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COLISÕES INELÁSTICAS
CAMPO GRANDE - MS
10 DE ABRIL DE 2023
I – Introdução
A colisão inelástica é um fenômeno que ocorre quando dois corpos se chocam e
se deformam, resultando na perda total de energia do sistema. Neste tipo de colisão, a
energia mecânica não é conservada, uma vez que parte da energia é convertida em outras
formas de energias, como energia térmica e a energia dos corpos envolvidos.
II – Fundamentos Teóricos
No estudo de colisões, podemos separá-lo em três tópicos: as colisões elásticas,
colisões inelásticas e colisões perfeitamente inelásticas. As colisões elásticas são aquelas
em que há conservação de momento linear e conservação de energia cinética, enquanto
nas colisões inelásticas, há apenas conservação do momento linear. A diferença entre a
colisão inelástica e perfeitamente inelástica é apenas que na colisão perfeitamente
inelástica os corpos do sistema permanecem grudados após a colisão. Neste trabalho,
iremos nos preocupar apenas com a colisão inelástica, que pode ser calculada através da
equação de variação de energia (equação 1).
1 1
∆𝐾 = 𝑚(𝑣𝑓2 − 𝑣𝑖2 )
2
𝑣𝑓 2
𝑟=
𝑣𝑖
Substituindo 2 em 1, temos:
1 3
∆𝐾 = 𝑚𝑣𝑖2 (𝑟 2 − 1)
2
1 4
𝑚𝑣𝑖2 = 𝑚𝑔ℎ𝑖
2
1 5
𝑚𝑣 2 = 𝑚𝑔ℎ𝑓
2 𝑓
6
ℎ𝑓
𝑟= √
ℎ𝑖
∆𝐾 = 𝑚𝑔∆ℎ 7
IV – Resultados
Os dados obtidos do experimento foram calculados através das equações 6 e 7 e
podem serem vistos através da tabela 1.
Fração Percentual da
Coeficiente de Variação da Energia
Número de Colisões Altura (ℎ𝑛 ) (m) Energia Cinética
Restituição Cinética
Dissipada
1 2.0000 ± 0.0005 0.8602 ± 0.0049 240.5490 ± 0.3698 26.00% ± 5.48%
2 1.4800 ± 0.0172 0.8738 ± 0.0029 161.9080 ± 0.3329 23.65% ± 3.46%
Através do gráfico 1, podemos perceber que a equação que gera o gráfico possui
uma tendência linear positiva, ou seja: conforme o número de colisões aumenta, o
coeficiente de restituição tende a 1. Isso representa que a bolinha em algum momento terá
uma altura ℎ𝑥 , tal que lim ℎ𝑛 = 0 e que, portanto, as alturas ℎ𝑓 e ℎ𝑖 serão praticamente
ℎ𝑛→ℎ𝑥
iguais.
Gráfico 2: Gráfico da variação de energia cinética em função do número de colisões.
V – Conclusão
O experimento obteve resultados que estão de acordo com uma colisão inelástica
e demonstrou-se capaz de ser realizado para medir tal tipo de colisão. Os valores do
coeficiente de restituição e da variação da energia cinética se encaixam dentro da teoria,
de acordo com a seção de II (fundamentos teóricos). Vale ressaltar que o experimento
pode obter valores poucos precisos, pois o chão no qual ocorre as colisões não é ideal e
precisa ser mais plano, de acordo com o eixo de queda da bolinha.
V - Referências
Universidade de São Paulo. Propagação de Incertezas. São Paulo: USP, e-Disciplinas,
2013. Disponível em: Propagação de Incertezas (usp.br)
Universidade de São Paulo. Orientação para Cálculo de Incertezas. São Paulo: USP,
DFEP, 2015. Disponível em: Orientação para Cálculo de Incertezas
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Prática 5. Mato Grosso do Sul: UFMS,
Laboratório de Física F I, 2023. Disponível em: Prática 5 - Colisões Inelásticas