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Para demonstração das fórmulas dos momentos com relação aos eixos “y”
(longitudinal) e “x” diametral (transversal) nos referimos às figuras 144a e 144b onde
as semiordenadas são: y0; y1; y2; ...; yn e dx a área elementar.
172
se A= ∫ y⋅dx
ou Atotal = d (½ y0 + y1 + y2 + ... + yn-1 + ½ yn)
x
= ∫0
2
y⋅d ⋅dx
e o momento em relação ao eixo “y” i
então i = d [½ y0 · 0d2 + y1· (1d)2 + y2 · (2d)2 + y3 · (3d)2 +...+ ½yn · (nd)2]
e evidenciando d2
i = d3 (½ y0 · 0 + y1· 12 + y2 · 22 + y3 · 32 +...+ ½yn · n2) Ou i = d3 · S2
1º Fórmula de Simpson:
3
d
i= ⋅S2
3 ou
3
d 2
i= [ y 0⋅0 2 +4 y 1⋅12 +2 y 2⋅22 +. ..+2 y n−2⋅( n−2 ) + 4 y n−1⋅(n−1)2 + y n⋅n2 ]
3
2ª Fórmula de Simpson:
3
i= d 3⋅S2
8 ou
3
i= d 3 [ y 0⋅02 +3 y 1⋅1 2 +3 y 2⋅22 +2 y 3⋅32 + .. .+3 y n−1⋅(n−1)2 + y n⋅n 2 ]
8
3ª Fórmula de Simpson:
d 3
i= d ⋅S 2
12
Fórmula de Newton-Cotes:
i = L 3 S2
Fórmula de Tchébychev:
L3
i= ⋅S
n 2
Fórmula de Gauss:
173
i = L 3 S2
Exemplo 1
As semiordenadas de um plano de flutuação de um navio, separadas a
intervalos comuns de 10,5 m e medidas a partir da popa, são: 0,2; 7,4; 8,7; 9,0;
9,1; 9,2; 9,1; 8,6; 7,8; 5,1; e 0 metros, respectivamente. Determine:
a) a área do plano de flutuação;
b) a posição do centro de flutuação em relação a meio-navio; e
c) o momento de inércia em relação ao centro de flutuação.
Produto para
Seção M. Produto Produto
Ordenada Braço Braço momento de
Nº S para área p/momento
inércia
Pop 0 0,2 1 0,2 +5 1,0 5 5,0
a 1 7,4 4 29,6 +4 118,4 4 473,6
2 8,7 2 17,4 +3 52,2 3 156,6
3 9,0 4 36,0 +2 72,0 2 144,0
4 9,1 2 18,2 +1 18,2 1 18,2
5 9,2 4 36,8 0 Γav = 261,8 0 0
6 9,1 2 18,2 -1 18,2 1 18,2
7 8,6 4 34,4 -2 68,8 2 137,6
8 7,8 2 15,6 -3 46,8 3 140,4
9 5,1 4 20,4 -4 81,6 4 326,4
10 0 1 0 -5 0 5 0
Proa
S= 226,8 Γar = 215,4 S2 = = 1420,0
Γav = 261,8
S1 = Γar = 46,4
1 1 1
A= ⋅d⋅S= ×10 , 5 x 226 , 8×2=1587 , 6 2
a) Área: 2 3 3 m.
d⋅S 1 10 , 5×46 , 4
= =2 , 148
b) Centro de flutuação F = S 226 , 8 m a ré da seção mestra.
3 3
1 d 10 ,5
i= ⋅S 2 ⇒i=2× ×1420=1 . 095. 885
c) 2 3 3 m4 em relação a meio-navio.
174
iCF = iMP – Ah2 iCF = 1.095.885 – (1587,6 x 2,1482)= 1.088.559 m4.
6.2 MOMENTO TRANSVERSAL
O momento da área elementar (fig. 123b) com relação ao eixo x (Linha Centro)
é
1 1
( y⋅dx ) y 2 = y 3⋅dx
3 3
ou seja:
it 1 X 3
2
= ∫ y ⋅dx
3 0
2 X 3
3 ∫0
it = y ⋅dx
dos trapézios:
2
i t = ⋅d⋅S 3
3
1ª de Simpson:
2 d 2
i t = ⋅ ⋅S 3 i t = ⋅d⋅S 3
3 3 9
2ª de Simpson:
2 3 1
i t = ⋅ ⋅d⋅S 3 i t = ⋅d⋅S 3
3 8 4
Fórmula de Newtons-Cotes:
2
i t = ⋅L⋅S 3
3
Fórmula de Tchébychev:
2 L
i t = ⋅ ⋅S 3
3 n
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Fórmula de Gauss:
2 L
i t = ⋅ ⋅S 3
3 n
Exemplo 2
Determine o momento de inércia transversal do plano de flutuação de um navio
cujas semiordenadas, separadas a um intervalo comum de 9 m, são: y 0 = 0; y1 =
2,5; y2 = 6,0; y3 = 9,0; y4 = 11,0; y5 = 12,0; y6 = 10,0; y7 = 7,0; y8 = 5,0; y9 = 2,0 e y10 =
0,5 metros, respectivamente.
2 2
i t = ⋅d⋅S 3 i t = ⋅9⋅16638 , 60
9 9 = 33277,25 m4
Sabemos que inércia é a propriedade pela qual um corpo não pode por si só
alterar seu estado de repouso ou de movimento; que para superar esta propriedade
é necessária certa quantidade de força. Que é muito mais difícil parar um caminhão
pesado do que um carro de passeio que estejam se movendo com a mesma
velocidade. É óbvio então que quanto maior o peso maior será sua inércia; quanto
maior a “massa” maior será a inércia. RELEMBRANDO: EMBORA SABENDO DE
176
SUAS DIFERENÇAS, PODEMOS CONSIDERAR, PARA OS PROPÓSITOS DESTE
ESTUDO, MASSA E PESO COMO SENDO A MESMA COISA.
177
Substituindo a prancha de madeira por uma de aço com exatamente as
mesmas dimensões e repetindo a experiência, o movimento oscilante da prancha de
aço será muito mais lento do que o da prancha de madeira.
Isto mostra que o momento de inércia depende da massa (peso). Mais
exatamente, é diretamente proporcional à massa (peso) do corpo.
Se substituirmos a prancha por uma de mesma massa (peso), porém de
dimensões menores (fig. 145b), e aplicarmos a mesma força aplicada anteriormente,
a prancha, irá oscilar mais rápido. Desde que a massa (peso) da prancha é a
mesma, o aumento na oscilação deve-se à diminuição do comprimento.
Isto mostra que o momento de inércia depende também do comprimento. Uma
dependência igual ao quadrado do “comprimento efetivo” chamado de “raio de giro”.
De acordo com o exposto podemos dizer que
Momento de inércia = massa (peso) x (raio de giro) 2;
Por demonstração,
Raio de giro = √ ℓ2
12
Assim, onde “i” e o momento de inércia, “m” a massa (ou peso) da prancha e
ℓ o comprimento:
2
mℓ
i= 12
178
fig. 146 – Momento em relação ao eixo OO
Então: Momento de inércia (i) de uma área (A) em relação ao eixo “OO” é dado
pela fórmula
i = iG + Ah2 (Teorema dos eixos paralelos)
1) Retângulo
3
BD
i xx =
1 12
fig. 147 – Eixo paralelo a um lado, passando pelo centro
179
3
BD
i xx =
1 3
3
BH
i xx =
1 36
3
BH
i xx1 =
6
3) Círculo
4
πD
i xx =
1 64
180
2
πD
J=
32
181
L
FPF−
FMP = 2 = 111,02 – 100 FMP = 11,02 m
182
6.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
L = 12 m
B=5m B=5m
3 3 3 3
B⋅L 5×12 L⋅B 12×5
= =720 = =125
a) i = 12 12 b) i = 12 12
L = 120 m
B = 20 m B = 20 m
183
3 3
L⋅B 120×20
= =10×8000=80000
a) i = 12 12
3 3
B⋅L 20×120 20×172800
= = =20×14400=2880000
b) i = 12 12 12
L=6m
L=6m
B=2m B=2m
fig. 155a – Exercício 3 fig. 155b – Exercício 3
3 3 3 3
B⋅L 2×6 L⋅B 6×2
= =36 = =4
a) i = 12 12 b) i = 12 12
184
6.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) Uma grande área quadrada tem uma pequena área quadrada retirada de seu
centro de tal modo que o segundo momento do quadrado menor, em relação ao
eixo que passa pelo centróide comum, é o mesmo que o segundo momento dá
área restante em relação ao mesmo eixo. Determine qual proporção da área
original foi tirada fora.
Resposta: 0,707 %.
185
5) As semiordenadas de um plano de flutuação de um navio, separadas a intervalos
comuns de 6 m, são y 0 = 0; y1 = 2,1; y2 = 3,8; y3 = 5,2; y4 = 5,1; y5 = 4,7; y6 =
3,5; y7 = 1,9 e y8 = 0 metros, respectivamente. Determine o momento de inércia
em relação à linha de centro.
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espaços entre as três primeiras e as três últimas ordenadas são iguais à metade
dos espaços entre as demais semiordenadas. Determine o segundo momento da
área do plano em relação à linha de centro e ao eixo transversal que passa pelo
centro de flutuação.
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