Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Deformação elástica
O presente experimento relata como ocorre a deformação elástica de um objeto, que ocorre
quando, após ser submetido a uma força de tração ou compressão, volta a seu estado inicial
quando a força é cessada. Isso ocorre até um certo ponto, quando o limite é ultrapassado, o
objeto é deformado permanente, essa relação é chamada de limite elástico.
O experimento tem objetivo de medir os alongamentos produzidos em uma mola em posição
vertical, quando aplicadas diferentes forças na mesma.
Objetivo
Material utilizado
- Duas molas;
- Objetos de massa (mi ± mi);
- Suporte; e
- Régua milimetrada.
Procedimento
O primeiro passo será suspender a mola e pendurar um objeto de apoio em sua extremidade
livre, o qual terá o alongamento causado desprezado, sendo considerado o "novo zero".
Depois, seria adicionado um peso de 40,0 g e incerteza de 0,1 por vez, por sete vezes, e
medido o alongamento diante de cada força. Os resultados foram os seguintes:
Mola simples
0 0,00
1 1,90
2 3,65
3 5,30
4 7,25
5 9,25
6 11,20
7 12,90
O próximo passo seria adicionar mais uma mola, pendurando a mesma na extremidade livre
da primeira mola, associando as duas em série, e depois repetindo o processo. Pendurar um
objeto de apoio, desprezar o alongamento iniciado, adicionar periodicamente pesos de 40,0 g,
medindo seus respectivos alongamentos. Os resultados obtidos foram:
Molas em série
0 0,00
1 4,10
2 8,40
3 12,05
4 15,75
5 20,50
6 25,55
7 28,15
Para realizar as últimas medições, as molas foram associadas em paralelo (uma do lado da
outra) e repete-se, pela última vez, o processo. Os resultados obtidos foram:
Molas em paralelo
1 1,30
2 2,20
3 2,95
4 4,10
5 5,10
6 5,70
7 7,00
Para realizar a plotagem do gráfico, foi necessário realizar o cálculo da força exercida na
mola em cada situação. Para isso, utilizamos a fórmula F = mg, já que a força que está sendo
exercida sobre a mola é a força peso, obtendo os seguintes resultados:
Mola simples
0,0 0,00
0,3912 1,90
0,7824 3,65
1,1736 5,30
1,5648 7,25
1,956 9,25
2,3472 11,20
2,7384 12,90
Molas em série
0,0 0,00
0,3912 4,10
0,7824 8,40
1,1736 12,05
1,5648 15,75
1,956 20,50
2,3472 25,55
2,7384 28,15
Molas em paralelo
0,0 0,00
0,3912 1,30
0,7824 2,20
1,1736 2,95
1,5648 4,10
1,956 5,10
2,3472 5,70
2,7384 7,00
Após a coleta dos dados e a realização dos cálculos necessários, foram montados gráficos
demonstrando a relação Força x Alongamento para os três casos.
- Para fazer a plotagem do gráfico, os valores do alongamento foram transformados
para metro.
Após a plotagem de todos os gráficos, percebe-se que há uma relação linear entre F e x, onde:
F = A*x + B
- Os valores de A e B são coeficientes específicos para cada reta.
Comparando a função encontrada graças aos gráficos e a equação utilizada para calcular a
constante elástica da mola (F = kx), percebe-se:
- O valor de A é igual ao valor de k, já que ambos estão multiplicando o termo x. Vale
ressaltar, também, que essa relação é válida para todos os casos apresentados (mola
simples, molas em série e molas em paralelo).
Ao final de todas as medições, ainda foi necessária a realização de mais um cálculo: O valor
das constantes elásticas das duas molas.
● Em uma associação de molas, cada uma com sua respectiva constante elástica, é
possível realizar a substituição, teoricamente, dessas duas molas por uma.
Quando a associação é feita em paralelo, basta somar a constante elástica das molas
do sistema para chegar à constante da mola equivalente. Já no caso da associação em
série, basta somar o inverso das constantes elásticas das molas iniciais para chegar à
constante elástica da mola equivalente.
No caso desse experimento, a associação foi feita com duas molas, as quais
apresentam constantes elásticas k1 e k2.
Resultados
Como resultado final, nós conseguimos chegar a três valores diferentes de constantes
elásticas, cada um associado a um “sistema de molas” diferente:
- Um sistema em que há apenas uma mola, cuja constante k é (21,11 +- 0,2)N/m;
- Um sistema em que duas molas foram colocadas em série, cuja constante ks é (9,52
+- 0,2)N/m;
- E, por fim, um sistema em que duas molas foram colocadas em paralelo, cuja
constante kp é (40,47 +- 1)N/m.
Tais valores encontrados condizem com a realidade pois, na associação de molas em paralelo,
é perceptível que a constante elástica da mola equivalente resulta em um valor muito mais
alto do que a constante do sistema com as molas associadas em série. Isso se dá porque, ao
serem associadas em paralelo, a rigidez da mola equivalente é bem maior, necessitando uma
força bem maior para realizar alguma deformação na mola. Por essa razão, a associação em
paralelo acaba por deixar o sistema “mais duro”.
Por sua vez, na associação em série, ocorre exatamente o oposto. A rigidez da mola
equivalente passa a ser bem menor, necessitando de menos força para realizar alguma
deformação na mola. Por isso, o sistema acaba ficando “mais macio”.
Por fim, os resultados obtidos também permitiram o cálculo de quanto valia a constante de
cada mola, onde: k1 = (21,11 +- 0,2)N/m e k2 = (19,36 +- 0,5)N/m
Conclusão
Em suma, podemos dizer que os objetivos do trabalho foram concluídos com êxito, já que foi
possível calcular o valor das constantes elásticas de diferentes sistemas de molas. E, mesmo
com certas incertezas na hora de realizar as medições, os valores encontrados condizem com
a realidade.
Um ponto importante a ser discutido é o significado de N/m, a unidade de medida que
acompanha a constante elástica. 1 N/m significa, basicamente, que é necessário que a mola
sofra uma força de, no mínimo 1 N para que seu comprimento mude em 1m quando for
comprimida ou esticada.