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Curso

Técnico Superior de Segurança no Trabalho

Módulo M10 – Manual de Apoio III


Avaliação dos Riscos Profissionais

Formador: Ricardo Murtinho


SP Métodos de Avaliação de Riscos

Para as fases de estimativa e de valoração dos riscos podem ser


empregues três principais categorias de métodos de Avaliação do Risco:

- Métodos Qualitativos

- Métodos Semi-Quantitativos

- Métodos Quantitativos
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
• Consistem em exames sistemáticos realizados nos locais de trabalho,
com vista à identificação de situações capazes de provocar dano às
pessoas.

• São avaliações puramente qualitativas de Probabilidade e Gravidade,


sem que haja qualquer registo numérico associado.

• Este método é apropriado para avaliar situações simples, cujos perigos


possam facilmente ser identificados pela observação e comparados com
os princípios das boas práticas, existentes para circunstâncias idênticas.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
Exemplos:

• Listas de Verificação

• APR – Análise Preliminar de Riscos

• Estudo de Perigo e Operabilidade – HAZOP (hazard and operability


studies)

• Árvore de causas
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
Listas de Verificação
• Eficaz ferramenta na identificação de riscos (permitem avaliar a maioria dos parâmetros
de segurança nos mais diversos estabelecimentos e atividades, sejam estes comerciais,
industriais, desportivos, entre outros.)

• Servem como instrumento auxiliar dos profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho


nas suas diversas funções, mas especialmente quando este estiver perante avaliações a
efetuar.

• Deve ser tão exaustiva quanto possível, facultando, por um lado um conhecimento
profundo de todas as situações de trabalho e, por outro, a possibilidade de uma eficaz
recolha de dados.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
Listas de Verificação

• As listas de verificação são desenvolvidas considerando as disposições que emanam


dos diplomas legais, de normas específicas e de boas práticas.

• As listas de verificação visam comprovar processos de trabalho com os procedimentos


normalizados, comprovar condições de trabalho com os padrões pré-definidos.

• Este método é frequentemente utilizado para a identificação dos riscos nos locais de
trabalho, constituindo um ponto de partida para a estimação e avaliações das medidas
a implementar.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
Listas de Verificação
Exemplo

No site da ACT em: http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/ListasVerificacao/Paginas/default.aspx poderão


encontrar várias Listas de Verificação concebidas por este organismo. No entanto, poderemos/devemos criar as
nossas próprias Listas de Verificação, feitas à nossa medida, com, por exemplo, com a justificação legal de cada ponto
a verificar.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
APR – Análise Preliminar de Riscos

• Consiste na identificação dos fatores de risco existentes no projeto ou


desenvolvimento prematuro de um novo sistema, tendo em vista a determinação
dos potenciais riscos que poderão estar presentes na fase operacional.

• Trata-se de uma método para aplicação nas primeiras fases do desenvolvimento de


um processo de Análise de Riscos, sobretudo quando a informação disponível
referente a pormenores e procedimentos operacionais ainda é escassa e não
sistematizada.

SP
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
APR – Análise Preliminar de Riscos

• A forma de proceder à APR consiste em efetuar uma revisão geral dos aspetos de
segurança de forma sistematizada, identificando os principais fatores de risco
associados a execução das tarefas, a utilização dos equipamentos e materiais, de
modo a identificar-se as técnicas e medidas preventivas apropriadas para fazer face
a esses fatores de risco.

SP
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
APR – Análise Preliminar de Riscos
Exemplo
Sistema: Armazenagem em Recipiente sob Pressão
Perigo Causa Consequência Probabilidade Medidas de Prevenção
. Deficiencia da válvula . Explosão do tanque
de segurança . Proteção contra a Corrosão/isolar
tanque
. Corrosão do Tanque . Lesões nos
trabalhadores
Formação de atmosfera . Substituir a válvula de segurança
. Ocasional
explosiva . Pressão elevada . Danos nos
equipamentos . Controlo da pressão e da
temperatura

. Sistema de combate a incendio

Fonte: Freitas, L. (2011). Manual de Segurança e Saúde do Trabalho (2ª edição). Lisboa: Edições Sílabo
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
HAZOP
• Hazard (perigo) + Operability (operabilidade) – É uma técnica indutiva e qualitativa de
identificação de riscos e problemas operacionais, assente na utilização de palavras de
referência, a partir das quais são analisados os desvios ao processo operacional e aos
parâmetros pré-definidos.

• Estima a consequência das falhas, identificando, na sequência, as causas, a partir das


quais é possível determinar as medidas de prevenção.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
HAZOP
• É recolhida informação a partir de diagramas de operações, instruções, fichas de
dados de segurança, planta das instalações,… A efetuada a revisão de cada elemento,
passo a passo, aplicando as palavras-chave.

• Este método é aplicável tanto a instalações existentes , como a novos projetos ou a


modificações a empreender.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
HAZOP
Exemplo
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
Árvore de Causas
• Constitui um meio simples e eficaz de análise das circunstancias que
conduziram a um acidente/incidente, permitindo transformar as causas em
factos previsíveis e identificar as medidas de prevenção a executar.

• O acidente de trabalho representa o resultado final de um encadeamento de


causas com origem em fatores diversos associados ao individuo, à organização,
ao equipamento e ao ambiente de trabalho, os quais constituem a base de
construção da árvore, até chegar às causas primárias.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Qualitativos
Árvore de Causas
A construção da árvore inicia-se com a recolha de dados, determinados em termos
concretos e objetivos, em função das circunstancias que antecederam o acidente.
Há assim que:
- Reconstruir o acidente no local e nas circunstancias em que se verificou;
- Estabelecer a cronologia das operações;
- Questionar todos os que tenham presenciado o acidente
- Saber quais as informações que o trabalhador dispunha no momento do acidente (procedimentos,
formação, regras especificas,…);
- Saber quais os equipamentos e máquinas utilizados…

Analisar o exemplo de aplicabilidade deste método no separador “Exemplos de Aplicação de Métodos de Avaliação
de Riscos”
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
São métodos, que visam obter uma resposta numérica da magnitude do
risco.
A avaliação quantitativa de probabilidades faz apelo a técnicas sofisticadas de cálculo, ao recurso a bases
de dados sobre o comportamento dos componentes em análise ou a exames laboratoriais que permitam
suportar a definição de um padrão de regularidade na frequência de determinados eventos - qual o número
de ocorrências de falha, por unidade de tempo, nesses componentes e na cadeia causal que conduz ao
acidente. A avaliação quantitativa da gravidade requer modelos matemáticos de consequências para
possibilitar a simulação do campo de ação de um dado agente agressivo e o cálculo da capacidade agressiva
em cada ponto desse campo de ação, por forma a estimar os danos esperados

Exemplos: Não obstante, a própria lei, em determinados casos e relativamente a


determinados riscos, fixa o padrão quantitativo da respetiva
• Árvore de falhas frequência e gravidade e identifica qual o método e processos de
avaliação a utilizar, qual o valor de referência para comparar e qual o
• Métodos Estatísticos tipo de medidas de controlo a aplicar.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Árvore de Falhas

Este método é aplicável ao estudo dos fatores que podem causar um


evento indesejado (falha), sendo particularmente útil no estudo de
situações complexas, uma vez que permite determinar a frequência desse
evento indesejado a partir da combinação lógica das falhas dos diversos
componentes de um sistema.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Árvore de Falhas
O evento indesejado recebe o nome de evento de topo por uma razão bem lógica, já
que na montagem da árvore de falhas o mesmo é colocado no nível mais elevado. A
partir deste nível, o sistema e desmembrado de cima para baixo, enumerando-se todas
as causas ou combinações destas que levam ao evento indesejado. Os eventos do nível
inferior recebem o nome de eventos básicos ou primários pois são eles que dão origem
a todos os eventos de nível mais elevado.

A Análise de Árvore de Falhas não precisa necessariamente de ser levada até à análise quantitativa. Ao aplicar-se
apenas o procedimento da representação gráfica da árvore, estamos perante um método qualitativo.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Árvore de Falhas

Neste método, o analista começa a partir de um acidente ou evento indesejado e vai


identificando as causas imediatas do evento, sendo cada uma examinada até que o
analista tenha identificado as causas básicas de cada evento. Portanto, a Árvore de
Falhas é um diagrama que mostra a interação logica entre estas causas básicas e o
acidente.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Árvore de Falhas
Para proceder ao estudo quantitativo da Análise de Árvore de Falhas, é necessário
conhecer e relembrar algumas definições da Álgebra de Boole.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Árvore de Falhas
A Álgebra de Boole é usada nas áreas da informática, aviação, entre outras, bem como
em análise de probabilidades, em estudos que envolvem decisões e mais
recentemente, em segurança de sistemas.
Desta forma, as probabilidades dos eventos são calculadas obedecendo as
determinações da simbologia lógica.
Assim:
E = A intersecção. D
D = B união C
E = A intersecção B união C
P(E) = P(A interseção B união C)
Os métodos quantitativos poderão adquirir uma elevada complexidade, e poderão ser particularmente úteis em caso
de elevada especificidade e risco elevado (ex. industria nuclear).
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Árvore de Falhas
Modelo Simplificado da Árvore das Falhas

Falha de luz

Avaria da Falha de
lâmpada corrente

Dispositivo
Corte Geral interno de
corte Fonte: Freitas (2011), Manual de Segurança e Saúde do Trabalho

Consultar o Exemplo deste método no separador “ Exemplos de Aplicação de Métodos de Avaliação de Riscos”.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Métodos Estatísticos

• O controlo estatístico dos acidentes de trabalho é uma das metodologias de


controlo reativo mais utilizadas para a perceção dos índices de sinistralidade.

• Tratando-se de uma técnica geral analítica, permite conhecer as atividades de maior


risco, os departamentos como indicadores mais relevantes e as categorias com
maior incidência, para além de fornecer informação indispensável para a evolução
da sinistralidade e o calculo dos custos económicos e sociais.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Métodos Estatísticos
A análise quantitativa dos acidentes de trabalho pode organizar-se à volta de três
temas:
- A análise das características dos acidentes;
- A análise das consequências dos acidentes;
- A análise das corelações entre os acidentes (frequência, incidência e gravidade) e
fatores pré-determinados.

Neste módulo centramo-nos nos métodos estatísticos. As restantes temáticas são abordadas em outros módulos
ao longo do curso, nomeadamente em Gestão da Prevenção.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos
Métodos Estatísticos

A informação estatística deve permitir a caraterização dos acidentes de trabalho


e das doenças profissionais, por forma a possibilitar a adoção de metodologias e
critérios apropriados à conceção de programas e medidas de controlo.
SP Métodos de Avaliação de Riscos
Métodos Quantitativos
Índice de Frequência

º 6
If= 10
º

Fonte: Organização Internacional do Trabalho, 16.ª Conferência Internacional de Estatísticas

• Este indicador expressa o número de acidentes ocorridos por cada milhão de horas trabalhadas.

• A análise da evolução deste indicador, possibilita a avaliação da eficácia do investimento feito na


prevenção.
SP Métodos de Avaliação de Riscos
Métodos Quantitativos
Índice de Incidência

º 3
Ii= 10
º é

Fonte: Organização Internacional do Trabalho, 16.ª Conferência Internacional de Estatísticas

• Corresponde em termos gerais, ao número de acidentes ocorridos por cada mil trabalhadores.
SP Métodos de Avaliação de Riscos
Métodos Quantitativos
Índice de Gravidade

º 6
I g= 10
º

Fonte: Organização Internacional do Trabalho, 16.ª Conferência Internacional de Estatísticas

• Expressa o número de dias perdidos por acidente em cada milhão de horas trabalhadas.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Quantitativos

Índice de Avaliação da Gravidade

Ig
I AG =
If
• Permite estabelecer prioridades de intervenção ao nível da prevenção de acidentes nos diversos
departamentos de uma empresa, com base em apenas um valor numérico e naturalmente por
ordem decrescente do seu índice de avaliação da gravidade.
• Representa o número de dias perdidos (em média), por acidente de trabalho.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

É importante referir, que independentemente das recomendações da OIT, os


coeficientes utilizados não são iguais em todos os países, em todas as empresas,…
pelo que há todo o interesse em conhecer os coeficientes antes de proceder a
análises comparativas.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Exemplo
Empresa XPTO

Número Número Número


Número de Dias
Médio de Horas Acidentes
Úteis Perdidos
Trabalhadores Trabalhadas de Trabalho

20 38400 1 100

If Ig Ii IAG
26,0 2604,2 50,0 100,0
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos

Quando a avaliação realizada pelos Métodos Qualitativos se torna


insuficiente para alcançar uma adequada valoração do risco e a
complexidade subjacente a alguns Métodos Quantitativos não justifica o
custo associado à sua aplicação, recorre-se aos Métodos Semi-Quantitativos.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Atribuem índices às situações de risco previamente identificadas e
estabelecem planos de atuação, em que o objetivo é a hierarquização do
risco, a definição e implementação de um conjunto de ações preventivas e
corretivas para controlar o Risco.
Exemplos:
• Método das Matrizes
• Sistema Simplificado de Avaliação de Riscos de Acidente também conhecido por
MARAT (Método de Avaliação de Riscos de Acidente de Trabalho)
• Método de William T. Fine
O métodos a seguir apresentados, assim como outros, poderão ser adaptados ao risco a avaliar.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método das Matrizes 3 x 3

Depois de identificado o risco, seleciona-se a Probabilidade de ocorrência do mesmo (1, 2 ou 3)


SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método das Matrizes 3 x 3

Depois de identificado o risco, seleciona-se o nível de Gravidade do mesmo (1, 2 ou 3).


SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método das Matrizes 3 x 3

Em seguida, faz-se o cruzamento dos níveis selecionados na seguinte matriz. Nesta matriz, não há uma multiplicação
efetiva, mas sim um “cruzamento” dos níveis de P e G.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método das Matrizes 3 x 3

Exemplo:

Probabilidade: 2
Gravidade: 3
Risco: 4
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método das Matrizes 3 x 3

Interpretação do Nível de Risco – Prioridade de Intervenção


SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método das Matrizes 3 x 3

Exemplo:

Probabilidade: 2
Gravidade: 3
Risco: 4
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método da Matriz Composta

O método da Matriz Composta integra mais 2 variáveis para além da


Probabilidade (P) e da Severidade (S), que são os procedimentos e
condições de segurança adotados (Ps) e o nº de pessoas afetadas (N).

Cada uma destas 4 variáveis (F, G, Ps e N) é analisada com recurso a


escalas de 5 níveis.

Existem inúmeros métodos das matrizes: 4 x 4, 4 x 3, 5 x 5, matrizes simples, matrizes compostas,… O TSST poderá
adaptar o método à realidade que irá avaliar. Não existem regras definidas.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método da Matriz Composta

Neste método, a Magnitude do Risco (R) é determinada pelo produto das


4 variáveis anteriormente referidas, segundo a equação:

R = F*S*Ps*N
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método da Matriz Composta
As escalas para cada uma das variáveis são as seguintes:
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método da Matriz Composta
As escalas para cada uma das variáveis são as seguintes:

Depois de selecionados os valores em cada uma variáveis, aplica-se a fórmula R = F*S*Ps*N


SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método da Matriz Composta
A Magnitude do Risco pode variar entre 1 (considerado muito mau) e 625 (considerado
muito bom). Para determinação das prioridades de intervenção, a escala de Índice de Risco
também possuiu 5 níveis.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
Este método pode ser representado pelo fluxograma seguinte:

Este método é adaptado NTP 330. A mesma encontra-se na pasta “Legislação e outros documentos”.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
Designa-se por ND, ou nível de ausência de medidas preventivas, a magnitude esperada
entre o conjunto de fatores de risco considerados e a sua relação causal direta com o
acidente.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
Quanto ao nível de exposição - NE, a definição da NTP 330 é “uma medida da frequência
com que se verifica a exposição ao risco”.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
Da multiplicação do ND e do NE obtém-se o Nível de Probabilidade NP, conforme matriz
abaixo.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
A abordagem do nível de consequências (NC) faz-se segundo duas vertentes: as lesões e os
danos materiais.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
A multiplicação do NC e do NP apresenta-se na seguinte matriz.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
Método de Avaliação Simplificado - MARAT
O nível de probabilidade (NP), e também o nível de risco (NR) são definido a partir de
valores mínimos e máximos. A definição de níveis de intervenção (NI) encontra-se abaixo:
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine

• Este método tem como objetivo estabelecer prioridades, integrando o grau de risco
com a limitação económica.

• Tal sistema de prioridade está alicerçado numa fórmula simples, que calcula o perigo de
cada situação, e tem como resultado o Grau de Perigosidade - GP.

• Este grau determina a urgência da tomada de decisão, ou seja, se o risco deve ser
tratado com maior ou menor brevidade.

Este método poderá ser utilizado, desprezando a limitação económica e considerando apenas o Grau de
Perigosidade.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine

Grau de Perigosidade – GP
O grau de Perigosidade calcula-se com base em três fatores:

• Consequência - C - o resultado mais provável de um potencial acidente.


• Exposição - E - é a frequência de exposição ao risco.
• Probabilidade - P - afere a possibilidade de ocorrência do acidente face à exposição ao
risco.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
O Grau de Perigosidade é caraterizado pela seguinte expressão:

GP = Fc x Fe x Fp

- Fator Consequência - Fc
- Exposição - Fe
- Probabilidade - Fp
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
FATOR CONSEQUÊNCIA - Fc
Lesões Danos Materiais Fator Fc
1.Elevado n.º de vítimas mortais 100
> 1 Milhão de euros

2. Algumas vitimas mortais >500.000 < 1milhão 50


3. Acidente mortal >100.000 < 500.000 25
4. Incapacidade permanente >1.000 < 100.000 15
5. Incapacidade temporária < 1.000 5
6. Lesões ligeiras - 1
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Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
FATOR EXPOSIÇÃO - FE
Tipo Fator FE Descrição
Contínua 10 Muitas vezes por dia

Frequente 6 Uma vez por dia


Ocasional 3 Entre 1 x por semana e 1 x por mês
Irregular 2 Entre 1 x por mês e 1 x por ano
Sabe-se que ocorre, mas com baixíssima
Raramente 1
frequência
Não se sabe se ocorre, mas é possível que
Pouco provável 0,5
possa acontecer
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
FATOR PROBABILIDADE - FP

Descrição Fator FP
Muito provável 10
Possível 6
Raro 3
De repetição improvável 1
Nunca aconteceu 0.5
Praticamente impossível 0,1
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
Este método apresenta uma particularidade, que se traduz na possibilidade de
apresentar uma justificação das medidas a implementar (J) a partir de uma Relação
Custo-Benefício estabelecida pela equação:

J = R / (Fc * Gc)
Onde:

J = Justificação das medidas a implementar


R = magnitude do Risco
Fc = Fator custo – traduz o custo espectável da intervenção
Gc = Grau de correção – traduz aquilo que é espectável reduzir em termos da magnitude do Risco (R)
com a implementação das medidas comtempladas no Fator de custo (Fc)
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
O fator de custo deve ser ajustado em função da dimensão da empresa, podendo
apresentar-se o exemplo seguinte:
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
O grau de correção apresentará maior ou menor eficácia, à qual se atribuirá uma
determinada ponderação:
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Semi-Quantitativos
William T. Fine
Aplicando a fórmula J = R / (Fc * Gc), determina-se o valor de J – Justificação das medidas a
aplicar.
Se assumirmos o valor 10 como o valor mínimo para incrementar a medida, o valor de J (grau de justificação)
terá que ser superior a 10.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

São vários os métodos para proceder à identificação, avaliação e controlo


dos riscos, que atendem a pressupostos e técnicas de diferente
qualificação.

Os métodos poderão ser classificados em:

• Métodos Pró-Ativos - permitem a abordagem preventiva da segurança


e saúde sendo utilizados antes da ocorrência do acidente de trabalho
e/ou afeção da saúde.

• Métodos Reativos - abordagem reativa da segurança e saúde, sendo


utilizados após a ocorrência da lesão ou doença.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Métodos Pró-Ativos Métodos Reativos


Exemplos Exemplos

• Inspeções de Segurança • Estatísticas de AT e DP


• Hazop • Análise de AT
• Observação de atividades • Árvore das causas
• Análise preliminar de • Matriz de falhas
riscos
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Algumas indicações:

• Antes de aplicar o método semi-quantitativo escolhido,


identificar os perigos e os riscos previamente.
• A um perigo poderá estar associado um risco, ou vários.
• Cada risco deverá ser avaliado individualmente.
• Para cada risco avaliado deverão ser propostas medidas de
controlo de risco.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Consultar os relatórios de estágio disponíveis na plataforma


em “Exemplos de Relatórios de Estágio”. Existem vários
relatórios disponíveis cuja temática é a Avaliação de Riscos
Profissionais.
SP Métodos de Avaliação de Riscos

Dúvidas ou Sugestões

RICARDOMURTINHO@GMAIL.COM

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