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- Ruídos.

Riscos indiretos
• Bombas com motores elétricos.
Riscos elétricos e aterramento devem ser cui-
dadosamente instalados e,revisados periodicamente.
São derivados no local da instalação, ou pela
função da bomba.

• Bombas situadas em casas de máquinas.


A instalação, em geral, é compartilhada com ou-
tros tipos de equipamentos, e até mesmo fazendo par-
te dos mesmos, havendo, portanto muitos obstáculos,
vazamentos, que poderão provocar quedas, além dos
riscos de incêndio, quando tratarem de bombeamento
de fluídos voláteis e combustíveis. Devemos conside-
rar também a higiene, o calor e o ruído.

• Bombas situadas em poços ou submersas.


Riscos mecânicos na montagem da bomba e da
tubulação.
Frequentes emanações de gases tóxicos produ-
zidas no interior de poços fazem aparecer os riscos
de intoxicação para as pessoas que operam, ou fa-
zem manutenção nestas instalações.

• Bombas para transvasar líquidos.


Podem ser fixas ou portáteis. Nas bombas por-

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táteis, considerar os riscos com os equipamentos
auxiliares. Geralmente, as tubulações são flexíveis e
os riscos mais prováveis são ocasionados pela dispo-
sição destes tubos, que podem provocar quedas ou
tropeções. Os cuidados mais indicados são a prote-
ção dos mesmos, com o isolamento da área.

• Bombas de caminhões transportadores.


Os riscos vão depender do produto transporta-
do. Riscos de intoxicação, e de explosão provenien-
tes de centelhas produzidas por cargas de eletricida-
de estática.

• Bombas com motor à explosão.


Os riscos observados são: os provenientes do
depósito de combustível do motor, e queimaduras
originadas por contato com as partes quentes etc.

- Bombas para concreto armado.


Risco com o tubo de descarga (trompa).
Em qualquer destes casos, levar sempre em
conta o processo em que está ou será instalada, a
fim de conhecer os riscos provenientes dos mesmos.
Quando se tratar de processos bem definidos,
devemos conhecer com segurança todos os seus
riscos. Para processos não definidos, como bombas
para materiais fecais, ou materiais químicos de di-
versas naturezas, devemos tomar cuidado, quanto ao

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manuseio, à emanação e concentração de gases de
densidades maiores que a do ar.

1.2.3. Sistemas De Segurança

• Instrumentação de controle: instalação de vál-


vulas como de purga, retenção, de alívio etc.
• Eletricidade: proteção da fiação para evitar
contatos acidentais, aterramento do sistema e das
tubulações, eletrodutos e chaves à prova de umidade
e de explosão, quando se tratar de líquidos combus-
tíveis e explosivos.
• Contatos com partes móveis: devem ser prote-
gidas como está definido em proteções de máquinas.
• Riscos com escorregamentos: manutenção
frequente a fim de eliminarvazamentos e, em casos
especiais, as pessoas que trabalham neste ambiente-
devem ser providas de calçados antiderrapantes.
• Riscos de quedas: limpeza do ambiente, pro-
teção das tubulações, acessos como escadas protegi-
das e bem definidas, com aterramento em todas as
partes metálicas.
• Riscos de intoxicações: em ambientes fechados
ou em poços, cuidados devem ser tomados, para de-
terminar a existência de gases tóxicos, procedendo-se
ventilação eficaz se necessário. Nunca um operário
deve atuar só, sempre com cinto de segurança, a fim
de que possa ser retirado do local com facilidade.

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1.2.4. Normas De Segurança

• Gerais
Pessoal qualificado para operação e manutenção.
Usar sempre as instruções do equipamento.
Usar as instruções de segurança da empresa.
As operações de lubrificação e manutenção se-
rão efetuadas com as bombas desligadas.
Bloqueio das chaves elétricas. Pode ser utilizado
o sistema Lock-Out/Tag-Out.
Uso de ferramentas apropriadas.
Uso dos EPIs próprios, roupas justas e cômodas.
Manutenção preventiva.

1.2.5. Proteção Pessoal

• Viseiras para trabalhos com fluídos corrosivos.


• Roupas de trabalho ajustadas sem impedir os
movimentos.
• Máscaras respiratórias com filtros adequados.
• Botas ou calçados com solado antiderrapante.

1.2.6. Legislação Afetada

Apesar de não existir uma NR diretamente para


bombas, a atividade está relacionada com diversas
NRs. Devemos observar em particular: NR-6 - Equi-
pamento de Proteção Individual, NR-10 - Instala-

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ções em serviços de eletricidade, NR-12 – Segurança
em Máquinas e Equipamentos, NR-15 - Atividades
e operações insalubres, NR-20 - Líquidos combustí-
veis e inflamáveis.

FIGURA 5

FIGURA 6
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1.3. Motores e Veículos Industriais

1.3.1. Motores

Os motores são parte integrante de nossas vi-


das, sejam no uso de veículos particulares, máquinas
industriais, equipamentos caseiros e outros. No início
do desenvolvimento das máquinas a vapor – século
XIX, a tecnologia e os materiais de construção das
caldeiras de pressão eram defeituosos e provocavam
inúmeros acidentes graves com explosões desastro-
sas e, consequentemente, muitas vítimas mortais.
Com este panorama de um novo século, o
pastor escocês Robert Stirling e o seu irmão pro-
curaram desenvolver um mecanismo mais segu-
ro, ou seja, o motor que se aproximava dos mo-
tores de máquinas a vapor, mas que, ao funcionar
com pressões relativamente mais baixas, devido
ao uso interno de ar ou outros gases, proporcio-
nava uma maior segurança àqueles que trabalha-
vam com as máquinas.
Sendo assim, em 1818, o primeiro motor foi
construído para bombear água numa pedreira e, ao
longo dos anos, foi aperfeiçoado, sendo que 1843
utilizado para mover máquinas numa fundição.
A dinâmica simples e elegante do engenho de
Stirling foi explicada em 1850 e, em 1950, Rolf Mei-
jer batizou este motor como “Motor de Stirling”,

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generalizando todos os engenhos regenerativos de
circuito e com aquecimento externo.
Além das vantagens, acima, citadas que a inven-
ção proporcionou, é também importante salientar
que este motor contém um regenerador ou econo-
mizador, que permite obter uma eficiência superior
ao dos motores de gasolina, diesel e máquinas a va-
por e, também, economizar energia.
A partir da invenção do motor que daria movi-
mentos a várias máquinas e equipamentos, começa-
mos a notar que os acidentes foram se multiplicando
com a mesma velocidade, que eram construídos.
As empresas conseguiam ao longo do tempo
intensificar sua produção, dando cada vez mais ve-
locidade as suas linhas, através de motores potentes
No ano de 1854, o primeiro projeto de um mo-
tor de combustão interna foi patenteado na Itália pe-
los engenheiros Eugênio Barsanti e Felice Matteucci.
O projeto consistia na utilização da energia de ex-
pansão de gases liberados pela combustão de uma
mistura explosiva de ar e hidrogênio, para movimen-
tar um pistão e transformar este movimento linear
em um movimento rotativo, com o uso de uma ár-
vore de manivela. Este motor nunca foi produzido
em quantidade.

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http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2013/03/motores-combustao-
interna-uma-breve.html
FIGURA 7

Outros conceitos de motores foram surgindo,


mas sempre com intuito de amenizar ou eliminar o
esforço físico, e gerar conforto aos seus usuários.
Em 1860, o belga Jean Joseph Etienne Lenoir
cria o motor de dois tempos.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f2/PSM_V18_D500_
An_american_internal_combustion_otto_engine.jpg
FIGURA 8

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Em 1863, Lenoir criou uma carruagem motori-
zada de três rodas chamada Hippomobile.

www.abimaq.org.br/.../Livro-A-historia-das-maquinas-70-anos-Abimaq....
FIGURA 9

E a cada invenção, as condições de fabricação


modificava a ponto de o homem começar a imaginar
formas de agilizar a produção e seus conceitos.
A história do uso de motor em equipamentos
mistura-se muito com a história da era do automóvel.
As características de uso de diversos motores
e seus componentes em máquinas e equipamentos
fizeram com que as indústrias se modernizassem
em uma velocidade incomparável. O mesmo não se
pode dizer com as condições de trabalho, que eram
oferecidas aos trabalhadores destas indústrias.

1.3.2. Veículos Industriais

Em nosso dia a dia, é impossível imaginar


transporte de cargas sem ser realizado por veículos

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de transporte. Os veículos industriais são de grande
importância e fazem diminuir o tempo no processo
de locomoção de cargas, agilizando a produtividade
e, consequentemente, dando um dinamismo maior e
lucratividade para as empresas.
Também é possível notar que com o decorrer
do tempo estes equipamentos apresentaram desgas-
tes maiores, devido à condição exigida na força para
transporte. É de extrema importância o controle e
vistoria das condições de segurança destes equipa-
mentos, visando à troca preventiva de peças desgas-
tadas e fadigas de suas estruturas. O equipamento
mais conhecido e, talvez, o mais utilizado de todos,
sejam as empilhadeiras.

https://www.google.com.br/search seguran%C3%A7a+em+veiculos+indu
striais
FIGURA 10

A necessidade de um gerenciamento para pre-


venção de acidentes destes equipamentos é de ex-

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trema importância. Muitas dessas ações de gerencia-
mento se devem ao fato de envolver muitas pessoas
nos processos de interação com o maquinário, tais
como: operador de empilhadeira, mecânico de ma-
nutenção, lubrificador, sem contar as condições as
quais são colocados estes equipamentos, na má utili-
zação e por pessoas não autorizadas.
A prevenção de acidentes com este tipo de equi-
pamentos devem ser as preocupações básicas de qual-
quer programa de segurança do trabalho. Tal cuidado
deve ser planejado e mantido de forma integrada, ob-
servando não apenas cuidados com os equipamentos,
mas também com o operador, os meios a serem mo-
vimentados e as vias a serem utilizadas.
Na verdade por detrás do uso dos veículos indus-
triais, ocultam-se uma série de riscos que, muitas vezes,
passam sem ser notados nas atividades cotidianas. Em
muitos casos, providências só vão ser tomadas após a
ocorrência de um acidente – quase sempre muito gra-
ve. Um exemplo claro de situações deste tipo ocorre
com o número cada vez maior de estabelecimentos
atacadistas, que realizam também vendas no varejo (hi-
permercados), onde é comum observarmos a operação
de veículos industriais por pessoas que nitidamente não
têm preparo para este tipo de operação. Tais locais, pela
presença de pessoas (clientes) sem qualquer informa-
ção para o risco de acidentes, tornam-se cenários mais
do que propícios à ocorrência de acidentes.

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Ao dirigir transportando cargas, já se torna uma
atividade por si merecedora de atenção. A variedade
de cargas e tipos de embalagens – mesmo que sobre
estrados – exige bastante treinamento e habilidade.
A isso, somamos a questão de problemas de lay out
– seja pela falta de espaço compatível com a necessi-
dade de manobras ou que possibilite a realização das
mesmas com certa margem de segurança, ou, ainda,
pela falta de organização, que acaba implicando ain-
da em maior redução do espaço, criando uma situa-
ção evidente de risco de acidente. Portanto, logo de
início, devemos ter em mente que prevenir acidentes
nas operações com veículos industriais é assunto que
para ser bem cuidado deve envolver muito mais do
que apenas preocupações com o veículo em si.

1.4. A NR-11 Como Base

A Norma Regulamentadora 11 – Transporte,


Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Ma-
teriais, deve ser tomada como referência para a ela-
boração de qualquer atividade preventiva ao uso de
veículos industriais, mas tal como todas as demais
normas regulamentadoras não esgota de forma al-
guma o assunto, havendo necessidade da atuação do
profissional especializado para o desenvolvimento
e detalhamento de um programa específico. Obvia-

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