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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO CARVALHO


DFCI – DEPARTAMENDO DE FÍSICA

Discentes: Aslaine dos Santos


Simone Carvalho de Jesus
Emanoel de Santana Menezes
Wellington Santos Rocha

Docente: Juliana Marcela Abraão de Almeida Meneses

Data de realização do experimento: 29/04/2022

Disciplina: Laboratório de Física 1

MOVIMENTO PARABÓLICO

Itabaiana-SE, 13 de Abril de 2022.

1
1. Introdução

O movimento parabólico é caracterizado por dois movimentos simultâneos em direções


perpendiculares, mais especificamente um deles Movimento Retilíneo Uniforme e, outro o,
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Dadas essas circunstâncias o móvel se desloca
segundo uma parábola. Tais circunstâncias podem ser observadas num simples lançamento
oblíquo, onde, desprezando o atrito do ar e demais efeitos o objeto se desloca verticalmente
acelerado pela ação da gravidade local, e, horizontalmente se desloca seguindo velocidade
constante (figura 01). Além de que, está presente em várias situações do nosso cotidiano. [1]

Figura 01: Movimento Parabólico

Entretanto, o movimento parabólico é bidimensional, sendo caracterizado por dois


movimentos simultâneos e perpendiculares entre si (um na vertical e outro na horizontal).
De acordo com o Princípio da Independência, enunciado por Galileu, o corpo que tem
movimento bidimensional realiza seu movimento vertical independente do horizontal, ou seja,
são movimentos independentes entre si.[2]

A força peso atua na vertical de cima para baixo, desta maneira a aceleração que atua no
movimento é a aceleração da gravidade. O movimento da bola é um movimento bidimensional, sendo
realizado nas direções horizontal (x) e vertical (y).

Dadas essas circunstâncias, a bola se desloca segundo uma parábola. Tais


2
circunstâncias podem ser observadas num simples
lançamento oblíquo, onde, desprezando o atrito do ar e
demais efeitos o objeto se desloca verticalmente acelerado
pela ação da gravidade local, e, horizontalmente se desloca
seguindo velocidade constante. A força resultante será dada
pela soma vetorial de duas forças, a força peso e a força

normal: R = P + N. As equações que descrevem esses


movimentos, considerando que a

esfera é lançada no instante 𝑡𝑜 = 0 e velocidade 𝑣𝑜 , são:

2- Objetivos

O objetivo desta experiência é contribuir para a compreensão das equações que regem os
movimentos parabólicos por meio do lançamento horizontal de uma esfera, além de que determinar
a aceleração da gravidade, a partir dos dados experimentais obtidos.

3- Materiais e métodos

3.1- Materiais

 Dispositivo para lançamento horizontal de projéteis;


 Bola de aço;
 Dispositivo para receber a esfera;

 Bases de apoio;
 Haste de sustentação;
 Cronometro digital;
 Trena;
 Fios diversos;
 Sensore
3
3.2- Métodos
Foi posicionada a esfera no sistema de disparo do equipamento. Posicionou-se então
esta esfera no disparador sendo essa sua altura inicial ℎ0. A partir disso, soltou-se a esfera
realizou-se três medidas do tempo de queda da esfera entre o disparador e a bandeija (o
sensor determina a posição final da esfera). Sendo assim, a bandeija foi posicionado em 8
posições diferentes (h) e para cada uma dessas posições realizou-se 3 medidas de tempo.

Resultados e discussões

Tabela 1: medidas de tempo (𝑠) para suas alturas (𝑚).


ℎ Tempo (𝑠) Tempo (𝑠) Tempo (𝑠)
(𝑚) Medida 1 Medida 2 Medida 3
Altura 1 1 × 10−1 468 × 10−3 476 × 10−3 471 × 10−3
Altura 2 2 × 10−1 404 × 10−3 405 × 10−3 405 × 10−3
Altura 3 3 × 10−1 378 × 10−3 379 × 10−3 376 × 10−3
Altura 4 4 × 10−1 348 × 10−3 351 × 10−3 347 × 10−3
Altura 5 5 × 10−1 333 × 10−3 333 × 10−3 334 × 10−3
Altura 6 6 × 10−1 285 × 10−3 285 × 10−3 285 × 10−3
Altura 7 7 × 10−1 254 × 10−3 254 × 10−3 256 × 10−3
Altura 8 8 × 10−1 193 × 10−3 195 × 10−3 193 × 10−3

A partir das medições, foram feitos os cálculos das médias, 𝑡2, incertezas de 𝑡 e de 𝑡2

para cada altura. Dessa forma estão listadas abaixo, todas as equações utilizadas nos cálculos
que envolveram o experimento:

 MÉDIA

− ∑𝑛 𝑥𝑖
𝑖=1
𝑥= 𝑛

Geralmente, ao se realizar um experimento, várias medidas de um mesmo objeto em


questão são feitas para garantir um intervalo mais preciso da medição. Por conseguinte, a
média representa a melhor estimativa do valor real desejado.
 DESVIO PADRÃO DA MEDIDA

Faz-se necessário aplicar o conceito estatístico do desvio padrão da medida, para


quantificar o grau de dispersão das medidas em relação ao valor médio.

 INCERTEZA DO TIPO A

𝜎
𝜎𝐴 =
√𝑛
A incerteza do Tipo A utiliza conceito estatístico que se associa ao valor médio. É
estimado pelo desvio padrão da média e ainda, se torna mais exato, quanto maior for o
número de medidas envolvidas.

 INCERTEZA DO TIPO B

A incerteza do tipo B ou incerteza instrumental é determinada através da resolução


do equipamento utilizado para as medições. No caso de um equipamento digital, a incerteza
de tipo B equivale à menor medida possível do aparelho; para um equipamento analógico,
deve-se dividir o menor valor da escala por dois para obter a incerteza em questão.
 INCERTEZA COMBINADA

A incerteza Combinada representa o valor total das incertezas associadas às medidas,


ou seja, relaciona tanto a incerteza do Tipo A quanto a do Tipo B.

Altura 1

Média aritmética:

Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:

Incerteza do tipo C:

Altura 2

Média aritmética:
Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:

Incerteza do tipo C:

Altura 3

Média aritmética:

Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:
Incerteza do tipo C:

Altura 4

Média aritmética:

Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:

Incerteza do tipo C:

Altura 5

Média aritmética:
Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:

Incerteza do tipo C:

Altura 6

Média aritmética:

Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:
Incerteza do tipo C:

Altura 7

Média aritmética:

Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:

Incerteza do tipo C:

Altura 8

Média aritmética:
Desvio padrão:

Incerteza do tipo A:

Incerteza do tipo B:

Incerteza do tipo C:

A tabela 2 apresenta as médias e incertezas de tempo para as alturas.

Resultado de 𝑡2 Resultado de 𝑡

𝑡1 (221 × 10−3 ± 2,38 × 10−3) 𝑠2 (471,6× 10−3 ± 2,53 × 10−3) 𝑠

𝑡2 (163 × 10−3 ± 0,849× 10−3) 𝑠2 (404,6× 10−3 ± 1,05 × 10−3) 𝑠

𝑡3 (142 × 10−3 ± 0,996 × 10−3) 𝑠2 (377,6× 10−3 ± 1,32 × 10−3) 𝑠

𝑡4 (121 × 10−3 ± 1,08 × 10−3) 𝑠2 (348,6× 10−3 ± 1,56 × 10−3) 𝑠

𝑡5 (110 × 10−3 ± 0,639 × 10−3) 𝑠2 (333,3 × 10−3 ± 1,04 × 10−3) 𝑠

𝑡6 (81 × 10−3 ± 0,570 × 10−3) 𝑠2 (285× 10−3 ± 1 × 10−3) 𝑠

𝑡7 (64 × 10−3 ± 0,605 × 10−3) 𝑠2 (254 × 10−3 ± 1,19 × 10−3) 𝑠

𝑡8 (37 × 10−3 ± 0,41 × 10−3) 𝑠2 (193,6 × 10−3 ± 1,08 × 10−3) 𝑠

=2.t.
= 2.(471,6× 10−3) . (2,53× 10−3)

= 2,38× 10−3 𝑠2

___________________________________

= 2.(404,6× 10−3) . (1,05× 10−3)

= 8,49× 10−4 𝑠2

_____________________________________

= 2.(377,6× 10−3) . (1,32× 10−3)

= 9,96× 10−3 𝑠2

_____________________________________

= 2.(348,6× 10−3) . (1,56× 10−3)

= 1,08× 10−3 𝑠2

_____________________________________

= 2.(333,3× 10−3) . (1× 10−3)

= 6,93× 10−4 𝑠2

_____________________________________

= 2.(285× 10−3) . (1× 10−3)

= 5,7× 10−4 𝑠2

_____________________________________

= 2.(254,6× 10−3) . (1,19× 10−3)

= 6,05× 10−4 𝑠2

_____________________________________

= 2.(193,6× 10−3) . (1,08× 10−3)

= 4,18× 10−4 𝑠2

_____________________________________
Foi construído um gráfico de h, em que h representa a altura, versus 𝑡 2
(𝑠 2 ). O gráfico
encontra-se em papel milimetrado. Abaixo encontram-se os cálculos para a construção do gráfico.
As incertezas de 𝑡 2 encontram-se junto aos cálculos das incertezas para cada altura. Definições das
escalas:

Escala para o 𝑦 (𝑚)

Valor maior: 800 × 10−3 𝑚

Valor menor:100 × 10−3 𝑚

Diminuindo os valores, temos que 800 × 10−3 − 100 × 10−3 = 700 × 10−3 𝑚.
Dividindo o valor encontrado pelo valor da escala do papel milimetrado (20 × 20), temos
que:

700 × 10−3
= 3,5 × 10−3 𝑚
24
Arredondando: 35 × 10−3

Escala para o 𝑡2 (𝑠2).


Valor maior: 150 × 10−3 𝑠2
Valor menor: 16 × 10−3 𝑠2

Diminuindo os valores, temos que 150 × 10−3 − 16 × 10−3 = 134 × 10−3 𝑠2.
Dividindo o valor encontrado pelo valor da escala, temos que:
134 × 10−3
= 8,37 × 10−3 𝑠2
16
Arredondando: 10 × 10−3 𝑠2.

Retas AC e B

𝑥 𝑦
A 37,5 20
B 37,5 16
C 180 84
D 180 88

Reta AC

Reta BD
Incerteza de h(m): 5× 10−3 m

Q: ( ; ) →m + n
P: ( ; ) →m + n

Pontos Achados

Q: (142; 68)
P: (37,5; 18)

m = 0,476 m/s2

4- Conclusão

A partir dos calculos realizados e da cosntrução do gráfico, conseguimos obter o valor


da aceleração gravitacional, equivalente a 10,36m/s.
Sendo que o valor esperado seria 9,78m/s2. Então chegamos a conclusão que este
experimento nos proporcionou o melhor entendimento de um movimento em queda livre, no
qual encontramos valores razoaveis em relação ao que se esperava.

5- Referências
[1] Queda livre-Física. Efeito Joule. Disponível em:
<https://www.efeitojoule.com/2009/09/queda-livre-exercícios-queda-livre.html?m=1>.
Acesso em: 23 de junho de 2018.

[2] Movimento vertical. Só física. Disponível em:


<https:///sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Cinematica/mvert.php>. Acesso em: 23 de junho
de 2018.

[3] Apostila de Laboratório de Física A

[4] O movimento de queda livre. Brasil escola. Disponível em:


https://m.brasilescola.uol.com.br/fisica/o-movimento-queda-livre.htm>. Acesso em: 25 de
junho de 20

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