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Constante Elástica De Molas

Ana Cristina Gonçalves Camargos e Nathália Camylle Nunes de Jesus


10/10/2022

Introdução

Deformação elástica
O presente experimento relata como ocorre a deformação elástica de um objeto, que ocorre
quando, após ser submetido a uma força de tração ou compressão, volta a seu estado inicial
quando a força é cessada. Isso ocorre até um certo ponto, quando o limite é ultrapassado, o
objeto é deformado permanente, essa relação é chamada de limite elástico.
O experimento tem objetivo de medir os alongamentos produzidos em uma mola em posição
vertical, quando aplicadas diferentes forças na mesma.

Objetivo

- Determinar a constante elástica de uma mola.


- Determinar a constante elástica de uma combinação de molas.

Material utilizado

- Duas molas;
- Objetos de massa (mi ± mi);
- Suporte; e
- Régua milimetrada.

Procedimento
O primeiro passo será suspender a mola e pendurar um objeto de apoio em sua extremidade
livre, o qual terá o alongamento causado desprezado, sendo considerado o "novo zero".
Depois, seria adicionado um peso de 40,0 g e incerteza de 0,1 por vez, por sete vezes, e
medido o alongamento diante de cada força. Os resultados foram os seguintes:

Mola simples

Número de objetos pendurados Alongamento


produzido (±0,05cm)

0 0,00

1 1,90

2 3,65
3 5,30

4 7,25

5 9,25

6 11,20

7 12,90

O próximo passo seria adicionar mais uma mola, pendurando a mesma na extremidade livre
da primeira mola, associando as duas em série, e depois repetindo o processo. Pendurar um
objeto de apoio, desprezar o alongamento iniciado, adicionar periodicamente pesos de 40,0 g,
medindo seus respectivos alongamentos. Os resultados obtidos foram:

Molas em série

Número de objetos Alongamento produzido


pendurados (±0,05cm)

0 0,00

1 4,10

2 8,40

3 12,05

4 15,75

5 20,50

6 25,55

7 28,15

Para realizar as últimas medições, as molas foram associadas em paralelo (uma do lado da
outra) e repete-se, pela última vez, o processo. Os resultados obtidos foram:

Molas em paralelo

Número de objetos Alongamento produzido


pendurados (±0,05cm)
0 0,00

1 1,30

2 2,20

3 2,95

4 4,10

5 5,10

6 5,70

7 7,00

Para realizar a plotagem do gráfico, foi necessário realizar o cálculo da força exercida na
mola em cada situação. Para isso, utilizamos a fórmula F = mg, já que a força que está sendo
exercida sobre a mola é a força peso, obtendo os seguintes resultados:

Mola simples

Peso exercido na mola (N) Alongamento


produzido (±0,05cm)

0,0 0,00

0,3912 1,90

0,7824 3,65

1,1736 5,30

1,5648 7,25

1,956 9,25

2,3472 11,20

2,7384 12,90

Molas em série

Força peso exercido na mola (N) Alongamento produzido


(±0,05cm)

0,0 0,00
0,3912 4,10

0,7824 8,40

1,1736 12,05

1,5648 15,75

1,956 20,50

2,3472 25,55

2,7384 28,15

Molas em paralelo

Força peso exercido na mola (N) Alongamento produzido


(±0,05cm)

0,0 0,00

0,3912 1,30

0,7824 2,20

1,1736 2,95

1,5648 4,10

1,956 5,10

2,3472 5,70

2,7384 7,00

Após a coleta dos dados e a realização dos cálculos necessários, foram montados gráficos
demonstrando a relação Força x Alongamento para os três casos.
- Para fazer a plotagem do gráfico, os valores do alongamento foram transformados
para metro.
Após a plotagem de todos os gráficos, percebe-se que há uma relação linear entre F e x, onde:
F = A*x + B
- Os valores de A e B são coeficientes específicos para cada reta.
Comparando a função encontrada graças aos gráficos e a equação utilizada para calcular a
constante elástica da mola (F = kx), percebe-se:
- O valor de A é igual ao valor de k, já que ambos estão multiplicando o termo x. Vale
ressaltar, também, que essa relação é válida para todos os casos apresentados (mola
simples, molas em série e molas em paralelo).

Dessa forma, é possível encontrar o valor da constante k da deformação da mola em cada


caso:
- No caso da mola simples, onde há apenas uma mola, a constante k será (21,11 +-
0,2)N/m;
- No caso da associação de duas molas em série, a constante ks será (9,52 +- 0,2)N/m;
- No caso da associação de duas molas em paralelo, a constante kp será (40,47 +-
1)N/m.

Ao final de todas as medições, ainda foi necessária a realização de mais um cálculo: O valor
das constantes elásticas das duas molas.
● Em uma associação de molas, cada uma com sua respectiva constante elástica, é
possível realizar a substituição, teoricamente, dessas duas molas por uma.
Quando a associação é feita em paralelo, basta somar a constante elástica das molas
do sistema para chegar à constante da mola equivalente. Já no caso da associação em
série, basta somar o inverso das constantes elásticas das molas iniciais para chegar à
constante elástica da mola equivalente.
No caso desse experimento, a associação foi feita com duas molas, as quais
apresentam constantes elásticas k1 e k2.

● Calculando o valor da constante de cada mola e suas respectivas incertezas:


- De acordo com a primeira medição realizada, a constante elástica da mola 1 é
(21,11 +- 0,2)N/m;
- Seguindo a lógica da associação das molas em paralelo, basta fazer kp - k1 =
k2, ou seja: 40,47 - 21,11 = k2 = 19,36.
- Para calcular a incerteza de k2, utilizamos a fórmula dos polinômios: Δk2 =
k2 √(ΔA/A)², onde A = kp = 40,47 e ΔA = 1.
- Como resultado, obtivemos: k1 = (21,11 +- 0,2)N/m e k2 = (19,36 +-
0,5)N/m.

Resultados

Como resultado final, nós conseguimos chegar a três valores diferentes de constantes
elásticas, cada um associado a um “sistema de molas” diferente:
- Um sistema em que há apenas uma mola, cuja constante k é (21,11 +- 0,2)N/m;
- Um sistema em que duas molas foram colocadas em série, cuja constante ks é (9,52
+- 0,2)N/m;
- E, por fim, um sistema em que duas molas foram colocadas em paralelo, cuja
constante kp é (40,47 +- 1)N/m.

Tais valores encontrados condizem com a realidade pois, na associação de molas em paralelo,
é perceptível que a constante elástica da mola equivalente resulta em um valor muito mais
alto do que a constante do sistema com as molas associadas em série. Isso se dá porque, ao
serem associadas em paralelo, a rigidez da mola equivalente é bem maior, necessitando uma
força bem maior para realizar alguma deformação na mola. Por essa razão, a associação em
paralelo acaba por deixar o sistema “mais duro”.
Por sua vez, na associação em série, ocorre exatamente o oposto. A rigidez da mola
equivalente passa a ser bem menor, necessitando de menos força para realizar alguma
deformação na mola. Por isso, o sistema acaba ficando “mais macio”.
Por fim, os resultados obtidos também permitiram o cálculo de quanto valia a constante de
cada mola, onde: k1 = (21,11 +- 0,2)N/m e k2 = (19,36 +- 0,5)N/m

Ao final de tudo, pode-se dizer que os resultados foram bem satisfatórios.

Conclusão

Em suma, podemos dizer que os objetivos do trabalho foram concluídos com êxito, já que foi
possível calcular o valor das constantes elásticas de diferentes sistemas de molas. E, mesmo
com certas incertezas na hora de realizar as medições, os valores encontrados condizem com
a realidade.
Um ponto importante a ser discutido é o significado de N/m, a unidade de medida que
acompanha a constante elástica. 1 N/m significa, basicamente, que é necessário que a mola
sofra uma força de, no mínimo 1 N para que seu comprimento mude em 1m quando for
comprimida ou esticada.

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