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do veículo, quando não estiver em uso.

Este local deve


ser fechado e estar sob o controle de um responsável.
Enfim, há muito mais a ser dito sobre o assun-
to. Tenho certeza de que despertado o interesse pela
elaboração de um programa de segurança para veí-
culos industriais, através da pesquisa e estudo, cada
profissional irá aperfeiçoar e moldar as ações, con-
forme sua realidade e necessidades.

1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar

Existem vários tipos de equipamentos de guin-


dar e transporte, tanto para materiais como para pes-
soas. Cabe ao empregador definir suas necessidades
e características dos equipamentos, os quais possam
atendê-lo de forma mais adequado e com segurança,
para a finalidade do trabalho que irá executar.
Um dos equipamentos mais conhecidos de
guindar material são as gruas, que dependem mui-
to do treinamento adequado do seu usuário, pois se
trata de um equipamento, que demanda muito co-
nhecimento e riscos.

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http://www.metalica.com.br/images/stories/Id4315/seguranca-da-grua-
Fig01.jpg
FIGURA 12

Acidente com Grua.

Em São Paulo, outro acidente com a grua divulgado no jornal Folha de São Paulo
de 29 de março de 2008, apresenta como causa o excesso de carda no transporte.
A notícia mostra que um carrinho com aproximadamente 40Kg despencou de uma
altura de 92 metros do prédio em obras na Avenida Paulista em 1999, atingindo uma
estudante que passava pela calçada fora da obra. O objeto era transportado irregular-
mente, desobedecendo às normas de segurança, pois o caminho havia sido colocado
sobre outros objetos, para economizar uma nova viagem de uma caçamba erguida
pela grua. O Marido da estudante será indenizado pela construtora e pela locadora
da grua. A intenção da notícia apresentada pela Folha de S. Paulo é mostrar que, só
depois de três anos, o marido receberá uma indenização pela morte da esposa, o
qual avalia que os 150 mil é uma quantia imisória em relação ao poder aquisitivo da
empresa. Apesar do foco da reportagem não ser a falta de segurança na utilização da
grua, a imprudência na utilização e operação deste equipamento fica evidenciada.
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Também existem guindastes para içamento de
cargas instáveis, de tal forma que demanda um es-
tudo prévio para elevação, raio de alcance, áreas de
risco, isolamento de áreas, e profissionais habilitados
para operar este tipo de equipamento.

http://www.rigger.com.br/wp-content/uploads/2010/08/Plano-de-rigging.jpg
FIGURA 13

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Já, nos equipamentos de elevação de pessoas,
demanda maiorias cuidados, pois estaremos expon-
do a pessoa em locais desconfortáveis, com pouco
recurso de ações rápidas, o que acaba levando o pro-
fissional a fazer uma análise de riscos bem aprofun-
dada. Com a chegada das plataformas elevatórias, o
número de acidentes por quedas diminuiu, sensivel-
mente, já que a montagem dos antigos andaimes ou
mesmo escadas precárias, nem sempre era feito de
forma correta e por pessoal que adotava critérios
de uso destes equipamentos. No entanto, com es-
tas plataformas elevatórias articuladas os acidentes
acontecem, muitas vezes, por imprudência ao exigir
esforços excessivos ou, então, posicionar as mesmas,
em locais instáveis ou com inclinação inadequada,
ocasionando a queda deste equipamento.

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http://www.rollinmaq.com.br/plataforma-elevatoria/plataforma-elevatoria.
php
FIGURA 14

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Questões

1. Defina o que são máquinas e equipamentos?

2. Quem foi o primeiro homem a usar um motor?

3. Qual a Norma Regulamentadora dispõe so-


bre os assuntos de Segurança no Trabalho em Má-
quinas e Equipamentos?

4.Qual o tempo de validade da credencial para


operar empilhadeira?

5. Cite o nome de dois tipos de equipamentos


para transporte de cargas e/ou pessoas?

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Unidade 2
Máquinas e Equipamentos – Características

2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão

CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO: são


equipamentos, os quais demandam cuidados ex-
tremos, principalmente no que diz respeito às ins-
peções periódicas e treinamento das pessoas que
operam. Geralmente, acidentes ocorridos com estes
equipamentos demandam grande perda material e,
em alguns casos, pessoal.

https://www.google.com.br/search?newwindow
FIGURA 15

2.1.1. Definição de Vasos se Pressão

Reservatórios que contenham fluídos e sejam


projetados para resistir, com segurança, às pressões

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internas, diferentes da pressão atmosférica, ou sub-
metidos à pressão externa, cumprindo, assim, a fun-
ção básica de armazenamento.

Constitui risco grave e iminente a falta de qual-


quer um dos seguintes itens:
• Válvula de segurança com pressão de abertura
ajustada em valor igual ou inferior à PMTA- PRES-
SÃO MÁXIMA DE TRABALHO ADMISSÍVEL.
• Instrumento que indique a pressão do vapor
acumulado.
• Injetor ou outro meio de alimentação de água,
independentemente do sistema principal, em caldei-
ras com combustível sólido.
• Sistema de drenagem rápida de água, em cal-
deiras de recuperação de álcalis.
• Sistema de indicação para controle do nível de
água ou outro sistema, que evite o superaquecimen-
to por alimentação deficiente.

Como descrito na própria NR-01 – DISPOSI-


ÇÕES GERAIS: as condições que demande riscos
graves e iminentes aos trabalhos devem ser parali-
sadas de imediato, e feitas as devidas correções, e
somente voltar a executar as atividades, após, estas
situações estarem sob controle, ou perigos e riscos
eliminados.

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2.2. Equipamentos Pneumáticos

Nas atividades de montagem e desmontagem de


pneumáticos das rodas das máquinas e equipamentos
não estacionários, que ofereçam riscos de acidentes,
devem ser observadas as seguintes condições:
• Os pneumáticos devem ser completamente
despressurizados, removendo o núcleo da válvula de
calibragem antes da desmontagem e de qualquer in-
tervenção que possa acarretar acidentes; e
• O enchimento de pneumáticos só poderá ser
executado dentro de dispositivo de cláusula ou gaio-
la, adequadamente, dimensionada, até que seja alcan-
çada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre
o aro e criar uma vedação pneumática.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEh4AF/apostila-pneumatica
FIGURA 16

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Nas mangueiras de alta pressão deve haver um
sistema de trava de segurança que evite que esta chi-
coteie, caso venha se romper e possa atingir pessoas
ou danificar parte do equipamento. Também pode
ser adotado o sistema de fechamento (ou enclausu-
ramento) da mangueira.

2.3. Fornos

As atividades exercidas no trabalho em fornos


são muito hostis, e demandam um estudo bem de-
talhado, quanto às condições daqueles que ali execu-
tam suas tarefas. A hostilidade da caloria, ar rarefei-
to, concentração de monóxido de carbono, riscos de
queimaduras, condições ergonômicas e utilização de
EPIs que, muitas das vezes, inibi a sensibilidade do
trabalhador, apesar de amenizar ou eliminar o con-
tato direto com seus agentes agressivos, são detalhes
suficientes para que o profissional de segurança te-
nha atenção redobrada com este equipamento.

https://www.google.com.br/search?newwindow
FIGURA 17

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Devido aos locais e formas de instalação destes
fornos, na maioria das vezes, impede a instalação de
EPC`s – Equipamento de Proteção Coletiva - sis-
tema de exaustão adequado. Cabe ao empregador
através do SESMT- Serviço Especializado em Se-
gurança de Medicina do Trabalho (Engenheiros de
Segurança do Trabalho ou Técnicos de Segurança
do Trabalho, desenvolver EPIs – Equipamento de
Proteção Individual dos trabalhadores).
Cabe uma ressalva quando ao desenvolvimento
de EPIs, pois como descrito na NR-06 – Equipa-
mento de Proteção Individual, este deve ser o último
recurso a ser utilizado. A norma quando define esta
condição tem uma lógica, pois prefere as ações de
engenharia que, em muitas vezes, eliminam os agen-
tes agressivos ou, então, venham a controlá-los, do
que fazer o trabalhador ficar enclausurado por uso
de EPIs.

2.4. Sistema de Proteção Coletiva

As normas regulamentadoras chamam cons-


tantemente a atenção para implantação de sistema
de proteção coletiva. Isto ocorre na NR-06 , quan-
do se pede que a prioridade na utilização de ações
de engenharia, volta-se a repetir na NR-10, quando
diz da necessidade em todos os serviços executados
em instalações elétricas, que devem ser previstos e

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adotados, prioritariamente, medidas de proteção
coletivas aplicáveis, mediante procedimentos, às ati-
vidades a serem desenvolvidas, de forma a garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores. Porém, na
prática, este recurso é muito pouco adotado. Muitas
vezes, por comodidade, outras pelo alto custo, e em
sua maioria pela falta de conhecido dos profissionais
em como aplicar estes sistemas. Seja qual o moti-
vo, no final, todos saem perdendo, pois poderíamos
perpetuar melhores condições de trabalho, com a
adoção do sistema de proteção coletiva, gerando
mais conforto ao trabalhador, culminando com me-
nos reclamações trabalhistas.

https://www.google.com.br/search?newwindo
FIGURA 18

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