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Colisão Inelástica
1) Introdução
Colisão é um evento no qual dois ou mais corpos exercem forças um sobre o outro por um
intervalo de tempo(∆𝑡) relativamente curto. Pode ser definida como uma interação entre
corpo que causa, de forma simultânea, a mudança de movimento dos mesmos, devido às
forças internas agindo entre eles durante o impacto. Nas colisões há conservação do
momento linear (P), ou seja, sua variação é nula (∆𝑃 = 0). O que irá diferenciar os tipos de
colisões (elástica, perfeitamente inelástica, parcialmente inelástica), é se haverá
conservação da energia mecânica do sistema.
Podemos analisar o movimento de um corpo, tal como uma bola de borracha, que ao ser
solto de uma altura inicial chegará ℎ𝑖, ao solo com velocidade 𝑣𝑖. No instante de contato
entre a bola e o chão, ela comprime-se e parte de sua energia cinética é dissipada. Em
seguida, o objeto salta com velocidade vj e atinge uma altura hj.
No instante da colisão com o solo, ocorre perda de energia cinética do sistema. Essa
variação de energia é descrita pela equação:
1 2 2 1 2 2
∆𝐸 = 2
𝑚(𝑉𝑖 − 𝑉𝑗 ) = 2
𝑚𝑉1(1 − 𝑟 )
Em que:
r - coeficiente de restituição.
O coeficiente de restituição (𝑟) é uma grandeza adimensional, ou seja, não possui unidades
de medida, que caracteriza os diferentes tipos de colisão existentes entre os corpos.
Ele é determinado pela relação entre as velocidades dos corpos envolvidos imediatamente
antes e após colisão; e representada da seguinte maneira:
𝑣𝑗
𝑟= 𝑣𝑖
Quando a colisão é elástica, a variação da energia cinética é zero. Ou seja, ela se conserva
(∆𝐸= 0) e, consequentemente, o coeficiente de restituição é igual a um (𝑟 = 1). Em uma
colisão inelástica, parte da energia cinética é dissipada, dessa forma, 𝑟 < 1.
Cada vez que o objeto colidir com o solo, ele irá perder parte de sua energia cinética e
atingirá alturas cada vez menores. É possível determinar o coeficiente de restituição por
meio da altura inicial (ℎ𝑖 ) com a altura que o corpo atinge após a colisão (ℎ𝑗).
1 2
2
𝑚𝑉𝑖 = 𝑚𝑔ℎ𝑗 .
𝑉𝑗 ℎ𝑗 2 ℎ𝑗
𝑟= 𝑉𝑖
= ℎ𝑖
ou 𝑟 = ℎ𝑖
Parte Experimental
2) Objetivo
Determinar o coeficiente de restituição na colisão de uma bola de borracha no chão.
3) Materiais Utilizados
Fita métrica fixada na parede da sala e bola de borracha com alto coeficiente de restituição.
4) Procedimentos
auxílio da fita métrica fixada na parede. Esse procedimento foi realizado cinco vezes, para
obter uma maior precisão dos dados obtidos. Em seguida, o valor médio de h1 foi
determinado, seu desvio padrão; e as incertezas das medições (∆ℎ𝑛).
A bola foi solta novamente, agora da altura de ℎ1. Após a colisão, registrou-se a altura
atingida pelo objeto, correspondendo ℎ2. O mesmo procedimento de repetição para maior
acurácia dos dados realizados, bem com a medida dos cálculos da incerteza.
Foram medidas, de forma análoga às anteriores, as alturas ℎ3, ℎ4, ℎ5, ℎ6, correspondendo às
Por meio dos dados contidos, foram realizados os cálculos das médias de cada uma das
alturas atingidas pela bola, com desvio padrão das medidas.
Com a finalidade de relacionar graficamente as alturas atingidas pela bola, após cada
colisão com a altura inicial ℎ°, foi realizado um procedimento de linearização da equação.
2𝑛
ℎ𝑛 = ℎ°𝑟
2𝑛
𝐼𝑛(ℎ𝑛) = 𝐼𝑛(ℎ°𝑟 )
2𝑛
𝐼𝑛(ℎ𝑛) = 𝐼𝑛(ℎ°) + 𝐼𝑛(𝑟 )
Na Tabela encontram-se os valores das médias de cada uma das alturas (ℎ0 a ℎ6) e seus
respectivos valores logarítmicos na base 𝑒 (𝑙𝑛).
𝑌 = 𝐴𝑥 + 𝐵
𝐴 = 𝐼𝑛(𝑟)
𝐴
𝑟 =𝑒
𝑋 = 2𝑛
𝐵 = 𝐼𝑛(ℎ°)
𝐵
ℎ° = 𝑒
Em que:
5) Resultados
ℎ° = 𝑒𝑏
0,67
ℎ° = 𝑒
ℎ° = 1, 95
2
δ𝐸 = (1 − 𝑟 )
δ𝐸
𝐸
= 0, 46
Por meio dos procedimentos analíticos realizados, o corpo utilizado no experimento possui
um coeficiente de restituição igual a 𝑟 = (0, 74 ± 0, 01). Observa-se que, devido a esse
valor, menos da metade da energia cinética da bola é perdida em cada colisão com o chão,
pois há perda de 46,0% em cada. Quanto maior o coeficiente de restituição do objeto (mais
próximo de 𝑟 = 1, 00), menor será a energia cinética dissipada após o choque do corpo
com o solo.
Pode-se observar também que o valor da altura de lançamento inicial da bola (ℎ°)
encontrado a partir do gráfico ℎ° = (1, 95 ± 0, 02) ficou bem próximo do valor medido
durante a aula ℎ° = (2, 00 ± 0, 02). Isto demonstra uma convergência dos valores