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Ilhéus - Bahia
2022
JULIA BISPO POVOAS GOMES LAU (202120111)
LISSA RAMINI SANTOS SOUZA (202120113)
RAFAEL DOS SANTOS RAMOS SOUZA (202120666)
Ilhéus - Bahia
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
1.1 teoria.........................................................................................................................4
1.2 Funcionamento e montagem do sensor HC-SR04....................................................7
1.3 Programação Usada.................................................................................................11
2 OBJETIVO ............................................................................................................... 18
3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 18
3.1 métodos ...................................................................................................................18
3.2 materiais ..................................................................................................................18
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 19
5CONCLUSÃO.............................................................................................................22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................23
Introdução
1.1 Teoria
O som viaja pelo ar pelo movimento ordenado das partículas que o compõem. O som
pode viajar através de qualquer meio que possa vibrar; as vibrações são chamadas de ondas
sonoras.
Ao vibrar, a fonte do som (ou seja, o objeto que produz o som) realiza a rarefação e a
compressão do ar próximo a ela, criando o som que ouvimos.
As vibrações do som audível variam de 20 hertz (ou 20 vibrações por segundo) a 20.000
hertz (ou vinte mil vibrações por segundo), uma faixa conhecida como espectro de áudio. Não
podemos ouvir sons abaixo (infrassom) e acima (ultrassom) dessa faixa.
Em altitudes mais baixas, o som é bastante audível, mas não em altitudes mais altas,
onde o ar é menos denso.
O ar é o principal meio de som, com uma velocidade de cerca de 340 metros por segundo
(à temperatura ambiente).
𝐹𝑎𝑡 = 𝜇. 𝑁 (1)
𝑃𝑥 = 𝑚. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛𝜃 (2)
𝑃𝑦 = 𝑚. 𝑔. 𝑐𝑜𝑠𝜃 (3)
Desta forma para que se calcule a força de atrito da superfície com o plano, é só utilizar
a segunda lei de newton:
𝐹 = 𝑚. 𝑎 (5)
Com a aceleração igual a zero, pois o bloco está em repouso devido a força de atrito e a
componente Px tem a mesma proporção, no entanto sentido contrários fazendo com que não
realize um movimento. Desse jeito ficará:
𝑠𝑒𝑛𝜃
𝜇 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 (9)
𝜇 = 𝑡𝑔𝜃 (10)
Simplificando a massa:
Fonte: FilipeFlotp.com
A figura 2 mostra como o transmissor do sensor envia o sinal ultrassônico, quando esse
sinal chega a algum objeto ele é refletido para o sensor e captado pelo receptor. Para que a
distância seja calculada a seguinte fórmula é utilizada:
𝑉.Δ𝑡
𝐷 = (14)
2
A explicação dada acima pode ser entendida de forma melhor observado a montagem
na figura abaixo:
Fonte: FilipeFlotp.com
Como se observa na figura acima, os pinos Trig e Echo estão conectados nas portas
digitais 4 e 5 respectivamente, esse fato deve ser indicado na programação da placa no Arduino
que será mostrada mais adiante.
A imagem abaixo será essencial para o entendimento da explicação que virá adiante:
Fonte: DiegoGarrido
Quando acontece a transmissão, o pino Echo, que inicialmente estava em LOW muda
para HIGH e a linguagem na qual o Arduino está programado começa a contar o tempo. Quando
esse sinal é recebido, a porta analógica Echo retorna para LOW. Sendo assim é possível obter
o tempo de o sinal ir e voltar até o Arduino pois será o intervalo que o Echo ficou em HIGH.
Fonte: DiegoGarrido
Supondo que a distância fez com que o tempo de receber o sinal foi de 180 𝜇𝑠 , então
esse pulso será enviado pelo Echo.
Os alto-falantes do Arduino precisam receber os pulsos indicados acima e depois
transmitir a onda ultrassônica. Eles fazem isso fazendo uma oscilação na frequência que se quer
enviar o som (nesse caso 40kHz), para isso, ele é separado em três principais peças: Cone,
bobina e um ímã como ilustra a figura abaixo:
Fonte: koimas.com.br
Quando a bobina é ligada ela se torna um eletroímã, ela pode atrair o imã ou repeli-lo.
Como a bobina está conectada ao cone ele irá se mover junto com ela. Quando a corrente que
passa pela bobina é modificada para que sua polaridade mude e seja repelida pelo imã, o cone
faz um movimento para fora. O oposto acontece quando a polaridade do eletroímã muda, o ímã
irá atrair e o cone irá fazer o movimento para dentro. Fazendo esse movimento na frequência
de 40kHz, o ar ao redor do cone do alto-falante irá ser perturbado na mesma frequência e essa
perturbação (onda) irá ser propagada até o objeto de estudo como mostra a imagem abaixo:
Para que todo o processo descrito acima aconteça a placa do Arduino deve estar
programada. A programação usada está exposta abaixo:
Como é possível ver na imagem acima, os pinos trig e Echo estão respectivamente nas
entradas analógicas 4 e 5 e estão de acordo com a montagem do dispositivo mostrado
anteriormente. Outro aspecto importante é que esse código pode não compilar em todos
computadores pois a biblioteca <Ultrassonic.h> disponibilizada pelo site oficial do Arduino não
possui a função timing() como pública, por isso um dos participantes do experimento precisou
acessar o código fonte dessa biblioteca e tirar essa função da configuração “privada” como
mostra a imagem abaixo:
Dessa forma os dados podem ser anotados e o valor da aceleração da gravidade para
quando um corpo desce um plano inclinado pode ser calculado. No entanto, os criadores do
experimento desenvolveram uma forma mais prática de obter o valor da aceleração da
gravidade de uma maneira mais inovadora. Foi criada uma aplicação na linguagem Python com
uma interface bastante simples de usar como mostra a figura abaixo:
Importante mencionar que não é preciso estar com a IDLE do Arduino aberta esse botão
for pressionado. Os dados irão ser lidos pelo dispositivo e irão para o Python pela porta “COM
5” como é possível ver na imagem acima.
Isso só é possível por meio da biblioteca “Serial” do Python que permite que um código
escrito em Python receba os dados do Arduino (que é programado em C, no entanto Python
também tem bases em C, dessa maneira foi possível fazer essa comunicação entre as
linguagens).
As bibliotecas usadas para criar essa aplicação estão expostas na imagem abaixo:
O botão “Calcular valores” calcula a aceleração da gravidade com os valores que foram
armazenados no Data Frame. Para fazer isso, o ângulo do plano inclinado deve ser colocado no
espaço indicado (se nenhum valor for colocado, a aplicação irá considerar o ângulo como “0°”),
o resultado está mostrado na figura abaixo:
Figura 16 – Momento que o ângulo foi colocado e o valor da aceleração da gravidade local foi obtida
Como é possível observar na imagem acima foi obtido um resultado muito bom para a
aceleração da gravidade. Em uma possível atualização será fácil adicionar o erro percentual
com o valor mais aceito da aceleração da gravidade.
1
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 Δ𝑡 + 2 𝑎Δ𝑡 2 (15)
𝑎 = 𝑔 cos(𝜃) (16)
Como a velocidade inicial é zero pois o objeto descendo a plano inclinado irá partir do
repouso e o atrito está sendo desprezado, então será possível obter a aceleração de descida do
objeto:
2(𝑥 − 𝑥0)
𝑎 = (17)
Δ𝑡 2
2(𝑥 − 𝑥 )
0
𝑎 = Δ𝑡 2.cos(𝜃) (18)
Uma coisa a se observar é que alguns dados do Arduino as vezes sofrem modificações,
ou seja, alguns valores de distância não são correspondentes com o real valor, isso acontece por
algum erro no cálculo ou na medição, esse erro pode ser levado em consideração e gerar valores
de aceleração da gravidade muito grandes ou pequenos. Para contornar esse problema é possível
refazer o experimento apertando novamente no botão “iniciar experimento”. Se o erro persistir,
é possível apertar no botão “Baixar planilha”, esse botão irá executar o código abaixo:
Uma planilha Excel será salva no diretório onde se encontra a aplicação. Dessa maneira
será possível remover os dados indesejados como mostra a figura abaixo:
Na parte central inferior da imagem acima é possível ver que a mensagem de que a
planilha foi baixada com sucesso. No lado esquerdo mostra a planilha salva com a extensão do
Excel, ao apertar nela é possível visualizar todos os dados obtidos no experimento e modifica-
los.
Se os valores que foram obtidos no experimento não sofreram com alguns erros de
leitura do Arduino, então é possível plotar um gráfico que relaciona a distância do objeto a cada
intervalo de tempo.
2 Objetivo
3 Materiais e métodos
3.1 Materiais
• Bloco de madeira
• Rampa com marcação do seu ângulo de inclinação como mostra a imagem abaixo
• Óleo de peroba
• Pano de lã
• Dispositivo Arduino com sensor HC-SR04
• Notebook com aplicação criada instalada
• Cabo de comunicação entre Arduino e notebook
3.2 Método
O Arduino com sensor HC-SR04, após de ter sido montado da maneira que mostra a
figura 4, foi colocado no topo da rampa como mostra a imagem abaixo:
4 Resultados e discussão
Quando o sensor foi colocado no topo da rampa, o bloco começou a deslizar e o botão “iniciar
experimento” foi pressionado. Quando ele chegou no final da rampa que possuía uma inclinação
de 27° de inclinação em relação a horizontal, o experimento foi parado e os resultados obtidos
estão expostos abaixo:
Tabela 2 – Dados coletados do primeiro experimento com o ângulo da rampa a 27° de inclinação em relação a
horizontal
Realmente, os resultados obtidos anteriormente foram muito bons, para que se tenha
certeza que alguma coincidência que fez o resultado final ser tão preciso não tenha acontecido,
outros experimentos com ângulos de inclinação diferente foram realizados. A rampa foi
inclinada em 23° em relação a horizontal e os resultados obtidos estão expostos abaixo:
Tabela 3 – Dados coletados do primeiro experimento com o ângulo da rampa a 23° de inclinação em relação a
horizontal
Outro aspecto bastante notório é que o terceiro valor de distância com certeza é um
outlier, ou seja, aconteceu algum erro na recepção do ultrassom que fez com que ele
interpretasse uma distância de 64,20 cm entre o bloco e o sensor, algo irrealista pois a rampa
não possuía todo esse tamanho. No entanto, esse erro não vai influenciar tanto no cálculo da
aceleração da gravidade pois os valores extremos (primeiro e último) são os mais importantes
para a fórmula.
𝑚
Quando o botão “calcular valores” foi pressionado, obteve-se um valor de g = 9,35𝑠2 ,
mostrando que o erro do sensor na leitura do valor de distância não influenciou no resultado
final da aceleração da gravidade local.
Após esse experimento, o ângulo da rampa foi diminuído para 17° em relação à
horizontal para que pudesse investigar a aceleração da gravidade nessa circunstância, os valores
obtidos estão expostos na tabela abaixo:
Tabela 4 – Dados coletados do primeiro experimento com o ângulo da rampa a 17° de inclinação em relação a
horizontal
Depois desses resultados, o foco da investigação mudou, pois, a rampa foi colocada em
ângulos maiores em relação com a horizontal. Sendo assim, ela foi colocada para 34° em relação
à horizontal, os valores obtidos estão expostos na tabela abaixo:
Tabela 5 – Dados coletados do primeiro experimento com o ângulo da rampa a 34° de inclinação em relação a
horizontal
anteriores, isso é evidenciado aplicando a fórmula 19 para o valor de g obtido 10,4% de erro
relativo, esse valor pode ser oriundo de algum erro durante o experimento pois o bloco já estava
no chão 0,766 segundos após ser solto, os participantes do experimento tiveram menos tempo
para concertar possíveis erros.
5 Conclusão
Com todos os dados obtidos é possível concluir que o experimento foi um sucesso pois
os resultados de aceleração da gravidade foram obtidos e com exceção do último valor, o erro
relativo está baixo.
Em questão dos custos para realizar o experimento, não será muito caro pois é possível
fazer com objetos simples, no entanto o professor deverá ter a sua disposição um computador
e um dispositivo Arduino com sensor HC-SR04. Em uma futura atualização da aplicação criada
ela poderá ser adaptada para dispositivos mobile (utilizando as linguagens de programação Java
e Kotlin é possível fazer tal adaptação), sendo assim será ainda mais fácil para que os alunos
realizem o experimento.
Referências bibliográficas
MORETTIN, P. A.; BUSSAB W. O. Estatística básica. São Paulo: Saraiva., 2010. 36p
NUSSENZVEIG, H.M. Curso de física básica. São Paulo: Blucher, 2013. 121p
JEWETT JR., J. W. e SERWAY, R. A., Física para Cientistas e Engenheiros, 8 Ed. São
Paulo,Ed. Cengage Learning, 2011.
GÉRON, Aurélien. Mãos à Obra Aprendizado de Máquina com Scikit-Learn & TensorFlow-
Rio de Janeiro: Alta Books, 2019.