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CONFORME
Portaria 598/04
N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 1
Introdução
- A Eletricidade
- Histórico e Panorama Nacional
- A Norma Regulamentadora 10
CAPÍTULO 1
Introdução
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
Copyright 2013 - 2018
Apresentação
Este curso tem como objetivo capacitar o trabalhador que interage direta ou
indiretamente com eletricidade, atendendo as exigências da Norma Regulamentadora
10, publicada conforme portaria GM nº 598 de 07 de dezembro de 2004. Esta NR
estabelece requisitos mínimos de medidas de controle e prevenção de acidentes
relacionados à eletricidade.
O treinamento do trabalhador sobre Segurança em Instalações e Serviços
em Eletricidade é obrigatório conforme determina a NR-10. Esta NR abrange desde
instalações de geração de energia até instalações residenciais, devendo o trabalhador
estar capacitado com relação aos riscos inerentes ao trabalho com eletricidade.
O curso NR-10 da TOP Elétrica capacitará seus alunos sobre os riscos da
eletricidade, medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir sua
segurança e saúde durante a interação direta ou indireta com instalações elétricas.
Vamos ajudá-lo a se tornar um profissional ainda mais capacitado e preparado
para o mercado de trabalho. Bons estudos!
Alexandre Mettegang
Eng. Eletricista
Eng. de Segurança do Trabalho
CREA PR-87195/D
Índice
Eletricidade
A eletricidade e o setor elétrico
brasileiro
4
Histórico e Panorama Nacional
Histórico da segurança em eletricidade
e a situação do Brasil
10
Legislação e NR 10
A nova NR-10 e seus benefícios aos
trabalhadores e sociedade
16
Introdução
Eletricidade
Momento História
A eletricidade e o setor elétrico brasileiro
Fonte:
Gaspar, Alberto. Física:Volume único. São Paulo: Editora
Ática, 2005” e “Bullock, Theodore H.. Electroreception (em
Fonte: HowStuffWorks inglês). [S.l.]: Springer, 2005
A extraordinária versatilidade da eletricidade como fonte de energia levou a um conjunto quase ilimitado de
aplicações, conjunto que em tempos modernos certamente inclui as aplicações nos setores de transportes,
aquecimento, iluminação, comunicações e computação. A energia elétrica é a espinha dorsal da sociedade
industrial moderna, e deverá permanecer assim no futuro.
Etapas
A eletricidade passa por várias etapas até que possamos consumí-la em nossas residências. De maneira
simplificada o caminho da eletricidade é:
• Geração
• Transmissão
• Distribuição
• Redes de Distribuição
• Consumidores Finais
A geração de energia elétrica pode ocorrer mediante a utilização de diversas tecnologias. As principais
aproveitam um movimento mecânico de rotação para gerar corrente elétrica em um alternador. Este
movimento pode vir de uma fonte de energia mecânica direta, como uma queda d‘água ou vento.
2. Transmissão
Após o nível de tensão ser elevado através
de transformadores, a energia é transmitida
por linhas de alta tensão.
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1. Geração 3. Distribuição
A energia elétrica é gerada em hidrelétricas, A energia tem sua tensão rebaixada para
termelétricas, usinas eólicas, etc. distribuição nas cidades. A maioria das
indústrias é ligada nesta fase.
AW Strom
4. Redes de Distribuição
Treinamentos e Serviços
5. Consumidores Finais
A energia chega à residências, comércio
e zona rural.
Fonte: AW Strom
A transmissão liga as grandes usinas de geração as regiões de grande consumo. Nesta fase a tensão é elevada
e a energia é transmitida por longas linhas de transmissão, as quais interligam todo o país.
Geração
A maior parte da energia elétrica gerada no
Brasil é de origem hidráulica, que responde a
60% de toda a capacidade instalada do País.
A Usina de Itaipu
Itaipú é uma usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil
e o Paraguai. A barragem foi construída pelos dois países entre 1975 e 1982, período em que ambos
eram governados por ditaduras militares.
O seu lago possui uma área de 1.350 km2, indo de Foz do Iguaçu, no Brasil e Ciudad del Este,
no Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, 150 km ao norte. Possuindo 20 unidades geradoras de
700 MW cada e projeto hidráulico de 118 m, Itaipu tem uma potência de geração (capacidade) de
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14.000 MW. É um empreendimento binacional administrado por Brasil e Paraguai no rio Paraná na
seção de fronteira entre os dois países, a 15 km ao norte da Ponte da Amizade.
Empreendimentos
em Operação
Empreendimentos
em Construção
Empreendimentos
com Construção
não iniciada
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Itaipu
Rio Paraná 7.000 MW 7.000 MW 14 milhões
(Parte Brasileira)
* Cada megawatt produzido é energia suficiente para atender o consumo de duas mil pessoas.
Almirante Álvaro
Alberto - Unidade
Angra dos Reis - RJ 1.350 1,4 milhões
III (Antiga Angra
III)
Cláudia - MT Itaúba
Sinop 400 400 mil
- MT
Capanema - PR
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* Cada megawatt produzido é energia suficiente para atender o consumo de duas mil pessoas.
Fontes: Abrage e Aneel
Transmissão
A rede de transmissão de energia elétrica no Brasil alcançou, em 2016 – 134,8 mil quilômetros de extensão,
com previsão em 2019 para 154,8 mil quilômetros de extensão– distância equivalente a praticamente
quatro vezes a circunferência da Terra. Fonte: 2016 - Dados Relevantes da Operação / 2019 – PAR
A grande extensão do sistema brasileiro se explica pela dimensão continental do País e pelas características
de sua evolução, com as maiores e mais importantes usinas hidrelétricas localizadas a distâncias
consideráveis dos centros consumidores.
Depois de deixar a usina, independentemente do tipo da fonte geradora, a energia elétrica trafega em
tensões que variam de 13,8 mil volts a 750 mil volts. Nas subestações localizadas nas cidades, a tensão é
rebaixada e, depois, por meio de um sistema composto por fios, postes e transformadores, a energia segue
para as casas e os prédios em 127 volts ou 220 volts.
Fonte: ONS
Distribuição
O sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil, regulado por resoluções da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), é operado por 64 concessionárias, das quais 22 se localizam na região Sudeste, 17
no Sul, 11 no Nordeste, 9 no Norte e 5 no Centro-Oeste.
De acordo com o Boletim de Monitoramento do Sistema Elétrico de dezembro de 2017, o Brasil conta com
mais de 82 milhões de Unidades Consumidoras (UCs) – assim são chamados os conjuntos de instalações e
equipamentos elétricos que recebem a energia em um só ponto de entrega, com medição individualizada
e correspondente a um único consumidor. Do total de UCs espalhadas pelo território nacional, 80% são
residenciais.
Momento Ciência
Histórico da Segurança
Quando os primeiros profissionais da eletricidade surgiram há mais Momento História
Tesla vs. Edison
de um século, 1 em cada 2 morriam em serviço.
Em 1879 Thomas Edison aperfeiçoou a lâmpada elétrica, vinda De um lado, Thomas Edison e a
da necessidade doméstica de substituir a iluminação proveniente General Electric, impulsionando o
da queima de combustível. Essa invenção trouxe a necessidade transporte e sistemas de distribuição
da primeira usina de geração elétrica, bem como um sistema de energia baseados em tecnologia CC
distribuição. (Corrente Contínua); do outro, Nikola
Tesla e a Westinghouse, esforçando-
A primeira usina foi instalada em Nova York (Usina Pearl Street) em se por promover a tecnologia
1882 e contava com somente 1 gerador de energia em corrente CA (Corrente Alteranada). Com o
contínua, distribuindo energia para 85 consumidores com uma fornecimento da eletricidade dando os
carga de aproximadamente 400 lâmpadas. seus primeiros passos, muito dependia
da escolha da tecnologia certa para
Porém, após a “Guerra das correntes” eletrificar lares e empresas, em todo os
adotou-se o sistema de corrente EUA.
alternada (CA), proposto pelo
físico Nikola Telsa e o empresário Os dois lados deste conflito não
Westinghouse, o qual, apesar dos demonstravam demasiados
inúmeros benefícios, traz um risco escrúpulos: os principais apoiadores
maior que a corrente contínua. da tecnologia CC recorreram muitas
vezes a práticas de marketing muito
A corrente alternada, graças a sua duvidosas para exagerar os perigos da
possibilidade de acoplar diversos níveis tecnologia CA.
de tensão através de transformadores,
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Em 1891 alguns destes trabalhadores indignados com a falta de segurança fundaram a irmandade dos
eletricistas. E logo perceberam que formaram um grupo especial, que trabalhando em condições de
alto risco, precisariam se unir.
O primeiro Presidente do Sindicato foi Henry Miller, um técnico respeitado que percorria o país
trabalhando na construção das linhas e organizando os colegas. Em apenas um ano o sindicato contava
com dois mil associados, e Miller lutava por melhores condições de segurança para a categoria, e
instituiu uma pensão para a família dos trabalhadores mortos em serviço. Ironicamente isso quase levou
o sindicato à falência, devido ao alto índice de mortalidade.
Em 1896 veio outra tragédia, Miller fez contato com uma linha de 2200 v em um poste em Washington
DC e veio a falecer. O fundador do sindicato partia, mas os que ficaram fizeram uma corrente de proteção
e treinamento que foi o marco inicial para a diminuição das perdas por morte e acidentes em trabalho.
No início do século XX, a demanda por eletricidade e seus benefícios explodiu. O setor industrial cresceu
e novos aparelhos elétricos impulsionavam o crescimento econômico.
A Irmandade dos Eletricistas lançava diversos programas de aprendizado, porém estes treinamentos se
limitavam à parte técnica do trabalho. Treinamento formal de segurança ainda estava à décadas de ser
implementado.
Panorama Nacional
A eletricidade é sem dúvida um dos ramos de atividade mais perigosos existentes atualmente, até
porque ela está presente em todas as fases produtivas, está no setor terciário e residencial.
Os principais fatores que contribuem para os altos índices de acidentes com eletricidade são:
• Manutenção por pessoas com competências inadequadas;
• Processos de contenção de riscos inadequados;
• Não cumprimento de normas e padrões;
• Arquivos técnicos desatualizados ou inexistentes;
• Projetos executados sem histórico ou rastreabilidade.
No Brasil morrem aproximadamente 3.000 pessoas por ano devido a acidentes de trabalho. Os
profissionais do setor elétrico, em 2011, tiveram 2,87 vezes mais mortes que os demais trabalhadores.
Trabalhadores de empresas terceirizadas de concessionárias morreram aproximadamente 6 vezes mais
que os trabalhadores de outras áreas, em 2011.
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Fonte: Abracopel
Fonte: Abracopel
Custo dos Acidentes
Os empregados do setor elétrico convivevem, no desempenho diário de suas atividades, com riscos
de natureza geral e riscos específicos. A ocorrência de acidentes do trabalho típicos com afastamento,
acarretam, entre custos diretos (remuneração do empregado durante seu afastamento) e indiretos
(custo de reparo e reposição de material, custo de assistência ao acidentado e custos complementares –
interrupção de fornecimento de energia elétrica, por exemplo), prejuízos de grande monta para o Setor
de Energia Elétrica, da ordem de centenas de milhões.
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Para se ter uma ideia em 2011 foram perdidas 962.776 horas em decorrência dos acidentes com lesão, que
se comparadas com as 558.824 horas perdidas em 2010, mostram uma aumento de 72%, observando-
se que o aumento de horas trabalhadas (5%), foi muito inferior ao crescimento de horas perdidas. Essas
horas perdidas em 2011 equivalem ao total de horas trabalhadas durante um ano de uma empresa do
porte do CEPEL ou da ENERGISA MINAS GERAIS.
Durante muito tempo, considerou-se que a relação entre os custos segurados e os não segurados era
de 1:4. A Previdência Social do Brasil arrecada e gasta anualmente cerca de R$ 2,5 bilhões no campo
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dos acidentes de trabalho e as empresas brasileiras arcam com um custo adicional de R$ 10 bilhões. A
precariedade da prevenção dos riscos do trabalho, então, custa a ambas R$ 12,5 bilhões por ano.
Os trabalhadores e os familiares desembolsam uma grande parte dos custos dos acidentes, o que eleva
a razão de 1:4 para 1:5 e faz subir o custo para R$ 15 bilhões por ano. As famílias têm o padrão de vida
reduzido e muitas vezes se tornam órfãs, considerando que cerca de 10 trabalhadores em regime de
CLT morrem diariamente no país vítimas de acidentes do trabalho.
As empresas, na maioria das vezes, são obrigadas a pagar vultosas indenizações para os acidentados
e suas famílias. Além disso, os acidentes e doenças profissionais geram custos para o Estado não só
em termos de pagamento de benefícios às vítimas, mas também de pagamento das despesas de
recuperação da saúde e reintegração delas no mercado de trabalho e na sociedade em geral, inclusive
o do mercado informal (60% dos brasileiros). Estima-se que isso acarrete um custo adicional de R$ 5
bilhões.
Assim, calcula-se que os acidentes do trabalho no Brasil geram uma despesa fenomenal que chega à
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Somente no setor elétrico, segundo estimativas da fundação COGE, o custo dos acidentes chega a 688
milhões de reais.
Outro dado que chama a atenção é o expressivo número de acidentes das empresas contratadas
(terceirizadas) do setor elétrico. É provável que este número superior seja devido não somente à falta de
treinamento, mas também a maior exposição ao risco que estes trabalhadores estão submetidos.
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*1 Ref.: OS IMPACTOS FINANCEIROS DOS ACIDENTES DO TRABALHO NO ORÇAMENTO BRASILEIRO: UMA ALTERNATIVA
POLÍTICA E PEDAGÓGICA PARA REDUÇÃO DOS GASTOS. – 2008, LUIZ DE JESUS PERES SOARES
Fonte: www.funcoge.org.br
Nº de Acidentados Fatais por Ano
Fonte: www.funcoge.org.br
Há elevado retorno ao se investir na redução dos acidentes elétricos, fatais ou não. Para isso, é fundamental
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a redução dos acidentes elétricos agindo já na fase de projeto, conceito que é hoje designado como
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“segurança em projeto”.
A NR10 contribui para esta prática e introduz a segurança já na etapa de projeto, obrigando o
fornecimento de memorial descritivo, detalhando os aspectos de segurança incluídos no projeto, e
obrigando a formação de um prontuário da instalação com documentação técnica atualizada, além do
treinamento obrigatório de todos os funcionários que venham a ter contato direto ou indireto com a
eletricidade.
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Legislação e NR-10
A nova NR-10 e seus benefícios aos trabalhadores e sociedade
Legislação
Segundo a Constituição Federal Brasileira, de 1988, artigo 7º:
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
Art. 338. A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção
à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela gerados.
Logo abaixo dos decretos existem as portarias, dentre elas as normas regulamentadoras do ministério do
trabalho.
Art. 7º Inciso XXII
redução dos riscos
inerentes ao trabalho,
por meio de normas
de saúde,
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higiene e segurança
Decreto 3048/1999-Art.338
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Normas Regulamentadoras
As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR, aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores
avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas
categorias profissionais. São elas:
NR-10
O texto de atualização da Norma Regulamentadora nº 10 – Segurança em Instalações e Serviços em
Eletricidade, estabelecido pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 598 de 07/12/2004
foi publicado no Diário Oficial da União de 08/12/2004 e altera a redação anterior da Norma
Regulamentadora nº 10, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 1978. Esta Norma dispõe sobre as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores que direta ou indiretamente interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade nos seus mais diversos usos e aplicações e quaisquer trabalhos realizados nas
suas proximidades.
GOVERNO
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O que fazer
NR-10 (Requisitos Mínimos e
REGULAMENTO Essenciais)
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SOCIEDADE
10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior (Segurança em Instalações Energizadas) devem
receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo
mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.
10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico
em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo,
carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.
10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das
situações a seguir:
a) troca de função ou mudança de empresa;
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização
do trabalho
Sendo assim o treinamento da NR-10 é obrigatório para todos os profissionais que tem contato direto ou
indireto com a eletricidade. Somente com este curso um profissional pode ser autorizado a intervir em um
sistema elétrico. Caso este sistema seja o SEP, o curso complementar também se faz obrigatório.
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Normas ABNT
Além da NR-10, é de suma importância para os trabalhos com eletricidade, a observância as normas técnicas
oficiais. Em seu texto, no item 10.1.2:
Aqui no Brasil, o órgão responsável pela normalização técnica é a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
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Como uma NR tem força de lei, a observância das normas técnicas oficiais é obrigatória.
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CAPÍTULO 2
Riscos em Instalações e Serviços com
Eletricidade
- O Choque Elétrico
- Arcos Elétricos e Queimaduras
- Quedas
- Campos Eletromagnéticos
- Eletricidade Estática
CAPÍTULO 2
Riscos Elétricos
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É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Riscos e Perigos
Definições 3
Choque Elétrico
Mecanismos e efeitos 4
Arcos Elétricos
O risco de queimaduras graves 12
Quedas
O risco da altura nas intervenções elétricas 19
Campos eletromagnéticos
Riscos e efeitos sob o corpo 20
Eletricidade Estática
O risco de ignição de áreas explosivas 22
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Riscos e Perigos
Definições
O nome eletricidade provém do vocábulo grego êlektron (âmbar). Este fenômeno é conhecido desde a
antiguidade, e foi observado por Tales de Mileto e outros estudiosos da época, podendo ser percebido
através da atração eletrostática de corpos provocada por uma vareta de âmbar previamente friccionada
(eletrificação por fricção), e em inúmeras outras situações.
A eletricidade é uma agente de risco, causadora de muitos acidentes, trazendo danos as pessoas e também
prejuízos materiais. Todo o trabalho com energia elétrica deve sempre ser realizado de acordo com
procedimentos e normas de segurança. Os riscos relacionados a eletricidade nem sempre são visíveis, em
determinadas situações somente é possível identificar estes riscos através de instrumentos.
Risco Perigo
Vs
Risco pode se definido como a Perigo é uma SITUAÇÃO OU
capacidade potencial de uma CONDIÇÃO DE RISCO com
GRANDEZA causar lesões ou danos à probabilidade de causar lesão física
saúde das pessoas. ou dano à saúde das pessoas por
ausência de medidas de controle.
Obs.: Definição da NR10, Glossário
Exemplo:
O Perigo é uma situação que prenuncia um acontecimento que pode causar um mal. Para o
perigo são consideradas as medidas de proteção e as circunstâncias que envolvem o controle do
risco.
Neste capítulo serão tratados sobre os riscos da eletricidade, abordando os mecanismos e efeitos
envolvendo choque elétrico e arcos elétricos, bem como uma um explanação sobre campos magnéticos.
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Choque Elétrico
Mecanismos e efeitos
CARACTERÍSTICAS DA ELETRICIDADE
SOB O PONTO DE VISTA DA SEGURANÇA DO TRABALHO
PERIGOSA PREGUIÇOSA
INVISÍVEL I=U/R
LESÕES GRAVES OU MORTE CAMINHO DE MENOR RESISTÊNCIA
Em todo o sistema energizado, ou seja, redes de alta e baixa tensão, máquinas, ferramentas, aparelhos
eletrodomésticos, e outros, existe o risco de choque elétrico, nestes locais podem ocorrer o contato
acidental, curto-circuito, rompimento e queda de cabos, sendo o choque elétrico o principal causador de
acidentes no setor.
Tipos de Choque
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Choque Estático: É o choque produzido por eletricidade estática devido ao efeito capacitivo onde
ocorre o escoamento de corrente parasita (descarga). Normalmente a duração é pequena, porém
dependendo da situação pode provocar efeitos danosos ao corpo. Exemplos: veículos que se movem
em climas secos e indução de linhas de distribuição e transmissão desligadas.
Choque Dinâmico: É o choque obtido pelo contato de pessoas com partes energizadas da instalação.
Dura enquanto a fonte estiver ligada e o contato permanecer. Dependendo das características do
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Tipos de Contato
Os choques podem ocorrer através do contato direto ou indireto.
- Isolamentos suplementares;
- Aterramento;
- Interruptor de corrente de fuga (dispositivo residual de terra
(DR).
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Tempo após o choque para iniciar respiração artificial (min) Chance de reanimação da vítima (%)
1 95
2 90
3 75
4 50
5 25
6 1
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8 0,5
Os efeitos diretos são contrações musculares, queimaduras (internas e externas), parada respiratória, parada
cardíaca, eletrólise de tecidos, fibrilação cardíaca e óbito (eletroplessão*). Já os efeitos indiretos podem ser:
quedas, batidas e queimaduras indiretas. A extensão do dano do choque elétrico depende da magnitude
da corrente elétrica. Variam e dependem principalmente das seguintes características:
Intensidade
O choque pode ser dividido em choque de baixa intensidade, decorrente de acidentes em sistemas de
baixa tensão, onde os efeitos mais graves que podem ocorrer são a arritmia cardíaca e paradas respiratórias,
e choque de alta intensidade, causados por acidentes em sistemas de alta tensão, onde existem os efeitos
térmicos (queimaduras) devido a circulação da corrente elétrica pelo corpo.
Nos casos de choque elétrico, mesmo em sistemas de baixa tensão, como em redes domésticas,
normalmente ocorre parada respiratória e consequentemente morte por asfixia, sendo necessária uma
rápida ação afim de interromper a circulação da corrente elétrica pelo corpo. O atendimento ao acidentado
deve ser imediato, ou seja, não se deve aguardar condução para levá-lo a um centro médico ou esperar que
um médico chegue, ocorrendo o atendimento nos dois primeiros minutos após o choque a probabilidade
de salvamento será de 90%, já se o acidentado for atendido cinco minutos após, esta probabilidade de
salvamento cairá para 25%, podendo em caso de salvamento causar danos cerebrais.
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De acordo com a intensidade dos valores da corrente variam as sensações do choque elétrico. A tabela
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No Brasil, o sistema de fornecimento de energia elétrica é através A corrente que passa por uma lam-
de corrente alternada (CA) com frequência de 60 Hertz. Devido a pada incandescente de 60 W em 120
estas características este tipo de corrente é muito perigosa, uma V é 500 mA.
vez que estão próximas da frequência de fibrilação ventricular.
500 Hz 1,5 mA
1.000 Hz 2,0 mA
5.000 Hz 7,0 mA
10.000 Hz 14,0 mA
100.000 Hz 150,0 mA
Corrente Alternada
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Corrente
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Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída pelos pólos positivo e negativo, a de corrente
alternada é composta por fases (e, muitas vezes, pelo fio neutro). A Corrente Alternada foi adotada
para transmissão de energia elétrica a longas distâncias devido à facilidade relativa que esta
apresenta para ter o valor de sua tensão alterada por intermédio de transformadores.
Fonte:
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Corrente Contínua
Corrente
É o fluxo ordenado de elétrons sempre numa
direção. Possui um polo negativo e outro Valor
positivo. Esse tipo de corrente é gerado por
baterias de automóveis, pilhas, dínamos, Tempo
células solares e fontes de alimentação de
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várias tecnologias.
A eletrólise ocorre no sangue e no plasma líquido de todo o corpo. Este efeito pode ocasionar:
• Aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam coágulos no sangue, causando trombose.
No caso de corrente alternada o efeito eletrólise é muito pequeno, podendo ser desconsiderado.
A figura abaixo demonstra os caminhos que podem ser percorridos pela corrente no corpo humano, onde
é possível avaliar o percentual da corrente elétrica que circula pelo coração em função do tipo de contato.
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A B C D E
Entre os pés 0%
Duração
Estando uma mesma corrente elétrica passando pelo corpo, quanto maior o tempo da circulação da
corrente, maiores serão os danos e suas consequências. Em muitos casos, a contração muscular ocorrida no
momento do choque elétrico, através dos movimentos bruscos produzidos, repelem a pessoa eliminando
a causa, porém o maior perigo ocorre quando a pessoa fica presa ao circuito elétrico, gerando graves
consequências.
Tempo (ms)
IEC479 1 Zona 1 (AC-1)
10000 Habitualmente nenhuma reação.
5000 Zona 2 (AC-2)
3000 Efeitos fisiológicos geralmente não
1000
danosos.
Zona 3 (AC-3)
500
Efeitos fisiológicos notáveis (parada
200 AC-1 AC-2 AC-3 AC-4
cadíaca, respiratória, contrações
100 musculares) geralmente reversíveis.
50 Zona 4 (AC-4)
20
Elevada probabilidade de efeitos
fisiológicos graves e irreversíveis
10
(fibrilação e parada respiratória.
0.1
0.2
0.5
1
2
5
10
20
50
100
200
500
1000
5000
10000
2000
Corrente (mA)
Disjuntor DR
A função do disjuntor DR é verificar a existência de uma fuga de corrente
para a terra (e nesse caso talvez através de uma pessoa) e causar o
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do gráfico acima.
• Tensão de contato;
• Frequência elétrica;
• Duração do choque;
• Umidade da pele;
• Área de contato;
• Temperatura da pele;
• Tipo de pele.
A resistência que o corpo humano oferece à passagem da corrente é praticamente devida à camada
externa da pele, sendo esta composta praticamente de células mortas. A resistência da camada externa
da pele quando está seca e não apresenta cortes é aproximadamente entre 100.000 e 600.000 ohms. Esta
variação existe devido a espessura da pele de cada indivíduo, entretanto se a pele estiver úmida ou com a
existência de cortes, a resistência pode reduzir drasticamente para 500 ohms.
Abaixo é indicada a diferença da passagem da corrente pela pele quando está seca ou molhada. Conforme
pode ser observado nos cálculos, a variação é grande. Para os cálculos foi considerada uma diferença de
potencial de 120 volts, sendo:
Arcos Elétricos
O risco de queimaduras graves
O arco elétrico é um fenômeno da eletricidade inerente aos sistemas elétricos. Caracteriza-se pelo fluxo
de corrente elétrica através de um meio isolante, como o ar, e ocorre geralmente quando da conexão e
desconexão de dispositivos elétricos energizados, ou em caso de curto-circuito.
As falhas elétricas, quando causam a formação de arcos elétricos, são indesejáveis, pois liberam uma enorme
quantidade de calor. Estes fenômenos, além do calor, provocam deslocamento de ar com aparecimento de
alta pressão, prejudicial ao sistema auditivo, liberam partículas de metais ionizadas que podem conduzir
correntes, emitem raios ultravioletas prejudiciais à visão e liberam gases tóxicos como resultado da
combustão dos materiais internos ao painel ou equipamentos.
Ocorrência de Arcos
78% MONOFÁSICO
20% ENTRE 2 FASES
2% TRIFÁSICO
a morte. Se conseguirmos quantificar o calor do arco, podemos tomar medidas de proteção e procurar
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Fonte:
http://www.cekuniformes.com.br
60
40
20
0
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Os danos causados pelos arcos elétricos costumam ser muito severos. De acordo com estatísticas da
American Burn Association, a probabilidade de sobrevivência diminui com o aumento da idade da vítima.
O tratamento de uma vítima de acidente envolvendo arco elétrico requer anos de recuperação da pele
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e reabilitação. A vítima pode ficar inabilitada ao trabalho ou não reaver a mesma qualidade de vida que
possuía antes do acidente.
Queimaduras fatais podem ocorrer em vítimas que estejam a alguns poucos metros de distância do arco
elétrico. Sérias queimaduras ocorrem comumente em vítimas que estejam até a 3 metros de distância.
Testes revelam que temperaturas acima de 200°C são atingidas na área do pescoço e mãos da pessoa que
esteja perto da explosão gerada pelo arco elétrico (DAVIS, 2003, p.3).
A suportabilidade da pele humana para queimaduras é de 1,2 cal/cm², ou seja, aproximadamente 47°C,
sendo que, acima deste valor, torna-se necessária a adoção de medidas de engenharia para redução
da energia irradiada ou a utilização de EPI adequado, que atenuem o nível de energia recebida na pele
humana (BIZZO, 2009).
A intensidade do arco elétrico pode ser determinada através de cálculos, baseados em normas internacionais,
as quais fornecem informações sobre as metodologias para determinação do nível de energia emitida,
determinando, ainda, os EPIs e as distâncias seguras de trabalho de acordo com os resultados encontrados.
Como temos a omissão da ABNT para uma metodologia de cálculo para a energia incidente proveniente
de um arco elétrico, é obrigatória a recorrência às normas internacionais vigentes. Para o cálculo da energia
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A. Tempo do arco;
B. Distância do arco;
C. Tensão do circuito;
D. Corrente de curto-circuito sólido trifásico;
E. Relação X/R do circuito;
F. Distância dos eletrodos (barramento);
G. Número de fases;
H. Aterramento do sistema (isolado ou aterrado);
I. Arco enclausurado ou em área aberta;
J. Tamanho do invólucro;
K. Formato do invólucro;
L. Configuração dos eletrodos (em triangulo ou alinhados);
M. Distância dos eletrodos com o invólucro;
N. Frequência.
choque elétrico, resultante do contato direto com condutores energizados, reside a possibilidade do
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aparecimento de arcos elétricos por meio destes condutores (DAVIS, 2003, p.1).
Todos os profissionais que interagem com instalações elétricas energizadas estão sujeitos a riscos
intrínsecos, como choque elétrico, incêndios, arcos elétricos e fogo repentino. Segundo Bizzo (2009, p.11):
“Apesar do grande número de acidentes de origem elétrica, com a predominância de lesões graves
provocadas pela exposição ao arco elétrico e fogo repentino, esse tema normalmente é comparado a
outros riscos industriais existentes, ou mesmo ao choque elétrico, não tem sido tratado com a prioridade
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que merece”.
No Brasil, temos a inobservância do item Arco Elétrico e Fogo Repentino por parte da ABNT, tão pouco
literaturas técnicas a respeito do assunto, dificultando, aos profissionais de engenharia elétrica e segurança
do trabalho, a elaboração de uma análise de risco eficaz para as atividades envolvendo equipamentos
elétricos energizados (BIZZO, 2009).
Para Bizzo (2009, p.11), as informações técnicas necessárias à elaboração de um programa de proteção ao
Arco Elétrico compreendem:
“Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco
elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a
saúde no trabalho”.
Os arcos elétricos são eventos involuntários e inesperados quando se trata de atividades com equipamentos
energizados, e independem do tipo de equipamento, nível de tensão, experiência do operador ou nível
de carga do circuito. Os arcos elétricos podem ser gerados por diversos fatores, como falha humana, falha
de procedimentos operacionais, características dos equipamentos, manutenção realizada de maneira
inadequada e até agentes externos, como animais. Não havendo proteção adequada, o arco elétrico
poderá ocasionar sérias lesões, podendo levar o profissional à morte.
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Você Sabia?
Fonte:
http://www.deenergize.com
Fonte:
Davis et al. (2003, p.3)
Fonte:
Davis et al. (2003, p.2)
Queimaduras em eletricidade
As queimaduras ocorrem devido ao choque elétrico, independente da tensão ser baixa ou alta.
Quando uma corrente elétrica passa através de uma resistência elétrica é liberada energia calorífica,
denominada efeito joule. Essa energia varia de acordo com a resistência que o corpo oferece à passagem
da corrente elétrica, com a intensidade da corrente elétrica e com o tempo de exposição, podendo ser
calculada pela expressão:
Ecalorífica = R.I²choque.tchoque
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Sendo:
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Os danos causados com a passagem da corrente elétrica pelos tecidos (pele) do individuo são difíceis de
avaliar, pois dependem da profundidade da destruição celular, sendo que a destruição pode alcançar os
ossos, necrosar tecidos, vasos sanguíneos e provocar hemorragias.
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A queimadura por eletricidade pode ocorrer por diversas formas, sendo elas:
• queimaduras por arco elétrico;
• queimaduras por contato;
• queimaduras por radiação (em arcos produzidos por curtos-circuitos);
• queimaduras por vapor metálico.
As queimaduras provocadas por ARCO ELÉTRICO ocorrem devido ao fluxo de corrente elétrica através do
ar, normalmente ocorrem na abertura (manobra) de equipamentos energizados, e também em caso de
curto-circuito, o que provoca queimaduras de segundo ou terceiro grau. O arco elétrico possui energia
suficiente para queimar roupas e provocar incêndios.
As queimaduras por CONTATO ocorrem quando se toca uma superfície condutora energizada. Este tipo
de queimadura pode ser menor, deixando apenas uma pequena “mancha branca na pele” ou locais e
profundas atingindo até a parte óssea. Para os casos de pequenas ocorrências é importante que seja
realizado um exame necrológico, possibilitando a reconstrução do local afetado.
Ocorrem queimaduras por VAPOR METÁLICO quando existem a emissão de vapores e o derretimento de
metais (prata ou estanho dependendo do dispositivo) atingindo as pessoas localizadas nas proximidades.
Estas situações são comuns quando da fusão de um elo fusível ou condutor.
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Fonte:
http://en.wikipedia.org
Quedas
O risco da altura nas intervenções elétricas
Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos envolvendo quedas
de trabalhadores de diferentes níveis. Os riscos de queda em altura existem em vários ramos de atividades
e em diversos tipos de tarefas, sendo muito representativo nas atividades de construção e manutenção do
setor de distribuição e transmissão de energia elétrica.
Fonte:
www.theguardian.com
A NR-35
O princípio adotado na norma trata o trabalho em altura como atividade
que deve ser planejada, evitando-se caso seja possível, a exposição do
trabalhador ao risco, quer seja pela execução do trabalho de outra forma,
por medidas que eliminem o risco de queda ou mesmo por medidas que
minimizem as suas consequências, quando o risco de queda com diferenças
de níveis não puder ser evitado. Esta norma propõe a utilização dos preceitos
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Campos Eletromagnéticos
Riscos e efeitos sob o corpo
Campos elétricos e magnéticos existem sempre que há fluxo de corrente elétrica – em linhas de transmissão,
distribuição, cabos, fiação residencial e equipamentos elétricos.
Campos Elétricos originam-se de cargas elétricas, são medidos em volts por metro (V/m) e são facilmente
blindados por materiais comuns tais como madeira e metal.
Campos Magnéticos são gerados pela movimentação de cargas elétricas (corrente), são expressos em Tesla
(T), ou mais frequentemente em militesla (mT) ou microtesla (uT). Em alguns países uma outra unidade
chamada Gauss (G) é frequentemente usada (10.000 G = 1 T). Estes campos não são blindados pela maioria
dos materiais comuns, e os atravessam facilmente. Ambos os tipos de campo tem maior intensidade na
proximidade da fonte e diminuem com a distância.
O uso da eletricidade tornou-se parte integral de nosso cotidiano. Sempre que há um fluxo de eletricidade,
campos elétricos e magnéticos são criados nas proximidades dos condutores e equipamentos elétricos.
Desde o final dos anos setenta foram levantados questionamentos se a exposição a campos elétricos e
magnéticos (EMF na sigla em inglês), de frequência extremamente baixa (ELF na sigla em inglês), produzem
consequências adversas para a saúde. A partir daí muito se pesquisou, resolvendo com sucesso importantes
questões e estreitando o foco para pesquisas futuras.
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Os trabalhadores expostos a essas condições, que possuam em seu corpo próteses metálicas (pinos, encaixes,
articulações), devem dispensar especial atenção à sua saúde promovendo “check ups” periódicos, uma
vez que a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos podendo provocar necroses
ósseas, assim como aos trabalhadores portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca-passo,
auditivos, dosadores de insulina, etc), pois a radiação interfere nos circuitos elétricos e poderão criar
disfunções e mau funcionamento dos mesmos.
Portanto, para as instalações com tensão igual ou superior a 138 kV, de geração, transmissão e distribuição,
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tornou-se obrigatório encaminhar à ANEEL, um relatório com as medições dos campos elétricos e
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O eletromagnetismo
No estudo da Física, o eletromagnetismo é o nome da teoria unificada desenvolvida por James Maxwell
para explicar a relação entre a eletricidade e o magnetismo. Esta teoria baseia-se no conceito de campo
eletromagnético.
O campo magnético é resultado do movimento de cargas elétricas, ou seja, é resultado de corrente
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elétrica. O campo magnético pode resultar em uma força eletromagnética quando associada a ímãs.
A variação do fluxo magnético resulta em um campo elétrico (fenômeno conhecido por indução
eletromagnética, mecanismo utilizado em geradores elétricos, motores e transformadores de tensão).
Semelhantemente, a variação de um campo elétrico gera um campo magnético. Devido a essa
interdependência entre campo elétrico e campo magnético, faz sentido falar em uma única entidade
chamada campo eletromagnético.
Eletricidade Estática
O risco de ignição de áreas explosivas Momento História
O fenômeno eletrostático mais antigo conhecido é o que ocorre
com o âmbar amarelo no momento em que recebe o atrito e
atrai corpos leves. Tales de Mileto foi um filósofo da Grécia
Antiga, o primeiro filósofo ocidental de
Tales de Mileto, no século VI a.C., já conhecia o fenômeno e que se tem notícia.
procurava descrever o efeito da eletrostática no âmbar. Também
os indianos da antiguidade aqueciam certos cristais que atraiam Tales é apontado como um dos sete
cinzas quentes atribuindo ao fenômeno causas sobrenaturais. sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o
O fenômeno porém, permaneceu através dos tempos apenas fundador da Escola Jônica. Considerava
como curiosidade. a água como sendo a origem de todas
as coisas, e seus seguidores, embora
A descarga eletrostática, é definida como a transferência de discordassem quanto à “substância
carga entre corpos que estão em potenciais elétricos diferentes. primordial” (que constituía a essência do
Para ser percebida pela sensibilidade humana, uma descarga universo), concordavam com ele no que
deve atingir, no mínimo, 3 mil volts, o suficiente para atear fogo dizia respeito à existência de um “princípio
em um material combustível. único” para essa natureza primordial.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tales_de_Mileto
Nos automóveis também ocorre a eletrização quando estes são submetidos a grandes velocidades no ar
seco, podendo seus ocupantes ao sair do veículo tomarem uma descarga elétrica.
Acidente de Alcântara
Às 13h30 de 22 de agosto de 2003, uma enorme explosão destruiu
o foguete brasileiro VLS-1 V03 em sua plataforma de lançamento
no Centro de Lançamento de Alcântara durante os preparativos
para o lançamento, matando 21 técnicos civis.
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CAPÍTULO 3
Técnicas de Análise de Risco
- Conceitos
- Pirâmedes de Incidentes e Acidentes
- Técnicas de Análise de Risco
- APR
CAPÍTULO 3
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Conceitos
Definições 3
Pirâmedes de Acidentes e Incidentes
Heinrich e Bird 5
Técnicas de Análise de Risco
A importância da prevenção 8
APR
A Análise Preliminar de Risco 11
Técnicas de Análise de Risco
Conceitos
Definições
A NR-10 trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações
elétricas, em suas diversas etapas, incluindo o projeto, execução, operação, manutenção, reforma e
ampliação, incluindo terceiros e usuários. Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser
adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas
de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.
O conceito de prevenção aos riscos consiste na antecipação dos possíveis impactos ambientais, danos à
saúde dos trabalhadores e perdas econômicas causadas por acidentes, que em muitos casos poderiam ser
evitados se as condições inseguras fossem detectadas na concepção do projeto ou antes da execução das
tarefas.
Incidente
Evento relacionado ao trabalho
no qual uma lesão ou doença
(independentemente da
gravidade) ou fatalidade ocorreu ou
poderia ter ocorrido.
Quase-Acidente Acidente
Um incidente no qual não ocorre lesão, Um acidente é um incidente que
doença ou fatalidade pode também ser resultou em lesão, doença ou
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Conceitos OHSAS
18001
O Ministério do Trabalho considera como acidente somente quando ocorrem danos à saúde do trabalhador,
porém, em muitos casos, um acidente também pode causar danos ao patrimônio, ao meio ambiente e em
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Os incidentes e quase-acidente são conceitos distintos. Nessa linha, os incidentes são todos os eventos
indesejáveis à segurança, o que engloba acidentes, quase-acidentes, atos e condições inseguras.
Atos inseguros podem ocorrer por diversas causas, sendo todas elas originadas pelo homem. Vê-se que
se trata de uma violação de um procedimento consagrado, violação essa, responsável pelo acidente.
Segundo estatísticas correntes, cerca de 84% do total dos acidentes do trabalho são oriundos do próprio
trabalhador. Portanto, os atos inseguros no trabalho provocam a grande maioria dos acidentes.
Não se deve confundir a condição insegura com os riscos inerentes a certas operações industriais. Por
exemplo: a corrente elétrica é um risco inerente aos trabalhos que envolvem eletricidade; a eletricidade, no
entanto, não pode ser considerada uma condição insegura somente por ser perigosa. Instalações mal feitas
ou improvisadas, fios expostos, etc., são condições inseguras. A corrente elétrica, quando devidamente
isolada do contato com as pessoas, passa a ser um risco controlado e não constitui uma condição insegura.
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É importante salientar que mesmo sendo originadas por diversos fatores externos, as condições inseguras
são de responsabilidade do próprio homem, seja por sua omissão ou por negligência. Todas as instalações
industriais, suas condições de trabalho e manutenção tem pessoas como responsáveis. Por isso é válido
dizer que todas as condições inseguras são originadas por atos inseguros.
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Pirâmedes de Acidentes e
Incidentes
Heinrich e Bird Momento História
Em 1959, Heinrich desenvolveu um trabalho pioneiro, um modelo Revolução Industrial foi a transição para
de causa e de estimativas de custos de acidentes baseadas na novos processos de manufatura no
análise de cerca de 5.000 casos de empresas. período entre 1760 a algum momento
entre 1820 e 1840. Esta transformação
Segundo seu estudo, a ocorrência de uma lesão é o resultado incluiu a transição de métodos de
de uma série de eventos ou circunstâncias, que ocorrem em produção artesanais para a produção por
uma ordem lógica e fixa. Uma é dependente da outra, e uma só máquinas, a fabricação de novos produtos
ocorre se a outra já ocorreu. Isto constitui uma sequência que químicos e de processos de produção
pode ser comparada com uma fileira de dominós alinhados. A de ferro, maior eficiência da energia da
queda de uma peça precipita a queda das demais. Um acidente água, o uso crescente da energia a vapor
é apenas um fator na sequência. Dai, se a série for interrompida e o desenvolvimento das máquinas-
pela eliminação de um, ou vários fatores componentes, a lesão ferramentas, além da substituição da
possivelmente não ocorrerá. madeira e de outros biocombustíveis pelo
carvão. A revolução teve início no Reino
Considerando essa sequência de eventos que causam os Unido e em poucas décadas se espalhou
acidentes, Heinrich passou à discussão dos custos envolvidos para a Europa Ocidental e os Estados
nos acidentes. Ele qualificou como “custo direto” a quantia Unidos.
total dos benefícios pagos pelas companhias de seguro e como
“custo indireto” os gastos diretamente assumidos pelas A Revolução Industrial marca um divisor
empresas. Daí, ele definiu o “custo total” como a soma do custo de águas na história e quase todos os
direto mais o custo indireto. O resultado obtido foi a conhecida aspectos da vida cotidiana da época foram
relação 4:1, ou seja, o custo indireto, ou intangível, decorrente de influenciados de alguma forma por esse
um acidente, é equivalente a quatro vezes o custo direto. processo. Em particular, a renda média e a
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Esta conclusão é conhecida como “Iceberg de Heinrich”, pois crescimento sustentado sem precedentes
somente uma parte do custo total de um acidente se mostra históricos.
evidente em um primeiro momento.
20% - Custo
direto, ou visível
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Tomando como base 1500 empresas, Heinrich concluiu que, em média, acidentes da mesma espécie
ocorrendo 330 vezes resultariam em 1 lesão grave, 29 lesões leves e 300 acidentes sem lesões.
1 Lesão Grave
29 Lesões Leves
Pirâmede de Heinrich
Estes dados levaram Heinrich a duas conclusões de grande importância para os profissionais
prevencionistas.
Em 1976 Bird faz uma releitura do trabalho de Heinrich, discutindo a questão das perdas causadas por
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acidentes. Bird apresentou os resultados de uma pesquisa que realizou em 1969, consistindo em uma
análise de 1.753.498 acidentes de 297 empresas. Os resultados foram:
1 Acidente Grave
10 Acidentes Pouco Grave
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30 Danos Materiais
600 Quase Acidentes
Pirâmede de Bird
Neste novo modelo, o primeiro fator, na sequência de eventos, que poderia levar a uma perda de produção
é a falta de controle do gerenciamento, causado por planejamento inadequado, normas de planejamento
inadequadas e falhas no atendimento a normas.
A falta de gerenciamento permite a existência de certas causas básicas de incidentes que degradam a
operação do negócio. As causas básicas são frequentemente classificadas em dois grupos: fatores pessoais,
resultantes da falta de conhecimento ou habilidade, motivação inadequada e problemas físicos ou
mentais e fatores do trabalho, resultantes de normas inadequadas de trabalho, projeto ou manutenção
inadequada. Estas causas básicas representam a origem da perda (Atos Inseguros e Condições Inseguras).
2- Busque temas interessantes e atuais que tenham a ver com as atividades. Busque notícias, jornais,
acontecimentos, etc. Use a criatividade para envolver o grupo na discussão.
4- Faça um esquema de rodízio com os participantes do grupo. Por exemplo, cada dia um integrante
do grupo conduz o DDS.
5- Não faça DDSs muito rápidas ou demoradas.
Tente ficar entre 5 à 15 minutos.
As técnicas de análise de risco possibilitam a identificação dos perigos que podem afetar a saúde e
segurança dos trabalhadores, o meio ambiente e o patrimônio. Entendemos riscos como a combinação
entre a frequência ou a probabilidade de um evento indesejado e a consequência do mesmo, podendo ser
o risco moderado, crítico ou catastrófico, dependendo da severidade dos danos causados e da frequência.
Qualitativas Quantitativas
As informações partem do As informações partem de bancos
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As técnicas qualitativas, são assim denominadas porque grande parte de suas informações são baseadas
na experiência e conhecimento dos envolvidos do processo analisado, apesar de algumas vezes serem
utilizados bancos de dados para se definir a frequência ou probabilidade dos eventos indesejados. A
severidade de tais eventos não é calculada, podendo o grupo de análise adotar uma postura conservadora
ou pessimista em relação a essa classificação.
As técnicas quantitativas são avaliações de risco que buscam quantificar a vulnerabilidade da área analisada
e a consequência em termos de danos físicos as pessoas dentro e fora do processo, danos materiais e
ao meio ambiente. Para isso existem modelos matemáticos e simuladores que utilizam dados de campo
relativos a equipamentos, condições ambientais e variáveis que possibilitem representar o mais próximo
da realidade os danos causados por eventos indesejados.
(Análise dos
modos de falha, efeitos e severidade (FMECA). Na FMECA, cada modo de
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modos de
falha identificado é hierarquizado de acordo com a influência combinada da
falha e dos seus
efeitos) respectiva possibilidade de ocorrência e da severidade das suas
consequências.
Método da engenharia de sistemas utilizado para representar as combinações
FTA
lógicas dos vários estados do sistema e das causas que podem contribuir para
(Análise por
a ocorrência de um dado evento (denominado “evento de topo”).
árvore de
falhas) Trata-se de um modelo dedutivo que se contrapõe ao modelo indutivo da
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APR
A Análise Preliminar de Risco
A APR recebe uma maior importância por sua facilidade de implementação e por ser uma técnica eficaz
e consolidada nos processos de atividades que envolvem eletricidade e trabalhos de manutenção e
construção.
A análise preliminar de risco foi utilizada inicialmente na área militar, para identificação em sistemas de
mísseis que utilizavam combustível líquido, envolvendo perigo de explosão e incêndio, sendo uma forma
de prevenção e garantia da aplicação dos procedimentos.
Na indústria, a APR é utilizada em processos antes da realização de atividades que envolvam perigos
que possam causar acidentes graves. Existe a diferença entre Análise Preliminar de Risco (APR) e Análise
Preliminar de Perigo (APP), que no primeiro caso além de avaliar os perigos existentes é feita uma
qualificação dos riscos através da qualificação das frequências ou probabilidade de exposição aos perigos
e da gravidade das consequências dos acidentes ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores . Podemos
verificar em alguns casos a análise preliminar de tarefa, podendo haver qualificação do risco ou não, sendo
utilizada para tarefas específicas com objetivo de prevenção aos riscos envolvidos. A análise preliminar
de riscos é um técnica qualitativa de risco dedutiva, ou seja, ela inicia na identificação dos perigos, sendo
avaliada as causas, qualificação dos riscos e propostas para bloqueio e controle dos perigos.
Para realizar a APR é necessário um coordenador que conheça além da técnica, os conceitos de perigo
e dano, pois é comum haver confusão desses conceitos, podendo comprometer as recomendações
sugeridas na análise. Além do coordenador é necessário especialistas de áreas operacionais relacionadas
ao empreendimento para avaliar a operacionalidade das ações propostas .
A análise preliminar de risco pode ser feita com focos em segurança ou meio ambiente. A melhor opção é ser
feita integrada considerando os dois aspectos, porém é necessário uma visão integrada dos participantes,
o que não ocorre em muitos casos. A APR tem com principais vantagens a possibilidade de participação de
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um grupo multidisciplinar, a utilização de pouco tempo para análise e simplicidade da aplicação da técnica,
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podendo ser utilizada em áreas operacionais de forma preventiva antes da realização das tarefas.
As desvantagens são a dependência da percepção dos perigos no processo ou projeto por parte dos
envolvidos, que no caso de esquecimento de um perigo pode ocorrer um acidente por não haver ação de
controle ou bloqueio. Outra desvantagem é a utilização de uma análise feita para um processo, atividade,
projeto ou tarefa em outro parecido ou, no mesmo caso, em outro período não havendo nesse caso
discussão sobre os perigos e consequentemente conscientização da importância das ações e bloqueio,
sendo apenas o cumprimento de uma exigência gerencial.
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APR
Perigo Causas Consequências Frequência Severidade Risco Recomendações
As causas
As
Todo evento responsáveis
consequências
acidental ou pelo perigo
são os efetios
potencial para podem
dos acidentes Classificar
causar danos envolver A definir A definir Plano de Ação
envolvendo: severidade
às pessoas, tanto falhas
radiação
instalações ou de equip.
térmica, dose
meio ambiente como falhas
tóxica, lesão, etc
humanas
A partir da descrição dos riscos são identificadas as causas (agentes) e efeitos (consequências) dos mesmos,
o que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas
detectadas.
A priorização das ações é determinada pela caracterização dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial ou
maior for o risco, mais rapidamente deve ser preservada.
Fazer a medição do risco e analisar qual EPI será capaz de controlá-lo, a ponto de deixá-lo aceitável.
APR tem sua importância maior no que se refere à determinação de uma série de medidas de controle
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e prevenção de riscos, desde o início operacional do sistema, permitindo revisões de projeto em tempo
hábil, com maior segurança, além de definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.
a) Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas,
para determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido,
tomando como base a experiência passada.
b) Revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais
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funções e procedimentos, ambientes onde se darão as operações, etc. Enfim, consiste em estabelecer os
limites de atuação e delimitar o sistema que a missão irá abranger: a que se destina, o que e quem envolve.
d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de riscos, determinando para cada risco
principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados.
e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um apanhado de idéias para levantamento
dos meios passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que
compatíveis com as exigências do sistema.
f) Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes
para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os
riscos.
g) Indicação de quem será responsável pela execução das ações corretivas e/ou preventivas: Indicar
claramente os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando também, para
cada unidade, as atividades a desenvolver.
As APRs devem ser elaboradas de acordo com as atividades típicas da empresa em que se atua. Um
modelo de APR para uma prestadora de serviço deve ser diferente de uma para a indústria, devendo cada
uma atender a requisitos específicos de preenchimento conforme a atividade e riscos mais comumente
encontrados.
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Página 14
“
Com organização
e tempo, acha-se o
segredo de fazer tudo e
“
bem feito.
Pitágoras
CONTEÚDO
CONFORME
Portaria 598/04
N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 4
Medidas de Controle do Risco Elétrico
- Desenergização
- Aterramento Funcional, Proteção e Temporário
- Equipotencialização
- Secionamento Automático da Alimentação
- Dispositivos de Corrente de Fuga
- Extra Baixa Tensão
- Barreiras e Invólucros
- Bloqueios e Impedimentos
- Obstáculos e Anteparos
- Isolamento das Partes Vivas
- Colocação Fora do Alcance
- Separação Elétrica
CAPÍTULO 4
Medidassit incillaorper
de Controle do Risco Elétrico
sequat enit lum nos am zzriure
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Controlando os riscos 4
Desenergização
Os procedimentos 5
Aterramentos 10
Funcionais, de proteção e temporários
Equipotencialização
A proteção de equipamentos 19
Secionamento Automático
Os dispositivos de proteção 20
Dispositivos de Corrente de Fuga
Os famosos DRs 22
Extra Baixa Tensão
Eliminando o risco 24
Barreiras e Invólucros
Aumentando a segurança 25
Índice
Bloqueios e Impedimentos
Controlando a fera 27
Obstáculos e Anteparos
Dificultando o acesso ao risco 29
Isolamento das Partes Vivas
Choques em contatos acidentais 30
Colocação Fora do Alcance
Afastando o risco 31
Separação Elétrica
Os trafos isoladores 33
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Introdução
Controlando os riscos
Como visto anteriormente, todo trabalhador que desenvolve atividades em instalações elétricas ou suas
proximidades é submetido aos riscos elétricos, que podem ser: campo elétrico, arco elétrico ou choque
elétrico. Sendo assim, é necessária a adoção de medidas preventivas.
As medidas de controle do risco elétrico envolvem desde técnicas de análise de risco, documentação
sobre a instalação elétrica, unifilares, resultados de testes em equipamentos, testes de isolamento,
especificações de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e EPCs, (Equipamentos de Proteção Coletiva)
até procedimentos de segurança e medidas de proteção coletiva.
Para nos protegermos contra os riscos, algumas medidas de controle precisam ser adotadas. Estas medidas
serão abordadas na sequência. Esta capítulo trata sobre o controle da FERA!
CONTROLANDO
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A FERA
A desenergização é um procedimento estabelecido na NR-10, utilizado para garantir que a instalação não
será reenergizada por qualquer meio ou razão. A instalação desenergizada apresenta nível de segurança
muito superior ao da desligada, e impede principalmente a energização acidental, que pode ser causada
por exemplo:
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Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir:
Passo 1 - Secionamento
É o ato de realizar a abertura do circuito, promovendo a descontinuidade
elétrica total através do afastamento adequado entre as partes de
um circuito. Este procedimento é possível mediante o acionamento
de dispositivo apropriado (chave seccionadora, retirada de fusíveis,
afastamento de disjuntores de barras), acionado de forma manual ou
automática, de acordo com procedimentos específicos.
Chave secionadora MT
Kits de Bloqueio
Aterramento MT
Grampo de conexão
Todos os elementos energizados, situados na zona controlada, para que não possam ser acidentalmente
tocados, deverão receber isolação conveniente (mantas, calhas, capuz de material isolante, etc).
Kit de sinalização
10.5.2 o estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para
reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a sequência de procedimentos abaixo:
5 TODAS AS CHAVES KIRK ESTÃO NOS EQUIPAMENTOS? Além dos passos seguidos, pode ser utilizada
6 OS CABOS DE ALTA TENSÃO ESTÃO CONECTADOS E BEM PRESOS? uma etiqueta com check-list e a identificação
7 OS CABOS DE ALTA TENSÃO FORAM IDENTIFICADOS E LIGADOS CORRETAMENTE?
dos trabalhadores responsáveis pela
8 OS CABOS DE BAIXA TENSÃO ESTÃO CONECTADOS E BEM PRESOS?
desenergização.
9 OS CABOS DE BAIXA TENSÃO FORAM IDENTIFICADOS E LIGADOS CORRETAMENTE?
CONCLUSÃO
A CABINE ESTÁ LIBERADA PARA ENERGIZAÇÃO? SIM NÃO
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ASSINATURA
Aterramentos
Funcionais, de proteção e temporários
O aterramento é uma medida de proteção contra contatos indiretos, tendo como função o escoamento
para a terra das cargas elétricas indesejáveis.
Sua importância é indiscutível, visto que existem leis abordam o tema. A NR-10, no item 10.2.8.3, apresenta
a seguinte redação:
“O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida
pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.”
Aterramento Funcional
É a ligação à terra de um dos condutores do circuito de aterramento, cujo objetivo é o funcionamento
correto, seguro e confiável da instalação.
A função deste tipo de aterramento é de prover um caminho elétrico para atuação das proteções,
circulação das correntes de curto-circuitos e desequilíbrio, além de, reduzir sobretensões provocadas por
curto-circuitos e descargas atmosféricas.
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Aterramento de Proteção
É a ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação para proteção contra
choques elétricos por contatos indiretos. Por exemplo, os aterramentos de motores, chuveiro e demais
equipamentos.
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Cada sistema de aterramento reflete 3 escolhas Símbolos dos Sistemas de Aterramento NBR5410
técnicas:
Condutor Neutro (N)
Método de aterramento;
Disposição dos condutores de proteção; Condutor de Proteção (PE)
N = Massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é
normalmente o ponto neutro).
TN-C
O condutor neutro é também usado como condutor
de proteção e é designado como PEN (condutor de
proteção e neutro). Este esquema não é permitido
para condutores de seção inferior a 10mm² e para os
equipamentos portáteis.
TN-C
TN-S
Os condutores de proteção e neutro são separados.
O uso de condutores separados PE e N (cinco fios)
é OBRIGATÓRIO para circuitos de seção inferior a
10mm² para cobre e 16mm² para alumínio e em
equipamentos móveis.
TN-C-S
Os esquemas TN-C e TN-S podem ser usados na
mesma instalação. No esquema TN-C-S, o esquema TN-S e TN-C-S
TN-C não deve ser utilizado após o sistema TN-S. O
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IT (Neutro Isolado)
Nenhuma conexão intencional é feita entre o ponto neutro da fonte e a terra. Todas as partes condutoras
expostas e estranhas à instalação são ligadas ao eletrodo de terra.
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Na prática todos os circuitos têm uma impedância de fuga para a terra, já que nenhuma isolação é
perfeita. Em paralelo com esta resistência de fuga distribuída, há uma capacitância distribuida, e essas
partens juntas constituem a impedância normal para a terra.
Massas
IT
Sistema IT-Médico
Por volta de 1973, nos EUA, foi proposto a adoção de um sistema isolado para fornecimento de energia
elétrica em salas de cirurgia. Tal sistema ficou conhecido como sistema IT e está normalizado pelo IEC
60364-7-710 Ed. 1.0 b -”Electrical Installations of Buildings - Requirements for Special Installations or
Locations - Medical Locations, Part 710.413.1.5”, 2002. Este sistema tem a principal função de impedir
que uma primeira falha interrompa o fornecimento de energia durante a cirurgia.
A utilização de sistemas IT Médico aumenta a segurança para o paciente e para o corpo clínico, pois
a interrupção no fornecimento de energia elétrica em caso de uma falta é evitada, pois mesmo em
um caso de curto-circuito fase terra, por exemplo, um equipamento eletro médico pode ser usado
para auxiliar ou substituir, temporariamente ou permanentemente, funções vitais de um paciente.
Além disso, ocorre uma redução nas correntes de fuga circulando pelo condutor de proteção, o que
diminui a tensão de contato e consequentemente a intensidade de um choque elétrico acidental.
No Brasil as normas NBR 13534, item 5.1.3.1.4 e ANVISA RD-50, item 7.2.3.1, obrigam utilização do
esquema IT para locais GRUPO 2.
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TT (Neutro Aterrado)
Da mesma forma que o esquema TN, um ponto da
fonte é ligado diretamente à terra. Todas as partes
metálicas expostas e todas as partes metálicas
estranhas à instalação são ligadas a um eletrodo de
terra separado na instalação.
Observe-se que um “defeito“ pode dar origem a uma “falha“ e esta a uma “falta“, como pode
ocorrer com um cabo cuja isolação esteja defeituosa.
Aterramento Temporário
A manutenção em redes aéreas desligadas, nos apresenta à primeira vista como uma condição
APARENTEMENTE segura para a execução dos trabalhos. Entretanto, elas podem ser indevidamente
energizadas, por diversos fatores entre os quais enumeramos os mais comuns:
• Erros de manobra;
• Contato acidental com outros circuitos energizados;
• Tensões induzidas por linhas adjacentes;
• Descargas atmosféricas, mesmo que distantes do local de trabalho;
• Fontes de alimentação de terceiros.
Infelizmente os fatores acima não se constituem em fatos teóricos, ou mesmo impossíveis de ocorrer,
como muitas vezes o homem de manutenção tende a imaginar, pois a prática tem nos mostrado a sua
veracidade através dos inúmeros acidentes que ocorrem anualmente nas empresas de energia elétrica. O
aterramento e curto circuitamento temporário, como procuraremos observar a seguir, constitui-se
na principal proteção do homem nos trabalhos em redes desenergizadas, devendo ser considerado,
portanto, como sua PRINCIPAL FERRAMENTA DE TRABALHO.
Devem possuir grampos, conectores e cabos, dimensionados para suportar os esforços mecânicos
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gerados pelas correntes de curto circuito sem se desprenderem nas conexões ou se romperem. Devem
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manter por ocasião da corrente de curto-circuito à terra uma queda de tensão, através do conjunto de
aterramento, não prejudicial ao homem em paralelo com o mesmo.
Deve ser também prático e funcional ao serviço de manutenção, porém, observando-se antes de tudo,
as características acima, pois seria uma incoerência com os princípios de segurança, ter um conjunto de
aterramento e curto circuitamento temporário, que não ofereça a proteção adequada.
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O limite de sua resistência Ôhmica é por demais importante, pois em função de seu valor, poderemos ter
maior ou menor queda de tensão no local de trabalho. O cabo deve ser de cobre eletrolítico, ultra-flexível
e possuir isolamento 600V transparente (para que se possa ver a integridade do cabo).
Para dimensionarmos o cabo de aterramento e curto circuitamento devemos observar dois fatores básicos.
Condutividade e resistividade, cujos valores serão determinados em função da corrente de curto circuito
máxima do sistema onde será utilizado o conjunto de aterramento e curto circuitamento temporário.
a) CONDUTIVIDADE
Se a corrente de curto-circuito máxima em determinado sistema for de 10.000 A e se considerarmos
um tempo seguro de 30 ciclos para atuação do equipamento de proteção, teremos de acordo
com a tabela fornecida pelos fabricantes a indicação do cabo de 25mm², como suficientemente
dimensionado para conduzir a corrente acima sem fundir.
b) RESISTIVIDADE
Considerando o valor altamente seguro de 500 ohms para a resistência oferecida pelo corpo humano,
medida da palma de uma das mãos, à palma da outra mão ou do pé (excluídas as resistências de
contato) e a corrente de 100 mA como a máxima possível de ser suportada pelo homem, num
tempo máximo de 30 ciclos, teremos como limite de queda de tensão no local de trabalho 50 volts.
Ex.: 0,1 A x 500 ohms = 50 V.
Assim, no exemplo considerado, com uma corrente de curto-circuito de 10.000 A resistência máxima
admissível para o conjunto de aterramento e curto circuitamento temporário seria de 0,005 ohms.
Ex.: R = 50 V ÷ 10.000 A = 0,005 ohms.
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Aterramentos Temporários
Neste caso, não havendo necessidade de abertura de jumpers, chaves, etc., apenas um conjunto é
suficiente para oferecer a proteção adequada.
Não sendo possível a instalação do conjunto na estrutura de trabalho, deverão ser usados tantos conjuntos
quanto se fizerem necessários para isolar a zona de trabalho, os quais deverão ser instalados nas estruturas
mais próximas, em tantos quantos lados de fonte e de carga existam.
Apresentamos a seguir, esquemas unifilares de dois casos típicos de pontos da linha ou rede a serem
aterrados, caso não seja possível a instalação do conjunto na estrutura de trabalho.
Área de Serviço
Derivação Normal
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Certos cuidados devem ser tomados com o conjunto de aterramento temporário para tê-lo sempre
pronto para o uso. O cuidado adequado resultará não somente em vida prolongada do equipamento,
como também proporcionará maior segurança e inspirará maior confiança no pessoal que o utiliza.
Anualmente deve ser feito um teste de continuidade condutiva do cabo de aterramento, incluindo
conectores e grampos, de modo a ser comprovado se a sua resistência ôhmica está dentro dos valores
máximos permissíveis.
Antes de cada utilização do equipamento, deve-se verificar se existem fios partidos ou danos físicos no
cabo, principalmente próximo aos conectores.
A conexão entre os cabos e os grampos deve ser rígida e limpa. As áreas de contato devem ser limpas
frequentemente.
Limpeza dos bastões isolantes e inspeção quanto a existência de fissuras ou outros danos, além de ensaio
periódico de verificação do isolamento.
Os seus cabos e grampos devem ser depositados sobre uma lona estendida no chão, antes de sua conexão
ao sistema a ser aterrado, de forma a não sofrerem os efeitos de seu contato direto com o solo.
Atenção!
Todo conjunto de Aterramento Temporário que for submetido a uma corrente de curto-circuito, não
deverá ser novamente utilizado para fins de aterramento.
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Equipotencialização
A proteção de equipamentos e pessoas
Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. Conforme o item 6.4.3.1.5.
da NBR 5410/2004, um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, desde que esteja
instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores de fase e a bitola do cabo seja dimensionada
adequadamente.
Convém lembrar que a NBR 5410 proíbe utilizar as canalizações de gás, de água e de outros serviços como
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Outro dado importante a ser mencionado é que a NBR 5410 inclui, expressamente, entre os elementos
que devem figurar na ligação equipotencial principal, o eletrodo de aterramento do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas (“para-raios” predial) da edificação e o da antena externa de televisão —
diretamente ou via eletrodo de aterramento comum, quando de fato o sistema de para-raios e a antena
utilizarem um eletrodo de aterramento comum ao do sistema elétrico.
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Secionamento Automático da
Alimentação
Os dispositivos de proteção
O seccionamento automático destina-se a evitar que uma tensão de contato mantenha-se por um tempo
que possa resultar em perigo para as pessoas.
O dispositivo irá atuar somente se a corrente for superior ao valor ajustado, considerando o tempo de
exposição. O curto-circuito para que o dispositivo atue pode ser o contato entre a parte viva e massa, parte
viva e condutor de proteção e ainda entre partes vivas. Os disjuntores (independente do nível de tensão),
são exemplos de seccionamento automático.
No esquema TN-S, é possível utilizar tanto o dispositivo a sobrecorrente quanto o dispositivo a corrente
diferencial-residual.
Já no esquema TT, só é possível utilizar, na proteção por seccionamento automático, dispositivos a corrente
diferencial-residual.
Quanto ao esquema IT, convém lembrar, inicialmente, que a definição do tipo de dispositivo é a mesma
aplicável ao esquema TN ou TT, dependendo da forma como as massas estão aterradas. Quando as
massas são aterradas individualmente, ou por grupos, aplicam-se as regras prescritas para o esquema TT
— portanto, dispositivos DR. Quando todas as massas são interligadas (massas coletivamente aterradas),
valem as regras do esquema TN — portanto, dispositivo a sobrecorrente ou dispositivo DR.
Independentemente do esquema de aterramento, TN, TT ou IT, o uso de proteção DR, mais particularmente
de alta sensibilidade (isto é, com corrente diferencial-residual nominal Idn igual ou inferior a 30 mA), tornou-
se expressamente obrigatória, com a edição de 1997 da NBR5410, nos seguintes casos:
Os dispositivos a corrente de fuga permitem o uso seguro e adequado da eletricidade reduzindo o perigo
às pessoas, além de perdas de energia e danos às instalações elétricas.
As correntes de fuga provocam riscos as pessoas, aumento de consumo de energia, aquecimento indevido,
destruição da isolação, podendo até ocasionar incêndios dependendo da situação. Os efeitos citados
podem ser interrompidos e monitorados por meio de um Dispositivo DR, Módulo DR ou Disjuntor DR.
Os Dispositivos DR (Diferencial Residual) protegem contra os efeitos nocivos das correntes de fuga à terra
garantindo uma proteção eficaz tanto à vida dos usuários quanto aos equipamentos.
Os Dispositivos cujo valor da corrente nominal residual vão até 30mA, são destinados fundamentalmente
à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA
ou superiores, são destinados apenas a proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes
de fuga à terra, tais como consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios.
A Norma Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão – ABNT NBR 5410, define claramente a proteção
de pessoas contra os perigos dos choques elétricos que podem ser fatais, por meio do uso do Dispositivo
DR de alta sensibilidade (30mA).
Dispositivo DR ou Interruptor DR
Disjuntor DR
Módulo DR
O gráfico abaixo indica as zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas - IEC 60479-1 (percurso
mão esquerda ao pé).
Tempo (ms)
IEC479 1
10000
Zona 1 (AC-1)
5000 Habitualmente nenhuma reação.
3000 Zona 2 (AC-2)
1000 Efeitos fisiológicos geralmente não
500
danosos.
AC-1 AC-2 AC-3 AC-4 Zona 3 (AC-3)
200
Efeitos fisiológicos notáveis (parada
100 cadíaca, respiratória, contrações
50 musculares) geralmente reversíveis.
20 Zona 4 (AC-4)
Elevada probabilidade de efeitos
10
fisiológicos graves e irreversíveis
0.1
0.2
0.5
1
2
5
10
20
50
100
200
500
1000
5000
10000
2000
(fibrilação e parada respiratória.
Corrente (mA)
A limitação no emprego de tais dispositivos reside no fato de que não podem ser empregados para proteger
instalações ou equipamentos elétricos, que apresentem, sob condições normais de operação, correntes
de fuga de valor superior aquele de operação do dispositivo, como ocorre com equipamentos, tais como,
aquecedores elétricos de água (chuveiros, torneiras de água quente, etc.), portanto para que seja possível
a utilização de dispositivos DR nestes equipamentos, é necessário que o próprio equipamento, no caso
aquecedores, sejam construídos de tal forma que a correte de fuga seja pequena. Estas características são
facilmente identificadas através das especificações fornecidas pelos fabricantes.
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Sendo:
F1 – Dispositivo DR
T – Transformador Diferencial
L – Disparador Eletromagnético
R – Carga
A – Fuga à terra
IF – Corrente secundária residual
A extra baixa tensão contempla a medida de controle que não utiliza condutores de proteção, com isso
não há como ocorrer o secionamento automático da alimentação quando da circulação de uma corrente
de curto entre a fase e a massa do circuito.
A característica principal desta medida de proteção é que mesmo durante o contato com partes
energizadas da instalação, não há circulação de correntes danosas pelo organismo humano.
De acordo com a norma NBR 5410/2004, a Extra Baixa Tensão, do inglês Extra-Low Voltage, é dividida em
“SELV - Separated Extra-Low Voltage” e “PELV - Protected Extra- Low Voltage”.
1. SELV: Sistema de extra baixa tensão que é eletricamente separada da terra de outros
sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque
elétrico.
2. PELV: Sistema de extra baixa tensão que não é eletricamente separado da terra mas que
preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.
Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas. Os circuitos PELV podem ser
aterrados ou ter massas aterradas.
• Limitação da tensão; ou
• Isolação básica ou uso de barreiras ou invólucros.
Contínua 120 V 60 V 30 V
Máxima tensões de contato em função do estado da pele do indivíduo
Barreiras e Invólucros
Aumentando a segurança
As barreiras e invólucros são destinados a impedir qualquer contato de pessoas ou animais com partes
energizadas das instalações elétricas, devendo ser robustas, fixadas de forma segura e que tenham
durabilidade, tendo como fator de referência o ambiente em que está inserido. Estas barreiras ou
invólucros somente podem ser removidos com chaves ou ferramentas apropriadas. Telas de proteção
com parafusos de fixação e tampas de painéis são exemplos destes dispositivos.
As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que garantam grau
de proteção.
Quando o invólucro ou barreira compreender superfícies superiores, horizontais, que sejam diretamente
acessíveis, elas devem garantir grau de proteção mínimo.
Estas barreiras ou invólucros devem satisfazer a ABNT NBR IEC 60529-2005 (Graus de proteção para
invólucros de equipamentos elétricos código IP), norma que define condições exigíveis aos graus de
proteção providos por invólucros de equipamentos elétricos e especifica os ensaios de tipo para verificação
das várias classes de invólucros.
Corpos Sólidos
Água
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Instalações onde ocorrem presença de materiais inflamáveis devem ser projetadas, operadas e mantidas
de tal forma que qualquer liberação de material inflamável, e a consequente extensão da área classificada,
seja a menor possível.
O processo de classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente onde possa ocorrer
uma atmosfera inflamável, de modo a possibilitar a seleção adequada e instalação de equipamentos com
segurança compatível com o risco do ambiente, levando em conta os grupos de gás e suas classes de
temperatura.
Na maioria dos locais onde os produtos inflamáveis são utilizados, é difícil assegurar que jamais ocorrerá
a presença de uma atmosfera explosiva de gás. Pode também ser difícil assegurar que os equipamentos
jamais se constituirão em fontes de ignição. Entretanto, em situações onde exista uma alta probabilidade
de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, a confiabilidade é obtida pelo uso de equipamentos
que tenham uma baixa probabilidade de se tornarem fontes de ignição. Por outro lado, onde houver uma
baixa probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, pode-se utilizar equipamentos
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Bloqueios e Impedimentos
Controlando a fera
Para trabalhos em linha viva, é obrigatório o bloqueio dos equipamentos de religamento, pois se
eventualmente houver algum acidente, um contato ou uma descarga indesejada, o circuito se desliga
através da abertura do equipamento de proteção, desenergizando-o e não religando automaticamente.
Essa ação é denominada “bloqueio” do sistema de religamento automático e possui um procedimento
especial para sua execução.
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Etiquetas de sinalização
Além desta sinalização temporária, é de suma importância que as fontes de energia de uma instalação
possuam uma sinalização contemplando os riscos presentes em sua operação.
Esta sinalização deve contemplar os riscos de choque elétrico (nível de tensão e distâncias), riscos de
arco (nível de emissão de energia e distâncias), qualificação dos profissionais, procedimentos, origem do
circuito, entre outras. Abaixo um exemplo que pode ser implementado nas instalações:
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Obstáculos e Anteparos
Dificultando o acesso ao risco
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato que
pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o obstáculo.
Os obstáculos devem impedir uma aproximação física não intencional das partes energizadas, ou
contatos não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre o equipamento, estando o
equipamento em serviço normal.
Eles podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave, mas devem ser fixados de forma a impedir
qualquer remoção involuntária.
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Os isolamentos são elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de eletricidade)
que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que estão energizadas, para que os
serviços possam ser executados com efetivo controle dos riscos pelo trabalhador. Esta proteção deve ser
garantida por uma isolação capaz de suportar as diversas solicitações a que estas partes condutoras são
submetidas, como mecânica, elétrica, química e térmica.
• Isolação básica: corresponde aquela aplicada a partes vivas para assegurar o mínimo de
proteção contra choques elétricos;
• Isolação suplementar: é uma isolação adicional e independente da isolação básica, destina a
assegurar proteção contra choques elétricos no caso de falha da isolação básica;
• Dupla isolação: composta por isolação básica e suplementar.
Classe 0
Somente Isolação Básica (Não recomendada). Proteção de
acordo com a proteção de isolação básica, sem proteção das
partes vivas.
Classe 01
Possuem proteção de isolação básica em todas as partes vivas,
e também terminais para aterramento das massas.
Classe 1
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Classe 2
Isolação Básica + Isolação Suplementar (Dupla Isolação).
Classe 3
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A proteção parcial por colocação fora do alcance destina-se a impedir os contatos acidentais com as
partes vivas.
Devem ser verificadas as distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas a operação e/
ou manutenção, quando for assegurada a proteção parcial por meio de obstáculos.
Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar fora da zona de
alcance normal.
Pode ser verificado na NBR-5410 orientações sobre esta medida preventiva, conforme figura a seguir:
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Distância entre obstáculos, entre punhos, volantes, alavancas de dispositivos elétricos, entre obstáculos
e parede, etc: 700 mm;
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Se o componente da instalação é acessível, então não pode ser perigoso, se é perigoso, não
pode ser acessível, ou seja, deve ser colocado fora de alcance.
Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção desprovidas de
qualquer proteção contra contatos diretos
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Separação Elétrica
Os trafos isoladores
Uma das medidas de proteção contra choques elétricos previstas na NBR 5410, desde a edição de 1980, é
a chamada “separação elétrica.” Ao contrário da proteção por seccionamento automático da alimentação,
ela não se presta a uso generalizado, portanto isso seria inviável, na prática. Pela própria natureza, é uma
medida de aplicação mais pontual.
Para haver corrente elétrica em um circuito, é necessária a existência de uma diferença de potencial e
um caminho fechado que permita a passagem da corrente elétrica, suspendendo qualquer uma destas
condições irá ocorrer a interrupção da corrente elétrica.
A proteção por separação elétrica elimina o caminho de circulação da corrente elétrica pela terra, caso
alguma pessoa venha a entrar em contato com algo energizado. Para isto é utilizado na instalação um
transformador de separação onde, tanto o circuito primário, quanto o secundário, não são ligados a terra.
Com isso, entre os circuitos primário e secundário, não há nenhum caminho elétrico que permita a
passagem de corrente elétrica de fuga que possa causar o choque.
N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 5
Regulamentações e Normas
Técnicas Brasileiras
- Regulamentações da Secretaria de Trabalho
- Perfil do Trabalhador
- Normas Técnicas Brasileiras
CAPÍTULO 5
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Regulamentações
As Normas Regulamentadoras 3
Perfil do Trabalhador
Qualificação, Capacitação, Habilitação 7
e Autorização
Regulamentações
As Normas Regulamentadoras
Dados Históricos
A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, foi instituída no dia 1° de maio de 1943, pelo então presidente
Getulho Vargas.
Na origem da CLT havia um capítulo específico sobre os critérios da higiene e Segurança do Trabalho.
Em 1977, este capítulo passou a se chamar Da Segurança e da Medicina do Trabalho através da lei
6.514. Nesta lei continuou sendo abordadas as questões referentes às instalações elétricas, sendo
indicado abaixo os artigos:
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Art 180: Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar
instalações elétricas.
Art 181: Os que trabalham em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem estar
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Após a promulgação da lei, especialistas deveriam ter eleborado as Regulamentações, que foram
criadas no ano seguinte, 1978, sendo criadas 28 Normas Regulamentadoras, dentre elas a NR° 10 –
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (reproduzida na Íntegra no Apêndice B - versão
atual).
Normas Regulamentadoras
No apêndice A é apresentada uma breve descrição de cada uma das 36 Normas Regulamentadoras publicadas
pela Secretaria de Trabalho.
GOVERNO
O que fazer
NR-10 (Requisitos Mínimos e
REGULAMENTO Essenciais)
SOCIEDADE
Normas Regulamentadoras (O que fazer!) Vs Normas Técnicas (Como fazer!)
As atuações diretas com a eletricidade são fáceis de serem definidas, no entanto a atuação indireta
exige uma análise mais apurada de cada situação, pois trabalhadores de outras áreas, como por
exemplo a mecânica ou civil podem ter o contato com a eletricidade.
Para os casos mais simples foram criados dois itens específicos na NR-10, conforme apresentados
abaixo:
10.6.1.2. As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa
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Fica claro que a NR-10 é aplicada à empresas de energia, geradoras, transmissoras, e distribuidoras,
bem como demais instalações elétricas como, indústrias, comércios, empresas públicas, etc.
A NR-10 deve ser seguida para qualquer atividade realizada em instalações elétricas e suas
proximidades.
Alta Tensão
AT
Alta Tensão
1.500Vcc
AT
1.000Vac
Baixa
Tensão BT
Baixa
Tensão BT
120Vcc
50Vac
Extra Baixa Extra Baixa
Tensão EBT
Tensão EBT
0Vac 0Vcc
Corrente Corrente
Alternada Contínua
Níveis de tensão estabelecidos pela NR-10
Além das NRs brasileiras uma norma muito comentada hoje em dia é a
OHSAS18001. A OHSAS 18001 consiste em uma série de normas britânicas
para orientação de formação de um Sistema de Gestão e certificação da
segurança e saúde ocupacionais (SSO). É uma ferramenta que fornece
orientações sobre as quais uma organização pode implantar e ser avaliada,
com relação aos procedimentos de saúde e segurança do trabalho.
OHSAS é uma sigla em inglês para Occupational Health and Safety Assessment Services, cuja
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Perfil do Trabalhador
Qualificação, Capacitação, Habilitação e Autorização
• Qualificado;
• Habilitado;
• Capacitado;
• Autorizado.
Qualificado
Qualificado, é o trabalhador que conclui algum curso na área elétrica reconhecido
pelo Sistema Oficial de Ensino, por exemplo (MEC), conforme o item 10.8.1 da
norma.
Habilitado
Somente após estar qualificado, o trabalhador poderá ser habilitado, ou seja, CREA
deve concluir um curso específico da área elétrica no sistema oficial de ensino e
dispor de um registro em seu conselho de classe, por exemplo (CREA).
Capacitado
Capacitado, é o trabalhador que não necessita de nenhum pré-requisito, ou
seja, precisa somente atender a duas condições, estar capacitado e trabalhar
sob orientação de outro profissional, conforme o item 10.8.3.
Autorizado
Autorizado, para ser um trabalhador autorizado o profissional primeiramente
deve ser qualificado, ou habilitado, ou capacitado e também deve atender aos
seguintes requisitos:
10.8.5. A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo
conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4.
Para a identificação dos funcionários autorizados, a empresa pode utilizar algum destaque no crachá
ou no uniforme dos profissionais.
O treinamento citado no item 10.8.8 refere-se ao curso básico de NR-10 com carga horária mínima
de 40 horas, e o conteúdo programático definido no anexo III da NR-10.
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10.8.8.2. Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma
das situações a seguir:
Para os trabalhadores que executem atividades em áreas sujeitas a risco de explosão, deve realizar
um treinamento específico, conforme item 10.8.8.4.
Formação Formação
Sistema Oficial de Ensino Empresa
Qualificado
Recebe Capacitação dirigida e
Profissão Ocupação específica e trabalha sob
responsabilidade de um
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profissional habilitado
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Registro CREA
Capacitado
Habilitado
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AUTORIZADO
A norma NR-10 estabelece que para a realização de qualquer atividade em uma instalação elétrica
devem ser observadas as normas técnicas. A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, tem
como suas principais normas relacionadas à instalações elétricas:
Essa norma estabelece todos os requisitos para projetos de novas / reformas de instalação elétrica.
Os principais itens da norma são:
Por outro lado, não fazem parte do escopo desta norma instalações de:
• Tração elétrica;
• Veículos automotores;
• Embarcações e aeronaves;
• Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida em que não
comprometam a segurança das instalações;
• Iluminação pública;
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Essa norma estabelece todos os requisitos para projetos de novas/reformas de instalações elétricas
e as instalações de caráter permanente ou temporário. Os principais itens da norma são:
• Equipamentos de proteção e suas funções que devem ser instalados de acordo com a
potência do(s) transformador(es) existente(s);
• Critério de dimensionamento dos cabos de fase, neutro e proteção elétrica;
• Tipos de configuração do aterramento funcional existentes;
• Corrente máxima admissível para cada bitola de cabo, dependendo do material da isolação
e do seu modo de instalação;
• Sistemas de proteção contra sobrecorrente, mínima tensão, sobretensão, inversão de fase,
choque elétrico, contra fuga de liquido isolante e contra perigos resultantes por falta por
arco;
• Requisitos de verificação final após construída, ensaios, além de requisitos de manutenção
e operação.
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Cabines Primárias
As instalações especiais, tais como marítimas, de tração elétrica, de usinas, pedreiras, luminosas com
gases (neônio e semelhantes), devem obedecer, além desta Norma, às normas específicas aplicáveis
em cada caso.
A Resolução 414:2010 da ANEEL define “Ponto de Entrega” como sendo a conexão do sistema elétrico
da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a propriedade
onde esteja localizada a unidade consumidora.
Todos os itens da norma podem ser aplicados na construção e manutenção das instalações elétricas
de média tensão de 1,0kV a 36,2 kV a partir do ponto de entrega definido pela legislação vigente,
incluindo as instalações de geração e distribuição de energia elétrica. Devem considerar a relação
com as instalações vizinhas a fim de evitar danos às pessoas, animais e meio ambiente.
atmosférica.
• Sistemas ferroviários;
• Sistemas de geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica externos às estruturas;
• Sistemas de telecomunicação externos às estruturas;
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A norma brasileira sobre SPDA, a NBR 5419 - 2015, foi reformulada pelo Comitê Brasileiro
de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (COBEI), e tem como base a IEC -
International Electrotechnical Commission - 62305 (partes 1 à 4).
1. Princípios Gerais;
2. Gerenciamento de Risco;
3. Danos Físicos às Estruturas e Perigo à Vida;
4. Sistemas Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura.
A primeira parte da norma irá tratar sobre os conceitos e teorias envolvidas na proteção contra
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descargas atmosféricas, tratando de modo genérico como esta proteção deve ser executada e
facilitando a compreensão do restante da norma.
Estas informações serão novas, pois na atual norma não existe correspondência à este novo texto.
Parte 2
Este capítulo trata sobre a Análise de Risco que envolve a determinação de parâmetros para o
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Esta parte terá 6 capítulos e 6 anexos, mostrando que a análise será muito mais abrangente e
completa que a atual, o que vai exigir mais atenção e habilidade dos Engenheiros projetistas.
Esta análise é o ponta-pé inicial de qualquer projeto de proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas, morando aí sua importância.
Parte 3
A parte 3 é a que trata das dimensões, materiais, padrões construtivos, métodos de cálculo,
envolvendo tanto a parte externa quanto interna das estruturas. É nesta parte que se definem os
captores, os métodos de descida e o aterramento.
Esta terceira parte tem relação com praticamente todo o texto atual da NBR5419, morando aí sua
maior revisão, já que os demais capítulos estão sendo adicionados à norma atual.
Uma das alterações será a alteração da nomenclatura “Nível de Proteção” para “Classe de SPDA”,
permanecendo a mesma classificação (I, II, III e IV), de acordo com a análise de risco realizada no
capítulo 2.
Parte 4
10.1.2 ..... observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes
e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.
ISO
A Organização Internacional para Padronização (em inglês: International Organization
for Standardization), popularmente conhecida como ISO é uma entidade que congrega
as comunidades de padronização/normalização de 170 países.
IEC
A Comissão Eletrotécnica Internacional (em inglês: International Electrotechnical
Commission, IEC) é uma organização internacional de padronização de tecnologias
elétricas, eletrônicas e relacionadas. Alguns dos seus padrões são desenvolvidos
juntamente com a Organização Internacional para Padronização (ISO). A sede da IEC,
fundada em 1906, é localizada em Genebra, Suíça.
JSA
A Japanese Standard Association é uma entidade normativa japonesa, formada
através da fusão da Dai Nihon Aerial techbikigy Association e a Japan Management
Association, incorporada pelo Ministro da Indústria e Comércio em 6/12/1945. Seu
objetivo é “educar o público sobre a padronização e unificação dos padrões industriais,
e, assim, contribuir para a melhoria da tecnologia eo aumento da eficiência da
produção.”
DIN
Deutsches Institut für Normung (DIN) (em português: Instituto Alemão para
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ASTM
ASTM International (ASTM), originalmente conhecida como American Society for
Testing and Materials, é um órgão estadunidense de normalização. A ASTM desenvolve
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e publica normas técnicas para uma ampla gama de materiais, produtos, sistemas
e serviços. A sede da organização está em West Conshohocken, Pensilvânia, cerca
de 5 milhas (8 km) a noroeste de Filadélfia. ASTM, fundada em 1898, precede outras
organizações, tais como BSI (1901), DIN (1917) e AFNOR (1926), porém, diferentemente
destas, não é um organismo nacional de normalização, papel exercido pela ANSI nos
EUA. No entanto, ASTM tem um papel dominante entre os padrões de desenvolvedores
NFPA
A NFPA, National Fire Protection Association, é uma organização sem fins lucrativos
dos Estados Unidos, com escritório em diversos países, cujo objetivo é estabelecer
normas e padrões para prevenção contra incêndio. Coordena e publica a elaboração de
mais de 300 normas, além de possuir mais de 70.000 associados ao redor do mundo.
As normas elaboradas pela NFPA são a base para os testes de certificação de vários
laboratórios, entre eles a FM Approvals, UL (Underwriters Laboratories), entre outros.
ANSI
American National Standards Institute (“Instituto Nacional Americano de Padrões”),
também conhecido por sua sigla ANSI, é uma organização particular estado-unidense
sem fins lucrativos que tem por objetivo facilitar a padronização dos trabalhos de
seus membros.
Segundo a própria organização, o objetivo é melhorar a qualidade de vida e dos
negócios nos Estados Unidos. São conhecidos por terem inúmeros padrões, entre
eles o ANSI C que serve como guia na escrita de compiladores e de programas nesta
linguagem de programação. Por ser uma entidade padrão de uma economia forte ,
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CAPÍTULO 6
Equipamentos de Proteção Coletiva
e Individual
- EPCs
- EPIs
CAPÍTULO 6
EPCs e EPIs
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É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
EPCs
Equipamentos de Proteção Coletiva 3
EPIs
Equipamentos de Proteção Individual 7
EPCs e EPIs
EPCs
Equipamentos de proteção coletiva
Equipamentos de Proteção
Para que os trabalhos sejam executados de forma segura é indispensável a utilização dos Equipamentos
de Proteção. Estes equipamentos podem ser do tipo coletivo ou individual.
O EPC deve ser usado prioritariamente ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), por exemplo,
em situações de ruído, a primeira alternativa a ser utilizada para reduzir o risco físico devido ao ruído
é um sistema de enclausuramento acústico, por proteger de forma coletiva os trabalhadores. Somente
quando esta condição não for possível, deve ser utilizado protetores auditivos como EPI para proteção dos
trabalhadores.
A NR-10, no item 10.2.8 (MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA) estabelece que em todos os serviços executados
em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva
aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança
e a saúde dos trabalhadores.
Exemplos de EPCs
Fitas de demarcação reflexivas - Delimitação e isolamento de áreas
de trabalho.
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Neste caso, não havendo necessidade de abertura de jumpers, chaves, etc., apenas um conjunto é
suficiente para oferecer a proteção adequada.
Área de Serviço
Os bastões deverão ser limpos diariamente, antes e depois do serviço, com um pano de limpeza tratado
com silicone apropriado para tal fim. As coberturas de borracha (lençóis, cobertura para condutor, etc.)
deverão ser lavadas com água e sabão neutro e colocadas em seguida para secar a sombra. Não deverão
ser usados derivados de petróleo, nem detergentes para limpeza destes equipamentos. As luvas e
mangas isolantes deverão ser lavadas, após o serviço, com água e sabão neutro (sabão de coco). Depois
de secas à sombra, deverão receber aplicação de talco industrial. As coberturas termoplásticas poderão
ser lavadas com água e sabão comum e, havendo necessidade, pode-se esfregar com bastante fricção.
Na limpeza deste equipamento deverão ser evitadas as utilizações de compostos químicos do tipo da
acetona, thiner e tricloroetileno.
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As plataformas isolantes não deverão ser lavadas com água e sabão comuns, devido a sua superfície
antiderrapante, sua limpeza deverá ser feita com acetona industrial. Os isótropos de nylon e cordas de
poly-dracon deverão ser lavados com sabão neutro, deixando-os de molho por 1 hora e colocando-os
em seguida para secar ao sol. Para limpeza de sujeiras em geral, deverão ser utilizados água e sabão
neutro.
Na existência de manchas ou contaminação da superfície dos bastões com (óleo, graxa), estes deverão
ser limpos com acetona industrial aplicada com tecido de algodão cru, e posteriormente, restaurador
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de brilho. O serviço deve ser realizado em local ventilado e seco. Após a limpeza, os bastões deverão
ser colocados para secagem em local apropriado (isentos de poeira e raios ultravioletas). Esta secagem
poderá ser obtida com um pernoite em tempo seco ou então por um período mais curto, em uma estufa
apropriada. Quando os bastões tiverem partes metálicas, estas deverão ser lubrificadas, moderadamente
com lubrificantes anticorrosivos e não tóxicos. Usar óleo fluido dispersante para lubrificação das peças.
EPIs
Equipamentos de proteção individual
Equipamentos de Proteção Individual ou EPIs, destinados para utilização em instalações elétricas de Baixa
e Alta Tensão, são quaisquer meios ou dispositivos utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos
ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.
A NR-10, no item 10.2.9 (MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) estabelece que os EPIs devem ser utilizados
somente se houver impossibilidade do uso de Proteção Coletiva.
Sendo os EPCs tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, os quais
devem atender os critérios de:
Condutibilidade
Inflamabilidade
Influências eletromagnéticas
A NR-10 estabelece que o equipamento de proteção deve atender os requisitos da NR-6 (Equipamentos
de Proteção Individual ). A NR-6 estabelece as exigências legais para Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) para proteção dos trabalhadores contra riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
NR-6
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A empresa deve fornecer uniformes de trabalho, não sendo permitidas vestimentas com peças metálicas
(fechos, tachas, rebites) que possam causar curtos-circuitos, ou feitas de materiais facilmente inflamáveis. É
proibido o uso de adornos pessoais em instalações elétricas (colares anéis, pulseiras, relógios), para evitar
acidentes por contatos com partes energizadas, ou outros tipos de acidentes.
serviço, quanto às precauções a serem tomadas Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado
no sentido de evitar acidentes do trabalho ou a recusa injustificada:
doenças profissionais. A observância das instruções expedidas pelo
empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPI’s fornecidos pela empresa.
Conservadas em boas condições e quando corretamente usadas, oferecem proteção contra choques
elétricos, queimaduras, lesões sérias ou morte, permitindo assim, que o trabalho seja realizado em linha
viva.
O cuidado e o uso adequado destes produtos são essenciais para a segurança do usuário. As luvas
devem ser inspecionadas visualmente no mínimo uma vez ao dia. Cada inspeção deve incluir o interior
e a superfície externa.
As luvas podem ser danificadas por produtos químicos, especialmente à base de petróleo, com óleos,
gasolina, fluído hidráulico, inibidores, cremes, massas e pomadas. Se houver contato com esses ou outros
produtos, a contaminação deve ser limpa imediatamente usando-se sabonete neutro. Depois de lavadas,
devem ser enxaguadas minuciosamente com água limpa e secas ao ar.
Se algum sinal de dano físico ou deterioração for observado, como inchamento, amolecimento,
endurecimento, pegajosidade, deterioração por ação de ozônio ou luz solar, não deverão ser utilizadas.
As luvas isolantes de borracha devem ser usadas sempre com luvas protetoras de couro e ambas precisam
ser inspecionadas na mesma época.
Deve-se ficar atento quanto à existência de partículas metálicas, fios de elétricos, incrustações, materiais
abrasivos ou qualquer substância que possa causar perfuração, abrasão, contaminação ou deterioração.
Sempre manter uma distância adequada entre a extremidade do protetor e a orla da luva de borracha,
com a finalidade de prevenir a ocorrência de descarga elétrica.
As instruções acima não servem como uma total advertência contra todo risco possível e devem ser
distribuídas ao usuário de luvas de borracha e não apenas aplicadas em testes de laboratórios ou
armazenagem.
00 500 Bege
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0 1.000 Vermelho
1 7.500 Branco
2 17.000 Amarela
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3 26.500 Verde
4 36.000 Laranja
Em adição à luva de borracha temos uma luva de cobertura que tem por
finalidade a proteção mecânica da borracha. Normalmente é conhecida por
luva de vaqueta. Pode ter em adição mais uma luva em tecido resistência à
chamas.
Lavar com água. Manter em local protegido da ação direta dos raios solares
ou quaisquer outras fontes de calor. Secar a sombra e nunca molhar o forro.
Mangas Isolantes
As Mangas Isolantes de Borracha, assim como as luvas, são produzidas especialmente como isolante
elétrico aos trabalhadores do setor elétrico, para proteção dos braços e ombros.
As Mangas são fabricadas com composto de borracha natural de alta qualidade e atendem à Norma
ASTM, D1051, Classe 2 ( 20000 volts), Tipo II, estilo ‘B’. Possuem alças e botões e são comercializadas nos
tamanhos médio e grande.
Todas as Mangas devem ser testadas e inspecionadas antes de chegar ao consumidor final, para garantir
a conformidade com os requisitos da norma e a segurança necessária.
Botas Isolantes
São fabricadas com material similar a das luvas de borracha isolante. Este
tipo de bota protege os trabalhadores contra tensões de passo e toque em
uma zona de trabalho.
Botina de Couro
Lavar com água e sabão neutro. Secar interna e externamente com papel
toalha ou pano. Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de
raios solares, produtos químicos, solventes, vapores e fumos. Não dobrar
para não deformar.
Perneira de Segurança
Via de regra, fabricantes de capacetes que utilizam padrões de qualidade aceitos internacionalmente,
tem como matéria prima básica o Polietileno de Alta Densidade na fabricação dos cascos.
O polietileno é um composto de combustão lenta e é resistente aos raios ultravioletas, à ação da água e
possui ainda alta resistência mecânica.
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O mercado oferece modelos de cascos aba frontal Classe “B”, para serviços gerais INCLUSIVE energia
elétrica, com fendas (Slot) nas abas laterais que possibilitam o acoplamento de acessórios sem a
perfuração do casco.
Classe A
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Classe B
Se aplicam a trabalhos com energia elétrica
Todo capacete deve ser identificado na parte inferior da aba, com o nome do fabricante, a classe, o C.A.
e a data de fabricação.
É obrigatória a utilização de capacetes classe “B” em trabalhos com energia elétrica, mesmo em baixa
tensão, ainda que em sistemas não energizados.
Tão importante quanto o casco é a suspensão, formada pela carneira e cintas, fabricadas preferencialmente
em tecido, não em plástico rígido.
Projetos da Suspensão no formato de duplos cintos permitem que os mesmos sejam sustentados pelo
casco e não pela carneira. O deslizamento dos cintos funciona como amortecedor em eventual impacto.
Um conjunto de suspensão deficiente pode causar graves lesões na região cervical, no caso de impacto
na parte superior do capacete.
A distância entre a face interna do casco e a parte externa dos cintos não deve, por norma, ser menor
do que 6 mm, nem maior que 9 mm, quando a carneira (suspensão) estiver nos seus pontos de ajuste
máximo e mínimo, respectivamente.
A norma recomenda, ainda, que se utilize uma tira absorvente de suor, fabricada em material atóxico, de
forma a cobrir a porção da suspensão que cobre a região da testa.
O capacete de segurança deve atender aos padrões mínimos previstos na NBR 8221, através dos ensaios:
Óculos de segurança, protetores faciais e máscaras de solda protegem a cabeça, os olhos ou a face do
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Proteção Auditiva
Protetor auricular
Um protetor auricular, também conhecido como protetor de ouvido, é um aparelho de proteção
projetado para ser utilizado no canal auditivo externo, protegendo o ouvido de quem o usa de barulhos
altos, entrada de água ou vento excessivo.
Este tipo de proteção é geralmente utilizado por trabalhadores da indústria que lidam com máquinas
barulhentas por longos períodos de tempo.
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.
Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas internas das conchas.
Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação direta de raios
solares ou quaisquer outras fontes de calor. Substituir as espumas (internas)
e almofadas (externas) das conchas, quando estiverem sujas, endurecidas
ou ressecadas. Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação
direta de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor.
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos
Proteção Respiratória
Máscara respiratória facial, também conhecido como respirador foi desenvolvido para filtragem e
separação de partículas como fumaça, vapores orgânicos e gases maléficos a respiração humana do
oxigênio respirado pelos pulmões. Respiradores vêm em uma ampla gama de tipos e tamanhos, sendo
utilizados pela indústria militar, privada e pública.
Respiradores podem ser da gama mais barata, descartável ou reutilizáveis com cartuchos substituíveis
ou mais sofisticados onde incluem oxigênio próprio para o consumo, sem ter que retirá-lo do ambiente.
Vestimentas
Vestimenta Impermeável
Lavar, sacudir e passar pano limpo e seco nas partes molhadas. Quando
sujo de barro limpar com pano umedecido com água e detergente neutro.
Quando sujo de graxa limpar com pano umedecido com álcool.
Vestimenta Condutiva
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De acordo com a NR-10: “As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas”, tornando assim
obrigatória a utilização de roupas resistentes às emissões de energia proveniente de arcos elétricos.
Devido ao fato da ABNT não possuir uma norma específica para tratar das
roupas de proteção para arco elétrico, a norma mais difundida e utilizada no
Brasil é a americana NFPA 70E.
Para proteção para cabeça, face, pescoço e queixo, é exigido que os empregados usem equipamentos de
proteção não condutora para a cabeça, sempre que houver perigo de lesões provenientes de choque ou
queimaduras elétricas devido ao contato com partes energizadas ou objetos arremessados resultantes
de uma explosão térmica.
Vestimentas
Energia Energia mínima
Nível Descrição Protetor Facial
(cal/cm²) roupa (cal/cm²)
0 Até 1,2 Algodão não tratado Não necessário 0
Calça e camisa confeccionado com uma
1 1,2 a 4 Viseira 5 cal/cm² 5
camada de tecido protetor
Calça e camisa confeccionado com uma
2 4,1 a 8 Viseira 15 cal/cm² 8
camada de tecido protetor
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Lavar com água e sabão neutro. Enxaguar com água limpa e passar um
pano seco e limpo para retirar o excesso de umidade. Secar a sombra,
em local ventilado. Caso haja contato com produtos químicos não lavar,
encaminhá-lo para teste.
Talabartes
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CAPÍTULO 7
Rotinas de Trabalho - Procedimentos
- Instalações desenergizadas
- Liberação para serviços
- Sinalização
- Inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento
CAPÍTULO 7
Rotinas de Trabalho
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Índice
Rotinas de Trabalho
Introdução 3
Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho 4
Sinalização
Identificando os riscos
15
Inspeções
A importância das auditorias
19
Rotinas de Trabalho - Procedimentos
Rotinas de Trabalho
Introdução
As rotinas de trabalho são necessárias para estabelecer as regras, técnicas, critérios e procedimentos de
trabalho que envolvam eletricidade, de forma a proteger os funcionários contra exposição à descargas ou
choques elétricos, em cumprimento as exigências da NR-10.
Todo trabalho respeita uma rotina relacionada à sequência de atividades realizadas afim de se atingir um
objetivo, podendo ser realizado de diversas maneiras, sendo estas executadas de modo seguro ou não. É
por este motivo que a NR-10 estabelece alguns itens para que a atividade seja realizada com segurança.
Neste capítulo serão tratados todos os itens relacionados aos procedimentos de trabalho em instalações
desenergizadas, sendo:
Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho
Antes de iniciar vamos apresentar alguns conceitos básicos para um melhor entendimento das rotinas de
trabalho.
Interrupção Momentânea
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Segurança
Os serviços devem ser planejados antecipadamente e executados por equipes qualificadas, habilitadas e
capacitadas, sempre com a utilização de equipamentos aprovados e em boas condições de uso, devendo,
o responsável pelo serviço, estar equipado com um sistema de comunicação com a área funcional
responsável pelo sistema ou instalação durante o período de execução da atividade.
A NR 10 apresenta um conceito de
desenergização que não é o simples NR10 - 10.5.1:
desligamento. Esse conceito, muito
utilizado em países da Europa, determina Somente serão consideradas desenergizadas as
uma sequência de procedimentos instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
para que o circuito seja considerado procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo:
seguro para o trabalho. Esta sequência é
conhecida como as cinco regras de ouro a) seccionamento;
da segurança, são elas: b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na
zona controlada (Anexo I); e
f) instalação da sinalização de impedimento de
reenergização.
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Serviços Programados
O coordenador da execução dos trabalhos em sistemas e instalações elétricas
desenergizadas, tem como responsabilidades apresentar os projetos a
serem analisados (incluindo respectivos estudos de viabilidade e tempo
necessário para execução dos trabalhos), deve definir os recursos materiais
e humanos para cumprimento do planejado e também entregar os projetos
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Para a realização dos desligamentos é necessário a realização de uma avaliação dos responsáveis pela
instalação, verificando as manobras, de forma que seja possível minimizar os desligamentos necessários
com a máxima segurança, analisando o impacto (produção, indicadores, segurança dos trabalhadores,
custos, etc.) do desligamento.
Para a execução dos serviços a equipe responsável deverá providenciar os seguintes itens:
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Todas as intervenções em instalações elétricas que envolverem outras áreas ou empresas (por exemplo
concessionárias) devem ser programadas de acordo com os critérios e normas estabelecidos no Acordo
Operativo existente, envolvendo no planejamento todas as equipes responsáveis pela execução dos
serviços.
A emissão do Pedido para Execução de Serviço (PES) deverá ser realizada para cada serviço, quando de
impedimentos distintos.
Havendo dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, e a coordenação for do mesmo
responsável, emitir apenas um PES, no entanto, se para um mesmo impedimento, houver dois ou mais
responsáveis, obrigatoriamente deverá ser emitido um PES para cada responsável, mesmo que pertençam
a mesma área.
o documento PES para consulta e utilização dos órgãos envolvidos, sendo o gestor da área executante o
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responsável pela entrega da via impressa do PES aprovado ao responsável pelo serviço, que deverá estar
de posse do documento no local de trabalho.
Caso o responsável pelo serviço não esteja de posse do PES/AES, a área responsável não deve autorizar a
execução do desligamento.
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Uma análise dos eventos revela muitos pontos que deram errado, uma sequência de erros que
contribuíram para a magnitude do desastre. Na sequência, analisam-se os principais:
chamas. A maior parte dos 167 vítimas morreu sufocada na área dos alojamentos.
e) Treinamento
Embora houvesse um plano de abandono, três anos haviam se passado sem que as pessoas
recebessem treinamento nestes procedimentos. Planos de Ação de Emergência são inúteis se
existem apenas no papel e as pessoas não tomam conhecimento dele.
f) Paredes corta-fogo
As paredes corta-fogo em Piper poderiam ter parado a expansão de um fogo comum. Elas não
foram construídas para resistir a explosão. A explosão inicial as derrubou, e o fogo subsequente
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se espalhou desimpedido, quando poderia ter sido contido se as paredes corta-fogo tivessem
também resistido à explosão.
g) Auditorias
A Occidental Petroleum tinha auditorias de segurança regulares em suas instalações. Estas
auditorias foram executadas, mas não foram bem executadas. Poucos ou mesmo nenhum
problema eram levantados, embora houvesse assuntos sérios como corrosão de tubos e
cabeças de sistema dilúvio e muitos outros problemas.
Para empresas, cuja carga instalada é igual ou superior a dos resultados obtidos e sobre como
75kW (todas as empresas alimentadas em média/alta tensão conduzir eficientemente o estudo.
e algumas até em baixa), deverão manter um prontuário das
instalações, onde além do esquema unifilar, deverá conter,
no mínimo:
Equipamentos:
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• Conjunto dos procedimentos e instruções técnicas e administrativas com a descrição das medidas de
controle existentes;
• Especificação dos equipamentos de proteção individual e coletiva;
• Especificação do ferramental a ser utilizado;
• Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos
trabalhadores;
• Evidências dos treinamentos realizados.
Nas empresas integrantes do sistema elétrico de potência, além dos itens acima, deverá também haver:
a descrição dos procedimentos de emergência e a certificação dos equipamentos de proteção coletiva e
individual.
Quanto aos profissionais, passa a ser obrigatório um conjunto de procedimentos e instruções sobre quem
pode desenvolver as atividades, como serão desenvolvidas e quais serão os recursos utilizados. Para baixa
tensão é previsto que podem ser desenvolvidos procedimentos padronizados, o que já não pode ocorrer
nas instalações de média/alta tensão, onde deve ser analisado caso a caso e definido procedimentos para
cada intervenção, inclusive com os recursos para atuação em emergências.
Diagrama Unifilar
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Procedimentos
Havendo a necessidade da liberação de determinado equipamento ou circuito, deverá ser obtido o maior
número possível de informações para subsidiar o planejamento.
Para o planejamento deverá ser estimado o tempo de execução dos serviços, adequação dos materiais,
previsão de ferramentas específicas e diversas, número de empregados, levando-se em consideração o
tempo disponibilizado na liberação.
Para a agilidade no reestabelecimento dos circuitos com a máxima segurança no menor tempo possível,
as equipes devem ser dimensionadas e alocadas corretamente.
dos serviços, conforme citado anteriormente, programado e com prévio aviso aos setores
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Todos os documentos que autorizam a liberação para a manutenção devem ser devolvidos antes do
retorno à operação dos equipamentos ou circuito.
Um empregado diferente daquele que o elaborou o programa de manobra que deve ser responsável
pela conferência. Havendo a necessidade de impedir a operação ou condicionar as ações de comando
de determinados equipamentos, deve-se colocar sinalização especifica para esta finalidade, alertando
claramente ao empregado autorizado a comandar ou acionar os equipamentos.
Por sua vez, “os americanos pensaram que, como a frequência depende do tempo e o sistema do tempo
sexagesimal é universal, a hora tem 60 minutos, o minuto tem 60 segundos, portanto, o segundo deve
ter 60 ciclos. Veja abaixo os níveis de tensão e frequências encontradas pelo mundo!
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Sinalização
Identificando os riscos
Tem como objetivo adotar critérios mínimos para orientar, alertar, avisar e advertir quanto aos riscos ou
condições de perigo visando a segurança física e operacional dos trabalhadores envolvidos, bem como a
segurança de terceiros.
Fita, placa, cone, bandeirola, grade, sinalizador, etc, são exemplos de materiais de sinalização.
Exemplos de placas:
Placa colocada no comando local dos equipamentos que não devem ser
operados devido a segurança.
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emergência.
É de vital importância também a sinalização/identifcação de circuitos, quanto sua origem, tensão e demais
riscos.
A NR-10 indica para nós as cores que devem sinalizar circuitos ligados e desligados. No item 10.3.9 o texto
nos diz:
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10.3.9 - b)indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”,
desligado e Vermelho - “L”, ligado);
Um quadro bem sinalizado deve conter alguns elementos, conforme vemos abaixo:
• Sinalização de Riscos;
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Padrão Brasileiro
Inspeções Ferramenta
A importância das auditorias
O termo ferramenta
Inspeções nas áreas de trabalho, nos serviços a serem executados, deriva do latim,
no ferramental e nos equipamentos utilizados, são de suma pode ser um
importância para garantir a qualidade desejada. Tem como utensílio, dispositivo
objetivo vigiar e controlar as condições de segurança, bem como ou mecanismo físico ou intelectual
identificar as situações de “perigo” e que ofereçam “riscos” à utilizado por trabalhadores das mais
integridade física dos empregados, contratados e terceiros. diversas áreas para realizar alguma
tarefa.
Em caso de risco grave e iminente detectado em uma inspeção,
devem ser tomadas providências visando às correções, por Inicialmente o termo era utilizado para
exemplo, a atividade deve ser paralisada e imediatamente designar objetos de ferro ou outro
contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas material (plástico, madeira ou outro)
cabíveis sejam tomadas em todos os serviços onde sejam para fins doméstico ou industrial.
necessário a utilização de equipamentos de proteção e estes não Em função do disposto acima, uma
estejam sendo utilizados pelos trabalhadores. ferramenta pode ser definida como:
um dispositivo que forneça uma
As inspeções devem ser realizadas: vantagem mecânica ou mental para
facilitar a realização de tarefas diversas.
• Postos de trabalho;
• Proteções contra incêndios; Equipamento é uma ferramenta que
• Métodos de trabalho desenvolvidos; o ser humano utiliza para realizar
• Ações dos trabalhadores; alguma tarefa. Muito utilizado na
• Ferramentas; indústria, comércio e no cotidiano de
• Equipamentos. diversos profissionais como ferramenta
de trabalho. Exemplo: Óculos de
Inspeções internas, podem ser divididas em: segurança, microcomputador, etc.
• Gerais;
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• Parciais;
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• Periódicas;
• Por denúncias;
• Cíclicas;
• Rotineiras;
• Oficiais e Especiais.
Inspeções gerais
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As inspeções gerais ou também chamadas de auditorias, são realizadas anualmente, tendo a participação
dos Supervisores das áreas envolvidas.
Inspeções parciais
São as inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por integrantes da CIPA no seu
próprio local de trabalho.
Realizadas nos setores das empresas, seguindo cronograma próprio, as inspeções variam de acordo com o
grau de risco envolvido e com as características do trabalho desenvolvido na área.
Inspeções periódicas
Utilizadas nos setores de produção e manutenção, são realizadas com o objetivo de manter um histórico e
uma rastreabilidade voltado para estudo complementar de possíveis incidentes.
As inspeções decorrentes de denúncia, devem ser realizadas em local onde há riscos de acidentes ou
agentes agressivos a saúde e meio ambiente, efetuando levantamento detalhado sobre o que de fato está
ocorrendo, buscando informações adicionais junto à fabricantes, fornecedores e supervisor da área onde
a situação ocorreu. Após detectado o problema, cabe aos responsáveis implementar medida de controle
e acompanhar sua efetiva implantação.
Realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, por exemplo, inspeções realizadas no verão, onde
ocorre o aumento das atividades nos segmentos operacionais.
Inspeções de rotina
É toda inspeção realizada em setores onde exista a possibilidade de ocorrer incidentes/acidentes. Devem
ser alertados sobre os riscos, bem como conscientizar os empregados do setor para que observem as
condições de trabalho, de tal modo que o índice de incidentes/acidentes diminua.
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Para o inicio da inspeção deve-se preparar um check-list por setor, contendo as principais condições de
risco existentes em cada local, anotando também as condições de riscos não presentes no check-list.
É importante que para estas inspeções sejam definidos padrões, onde todos estejam conscientes dos
resultados que se deseja alcançar, sendo que se possível deve ser feito uma inspeção piloto para que
todos os envolvidos participem e tirem suas dúvidas. Estas inspeções devem perturbar o mínimo possível
as atividades do setor inspecionado.
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A realização da inspeção pode ser realizada de acordo com os passos apresentados abaixo, como
sugestão, podendo ser adaptada para cada caso.
1. Dividir a empresa em Setores, visitando todos os locais e analisando os riscos existentes. Para
auxiliar pode ser utilizada a última Análise Preliminar de Risco (APR) ou a metodologia do mapa
de risco como ajuda;
2. Listar em uma folha todos os itens a serem observados (por setor);
3. A inspeção deve ser realizada anotando na folha de dados se o requisito está ou não atendido,
anotando também toda informação adicional sobre aspectos que possam levar a acidentes
deve ser registrada;
4. Discutidos em reunião diretiva os dados levantados, propondo medidas de controle para os
itens de não-conformidade, listando as prioridades;
5. Encaminhar relatório da inspeção, devendo conter o(s) setor (s), a(s) falha(s) detectada(s) e a
sugestão(ões) para que seja(m) regularizada(s);
6. Solicitar regularização e acompanhar as medidas de controle implantadas.
7. Manter a periodicidade das inspeções, a partir do 3º passo.
Auditoria da Qualidade
As padronizações dos sistemas de qualidade internacionais gerariam ainda as normas ISO:9001 em 1987,
desdobrados em três normas em 1987 consolidadas em 1996 (ISO 14001:1996). Em 2007 foi publicada a
revisão da ISO 19011:2002 e em 2011, houve nova elaboração da ISO 19011 que não se restringiu apenas
às auditoria de qualidade e ambiental. No Brasil a ABNT elaborou a ABNT NBR ISO 19011:2012 com base
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na norma internacional 2 .
São avaliados durante uma auditoria as normas e procedimentos, que devem estar certificados
legalmente. A partir daí, é realizada uma inspeção que deverá se certificar do real cumprimento dos
procedimentos e normas.
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CAPÍTULO 8
Documentação das Instalações
- Prontuário elétrico
CAPÍTULO 8
Prontuário Elétrico
Conhecendo a documentação
Todas as empresas são obrigadas a manter diagramas unifilares das instalações elétricas com as
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção disponíveis
para os trabalhadores e autoridades competentes.
Estes documentos devem ser mantidos atualizados, sendo necessário um grande esforço das empresas
visto que a ocorrência de adequações nas instalações elétricas é algo comum.
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Unifilar
Definição de Prontuário
Segundo a norma, todo o estabelecimento com potência instalada igual ou superior a 75kW deve constituir
Prontuário de Instalações Elétrica, sendo este um compêndio dos principais documentos relacionados à
instalação elétrica.
De acordo com a Resolução n° 414, da Aneel, para carga instalada igual ou superior a 75 kW o fornecimento
deve ser realizado em alta tensão (tensão superior à 1.000V). Baseado nesta informação é possível identificar
quais empresas necessitam de Prontuário, bastando identificar se as instalações possuem cabine primária
(Subestação), na entrada de energia. Porém alguns clientes de baixa tensão, aonde uma rede de alta tensão
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não está disponível, e com potência instalada acima de 75kW, também devem possuir o prontuário elétrico.
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b) Empresas que possuem carga instalada igual ou superior a 75 kW e que fazem parte do SEP, devem
conter:
Conforme os itens 10.2.6 e 10.2.7 da norma NR-10, um profissional formalmente indicado pela empresa
é quem deve elaborar, organizar e mantê-lo atualizado, permanecendo à disposição dos trabalhadores e
autoridades competentes.
“10.2.6. O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo
empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição
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“10.2.7. Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados
por profissional legalmente habilitado.”
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O Prontuário Elétrico
A obrigatoriedade da execução do prontuário elétrico promove a
oportunidade de uma gestão responsável das instalações elétricas, permitindo
a disponibilidade de informações técnicas, de planejamento, de manutenção,
de segurança e facilitando a aplicação de auditorias fiscalizadoras.
O prontuário elétrico deve ter seus documentos e procedimentos disponibilizados aos trabalhadores
que interagem com o sistema. Este prontuário deve ser mantido pelo empregador ou por profissional
por ele designado, permanecendo à disposição dos trabalhadores e demais interessados envolvidos
com instalações e serviços em eletricidade, incluindo-se as autoridades. O prontuário deve ser revisado e
atualizado constantemente.
É válido salientar que o prontuário elétrico envolve muito mais que a documentação técnica da empresa.
Procedimentos de contratação de funcionários, de terceiros, sistema de recursos humanos, segurança e
meio ambiente são setores que devem constar no prontuário elétrico. O prontuário é muito mais que uma
pasta onde se guardam os documentos, mas sim um sistema de gestão de todas as áreas da empresa que
de alguma forma interagem com o sistema elétrico.
Especial atenção deve ser dada ao fato de que o prontuário é uma memória documental da realidade (as
built), pressupondo-se que instalações elétricas, serviços, trabalhadores, etc. são dinâmicos. Dessa forma, o
item 10.2.6 da NR 10 afirma a responsabilidade do empregador quanto à obrigatoriedade de disponibilizar
aos trabalhadores e de atualização do prontuário de acordo com o dinamismo das mudanças, podendo, a
seu critério, delegar tal responsabilidade a pessoas designadas formalmente. Contudo, o empregador deve
eleger (selecionar, designar, contratar) para tal atribuição pessoas com habilitação e capacitação técnica
específica.
Este item determina que o prontuário integre todos os procedimentos operacionais, as instruções
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São documentos das avaliações da infraestrutura de aterramento elétrico das instalações e do sistema
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de proteção contra descargas atmosféricas, base das medições, seus resultados e não conformidades.
A frequência e a natureza das inspeções e medição de aterramento são determinadas por norma
técnica específica da ABNT (NBR 5419) e dependem de vários fatores, como a finalidade de uso da
edificação, o grau de proteção e o sistema utilizado.
Muitas empresas mantêm trabalhadores próprios e também contratam terceirizados, que realizam os
serviços em eletricidade, devendo controlar os certificados das pessoas com qualificação ou produzir
os documentos de capacitação formal, conforme prescreve a NR 10.
e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva:
Determina a organização dos resultados de testes dielétricos realizados, iniciais e periódicos, nos
equipamentos de proteção coletiva (cestos, varas de manobras,etc.) e individuais (calças, luvas, etc.),
bem como ferramental (alicates, chaves, etc.) dotado de isolação elétrica, conforme regulamentações,
quando houver, especificações e recomendações.
Obriga o estabelecimento a realizar uma auditoria periódica da condição de segurança das instalações
elétricas, devendo resultar em um documento “relatório técnico” contendo as não conformidades com
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as melhorias cabíveis.
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CAPÍTULO 9
Riscos Adicionais
- Introdução
- Altura
- Ambientes confinados
- Áreas classificadas
- Umidade
- Condições atmosféricas
CAPÍTULO 9
Riscos Adicionais
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
Copyright 2013 - 2018
Índice
Introdução
Riscos adicionais e NR-10 3
Altura
Os riscos da queda 4
Ambientes confinados
A morte silenciosa 14
Áreas classificadas
O risco de explosão 17
Umidade
A redução do isolamento elétrico 20
Condições atmosféricas
Os raios 21
Riscos Adicionais
Introdução
Riscos adicionais e NR-10
A NR-10 tem como principal objetivo a segurança e saúde dos trabalhadores, pois estes podem ser afetados
pelos riscos elétricos (choque elétrico, campo elétrico e arco elétrico) e riscos adicionais, sendo necessário
eliminar ou controlar estes riscos.
O item 10.4, estabelece que devem ser adotadas medidas preventivas para segurança na atividade de área
elétrica voltada para construção, montagem, operação e manutenção, destinada ao controle dos riscos
adicionais.
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Relembrando:
Risco Perigo
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Altura
Os riscos da queda
Trabalho em altura é toda atividade que o trabalhador atua acima do nível do solo. Todo trabalho realizado
em altura, principalmente os que envolvem eletricidade, geram riscos de quedas, que podem causar lesões
e traumas. Acima de 2 metros é obrigatória a utilização do cinturão de segurança tipo paraquedista, além
dos EPI’s básicos.
“10.8.7. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à exame
de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e
registrado em seu prontuário médico.”
Toda ferramenta e equipamento (cesta aérea, andaimes, plataformas, etc) devem ser inspecionados, e
quando de sua utilização devem estar amarrados e apoiados firmemente em solo plano. As ferramentas
devem ser içadas em bolsas ou sacolas, utilizando carretilhas e cordas.
NR-35
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Como em qualquer outra atividade, o EPI deve ser inspecionado periodicamente e antes dos trabalhos,
ainda mais por tratar de prevenção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
deformações, devendo inutilizá-los para uso e descartá-los.
O sistema de retenção de queda depende dos elementos que formam o EPI, que são o cinturão e os
elementos de conexão (talabarte ou trava queda). O sistema depende também de um dispositivo de
ancoragem, pois sem este o EPI não funciona. Pode parecer absurdo, porém, existem pessoas que não
recebem a qualificação adequada e acreditam de que apenas vestindo o cinturão já estão protegidas!
Trabalho em altura com EPI é uma tarefa complexa e certamente o tempo de 8 horas estabelecido no item
35.3.3.1 é realmente um tempo mínimo.
NR-35
5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios
e sistemas de ancoragem.
NBR 14626:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda deslizante
guiado em Linha Flexível
NBR 14627:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda guiado
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Brígida em Linha
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NBR 14628:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda retrátil
NBR 14629:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Absorvedor de Energia
NBR 15834:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Talabarte de Segurança
NBR 15835:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
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NBR 15836:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
tipo paraquedista
Os sistemas utilizados com equipamento de proteção individual para trabalho em altura são:
• Sistema de restrição de movimentação: este sistema está localizado dentro da hierarquia de proteção
de queda como uma medida que elimina o risco da queda. O sistema é formado por um cinturão
(paraquedista preferencialmente), um talabarte e um dispositivo de ancoragem que quando utilizados
corretamente impedem o trabalhador de atingir um local onde existe o risco de queda.
• Sistema de retenção de queda: uma vez que não seja possível eliminar o risco de queda deve ser
adotado um sistema que minimize o tamanho e as consequências de uma queda. O sistema de retenção
de queda é formado por um cinturão paraquedista (obrigatoriamente), um talabarte de segurança
para retenção de queda ou um trava-queda e um dispositivo de ancoragem. O sistema deve dispor de
um meio de absorção de energia para limitar as forças geradas no trabalhador e também proteger a
ancoragem.
A nova NR-35
Há muito aguardada, entrou em vigor uma nova NR (Norma
Regulamentadora) específica para o trabalho em altura, a NR 35. Isto
comprova a atenção por parte do governo para esta área que fornece
dados tão presentes nos altos índices estatísticos de acidentes no mercado
brasileiro. A expectativa é que estes índices diminuam com esta nova
referência quando se fala em trabalho em altura, deixando para trás a
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busca por regulamentações que estavam espalhadas por várias NR’s como
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São estes os quatro sistemas e a retenção de queda é um sistema independente e também está presente em
outros dois sistemas: posicionamento e acesso por corda sendo esta a técnica que realmente irá minimizar
as consequências e tamanho de uma queda. Uma das maiores dificuldades para se ter um sistema de
retenção de queda eficiente é ter este sempre presente e pronto para ser utilizado “esperando que ele
nunca seja necessário”. A cultura da segurança é muito importante, o exemplo da obrigatoriedade do uso
de cinto de segurança automotivo mostra bem isto. De pouco mais de uma década para cá a utilização
aumentou drasticamente e niguem quer “ver se o cinto funciona”.
Três componentes essenciais do sistema pessoal de proteção de queda devem estar disponíveis e devem
ser utilizados adequadamente para fornecer proteção ideal ao trabalhador. São eles:
• Ancoragem/Dispositivo de ancoragem;
• Cinturão paraquedista;
• Dispositivo de união.
Exemplo 2
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Exemplo 1
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Ancoragem/Dispositivo de ancoragem
Dispositivos de ancoragem são projetados como interface entre a estrutura (ancoragem) e o dispositivo de
união. A ancoragem deve ser de fácil acesso, evitando a exposição do trabalhador ao risco antes que este
esteja devidamente conectado e deve sustentar 15kN (1.529 kgf) por trabalhador.
Ancoragens planejadas e selecionadas com cuidado são fatores cruciais para a proteção e segurança do
trabalhador. Em caso de queda, o trabalhador será suspenso pela ancoragem selecionada, sendo que sua
vida depende da resistência da mesma.
Além disso, para definir a ancoragem é importante fazer distinção entre a própria ancoragem e o dispositivo
de ancoragem. A ancoragem, por exemplo, pode ser uma viga em I, enquanto uma cinta de ancoragem
ou ancoragem para viga que possam ser instalados nesta viga representam o dispositivo de ancoragem.
Exemplos:
Fitas (cadarço) variam bastante de marca para marca. Procure cinturões robustos, com tecido de trama
homogênea, que deslizem pelas ferragens sem engatar. Uma vez que o cinturão esteja cortado, queimado,
gasto, etc., o cinturão deve deixar de ser utilizado.
Ao escolher cinturões, lembre-se de que devem cumprir os requisitos da norma NBR de 15 kN de resistência
à tração estática sem se soltar do boneco de ensaio.
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Já que os cinturões serão usados no sol, calor e umidade por períodos longos, devem resistir aos efeitos
do clima. Em ambientes químicos severos, os cinturões devem resistir à gases e aos esguichos tóxicos.
Deve ser verificada a compatibilidade de resistência da matéria-prima têxtil com os produtos utilizados.
Os acolchoamentos devem ser maleáveis e fáceis de ajustar, a fim de garantir uma adaptação confortável.
Tal como as fitas, os acolchoamentos tem de resistir ao clima e conservar seu formato. Alguns
acolchoamentos podem se tornar quebradiços com o tempo, por isso, procure aqueles com tecido
respirável e construção durável.
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Colocando o cinto:
Escadas
As escadas são utilizadas para vários trabalhos realizados em altura. Estas podem ser do tipo portátil,
simples, de abrir e prolongável.
Todas as escadas devem ser adquiridas de fornecedores cadastrados que atendam as especificações
técnicas de cada empresa (tamanho, capacidade máxima, etc).
• Escada simples (singela) - constituída por dois montantes interligados por degraus;
• Escada de abrir - formada por duas escadas simples ligadas entre si pela parte superior por meio de
dobradiças resistentes;
• Escada de extensão ou prolongável - constituída por duas escadas simples que se deslizam vertical-
mente uma sobre a por meio de um conjunto formado por polia, corda, trava e guias.
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As escadas portáteis somente devem ser utilizadas para serviços de pequeno porte, sendo que para
serviços prolongados devem ser utilizados andaimes.
Toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante, com extremos inferiores (pés) nivelados e, para
serviços que utilizem as mãos simultaneamente, deve ser utilizada escada de abrir com degrau largo ou
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Toda ferramenta utilizada para o trabalho não deve estar solta sobre a escada. Vale lembrar da
obrigatoriedade do uso de cinturão de segurança tipo paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima
de 2 metros de altura. O mesmo deve ser fixado em um ponto de ancoragem, fora da escada, exceto uso
de talabarte para posicionamento envolto em estrutura rígida. (Ex.: serviço no poste), não sendo possível
realizar este procedimento deverá ser utilizado andaime ou plataforma elevatória.
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O trabalhador deve amarrar-se à cesta aérea através de talabarte e cinturão de segurança utilizando todos
os equipamentos de segurança.
Andaime
O andaime, deve dispor de sistema de guarda-corpo e rodapé de proteção em todo o seu perímetro, e sua
montagem deve ficar perfeitamente na vertical. Utilizar placa de base ajustável para terrenos irregulares.
A fixação do andaime é necessária para altura superior a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio.
• A plataforma de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelada e fixada de modo
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seguro e resistente;
• Os pisos da plataforma não podem ultrapassar em 25 centímetros as laterais dos andaimes;
• Não é permitido nenhum tipo de frestas nos pisos, que ocasionem queda de ferramentas, tropeções
ou torções;
• O vão máximo permitido entre as pranchas deve ser de 2 centímetros;
• A sobreposição de pisos deverá ser de, no mínimo, 20 centímetros e só pode ser feita nos pontos de
apoio;
• As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos devem possuir uma largura mínima de 90
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centímetros;
• As plataformas de trabalho dos andaimes individuais devem possuir largura mínima de 60 centímetros;
• Possuir escada de acesso à plataforma de trabalho com gaiola ou trava-queda (para andaime com
altura superior a 2 metros).
Ambientes confinados
A morte silenciosa
Vários trabalhos da área elétrica são realizados em espaços confinados. É considerada uma área confinada
os locais onde podem haver o risco de asfixia, explosão e incêndio. Com isso toda atividade da área elétrica
realizada em espaços confinados, como porões e canaletas, é necessário uma análise preliminar de risco
para a verificação da quantidade de oxigênio, vapores e gases. Devem ser utilizados os EPIs básicos para
este tipo de trabalho, como máscara, roupa especial e equipamento de resgate.
Todo trabalhador que exerce atividade nestes locais deve fazer o curso da NR-33.
Autorização
Os trabalhos somente podem ser executados com:
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Normas
Empresas que trabalham em ambientes confinados devem seguir a NBR 14787 - Espaço
confinado, Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção e a NR 33 - Segurança
e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados (MTE).
Vigia
O vigia deve:
• manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término
da atividade;
• permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato
permanente com os trabalhadores autorizados;
• adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,
pública ou privada, quando necessário;
• operar os movimentadores de pessoas;
• ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum
sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente,
situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente
suas tarefas, nem ser substituído por outro vigia.
EPIs
Emergência e resgate
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Áreas classificadas
O risco de explosão
A norma que trata deste assunto é a NBR IEC 60079. A classificação das
áreas devem seguir a parte 10.1 (Classificação de áreas - Atmosferas
explosivas de gás) ou 10.2 (Classificação de áreas — Atmosferas de
poeiras combustíveis).
Zonas
Áreas classificadas são divididas em zonas, baseadas na frequência da ocorrência e duração de
uma atmosfera explosiva de gás. Zona 0, Zona 1 e Zona 2
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Sinalização
Símbolo “Ex” para placas de sinalização de áreas classificadas. Padrão DIN
40012-3/1983 e ATEX (CE).
É importante ressaltar que atividades de manutenção, exceto aquelas de operação normal, podem afetar
a extensão da zona classificada, devendo estas atividades serem controladas por uma sistemática de
permissão de trabalho.
Fontes de Risco
Os elementos básicos para se definirem as áreas classificadas consistem na identificação das fontes de risco
e na determinação do seu grau. As fontes pode ser:
• Fontes de Risco de Grau Contínuo: Local onde a presença da atmosfera explosiva é contínua. Ex.
Superfície de um liquido inflamável em um tanque.
• Fontes de Risco de Grau Primário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada durante
a operação normal dos equipamentos. Ex. Válvulas de alívio e respiros de tanques.
• Fontes de risco de grau secundário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada
somente se houver falha no equipamento. Ex. Vazamentos em flanges e conexões.
Os equipamentos elétricos instalados em áreas classificadas constituem possíveis fontes de ignição devido
a arcos e faíscas provocadas pela abertura e fechamento de contatos, ou por superaquecimento em caso
de falhas. Assim, estes equipamentos devem ser fabricados de maneira a impedir que a atmosfera explosiva
possa entrar em contato com as partes que gerem esses riscos. Por isso, esses equipamentos, conhecidos
como equipamentos Ex, são construídos baseados em 3 soluções diferentes:
3. Suprimem ou reduzem os níveis de energia a valores abaixo da energia necessária para inflamar a
mistura presente no ambiente.
A documentação das áreas classificadas é fundamental para a segurança da planta. Sempre antes de
qualquer intervenção no sistema elétrico, as plantas de classificação de áreas devem ser consultadas.
Sinalização
É mandatório que as áreas classificadas contendo atmosferas explosivas de gases inflamáveis (ABNT NBR
IEC 60079-10-1) ou poeiras combustíveis (IEC 60079-10-2) sejam identificadas por placas de sinalização.
A NR-10, em seu item 10.13.2 nos diz: “É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos a serem adotados”, tornando assim obrigatória a sinalização”.
Embora ainda não tenha sido publicada uma norma ABNT ou IEC para a padronização destas placas, cada
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empresa pode estabelecer seus próprios padrões de sinalização visual de segurança para a identificação
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É recomendado que as placas de sinalização possuam o símbolo “Ex”, no interior de um triângulo com
vértice voltado para cima, de acordo com o símbolo padronizado na Norma DIN 40.012 3 (1984) – Protection
against explosion: markink of potentially explosive areas – Signs and Plates, para identificação de
áreas classificadas contendo atmosferas explosivas.
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Umidade
A redução do isolamento elétrico
A umidade é um fator relacionado ao ambiente que aumenta os riscos de choque e arco elétrico devido a
diminuição da rigidez dielétrica do ar, tornando-se um condutor da corrente elétrica.
Para a mesma tensão, a diminuição da resistência origina uma O valor da rigidez dielétrica
corrente maior, o que agrava as consequências do choque depende de diversos fatores
elétrico, levando a situações fatais. como:
• Temperatura;
Assim, a umidade é um grave risco, que deve ser evitado nas • Espessura do dielétrico;
atividades em instalações elétricas. Exatamente pelas razões • Tempo de aplicação da
expostas, no combate a incêndios em instalações elétricas diferença de potencial;
energizadas não se pode usar água ou produtos que a • Taxa de crescimento da
contenham, tal como extintores de espuma, devido ao risco de tensão;
choque elétrico no próprio funcionário que combate o incêndio, • Para um gás, a pressão é
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curtos-circuitos.
Errado!!!!
Condições Atmosféricas
Os raios
Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é
quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos
tipos de radiação eletromagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. A principal
diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer
descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por
isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio.
O estudo reuniu pela primeira vez informações de diversos órgãos brasileiros como Elat/Inpe do Ministério
da Ciência e Tecnologia, Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério
da Saúde, Defesa Civil, veículos de imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Os sistemas de pára-raios que podem ser utilizados para proteção do patrimônio e das pessoas mais
comuns são:
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• Gaiola de Faraday
• Franklin
Os dois modelos surgiram na época de Benjamin Franklin. O para-raios gaiola de Faraday faz com que a
descarga elétrica percorra a superfície da gaiola e atinja o aterramento. No modelo de pára-raio Franklin, o
mais tradicional, é captado o raio pela ponta e transmite a descarga até o aterramento.
Várias atividades da área elétrica são externas, e são diretamente influenciadas pelo meio ambiente. Com
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tempo adverso envolvendo descargas atmosféricas, devem sempre serem tomados todos os cuidados
afim de evitar acidentes, devido a possíveis descargas que possam ocorrer em estruturas metálicas onde
estão sendo realizados trabalhos.
Lembrando que é sempre importante a utilização do aterramento temporário, os EPC´s e EPI´s para a
realização de atividades em área energizada.
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CAPÍTULO 10
Responsabilidade e Acidentes
- Responsabilidades
- Acidentes de origem elétrica
CAPÍTULO 10
Responsabilidade e Acidentes
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Responsabilidade
Aspectos legais 3
Responsabilidade
Aspectos legais
Da NR-10 temos:
Geralmente a relação entre contratada e contratantes é firmada através de contrato, que determina a quem
competem as ações referente às questões de segurança durante a prestação do serviço. Como pode ser
verificado na NR-10, tanto a contratada quanto a contratante são responsáveis pela aplicação da NR-10.
Além das atribuições da NR-10, temos compromissos com a constituição federal, com a CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho) e com os códigos civil e penal.
De acordo com os artigos 1521 e 1522 do código civil, qualquer empresa ou seus prepostos podem
responder quando da ocorrência de um acidente de trabalho, caso seja comprovada culpa devido à
imperícia, imprudência ou negligência, de acordo com o artigo 159 do Código Civil.
Da NR-10 temos:
Código Civil
“10.13.2. É de responsabilidade dos contratantes manter
os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão Art. 1521 – São também responsáveis
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e pela reparação civil:
medidas de controle contra os riscos elétricos a serem III – o patrão, amo ou comitente,
adotados.” por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho
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Imperícia é a incapacidade, a falta de habilidade específica que lhes competir, ou por ocasião
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para a realização de uma atividade técnica ou científica, não dele (art. 1522)
levando o agente em consideração o que sabe ou deveria
saber. Art. 1522 – A responsabilidade
estabelecida no artigo antecedente,
Imprudência é um comportamento de precipitação, n° III, abrange as pessoas jurídicas,
de falta de cuidados. Consiste na violação da regras que exercem exploração industrial.
de condutas ensinadas pela experiência. É o atuar sem
precaução, precipitado, imponderado. Art. 159 – Aquele que por ação ou
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Cabe às empresas:
Para o item 10.13.3 da NR-10, é indicado o dever da empresa de implantar ações preventivas e corretivas na
ocorrência de acidente de trabalho. Normalmente estas atividades são executadas pela Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA) em parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT).
De acordo com o item 10.13.4 os empregados também têm responsabilidades por suas ações e omissões,
pelo cumprimento dos procedimentos de segurança e a necessidade de comunicar situações de risco,
conforme determina o item 10.13.4
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
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omissões no trabalho;
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b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e
Os trabalhadores tem o direito de recusa na execução de determinada tarefa, caso encontrem uma situação
de risco que não consigam eliminar ou controlar, conforme o item 10.14.1 da NR-10. Na ocorrência destas
situações deve-se comunicar o superior hierárquico do trabalhador de forma imediata.
“10.14.1. Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre
que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis.”
DIREITO DE RECUSA - NR 10
No item 10.14.2, é estabelecido as responsabilidades das empresas na atuação de promoções para ações
de controle dos riscos originados por outrem.
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“10.14.2. As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas
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instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.”
É de responsabilidade das empresas manter o livre acesso dos trabalhadores e das autoridades competentes
a toda documentação conforme exposto na NR-10.
10.14.5. A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes.”
Atribuições do SESMT
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um documento de revisão anual, que visa identificar,
avaliar, registrar, controlar e mitigar os riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, promovendo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, tendo em consideração
a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento base do PPRA, que
dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção para os seguintes:
ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre outros), contendo descrição de metodologia
adotada nas avaliações, resultados das avaliações, limites de tolerância estabelecidos na NR15 e
medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente habilitado;
• Descrição das medidas de controle coletivas adotadas;
• Cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa.
É fundamental que o PCMSO seja elaborado e planejado anualmente com base em um preciso
reconhecimento e avaliação dos riscos presentes em cada ambiente de trabalho, em conformidade com
os riscos levantados e avaliados no PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, no PCMAT –
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, bem como em outros
documentos de saúde e segurança, e inclusive no mapa de riscos desenvolvido pela Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA).
• De ordem psicossocial relacionados à presença do risco de vida no trabalho com eletricidade e dos
trabalhos em altura, seja no poste urbano quanto nas atividades em linhas de transmissão, como: “stress”
associado a tais riscos, grande exigência cognitiva e de atenção, necessidade de condicionamento
psíquico e emocional para execução dessas tarefas, entre outros fatores estressores;
• De natureza biomecânica relacionados às atividades em posturas pouco fisiológicas e inadequadas
(em postes, torres, plataformas), com exigências extremas de condicionamento físico;
• De natureza organizacional relacionados às tarefas planejadas sem critérios de respeito aos limites
técnicos e humanos, levando a premência de tempo, atendimento emergencial, pressão produtiva.
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Além dos fatores citados, evidentemente o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) deverá levar em conta os demais riscos presentes nas atividades executadas conforme cada caso
especificamente.
• Avaliação de aspectos físicos do trabalhador pertinentes a outros riscos levantados, incluindo ruído,
calor ambiente e exposição a produtos químicos;
• Avaliação psicológica voltada para o tipo de atividade a desenvolver;
• Avaliação de acuidade visual, (trabalho muitas vezes à distância, e com percepção de detalhes).
Exames complementares poderão ser solicitados, a critério médico, conforme cada caso.
Ainda, ações preventivas para situações especiais devem ser previstas, como vacinação contra Tétano e
Hepatite, no caso de atividades em caixas subterrâneas próximas à rede de esgoto.
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além da avaliação individual de cada
trabalhador envolvido, periodicamente, tem o caráter de um estudo de corte, longitudinal, onde o médico
do trabalho tem oportunidade de acompanhar uma determinada população de trabalhadores ao longo
de sua vida laboral, estudando o possível aparecimento de sintomas ou patologias, a partir da exposição
conhecida a fatores agressores.
É fundamental que os relatórios anuais sejam detalhados, com a guarda judiciosa dos prontuários médicos,
sendo a implementação do programa verificada pelo Auditor Fiscal do Trabalho por meio da correção
dos Atestados de Saúde Ocupacionais, quanto a dados obrigatórios e periodicidade, disponibilidade dos
relatórios anuais e, caso necessário, por meio das análises dos prontuários médicos.
A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
Atribuições da CIPA
• Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
• Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação
de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixada sem seu plano de trabalho e
discutir as situações de risco que foram identificadas;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
• Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados
à segurança e saúde no trabalho;
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos
e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na
segurança e saúde dos trabalhadores;
• Requisitar à empresa as cópias das CAT’s emitidas;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho – SIPAT;
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
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Eletricista se acidenta durante medições realizadas com um multímetro sem certificação de categoria de
sobretensão pela IEC 61010.
Disjuntor
Multímetro utilizado Disjuntor
Transiente é um surto de tensão elétrica que ocorre num intervalo de tempo muito pequeno. Existem duas
formas de os transientes chegarem a um equipamento eletrônico:
• Indução eletromagnética. É geralmente causada por raios que caem perto da rede elétrica e
induzem uma tensão muito alta na rede. Essa indução acontece quando uma corrente elétrica varia
rapidamente, criando um campo eletromagnético que é absorvido pelos fios da rede elétrica ou
telefônica, que atuam como antenas.
• Condução pela rede. O chaveamento de cargas fortemente indutivas, como os motores elétricos,
gera transientes que são causados pela força contra eletromotriz. Isso ocorre porque um indutor
opõe-se à variação de corrente elétrica. Quando ocorre o desligamento de uma chave - eletrônica
ou não - a energia armazenada sob a forma de campo magnético força a passagem de corrente em
sentido inverso ao sentido original. O resultado é um pulso rápido de alta tensão, conhecido como
“spike”.
Ocorrem quando:
• Transiente na alta tensão (chaveamentos);
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O acidente ocorreu em município do interior do estado do Rio Grande do Sul. A estrutura (poste de madeira
em altura padrão), com o religador A, onde o acidentado executava sua atividade, está situada em área
rural, numa propriedade particular. Segundo informado, no dia do acidente, as condições climáticas para a
realização da atividade eram satisfatórias.
Por outro lado, o mesmo CO, também via AutoTrac, envia mensagem à equipe Y, formada pelo Sr. A,
Eletricista, e por seu colega, Sr.B, Auxiliar de Eletricista, para deslocaram-se até o local do “religador” A.
Às 9h8min, a equipe Y chega ao local. Ficam aguardando nova determinação. Às 9h29min recebem
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O CO também envia mensagem à equipe X, informando que iria ligar o “religador”. A equipe Y, ao tentar
fechar uma das chaves-faca, do lado carga, constata que ela está danificada, tendo, inclusive, uma de suas
lâminas caído.
A equipe Y, às 9h31min, informa, via AutoTrac, ao CO que uma das chaves-faca, do lado carga do equipamento
está quebrada. O CO solicita à Subestação NP a desenergização do alimentador 01, por necessidade de
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No entanto, é desligado o alimentador 02. Este não corresponde à rede da chave-faca quebrada, não
ocorrendo, portanto, o desligamento de seus componentes. O CO da empresa entende que sua solicitação
foi atendida.
Estes informam que o sistema eletrônico de detecção de tensão disponibilizado pela empresa não
é confiável, pois possuiria um excesso de sensibilidade, “bipando” de forma muito frequente. Também
apresentaria dificuldades operacionais sob a ação da umidade. O Sr. B informa ao CO, via AutoTrac, que a
rede está testada e aterrada. O sistema de aterramento foi recentemente alterado. Foi adotado um sistema
denominado “por sela”, disponibilizado para a equipe Y a apenas uma semana. Ambos os componentes
desta equipe receberam, havia aproximadamente um ano, treinamento sobre o novo sistema de
aterramento, mas sem a prática.
Somente está disponibilizado, na camionete da equipe, o novo sistema de aterramento. A equipe Y não
realiza o aterramento prescrito no Manual do Eletricista (ME) da empresa. É fornecida uma cópia deste
manual para cada equipe. No ME estão estabelecidos tempos médios para a execução das tarefas prescritas.
A chave-faca situada na posição central, em face de sua posição e ângulo, apresenta dificuldade em ser
aberta com a vara de manobra.
Após a mensagem do CO, o Sr. A reposiciona-se e tenta manobrar a chave faca central, do lado fonte, com a
mão. Esta chave e componentes estão energizados, com uma tensão aproximada de 13 kV. O Sr. B procura
avisar que poderiam tentar executar esta atividade do solo, mas não houve tempo. Ocorre um forte ruído,
e o Sr. B observa que o Sr. A está sofrendo choque elétrico, com contato pela sua mão direita. Tenta desligar
a mesma chave do solo, com o auxílio da vara de manobra, mas não consegue. Volta para a camionete e
aciona o “botão de pânico” presente no painel. Volta para a área contínua ao poste e observa que a vítima
não mais apresenta reação. Sobe na escada e retira o corpo do colega com a ajuda do cabo. A vítima sofre
graves queimaduras e mutilações em diversas partes do corpo, características de forte contato elétrico. O
Sr. B ainda tenta socorrê-lo. É constatado o óbito do Sr. A pelas equipes de socorro que acorrem ao local.
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• Falta de aterramento.
Verifica-se que neste acidente vários fatores contribuiram para a fatalidade. Podemos considerar como o
principal a falta de treinamento fornecido pela empresa, já que todos os procedimentos existentes na NR-
10 com relação à desenergização de um circuito não foram executados.
SÃO LUÍS/MA - O eletricista Claudionor da Silva Monteiro, de 35 anos, morreu ontem à tarde, vítima de
um choque elétrico. Ele tentava trocar lâmpadas da placa luminosa de um motel, quando foi atingido.
(08/02/2006).
A vítima, que era eletricista autônomo, estava em um andaime com seu colega de serviço, Francisco das
Chagas Sousa, que também foi atingido pela descarga elétrica, mas em pequena proporção.
Os dois portavam apenas o cinto de segurança, sem qualquer outro equipamento de proteção para o
trabalho com eletricidade.
Quando sofreu a descarga elétrica, Claudionor caiu sobre Francisco, que ainda tentou salvá-lo, puxando a
sua língua, que enrolava, mas não obteve sucesso.
O fato foi comunicado à polícia, que esteve no local providenciando a remoção do corpo para o Instituto
Médico Legal.
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CAPÍTULO 11
Proteção e Combate a Incêndios
- Introdução
- Noções Básicas
- Medidas Preventivas
- Métodos de Extinção
CAPÍTULO 11
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Índice
Introdução
Prevenção e combate - Brigada 3
Noções Básicas
Entendendo o fogo 9
Medidas Preventivas
Melhor previnir do que remediar 15
Métodos de Extinção
O primeiro combate 18
Proteção e Combate a Incêndios
Introdução
Prevenção e combate - Brigada
A Prevenção e Combate a Incêndios surge desde a pré-história, quando o homem começa a controlar o
fogo, inicialmente obtido da natureza, como por exemplo na queda de raios.
Durante sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se de seus préstimos para inúmeras atividades,
dentre elas: aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, etc.
Porém o fogo, que tantos préstimos faz ao homem, é uma força imensa que deve ser controlada. Quando
perde o controle sentimos os seus efeitos destruidores, denominados incêndios (sinistros).
Nos dias de hoje existem normas e leis sobre edificações e suas ocupações, controle de materiais
combustíveis e inflamáveis, controle de manutenção para máquinas e equipamentos em geral e sistemas
elétricos, além de inspeções de risco, com o objetivo de detectar situações propícias para o surgimento e
alastramento de um incêndio; instalação de sistemas e equipamentos que permitam o combate rápido
a princípios de incêndio, treinamento de pessoas no uso desses equipamentos e nos procedimentos de
abandono das edificações sinistradas.
No Brasil, a base Legal de prevenção de incêndios foi dada pela Portaria 3.214/78 - Norma Regulamentadora
23 do Ministério do Trabalho e Emprego, além de Leis Estaduais e Municipais.
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A brigada de incêndio pode, em muitos casos, salvar muitas residências, empresas e principalmente muitas
vidas. A brigada de Incêndio é uma exigência obrigatória cuja função específica de prontidão, para agir de
imediato, afim de extinguir qualquer indício de incêndio. Esta atividade é desenvolvida pelos bombeiros
civis, ou formada por grupos de funcionários de diversas áreas da empresa, sendo estes chamados de
BRIGADISTAS.
Os primeiros cinco minutos de combate e extinção do fogo são vitais, pois antecedem a chegada e ação
do Corpo de Bombeiros.
A organização da brigada de Incêndio é fundamental e devem ser de acordo com o disposto a seguir:
Ações de emergência
• Identificar a situação de emergência;
• Acionar o alarme em caso de emergência;
• Acionar a brigada para abandono de área;
• Acionar o Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
• Cortar a energia da área;
• Solicitar primeiros socorros Especializado (ligar para Ambulatório);
• A brigada de Incêndio deve combater o princípio de incêndio;
• Recepcionar e orientar o Corpo de Bombeiros.
Ações específicas
Os principais membros da Brigada de Incêndio possuem atribuições específicas.
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Procedimentos de emergência
Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, através
dos meios de comunicação disponíveis, a todos os envolvidos e brigadistas.
Após realizado o alerta, a brigada irá analisar a situação por completo, do início
ao fim do sinistro ocorrido, e se constatada necessidade acionará o Corpo de
Bombeiros e apoio externo, sendo neste momento iniciado os procedimentos
necessários, que podem ser priorizados ou realizados de forma simultânea, de
acordo com o número de brigadistas e os recursos disponíveis no local.
Deve ser verificada as possíveis causas do sinistro e suas consequências, emitindo relatório para
discussão em reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a
repetição da ocorrência.
Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou reestabelecendo suas funções vitais com
Suporte Básico da Vida e Reanimação Cardiovascular até que se obtenha o socorro especializado.
Ações específicas
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Devem ser realizadas reuniões mensais com os membros da brigada com registro em ata, onde são
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Em 2001, um acidente com a queima de fogos no palco gerou um incêndio que matou sete pessoas e
deixou mais de 300 feridos em Belo Horizonte. A casa de show não tinha alvará para funcionamento
e o proprietário, um produtor e dois músicos foram condenados.
Fonte: Revista Exame, 01/2013
É chamado de fogo o resultado de um processo termoquímico O fogo foi a maior conquista do ser
muito exotérmico de oxidação. humano na pré-história. A partir desta
conquista o homem aprendeu a utilizar a
Geralmente, um composto químico orgânico, como o papel, força do fogo em seu proveito, extraindo
a madeira, os plásticos, os gases de hidrocarbonetos, gasolina a energia dos materiais da natureza ou
e outros, susceptíveis a oxidação, em contato com uma moldando a natureza em seu benefício.
substância comburente (oxigênio da atmosfera, por exemplo)
necessitam de uma energia de ativação, também conhecida O fogo serviu como proteção aos primeiros
como temperatura de ignição. Esta energia necessária para hominídeos, afastando os predadores.
inflamar o combustível pode ser fornecida através de uma Depois, o fogo começou a ser empregado
faísca ou de uma chama. Iniciada a reação de oxidação, na caça, usando tochas rudimentares
também denominada de combustão ou queima, o calor para assustar a presa, encurralando-a.
desprendido pela reação mantém o processo em marcha. No inverno e em épocas gélidas, o fogo
protegeu o ser humano do frio mortal.
O ser humano pré-histórico também
FOGO aprendeu a cozinhar os alimentos em
fogueiras, tornando-os mais saborosos
“Fenômeno físico/químico, denominado combustão, e e saudáveis, pois ocalor matava muitas
que se caracteriza pela presença de luz e calor” bactérias existentes na carne.
Fonte:
Glossary of Wildland Fire Terminology, National Wildfire
Coordinating Group
• Combustível;
• Comburente (oxigênio);
• Calor;
• Reação em cadeia.
Combustível
É todo material que possui a propriedade de queimar. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que os sólidos
e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam.
Sólidos:
Líquidos:
Não Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores do que a do ambiente.
Ex.: óleo, graxa, etc.
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Gasosos:
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Comburente (Oxigênio)
É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis, dando vida
às chamas e possibilitando a expansão do fogo.
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Na maioria das reações que geram a combustão, o comburente encontrado normalmente é o oxigênio.
A percentagem de oxigênio existente no ar atmosférico é de aproximadamente 21%. Sempre que a
percentagem de oxigênio cair abaixo de 16%, o mesmo já não alimentará mais a combustão. Sempre que
nós conseguirmos manter uma percentagem de oxigênio abaixo de 16% em determinado local, estaremos
afastando um dos lados do triângulo do fogo, e consequentemente extinguindo o mesmo. A este método
de extinção do fogo é dado o nome de ABAFAMENTO.
Calor:
Temperatura:
É o efeito da intensidade de calor de um corpo. Sua medição no Brasil é em Graus Celsius ou Centígrados
Caloria:
A fumaça é uma mescla de gases, partículas sólidas e vapores d´água. Sua cor pode servir de orientação
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prática para a intensificação do material combustível que está sendo decomposto na combustão.
Quando é visualizado uma fumaça branca ou cinza clara, tem-se o indicativo de queima de combustível
comum como por exemplo madeira, papel, etc.
E por último, quando a fumaça é amarela/vermelha, indica que está queimando um combustível e que
seus gases geralmente são tóxicos.
Os incêndios podem ser classificados de acordo com as proporções , tendo em vista sua intensidade e
evolução, conforme apresentado a seguir:
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• Princípios de incêndio: São aqueles que envolvem uma peça de vestuário, uma peça de mobiliário,
um motor, etc, e que podem ser dominados facilmente com aparelhos extintores ou baldes d´água;
• Pequenos incêndios: São os que envolvem um cômodo, um compartimento interno etc, os quais
exigem maior quantidade de agentes extintores e tempo;
• Médios Incêndios: São aqueles que envolvem um andar de uma edificação, uma casa residencial,
uma pequena oficina, etc. Neste caso, a presença de uma equipe de brigada de incêndio de uma
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indústria que possua rede hidráulica e proteção por extintores poderá extinguir o incêndio;
• Grandes incêndios: São os que envolvem um edifício inteiro, grandes lojas, grandes barracões, uma
indústria, etc;
Fases do incêndio
A fase inicial do incêndio é caracterizada basicamente pela ausência de grande quantidade de calor e
oxigênio. Inicialmente há uma ignição, ocorrida em qualquer ponto, e que evoluiu lentamente.
Os materiais começam a queimar e a maior parte do calor produzida é utilizada para aquecer os materiais,
razão pela qual não há calor suficiente para gerar combustão em grande escala.
Em muitos casos, quer porque as aberturas (janelas, portas, etc.) estejam fechadas, ou porque não se
tenham ainda estabelecidas grandes correntes de convecção, a evolução do fogo é lenta, pois não há
quantidade de ar suficiente para manter a combustão em um ritmo elevado.
Já a fase sem chama ou de fumaça a chama deixa de existir se no ambiente não houver entrada de ar, o
incêndio é reduzido a brasas e a fumaça densa e os gases do fogo são levados para cima à procura de uma
saída.
É de extrema importância combater de forma eficiente o incêndio na fase inicial (princípio) devido que,
na segunda fase com a evolução das chamas, o combate torna-se dificultoso e até mesmo impossível, em
função dos riscos à vida.
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O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se
propaga por três processos de transmissão:
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• Condução: É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula
ou de corpo a corpo. A taxa de condução de calor vai depender basicamente da condutividade
térmica do material, sua superfície e espessura.
Estes dados são importantes de serem conhecidos durante a manipulação de produtos químicos. Estas
informações também são utilizadas em estudos de áreas classificadas.
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Informações como ponto de fulgor e temperatura de ignição são encontradas nas FISPQs (Ficha de
informação de segurança de produtos químicos) que acompanham os produtos.
Medidas Preventivas
Melhor previnir do que remediar
A Prevenção e Combate a incêndios surge desde a pré-história, quando o homem começa a controlar o
fogo. Durante sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se para inúmeras atividades, dentre elas:
aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, etc.
Porém o fogo, que tantos préstimos faz ao homem, é uma força imensa que deve ser controlada. Quando
perdemos o controle sentimos os seus efeitos destruidores, denominados incêndios (sinistros).
Temos hoje várias normas e leis sobre edificações e suas ocupações para o controle de materiais combustíveis
e inflamáveis, manutenção de máquinas e equipamentos em geral e sistemas elétricos, além de inspeções
de risco, com o objetivo de detectar situações propícias para o surgimento e alastramento de um incêndio.
No Brasil temos base Legal de prevenção de incêndios ditada pela Portaria 3.214/78 - Norma Regulamentadora
23 do Ministério do Trabalho e Emprego, além de Leis Estaduais e Municipais.
Grande parte das normas utilizadas no Brasil e no mundo, para prevenção de incêndios no tocante a
equipamentos, sistemas e treinamentos, são originárias da N.F.P.A. - National Fire Protection Association
dos EUA, organismo norte americano de estudos e normatização de assuntos relacionados a incêndios e a
prevenção destes.
11.540, de 12/11/2003);
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Telefone Bombeiros
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• As portas e janelas devem ser fechadas, confinando o local do sinistro, além de isolar os materiais
combustíveis e proteger os equipamentos, desligando o quadro de luz ou o equipamento da tomada;
• Comunicar o fato à chefia da área envolvida ou ao responsável do mesmo prédio e se for o caso armar
as mangueiras para a extinção do fogo;
• Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como máscara (se possível
molhado), cobrindo o nariz e a boca e para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que
possível, manter molhadas as roupas, cabelos, sapatos ou botas;
• Para locais de confinamento pelo fogo é necessário que seja localizada uma saída retirando-se do
recinto em lugares onde haja muita fumaça. Para sair destes ambientes o ideal é ficar agachado, bem
próximo ao chão, onde o calor é menor e onde ainda existe oxigênio. Em casos de ter que atravessar
uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapatos, encharque uma cortina e enrole-se nela,
molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao nariz e atravessando o mais rápido que puder;
• Já para locais com necessidade de abandono é recomendado que nunca seja utilizado os elevadores
em caso de emergência. Ao abandonar um compartimento, fechar a porta atrás de si (sem trancar)
e não voltar ao local. Facilitar a operação dos membros da Equipe de Emergência para o abandono,
seguindo à risca as suas orientações, devendo ajudar o pessoal incapacitado à sair, dispensando
especial atenção àqueles que, por qualquer motivo, não estiverem em condições de acompanhar o
ritmo de saída (deficientes físicos, mulheres grávidas e outros).
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Este simulador tem como objetivo auxiliar os projetistas a elaborar planos de segurança contra incêndio
e pânico. Ele não substitui o conhecimento técnico do profissional. Serve apenas de facilitador para
consultas das medidas preventivas necessárias, de acordo com o código de prevenção de incêndios e
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Métodos de Extinção
O primeiro combate
Para haver fogo, são necessários o combustível, comburente e o calor, formando o triângulo do fogo ou,
conforme exposto anteriormente o quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite a ocorrência de
uma reação em cadeia. Para extinguir o fogo, basta retirar um desses elementos, e pode-se dividir nos
seguintes métodos de extinção: extinção por retirada do material, por abafamento, por resfriamento e
extinção química.
Extinção química
Ocorre quando é interrompida a reação em cadeia. O combustível, sob ação do calor, gera gases ou
vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando lançamos
determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam
com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não inflamável.
Extintores de incêndio
O Extintor de incêndio é um equipamento de segurança que possui a finalidade de extinguir ou controlar
incêndios em casos de emergências. Em geral é um cilindro que pode ser carregado até o local do incêndio,
contendo um agente extintor sob pressão.
Os extintores precisam ter sua carga renovada regularmente, em intervalos estabelecidos pelo fabricante.
Em geral estes variam de um a três anos.
Em intervalos maiores o cilindro do extintor precisa passar por um teste hidrostático para determinar se
ele possui vazamentos ou algum outro dano estrutural que prejudique o seu funcionamento. Há novos
extintores que tanto o cilindro quanto sua carga valem cinco anos, e após o uso não tem mais utilização do
cilindro como os antigos.
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3. Pressionar o acionador;
4. Direcionar à base do fogo.
Classes de incêndio
Os incêndios são classificados de acordo com as características Momento História
dos seus combustíveis. Para se combater um incêndio usando
os métodos adequados é necessário ter conhecimento do
material que está em combustão. Em alguns casos, alguns
agentes extintores não devem ser utilizados, pois colocam O médico alemão M. Fuchs inventou no
em risco a vida do operador do equipamento. Os extintores ano de 1734, bolas de vidro cheias de um
trazem em seu corpo as classes de incêndio para as quais solução salina destinadas a ser atiradas no
é mais eficiente, ou as classes para as quais não devem ser fogo.
utilizados.
Já o moderno extintor de incêndio
Classe A automático foi inventado por um militar
inglês, o Capitão George William Manby,
São incêndios ocorridos em materiais fibrosos ou combustíveis depois de ter presenciado um incêndio
sólidos, queimam em superfície e profundidade e após a em 1813 em Edimburgo que começou no
queima deixam resíduos, brasas e cinzas. quinto andar de um edifício no qual as
mangueiras não alcançavam.
Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método
de resfriamento, e as vezes por abafamento através de jato Em 1816 ele inventou um aparelho
pulverizado. cilíndrico de cobre, com sessenta
centímetros de altura e capacidade
de quinze litros. Era envasado com até
Classe B três quartos de um líquido que Manby
descrevia como fluido anti-chamas como
São incêndios ocorridos em combustíveis líquidos inflamáveis uma solução de potassa cáustica. O espaço
ou gases combustíveis, a queima se dá na superfície e não restante era cheio de ar comprimido.
deixam resíduos
Em 1866, o francês François Carlier inventou
Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento. um extintor que era composto por uma
garrafa contendo uma mistura (água e
bicarbonato de sódio) e em separado uma
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espuma.
Classe D
São incêndios ocorridos em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio, etc.), difíceis de serem
apagados.
Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento. Nunca utilizar extintores de água ou espuma
para extinção do fogo.
Classe K
Incêndios que envolvem meios de cozinhar (banha, gordura e óleo) têm sido por muito tempo a principal
causa de danos materiais, vítimas fatais ou não. Estes incêndios são muito especiais na natureza. Testes
recentes efetuados por ULI (laboratórios de underwriters, Inc.) e outras agências em outros países obtiveram
novos resultados neste tipo especifico de risco de incêndio.
Recomendações
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa do incêndio até
o extintor varia com o risco de incêndio ao qual a construção está
exposta. Em locais de risco alto não pode passar de 10 metros, e em
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proteção adequada.
O extintor deve estar afixado na parede ou no chão, desde que esteja apoiado em um suporte apropriado.
O local onde o extintor está instalado precisa ser sinalizado adequadamente com uma placa. Caso o piso
seja rústico, deve haver uma marcação também no piso.
Agentes extintores
Os extintores são carregados com agentes extintores que ajudam a combater um incêndio. Diferentes
agentes combatem incêndios usando suas diferentes propriedades, podendo ser mais ou menos eficazes
dependendo do material que está em combustão.
Água pressurizada
Água pressurizada extingue o fogo por resfriamento. É o agente extintor
indicado para incêndios de classe A (materiais sólidos como madeira, papel,
tecidos e borracha.). Age por resfriamento e/ou abafamento e pode ser aplicado
na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a
ação é por resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de resfriamento e
abafamento.
ATENÇÃO:
Nunca use água em fogo das classes C e D.
Nunca use jato direto na classe B.
Pó químico BC
Pó Químico BC, também chamado de Bicarbonato de Sódio, é usado
para apagar incêndios de líquidos, gases e equipamentos elétricos. É o
agente extintor indicado para combater incêndios da classe B. Age por
abafamento, podendo ser também utilizados nas classes A e C, podendo
nesta última danificar o equipamento.
Pó químico ABC
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Pó químico especial
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Espuma
Espuma é usada em incêndios de líquidos e sólidos. É um agente
extintor indicado para incêndios das classe A e B. Age por abafamento
e secundariamente por resfriamento. Por ter água na sua composição,
não se pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois conduz corrente
elétrica.
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CAPÍTULO 12
Primeiros Socorros
- Introdução
- Noções sobre Lesões
- Priorização do Atendimento
- Aplicação de RCP
- Técnicas para Remoção e Transporte de Acidentados
CAPÍTULO 12
Primeiros Socorros
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Noções básicas 3
Noções sobre Lesões
Os tipos de ferimentos 7
Priorização do Atendimento
O sistema de triagem 22
Aplicação de RCP
A técnica que salva vidas
24
Técnicas para Remoção e Transporte
de Acidentados
Cuidados no mexer
29
Primeiros Socorros
Introdução
Noções básicas
Tem-se como definição para Primeiros socorros o conjunto de medidas voltadas ao atendimento temporário
e imediato de um agravo à saúde ocorrido fora do ambiente hospitalar. São medidas simples, que não
exigem muitos conhecimentos ou materiais e que podem ser realizadas por qualquer pessoa treinada.
Por diversas situações as pessoas estão expostas à riscos e à ferimentos causados por acidentes. Algumas
destas vítimas de acidentes morrem ou tem danos irreversíveis devida à incorreta forma de atendimento
ou demora.
Baseado nisso, a NR10 estabelece que os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate
e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória,
além de receber treinamento afim de se evitar os acidentes de trabalho.
Legislação
Da constituição tem-se:
“ Art. 5°: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
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propriedade.”
“Art. 196°: A saúde é de direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
“Art. 135° Deixar de prestar assistência, quando possível faze-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Prestar Assistência
Chamar socorro especializado para os casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou
não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
Sempre que possível, deve ser realizado o primeiro atendimento e acionado o serviço médico de
emergência para que o tratamento seja realizado de forma sistemática por profissionais preparados e com
equipamentos adequados.
Socorristas
Todo socorrista deve ter:
• Bom senso;
• Capacidade de improvisar;
• Determinação;
• Reconhecer seus limites;
• Paciência e calma;
• Saber o que fazer e o que não fazer;
• Atendimento das prioridades (manutenção da vida);
• Equipe de resgate.
A NR10, no item 10.12, define que as empresas devem criar ações em seu plano de emergência voltadas
para a área de elétrica em situações de emergência, incluindo o atendimento ao acidentado e o método de
resgate padronizado e adequado à sua atividade. De acordo com o item 10.8, os trabalhadores autorizados
devem estar aptos a prestar os primeiros socorros ao acidentado, especialmente por meio de reanimação
cardiovascular, bem como executar o resgate.
Em qualquer circunstância, sempre que possível dever ser solicitado a presença de outra pessoa para
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auxiliar no atendimento. Seja para abrir uma janela, afrouxar roupas, cintos e sapatos, ou realizar outro
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procedimento qualquer, inclusive, acionar por telefone o serviço médico da empresa ou diretamente o
serviço de emergência de sua cidade.
Caso necessário, afaste-se brevemente da cena e busque ajuda rapidamente, retornando em seguida.
O acesso rápido ao atendimento especializado é de vital importância para a vítima. Na maioria das capitais
do país, e nas cidades de maior porte, está disponível o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU.
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O Corpo de Bombeiros executa prioritariamente o atendimento às vítimas de traumas e/ou que necessitem
de salvamento (incêndio, afogamentos, encarceramentos, etc.). O mais importante é saber que estes
serviços geralmente atendem por números telefônicos gratuitos e padronizados para todo o Brasil: para
o SAMU disque 192 e para os Bombeiros, 193. A ligação é gratuita e não necessita cartão. (Para pequenas
cidades, consulte o telefone local utilizado para atender emergências).
Caso sua cidade não possua serviços desse tipo, busque saber a alternativa que a prefeitura local têm para
esses casos. Normalmente há um serviço de ambulâncias acionado diretamente pelo telefone do hospital
mais próximo.
b) Médico ou outro profissional da saúde: Somente após o atendimento inicial dado pelo socorrista é
que o médico ou profissional da saúde atua, isto porque em muitos casos estes profissionais não estão
devidamente treinados, seja em suporte básico ou avançado de vida.
c) Pessoas Leigas, porém com noções de primeiros socorros: O suporte básico de vida ou Primeiros
Socorros são procedimentos que tem o objetivo de manter a vida, seja em um acidente ou por mal
súbito, sem os recursos necessários até que a chegada de um atendimento especializado.
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d) Pessoas leigas, sem noções de primeiros socorros: Estas pessoas, devido a falta de conhecimento,
não devem tentar ajudar os acidentados, no entanto irão ajudar buscando o contato com um
atendimento especializado.
• Presença de fogo;
• Trânsito perigoso;
• Cachorro bravo;
• Carro ligado;
• Gás e/ou Fumaça;
• Vazamento de combustível;
• Corrente elétrica ou fios desencapados;
• Ribanceira;
• Produtos químicos;
• Perigo de desabamento;
Para a abordagem a vítima deve-se ter cuidado, observando se a cena em que ela se encontra é segura
para você, para ela e para todos em volta. Garantir sua segurança deve ser sua principal prioridade.
Solicitar ajuda aos bombeiros de sua cidade, informando sobre a urgência e a gravidade dos acontecimentos,
e se possível, utilizar medidas de prevenção contra infecções (luvas).
Crise Convulsiva
O corpo sofre contrações musculares intensas e involuntárias. A pessoa se debate, pode ficar arroxeada,
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lábios e dentes ficam cerrados e há salivação excessiva. Na maioria das vezes, ocorre perda de
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consciência. Essa é a descrição feita por quem já presenciou uma crise convulsiva, condição que ocorre
repentinamente.
O que fazer?
Afastar a vítima de lugares perigosos, como áreas com piscina e com objetos cortantes;
Retirar objetos pessoais, como óculos, colares e anéis;
Proteger a cabeça, deixando-a livre para agitar-se à vontade;
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Manter a vítima de barriga para cima e a cabeça na lateral, para evitar engasgos;
Proteger a boca, observando se a língua não está sendo mordida;
Procure suporte médico;
Afrouxe as roupas se necessário;
Não force a abertura da boca e não jogue água no rosto da vítima.
São diversos os riscos em uma instalação. São diversos também os tipos de lesões que podem ocorrer.
Choque Elétrico
O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo,
utilizando o corpo como condutor. Esta passagem de corrente pode causar
um susto, porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou
até mesmo a morte.
Com isso deve-se ter muito cuidado com qualquer sistema energizado, pois
são muito perigosos e com alto poder para eletrocutar uma pessoa e causar
até mesmo a morte.
É comum associar a intensidade do Choque Elétrico com o “estrago” que o choque pode causar com o nível
de tensão, porém o correto é que depende da intensidade da corrente elétrica que atravessa o corpo da
pessoa durante o choque e do caminho da corrente elétrica pelo corpo.
Em caso de choque se deve interromper imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica,
desligando o circuito. Aplicar os procedimentos de Suporte Básico de Vida:
Estando a vítima fora de uma área eletrificada, observar se existe algum objeto obstruindo a passagem do
ar pela boca ou nariz (próteses dentárias, alimentos, etc) que devem ser imediatamente retirados.
Verificar se a vítima está respirando e procurar ajuda médica o mais rápido possível.
As queimaduras elétricas geralmente são mais graves do que aparentam, mesmo aquelas em que o
paciente procura ajuda especializada pessoalmente.
Insolação
A insolação ocorre devido à ação direta dos raios solares sobre o indivíduo. Os sintomas dos pacientes com
insolação podem ser:
O atendimento deve ocorrer removendo a vítima para lugar fresco e arejado afim de baixar a temperatura
do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas. Oferecer líquidos em pequenas
quantidades e de forma frequente, mantendo a vitima deitada Avaliar o nível de consciência, pulso e
respiração. Providenciar transporte adequado e encaminhar para atendimento hospitalar.
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Intermação
A intermação é uma causa de hipertermia decorrente da dificuldade do corpo em se resfriar adequadamente
num ambiente com calor excessivo (ocorre normalmente nas fundições, padarias, caldeiras etc.) onde há
intenso trabalho muscular. Os sintomas dos pacientes com intermação podem ser:
Ferimentos
São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo. Podem ser classificadas
como fechada e aberta.
É uma lesão produzida por objeto contundente que atinge a superfície do corpo, sem romper a pele.
• Hematoma;
• Equimose. Equimose: é uma infiltração de sangue na malha
dos tecidos com 2 a 3 centimetros de diâmetro.
Pode estar relacionada a trauma ou distúrbios de
coagulação.
É aberto quando rompe a integridade da pele, expondo tecidos internos, geralmente com sangramento.
• Incisiva;
• Contusa;
• Perfurante;
• Transfixante;
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• Escoriação;
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• Amputação;
• Laceração.
Os ferimentos provocam:
Hemorragias
É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (artérias, veias e capilares).
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente, pois representa uma ameaça à vida. A hemorragia
abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.
Hemorragia Externa
É o sangramento que pode ser observado (feridas, fraturas expostas, pelo nariz e de outras áreas
traumatizadas). Para o controle deve-se:
Hemorragia Interna
É o sangramento que extravasa para o interior do corpo, dentro de tecidos ou cavidades, como por exemplo
o sangramento de órgãos como o fígado, rim e baço. É importante ficar atento sempre que ocorra:
Demais hemorragias
• Hemorragia Arterial – a cor do sangue é vermelho vivo e sai sempre da lesão em jato intermitente.
• Hemorragia Venosa – a cor do sangue é vermelho mais escuro e sai em fluxo contínuo.
• Hemorragia Capilar – é o tipo mais comum de sangramento, ocorrem em vasos mais ambundantes e
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• Hemorragia Nasal – normalmente o sangramento nasal é visível. Para controlar o sangramento deve-
se colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe a(s) narina (s)
durante cinco minutos. Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que
está sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco com gelo e
encaminhar para atendimento hospitalar.
Queimadura Química
Os sintomas da queimadura pelo frio são a perda de sensação e função nas extremidades afetadas, a
pele dura e fria ao toque, ocorrência de formigamento e pele com aparência branca ou cinzenta - azulada
(cianose). As zonas mais afetadas são as extremidades (queixo, nariz, orelhas, bochechas, dedos das mãos
e dos pés).
• Retirar a vítima do local frio e proteger a pele exposta removendo roupa apertada ou objetos
constritivos;
• Submergir a área afetada em água morna (nunca quente), dado que a temperatura deve ser
confortável ao toque nas áreas do corpo não afetadas.
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Podem ser causadas por Arco Elétrico ou pela passagem direta de corrente elétrica através do corpo. O
Arco Elétrico produz queimaduras idênticas às térmicas. A passagem direta de corrente elétrica pelo corpo
provoca destruição dos tecidos internos. A lesão visível não reflete os danos que os tecidos subjacentes
sofreram com a condução elétrica. Habitualmente este tipo de lesão apresenta uma porta de entrada (local
de contato com a corrente elétrica) e uma porta de saída (local de saída de corrente após uma trajetória
pelo corpo). A sua gravidade depende do tipo de corrente, da quantidade de corrente, da duração do
contato e do seu trajeto.
• Desligar a fonte de energia elétrica, ou retirar a vítima do contato elétrico com luvas de borracha e
luvas de cobertura ou com um bastão isolante, antes de tocar na vítima;
• Adotar os cuidados específicos para queimaduras apresentados anteriormente, se necessário aplicar
técnica de Reanimação Cardiopulmonar.
Ao ver uma pessoa desmaiada, levante suas pernas para que o retorno
venoso possa acontecer, assim o coração bombeia mais sangue para o
cérebro.
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Primeiros Socorros
Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. As fraturas podem ser incompletas, quando
a lesão óssea ocorre mas não rompe a continuidade óssea e completas, quando os fragmentos ósseos
perdem a continuidade. Também podem ser classificadas como fechadas, sem exposição óssea, e expostas,
caso o osso está ou esteve exposto.
• Dor;
• Deformidade;
• Impotência funcional;
• Aumento de volume (inchaço);
• Crepitação – sensação audível causada pelo atrito dos fragmentos óssos fraturados.
Cuidados gerais
• Faça um primeiro diagnóstico observando o que aconteceu. Normalmente a pessoa que sofreu uma
fratura sentirá muita dor no local, ao apalpá-lo ou movimentá-lo;
• Chame socorro imediatamente ou, se a pessoa estiver em condições de ser transportada de carro,
leve-a a um hospital;
• A fratura que não é devidamente tratada pode causar uma deformação no osso, dor, artrose e
problemas de movimentação;
• Se o socorro demorar, lave o local com água corrente abundante ou com soro fisiológico e seque com
pano limpo. Não coloque nenhuma outra substância;
• Se houver um sangramento muito intenso, faça a compressão firme do local, segurando o membro
na posição oposta ao fluxo do sangue. Exemplo: se a fratura for no pulso, faça a compressão no
antebraço.
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• Na ocorrência de fratura de ossos longos, executar suaves manobras de alinhamento e tração antes
de imobilizá-los;
• Apoiar o membro fraturado, uma das mãos acima, outra abaixo do foco de fratura, e faça leve tração.
O alinhamento deve ser natural, se persistir a deformidade, não force.
• Mantenher a tração até que a tala de imobilização esteja no lugar;
• Imobilize a fratura, incluindo a articulação antes e depois da fratura.
• Na ocorrência de fratura de ossos longos, executar suaves manobras de alinhamento e tração antes
de imobilizá-los;
• Apoiar o membro fraturado, uma das mãos acima, outra abaixo do foco de fratura, e faça leve tração.
O alinhamento deve ser natural, se persistir a deformidade, não force.
• Mantenher a tração até que a tala de imobilização esteja no lugar;
• Imobilize a fratura, incluindo a articulação antes e depois da fratura.
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• Imobilizar desde o inicio dos dedos até o cotovelo, mantendo o punho em extensão.
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• Imobilizar desde a ponta dos dedos até o punho, com os dedos e semiflexão (mão semifechada);
• Colocar um acolchoado na palma da mão, que abranja o punho;
• Colocar e prender atadura desde o cotovelo até a ponta dos dedos.
• Aplicar três faixas largas para cobrir toda a caixa torácica no local da fratura;
• Pedir que a vítima expire e atar um nó a cada expiração.
Lembre-se
Entorse
É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares,
provocando o estiramento ou rompimento dos ligamentos.
Distensão
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Luxação
É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa
articulação.
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• Dor;
• Ardência;
• Vermelhidão;
• Lacrimejamento.
peçonhentos estão presentes tanto em meios rurais, quanto urbanos. Eles são responsáveis por provocarem
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inúmeros acidentes domésticos, em várias regiões brasileiras, com índices crescentes ano após ano.
Cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas,formigas, abelhas e marimbondos são exemplos
dessa categoria.
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De acordo com dados do Estadão de São Paulo (Julho de 2010), os acidentes com animais peçonhentos
cresceram quase que 33% em seis anos. O Ministério da Saúde, com base em uma análise de dados,
encontrou em 2003, 68.219 notificações contra 90.558 em 2009. Veja a quantidade de acidentes provocados
de acordo com o animal:
• Escorpiões – 45.721
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• Serpentes – 22.763
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• Aranhas – 18.687
• Lagartas – 3.387
Tais acidentes foram responsáveis por 309 mortes no Brasil em 2009. Em geral, as chuvas são o principal
fator do aumento desses índices. Uma das hipóteses está relacionada com os alagamentos, pois os animais
são obrigados a sair de seus esconderijos naturais.
Se possível deve-se capturar ou identificar o animal que picou a vítima, mas sem perda de tempo com esse
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• Marcas da picada;
• Febre, náuseas;
• Dor, inchaço;
• Manchas roxas, hemorragia;
• Calafrios, perturbações visuais;
• Sudorese, urina escura;
• Eritema, dor de cabeça;
• Queda das pálpebras;
• Distúrbios visuais;
• Dificuldade respiratória;
• Convulsões.
Os Primeiros Socorros em vítima que sofreu picada de cobra, escorpiões ou aranhas são:
• Manter a vítima deitada. Evite que ela se movimente para não favorecer a absorção de veneno;
• Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais baixa que o coração;
• Lavar a picada com água e sabão;
• Colocar gelo ou água fria sobre o local;
• Remover anéis e relógios, prevenindo assim complicações decorrentes do inchaço;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o
soro em tempo;
• Não fazer garroteamento ou torniquete;
• Não cortar ou perfurar o local da picada.
As picadas destes animais podem ser prevenidas com a utilização de botas de cano longo e perneiras, e a
proteção para as mãos com luvas de raspa ou vaqueta. Também deve-se combater os ratos, preservar os
predadores naturais e conservar o meio ambiente.
Na ocorrência de uma picada ou ferroada por insetos, se possível, retirar o ferrão e lavar a área com água e
sabão, aplicar gelo no local para diminuir o inchaço e se a vítima for alérgica ou receber múltiplas picadas,
conduza-a imediatamente a um hospital. Caso seja possível, levar junto uma amostra do inseto (vivo ou
morto).
Dengue Clássica:
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• Náuseas e vômitos;
• Tonturas;
• Extremo cansaço;
• Moleza e dor no corpo; Fonte: SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner
e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9
• Muitas dores nos ossos e articulações. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. vol. III
Priorização no Atendimento
O sistema de triagem
Para um acidente com múltiplas vítimas é importante que o caos da cena não seja simplesmente transferido
para o hospital mais próximo.
A palavra triagem significa classificar, separar. Não adianta levar até o local um número grande de
ambulâncias, socorristas, médicos e enfermeiros, além da população, trabalhando de forma desordenada,
sem uma coordenação.
Com isso a triagem consiste em uma avaliação rápida das condições clínicas, e é um processo que determina
prioridades de ação.
Divisão na triagem
Triagem de todas as vítimas, tratamento médico no local para estabilização das vítimas e transporte para
o hospital mais adequado.
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Atualmente é o modelo adotado pela Associação de Chefes de Bombeiros do Estado da Califórnia nos EUA.
START é a abreviatura de Simple Triage And Rapid Treatment (Triagem Simples e Tratamento Rápido).
Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois permite a
rápida identificação daquelas que estão em grande risco de morte.
Cor Vermelha
Significa primeira prioridade:
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que demonstram um estado crítico e necessitam
tratamento e transporte imediato.
Cor Amarela
Significa segunda prioridade: São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a
atenção e podem aguardar pelo transporte.
Cor Verde
Significa terceira prioridade: São as vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não
requerem atenção imediata.
Cor Preta
Significa sem prioridade (morte clínica): São as vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou para
identificação de cadáveres.
RESPIRA?
N S
AÉREA
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>30s ENCHIMENTO
CAPILAR
RESPIRA?
>2s <2s
N
S
ÓBITO RESPONDE
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ORDENS SIMPLES?
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VERDE AMARELO
COMO SE MANIFESTA
• Perda de consciência;
• Ausência de movimentos respiratórios;
• Ausência de pulso;
• Cianose (pele, língua, lóbulo da orelha e bases da
unhas arroxeadas);
• Midríase (pupilas dilatadas e sem fotorreatividade).
Protocolo de atendimento
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O protocolo de atendimento a ser utilizado atualmente é o da American Heart Association, revisão 2015.
As Diretrizes da AHA (American Heart Association) 2015 para RCP e ACE se baseiam em um processo
internacional de avaliação de evidências, envolvendo centenas de cientistas e especialistas em ressuscitação
de todo o mundo que avaliaram, discutiram e debateram milhares de publicações revisadas por pares.
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As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta
qualidade, incluindo:
As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE recomendam que as ventilações de resgate sejam aplicadas
em, aproximadamente, 1 segundo. Assim que houver uma via aérea avançada colocada, as compressões
torácicas poderão ser contínuas (a uma frequência mínima de 100 a 120/minuto) e não mais alternadas
com ventilações. A profundidade das compressões mínimo 5cm, mas não superior 6 cm. As ventilações
de resgate, então, poderão ser aplicadas à frequência de cerca de uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos
(cerca de 8 a 10 ventilações por minuto). Deve-se evitar ventilação excessiva.
As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE recomendam uma alteração na sequência de procedimentos de
RCP de A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B (compressões torácicas, via aérea e
ventilação) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).
Cadeia de Sobrevivência
Os elos na cadeia de sobrevivência de ACE são:
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1
Reconhecimento da Parada Cárdio Respiratória.
(Sem respiração, com respiração anormal - gasping). Gasping
significa movimento respiratórios assíncronos não efetivos.
Verificação de pulso somente para profissionais da saúde.
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Treine estes procedimentos com um colega. Saber fazer uma RCP pode salvar vidas!
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Primeiros Socorros
Movimente o acidentado o menos possível. Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o
transporte. O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo
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para a vítima.
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Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem
necessárias. Nem mesmo durante o transporte. SOMENTE UM MÉDICO PODE ATESTAR O ÓBITO DE UMA
PESSOA.
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Como proceder
Vítimas de acidentes normalmente não devem ser movimentadas, no entanto existem situações que a
movimentação é necessária. Com isso, o socorrista deve verificar a necessidade e realizar a movimentação
sem agravar a condição da vítima.
Existindo perigo, a vítima deve ser movimentada afim de afastá-la de um perigo maior.
Para situações onde não haja perigo, o transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada
em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). O transporte realizado de forma imprópria
poderá agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.
Vítima inconsciente:
Vítima inconsciente:
• Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo,
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