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Gerência de Riscos I

Eng. Jorge Augusto Pereira Rodrigues


1. Financiamento de Riscos
Financiamento de Riscos

Existem basicamente duas formas de financiamento de riscos: a


retenção de riscos, dividida entre auto-adoção e auto-seguro, e a
transferências de risco a terceiros, dividida entre sem seguro e
através de seguro.
Financiamento de Riscos
RETENÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
DANO DE RISCOS

AUTO- SEM
ADOÇÃO SEGURO

AUTO- ATRAVÉS
SEGURO DE SEGURO
Financiamento de Riscos
Vamos focar na retenção de danos. Ela é caracterizada como
um plano financeiro da própria empresa para enfrentar perdas
acidentais.
Essa retenção pode ser classificada como: auto-adoção
(intencional e não-intencional) e auto-seguro (parcial e total).
No auto-seguro a empresa decide assumir todas as perdas
(na modalidade total) ou assumir parte das perdas até um
determinado valor e transfere ao seguro o excedente (modalidade
parcial). A parte utilizada para assumir as perdas é proveniente dos
fundos de reserva.
Financiamento de Riscos

Por sua vez, a auto-adoção intencional de risco implica na


aceitação das perdas que são perfeitamente suportáveis no seu
contexto econômico e financeiro.
A auto-adoção não intencional é caracterizada pela falta de um
plano organizado, oriundo da não identificação dos riscos, da
ignorância e, até mesmo, da incompetência técnica e
administrativa de algumas pessoas. Esse tipo pode resultar, até
mesmo em catastrófica situação econômico-financeira para
empresa.
Financiamento de Riscos

Fundamentos Matemáticos de Confiabilidade


Álgebra Booleana: É utilizada em análises de probabilidade, em
estudos que envolvem decisões, e mais recentemente, na
Segurança do trabalho.
Elas tem sido cada vez mais utilizadas para prever a possibilidade
de falha e consequentemente de acidentes ou incidentes. Abaixo
temos alguns exemplos:
Financiamento de Riscos
Financiamento de Riscos
Financiamento de Riscos

Fundamentos Matemáticos de Confiabilidade


Confiabilidade: Confiabilidade (R) é a probabilidade de um
equipamento ou sistema desempenhar satisfatoriamente suas
funções específicas, por um período de tempo, sob um dado
conjunto de condições de operação.
Financiamento de Riscos

A probabilidade de falha (Q), denominada “não confiabilidade”,


pode ser expressa com a equação na qual o complemento de R
(expresso em decimal); isto é:

Q=1–R
Financiamento de Riscos

Por exemplo:
Se a probabilidade de falha de um sistema é de 5%, ou seja, Q =
0,05 a probabilidade de não haver falha (confiabilidade) será: R = 1
– 0,05 = 0,95 ou 95%.
Financiamento de Riscos

As falhas que ocorrem em equipamentos e sistemas são


de três tipos:
Falhas prematuras: ocorrem durante o período de depuração ou
“queima” devido a montagens pobres ou fracas, ou componentes
abaixo do padrão, que falham logo depois de postos em
funcionamento. Esses componentes vão sendo substituídos
gradualmente, verificando-se a diminuição da taxa de falha
prematura, até a taxa de falha total atingir um nível praticamente
constante. Este nível é atribuído às falhas casuais.
Financiamento de Riscos

Falhas casuais: resultam de causas complexas, incontroláveis e,


algumas vezes, desconhecidas. O período durante o qual as falhas
são devidas principalmente a falhas causais, é a vida útil do
componente ou sistema.
Falhas por desgaste: inicia-se quando os componentes tenham
ultrapassado seus períodos de vida útil. A taxa de falha aumenta
rapidamente devido ao tempo e a algumas falhas causais.
Financiamento de Riscos
Financiamento de Riscos

A expressão matemática indica a probabilidade (ou confiabilidade)


com que os componentes operarão, num sistema de taxa de falha
constante, até a data t, sem falhas, é a Lei Exponencial de
Confiabilidade, dada por:
Financiamento de Riscos

Lei Exponencial de Confiabilidade

Re .t
eT
Onde:
e = 2,718
λ = taxa de falha
t = tempo de operação
T = tempo médio entre falhas (TMEF)
Financiamento de Riscos

Sistemas de componentes em série

Sejam: ri (i= 1,2,3, ...n), as funções de confiabilidade dos


componentes; e, R, a função de confiabilidade do equipamento.
Demonstra-se que:
Financiamento de Riscos

Lei do Produto de Confiabilidade

R  r1 * r2 * r3 * r4 *........* rn
2. Nível de Gerenciamento de
Segurança
PREVENTIVO Acidente
Preditivo
(Futuro)

Preventivo
Captura o desempenho do (Presente)
sistema em tempo real durante
as operações normais, através de Reativo
ferramentas tais como
Identificação de perigos nas (Passado)
observações e coleta de dados
atividades da organização,
através de sensores.
através de relatórios
Relatórios de investigação de
voluntários e mandatórios,
acidentes, incidentes e eventos
auditorias de segurança e
indesejáveis.
pesquisas.
Avaliação Vantagens Desvantagens

 Classificação: Alta, Média, Baixa  São subjetivos


 Os métodos utilizados são simples, não requerem cálculos e nem  Difícil consenso entre as partes, principalmente na análise crítica
exatidão nas consequências;  Dependem muito dos analistas durante a avaliação
 Fácil entendimento, compreensão e aplicação, envolvendo todo o nível  Não permite fazer análise custo/benefício.
Qualitativa operacional e gerencial.

  Direta, porém de difícil precisão  Apresenta complexidade, principalmente na morosidade de cálculos e


 Os resultados são objetivos (mensuráveis) simulações;
 Permite análise custo/benefício  Necessita de robusta base de dados experimentais e/ou históricos
 Fácil sensibilização da alta administração, contendo curvas e gráficos com adequada confiabilidade
 Linguagem objetiva e de engenharia  São métodos onerosos, requerem profissionais experientes e
Quantitativa capacitados (Analista de Dados)

 Métodos relativamente simples


 Apresentam subjetividade associada aos descritores utilizados nas
 Identificam as prioridades de intervenção através da identificação dos
Semi-quantitativa escalas de avaliação
principais riscos
 São fortemente dependentes da experiência dos especialistas.
 Sensibilizam os diferentes elementos da organização.
3. Área Classificada
Explosivos
São considerados explosivos todos os materiais compostos por
substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases,
produzindo calor intenso e pressões elevadas.

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Explosão
Existem três elementos exigidos para a geração de uma explosão:
• Ar.
• Uma atmosfera inflamável por gases, vapores, névoas
ou pós.
• Uma fonte de ignição de energia suficiente e/ou uma
elevação de temperatura.

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Curva de Explosividade

% Vol MISTURA RICA


LSE

Limite
100 LIE – Limite Inferior de
MISTURA POBRE Explosividade
Superior
0 de Explosividade
t ºC
MISTURA
10% LIE – Condição IPVS EXPLOSIVA
(Imediatamente Perigosa a Vida e a Saúde– NR 33
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Área Classificada

Local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva.


(NR-10).

As áreas classificadas são divididas em zonas que vão de 0 a 2 (para


gases e vapores) e de 20 a 22 (para poeiras e fibras).

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Área Classificada

Para gases e vapores:

Zona 0: área onde a formação de mistura explosiva é existente por


longos períodos ou é contínua.
Zona 1: área onde a formação de mistura explosiva pode acontecer
de maneira esporádica, em condições normais de operação e
realização de atividades.
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Área Classificada

Zona 2: área onde a formação de mistura explosiva é pouco


provável ou acontece em curtos períodos, em condições anormais
de operação e realização de atividades.

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Área Classificada
Para poeiras e fibras combustíveis

Zona 20: local onde a nuvem de poeira potencialmente explosiva é


constante ou se faz presente por longos períodos.
Zona 21: local onde a nuvem de poeira potencialmente explosiva é
esporádica em condições normais de operação e realização de
atividades.

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Área Classificada

Zona 22: local onde a nuvem de poeira potencialmente explosiva é


pouco provável ou acontece em curtos períodos, em condições
anormais de operação e realização de atividades.

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Equipamentos a Prova de Explosão

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Áreas Classificadas

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4. Cálculo de Risco de Incêndio
Medidas – TOMAR CUIDADO COM ESSES ASPECTOS
• Precaução contra o início do incêndio
• Limitação do crescimento do incêndio
• Extinção inicial do incêndio
• Limitação da propagação do incêndio
• Evacuação segura do edifício
• Precaução contra a propagação do edifícios
• Precaução contra o colapso estrutural
• Rapidez, eficiência e segurança das combate e resgate
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Características da População do Edifício

• População total do edifício.


• Composição da população fixa e da flutuante.
• Condições físicas e psicológicas da população.
• Distribuição etária da população.

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Tipo de Ocupação

• Natureza das atividades desenvolvidas no edifício.


• Materiais combustíveis trazidos para o interior do edifício (carga
térmica variável).
• Tipos de materiais armazenados e manipulados.
• Tipos de equipamentos existentes no edifício.

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Características Construtivas do Edifício

• Materiais de construção utilizados e técnicas aplicadas.


• Tipo de sistema estrutural adotado.
• Tipo de instalações de serviço existentes.
• Distribuição dos espaços.
• Forma do edifício.
• Volume do edifício.

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Localização do Edifício

• Situação com relação às divisas do lote.


• Largura das ruas e outras condições de acesso.
• Distância do posto de bombeiros mais próximo.
• Abastecimento de água para o combate.
• Meios de comunicação com o Corpo de Bombeiros.

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TIPOS DE ATIVAÇÃO DE UM INCENDIO
Ativação Naturais
• São aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do
homem.
• Exemplo: vulcões, terremotos, descargas, atmosféricas, radiação
solar, etc.

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Ativação Acidentais
• São Inúmeras AS CAUSAS.
• Exemplo: eletricidade, chama exposta, etc

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Ativação Criminosa
• São os incêndios propositais ou criminosos, são inúmeros e
variáveis.
• Exemplo: Inveja, vingança, fraude seguro, problemas mentais, etc.

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Cálculo: Risco de Incêndio
• 𝑹=𝑬 × 𝑨

• R = Risco de incêndio
• E = Exposição ao risco de incêndio
• A = Fator de risco de ativação
Fatores de Risco de Incêndio

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Exposição ao Risco de Incêndio
• A exposição ao risco de incêndio (E) de uma
edificação será calculada pelo produto dos
fatores, dada pela equação:
𝑬=𝒇𝟏×𝒇𝟐×𝒇𝟑×𝒇𝟒×𝒇𝟓
• Onde:
• E = Exposição ao risco de incêndio
• fn = Fatores de risco
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Fatores de risco associados às características construtivas (f1)

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Fatores de Risco associados à grandeza da carga incêndio (f2)

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Fatores de risco associados à posição da carga incêndio (f3)

52
Fatores de risco associados à distância do Corpo de Bombeiros
(f4)

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Fatores de risco associados às condições de acesso (f5)

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Ativação de Incêndio

• A ativação de incêndios (A) em uma edificação será


calculada pelo produto dos fatores, dada pela equação:

𝑨=𝑨𝟏×(𝑨𝟐 𝒐𝒖 𝑨𝟑)

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Fatores de risco devido aos riscos de ativação conforme a
ocupação (A1)

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Fator de risco de ativação devidos à falhas humanas (A2)

57
Fatores de risco de ativação devidos à qualidade das
instalações elétricas e de gás (A3)

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Determinação dos Fatores de Segurança

• O Fator de segurança total será obtido do produto


dos fatores de segurança associados às medidas
de proteção ativa e passiva que se empregam em
cada edificação.

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Determinação dos Fatores de Segurança

• 𝑺= 𝑺𝟏𝟏𝑨×𝑺𝟏𝟏𝑩×𝑺𝟏𝟏𝑪×𝑺𝟏𝟏𝑫×𝑺𝟏𝟏𝑬
• Onde:
• S = Fator de segurança total
• Sn = Medidas de segurança

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Tabela 11A – Medidas sinalizadoras do incêndio e
fatores de segurança

61
Tabela 11B – Medidas extintivas e fatores de
segurança

62
Tabela 11C – Medidas de infraestrutura e fatores de
segurança

63
Tabela 11D – Medidas estruturaise fatores de
segurança

64
Tabela 11E – Medidas acessórias e fatores de
segurança

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