sistema
respiratório ou cardiovascular. Sem oxigênio as células do Sigla para Atendimento Cardiovascular
cérebro morrem em 10 minutos. As lesões começam após de Emergência.
4 minutos a partir da parada respiratória.
PCR
CAUSAS DA PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA
Sigla para Parada Cárdio Respiratória.
• Asfixia;
• Intoxicações;
• Traumatismos;
• Afogamento;
• Eletrocussão (choque elétrico);
• Estado de choque;
• Doenças.

COMO SE MANIFESTA

• Perda de consciência;
• Ausência de movimentos respiratórios;
• Ausência de pulso;
• Cianose (pele, língua, lóbulo da orelha e bases da
unhas arroxeadas);
• Midríase (pupilas dilatadas e sem fotorreatividade).

Protocolo de atendimento
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O protocolo de atendimento a ser utilizado atualmente é o da American Heart Association, revisão 2015.

As Diretrizes da AHA (American Heart Association) 2015 para RCP e ACE se baseiam em um processo
internacional de avaliação de evidências, envolvendo centenas de cientistas e especialistas em ressuscitação
de todo o mundo que avaliaram, discutiram e debateram milhares de publicações revisadas por pares.
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Primeiros Socorros

RCP de alta qualidade

As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta
qualidade, incluindo:

• Frequência de compressão mínima de 100 a 120/minuto;


• Profundidade de compressão mínima de 5 cm, mas não superior 6 cm, em adultos;
• Retorno total do tórax após cada compressão;
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas;
• Evitar excesso de ventilação.

Para um único socorrista de adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos) a recomendação


referente à relação compressão-ventilação é de 30:2, para quando houver dois socorristas para crianças e
bebês (excluindo-se recém-nascidos) deve realizar a sequência 15:2.

As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE recomendam que as ventilações de resgate sejam aplicadas
em, aproximadamente, 1 segundo. Assim que houver uma via aérea avançada colocada, as compressões
torácicas poderão ser contínuas (a uma frequência mínima de 100 a 120/minuto) e não mais alternadas
com ventilações. A profundidade das compressões mínimo 5cm, mas não superior 6 cm. As ventilações
de resgate, então, poderão ser aplicadas à frequência de cerca de uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos
(cerca de 8 a 10 ventilações por minuto). Deve-se evitar ventilação excessiva.

Sequência de Procedimento C-A-B

As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE recomendam uma alteração na sequência de procedimentos de
RCP de A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B (compressões torácicas, via aérea e
ventilação) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).

Cadeia de Sobrevivência
Os elos na cadeia de sobrevivência de ACE são:
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• Reconhecimento imediato da Parada Cárdio Respiratória e acionamento do serviço de emergência/


urgência (Siate / SAMU);
• RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas;
• Rápida desfibrilação;
• Suporte avançado de vida eficaz;
• Cuidados pós PCR integrados.
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RCP de adulto por socorrista leigo

O procedimento de RCP para adulto por socorrista leigo compreende:

1
Reconhecimento da Parada Cárdio Respiratória.
(Sem respiração, com respiração anormal - gasping). Gasping
significa movimento respiratórios assíncronos não efetivos.
Verificação de pulso somente para profissionais da saúde.

2 Acionamento Serviço de Emergência


Ligue imediatamte para 192 ou 193.

3 Inicia a RCP na sequencia C-A-B


Inicie com as compressões (C). Faça 30 compressões com frequencia mínima de 100 por minuto. A
profundidade da compressão deve ser de 5cm. Aguarde o retorno total do tórax.
Cheque vias aéreas (A) com inclinação da cabeça-elevação do queixo. Faça 2 ventilações (B).
Caso o socorrista leigo não se sinta seguro com relação às ventilações, realizar somente as
compressões, sem parar.
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4 Repita a sequência C-A-B até a chegada do socorro


A RCP não deve ser interrompida até a chegada do serviço de emergência ou o retorno da
respiração da vítima.

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Treine estes procedimentos com um colega. Saber fazer uma RCP pode salvar vidas!
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Técnicas para Remoção e


Transporte de Acidentados
Cuidados no mexer

A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser SOLICITE, sempre que possível, a


feita com um máximo de cuidado, a fim de não agravar as ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na
lesões existentes. Antes da remoção da vítima, devem-se remoção de acidentado grave.
tomar as seguintes providências:

• Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, EVITE mover a pessoa;


• Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de
um casaco ou cobertor;
• Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la em uma tábua ou
maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar improvisar
uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós;
• Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás;
• Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima podem levar rapidamente ao
estado de choque;
• Se houver parada respiratória, inicie imediatamente o RCP;
• Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura;
• Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como
um só bloco, levando até a sua maca;
• No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o
levantamento e o transporte;
• Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.

Movimente o acidentado o menos possível. Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o
transporte. O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo
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para a vítima.
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Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem
necessárias. Nem mesmo durante o transporte. SOMENTE UM MÉDICO PODE ATESTAR O ÓBITO DE UMA
PESSOA.
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Primeiros Socorros

Como proceder
Vítimas de acidentes normalmente não devem ser movimentadas, no entanto existem situações que a
movimentação é necessária. Com isso, o socorrista deve verificar a necessidade e realizar a movimentação
sem agravar a condição da vítima.

Existindo perigo, a vítima deve ser movimentada afim de afastá-la de um perigo maior.

Para situações onde não haja perigo, o transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada
em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma imprópria
poderá agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.

Vítima consciente e podendo andar:

Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.

Vítima consciente não podendo andar:

Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de:

• Fratura, luxações e entorses de pé;


• Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores;
• Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
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Vítima inconsciente:

Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:

Vítima inconsciente:

Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS:


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Vítima consciente ou inconsciente:

Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:

Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve:

• Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada).


• Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a
maca.
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• Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo,
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evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.


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Só existem dois dias
no ano em que não
podemos fazer nada.
Um se chama ontem e o

outro amanhã
Dalai Lama

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