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CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

TECNCIAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS

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SUMARIO

CAPÍTULO 01 – IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DOS ------------------------------------------03


FATORES DE RISCOS

CAPÍTULO 02 – MAPA DE RISCOS ------------------------------------------06

CAPÍTULO 03 – ANÁLISE E CONTROLE DE RISCOS ------------------------------------------07


CAPÍTULO 04 – CONCEITOS
------------------------------------------08

CAPÍTULO 05 – COMO CALCULAR AS TAXAS DE ------------------------------------------11


FREQUENCIAS E DE GRAVIDADE DA SUA EMPRESA

CAPÍTULO 06 – ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO / ------------------------------------------13


ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO / ANÁLISE DE
SEGURANÇA DA TAREFA

CAPÍTULO 07 – AUTORIZAÇÃO PARA TRABALHO EM ------------------------------------------14


RISCO / PERMISSÃO PARA TRABALHOS ESPECIAIS /
PERMISSÃO DE TRABALHO COM POTENCIAL DE RISCO

CAPÍTULO 08 – HAZOP – HAZARD AND OPERABILITY ------------------------------------------14


STUDIES (ESTUDO DE OPERABILIDADE DE RISCO)

CAPÍTULO 09 – FMEA – FAILURE MODE AND EFFECTS ------------------------------------------15


ANALYSIS / AMFE – ANÁLISE DE MODO DE FALHA E
EFEITO

CAPÍTULO 10 – WHAT IF – (E Se) ------------------------------------------15

CAPÍTULO 11 – AAF – ANÁLISE DE ÁRVORES DE ------------------------------------------16


FALHAS

CAPÍTULO 12 – TÉCNICAS DE INCIDENTES CRÍTICOS ------------------------------------------16

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CAPÍTULO 01 – IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E DOS FATORES DE RISCOS

Esta segunda fase possui três objetivos:

1) Identificar e listar os perigos que a empresa, processos e ou departamento está


exposto.

A listagem deve ser realizada através de reuniões do tipo BRANISTORMING, levantando


tanto os perigos conhecidos como os perigos desconhecidos. Os perigos desconhecidos
são aqueles que nunca aconteceram, porém podem ocorrer, mesmo que remotamente;

2) Identificar os fatores de Riscos.

Os Fatores de Riscos, também chamados de Fatores facilitadores, são os eventos que


podem potencializar a concretização dos perigos. São variáveis controláveis e
incontroláveis. Utilizamos para isso a Ferramenta de Gestão Diagrama de Causa e Efeito;

3) Avaliar os Fatores de Riscos.

A avaliação dos fatores de riscos é a mensuração dos respectivos fatores com o objetivo
de identificar quais são os fatores de maior importância.

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MATRIZ DE GRAU DE RISCO

Nível de Exposição

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Grau de Severidade

Grau de efeito à saúde

LEGENDA

GRAU DE RISCO I (RISCO MUITO ALTO)

O trabalho não deve ser iniciado ou continuado até que o risco tenha sido reduzido. Se
não é possível controlar o risco mesmo com recursos ilimitados, o trabalho deve ser
proibido..

GRAU DE RISCO II (RISCO ALTO)

Devem ser alocados recursos consideráveis para sua redução através dos objetivos e
metas.

GRAU DE RISCO III (RISCO MODERADO)

Devem ser feitos esforços para reduzir o risco e devem ser realizados treinamentos
específicos.

GRAU DE RISCO IV (RISCO BAIXO)

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Não são necessários controles adicionais.

NIVEL DE EXPOSIÇÃO

Nível 1- exposição desprezível (insignificante) – em condições normais de trabalho, o contato dos


trabalhadores com o agente durante as execuções das atividades é praticamente, inexistente. É típico para
aqueles que não mantêm contato com as fontes de emissão, mas que podem ir para a área por breves
períodos e esporadicamente.

Nível 2 - exposição pequena- em condições normais de trabalho, o contato dos trabalhadores com o agente
é esporádico, por curto espaço de tempo e a níveis baixos.

Nível 3 - exposição moderada- em condições normais de trabalho, o contato dos trabalhadores com o
agente é freqüente e a níveis baixos, ou esporádicos e a níveis altos.

Nível 4 - exposição significante- em condições normais de trabalho, o contato dos trabalhadores com o
agente é freqüente e a níveis altos. O trabalhador permanece a maioria da sua jornada de trabalho perto das
fontes de emissão.

Nível 5 - exposição excessiva - Em condições normais de trabalho, o contato dos trabalhadores com o
agente é freqüente e a níveis muitos altos. Refere-se a situações em que o agente não sofre nenhum tipo de
controle e está presente no ambiente em concentrações ou intensidades muito altas.

GRAU DE SEVERIDADE:

1) efeitos nocivos (adversos) subclínicos ou leves, reversíveis. Incluem-se substâncias químicas de


toxicidade muito baixa.

2) efeitos adversos reversíveis de moderados a severos que não deixam seqüelas, ou efeitos irreversíveis
que não conduzem à incapacidade de exercer as atividades pertinentes à função.

3) efeitos adversos irreversíveis que conduzem à incapacidade de exercer atividades na função, mas não
impedem a continuidade de vida, embora possa ocorrer diminuição de sua qualidade.

4) efeitos que causam risco de vida, incluem-se substâncias químicas de toxicidade muito alta, como
asfixiantes químicos, calor excessivo e radiação ionizante.

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CAPÍTULO 02 – MAPA DE RISCOS

O Mapa de Riscos tem como objetivos

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e


saúde no trabalho na empresa;

b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os


trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Etapas de elaboração:

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado:

- os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de segurança e saúde;

- os instrumentos e materiais de trabalho;

- as atividades exercidas;

o ambiente.

b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da tabela.

c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

- medidas de proteção coletiva;

- medidas de organização do trabalho;

- medidas de proteção individual;

- medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório.

d) Identificar os Indicadores de saúde:

- queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;

- acidentes de trabalho ocorridos;

- doenças profissionais diagnosticadas;

- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho

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e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

f) elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculo:

- o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela I;

- o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;

- a especialização do agente (por exemplo: químico-silica, hexano, ácido clorídrico;

- a Intensidade do risco, de acordo com a perc4epção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos diferentes de círculos.

- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho

CAPÍTULO 03 – ANÁLISE E CONTROLE DE RISCOS

Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das
pessoas. Os riscos podem ser eliminados ou controlado.

Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde
das pessoas por ausência de medidas de controle.

Causa de acidente é a qualificação da ação, frente a um risco/perigo, que contribuiu para um


dano seja pessoal ou impessoal.
Ex.: A avenida com grande movimento não constitui uma causa do acidente, porém o ato de
atravessa com pressa, pode ser considerado como uma das causas.

Controle é uma ação que visa eliminar/controlar o risco ou quando isso não é possível, reduzir a
níveis aceitáveis o risco na execução de uma determinada etapa do trabalho, seja através da
adoção de materiais, ferramentas, equipamentos ou metodologia apropriada.

PLANEJAMENTO

Antes da fase de execução, serão analisados os riscos potenciais. Este trabalho é realizado
através da Análise Preliminar de Risco – APR, no mínimo, as seguintes informações:

Descrição detalhada das etapas dentro de um serviço, operação ou atividade;

Identificação dos riscos existentes em cada etapa;

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Medidas de segurança para a realização de todas as etapas dos serviços, no sentido de reduzir
e/ou eliminar riscos existentes (técnicas de execução, equipamentos a serem utilizados, EPC,
EPI, etc.);

Número de profissionais necessários para a execução dos serviços com segurança.

Análise Preliminar de Risco (APR)

 Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos.

 Análise Preliminar de Risco é uma visão do trabalho a ser executado, que permite
a identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia
condição para evitá-los ou conviver com eles em segurança.

 Por se tratar de uma técnica aplicável a todas as atividades, a técnica de Análise


Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a
responsabilidade solidária.

CAPÍTULO 04 – CONCEITOS

Acidente pessoal: É aquele cuja caracterização depende de existir acidentado cuja conseqüência
será a lesão do trabalhador envolvido;

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Acidente de trajeto: É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o


trabalho ou deste para aquela;

Acidente impessoal: É aquele cuja caracterização independe de existir acidentado de ocorrência


eventual que resultou ou poderia ter resultado de lesão pessoal;

Acidentado: É o trabalhador vítima de acidente;

Lesão imediata: É a lesão que se verifica imediatamente após a ocorrência do acidente;

Lesão mediata (tardia): É a lesão que não s verifica imediatamente após a exposição à fonte da
lesão; caso seja caracterizado o nexo causal, isto é, a relação da doença com o trabalho, ficará
caracterizado como doença ocupacional, e, neste caso, admite-se a preexistência de uma
"ocorrência ou exposição contínua ou intermitente", de natureza acidental, sendo registrada como
acidente de trabalho, nas estatísticas de acidentes;

Incapacidade permanente total: É a perda total de capacidade de trabalho, em caráter


permanente, exclusive a morte; esta incapacidade corresponde à lesão que, não provocando a
morte, impossibilita o acidentado, permanentemente, de exercer ocupação remunerada ou da qual
decorre a perda total do uso dos seguintes elementos:

 ambos os olhos;

 um olho e uma das mãos;

 um olho e um pé;

 ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé;

Incapacidade permanente parcial: É a redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter


permanente;

Incapacidade temporária total: É a perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou


mais dias perdidos, executados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade
permanente total;

Acidente com perda de tempo ou lesão incapacitante: É o acidente pessoal que impede o
trabalhador de retornar ao trabalho no dia útil imediato ao do acidente de que resulte incapacidade
permanente. Este tipo de lesão pode provocar morte, incapacidade;

Acidente sem perda de tempo (sem afastamento): É o acidente pessoal cuja lesão não impede
que o trabalhador retorne ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja lesão
incapacitante;

Morte (óbito): Cessação da capacidade de trabalho pela perda de vida, independente do tempo
decorrido desde a lesão;

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Dias perdidos (Dp): São os dias de afastamento de cada acidentado, contados a partir do
primeiro dia de afastamento até o dia anterior ao do dia de retorno ao trabalho. segundo a
orientação médica;

Dias debitados (Dp) (ou dias a debitar): São os dias que devem ser debitados devido à morte ou
incapacidade permanente, total ou parcial. No caso de morte ou incapacidade permanente total,
devem ser debitados 6.000 (seis mil) dias; por incapacidade permanente parcial, os dias a serem
debitados devem ser retirados da norma brasileira ABNT NBR 14.280 (Cadastro de Acidentes),
mesmo que os dias efetivamente perdidos seja maior do que o número de dias a debitar ou até
mesmo quando não haja dias perdidos;

Tempo computado: Tempo contado em "dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade
temporária total" mais os "dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade
permanente, total ou parcial".

Prejuízo material: Prejuízo decorrente de danos materiais, perda de tempo e outros ônus
resultantes de acidente do trabalho, inclusive danos ao meio ambiente.

Horas-homem de exposição ao risco de acidente (horas-homem): Somatório das horas


durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período.

Taxa de freqüência de acidentes: Número de acidentes por milhão de horas-homem de


exposição ao risco, em determinado período.

Taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento: Número de acidentados com
lesão com afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado
período

Taxa de freqüência de acidentados com lesão sem afastamento: Número de acidentados com
lesão sem afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado
período

Taxa de gravidade: Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em


determinado período.

Empregado: Qualquer pessoa com compromisso de prestação de serviço na área de trabalho


considerada, incluídos estagiários, dirigentes e autônomos.

Análise do acidente: Estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstâncias e


conseqüências.

Estatísticas de acidentes, causas e conseqüências: Números relativos à ocorrência de


acidentes, causas e conseqüências devidamente classificados.

Comunicação de acidente: Informação que se dá aos órgãos interessados, em formulário


próprio, quando da ocorrência de acidente.

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NOTA - O anexo B contém os modelos que podem ser utilizados.

Comunicação de acidente para fins legais: Qualquer comunicação de acidente emitida para
atender a exigências da legislação em vigor como, por exemplo, a destinada a órgão de
previdência.

Comunicação interna de acidente para fins de registro: Comunicação que se faz com a
finalidade precípua de possibilitar o registro de acidente.

Registro de acidente: Registro metódico e pormenorizado, em formulário próprio, de informações


e de dados de um acidente, necessários ao estudo e à análise de suas causas, circunstâncias e
conseqüências.

Registro de acidentado: Registro metódico e pormenorizado, em formulário individual, de


informações e de dados relativos a um acidentado, necessários ao estudo e à análise das causas,
circunstâncias e consequências do acidente.

Formulários para registro, estatísticas e análise de acidente: Formulários destinados ao


registro individual ou coletivo de dados relativos a acidentes e respectivos acidentados,
preparados de modo a permitir a elaboração de estatísticas e análise dos acidentes, com vistas à
sua prevenção.

NOTA - Os modelos constantes no anexo B são exemplos de formulários para estatísticas e


análise de acidentes que, entre outros, podem ser adaptados e utilizados, conforme a
necessidade.

Cadastro de acidentes: Conjunto de informações e de dados relativos aos acidentes ocorridos.

CAPÍTULO 05 – COMO CALCULAR AS TAXAS DE FREQUENCIAS E DE GRAVIDADE DA


SUA EMPRESA

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Acidente do Trabalho é aquele que pode ocorrer pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause morte ou perda ou
redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho; isto diz respeito também à
causa que, não sendo a única, tenha contribuído para o resultado; pode ocorrer no local de
trabalho, a serviço da empresa e nos intervalos ou a caminho. Equipara-se ao acidente do
trabalho a doença profissional e a doença do trabalho.

Como complemento aos aspectos conceituais citados abaixo, é fundamental importância a leitura
da norma técnica da ABNT NBR 14.280 (Cadastro de Acidentes); a fixação destes conceitos
ajudará no preenchimento dos QUADROS III, IV, V e VI constantes no anexo desta NR.

TAXA DE FREQUÊNCIA

É o número de acidentados por milhão de horas de exposição ao risco, em determinado período.

Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula:

F = N x 1.000.000

Onde: F = Taxa de Freqüência de acidentados

N= Número de acidentados

H= Horas-Homem de exposição ao risco

TAXA DE GRAVIDADE

É o número que exprime a quantidade de dias computados nos acidentes com afastamentos por
milhão de horas-homem de exposição ao risco.

Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula:

G = T x 1.000.000

Onde: G = Taxa de Gravidade

T= Tempo computado

H= Horas-Homem de exposição ao risco

ÍNDICE DE ACIDENTADOS

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É o número que exprime a combinação da taxa de freqüência com a taxa de gravidade, usado
para classificar o resultado da atividade de segurança.

IA= F + G

100

Sendo: F= taxa de freqüência

G= taxa de Gravidade

Tempo Computado: É a soma de tempo de afastamento, contado em dias perdidos.

Hora-Homem de exposição ao risco: É o somatório de tempo durante o qual cada empregado


fica a disposição do empregador.

A taxa de freqüência é costumeiramente calculada pelo SESMT para fins de arquivo e envio para
o Ministério do Trabalho no final de cada ano, porém é interessante entender o que significa o
número.

A taxa de freqüência é calculada usando a fórmula: Nº. de acidentes x 1.000.000 / Horas Homens
Trabalhadas (HHT). A interpretação da fórmula indica quantos acidentes ocorreriam se fossem
trabalhadas 1.000.000 de horas naquele mês. Indica quantas falhas ocorreram em um milhão de
eventos, que é o mesmo princípio do seis sigmas.

Este número serve para comparar empresas de mesmo segmento ou setores de mesmo risco,
considerando o tempo que os trabalhadores ficaram expostos aos riscos (HHT) e fazendo uma
projeção para 1.000.000 de horas.

A taxa de freqüência pode ser calculada para atos e condições inseguras, incidentes, acidentes
sem afastamento e acidentes com afastamento. Exemplo: Nº. de atos e condições inseguras ou
Incidentes ou x 1.000.000 / HHT

CAPÍTULO 06 – ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO / ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO /


ANÁLISE DE SEGURANÇA DA TAREFA

CARACTERÍSTICAS

Revisão dos principais perigos/riscos através de um formato padrão considerados causas, efeitos,
categorias de perigo/risco e medidas preventivas e corretivas

APLICAÇÕES

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Técnica básica e de primeiro ataque a uma situação. Serve de revisão de segurança, desde a fase
inicial de um novo projeto

OBSERVAÇÃO

Simplicidade permite uso geral e ampla participação nos grupos de estudo. Documento de fácil
compreensão

CAPÍTULO 07 – AUTORIZAÇÃO PARA TRABALHO EM RISCO / PERMISSÃO PARA


TRABALHOS ESPECIAIS / PERMISSÃO DE TRABALHO COM POTENCIAL DE RISCO

CARACTERÍSTICAS

Variante da APP/APR/AST, considerado o passo de uma tarefa na análise

APLICAÇÕES

Uso antes de tarefas não rotineiras, e que existe potencial de perigo/risco, que deverá ser
analisado antes de seu início para liberação do trabalho e monitorado periodicamente

OBSERVAÇÃO

Mesma característica da APP/APR pode ser mais simples usando-se apenas a descrição dos
passos da atividade, o perigo/risco e medidas preventivas.

CAPÍTULO 08 – HAZOP – HAZARD AND OPERABILITY STUDIES (ESTUDO DE


OPERABILIDADE DE RISCO)

CARACTERÍSTICAS

Análise dedicada à área de processamento químico, busca analisar como o processo pode se
desviar das intenções do seu projeto. Através de questionamento estruturado sobre seus
parâmetros (pressão, temperatura, vazão, etc.).

Os desvios são aplicados com palavras – guias (mais, menos, nenhum) gerando uma análise
sobre causas, efeitos, respostas capazes de reequilibrar e medidas de controle em geral. São
selecionados pontos-chaves para a observação dos parâmetros, denominados nós.

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APLICAÇÕES

Processamento químico e petroquímico, instalações com automação e controle. Pode ser aplicada
em sistemas elétricos (fluxo por corrente elétrica, etc.)

OBSERVAÇÃO

Técnica muito popular na engenharia de processos. Deve ser aplicada sistematicamente e de


forma exaustiva, exigindo disciplina.

CAPÍTULO 09 – FMEA – FAILURE MODE AND EFFECTS ANALYSIS / AMFE – ANÁLISE DE


MODO DE FALHA E EFEITO

CARACTERÍSTICAS

Análise que busca os principais modos de falhas de um dispositivo, equipamento ou sistema


verificando ainda os efeitos, modos de detecção e ações de compensação a serem tomadas em
cada caso.

APLICAÇÕES

Dispositivos, mecanismos, equipamentos em geral, sistemas de controle de processos. Útil na


definição de ações nas emergências operacionais oriundas de equipamentos.

OBSERVAÇÃO

Os efeitos considerados incluem a possibilidade de lesões ao pessoal, dano ambiental e


problemas de continuidade operacional. Técnica detalhada vai ao nível dos componentes do
sistema analisado.

CAPÍTULO 10 – WHAT IF – (E Se)

CARACTERÍSTICAS

Procedimento de revisão dos perigos/riscos através de um questionamento livre, porém


estruturado produz medidas objetivas de prevenção e controle

APLICAÇÕES

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Uso geral em projetos, procedimento, mudanças, etc.

OBSERVAÇÃO

Altamente eficiente quando bem aplicado, pode ser exaustivo e única ferramenta de análise na
grande parte dos casos

CAPÍTULO 11 – AAF – ANÁLISE DE ÁRVORES DE FALHAS

CARACTERÍSTICAS

Técnica que permite analisar a ocorrência de um evento indesejado, partindo-se do fato


catastrófico e questionando-se, retroativamente, os eventos que levariam ao mesmo. O processo
evolui de forma muito detalhada até as causas básicas das diferentes ramificações geradas.

APLICAÇÕES

Eventos altamente indesejados em sistemas complexos incluindo interações operacionais.


Aplicações em confiabilidade de sistemas em geral. Obtenção da probabilidade de eventos de
risco, como parte de estudos de risco social e individual em um entorno industrial, para fins de
proteção ambiental

OBSERVAÇÃO

Aplicabilidade limitada, pois sua profundidade e detalhamento demandam maiores esforços e uso
de software especializado. Grandes benefícios podem ser obtidos mesmo na fase qualitativa.
Estudos completos permitem gerenciar a alocação de verbas de controle, onde sua eficiência seja
máxima na redução dos riscos (estudos de custo-benefício).

CAPÍTULO 12 – TÉCNICAS DE INCIDENTES CRÍTICOS

CARACTERÍSTICAS

Técnica que desenha uma sistemática organizacional para o relato, pelo próprio trabalhador, dos
incidentes que ocorrem em uma empresa, para sua posterior análise e gestão dos perigos por eles

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representados. Os relatos são voluntários, resguardando-se o anonimato e sem qualquer tipo de


represália. Devem-se divulgar os avanços e dar retorno adequado às informações recolhidas,
permitindo uma retroalimentação positiva do processo.

APLICAÇÕES

Todo tipo de empresa, em qualquer fase do seu ciclo de vida, para o reconhecimento constante de
perigo e seu controle.

OBSERVAÇÃO

Os incidentes ocorrem em quantidade muito superior aos acidentes, e representa os mesmo


perigos, sem redundar em danos, daí seu enorme potencial preventivo. A técnica deve ser bem
implantada, para que se consiga sua perenização como um valor de prevenção.

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