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Questões

1. Defina o que são vasos sob pressão?

2. Qual NBR dispõe sobre as aplicações das co-


res em um estabelecimento?

3. O que significa a sigla FISPQ, e para que ser-


ve este documento?

4. Explique o que fez com que a área de Seguran-


ça ganhasse mais espaço para aplicação das normas?

5. O que significa a sigla EPI e quando deve ser


aplicado?

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Unidade 3
Características do Ambiente De Máquinas

3.1. Localização Industrial

Quando vamos definir o local de instalações


de máquinas e equipamentos, não devemos es-
quecer que este arranjo faz parte de um contexto,
ao qual deve ser definida a preparação do piso
para depósito da máquina, fundação da máquina,
lay out ao redor, sistema de escamento de líqui-
dos e sólidos e áreas para estocagem de material
em processo e material acabado. Toda demarca-
ção ao redor da máquina deve resguardar um es-
paço de 1,20 metros, para as vias de circulação
e preservá-las desobstruídas. Devemos notar se
o espaço para circulação entre máquinas permite
uma boa movimentação do empregado, facilitan-
do acesso a diversos pontos da máquina sem se
expor a riscos adicionais. O bom lay out é tão
importante quanto o próprio processo de fabri-
cação, pois irá demandar as condições para es-
coamento da produção de forma ordenada, sem
riscos aos empregados e também a danos às má-
quinas e equipamentos.

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http://courierexp.com/wp-content/uploads/2013/10/boxes.jpg
FIGURA 22

3.2. Riscos em Eletricidade

A maioria dos acidentes fatais está ligada, direta


ou indiretamente, com os sistemas de abastecimento
de eletricidade em máquinas ou equipamentos.
Estes acidentes ocorrem em sua maioria pela
improvisação mais conhecida com “gambiarra” ou,
então, pela falta de habilitação e conhecimento na
execução das atividades com eletricidade.
No que diz respeito à NR-12, esta demanda um
capítulo à parte para falar sobre riscos de acidentes
com energia elétrica. Os cuidados específicos come-
çam desde o aterramento da máquina na malha do
edifício, sistema de para-raios, definições de disposi-
tivos de segurança e acesso às áreas de risco, voltadas
às partes energizadas.
As adaptações ou uso de produtos de má quali-
dade nas instalações elétricas, foram de certa forma

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eliminados, pois o acompanhamento e fiscalização
na utilização destes são constantes.
A desenergização é considerada uma medida de
proteção coletiva prioritária pela NR-10, conforme
consta no item 10.2.8.2., pois permite controlar o
risco elétrico, de forma a garantir a segurança e a
saúde do trabalhador.
Aliás, é uma prática internacional, pois um ser-
viço que pode ser realizado com a instalação dese-
nergizada não deve ser feito de outra forma.
A desenergização não é o simples desligamento,
mas sim a supressão da energia elétrica da instalação.
Por isso, frequentemente, o trabalho em instalações
desenergizadas é chamado de “trabalho sem tensão”.
A própria NR-10 distingue a diferença entre a ins-
talação desenergizada e a desligada, no item 10.5.4.,
quando determina que os serviços executados em ins-
talações elétricas desligadas, mas com possibilidade de
energização, por qualquer meio ou razão, devem ver o
item 10.6. - ou seja, uma instalação sem possibilidade
de energização por qualquer meio ou razão.
E o que é uma instalação energizada? A respos-
ta está no item 10.6.1. da NR-10, que a define como
instalação elétrica com tensão igual ou superior a 50
Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts,
em corrente contínua.
Deve-se observar que a tensão pode “aparecer”
na instalação por diversas razões. Esse conceito é

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importante e será útil na definição do aterramento
temporário. A desenergização é um procedimento
estabelecido na NR-10, utilizado para garantir que a
instalação não será reenergizada por qualquer meio
ou razão. A instalação desenergizada apresenta nível
de segurança muito superior ao da desligada, e impe-
de principalmente a energização acidental, que pode
ser causada por:
• erros na manobra;
• fechamento de chave seccionadora;
• contato acidental com outros circuitos energi-
zados, situados ao longo do circuito;
• tensões induzidas por linhas adjacentes ou
que cruzam a rede; fontes de alimentação de tercei-
ros (geradores);
• linhas de distribuição para operações de manu-
tenção e instalação e colocação de transformadores;
• torres e cabos de transmissão nas operações
de construção de linhas de transmissão;
• linhas de transmissão nas operações de subs-
tituição de torres; ou
• manutenção de componentes da linha.

3.3. Sistema Externo de Proteção Contra


Descargas Atmosféricas

A proteção contra raios diretos nas edificações


consiste basicamente na instalação de condutores

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metálicos envolvendo a edificação, e é constituída
pelos subsistemas de captação (que recebem a des-
carga), subsistema de descidas (conduzem a descar-
ga até o solo), subsistema de aterramento (dissipam
a descarga no solo) e subsistema de equipotenciali-
zação (reduzem os riscos de centelhamento e suas
consequências). A falta desse sistema poderá acarre-
tar desde danos materiais, até acidentes com deter-
minada gravidade e fatal, no momento da descarga.

3.4. NR-10 X NR-12

Ao se falar de riscos de acidentes em partes elé-


tricas em máquinas e equipamentos é impossível, não
fazer uma interligação entre a NR-10 e NR-12. Estas
se completam, enquanto que a NR-10 define parâme-
tros mais gerais determinando a zona de risco, trei-
namento, uso de EPI´s apropriadas a cada atividade
em partes elétricas. Já, NR-12 se dedica mais a definir
critérios de instalações de equipamentos e dispositi-
vos elétricos em máquinas e equipamentos. Essa con-
junção de informações faz com que as normas sejam
bem amplas e devem ser estudadas detalhadamente
para que possam ter eficácia em sua aplicação.

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http://segurancasaude.blogspot.com.br/2011/09/nr-10-seguranca-em-
instalacoes-e.html
FIGURA 23

Uma máquina ou equipamento possui diversos


dispositivos elétricos, os quais demandam instalação
por profissional habilitado e capacitado e, em seu
uso no dia a dia, deve ter critérios na utilização, de-
finindo até que ponto o empregado, que opera uma
máquina, pode interagir com esses sistemas, sem se
expor a riscos adicionais.
Alguns critérios são mais comuns em sua apli-
cação, independente de máquina ou equipamento,
conforme abaixo descrito:

•As instalações elétricas das máquinas e equi-


pamentos que estejam, ou possam estar em conta-
to direto ou indireto com a água, ou com agentes

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corrosivos, devem ser projetadas e dispor de meios
e dispositivos de modo a garantir sua blindagem, es-
tanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a
prevenir a ocorrência de acidentes.
• Os quadros de energia das máquinas e equipa-
mentos devem atender aos seguintes requisitos mí-
nimos de segurança:
• Possuir porta de acesso mantida permanente-
mente fechada.
• Possuir sinalização quanto ao perigo de cho-
que elétrico e restrição de acesso por pessoas não
autorizadas.
• Ser mantidos em bom estado de conservação,
limpos e livres de objetos e ferramentas; ter os cir-
cuitos protegidos e identificados.

3.5. Dispositivos de Partida, Acionamento e


Parada

O que são dispositivos de partida, acionamento


e parada de máquinas ou equipamentos?
São dispositivos responsáveis pelo comando
das máquinas, e que devem ser administrados por
operador devidamente capacitado.
Como devemos projetar, selecionar e instalar os
dispositivos?
•Primeiramente estes não devem estar localiza-
dos em zonas de perigo;

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• De condições de ser acionados ou desligados
por outra pessoa em casos de Emergência;
• Não fica em posição na qual possa ser desli-
gado ou interrompa o funcionamento de forma in-
voluntária;
• Não acarretem riscos adicionais e
• Principalmente não possa ser burlado.
• Devem ainda ser adotadas, quando necessárias,
medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dis-
positivos de telecomunicação, considerando as carac-
terísticas do processo produtivo e dos trabalhadores.

3.6. Sistemas de Segurança em Máquinas e


Equipamentos

As zonas de perigo das máquinas e equipamentos


devem dispor de sistemas de segurança, caracterizados
por proteções fixas, proteções móveis, e dispositivos de
segurança interligados, que garantam a proteção inte-
gral à saúde e à integridade física dos trabalhadores.

3.7. Proteções Fixas

São proteções de difícil remoção, fixadas nor-


malmente no corpo ou estrutura da máquina. Essas
proteções deverão ser mantidas em sua posição fe-
chada, sendo de difícil remoção, fixadas por meio de
solda ou parafusos, tornando sua remoção ou aber-

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tura impossível, sem o uso de ferramentas. Podem
ser confeccionadas em tela metálica, chapa metálica
ou policarbonato.

www.ab.com650 × 402
FIGURA 24

3.8. Proteções Móveis

Essas proteções geralmente estão vinculadas à


estrutura da máquina ou elemento de fixação adja-
cente, que pode ser aberto sem o auxílio de ferra-
mentas. As proteções móveis (portas, tampas etc.)
devem ser associadas a dispositivos de intertrava-
mento de tal forma que:
- a máquina não possa operar até que a prote-
ção seja fechada;
- se a proteção é aberta quando a máquina
está operando, uma instrução de parada é acionada.

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Quando a proteção é fechada, por si só, não reinicia
a operação, devendo haver comando para continua-
ção do ciclo.
Quando há risco adicional de movimento de
inércia, dispositivo de intertravamento de bloqueio
deve ser utilizado, permitindo que a abertura da pro-
teção somente ocorra quando houver cessado total-
mente o movimento de risco.
Exemplos de proteções fixas e móveis podem
ser encontradas na norma NBR NM 272:2002 e
NBR273:2002.

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FIRURA 25

Para os comandos de partida, devemos ter aten-


ção especial em possuir dispositivos que impeçam seu
funcionamento automático ao serem energizados.
A NR-12 é uma norma multidisciplinar a qual
demanda aplicação por vários tipos de profissionais,
tais como: Eletricista, Mecânicos, Projetistas, Enge-

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nheiros de Segurança e outros, de acordo com as ca-
racterísticas de cada máquina ou equipamento. E fica
um alerta, as áreas têm que estar afinadas, pois caso
comecem o trabalho de forma correta, desde a defi-
nição dos melhores equipamentos e dispositivos de
proteção para uma determinada máquina e equipa-
mento, deve ser alinhado com a área de Suprimento,
para que no momento de negociação, as questões de
custo sobreponham à qualidade do produto.
A Gestão de Projetos é tão importante quanto
à gestão de segurança.

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Questões

1. O que são proteções fixas e proteções mó-


veis? Defina.

2. Qual a vantagem de elaborar um bom Lay out?

3. Qual a diferença em desligar e desenergizar


uma máquina ou equipamento?

4. O que são dispositivos de partida, aciona-


mento e parada de máquinas ou equipamentos?

5. Como devemos projetar, selecionar e instalar os


dispositivos de partida da máquina? Cite 3 exemplos.

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