1. Introdução.

Neste breve artigo será apresentado o item presente no dia a dia da manutenção em
qualquer equipamento: a manutenabilidade. Segundo Telles(2019), manutenibilidade é a
capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de executar suas funções
requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada sob
condições determinadas e mediante procedimentos e meios prescritos. Podemos dizer
simplesmente que manutenibilidade é a facilidade que se pode realizar a manutenção de um
determinado componente, sistema, máquina ou equipamento.

2.Desenvolvimento.

2.1 Aspecto da Manutenabilidade:

Serrano(2010) confere que a manutenibilidade é uma consideração do projeto

enquanto que a manutenção é uma consequência do projeto. Podemos concluir também que
os aspectos de manutenbilidade de uma aeronave são considerados e implementados durante
todo o seu ciclo de vida.

Com o atual desenvolvimento tecnológico, com o advento da indústria 4.0, uma

questão torna-se relevante: determinar por quanto tempo um dispositivo crítico será capaz de
desempenhar, sem falhas, sua função. Quando a operação deste dispositivo embute um risco
elevado, como ocorre na aviação, a manutenabilidade torna-se uma característica intríseca da
confiabilidade, levando todas as variáveis em questão num projeto e fabricação de uma
aeronave, mas principalmente o sempre considerando o homem, que representa o elemento
mais imprevisível e de maior importância na Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e do
Trabalho.
3. O Fator Humano.

Uma preocupação recorrente na área é como o erro humano na manutenção pode

ocorrer em qualquer tempo e durante a execução das atividades das equipes. Avaliar ou
prever quando isso acontece é difícil e complicado.

Nós, humanos, somos imperfeitos e sujeitos às falhas, assim como equipamentos e

máquinas podem não corresponder por algum problema inesperado. Portanto, os efeitos
desses erros, seja a curto ou longo prazo, podem produzir graves consequências para
colaboradores, como acidentes graves e custos astronômicos em todas as esferas de uma
instituição.

A formação e experiência do pessoal de manutenção é um fator importante para o

desempenho das atividades. Neste processo está incluso: a experiência do técnico, formação
exigida, nível de qualificações, supervisão necessária, supervisão disponíveis, as técnicas
utilizadas, a coordenação física e da força e do número de técnicos, e requisitos da equipe de
trabalho.

Uma maior interação entre projeto e manutenção se faz mister e esta é a função da
Engenharia de Manutenabilidade. De acordo com Serrano (2010), os projetistas na medida do
possível devem minimizar a probabilidade do erro humano ou minimizar as consequências
quando este acorrer. Como soluções para este problema pode se reduzir o número de tarefas
de manutenção, projetar o produto para ser facilmente manutenido segundo o ambiente de
trabalho e/ou projetar características no produto de maneira a tornar impossível a execução
de tarefas de forma incorreta, como por exemplo na montagem de peças. Desta forma
também o mantenedor ficará menos expostos a riscos inerentes a segurança do trabalho.

4. Conclusão.

Há como evitar ou dirimir a ocorrência e recorrência do erro humano na manutenção

e operação de equipamentos. Contudo, para isso, é necessário proporcionar treinamentos e
reciclagens à equipe; retorno ou feedback durante e depois da execução da atividade; revisão
dos processos; debates para conscientização do papel de cada um na cadeia produtiva;
verificação de procedimento e prazos.

Desde o projeto de uma aeronave ou qualquer equipamento devem estar

incorporados os requisitos de manutenabilidade. Tornará mais rentável, pois reduzirá os
problemas operacionais relacionados com a manutenção e as ações necessárias para manter
ou restabelecer o produto a uma condição operacional na sequência de uma falha,
melhorando a sua disponibilidade.

Com o auxílio das várias ferramentas de simulações disponíveis, os projetistas

poderão colocar o fator humano como um aspecto de alto valor na manutenabilidade,
considerando aspectos ergonômicos, fadiga, sentidos para assim determinar respostas de
manutenção mais enxutas, menos desgastantes evitando danos humanos, materiais e menor
índice de erro.