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Universidade Federal de Minas Gerais

Constante Elástica de Molas

Autores: Jonathan Bragança Madeira, Douglas dos Santos Ribeiro, Caíque Vaz Martins
Data: 08/10/2012

Objetivos

Analisar o comportamento da mola bem como aferição das medidas deslocamento


linear, ocasionadas pela aplicação de forças. Com enfoque determinar a constante elástica(K) da
mola, sendo ela de forma helicoidais, tomando sua massa desprezível em relação a um corpo de
prova

1 Introdução

Todo corpo sob a ação de uma força de tração ou de compressão, se deforma. Se ao


cessar a atuação dessa força o corpo recupera sua forma primitiva, se diz que a deformação é
elástica. Em geral, existe um limite para o valor da força a partir do qual acontece uma
deformação permanente no corpo (deformação plástica). Dentro do limite elástico, há uma
relação linear entre a força aplicada e a deformação, linearidade esta que expressa uma relação
geral conhecida como Lei de Hooke. O sistema clássico utilizado para ilustração dessa lei é o
sistema massa-mola que é apresentado a seguir em situações de equilíbrio estático.

A figura 1 mostra uma mola helicoidal, de massa desprezível, pendurada por uma de suas
extremidades (parte a); ao se colocar um objeto de massa m na outra extremidade aparece um
alongamento x na mola (parte b).

Fig. 1 Em (a) a mola não está alongada; em (b) a mola está alongada de x em relação à posição inicial
devido ao peso do um objeto de massa m. O peso do objeto é equilibrado pela força -kx que a mola
exerce nele.
A força F aplicada na mola é o peso do corpo e, dentro do limite elástico, teremos:

Onde F é o módulo de F e k uma constante que depende do material de que é feita a mola, de
sua espessura, de seu tamanho, etc. e é denominada constante elástica da mola.

Associando-se duas molas, a constante elástica do conjunto passa a ter outro valor que
depende da maneira em que foi feita a associação. A figura 2 mostra um objeto suspenso por
duas molas associadas em série na parte (a), e em paralelo na parte (b). Alongar as molas
associadas em série é “mais fácil” do que alongar as molas associadas em paralelo.

Fig.2 - A associação de duas molas pode ser feita com uma na extremidade da outra - em série - como
em (a) ou com uma ao lado da outra - em paralelo - como em (b).

Para o sistema de molas em paralelo temos:

Onde é a força resultante e as molas associadas em paralelo.

Pela (eq.1) temos:

Logo:

Onde é a constante elástica do sistema em paralelo.


Para o sistema em série temos:

Pela (eq.1) temos:

Como todas as forças são iguais temos:

2 Materiais Utilizados

Duas molas.
Objetos de massa.
Suporte para as molas.
Régua milimetrada.

3 Parte Experimental e Discussão


O experimento foi dividido em 3 fases, uma onde a primeira fase medimos o
deslocamento de uma mola ao acrescentar pesos de 0,5N de um em um, a segunda fase
medimos o deslocamento de duas molas em paralelo acrescentando pesos de 0,5N de
um em um e a terceira fase medimos o deslocamento de duas molas em série
acrescentando pesos de 0,5N de um a um, todas com o fim de encontrar a constante
elástica K de cada sistema: uma mola, molas em paralelo e molas em serie, ou seja, ,
e .
Para medir montamos a tabela 1, que compara o deslocamento em Metros com a
força dos pesos em Newtons:
Tabela 1: Força x Deslocamento

somente 1 mola
eixo X eixo Y
desl.(m) força(N)
0 0
0,034 0,489
0,063 0,978
0,091 1,467
0,119 1,956
0,148 2,445
0,176 2,934

Com esses dados obtivemos a o valor da constante , através


da fórmula:
Para medir montamos a tabela 2, que compara o deslocamento em Metros com a
força dos pesos em Newtons:
Tabela 2: Força x Deslocamento com molas em paralelo

paralelo
eixo X eixo Y
desl.(m) força(N)
0 0
0,012 0,489
0,025 0,978
0,038 1,467
0,051 1,956
0,063 2,445
0,077 2,934

Com esses dados obtivemos a o valor da constante , através


da fórmula:

Para medir montamos a tabela 3, que compara o deslocamento em Metros com a


força dos pesos em Newtons:
Tabela 3: Força x Deslocamento de molas em série

Série
eixo X eixo Y
desl.(m) força(N)
0 0
0,051 0,489
0,101 0,978
0,151 1,467
0,201 1,956
0,251 2,445
Com esses dados obtivemos a o valor da constante , através
da fórmula:

Gerando os seguintes gráficos:

Figura 1: Força x Deslocamento de uma mola

Figura 2: Força x Deslocamento de molas em paralelo

Figura 3: Força x Deslocamento de molas em série


4 Discussão dos Erros

Utilizando as formulas de propagação de erro:

onde

calculamos o erro na equação (eq.8) gerado pelo erro da regressão linear:

calculamos o erro na equação (eq.9) gerado pelo erro da regressão linear:

calculamos o erro na equação (eq.10) gerado pelo erro da regressão linear:

5. Conclusão
Vimos que a ao criar um sistema massa-mola tanto em paralelo quanto em série suas constantes
se tornam diferentes do que a constante da mola sozinha, o que pode ser comprovada pelas
equações (eq.2), (eq.3), (eq.5) e (eq.6).

6.Referencias Bibliográficas

Campos, Agostinho Aurélio Garcia


Física experimental na universidade / Agostinho Aurélio Garcia Campos, Elmo Salomão Alves,
Nivaldo Lucio Speziali. 2ª edição Belo Horizonte editora UFMG, 2008.

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