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NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Objetivo do curso

Abordar os princípios de segurança em eletricidade que devem ser


aplicados nas tarefas desenvolvidas pelos trabalhadores do Sistema
Elétrico de Potência - área de distribuição de energia elétrica e suas
proximidades.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Objetivo do curso

A Norma Regulamentadora NR 10, em seu texto, conforme item 10.8, coloca como
condição necessária para que o empregador autorize um trabalhador a intervir em
instalações elétricas que ele participe de um treinamento de segurança com carga
horária e conteúdo programático mínimo estabelecidos.

O treinamento recomendado pela NR 10 não substitui o Treinamento de Formação


Profissional do Eletricista de Rede de Distribuição, e deve ser realizado em local
adequado para essas atividades, adotando procedimentos operacionais
padronizados e assinados por profissional legalmente habilitado, conforme item
10.2.7 da NR 10.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Conteúdo
• Organização do sistema elétrico de potência
• Organização do trabalho
• Aspectos comportamentais dos trabalhadores
• Riscos típicos no SEP e sua prevenção
• Condições impeditivas para trabalhos
• Técnicas de análise de risco
• Técnicas de trabalho sob tensão
• Medidas de proteção coletiva
• Resgate da vítima de choque elétrico da estrutura
• Análise de procedimentos básicos para o trabalho
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Avaliação

• Será aplicado um teste objetivo e prático para avaliar o


desempenho dos participantes e a assimilação do conteúdo

• Será fornecido um certificado.


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Organização do sistema elétrico de potência

Sistema Elétrico de Potência, daqui em diante chamado de


SEP, é o conjunto das instalações e equipamentos destinados
à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a
medição, inclusive.

Usina hidrelétrica de Tucuruí


Fonte: ANEEL, 2006. Sistema elétrico de potência
Fonte: ANEEL, 2006
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Organização do sistema elétrico de potência

Esta definição abrange as áreas de geração, transmissão e distribuição de


energia elétrica com a finalidade comercial, excetuando, assim, geração
própria e transmissão ou distribuição de energia elétrica dentro da
unidade consumidora, com finalidade operacional.
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O objetivo de um Sistema Elétrico de Potencia (SEP) é gerar, transmitir e


distribuir energia elétrica atendendo a determinados padrões de confiabilidade,
disponibilidade, qualidade, segurança e custos, com o mínimo impacto
ambiental e o máximo de segurança pessoal.
Suas características são:
•Segurança: está relacionado com a habilidade do sistema de responder a distúrbios
que possam ocorrer no sistema. Em geral os sistemas elétricos são construídos para
continuar operando após ser submetido a uma contingência.
•Disponibilidade: é definida como a probabilidade do SEP de prover suprimento de
energia quando requisitado pelo usuário
•Qualidade da energia: é a condição de compatibilidade entre sistema supridor e
carga atendendo critérios de conformidade senoidal (idênticos ao da função)
•Confiabilidade: pode ser definida como a probabilidade do SEP prover um
adequado suprimento de energia elétrica dentro de um tempo indeterminado
desejado de modo a satisfazer as necessidades do usuário
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Organização do sistema elétrico de potência

Agentes envolvidos:

• MME - Ministério de Minas e Energia: Encarregado de formulação, do


planejamento e da implementação de ações do Governo Federal no âmbito da
politica energética nacional. O MME detém o poder concedente

• ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica: Autarquia vinculada ao MME,


com finalidade de regular a fiscalização, a produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia, em conformidade com as políticas e diretrizes do
Governo Federal. A ANEEL detém os poderes regulador e fiscalizador

• ONS - Operador Nacional do Sistema: Pessoa jurídica de direito privado, sem


fins lucrativos, sob regulação da ANEEL, tem por objetivo executar as atividades
de coordenação e controle da operação de geração e transmissão, no âmbito do
SIN ( Sistema Interligado Nacional ). O ONS é responsável pela operação física
do sistema e pelo despacho energético centralizado
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Organização do sistema elétrico de potência

• CNPE – Conselho Nacional de Política Energética: Órgão de assessoramento do


Presidente da República para formulação de políticas nacionais e diretrizes de
energia, visando, dentre outros, o aproveitamento natural dos recursos energéticos
do país, a revisão periódica da matriz energética e a definição de diretrizes para
programas específicos

• CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica: Pessoa jurídica de


direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, com
finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado
Nacional

• CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico: Construído no âmbito do


MME e sob sua coordenação direta, com a função de acompanhar e avaliar
permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletro energético
em todo o território
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Organização do sistema elétrico de potência

A energia elétrica que alimenta as indústrias, comércio e nossos lares é gerada


principalmente em usinas hidrelétricas, onde a passagem da água por turbinas
geradoras transformam a energia mecânica, originada pela queda d’agua, em
energia elétrica.

No Brasil a GERAÇÃO de energia elétrica é 80% produzida a partir de


hidrelétricas, 11% por termoelétricas e o restante por outros processos. A partir
da usina a energia é transformada, em subestações elétricas, e elevada a níveis
de tensão (69/138/230/345/500 kV) e transportada em corrente alternada (60
Hertz) através de cabos elétricos, até as subestações rebaixadoras, delimitando a
fase de Transmissão.
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Organização do sistema elétrico de potência

Já na fase de Distribuição (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades dos centros de


consumo, a energia elétrica é tratada nas subestações, com seu nível de tensão
rebaixado e sua qualidade controlada, sendo transportada por redes elétricas aéreas
ou subterrâneas, constituídas por estruturas (postes, torres, dutos subterrâneos e
seus acessórios), cabos elétricos e transformadores para novos rebaixamentos (110 /
127 / 220 / 380 V), e finalmente entregue aos clientes industriais, comerciais, de
serviços e residenciais em níveis de tensão variáveis, de acordo com a capacidade de
consumo instalada de cada cliente.

Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de


Potência (SEP), definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos
destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição
inclusive.
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Organização do sistema elétrico de potência

Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que o SEP trabalha


com vários níveis de tensão, classificadas em alta e baixa tensão e normalmente com
corrente elétrica alternada (60 Hz).

Conforme definição dada pela MTE através das NR´s (Normas Regulamentadoras),
considera-se “baixa tensão”, a tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120
volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500
volts em corrente contínua. Da mesma forma considera-se “alta tensão”, a tensão superior
a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou
entre fase e terra, ou entre positivo e negativo.
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Organização do sistema elétrico de potência


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Geração de Energia Elétrica

Manutenção

São atividades de intervenção realizadas nas unidades geradoras, para


restabelecer ou manter suas condições adequadas de funcionamento.

Essas atividades são realizadas nas salas de máquinas, salas de comando, junto
a painéis elétricos energizados ou não, junto a barramentos elétricos, instalações
de serviço auxiliar, tais como: transformadores de potencial, de corrente, de
aterramento, banco de baterias, retificadores, geradores de emergência, etc.
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Geração de Energia Elétrica

Os riscos na fase de geração (turbinas/geradores) de energia elétrica são


similares e comuns a todos os sistemas de produção de energia e estão
presentes em diversas atividades, destacando:

• Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários (turbinas, gerado-


res, transformadores, disjuntores, capacitores, chaves, sistemas de medição,etc.);
• Manutenção das instalações industriais após a geração;
• Operação de painéis de controle elétrico;
• Acompanhamento e supervisão dos processos;
• Transformação e elevação da energia elétrica;
• Processos de medição da energia elétrica.
As atividades características da geração se encerram nos sistemas de medição
da energia usualmente em tensões de 138 a 500 kV, interface com a transmissão
de energia elétrica.
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Transmissão de Energia Elétrica

Está constituída por linhas de condutores destinados a transportar a energia elétrica desde a fase
de geração até a fase de distribuição, abrangendo processos de elevação e rebaixamento de tensão
elétrica, realizados em subestações próximas aos centros de consumo. Essa energia é transmitida
em corrente alternada (60 Hz) em elevadas tensões (138 a 600 kV). A sub-transmissão a
pequenas cidades e importantes consumidores industriais está entre 35 KV a 160 KV.

Os elevados potenciais de transmissão se justificam para evitar as perdas por aquecimento e


redução no custo de condutores e métodos de transmissão da energia, com o emprego de cabos
com menor bitola ao longo das imensas extensões a serem
transpostas, que ligam os geradores aos centros consumidores.
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Atividades características do setor de transmissão:

Inspeção de Linhas de Transmissão


Neste processo são verificados: o estado da estrutura e seus elementos, a altura dos cabos
elétricos, condições da faixa de servidão e a área ao longo da extensão da linha de
domínio. As inspeções são realizadas periodicamente por terra ou por helicóptero.

Manutenção de Linhas de Transmissão


• Substituição e manutenção de isoladores (dispositivo constituído de uma série de “discos”,
cujo objetivo é isolar a energia elétrica da estrutura);
• Limpeza de isoladores;
• Substituição de elementos pára-raios;
• Substituição e manutenção de elementos das torres e estruturas;
• Manutenção dos elementos sinalizadores dos cabos;
• Desmatamento e limpeza de faixa de servidão, etc.
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Construção de Linhas de Transmissão

• Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatórios de impacto do meio


ambiente e projetos;
• Desmatamentos e desflorestamentos;
• Escavações e fundações civis;
• Montagem das estruturas metálicas;
• Distribuição e posicionamento de bobinas em campo;
• Lançamento de cabos (condutores elétricos);
• Instalação de acessórios (isoladores, pára-raios);
• Tensionamento e fixação de cabos;
• Ensaios e testes elétricos.
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Salientamos que essas atividades de construção são sempre realizadas com os


circuitos desenergizados, via de regra, destinadas à ampliação ou em substituição a
linhas já existentes, que normalmente estão energizadas.

Dessa forma é muito importante a adoção de procedimentos e medidas adequadas


de segurança, tais como: seccionamento, aterramento elétrico, equipotencialização
de todos os equipamentos e cabos, dentre outros que assegurem a execução do
serviço com a linha desenergizada.
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Distribuição de Energia Elétrica

É o segmento do setor elétrico que compreende os potenciais após a transmissão,


indo das subestações de distribuição entregando energia elétrica aos clientes.

A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais:

• Médios clientes abastecidos por tensão de 4,16KV a 34,5KV;

• Clientes residenciais, comerciais e industriais até a potência de 300 kVA – ANEEL –


anteriormente era até 75KVA (o abastecimento de energia é realizado no potencial de
110, 127, 220 e 380 Volts);

• Distribuição subterrânea no potencial de 24 kV.


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Distribuição de Energia Elétrica

A distribuição de energia elétrica possui diversas etapas de trabalho, conforme descrição


abaixo:

• Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações;


• Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica;
• Construção de redes de distribuição;
• Construção de estruturas e obras civis;
• Montagens de subestações de distribuição;
• Montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas redes de distribuição;
• Manutenção das redes de distribuição aérea;
• Manutenção das redes de distribuição subterrânea;
• Poda de árvores;
• Montagem de cabinas primárias de transformação;
• Limpeza e desmatamento das faixas de servidão;
• Medição do consumo de energia elétrica;
• Operação dos centros de controle e supervisão da distribuição.
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Distribuição de Energia Elétrica

Na história do setor elétrico o entendimento dos trabalhos executados em


linha viva estão associados às atividades realizadas na rede de alta tensão
energizada pelos métodos: ao contato, ao potencial e à distância e deverão
ser executados por profissionais capacitados especificamente em curso de
linha viva.
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Distribuição de Energia Elétrica

Manutenção com a linha energizada “linha viva”

Esta atividade deve ser realizada mediante a adoção de procedimentos e metodologias


que garantam a segurança dos trabalhadores. Nesta condição de trabalho as atividades
devem ser realizadas mediante os métodos abaixo descritos:

•Método ao contato
•Método ao potencial
•Método à distância
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Técnicas de trabalho sob tensão

Trabalho em linha viva (ao contato)

O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica ao mesmo potencial da
rede elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando equipamentos de proteção
individuais adequados ao nível de tensão tais como botas, luvas e mangas isolantes e
equipamento de proteção coletiva como cobertura e mantas isolantes.

Esse tipo de trabalho é muito empregado em tensão


primária de distribuição, até 34,5 kV .
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Técnicas de trabalho sob tensão

Trabalho ao potencial

É o método onde o trabalhador fica em contato direto com a tensão da linha, no


mesmo potencial da rede elétrica.

Nesse método, é importantíssimo o emprego de medidas de segurança que


garantam o mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser
utilizado conjunto de vestimentas condutoras (roupas, botinas, luvas, capuzes),
ligadas, através de cabo condutor elétrico e cinto, à rede objeto da atividade.

É necessário treinamento e condicionamento específico dos trabalhadores para tais


atividades.
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Técnicas de trabalho sob tensão

Trabalho à distância

É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma distância segura,
através do emprego de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e
dispositivos isolantes apropriados.

É, também, necessário treinamento e condicionamento específico dos trabalhadores em


tais atividades.
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Técnicas de trabalho sob tensão

Em áreas internas

Os trabalhos a serem realizados sob tensão em áreas internas devem ser planejados,
para não interferir na rotina de outras áreas da empresa, além de não colocar em risco a
integridade física de outros profissionais, podendo inclusive gerar riscos de acidentes
graves que podem, em geral, levar a óbito.

Todas as manobras que seja feitas em áreas internas das instalações, isto é, em
subestações ou painéis localizados no interior de áreas abrigadas devem conter os
equipamentos de proteção coletivas compatíveis, respeitando o nível de tensão à qual se
esteja submetido.
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Técnicas de trabalho sob tensão

Trabalhos noturnos

Excepcionalmente, durante a noite, o serviço com linha energizada deverá atender às


seguintes exigências: treinamento para serviço noturno, condições físicas favoráveis dos
eletricistas, no caso de prorrogação da jornada, iluminação local de forma a permitir
condição para o trânsito de veículos e pedestres e, principalmente, para execução da
tarefa.

Os profissionais deverão utilizar vestimentas com fita refletiva para melhor visualização
noturna do trabalhador.
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Organização do trabalho

A organização do trabalho visa padronização e segurança dos trabalhadores


envolvidos, visto que, nesta etapa será feita uma avaliação prévia, estudo e
planejamento de atividades e ações.

.
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Organização do trabalho

A eficiência da organização do trabalho depende dos seguintes fatores:

•Programação e planejamento dos serviços


•Trabalho em equipe
•Prontuário e cadastro das instalações
•Métodos de trabalho
•Comunicação
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Organização do trabalho

Programação e planejamento dos serviços

O objetivo principal é prever riscos e falhas nos trabalhos a serem executados


através de técnicas de análise de risco.

O planejamento determina a quantidade de recursos materiais ( máquinas e


ferramentas ) e recursos humanos necessários e o tempo de duração do serviço,
além de estabelecer o profissional correto para cada tarefa.

A programação estabelece procedimentos passo a passo a serem tomados para a


execução de determinado serviço, duração e medidas de segurança a serem
adotadas
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Organização do trabalho

Trabalho em Equipe

A NR-10 estabelece que antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em


AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço devem
realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.

A equipe tem que buscar os mesmos objetivos, além de ter uma visão sistêmica
( visão geral) sobre o serviço.
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Organização do trabalho

Prontuário e Cadastro das Instalações

Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75KW devem constituir e


manter o Prontuário de Instalações Elétricas com os esquemas unifilares
atualizados contendo as especificações do sistema de aterramento e demais
equipamentos e dispositivos de proteção.

Os prontuários e cadastros das instalações devem ser visíveis e de


conhecimentos de todos os profissionais que realizarão serviços em eletricidade e
sempre atualizados por profissional legalmente habilitado
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Organização do trabalho

Métodos de Trabalho

Consiste em analisar a melhor maneira de realização do trabalho com segurança,


para isso exigindo conhecimentos técnicos e habilidades do profissional.

O treinamento dos profissionais e a utilização de ferramentas adequadas, bem


como os equipamentos de proteção são essenciais para um método de trabalho
eficaz.

Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser


realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por
profissional habilitado e autorizado.
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Organização do trabalho

Comunicação

Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles


envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de
operação durante a realização do serviço.

A comunicação deve ser feita via rádio ou telefone, tendo a equipe ou centro de
operações informações sobre qualquer anormalidade dos procedimentos e riscos
decorrentes não analisadas.

Ter segurança vai além da comunicação verbal, exigindo também a comunicação


visual, com placas, faixas e cones comunicando os perigos ou riscos dos serviços
decorrentes a área energizada.
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Organização do trabalho

Documentação dos meios físicos

Documentação da instalação

A documentação mínima que deve estar à disposição dos trabalhadores


envolvidos é o diagrama unifilar da rede, com seus principais equipamentos,
dispositivos de comando, proteção e especificações do sistema de
aterramento, conforme o item 10.2.3 da NR10.
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Organização do trabalho

Documentação dos Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC´s

No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas e em suas


proximidades devem ser previstos e adotados prioritariamente
Equipamentos de Proteção Coletiva.
Os EPC´s são equipamentos, dispositivos ou sistemas, fixos ou móveis, de
abrangência coletiva, destinados a preservar a integridade física e a saúde
dos trabalhadores, usuários e terceiros. Todo EPC deve ser periodicamente
testado de acordo com as especificações do fabricante ou do critério
adotado pela Empresa e os resultados do teste anotados em ficha própria
para acompanhamento durante a vida útil do mesmo.
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Organização do trabalho
Documentação das ferramentas e outros equipamentos

• Todas as ferramentas utilizadas para executar os trabalhos devem ser especificadas e


constar do Procedimento de Trabalho.

• Atenção especial deve ser dada à categoria de suportabilidade a impulsos, em quilovolts,


dos medidores de grandezas elétricas ( detectores e multímetros).

• As ferramentas utilizadas para serviços em instalações elétricas e em suas proximidades


devem ser eletricamente isoladas, em especial aquelas destinadas a serviços em
instalações elétricas energizadas.

• A isolação deve ser verificada antes de cada utilização.


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Organização do trabalho

Documentação da mão de obra

Além dos documentos normais solicitados por ocasião da admissão e os que


periodicamente devem ser renovados, como exames médicos, devem constar os
treinamentos realizados e a autorização formal dada pelo empregador para executar
as tarefas previstas para função a ser desenvolvida.

Em especial, chamamos a atenção para o treinamento de formação pelo qual deve


passar o profissional antes de ir a campo atuar em serviços elétricos.
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Organização do trabalho

Documentação da metodologia utilizada

Procedimento de trabalho

• Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em


conformidade com procedimentos de trabalho específicos.

• Ter descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que
atenda ao que estabelece o item 10.8 da NR 10.

• Os procedimentos são fruto de uma análise de risco feita pela área de segurança e pela
área de operação.
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Organização do trabalho

Ordem de serviço:

Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordem de serviço


específica, aprovada por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o
local e as referências aos Procedimentos de Trabalho a serem adotados.

Permissão para trabalho em instalações elétricas desenergizadas

Os serviços em instalações elétricas desenergizadas só devem iniciar após haver a


permissão para trabalho dada pelo responsável pelo procedimento de desenergização e
pelo responsável, caso não sejam a mesma pessoa.
Para isso é necessário o preenchimento do formulário Permissão para Trabalho (PT).
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Organização do trabalho

Responsabilidades:

Empresa

• A NR 10 exige expressamente que todos os treinamentos, cursos de capacitação e outros


façam parte da documentação a ser apresentada pelo candidato na contratação, devendo
esta ser, posteriormente atualizada.

• O documento de formação do profissional e o treinamento de segurança de 40 horas ou


80 horas (40 horas de curso básico mais 40 horas de curso complementar para os
profissionais que atuam no SEP) formam a documentação necessária para o empregador
AUTORIZAR formalmente, por escrito, a trabalhar em eletricidade.

• O fato de terceirizar determinado serviço não exime o contratante das obrigações, caso o
contratado não as cumpra, como veremos.
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Organização do trabalho

Responsabilidades:

Terceirização é a contratação de serviços por meio de Empresa intermediária


entre o tomador de serviços e a mão-de-obra mediante contrato de prestação de
serviços. A relação de emprego se faz entre o Trabalhador e a Empresa
prestadora de serviços, e não diretamente com a Contratante destes.

São terceirizados serviços tipo:

• Atividades de segurança e vigilância;

• Atividades de conservação e limpeza;

• Serviços especializados ligados a atividade-meio do tomador de serviços,


com exceção do trabalho temporário, com base na Lei nº. 6.019/74,
segundo a qual, também se permite a contratação de Trabalhadores para
atuarem na atividade-fim da Empresa.
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Organização do trabalho

Equipe

Encarregado de equipe e chefe de serviço

• Cumprir e fazer cumprir as ordens de serviço, atendendo os procedimentos de trabalho


da Empresa.

•Avaliar, estudar e planejar as atividades a serem desenvolvidas ( podendo ser um


funcionário da Empresa que precisa executar o trabalho quando ela possui um quadro
próprio de profissionais na área elétrica ou pode ser um funcionário de outra Empresa
quando ela não possui quadro próprio e está terceirizando esse trabalho).

Supervisão dos trabalhos

O Supervisor é responsável pelo andamento do trabalho no campo, quando o mesmo


envolve mais de uma equipe. Esse elemento obrigatoriamente é um profissional da
Empresa que precisa executar o trabalho, mesmo quando ela está terceirizando essa
execução.
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Organização do trabalho

Membro da equipe

Aos membros da equipe cabe cumprir os procedimentos de trabalho da empresa.

Deve ainda comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço, as


situações que considerar de risco para a sua segurança ou saúde, assim como de
outras pessoas.

Quando o trabalhador constatar evidência de risco grave e iminente para sua


segurança ou saúde, ou de outras pessoas, ele deve exercer seu direito de recusa.
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Organização do trabalho

Execução do Trabalho

Programação dos serviços de rotina

• Devem ser programados de acordo com a urgência e necessidade.

• Fator de qualidade: o tempo que o consumidor (cliente) fica sem energia


durante o ano.

O tempo é controlado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, devendo ser


o menor possível. Os Centros de Operação da Distribuição fazem o controle
do tempo de desligamento dos alimentadores e a programação dos serviços
que ele recebe da área de operação.
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Organização do trabalho

Planejamento dos serviços de rotina

• A equipe deve ter um de seus Trabalhadores indicado e em condições de exercer a


supervisão e condução do serviço.

• Antes de iniciar o serviço, os membros da equipe, em conjunto com o responsável pela


execução, devem realizar uma avaliação prévia onde é realizado o planejamento dos
serviço para atender a princípios técnicos básicos de segurança.
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Organização do trabalho

Serviços de emergência

• Ocorrem normalmente sob circunstâncias adversas, como o temporal.

Nessas condições, as manobras necessárias, fechamentos de chaves, devem ser


feitas com todos os EPC e EPI e as substituições de equipamentos, dispositivos ou
acessórios, como troca de pára-raios ou isoladores, não devem ser efetuados
enquanto as condições climáticas desfavoráveis persistirem.

Embora essa seja a regra, os serviços de emergência são exceções e como tais
devem ser tratados.
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Aspectos Comportamentais

As formas de comportamento em espaços coletivos, abordagem com os colegas e


superiores, linguagem utilizada e apresentação pessoal pode fazer toda a diferença no
relacionamento com a empresa e equipe que atuamos.

Comportamento seguro pode ser definido por meio da capacidade de identificar e


controlar os riscos da atividade no presente, para que isso resulte em redução da
probabilidade de consequências indesejáveis no futuro para si e para o outro.
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Aspectos Comportamentais

Motivação

A motivação é a força que estimula uma pessoa a tomar uma atitude. As pessoas são
motivadas pelos seus desejos ou por seus impulsos através do comportamento
seguro. E para isso devemos:

•Desenvolver sua percepção relacionada com os riscos;


•Difundir amplamente informações sobre atitudes inseguras;
•Exigir o comprometimento com as normas de segurança;
•Estimular a apresentação de sugestões que visem o aprimoramento das medidas de
prevenção;
•Realizar treinamento para reduzir a possibilidade de erros.
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A liderança nas organizações

Estilos de liderança

Chefia e liderança

CHEFE: TEM A VISÃO DE QUE: LÍDER: TEM A VISÃO DE QUE:

Administra recursos humanos Lidera pessoas


Precisa ganhar sempre Precisa ganhar mais do que perder
Tem todo o poder Tem competência, conhecimento
Conflitos são aborrecidos Conflitos são lições
Crises são riscos Crises são oportunidades
Pessoas trabalham por dinheiro Pessoas trabalham também por dinheiro
Tem subordinados e chefes Tem parceiros
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Condições impeditivas para trabalhos

São aquelas situações que causam riscos à saúde e vida dos profissionais, as quais
não podem ser sanadas pelo uso de EPI’s ou EPC’s, ou até mesmo causadas por
irregularidades nos equipamentos de segurança.

Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser


suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os
trabalhadores em perigo.

Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa,


sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança
e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior
hierárquico que diligenciará medidas cabíveis.

O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando


verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível.
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Condições impeditivas para trabalhos

As condições de risco podem ser de origem direta ou indireta:

o Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou vida do
profissional diretamente. Ex: Equipamentos, ferramentas e procedimentos
inadequados para o serviço
oCondições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou vida do
profissional indiretamente. Ex: Condições climáticas, iluminação inadequada, perigo
de desmoronamento, etc.
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Condições impeditivas para trabalhos

• Entrar na zona de risco sem EPC ou EPI adequados;

• Entrar na zona controlada ou de r isco sem um Procedimento de Trabalho


padronizado, assinado por profissional legalmente habilitado;

• Trabalhar sem a autorização formal da Empresa, conforme NR 10;

• Atuar em condições atmosféricas inadequadas: não deve ser efetuado serviço em


eletricidade quando estiver chovendo ou na iminência de chuva. Nesse caso, o
serviço deve ser reprogramado.

• Condição física ou emocional adversa.

No caso de atuar na iminência de qualquer ocorrência não prevista que possa colocar os
trabalhadores em perigo, os serviços em instalações energizadas ou em proximidades
devem ser suspensos de imediato. NR 10 – 10.6.3
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Procedimentos de rotina: Verificação

• Condições de saúde do trabalhador

a) Condições físicas – não ter marcapasso, não ter epilepsia, não ter problemas de
audição e visão, etc..

b) Condições emocionais – nervosismo acentuado, depressão, irritação, etc.

c) Condições Cognitivas – ter domínio da tarefa.

• Condições dos EPI’s e EPC’s


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Procedimentos de rotina: Verificação

• Condições ambientais

a) Calor;

b) Radiação solar;

c) Intempéries;

d) Agentes biológicos.

• Condições Locais

a) Acesso ao equipamento.

b) Trânsito.

c) Condições de estacionamento do veículo.


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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Risco é a capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à
saúde das pessoas.

Os principais riscos em eletricidade são o choque elétrico, o arco elétrico, o campo


eletromagnético e devem ser considerados também os riscos adicionais.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Os riscos elétricos
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Características da eletricidade
  sob o ponto de vista da segurança do trabalho

“PERIGOSA” “PREGUIÇOSA”

INVISÍVEL I = V/R
LESÕES GRAVES OU MORTE CAMINHO DE MENOR RESISTÊNCIA
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Contato direto
É o contato de pessoas ou animais com partes
normalmente energizadas (partes vivas da instalação, condutores,
conexões).

Contato indireto
É o contato de pessoas ou animais com partes metálicas das
estruturas mas que não pertencem ao circuito elétrico e que se
encontram energizadas acidentalmente.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Choque elétrico

Conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos que se


manifesta no organismo humano ou animal quando este é
percorrido por uma corrente elétrica.

Efeitos da eletricidade no corpo humano:


• Danifica os tecidos e lesa os tecidos nervosos e cerebral
• Provoca paralisação dos músculos
• Provoca coágulos nos vasos sangüíneos
• Pode paralisar a respiração e os músculos cardíacos
• Pode causar fibrilação ventricular
• Provoca queimaduras
• Pode causar inconsciência ou morte
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Causas e efeitos do choque elétrico

• O corpo humano se comporta como um condutor elétrico, possuindo uma resistência


que depende do percurso da corrente.
• Quando este é submetido à passagem de uma corrente elétrica, por contato
acidental ou intencional com uma fonte de energia, duas regiões do corpo (pontos de
entrada e saída da corrente) determinam a resistência do percurso.
• O choque elétrico pode ocasionar contrações dos músculos, paradas
cardiorrespiratórias, lesões térmicas e não térmicas podendo provocar a morte.

Tipos de choque

O choque elétrico pode ser distinguido em 3 categorias :


• produzido pelo contato com o circuito energizado (dinâmico);
• produzido pelo contato com o corpo eletrizado (contato);
• produzido pela ação direta ou indireta das descargas atmosféricas.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Choque dinâmico Choque estático. Descargas atmosféricas.

Tipos de tensão que favorecem a ocorrência do choque elétrico

Tensão de toque. Tensão de passo


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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

A gravidade do choque elétrico depende de:


• Trajeto da corrente no corpo humano
• Tipo da corrente elétrica
• Tensão nominal
• Intensidade da corrente
• Duração do choque elétrico
• Resistência do circuito
• Freqüência da corrente
• Características físicas do acidentado
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Efeitos da eletricidade no corpo humano

Limiar de sensação (percepção)


Corrente contínua > 5 mA: sensação de aquecimento
Corrente alternada > 1 mA: sensação de formigamento

Limiar de não largar (impede a vítima de se soltar do circuito)


Contrações musculares permanentes (60 ciclos por segundo)
• 9 a 23 mA: Homens
• 6 a 14 mA: Mulheres
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico

É a descarga elétrica através do ar, ou seja, a passagem de corrente


elétrica através do ar ionizado.
Características:
• Grande dissipação de energia, com explosão e fogo;
• Dura menos de 1 segundo;
• As temperaturas geradas vão de 6.000oC até 30.000oC (duas vezes
superior a temperatura do Sol).
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico
Arco elétrico em baixa tensão
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico
Arco elétrico em alta-tensão
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico
Conseqüências:

• Queimaduras de 2° e 3° graus, potencialmente fatais;


• Ferimentos por quedas de postes;
• Problemas na retina, devido à emissão de radiação ultravioleta;
• Danos físicos devidos à onda de pressão originada
pela explosão;
• Ferimentos e queimaduras devidos à ação de partículas
derretidas de metal.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico
Exposição ao arco elétrico
Exposição 1/10 segundos
• Queimadura curável.........................63 0C
• Morte das células.............................96 0C
• Arco elétrico..............................20.000 0C
• Superfície do Sol.........................5.000 0C
• Queima de roupas................370 a 760 0C
• Fusão do metal............................1.000 0
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico
Medidas de proteção:

• Procedimentos de trabalho;
• Utilização de EPIs: roupas de proteção térmica, óculos de segurança, cinto
de segurança e talabartes, capacete classe “B”, para trabalhos em
eletricidade, preso ao pescoço pelo prendedor denominado “Jugular” e botas
de segurança.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico
Gravidade das conseqüências da exposição ao arco elétrico

Depende:
• da distância ao ponto de falha;
• da energia liberada;
• da vestimenta de proteção.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Arco elétrico ou voltaico
Vestimenta de proteção

O que determina o tipo de proteção pessoal é o cálculo


da energia incidente a partir de um arco elétrico.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Campos eletromagnéticos

Uma corrente que percorre num condutor gera um campo


eletromagnético. Esse campo eletromagnético caracteriza-se por um
determinado número de linhas de força.
A lei de Faraday assim se enuncia: “A força eletromotriz (f.e.m.; medida
em volts) induzida é proporcional ao número de espiras e à rapidez com
que o fluxo magnético varia.”
Ao lembrarmos que a corrente alternada passando por um condutor
produzirá um campo eletromagnético variável, e se existirem nas suas
imediações outros condutores desenergizados, neles será induzida uma
tensão elétrica.
Descargas atmosféricas também geram campos eletromagnéticos.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Campos eletromagnéticos

Desse modo teremos dois riscos relacionados às tensões induzidas por


campos eletromagnéticos:
• Acidente por choques elétricos em circuitos considerados
desenergizados, mas sob tensão induzida.
• Influência de campos eletromagnéticos em equipamentos de
comunicação, controle, medição, podendo gerar também
acidentes pela alteração de seu funcionamento
(perturbação eletromagnética).
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Campos eletromagnéticos
Medidas de proteção:
• Procedimentos de segurança;
• Utilização de detector de tensão;
• Sistemas fixos de aterramento;
• Sistemas temporários de aterramento;
• Equipamentos eletroeletrônicos imunes à perturbação eletromagnética.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Campos eletromagnéticos

As conclusões de pesquisas científicas existentes até o momento são


insuficientes para que se adote limites de exposição de campos elétricos e
magnéticos aos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
que são de 4,17KV/m ( campos elétrico ) para 60Hz.
Os níveis de emissão das instalações da CEMIG são muito inferiores a esse,
em média, 4 a 8 vezes menor.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Indução eletromagnética

Indução elétrica é um corpo carregado com certa carga elétrica, próximo


a outro corpo, induz (provoca) o aparecimento, nesse outro corpo, de
uma carga igual e de sinal contrário.
É o principio fundamental sobre o qual operam transformadores,
geradores, motores elétricos e a maioria das demais máquinas elétricas.
A indução é o fenômeno pelo qual aparece corrente elétrica num
condutor, quando ele é colocado num campo magnético e o fluxo que o
atravessa varia.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Indução eletromagnética

Os campos eletromagnéticos de maior frequência, produzidos por


correntes elétricas de linhas de transmissão e distribuição, são mais
perigosos e mais extensos.
A finalidade básica do aterramento é assegurar ao usuário da
instalação, segurança para o equipamento que está instalado, para
evitar certos tipos de sobretensão, que são provocadas por falhas na
rede elétrica, como curto-circuito, por exemplo. Mais uma finalidade do
aterramento é a de promover uma referência de potenciais para a boa
operação dos sistemas elétricos, em especial quando há partes isoladas
eletricamente, como um transformador.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

Para legislação, trabalho em altura é toda atividade executada acima de 2


metros do piso de referência, sendo que é obrigatório, além dos EPIs
básicos, a utlização do cinturão de segurança tipo paraquedista.
Os cintos de segurança/talabartes deverão ser inspecionados pelo usuário
antes de todas as atividades, no que concerne a: defeito nas costuras,
rebites, argolas, mosquetões, molas e se as travas estão em perfeito estado
de funcionamento.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

O treinamento em NR 35, estabelece requisitos mínimos e as medidas de


proteção para o trabalho em altura, envolvendo planejamento, a organização
e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Para realização de atividades em altura os trabalhadores devem:
•Possuir os exames específicos da função comprovados no ASO – Atestado
de Saúde Ocupacional
•Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando a atividade,
caso sinta qualquer alteração em suas condições
•Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos
•Utilizar todos os EPIs destinados ao serviço executado
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

Procedimentos
a)O trabalhador deverá possuir o ASO, constando exame de
Eletroencefalograma emitido pelo médico coordenador do PCMSO
acusando a aptidão pro trabalho em altura
b)A validade do ASO será de no máximo 12 meses com o vencimento
escrito de forma clara no crachá do funcionários. Outros exames poderão
ser necessários
c)O trabalhador deverá possuir idade e biotipo adequado
d)Utilizar EPIs conforme disposto na NR 6
e)Todos os trabalhadores em serviços em altura devem utilizar-se de
capacete com jugular
f)Ferramentas devem ser levadas para o alto apenas em
bolsas especiais porta-ferramentas.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

g) Peças e equipamentos devem ser içados através de


baldes ou cestas por meio de carretilhas, evitando-se
assim o arremesso de peças e ferramentas, com risco
de acidentes.
h)Realizar inspeção prévia e rigorosa pelo encarregado do setor, pelo
responsável do serviço e pela Segurança do Trabalho no local onde será
realizado os trabalhos
i)O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e/ou cones,
deverá ser feito um isolamento para prevenir acidentes com transeuntes
ou trabalhadores na zona controlada
j)É obrigatório o uso do cinto de segurança tipo paraquedista com dois
talabartes, para trabalhos em altura superior a 2 metros
k)Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pela área de
prevenção de acidentes, através da emissão de autorização para Trabalho
em Altura
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

Escadas

•É proibida a utilização de escadas feitas de materiais condutores nas


atividades em instalações elétricas.
•Escadas com danos estruturais não podem ser utilizadas.
•As escadas devem estar fixadas pela parte superior à estrutura, e pela
base ao piso, para evitar que se desloquem.
•A escada deve estar apoiada de forma que a distância da base até a
estrutura de apoio seja 1/4 da altura do piso até a parte superior da escada.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

• Antes do início do trabalho o responsável deverá verificar se os


montantes, degraus, roldanas, cordas, braçadeiras e outros estão em
perfeitas condições.
• As escadas de encosto não devem ter mais de 7 metros ( escadas de
extensão não devem ter mais de 12 metros )
• As escadas de extensão não devem ter suas partes separadas, para
evitar a quebra de polias e a danificação dos engates
• As escadas de abrir não devem ter mais de 6 metros de extensão,
devendo ser abertas até o fim do seu curso, com o tirante limitador bem
encaixado, antes de ser usada
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

• Todas as escadas portáteis devem ter sapata antiderrapante.


• Para subir uma escada deve haver uma pessoa segurando a base desta
até que o usuário amarre o terceiro degrau ( a contar de cima para baixo)
em um suporte fixo e prenda seu cinto de segurança.
• Somente uma pessoa de cada vez deve utilizar a escada para descer ou
subir.
• É obrigatório o uso de cinto de segurança, preso a estrutura mais
próxima, em altura superior a 2 metros do chão. É proibido prender na
própria escada.
• Sempre se deve subir e descer uma escada de frente para ela.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

Máquinas e equipamentos especiais

As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes


móveis, projeção de peças ou de partículas de materiais devem ser providos
de proteção adequada.

O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor a explosão deve


ser realizado por trabalhador qualificado, em local apropriado, utilizando-se
de técnicas e equipamentos que garantam a segurança da operação.

Devem ser protegidas todas as partes móveis dos motores, transmissões e


partes perigosas das máquinas ao alcance dos trabalhadores.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Trabalhos em altura

As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e


parada localizado de modo que:
•Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho.
•Não se localize na zona de perigo da máquina ou do equipamento.
•Possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não.
seja o operador.
•Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou
por qualquer outra forma acidental.
•Não acarrete riscos adicionais.
Toda máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu
acionamento por pessoa não autorizada
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Ambientes Confinados

Um espaço confinado tem as seguintes características:

• Suas medidas e formas permitem que uma pessoa entre nele.

• Tem aberturas limitadas para os trabalhadores entrarem e saírem.

• Não é projetado para ocupação contínua de seres humanos.


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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Ambientes Confinados
Alguns exemplos que podem ser classificados como espaços confinados:

• Subestações subterrâneas
• Silos
• Esgotos
• Tubulações
• Túneis
• Escavações
• Caixas subterrâneas
OBS: Para ser considerado espaço confinado, o local precisa estar
devidamente sinalizado e identificado como “ESPAÇO CONFINADO”
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Ambientes Confinados
Atmosferas de risco:
1. Na composição do ar pode não haver oxigênio suficiente.
2. A atmosfera pode ser inflamável ou tóxica.
3. Em razão desses riscos, a entrada nesses locais pode ser
definida como “colocar qualquer parte do corpo no interior
do espaço confinado”.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Ambientes Confinados
Riscos existentes:
• Engolfamento – ser envolvido e aprisionado por líquidos ou
materiais sólidos.
• Risco de movimento inesperado de máquinas.
• Eletrocussão.
• Exposição excessiva ao calor.
• Ser aprisionado em uma área muito estreita da estrutura
com risco de sufocamento (asfixia).
• Riscos físicos, como quedas, escombros, quedas de
ferramentas ou de equipamentos.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Riscos ocupacionais

Consideram-se riscos ocupacionais,


os agentes existentes nos
ambientes de trabalho capazes
de causar danos à saúde do
empregado.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Áreas classificadas

São áreas passíveis de possuir atmosferas explosivas. Atmosferas


explosivas são formadas por gases, vapores ou poeiras e oxigênio, na
proporção correta que dependerá das características de cada produto, e
que em presença de uma fonte de ignição causará incêndio ou explosão.
Resumindo:
• Classe I – Gases e vapores: acetileno, hidrogênio, butadieno,
acetaldeído, eteno, monóxido de carbono, acetona, acrinonitrila,
amônia, butano, benzeno, gasolina, etc.
• Classe II – Poeiras: poeiras metálicas combustíveis, poeiras
carbonáceas (carvão mineral, hulha) e poeira combustível, tal como
farinha de trigo, ovo em pó, goma-arábica, celulose, vitaminas, etc.
• Classe III – Fibras combustíveis: rayon, sisal, fibras de madeira, etc.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Áreas classificadas

ATMOSFERA EXPLOSIVA + FONTE DE IGNIÇÃO*


= RISCO DE EXPLOSÃO E INCÊNDIO

* FONTE DE IGNIÇÃO: centelhamento de dispositivos elétricos.


NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Áreas classificadas
Neutralização do risco:
• Equipamentos elétricos a prova de centelhamento,a prova de explosões,
pressurizados, imersos em óleo, em areia, em resina, de segurança
aumentada, herméticos, especiais, e de segurança intrínseca.
•Rígidos padrões de qualidade (sistema brasileiro de certificação).
• Proteção e seccionamento automático
Contra sobrecorrente, sobretensão, aquecimento de motores, falta de
fase, correntes de fuga, motores com segurança aumentada, alarmes.
• Rígida manutenção (correção de não-conformidades)
• Permissões de trabalho e procedimentos de segurança
• Supressão do risco em áreas classificadas: retirada dos gases ou
vapores inflamáveis (ventilação ou inertização), ou desenergização do
circuito a ser trabalhado.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Umidade
A água é condutora de eletricidade e pode ser o caminho para “Correntes de
Fuga” em instalações elétricas.
Trabalhadores da área elétrica estarão seriamente expostos ao risco de
eletrocussão caso estejam com as roupas molhadas. Essa condição também
se aplica em caso de suor.
A NBR 5410 apresenta na tabela 13 a classificação da resistência do corpo
humano ao choque elétrico, desde a condição de pele seca, melhor
condição, maior resistência, até a pior condição, pessoa imersa em água,
menor resistência.
Para a mesma tensão, a diminuição da resistência originaria uma corrente
maior, o que agravaria as conseqüências do choque elétrico, levando a
situações fatais.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Umidade
Assim, a umidade é um grave risco, que deve ser evitado nas atividades em
instalações elétricas. Exatamente pelas razões expostas, no combate a
incêndios em instalações elétricas energizadas não se pode usar água ou
produtos que a contenham, tal como extintores de espuma, devido ao risco
de choque elétrico no próprio funcionário que combate o incêndio, em
colegas de trabalho, ou até pela possibilidade de gerar novos curtos-
circuitos.
Na execução de determinados trabalhos em locais úmidos ou encharcados,
deve-se usar tensão não superior a 24 V, ou transformador de segurança
(isola eletricamente o circuito e não permite correntes de fuga).
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Condições atmosféricas
Os riscos devidos às condições atmosféricas são umidade, alagamento,
descargas elétricas.
A nova NR-10 prevê no item 10.6.5 o poder de suspensão dos trabalhos
pelo responsável, caso riscos não previstos e que não possam ser
neutralizados de imediato sejam detectados.

Animais peçonhentos
A presença de insetos ou animais peçonhentos, como aranhas,
escorpiões e cobras, deve ser cuidadosamente verificada no interior de
armários, galerias, caixas de passagem, painéis elétricos,
principalmente em trabalhos no campo.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção


Animais peçonhentos
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Proximidade e contatos com partes energizadas

O contato com partes energizadas é o principal responsável por


acidentes e morte no SEP, por isso as partes de instalações a serem
operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas de modo a
permitir um espaço sufieciente para o trabalho seguro.
As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante,
na impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos
casuais, devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, de forma
segura, resistência a esforços mecânicos usuais. Toda instalação ou
peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que,
eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que
esteja em local acessível a contatos.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Descargas atmosféricas

A descarga atmosférica é um raio com alta tensão e corrente, ocorrido


por diferença de potencial entre duas cargas opostas, buscando
equilibrá-las.
Desta forma, a concentração de cargas elétricas positivas e negativas
numa deterinada região faz surgir uma ddp que se denomina gradiente
de tensão entre nuvem e terra geralmente. No entanto, o ar apresenta
uma determinada rigidez dielétrica, normalmente elevada, comparada
com outros agentes ambientais.
Como sendo um fenômeno da natureza, podemos apenas amenizar os
efeitos utilizando métodos seguros de pára-raios e aterramento evitando
trabalho com o tempo carregado.
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Riscos típicos no SEP e sua prevenção

Eletricidade Estática
É a carga elétrica num corpo cujo átomos apresentam um desequilíbrio
em sua neutralidade.
Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular
eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos
de descarga elétrica.
No caso do trabalhador, estando isolado da terra através de EPIs, uma
corrente de deslocamento irá circular em seu corpo, podendo se alterar
dependendo do acoplamento capacitivo que irá constantemente alinhar
as cargas presentes no corpo
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Exercícios

1. Coloque (V)Verdadeiro ou (F) Falso para cada uma das afirmações:


( ) O trabalho com equipamentos energizados pode ser realizado sob
chuva, neblina densa e ventos.
( ) Uma área com umidade é muito perigosa para instalações elétricas,
porque a presença de água solicita uma adequação de medidas para que
o trabalhador não corra o risco de choque, visto que a pele molhada baixa
a resistência do corpo humano.
( ) As instalações elétricas com possibilidade de contato com água
devem ser projetadas, executadas e mantidas com especial cuidado
quanto à blindagem, isolamento, aterramento e proteção contra falhas
elétricas.
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Exercícios

2. Assinale a alternativa INCORRETA:


( ) O espaço confinado tem grande potencial de risco em sua atmosfera.
( ) A ventilação no espaço confinado pode ser insuficiente, além de ser
um local de grande perigo de explosões pelos gases eventualmente se
encontram nesta área.
( ) O trabalho em espaço confinado não exige nenhuma certificação
especial.
( ) Espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída e que
permitam que uma pessoa entre e saia dele.
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Exercícios

3. Assinale as alternativas CORRETAS. Em relação às áreas


classificadas, podemos afirmar:
( )Os riscos das áreas classificadas são as explosões provocadas por
fontes de ignição que podem ser de origem: elétrica, eletrônica,
mecânica, eletrostática.
( )Para trabalhar em áreas classificadas é preciso fazer treinamento para
reconhecer e controlar os riscos existentes nessa área.
( )O funcionário não qualificado tem o direito de utilizar o seu direito de
recusa (item 10.14 - NR10) e não fazer o trabalho por ter perigo de morte.
( )Elas devem ser sinalizadas e ter um documento contendo o desenho
das áreas de risco.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP

Análise de Risco

É um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma atividade


proposta ou existente identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente
os riscos que essa atividade representa para a população vizinha, ao meio
ambiente e à própria empresa.
Para reduzir a frequência de acidentes, é preciso avaliar e controlar os
riscos e responder as seguintes perguntas:
•O que pode acontecer de errado?
•Quais as causas básicas dos eventos não desejados?
•Quais as consequências?
•Como controlar?
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Técnicas de Análise de Risco no SEP

As medidas de controle do risco elétrico envolvem desde técnicas de


análise de risco, documentação sobre a instalação elétrica, unifilares,
resultados de testes em equipamentos, testes de isolamento,
especificações de EPI e EPC até procedimentos de segurança e medidas
de proteção coletiva.
Os principais resultados de uma análise de risco são:
•Identificação de cenários de acidentes
•Suas frequências esperadas de ocorrência
•Magnitude das possíveis consequências
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Técnicas de Análise de Risco no SEP

Perigo: situação de ameça que pode causar danos ( materiais, máquinas,


equipamentos e meio ambiente) e/ou lesões (pessoas)

Risco: medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana,


resultante da combinação entre a frequência da ocorrência e a magnitude das
perdas.

Avalliação de riscos: processo que utiliza resultados da análise de riscos e


compara com os critérios de tolerabilidade previamente estabelecidos

Gerenciamento de riscos: formulação e execução de procedimentos técnicos e


administrativos com objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos a níveis
toleráveis
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Técnicas de Análise de Risco no SEP

Etapas de uma Análise de Riscos:

1.Caracterização da empresa

Com a finalidade de identificar aspectos comuns que possam interferir na


instalação ou no ambiente.

2. Identificação de perigos

Visa identificar os possíveis eventos não desejados que possam levar a


acidentes. São dispostos através de Check-lists, Análise Preliminar de Perigos
(APP), Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE) e Análise Preliminar de
Riscos (APR).
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Técnicas de Análise de Risco no SEP


Análise de riscos

2.1 A realização da análise é feita através do preenchimento


de uma planilha de APR para cada módulo de análise da
instalação.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP


Análise de riscos

1ª coluna: Etapa

Esta coluna deve descrever, sucintamente, as diversas etapas da


atividade/operação

2ª coluna: Risco/Perigo

Esta coluna deve conter os riscos/perigos identificados para o módulo


de análise em estudo. De uma forma geral, os riscos/perigos são
eventos acidentais que tem potencial para causar danos às instalações,
aos trabalhadores, ao público ou ao meio ambiente
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Técnicas de Análise de Risco no SEP


Análise de riscos

3ª coluna: Modos de detecção

Os modos disponíveis na instalação para a detecção do risco/perigo


identificado na 2ª coluna devem ser relacionados aqui. A detecção da
ocorrência do risco/perigo tanto pode ser realizada através da
instrumentação ( alarmes de pressão, de temperatura, etc) como através
da percepção humana ( visual, odor, etc).

4ª coluna: Efeitos

Os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo identificado devem ser


listados nesta coluna.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP


Análise de riscos

5ª coluna: Recomendações/Controle

Esta coluna deve conter as recomendações de medidas mitigadoras de


risco propostas pela equipe de realização da APR ou quaisquer
observações pertinentes ao cenário de acidente em estudo.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP


Análise de riscos
Análise preliminar de riscos (exemplo)

ATIVIDADE RISCOS CONTROLE

Abrir a chave Arco • Abrir as chaves utilizando a vara de


elétrico manobra e a seqüência correta, ou seja:
corta circuito
Danos “Primeiro a chave da extremidade mais
físicos próxima da chave do meio, depois a chave
da extremidade mais distante da chave do
meio, e por último a chave do meio.”
•Usar luvas isolantes de borracha para
alta- tensão, capacete de segurança,
óculos e botas de segurança;
• Manusear firme e corretamente a vara de
manobra e assumir posição e postura
corretas.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP


Análise de riscos

Avaliação da APR

Caso, durante a execução do serviço, o trabalhador perceba algum fato não previsto na
análise inicial e que não constou da APR, esse fato deve ser comentado com os colegas e
incluído no check-list de possíveis riscos que devem ser verificados antes de cada serviço.

E caso não conste do Procedimento Operacional da Empresa, este fato deve ser relatado e
levado ao conhecimento da chefia imediata, para providências junto com a área de
segurança na possível alteração do procedimento em questão.
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Técnicas de Análise de Risco no SEP


Análise de riscos

Avaliação da APR

1. Levantar informações sobre a área da tarefa.


2. Informar a concessionária o dia, hora e local para execução.
da tarefa e solicitar autorização da mesma.
3. Verificar as condições climáticas.
4. Isolar e sinalizar a área.
5. Desenergizar a rede.
6. Executar a tarefa.
7. Retirar os materiais e sinalização.
8. Energizar a rede.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Os procedimentos de trabalho têm o objetivo de estabelecerem as


normas técnicas e administrativas de segurança, para realização de
serviços em eletricidade, visando à prevenção de acidentes e
integridade dos profissionais envolvidos.
Esses procedimentos devem ser aplicados em todas as atividades de
projeto, instalação, manutenção, reparos, modificações, ampliações e
demais serviços em eletricidade, sob coordenação dos setores
responsáveis.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Cada empresa deve estabelecer os seus procedimentos de trabalhos,


adequando-se a sua realidade e atividade.
Porém, além de conter no mínimo, o tipo, o local, e as referências aos
procedimentos de trabalho a serem adotados, há uma estrutura básica
que pode ser seguida contendo:

•O objetivo do procedimento
•A abrangência
•O documento ou documentos de referência
•As definições
•Os procedimentos
•As responsabilidades
•Os equipamentos de proteção
•Os treinamentos
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Objetivo do Procedimento

Deverá ser descrito para que de fato o procedimento foi criado,


podendo haver mais de um objetivo por procedimento.

Ex: Estabelecer normas técnicas e administrativas de


segurança, para realização de serviços em eletricidade,
visando a prevenção de acidentes.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Abrangência

Determina até onde estes procedimentos devem ser


executados, sendo que as empresas pode determinar, por
exemplo, que os procedimentos são de abrangência somente
nas dependências da empresa, ou até mesmo em um
determinado setor, sendo que externamente deverão ser
estabelecidos outros procedimentos

Esses procedimentos devem ser aplicados em todas as


atividades de projeto, instalação, manutenção, reparos,
modificações, ampliações e demais serviços em eletricidade.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Documento de Referência

O documento de referência é o documento em que os


procedimentos foram baseados, em procedimentos de trabalho
em eletricidade o documento de referência é basicamente a NR-
10.

Definições

As definições são utilizadas para expressar o significado do


agente principal do procedimento, podendo ser uma ou várias
definições dependendo do procedimento.
Ex: Eletricidade: é um agente de risco em sistemas eletro-
eletrônicos, presentes em máquinas, entre outros equipamentos
destinados a diferentes aplicações.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Abaixo alguns procedimentos básicos nas empresas que trabalham


com eletricidade:

1.Somente podem ter acesso a instalações e equipamentos elétricos de


qualquer natureza, para realização de serviço nos mesmos,
profissionais qualificados, habilitados, treinados e autorizados pela
chefia do setor de Manutenção
2.É proibido o acesso ou permanência de pessoas não autorizadas em
ambientes próximos a partes onde estejam sendo realizados serviços
de reparos nas instalações elétricas; para tanto esses locais devem ser
devidamente isolados e sinalizados, com cones, fitas e material que
seja necessário, pelo responsável do trabalho.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

3. As instalações e equipamentos elétricos devem ser inspecionados


periodicamente, por profissionais qualificados, designados pela chefia de
Manutenção da área, nas fases de execução, reforma, ampliação,
operação e manutenção.

4. O espaço de trabalho situado nas áreas contíguas de partes


elétricas expostas, não deve ser utilizado como passagem.

5. Durante a construção e reparos de instalações elétricas, ou obras de


construção civil próximas de instalações elétricas sob tensão, devem ser
tomados cuidados especiais quanto ao risco de contatos acidentais e de
indução elétrica.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

6. Para garantir ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o


tempo necessário para o desenvolvimento dos serviços em eletricidade,
os dispositivos de comando devem estar sinalizados e bloqueados,
bem como aterrados.

7. Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e


executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
riscos de choque elétrico, incêndio, explosão, e outros tipos de
acidentes.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

8. As partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou


examinadas, devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente
para o trabalho seguro.

9. As partes das instalações não cobertas por material isolante, na


impossibilidade de conservar distancias que evitem contatos casuais,
devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam resistência adequada.

10. O sistema de aterramento das subestações, cabines, primárias, fornos,


bem como dos para-raios em geral, deve passar por manutenção periódica,
para que sejam corrigidos eventuais problemas de continuidade, resistência
de terra e outros que influenciem negativamente a segurança do
equipamento e do pessoal.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

11. Os ambientes das instalações elétricas sujeitas à acumulação


de eletricidade estática, devem ser convenientemente aterradas.

12. Os ambientes das instalações elétricas que contenham risco de


incêndio, devem dispor de proteção contra fogo.

13. Os transformadores e capacitores devem ser instalados,


considerando-se as recomendações do fabricante, no que se refere
à localização, distância de isolamento e condições de operação, e
ter sua carcaça aterrada.

14. Todo motor elétrico deve possuir dispositivo de proteção.


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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

15. Os dispositivos de desligamento, manobra e bloqueio de circuitos


elétricos devem ser projetados e instalados considerando-se normas da
ABNT específicas e NR-10.

16. As subestações e cabines primárias devem estar sempre com a


porta de acesso trancada, e sinalizada com placa “Perigo – Alta
Tensão”.

17. Em locais onde possa ocorrer concentração de gases inflamáveis,


as instalações e equipamentos elétricos, inclusive portáteis, devem ser
obrigatoriamente blindados.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

18. É proibido o trabalho de menores ( aprendizes/estagiários)


diretamente em contato com instalações elétricas; o aprendiz deve
apenas acompanhar o trabalho do profissional qualificado. O funcionário
que estiver à frente do trabalho é responsável pelo acompanhante.

19. Todo profissional que estiver trabalhando ou qualquer pessoa que


estiver nas proximidades de circuitos elétricos, devem estar utilizando
equipamento de proteção adequado ao risco.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Equipamentos de Proteção

Nas subestações:

•É obrigatório o uso de luvas de alta tensão sempre que o eletricista operar a


chave seccionadora de média e alta tensão e o comando de acionamento
dos disjuntores de alta, média e baixa tensão.

•É obrigatório o uso de balaclava, capuz e jaleco apropriados ao trabalho.

•O cuidado e o uso adequado das luvas de borracha isolante de alta tensão


são essenciais para a segurança do usuário.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

•As luvas devem ser inspecionadas visualmente antes de serem


utilizadas, em cada inspeção deve-se incluir o interior e a superfície
externa, observar se a luva apresenta danos como: inchamento,
amolecimento, endurecimento, pegajosidade ou deterioração.
Recomenda-se realizar o teste de insuflamento antes de cada utilização.

•Não utilizar nenhum tipo de adornos quando da utilização das luvas.

•As luvas não devem ser dobradas, enrugadas, comprimidas ou


submetidas a qualquer solicitação que possa causar alongamento ou
compressão.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Na realização do trabalho:

•Vara de manobra adequada à tensão do trabalho para acionamento de


chaves seccionadoras.

•Tapetes de borracha para utilização diante de equipamentos, em locais


de manobra, de classe apropriada de tensão.

•Luvas de borracha para alta tensão e respectiva luva de cobertura,


para utilização nas áreas de manobra com média tensão, devidamente
acondicionadas em caixas apropriadas.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

• Vestimenta de proteção contra arco voltaico

• Óculos de proteção

• Bota para eletricista

• Porta ferramentas

• Sinalização adequada

• Cinto de segurança para trabalhos em altura superior a 2


metros

• Capacete
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Treinamento

No caso de trabalhos em eletricidade é exigência do ministério do trabalho


o curso de NR-10 para todos os trabalhadores que diretamente ou
indiretamente com eletricidade.

Todo funcionário que realiza trabalhos de manutenção em equipamentos e


instalações elétricas devem ter treinamento específico de mínimo 40 horas,
conforme NR 10.
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Procedimentos de Trabalho
Análise e discussão

Deverá ser feita uma reciclagem a cada 2 anos ou sempre que ocorrer as
seguintes situações:

a)troca de função ou mudança de empresa;

b)retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior


a três meses;

c)modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de


métodos, processos e organização do trabalho.

Os trabalhadores têm um papel fundamental nos processos, além de


seguir os procedimentos para uma segurança de todos, os trabalhadores
muitas vezes podem encontrar algumas falhas, ou indicar melhoras no
procedimento, assim ajudando a prevenção de acidentes para si e os
demais.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos e ferramentas
de trabalho

Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas


elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as
características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências
externas.

Uma das influências externas a ser considerada, é o nível de sobretensão transitória que
pode ser esperado em uma instalação elétrica.

A IEC-61010-1 classifica os instrumentos em quatro categorias de sobretensão e está


coerente com a secção 5.4 da NRB 5410 e é baseada na localização do componente da
instalação onde está ocorrendo a intervenção

De acordo com esta classificação, quanto mais próximo à fonte de alimentação mais
exigente são as proteções e maior é o nível
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Equipamentos e ferramentas
de trabalho

A IEC 61010 classifica os instrumentos em categorias I, II, III e IV:

•Categoria IV: esta categoria é para instrumentos de uso na entrada de energia elétrica da
instalação. Nesta categoria os instrumentos devem suportar os níveis de sobretensão
esperados nas redes públicas aéreas ou subterrâneas de distribuição.

•Categoria III: é para os instrumentos usados nos circuitos de distribuição e circuitos


terminais, internos da instalação. Nesta categoria os instrumentos devem suportar os
níveis de sobretensão esperados nos circuitos de distribuição, quadros, painéis e circuitos
terminais das instalações internas.
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Equipamentos e ferramentas
de trabalho

• Categoria II: é para instrumentos usados nos trabalhos em equipamentos de utilização.


Nesta categoria os instrumentos devem suportar os níveis de sobretensão esperados
nos equipamentos. De acordo com a NBR 5410 estes circuitos, em grande parte dos
casos, estão inclusive protegidos por dispositivos de proteção contra surtos (DPS).

• Categoria I: esta categoria é para os instrumentos usados na medição de linhas de


sinais, de telecomunicação e em equipamentos eletrônicos, entre outros. Estes
circuitos estão sempre protegidos por dispositivo de proteção contra surtos (DPS).
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Equipamentos e ferramentas
de trabalho

Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da


condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado.

Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais


isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos
ou ensaios de laboratórios periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os
procedimentos da empresa e na ausência destes, anualmente.

Trabalhadores em AT bem em como nas atividades do SEP devem dispor de


equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe
ou com o centro de operação durante a realização do serviço.
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Medidas de Proteção Coletiva

Nos serviços em instalações elétricas e em suas proximidades devem ser previstos e


adotados prioritariamente equipamentos de proteção coletiva. Os EPC’s são dispositivos,
sistemas, fixos ou móveis de abrangência coletiva, destinados a preservar a integridade
física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.
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Medidas de Proteção Coletiva

As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização


elétrica conforme estabelece a NR 10 e, na sua impossibilidade, o emprego da tensão de
segurança.

Na impossibilidade de implementação do estabelecido, devem ser utilizadas outras


medidas de proteção coletiva, tais como; isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras,
sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do
religamento automático.
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Medidas de Proteção Coletiva

As empresas devem submeter os EPC’s a testes de integridade, sempre que suspeitar de


algum dano que possa comprometer o seu funcionamento, ou periodicamente, de acordo
com o fabricante, devendo as empresas documentar esses procedimentos, através do
arquivamento de certificados de integridade dos equipamentos, emitidos pela empresa
que realizou os testes.
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Medidas de Proteção Coletiva

As ferramentas utilizadas nos serviços em instalações elétricas e em suas proximidades


devem ser eletricamente isoladas, em especial àquelas destinadas a serviços em
instalações elétricas energizadas.

A seguir alguns das principais medidas e equipamentos de proteção coletiva para


atividades no SEP.
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Medidas de Proteção Coletiva


Dispositivos de seccionamento

Chaves-Fusíveis

São dispositivos automáticos de manobra (desconexão), que na ocorrência de


sobrecorrente (corrente elétrica acima do limite projetado) promove a fusão do elo metálico
fundível (fusível) e, consequentemente, a abertura elétrica do circuito.
Dessa forma, quando há uma sobrecarga, o elo fusível se funde (queima) e o trecho é
desligado. 1 - Argola para engate
(1)
2 - Trava móvel
(2)
(6)
3 - Pino de Travamento
(3)
4 - Terminal para fixação na vara de
manobra

(4 5 - Câmara de extinção de arco


) voltaico
(5)
6 - Trava de retorno
LOADBUSTER
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Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos de seccionamento
Chaves Facas

São dispositivos que permitem a conexão e desconexão mecânica do circuito. Geralmente


estão instaladas em cruzetas e são usadas na distribuição e transmissão. Não são
adequadas para abertura sob carga.

Podem ser de acionamento manual


ou telecomandada.
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Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos de isolação elétrica

Banqueta isolante

Isolar o operador do solo durante operação do equipamento guindauto, em regime de linha


energizada.
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Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos de isolação elétrica

• Utilizado principalmente em subestações, sendo aplicado na execução.

• Têm de ser compatíveis com os níveis de tensão do serviço.

• Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar sujidades e umidade que
possam torná-los condutivos. Também devem ser inspecionados a cada uso.

•A minimização da corrente de falta fluindo pelo corpo, quanto maior for o valor da resistência
de isolação do tapete, menor a resistência do aterramento de proteção. Podemos concluir que
o tapete é um complemento da proteção por aterramento
da carcaça.
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Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos de bloqueio

• Bloqueio ou travamento é a ação destinada a manter, por meios mecânicos, um


dispositivo de manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma ação
não autorizada.

• Dispositivos de travamento são aqueles que impedem o acionamento


ou religamento de dispositivos de manobra (chaves, interruptores).

• Em geral utilizam cadeados.

• O controle do dispositivo de travamento é individual por trabalhador.


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Medidas de Proteção Coletiva

Toda ação de bloqueio ou travamento deve estar acompanhada de “etiqueta de


sinalização”, com o nome do profissional responsável, data, setor de trabalho e
forma de comunicação.

Bloqueio no SEP também consiste na ação de impedimento de religamento


automático de circuito, sistema ou equipamento elétrico.
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Medidas de Proteção Coletiva

Medidas coletivas aplicadas para dispositivos para trabalho em altura

Em escadas:

• Escada extensível portátil de madeira. (em desuso).


• Escada extensível de fibra de vidro (Figura)
(mais adequada que a de madeira, pois é
mais leve e mais isolante que a de madeira).
• Escada extensível de madeira ou de fibra de
vidro para suporte giratório.
• Escada singela de madeira ou fibra de vidro.
• Escada para trabalhos em linha viva.
• Escada da linha “viva”.
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Medidas de Proteção Coletiva

Cestas Aéreas

Confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, normalmente utilizadas


em equipamentos elevatórios ( Gruas ), tanto fixas como móveis, neste caso em
caminhões com equipamento guindauto, normalmente acoplada a grua. Pode ser
individual em ambos casos ou dupla em grua fixa.
É usada em atividades em linha viva ao contato pelas suas características
isolantes e melhor conforto que a escada. Os movimentos da cesta possuem
duplo comando ( no veículo e na cesta ) e são normalmente comandados na
cesta. Tanto as hastes de levantamento como a cesta devem sofrer ensaios de
isolamento elétrico periódico e possuir relatório das avaliações
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Medidas de Proteção Coletiva

Cestas Aéreas

O empregado deve amarrar-se à cesta através


de talabarte e cinturão ultilizando todos os
equipamentos de segurança.
Quanto ao veículo o trabalhador deverá:
•Manter o piso limpo;
•Atentar para subida e descida da cesta aérea
apoiando no suporte;
•Não pular;
•Não utilizar o suporte ou escada de acesso.
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Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos de manobra

São instrumentos isolantes, utilizados para executar trabalhos em linha viva e operações
em equipamentos e instalações energizadas ou desenergizadas, onde existe possibilidade
de energização acidental, tais como: operações de instalação e retirada dos conjuntos de
aterramento e curto-circuito temporário em linhas desenergizadas, manobras de chave-faca
e chave-fusível, retirada e colocação de cartucho porta fusível ou elo fusível, operação de
detecção de tensão, troca de lâmpadas e elementos do sistema elétrico, poda de árvores e
limpeza de rede.
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Medidas de Proteção Coletiva


Dispositivos de manobra

Varas de manobra:

São segmentos (de aprox. 1 m cada) acoplados um ao outro de acordo com a


necessidade de alcance.

Na ponta pode-se colocar o detector de tensão, gancho para desligar chave fusível ou
para conectar o cabo de aterramento nos fios, etc .

As varas mais usuais suportam uma tensão de até 100 KV para cada metro.

Vara de Manobra Telescópica


NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Utilização da vara ou bastão de manobra

Considerações gerais

• São fabricados com fibra de vidro impregnados com resina epoxy, guarnecidos
internamente com espuma de poliuretano que garantem uma altíssima resistência
mecânica e excelente rigidez dielétrica, atendendo rigorosamente as normas utilizadas.

• O cabeçote deve ser de plástico reforçado que proporciona maior segurança,


principalmente em instalações com distâncias reduzidas de fase-fase e fase- terra.

• A diferença entre o modelo normal e modelo leve, relaciona-se ao diâmetro,


comprimento total e peso. A tensão máxima de utilização é a mesma para os dois
modelos.

•Outras operações que podem ser realizadas com bastões de manobra são a colocação
e retirada de aterramento temporário e operações com linha viva.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos de manobra

Sujidades (poeira, graxa) reduzem drasticamente o isolamento. Por isso, antes de serem
usadas devem ser limpas de acordo com procedimento previsto pelo fabricante. Outro
aspecto importante é o acondicionamento para o transporte, que deve ser feito na
embalagem fornecida pelo fabricante e nunca fora dela para evitar que se danifique o
isolamento da vara.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos detectores de tensão

Os detectores de tensão são utilizados para a verificação de tensão em redes primárias de


distribuição de energia. São estabelecidos procedimentos para a utilização correta dos
aparelhos detectores de tensão ao contato e por aproximação.

São pequenos aparelhos de medição ou detecção acoplados na ponta da vara de


manobra que servem para verificar se existe tensão no condutor.

Este equipamento sempre deve estar no veículo das equipes de campo.

São frequentes as improvisações na verificação da tensão, ou a não utilização de aparelhos,


fatos que tem gerado acidentes graves. Esses instrumentos devem ser regularmente
aferidos e possuírem um certificado de aferição.
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Medidas de Proteção Coletiva

Utilizaçã do detector de tensão

Os mais comuns estão demonstrados nas


figuras abaixo:

Detector de Tensão Detector de tensão


até 800 kV (por por contato
aproximação)

O aparelho detector de tensão ao contato é um equipamento portátil que permite a


verificação da existência ou não de tensão em circuitos elétricos na faixa de tensão
nominal de 100V a 25kV, com a finalidade de alertar o eletricista da presença de
tensão.
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Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos detectores de tensão

É obrigatória a constatação de ausência de tensão, através desses equipamentos,


antes do início de trabalhos em circuitos desenergizados. Esses aparelhos emitem
sinais sonoros e luminosos na presença da tensão.

Detector de tensão por contato


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Medidas de Proteção Coletiva

Sistemas de aterramento fixo

Aterramento fixo em equipamentos:

• EPC obrigatório nos invólucros (carcaças de equipamentos, ferragens de sustentação de


equipamentos ou dispositivos e barreiras e obstáculos metálicos), que são utilizadas em
subestações, visando assegurar a rápida e efetiva proteção elétrica, garantindo o
escoamento da energia para a terra, evitando a passagem da corrente elétrica pelo
corpo do Trabalhador ou usuário, caso ocorra mau funcionamento, ruptura no isolamento
ou contato acidental.

• É visível e muito comum nas subestações, cercas e telas de proteção, carcaças de


transformadores e componentes, quadros e painéis elétricos.

• Nos transformadores, há o terminal de terra conectado ao neutro da rede e ao cabo de


para-raios.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Medidas de Proteção Coletiva

- Aterramento fixo em redes e linhas:

Quando o neutro está disponível, estará ligado ao circuito de aterramento. Neste caso
(frequente), o condutor neutro é aterrado a cada 300m, de modo que nenhum ponto
da rede ou linha fique a mais de 200m de um ponto de aterramento.

-Aterramento fixo em estais:

Os estais de âncora e contra poste são sempre aterrados e conectados ao neutro


da rede se estiver disponível. O condutor de aterramento é instalado internamente ao
poste, sempre que possível.
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Medidas de Proteção Coletiva

Sistemas de aterramento fixo

- Aterramento de veículos

Nas atividades com linha viva de distribuição, o veículo sempre deve ser aterrado com
grampo de conexão no veículo, grampo no trado ( elemento pontiagudo de perfuração ) e
cabo flexível que liga ambos.
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Medidas de Proteção Coletiva

Aterramento de proteção (PE)

Com o aterramento a corrente Sem o aterramento o único


praticante não circula pelo corpo. caminho é o corpo.
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Medidas de Proteção Coletiva

ESQUEMAS DE ATERRAMENTO: TN TT IT

Códigos de identificação de esquemas de aterramento

1ª letra: define a situação da alimentação em relação à terra:

T = um ponto de alimentação – geralmente o neutro, diretamente aterrado.


I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um
ponto através de uma impedância.

2ª letra: define a situação das massas da instalação elétrica em relação à terra:

T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual


de ponto de alimentação.
N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado. Em corrente
alternada, o ponto aterrado é normalmente o neutro.
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Medidas de Proteção Coletiva

3ª letra: eventual em baixa tensão, da NBR-5410, define a disposição do condutor


neutro e do condutor de proteção.

S = Funções neutro e proteção asseguradas por condutores distintos.


C = Funções neutro e proteção asseguradas por um único condutor (PEN).

3ª letra: em média tensão, conforme o item 4.2.3 da NBR 14.039 – Instalações


Elétricas em Média Tensão de 1,0 a 36,2 KV, define a situação de ligações
eventuais com as massas de uma subestação:

R = as massas da subestação estão ligadas simultaneamente ao aterramento do


neutro da instalação e às massas da instalação.
N = as massas da subestação estão ligadas simultaneamente ao aterramento do
neutro da instalação, mas não estão ligadas às massas da instalação.
S = as massas da subestação estão ligadas a um aterramento eletricamente
separado daquele do neutro e daquele das massas da instalação.
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Medidas de Proteção Coletiva


Esquemas de aterramento

Esquemas de ligação de aterramento em média tensão

Para entender os esquemas, repare na figura abaixo, onde temos o desenho simplificado de uma
instalação elétrica com a representação dos elementos físicos. O exemplo representa uma
instalação alimentada em MT, passando pela subestação abaixadora para BT.
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Medidas de Proteção Coletiva


Esquemas de aterramento
Esquema TNR
O esquema TNR possui um ponto da alimentação diretamente aterrado (T).
As massas da instalação (N) e as massas da alimentação (R) estão ligadas a esse mesmo
ponto (T) através de condutores de proteção.

Nesse esquema, toda a corrente de falta direta fase-massa torna-se uma corrente de curto-circuito; ou seja,
no esquema TNR toda a correte oriunda de um defeito (falta) em contato direto do polo positivo da rede
(fase) com uma carcaça (massa) se torna uma corrente de curto-circuito.
No esquema TNR, as correntes de falta direta fase-massa devem ser inferiores a uma corrente de curto-
circuito, mas suficientes para provocar o surgimento de tensões de contato perigosas.
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Medidas de Proteção Coletiva


Esquemas de aterramento
Esquema TTN
No esquema TTN, o condutor neutro (T) e o condutor de proteção das massas da
alimentação (N) estão ligados a um único eletrodo de aterramento.
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Medidas de Proteção Coletiva


Esquemas de aterramento
Esquema TTS
O condutor neutro e o condutor de proteção das massas de alimentação (S) estão ligados
a eletrodos individuais.

Nos dois esquemas anteriores, as massas das instalações estão ligadas a eletrodos de
aterramento distintos (separados) dos demais eletrodos.
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Medidas de Proteção Coletiva


Esquemas de aterramento
Esquemas ITN, ITS
Estes esquemas não possuem qualquer ponto de alimentação diretamente aterrado,
ou possuem um ponto da alimentação aterrado através de uma impedância, e as
massas da instalação estão ligadas a eletrodos de aterramento distintos.
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Medidas de Proteção Coletiva


Esquemas de aterramento
Esquema ITR
Neste esquema, a corrente resultante de uma única falta fase-massa não deve ter intensidade
para provocar o surgimento de tensões de contato perigosas.
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Medidas de Proteção Coletiva


NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu à Justiça denúncia contra


sete pessoas, por homicídio culposo, pela morte do estudante Valtair Jardim
de Oliveira, que morreu em abril de 2010 em decorrência de choque elétrico,
enquanto aguardava um ônibus na parada localizada na Avenida João Pessoa,
em frente à Faculdade de Economia da UFRGS.
Entre os denunciados, estão cinco servidores públicos e dois profissionais
eletricistas de uma empresa contratada pela Prefeitura de Porto Alegre para
realizar o serviço de eficientização e inventário do sistema de iluminação
pública da cidade.
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De acordo com o promotor de Justiça, autor da denúncia, Renoir da Silva Cunha, ‘‘a
investigação apresentou provas fartas, permitindo descrever de maneira
individualizada cada ação ou omissão dos denunciados e a causa da morte’’. O
promotor ressalta ainda que ‘‘chamou a atenção que houve, no mínimo, quatro
reclamações registradas junto à EPTC (empresa pública responsável a gestão do
trânsito), sem que providências fossem tomadas’’.
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Segundo a denúncia, ao realizar a manutenção da iluminação na parada de


ônibus, um eletricista “deixou o fio condutor de pelo menos uma das pétalas que
compõem a luminária prensado ao reator. Em razão disso, o plástico de
isolamento que revestia o fio condutor de eletricidade esquentou e derreteu,
causando um curto-circuito, que, em contato com a estrutura de metal da pétala,
dissipou a tensão, causando a energização de todo o poste e da parada de
ônibus”. Além disso, o prazo de manutenção da parada, que era de 30 dias, não
foi cumprido.
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Medidas de Proteção Coletiva

Instalação de aterramento temporário dos condutores dos circuitos

Após a certificação efetiva da inexistência de tensão no circuito, todos os


condutores fases deverão ser ligadas à haste terra do conjunto de aterramento
temporário.
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Medidas de Proteção Coletiva


Sistemas de aterramento temporário

• Toda instalação elétrica somente poderá ser considerada desenergizada depois de feito o
procedimento de aterramento elétrico temporário.

• Sua função é propiciar a rápida atuação do sistema de proteção por seccionamento


automático da alimentação, evitando acidentes gerados pela energização acidental da
rede e proteger os trabalhadores contra descargas atmosféricas que possam ocorrer no
momento da execução do trabalho.
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Medidas de Proteção Coletiva

• Consiste no curto-circuitamento dos fios ou cabos e a conexão deles com a terra,


através do eletrodo de terra provisório.

• Deve ser feita a equipotencialização da estrutura onde será executado o trabalho,


colocando nela uma sela metálica que vai conectada ao mesmo eletrodo de terra
provisório.

• O aterramento temporário é feito antes e depois da estrutura onde vai ocorrer o


trabalho, salvo quando a intervenção ocorrer no final do trecho, devendo ser retirado
ao final do mesmo.
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Medidas de Proteção Coletiva

A energização acidental pode ser causada por:

• Erros na manobra.

• Fechamento de chave seccionadora.

• Contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito.

• Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede.

• Fontes de alimentação de terceiros, geradores próprios.

• Linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e colocação de


transformadores.
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Medidas de Proteção Coletiva

Para cada situação existe um tipo de aterramento temporário. O mais usado em


trabalhos de manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é um conjunto ou kit
padrão composto pelos seguintes elementos:

a)Vara ou bastão de manobra em material isolante e acessório, isto é, cabeçotes de


manobra;
b)Grampos condutores: para conexão e do conjunto de aterramento com os pontos a
serem aterrados;
c)Trapézio de suspensão: para elevação do conjunto de grampos à linha e conexão
dos cabos de interligação das fases, de material leve e bom condutor, permitindo
perfeita conexão elétrica e mecânica dos cabos de interligação das fases e descida
para a terra;
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Medidas de Proteção Coletiva

d) Trapézio tipo sela, para instalação do ponto intermediário de terra na estrutura


( poste, torre ), propiciando o jumpeamento da área de trabalho e eliminando,
praticamente, a diferença de potencial em que o homem estaria exposto;
e) Grampos de terra: para conexão dos demais itens do conjunto com o ponto de
terra, estrutura ou trado;
f) Cabos de aterramento de cobre, flexível e isolado;
g) Trado ou haste de aterramento: para ligação do conjunto de aterramento com o
solo, deve ser dimensionado para propiciar baixa resistência de terra e boa área
de contato com o solo.
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Medidas de Proteção Coletiva

Todo o conjunto deve ser dimensionado considerando tensão da rede de distribuição, material
da estrutura e procedimentos de operação.
Nas subestações, por ocasião da manutenção dos componentes, se conecta os componentes
do aterramento temporário à malha de aterramento fixa já existente.

Dispositivo de aterramento e curto Dispositivo de aterramento temporário e curto


circuito em AT circuito em BT

Figura 15 – Dispositivo de aterramento e curto circuito em AT


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Medidas de Proteção Coletiva

Dispositivos de sinalização

É um procedimento de segurança simples e eficiente para prevenir acidentes de origem


elétrica e deve seguir as determinações da NR 26 - Sinalização de Segurança.

Materiais de sinalização: adesivos, placas, luminosos, fitas de identificação, cartões, faixas,


cavaletes, cones, etc.

São destinados ao aviso e advertência de pessoas sobre os riscos ou condições de perigo


existentes, proibições de ingresso ou acesso e cuidados ou ainda aplicados para
identificação dos circuitos ou partes.
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Medidas de Proteção Coletiva

É fundamental a existência de procedimentos de sinalização padronizados,


documentados e conhecidos por todos os trabalhadores, próprios ou terceirizados,
especialmente para aplicação em: identificação de circuitos elétricos, de quadros e partes,
travamentos e bloqueios de dispositivos de manobra, restrições e impedimentos de acesso,
delimitações de áreas, interdição de circulação e de vias públicas.
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Medidas de Proteção Coletiva


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Medidas de Proteção Coletiva

Desenergização
Sempre que possível os circuitos ou equipamentos energizados devem ser
seccionados do circuito de alimentação.

Tensão de segurança
Em casos de impossibilidade de desenergização, a tensão de segurança
(extrabaixa tensão: 50 V CA) deverá ser usada.
• Ferramentas elétricas de 24 V.
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Medidas de Proteção Coletiva

Isolamento das partes vivas


ISOLAMENTO ELÉTRICO – Processo destinado a impedir a passagem de
corrente elétrica por interposição de materiais isolantes, como por exemplo o
isolamento de fios elétricos.

Barreira
Dispositivo que impede todo e qualquer contato com partes energizadas das
instalações elétricas, como cercas metálicas, armários, painéis elétricos.
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Medidas de Proteção Coletiva

Invólucro
Envoltório de partes energizadas destinado a impedir todo e qualquer contato
com partes internas.

Bloqueios e impedimentos
IMPEDIMENTO DE REENERGIZAÇÃO – Condição que garante a não-
energização do circuito através de recursos e procedimentos apropriados,
sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços (bloqueio por
cadeados e outros meios mecânicos).
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Medidas de Proteção Coletiva

Obstáculos e anteparos
Envoltório de partes energizadas destinado a impedir todo e qualquer
contato com partes internas.

Isolação dupla ou reforçada


Muito utilizada em ferramentas elétricas manuais (furadeiras, serras),
propicia um maior grau de segurança à separação entre suas partes
energizadas e suas partes metálicas.
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Medidas de Proteção Coletiva

Colocação fora de alcance


Impede os contatos fortuitos com as partes vivas. Zona de alcance normal:
zona que se estende de qualquer ponto de uma superfície em que pessoas
podem permanecer ou se movimentar habitualmente até os limites que uma
pessoa pode alcançar com a mão, em qualquer direção, sem recurso
auxiliar.

Separação elétrica
A separação elétrica deve ser individual, isto é, o circuito elétrico separado
alimenta um único equipamento/tomada.
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Medidas de Proteção Coletiva

Aterramento
Sua função é escoar para a Terra as cargas elétricas indesejáveis, que
podem ser decorrentes de falta fase-massa, indução eletromagnética,
eletricidade estática e descargas atmosféricas.
Compõe-se de condutores, barramento de eqüipotencialização e eletrodos de
aterramento que, interligados, formam a malha de terra.
Pela própria função, deve possuir baixa resistência.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Medidas de Proteção Coletiva

Eqüipotencialização

A eqüipotencialização evita que haja uma diferença de potencial entre partes


metálicas de uma estrutura que não pertencem ao circuito elétrico, mas que se
estiverem nessa situação causarão um choque elétrico em pessoas que as
tocarem simultaneamente. A ligação eqüipotencial principal interliga todas as
estruturas que não façam parte do circuito elétrico com o terminal de
aterramento principal. As ligações eqüipotenciais secundárias interligam as
massas e partes condutoras da estrutura entre si, neutralizando o risco de
choque elétrico entre partes metálicas diferentes.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

A segurança e saúde nos ambientes de trabalho devem ser garantidas por medidas
de ordem geral ou específica que assegurem a proteção coletiva dos trabalhadores.

Contudo, na inviabilidade técnica da adoção de medidas de segurança de caráter


coletivo, ou quando estas não garantirem a proteção total do trabalhador, ou ainda
como uma forma adicional de proteção, deve ser utilizado equipamento de proteção
individual ou simplesmente EPI de acordo com a NR-6.

EPI é todo dispositivo ou produto individual utilizado pelo trabalhador,


destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

• Os EPI’s devem ser fornecidos gratuitamente aos trabalhadores, exigindo-se que sejam
adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento.

• Sua utilização deve ser realizada mediante orientação e treinamento sobre o uso
adequado, guarda e conservação.

• A higienização, manutenção e testes deverão ser realizados periodicamente em


conformidade com procedimentos específicos.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

• Os EPI´s devem possuir Certificado de Aprovação - CA, serem selecionados e


implantados após uma análise criteriosa realizada por profissionais legalmente
habilitados, visando a minimizar o desconforto natural pelo seu uso, atender as
peculiaridades de cada atividade profissional e adequação ao nível de segurança
requerido face à gradação dos riscos.

• A validade do CA é de até cinco anos, contados da emissão do certificado, quando os


ensaios foram realizados nos doze meses anteriores à solicitação, ou do laudo de ensaio
mais antigo, quando realizados a mais de doze meses.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Para o desempenho de suas funções, os trabalhadores dos setores elétricos devem utilizar
equipamentos de proteção individual de acordo com as situações e atividades executadas.

Abaixo destacamos os EPIs utilizados:

Proteção do corpo

Vestimenta de trabalho:

Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra arcos voltaicos e agentes
mecânicos, podendo ser um conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou
jaqueta ou macacão de segurança.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Vestimenta condutiva para serviços ao potencial:

Protege o trabalhador contra efeitos do campo elétrico, criado quando em serviços


ao potencial.

Compõe-se de macacão feito com tecido aluminizado, luvas, gorro e galochas feitas
com o mesmo material. Além disso, possui uma malha flexível acoplada a um bastão
de grampo de pressão, o qual será conectado à instalação e manterá o eletricista
equipotencializado em relação à tensão da instalação em todos os pontos.

Deverá ser usado em serviços com tensões iguais ou superiores a 66 kV.


NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Capacete de segurança para proteção contra impactos e choques elétricos:

• Protegem o trabalhador contra lesões decorrentes de queda de objetos sobre a


cabeça, bem como, isolá-lo contra choques elétricos de até 600 Volts.

• Deve ser usado sempre com a carneira bem ajustada ao topo da cabeça e com a
jugular passada sob o queixo, para evitar a queda do capacete.

• Devem ser substituídos quando apresentarem trincas, furos, deformações ou


esfolamento excessivo.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Capacete de segurança para proteção contra impactos e choques elétricos:

• A carneira deverá ser substituída quando apresentar deformações ou estiver em


mau estado.

• Para atividades com eletricidade o modelo empregado é do tipo com aba total.

•Para evitar contatos acidentais com partes energizadas da instalação , o capacete


para uso em serviços com eletricidade deve ser da classe B ( submetido a testes de
rigidez dielétrica a 20KV )
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira

Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde haja risco de explosões
com projeção de partículas e queimaduras provocadas por abertura de arco voltaico.

Higienização dos capacetes:

•Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água e


detergente ou sabão neutro;
•O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque
atrito, evitando assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), o
que prejudicaria a rigidez dielétrica do mesmo;
•Secar a sombra.

OBS: A limpeza do visor deve ser feita do mesmo modo que os óculos de
segurança.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Óculos de proteção:

Protegem o trabalhador contra lesões nos olhos decorrentes da projeção de corpos


estranhos ou exposição a radiações nocivas.

Cada eletricista deve ter óculos de proteção com lentes adequadas ao risco específico
da atividade, podendo ser de lentes incolores para proteção contra impactos de
partículas volantes, ou lentes coloridas para proteção do excesso de luminosidade
ou outra radiação, quer solar quer por possíveis arcos voltaicos decorrentes de manobras
de dispositivos ou em linha viva.

A higienização dos óculos é lavar com água e sabão


neutro e secar com papel absorvente. ( O papel não
poderá ser friccionado na lente para não riscá-la.)
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Luvas de segurança isolantes para proteção contra choques elétricos:

• Protegem contra a ocorrência de choque elétrico, por contato pelas mãos, com
instalações ou partes energizadas em alta e baixa tensão.

• São para vários níveis de isolamento e em vários tamanhos, que devem ser
especificados visando a permitir o uso correto da luva.

• Deve-se usar talco neutro no interior das luvas, facilitando a colocação e a retirada da
mão.

• Devem sofrer vistoria e serem periodicamente ensaiadas quanto ao seu isolamento.

• Existem aparelhos que insuflam essas luvas e medem sua isolação (infladores de
luvas).
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Tabela – Classes de luvas isolantes (NBR 10622/89)

Classe Cor Tensão de Tensão de Tensão de


uso (V) ensaio (V) perfuração (V)

00 Bege 500 2.500 5.000


0 vermelha 1.000 5.000 6.000
1 branca 7.500 10.000 20.000
2 amarela 17.500 20.000 30.000
3 verde 26.500 30.000 40.000
4 laranja 36.000 40.000 50.000
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Equipamentos de Proteção Individual

As luvas são fabricadas em seis classes e nove tamanhos 8; 8,5 a 12 polegadas:

Os eletricistas de distribuição utilizam dois tipos de luvas: a de classe ”0”, para trabalhos em
baixa tensão e a de classe “2” , para trabalhos em circuito primário de em 13.800 Volts.

Luva isolante de borracha de AT


Fonte: Local Service Engenharia Ltda., 2006
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Equipamentos de Proteção Individual

Luvas de pelica de proteção :

• São utilizadas como cobertura das luvas isolantes (sobrepostas a estas).

• Destinam-se a protegê-las contra perfurações e cortes originados de pontos


perfurantes, abrasivos ou escoriantes.

• São confeccionadas em pelica, com costuras finas para manter a máxima mobilidade
dos dedos e possuem um dispositivo de aperto com presilhas para ajuste acima do punho.

Luvas de pelica de proteção


Fonte: Local Service Engenharia Ltda., 2006.
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Equipamentos de Proteção Individual

Luvas de segurança para proteção das mãos contra agentes ásperos :

• Confeccionadas em raspa de couro ou vaqueta e com costuras reforçadas

• Destinam-se a proteger as mãos do trabalhador contra cortes, perfurações e


abrasões

• O trabalhador deve usá-las sempre que estiver manuseando materiais genéricos


abrasivos ou cortantes que não exijam grande mobilidade e precisão de
movimentos dos dedos.

Luvas de raspa de couro


Fonte: Local Service Engenharia
Ltda., 2006.
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Equipamentos de Proteção Individual

Mangas de segurança isolantes para proteção dos braços e antebraços contra


choques elétricos :

• Protegem o trabalhador contra a ocorrência de contato, pelos braços e antebraços, com


instalações ou partes energizadas.

• As mangas são normalmente empregadas com nível de


isolamento de até 20 kV e em vários tamanhos.
Possuem alças e botões que as unem nas costas.

• Devem ser usadas em conjunto com luvas isolantes.

• Antes do uso, as mangas isolantes devem sofrer vistoria,


além de serem periodicamente ensaiadas quanto ao seu
isolamento. Mangas de segurança isolantes
Fonte: SENAI NEAD
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Calçados de segurança para proteção contra agentes mecânicos e choques


elétricos:

• Protegem os pés contra acidentes originados por agentes cortantes,


irregularidades e instabilidade de terrenos

• Evitam queda causada por escorregão

• Fornecem isolamento elétrico


até 1000Volts (tensão de toque e tensão
de passo)

• Os calçados de segurança para trabalhos


elétricos são, normalmente , de couro,
com palmilha de couro e solado de borracha
ou poliuretano e não devem possuir
componentes metálicos.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual


Calçado de proteção tipo condutivo

• Utilizada para proteção dos pés quando o empregado realiza trabalhos ao potencial.

• Para uma melhor conservação e higienização deve-se, engraxar com pasta adequada
para a conservação de couros, armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade, se
molhado secar a sombra e nunca secar ao sol ( pode causar efeito de ressecamento).
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Perneira de segurança

Utilizada para proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de
animais peçonhentos.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual

Proteção contra quedas

Duplo T: utilizada para escalar postes de concreto. Feita de aço redondo, com diâmetro de
16 mm ou mais, e correias de couro.
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Equipamentos de Proteção Individual

Proteção contra quedas

Ferro Meia Lua (redonda): utilizada para postes de madeira. Feita de aço, com estribo para
apoio total do pé, correias de couro e três pontas de aço para fixação ao poste.
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Equipamentos de Proteção Individual

Proteção contra quedas

Espora Extensível: utilizada para escalar postes de madeira.


Composta por haste em forma de “J” com duas almofadas.
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Equipamentos de Proteção Individual

Conjunto cinturão tipo paraquedista e talabarte:

• Confeccionado em tiras de nylon de alta resistência tanto no material quanto nas costuras
e ferragens.

• Forma conjunto com o talabarte e seus pontos de apoio são distribuídos em alças
presas ao redor das coxas, no tórax e nas costas. O ponto de apoio é situado nas tiras
existentes nas costas. Conjugado com sistema trava-quedas, permite a subida, descida ou
resgate de forma segura e eficaz.

• Destinado à proteção contra queda de pessoas, sendo obrigatória sua utilização em


trabalhos acima de 2 metros de altura.
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Equipamentos de Proteção Individual


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Equipamentos de Proteção Individual

Considerações Gerais

Sempre antes de utilizar o cinto, o executante


deve verificar:

• Se as costuras não estão desfiadas;

• Se as fivelas estão fechando


e abrindo perfeitamente;

• Verificar o perfeito funcionamento


dos mosquetões.
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Equipamentos de Proteção Individual

Trava quedas

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo paraquedista.
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Equipamentos de Proteção Individual

Utilização do trava-quedas de corda

• O trava-quedas de corda é utilizado em trabalhos


de construção, manutenção emergencial e manutenção preventiva em redes
aéreas de distribuição com altura superior a dois metros em relação ao solo.
• Os materiais necessários para a construção do trava-quedas são - uma corda dinâmica
com alma indicadora de desgaste, com 1,75m de comprimento, duas argolas metálicas e
dois mosquetões com triplo travamento.

• Este modelo de trava-quedas não poderá ser utilizado em atividades com utilização de
escadas.

• Este sistema de trava-quedas possui certificado de aprovação


NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Equipamentos de Proteção Individual


Proteção contra outros riscos:

• Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
gases, fumos.

•Deve ser utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal
necessidade, em atendimento a IN no. 1 de 11/04/1994 – ( Programa de Proteção
Respiratória – Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores ).
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Equipamentos de Proteção Individual

Proteção contra outros riscos:

• Protetor auricular para proteção do sistema auditivo, quando o trabalhador estiver


exposto a níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a


condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

As principais vestimentas utilizadas para serviços em eletricidade é a vestimenta


condutiva para proteção de todo o corpo contra choque elétricos e a vestimenta de
proteção contra arco elétrico.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

Vestimenta de proteção tipo condutiva

Utilizada para trabalhos ao potencial.

Composta de um conjunto de segurança que inclui calça, jaqueta com capuz, meias e
luvas, destinada a ligar o eletricista ao mesmo potencial de tensão elétrica do cabo
energizado, em redes aéreas de alta e extra-alta tensão.

Para higienização deve-se lavar, manualmente em água com detergente neutro, torcer
suavemente e secar a sombra. A roupa pode ser lavada em máquina automática no ciclo
roupa delicada de 8 a 10 minutos, com água e detergente neutro, secar a sombra em
varal sem partes oxidáveis, não fazer vincos ( sinais deixados por dobra ) ou passar a
ferro.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

Vestimenta de proteção contra arco elétrico

A maioria dos acidentes acontece quando o operador ou eletricista precisa remover as


barreiras de proteções como porta de painéis, instalar ou remover componentes
operacionais como disjuntores com o equipamento energizado.

Nessas situações, o trabalhador fica totalmente exposto ao perigo e a sua segurança só


depende da prática segura e uso de EPI adequado.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

Vestimenta de proteção contra arco elétrico

A escolha da vestimenta ou roupa de proteção contra queimaduras por arco elétrico


requer uma avaliação detalhada da natureza do arco elétrico e das práticas de trabalho e
não deve ser realizada somente por analogia com os demais agentes térmicos.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

Tecido e sua composição

No caso das vestimentas para proteção contra os efeitos térmicos do arco elétrico e do
fogo repentino, sua composição deve contar com tecidos especiais para garantir um
desempenho satisfatório quando expostos à energia incidente e à chama.

Assim, cabe a cada profissional de segurança do trabalho avaliar a melhor tecnologia


para a proteção dos trabalhadores aos riscos a que estarão expostos, considerando as
propriedades dos tecidos e vestimentas disponíveis e sua respectiva manutenção.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

Gramatura do tecido

Uma das características relevantes na avaliação e escolha das vestimentas, a gramatura


compõe a proteção conferida pela vestimenta contra os efeitos térmicos do arco elétrico e
do fogo repentino e, para tanto, os tecidos Fire Retardant - FR (retardante ao fogo ou
retardante a chama) apresentam normalmente gramaturas superiores aqueles utilizados
na confecção de uniformes em geral.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

As vestimentas de proteção não são meros uniformes, se constituindo em EPI e,


portanto, apresentando características de proteção específicas. Para tal, sua tecnologia
de construção normalmente impõe gramaturas superiores, embora já existam alguns
avanços no desenvolvimento de tecidos FR mais leves.

No caso de um país tropical como o Brasil, estaremos sempre diante de uma avaliação
que deve considerar as características de proteção e o conforto.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

ATPV – Arc Thermal Perfomance Value

O ATPV - Arc Thermal Performance Value (valor em calorias por centímetro quadrado da
proteção conferida pelo tecido ao efeito térmico proveniente de um arco elétrico) está
diretamente relacionado às características do tecido que compõe a vestimenta e sua
tecnologia de fabricação. Representa o valor máximo de energia incidente sobre o tecido
que resulta numa energia no lado protegido que poderia com 50% de probabilidade
causar queimaduras de segundo grau.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

O valor do ATPV é uma estimativa da barreira conferida pelo tecido e,consequentemente,


da vestimenta com ele confeccionada. Assim, com base nos cálculos da energia
incidente (cal/cm 2 ) determina-se o nível de proteção necessário. Lembrando que, de um
modo geral, quanto maior a gramatura do tecido maior a proteção.
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Posturas e Vestuários de Trabalho

A título de referência, segue tabela (adaptada) de proteção mínima das vestimentas de


acordo com as categorias de risco da NFPA 70E:

Tabela 1: Especificação dos Equipamentos de Proteção Individual em função das


Categorias de Risco conforme a NFPA 70E
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Segurança com veículos


e transporte de pessoas,
materiais e equipamentos

O transporte de pessoas, materiais e equipamentos deve ser feito visando prevenir


acidentes tanto físico, como também materiais.

Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores,


elevadores de carga, guindastes, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos,
esteiras rolantes, transportadores de diferentes tipos, devem ser calculados e construídos
de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e
conservados em perfeitas condições de trabalho.
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Segurança com veículos


e transporte de pessoas,
materiais e equipamentos

Os cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos deverão ser inspecionados,


permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

Em todo equipamento deverá ser indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho
permitida.

Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber
treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.
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Segurança com veículos


e transporte de pessoas,
materiais e equipamentos

Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só


poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com
o nome e fotografia, em lugar visível. O cartão terá a validade de 1 ano, salvo imprevisto,
e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por
conta do empregador.

Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora


( buzina ).
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Segurança com veículos


e transporte de pessoas,
materiais e equipamentos

Todos os transportadores industriais devem ser permanentemente inspecionados e as


peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente
substituídas.

É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar não projetado para esse
fim.

Os equipamentos de transportes de materiais devem possuir dispositivos que impeçam a


descarga acidental do material transportado.
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Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Destinado ao aviso e advertência de pessoas sobre riscos ou condições de perigo


existentes, proibições de ingresso ou acesso e cuidados ou ainda aplicados para
identificação dos circuitos ou partes.

É fundamental a existência de procedimentos de sinalização padronizados, documentados


e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores ( próprios e terceiros), especialmente
para aplicação em:

a)Identificação de circuitos elétricos, de quadros e partes;


b)Travamentos e bloqueios de dispositivos de manobra;
c)Restrições e impedimentos de acesso;
d)Delimitações de áreas;
e)Interdição de circulação, de vias públicas.
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Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

1. Cones de Sinalização

Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas ou rodovias e orientação de


trânsito de veículos e de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita
zebrada, sinalizador STROBO ( luminoso) , bandeirola, etc.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

2. Grade metálica dobrável

Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias


subterrâneas e situações análogas.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

3. Correntes para sinalização em ABS

Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de trabalho interna e


externamente na sinalização, interdição, balizamento ou demarcação em geral. Não
descasca nem perde a cor com a ação de mal tempo.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

4. Placas

As placas têm por objetivo chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para objetos
ou situações que comprometam a integridade física.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Perigo de Morte – Alta Tensão

Destinada a advertir as pessoas quanto ao perigo de ultrapassar áreas delimitadas onde


haja a possibilidade de choque elétrico, devendo ser instalada em caráter permanente.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Não Operar

Destinada a advertir para o fato do equipamento em referência estar incluído na condição


de segurança, devendo a placa ser colocada no comando local dos equipamentos.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Equipamento Energizado

Destinada a advertir para o fato do equipamento em referência, mesmo estando no


interior da área delimitada para trabalhos, encontrar-se energizado.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Equipamento com Partida Automática

Destinada a alertar quando há possibilidade de exposição a ruído excessivo e partes


volantes, quando de partida automática de grupos auxiliares de emergência.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Perigo - Não Fume

Destinada a advertir quanto ao perigo de explosão, quando do contato de fontes de calor


com os gases presentes em salas de baterias e depósitos de inflamáveis, devendo a
mesma ser afixada no lado externo.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Uso obrigatório de EPIs

Destinada a alertar quanto à obrigatoriedade do uso de determinados equipamentos de


proteção individual.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Atenção - Gases

Destinada a alertar quando há necessidade do acionamento do sistema de exaustão das


salas de baterias antes de se adentrar, para retirada de possíveis gases no local.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho
Atenção para Banco de Capacitores e Cabos a Óleo

Destinada a alertar a Operação, Manutenção e Construção quanto a necessidade de


espera de um tempo mínimo para fazer o Aterramento Móvel Temporário de forma
segura e iniciar os serviços.

Ao confeccionar esta placa, o tempo de espera deverá ser adequado com a


especificidade do local onde a mesma será instalada.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

Perigo – Não Suba

Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo da alta tensão. Instaladas em torres,
pórticos e postes de sustentação de condutores energizados.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Sinalização e isolamento
de áreas de trabalho

5. Fitas de sinalização

Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de trabalho interna e


externamente na sinalização, interdição, balizamento ou demarcação em geral por
indústrias, construtoras, transportes, órgãos públicos ou empresas que realizam
trabalhos externos.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Liberação de Instalação para


Serviço e Para Operação e Uso

A liberação para serviço e para operação e uso deve ser determinada de acordo com o
serviço a ser executado conforme procedimento da empresa.

A empresa deve dispor de procedimentos para cada situação seguido e respeitado pelo
profissional envolvido. Deste modo será realizado um serviço padronizado, e com o
menor risco.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Liberação de Instalação para


Serviço e Para Operação e Uso

Pode haver casos onde o serviço apresente alguma peculiaridade, que não está descrita
nos procedimentos, nesses casos o profissional deverá entrar em contato com o
departamento responsável, onde um profissional habilitado e autorizado deverá buscar
uma melhor solução para cada caso juntamente com o profissional envolvido na
intervenção.

Quando acontecer esse fato, é fundamental atualizar os procedimentos visando


transtornos futuros.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Liberação de Instalação para


Serviço e Para Operação e Uso

De acordo com a exigência na NR 10, antes de iniciar os trabalhos em circuitos


energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do
serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a
serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Liberação de Instalação para


Serviço e Para Operação e Uso

A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites


estabelecidos como zona de risco, somente pode ser realizada mediante a desativação,
também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento
automático do circuito, sistema ou equipamento.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Liberação de Instalação para


Serviço e Para Operação e Uso

Como já vimos no curso básico, Zona de Risco ( Zr ) é o entorno de parte condutora


energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nivel de tensão, cuja aproximação só é permitida a
profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de
trabalho.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Liberação de Instalação para


Serviço e Para Operação e Uso

Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para o


trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo:

a)seccionamento; 
b)impedimento de reenergização;
c)constatação da ausência de tensão; 
d)instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos
circuitos; 
e)proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; 
f)instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Liberação de Instalação para


Serviço e Para Operação e Uso

O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para


reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a sequência de procedimentos
abaixo: 

a)retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; 


b)retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de
reenergização; 
c)remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções
adicionais; 
d)remoção da sinalização de impedimento de reenergização; 
e)destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Exercícios

1. A desenergização envolve uma sequência de 6 passos. Numere os passos fazendo a


sequência de desenergização correta:

________ Constatação de ausência de tensão através do uso de detectores de tensão.


________ Proteção de elementos energizados existentes na zona controlada.
________ Aterramento temporário e equipotencialização
________Impedimento de reenergização através de bloqueios com cadeados e
etiquetas.
_________Instalação de sinalização de impedimento de reenergização.
_________Seccionamento através dos disjuntores ou chaves seccionadoras .
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Exercícios

2. A reenergização envolve uma sequência de 5 passos. Numere os passos fazendo a


sequência de reenergização correta:

______Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções


adicionais.
______ Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos
______ Destravamento e religação dos dispositivos de seccionamento.
______ Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no
processo de reenergização.
______ Remoção da sinalização de impedimento de reenergização; 
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Exercícios

3. Selecione Verdadeiro ou Falso para cada uma das afirmações:

( ) A sinalização de segurança é uma medida para prevenir acidentes de origem elétrica.

( ) A sinalização de segurança pode ser em forma de avisos, indicação, informação,


orientações de bloqueio, advertências, proibições, impedimentos, etc.

( ) Para desenergizar basta desligar o circuito, para garantir que o trabalhador não se
acidentará.

( ) O objetivo das medidas de controle de risco elétrico é conhecer os métodos de


controle de risco e saber analisar os tipos de sistemas de aterramento, os meios para
isolar e permitir o trabalho seguro tanto para o trabalhador como para o usuário.

( ) Na desenergização é necessário desligar o disjuntor ou a chave seccionadora e testar


ausência de tensão, para saber se não está energizado.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Exercícios

4. Selecione Verdadeiro ou Falso para cada uma das afirmações:

( ) No impedimento de reenergização, devem ser usados os bloqueadores, cadeados ou


lacre para impedir a reenergização, pois muitos acidentes acontecem devido a um
trabalhador desavisado religar o quadro, sem perguntar ou verificar se o trabalho já está
terminado.

( ) Os detectores de tensão, voltímetros usados com varas de manobra para ausência de


tensão devem ser usados, pois muitas vezes existe uma corrente de fuga, devido a um
isolamento mal feito, ou a um desgaste na instalação elétrica.

( ) O uso de mantas e isoladores para isolar eventuais pontos energizados nas zonas
controladas e proteger contra choques é dispensável, desde que a chave geral ou o
disjuntor de entrada tenham sido desligados.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Procedimentos de trabalho são ferramentas importantes para a execução dos


serviços e desempenho das funções dentro do Sistema Elétrico de Potência.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Condições e tarefas básicas de uma equipe


Condições iniciais

Para iniciar um procedimento de trabalho, são necessárias as seguintes condições


mínimas:

• Estar em boas condições físicas e mentais;

• Inspecionar as condições dos equipamentos de proteção individual e coletiva;

• Inspecionar as condições do veículo;

• Estar equipado com uniforme, calçado apropriado, óculos de segurança, capacete de


segurança com jugular e luvas de raspa, para rede desenergizada.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Condições e tarefas básicas de uma equipe

• Para trabalhar em redes energizadas, com tensão nominal de até 440 volts, deverá usar
luvas isolantes classe 00 (500V ) ou classe 0 (1000V), protegidos com luvas de cobertura,
mangas isoladas de borracha, cobertura isolante e óculos escuro de segurança;

• Para trabalhar com vara de manobra e bastões de manobra em média tensão de


13,8 kV e 23,1 kV deverá usar luvas isolantes classe II (15kV ) ou classe III (25kV ) e
protegidas com luvas de cobertura e óculos escuro de segurança;

• Para trabalhar em poste, deverá utilizar esporas (duplo “T”, redonda, extensível) ou
escada, cinturão de segurança ou cinto pára-quedista com talabarte, trava quedas, corda
de serviço e conjunto de içamento (composto por corda simples, carretilha com gancho
longo, estropo, gancho para corda e balde de lona).
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Sinalização e isolamento da área de trabalho

Para sinalizar e isolar as áreas de trabalho, são estabelecidos critérios, com a finalidade de
garantir a distância e o isolamento adequado na execução de manobras em redes
aéreas de distribuição, salvaguardando o pessoal envolvido na manobra, os
equipamentos e impedindo a permanência de pessoas não autorizadas no local.

Aplicação

Pelas características dos serviços em redes aéreas de distribuição, sempre há


necessidade de sinalizar e isolar a área de trabalho, principalmente quando o serviço é
realizado em logradouros públicos ou em locais onde existe tráfego de veículos e
pedestres.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho


Sinalização e isolamento da área de trabalho

Responsabilidade e obrigações
Do encarregado

O encarregado da turma é o responsável por qualquer acidente que por ventura venha
a ocorrer, seja por falta de supervisão, por condições inseguras de trabalho ou por falta
dos equipamentos necessários à execução do serviço.
Na constatação da existência dessas condições, o encarregado não deve iniciar a
tarefa ou, então, interrompê-la, comunicando imediatamente, à chefia superior, a
impossibilidade de sua realização e, posteriormente, regularizar a situação.

Do eletricista

Ao eletricista, além da atenção às determinações do Regulamento Disciplinar ou


encarregado da turma, cabe verificar, antes da realização de qualquer serviço, as
condições do local de trabalho, seu ferramental e os equipamentos de proteção
individual e coletiva.
Quando observar qualquer irregularidade, comunicar ao seu superior.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Conservação, transporte e manutenção

Quanto à conservação:

• Os equipamentos e ferramentas devem ser guardados em local isento de poeira e o


mais seco possível.

• Os bastões devem ser guardados em locais apropriados e secos, sem poeira, fora
da ação solar direta, livre da possibilidade de choques com materiais duros e do atrito
com outras superfícies.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Conservação, transporte e manutenção

Quanto à conservação:

• As peças de borracha devem ser protegidas com talco e em sacolas de lona


apropriadas. No caso das mangas isoladas, estas devem ser guardadas na posição
plana, em pares, nas sacolas de lona e nas caixas.

• As peças de borracha devem ser lavadas com água e sabão neutro, enxaguadas
completamente com água limpa e, após, deixar secar à sombra.

• Os bastões devem ser limpos com flanela seca e após lubrificados com silicone.

• As ferramentas manuais isoladas devem ter as partes móveis limpas e


lubrificadas para uma operação mais suave
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Conservação, transporte e manutenção

• O bastão e os demais conjuntos de manobra devem ser acondicionados dentro da


sacola de lona e transportados na viatura em um tubo PVC com diâmetro e comprimento
apropriado, na cor branca, com tampão de PVC. Esse tubo deve estar posicionado na
viatura em um local de fácil acesso e não apresentar nenhum orifício que permita a entrada
de umidade.

• As luvas isolantes devem ser acondicionadas dentro das sacolas, com a parte do punho
colocada na parte mais baixa e com a ponta dos dedos na parte superior, evitando
assim a inserção de materiais estranhos dentro das mesmas.

• As mangas devem ser colocadas dentro de uma sacola de lona com formato e
tamanho apropriados.

• As ferramentas manuais isoladas devem ser transportadas dentro de uma caixa ou


maleta de couro.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Conservação, transporte e manutenção

Quanto à inspeção:

Considerando que esta parte do trabalho visa a orientar a equipe e o eletricista


quanto aos aspectos que envolvem as condições de uso das ferramentas e
equipamentos de proteção individual e coletiva, listamos, para cada um deles, os
agentes que deverão merecer um controle de risco, visando com isto à diminuição
das principais causas dos acidentes.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Comunicação via rádio

Critérios para utilização

• Escutar, antes de transmitir, para evitar interferência na transmissão de outro, pois


além de não se fazer entender, irá causar congestionamento, confusão e transtornos
ao funcionamento da rede.

• Transmitir só o que for estritamente necessário deixando o canal livre por mais tempo.

• Transmitir pausadamente, de maneira que o operador menos apto entenda, evitando


desta forma, repetições desnecessárias e diminuindo o tempo de ocupação do canal.
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Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Comunicação via rádio

• Responder prontamente as chamadas.

• Usar o rádio somente para comunicações necessárias.

• Usar o alfabeto fonético que é formado por expressões convencionadas de serviço


e o código.

• Falar de forma mais clara possível pois a transmissão da mensagem via rádio sofre
modificações, causando dificuldades de entendimento.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Comunicação via rádio

Códigos e expressões convencionais de serviço


Código Q

É conhecido e usado internacionalmente, possibilitando o controle entre operadores


com línguas diferentes, pois o significado das expressões é sempre o mesmo.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Código Q
CÓDIGO SIGNIFICADO
QAP Permaneço na freqüência determinada

QRA Qual é o nome do operador


QRG Qual é a freqüência/canal de operação
QRM Sua transmissão está com interferência de outras estações
QRN Sua transmissão está com interferência por efeitos atmosféricos (estática)
QRO Aumente a potência do transmissor
QRP Diminua a potência do transmissor
QRT Encerramento da transmissão
QRV Estou a disposição
QSA Qual é meu nível de sinal?
QSB Sua transmissão está com desvanecimento de sinal (fading)
QSJ Dinheiro
QSL Mensagem entendida
QSY Mudar para freqüência/canal
QTC Tenho uma mensagem para você
QTH Qual é a localização exata?
QTI Qual é a localização aproximada?
QTR Qual é o horário? Fonte: Local Service Engenharia Ltda., 2006.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Comunicação via rádio

Códigos e expressões convencionais de serviço

Código fonético

Para otimizar as comunicações radiofônicas, usamos códigos que facilitam a troca de


mensagens entre dois ou mais operadores.
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Análise de procedimentos básicos para o trabalho


Código fonético
LETRA CÓDIGO

A ALFA
B BRAVO
C CHARLIE
D DELTA
E ECO
F FOX
G GOLF
H HOTEL
I INDIA
J JULIET
K KILO
L LIMA
M MIKE
N NOVEMBER
O OSCAR
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Análise de procedimentos básicos para o trabalho

Código fonético

LETRA CÓDIGO

P PAPA

Q QUEBEC

R ROMEU

S SIERRA

T TANGO

U UNIFORM

V VITOR

W WISKIE

X X-RAY

Y YANKEE

Z ZULÚ
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Acidentes Típicos

No ano de 2009 segundo relatório COGE (2010), o contingente de 102.766 empregados


próprios do setor conviveu, no desempenho diário de suas atividades, com riscos de
natureza geral e riscos específicos, registrando-se 781 acidentados do trabalho típicos
com afastamento, acarretando, entre custos diretos (remuneração do empregado
durante  seu afastamento) e indiretos (custo de reparo e reposição de material, custo de
assistência ao acidentado e custos complementares – interrupção de fornecimento de
energia elétrica, por exemplo), prejuízos de monta para o Setor de Energia Elétrica.
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Acidentes Típicos

Os acidentes fatais, ao longo dos anos, têm como causas principais: queda, origem
elétrica e veículos. Tais causas podem ser evitadas, especialmente as duas primeiras,
que dependem exclusivamente do cumprimento de procedimentos técnicos de trabalho
(planejamento da segurança no trabalho, observação das frentes de trabalho,
procedimentos de trabalhos escritos - o passo a passo, treinamento da força de trabalho,
além do compromisso gerencial, entre outros).
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Acidentes Típicos

A análise global dos resultados em 2009 identifica os seguintes pontos:

•A taxa de frequência de acidentados próprios com afastamento, reduziu para 3,58,


alcançando o menor valor em uma década inteira, aproximando da menor taxa de
frequência registrada na série histórica do setor, em 1999 (3,45);
•As taxas de frequência e gravidade das empresas contratadas, apresentaram os
menores valores desde 2004, mas continuam elevados se comparados as mesmas taxas
de empregados próprios.
•Os acidentados da população continuam com a média de um acidente fatal por dia, com
um total de 288 acidentados fatais em 2009.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Acidentes Típicos

O trabalho com segurança e saúde consiste em projetos e atividades desenvolvidos e


reformulados permanentemente, consolidados em práticas do cotidiano, traduzido em
hábitos e não em atos. Portanto, aos que vêm alcançando resultados de excelência, o
maior desafio é o da manutenção daqueles hábitos e da consequente melhoria contínua
do desempenho empresarial.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Exemplos de Acidentes Típicos


Com Eletricidade

1º Caso
Eletricista morre ao cair de uma escada no campus da Universidade de
Pernambuco
Data: 14/02/2011   Fonte: Jornal O Globo
 
RECIFE - Um eletricista morreu nesta segunda-feira enquanto trabalhava nas instalações
da Universidade de Pernambuco (UPE), em Nazaré da Mata, no interior de Pernambuco.
De acordo com a Polícia, Antônio Henrique Hernandes da Silva, 41 anos, estava no
térreo em cima de uma escada fazendo medições no teto de uma sala de 4m² e 5m de
altura quando se desequilibrou e caiu.
Os próprios operários da obra socorreram o eletricista para o Hospital Hermínio Coutinho,
onde Antônio Henrique já chegou sem vida
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Exemplos de Acidentes Típicos


Com Eletricidade

2º Caso
SP: 2 homens morrem eletrocutados em hangar de Congonhas
Data: 25/01/2010  Fonte: Terra Notícias.

Dois homens que realizavam serviço de manutenção em um hangar da companhia aérea


Avianca, na rua dos Tamoios, nas dependências do aeroporto de Congonhas, na zona
sul de São Paulo, morreram eletrocutados na manhã desta terça-feira. Segundo a
empresa, as duas vítimas trabalhavam em uma prestadora de serviços auxiliares de
construção civil, e enquanto realizavam pequenas obras no local, sofreram descarga
elétrica por fios de média tensão.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) identificou os dois como o empresário Afonso
Gonçalves de Paula, 56 anos, e seu genro Thiago José Veloso Cadorin, 25 anos.
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Exemplos de Acidentes Típicos


Com Eletricidade

Quando um poste metálico que era retirado do local encostou em fios de alta tensão,
Thiago recebeu uma forte descarga elétrica. Afonso tentou ajudá-lo, mas ambos sofreram
o choque e morreram no local, de acordo com informações do órgão. O incidente
aconteceu por volta das 10h40.
Um terceiro funcionário tentou socorrer Afonso e também recebeu um choque elétrico,
mas com menor intensidade. Ele foi socorrido no aeroporto e transferido ao Hospital do
Servidor Público Estadual, onde permanece internado, mas passa bem.
O local do acidente passou por perícia e os corpos foram encaminhados ao Instituto
Médico Legal. Um inquérito policial foi aberto para apuração do acidente. Segundo a
SSP, o caso foi registrado na Delegacia do Aeroporto de Congonhas como homicídio
culposo, baseado no artigo 19 dos Planos e Benefícios da Previdência Social: "deixar a
empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho".
A Avianca informou por meio de nota que as autoridades policiais, incluindo a polícia
técnica está apurando as causas exatas do acidente, e que ainda não há informação
sobre o prazo de emissão do laudo. A empresa se manifestou solidária às famílias das
vítimas
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

Conforme estabelece a NR-10, as responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR


são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos. A contratação de serviços de
terceiros não desobriga a empresa contratante de informar sobre os riscos e adotar
medidas de controle
É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os
riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos a serem adotados.
Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e
serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

Cabe aos trabalhadores:

a. zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho;
b. responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e
c. comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que
considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
Conforme o Art. 158 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

Cabe aos empregados:

• Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, bem como as instruções


dadas pelo empregador.
• Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina do
trabalho.
• Usar corretamente o EPI quando necessário.

Conforme o Art. 157 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas.


NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

Cabe às empresas:

• Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;


• Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no
sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;
• Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos competentes;
• Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades
Atribuições do SESMT

• Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho no


ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e
equipamentos, de modo a reduzir até controlar os riscos ali existentes à saúde do
trabalhador;

• Determinar ao trabalhador a utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI,


quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco como
determina a NR 6 e se mesmo assim este persistir, e desde que a concentração, a
intensidade ou característica do agente assim o exija;

• Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações


físicas e tecnológicas da empresa;
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

• Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do


disposto nas NR’s aplicáveis às atividades executadas pelo trabalhadores das
empresa e/ou estabelecimentos;

• Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas


observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;

• Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação


dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração
permanente (treinamentos);
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

• Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes ocorridos na


empresa ou estabelecimento, e todos os casos de doença ocupacional,
descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença
ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições
dos indivíduos portadores de doença ocupacional ou acidentado;

• As atividades dos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente


prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando
se tornar necessário. A elaboração de planos de controle de efeitos de
catástrofes, disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e o
salvamento e de imediata atenção à vítima de qualquer outro tipo de acidente
estão incluídos em suas atividades.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um documento de revisão


anual, que visa identificar, avaliar, registrar, controlar e mitigar os riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
promovendo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, tendo
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais abrange:

• radiação eletromagnética, principalmente na construção e manutenção de linhas


de elevado potencial (transmissão e sub-transmissão) e em subestações;
• ruído em usinas de geração elétrica e subestações;
• calor em usinas de geração elétrica (sala de máquinas), serviços em redes
subterrâneas de distribuição de energia elétrica e em subestações;
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

• umidade em caixas subterrâneas;

• riscos biológicos diversos nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de


energia elétrica (eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de
construção de modo geral;

• gases tóxicos, asfixiantes, inflamáveis nos serviços em redes subterrâneas de


distribuição de energia elétrica tais como metano, monóxido de carbono, etc;

• produtos químicos diversos como solventes para limpeza de acessórios;

• óleos dielétricos utilizados nos equipamentos, óleos lubrificantes minerais e


hidrocarbonetos nos serviços de manutenção mecânica em equipamentos
sobretudo em subestações de energia, usinas de geração e transformadores na
rede de distribuição;
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

• ácido sulfúrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de geração


elétrica.

• ascarel ou Bifenil Policlorados (PCBs), ainda presente em transformadores e


capacitores de instalações elétricas antigas, em atividades de manutenção em
subestações de distribuição elétrica e em usinas de geração elétrica, por ocasião
da troca de transformadores e capacitores e, em especial, da recuperação de
transformadores e descarte desse produto.

• outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e


riscos porventura decorrentes de atividades de construção, tais como vapores
orgânicos em atividades de pintura, fumos metálicos em solda, poeiras em redes
subterrâneas e obras, etc.
NR10 Complementar no Sistema Elétrico de Potência

Responsabilidades

É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento


base do PPRA, que dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção
para os seguintes:

• discussão do documento base com os empregados (CIPA);


• descrição de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de
trabalho, internos ou externos e em todas as atividades realizadas na empresa
(trabalhadores próprios ou de empresa contratadas);
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Responsabilidades

• realização de avaliações ambientais quantitativas dos riscos ambientais


levantados (radiação, calor, ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre
outros), contendo descrição de metodologia adotadas nas avaliações, resultados
das avaliações, limites de tolerância estabelecidos na NR15 e medidas de
controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente habilitado;

• descrição das medidas de controle coletivas adotadas;

• cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa.


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Responsabilidades

O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de Saúde e Segurança


do Trabalho - SST, como PCMSO, PCA e o PCMAT (em caso de construção de
linhas elétricas, obras civis de apoio a estruturas, prediais), e inclusive, com todos
os documentos relativos ao sistema de gestão em SST adotado pela empresa.
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Responsabilidades

PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

É fundamental que o PCMSO seja elaborado e planejado anualmente com base


em um preciso reconhecimento e avaliação dos riscos presentes em cada
ambiente de trabalho, em conformidade com os riscos levantados e avaliados no
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, no PCMAT – Programa
de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, bem
como em outros documentos de saúde e segurança, e inclusive no mapa de
riscos desenvolvido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Esse Programa constitui-se num dos elementos de Saúde e Segurança do
Trabalho - SST da empresa e não pode prescindir de total engajamento e
correspondência com o sistema de gestão adotado na empresa, se houver,
integrando-o, tanto na fase de planejamento de ações quanto na fase de
monitoração dos resultados das medidas de controle implementadas.
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Responsabilidades

Frente às situações específicas do setor elétrico, onde na maioria dos casos não
estão presentes os riscos clássicos industriais, o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO) deve considerar com profundidade fatores
ergonômicos:

• de ordem psicossocial relacionados à presença do risco de vida no trabalho com


eletricidade e dos trabalhos em altura, seja no poste urbano quanto nas atividades
em linhas de transmissão, como: “stress” associado a tais riscos, grande
exigência cognitiva e de atenção, necessidade de condicionamento psíquico e
emocional para execução dessas tarefas, entre outros fatores estressores
• de natureza biomecânica relacionados às atividades em posturas pouco
fisiológicas e inadequadas (em postes, torres, plataformas), com exigências
extremas de condicionamento físico;
• de natureza organizacional relacionados às tarefas planejadas sem critérios de
respeito aos limites técnicos e humanos, levando a premência de tempo,
atendimento emergencial, pressão produtiva.
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Responsabilidades

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além da


avaliação individual de cada trabalhador envolvido, periodicamente, tem o caráter
de um estudo de corte, longitudinal, onde o médico do trabalho tem oportunidade
de acompanhar uma determinada população de trabalhadores ao longo de sua
vida laboral, estudando o possível aparecimento de sintomas ou patologias, a
partir da exposição conhecida a fatores agressores.

É fundamental que os relatórios anuais sejam detalhados, com a guarda judiciosa


dos prontuários médicos, sendo a implementação do programa verificada pelo
Auditor Fiscal do Trabalho por meio da correção dos Atestados de Saúde
Ocupacionais, quanto a dados obrigatórios e periodicidade, disponibilidade dos
relatórios anuais e, caso necessário, por meio das análises dos prontuários
médicos.
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Responsabilidades

CIPA - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do


trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
A CIPA é composta por representantes do empregador - (designados) e dos
empregados (eleitos).
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Responsabilidades

Atribuições da CIPA

• Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a


participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
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Responsabilidades

Atribuições da CIPA

• Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho


visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores;

• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu


plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;

• Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
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Responsabilidades

Atribuições da CIPA

• Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de


máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;

• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros


programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como


cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;

• Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da


análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;
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Responsabilidades

Atribuições da CIPA

• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham


interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

• Requisitar à empresa as cópias das CAT’s emitidas;

• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana


Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de


Prevenção da AIDS.
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Referências Bibliográficas

Referências Bibliograficas
 
ABNT. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão, 2004. 209 p.
ABNT. NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 13,2
kV, 2003. 65
ABNT. NBR 6533: Estabelecimento de segurança aos efeitos da corrente
elétrica percorrendo o corpo humano.
ABNT. NBR 6146: Graus de proteção.
ABNT. NR 5410:2004. Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de
Janeiro, 2004. 209 p.
ALMEIDA, Agnaldo Bizzo de : Vestimentas de proteção conforme nova
NR 10
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Referências Bibliográficas

ANEE, Agência  Nacional  de  Energia  Elétrica: Resolução Normativa nº


414, 2010
ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas:
Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Editora
Gerenciamento Verde Consultoria. 4a ed., 2003/2004. 1.540 p.
BLUMENSCHEIN, Quintiliano Avelar. Perigos da eletricidade. 1989.
CENELEC. EN 50014: Electrial apparatus for potentially explosive
atmospheres. General requeriments.
CERJ. Manual e Procedimentos de Segurança. Rio de Janeiro. 2003.
CETESB. Manual de orientação para a elaboração de estudos de análise de
riscos; São Paulo, 1994
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A. 13 ed., 1997/1998. 515 p.
CREDER, Hélio. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC Editora S.A., 2002.
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Referências Bibliográficas

Denipotti, Cláudio Sergio - Os Aspectos legais da responsabilidade do


trabalho e a saúde ocupacional dos seus empregados. / Monografia:
Bacharelado em Direito, Centro Universitário de Araras – Doutor Edmundo Ulson,
2004.
DINIS, Ana P. 5. Machado. Saúde no Trabalho - Prevenção, Dano,
Reparação, São Paulo: LTR, 2003. 175p.
ELETROPAULO. INO 056/85. São Paulo, 1985.
FERREIRA, Vitor Lúcio. Eletricidade industrial. Impress Gráfica, 2004.
FILHO, Silvério Visacro – Aterramentos elétricos.
FOWLER, W. Thadeu; KAREN, Miles K. Eletrical Safety: student manual. 2002.
77 p.
HUBSCHER, J. Klave H. Curso elementar eletrotécnica. 1999.
IEC. Norma 60479: Efeitos de corrente elétrica no corpo humano.
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Referências Bibliográficas

IMAP - Instituto Municipal de Administração Pública: Manual Básico - Segurança


do Trabalho em Prevenção de Acidentes em Alturas, Curitiba 2009
KINDERMANN, Geraldo. Choque elétrico. Porto Alegre: Ed. Sagra Luzato, 2000.
KUNDUR, P., “Power System Stability and Control”, EPRI, Power System
Engineering Series, McGraw-Hill, 1994.
LUNA, Aelfo Marques. Os perigos da eletricidade. Recife. CHESF/DC, 1987.
MARTINS, Felipe José Aidar. Manual do socorro básico de emergência. 7a ed.
Belo Horizonte, 2004.
MASON, C. Russel. The Art Science of Protective Relaying Engineering
Planning and Development Section. Nova York: General Electric Company.
410p
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Referências Bibliográficas

NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - Ed 2004.


MTE. NR-23. Proteção contra incêndios. Brasília, 1978.
SENAI - Curso básico de segurança em instalações e serviços em
eletricidade : princípios básicos de prevenção de incêndios / SENAI. DN.
Brasília, 2005
REIS, Jorge Santos; FREITAS, Roberto. Segurança e eletricidade. São Paulo:
Fundacentro, 1980.
ROUSSELET, Edison da Silva; CESAR, Falcão. Segurança na Obra. Rio de
Janeiro: Editora Interciência Ltda. 1999. 344 p.
SOUZA, José Rubens Alves de. Guia da NBR 5410: Instalações elétricas em
baixa tensão. São Paulo: Eletricidade moderna, 2001.
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Referências Bibliográficas

Sites Consultados
 

www.3m.com.br
www.aph.com.br
www.cemig.com.br
www.fesp.com.br
www.ge.com.br
www.mte.gov.br
www.unesp.br
www.ben.epe.gov.br

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