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FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – ÁREA1

Disciplina: Mecânica Geral


Professor: Landson Soares

Centro de Gravidade e
Momento Estático de Área

Salvador
01/01/2015
Centro de Gravidade e Centro de Massa
• Inicialmente, vamos descrever o conceito de centro de gravidade
de um sistema constituído por um número finito de partículas,
localizadas sobre um eixo L, de peso e espessura insignificantes.
• Vamos supor que o eixo L esteja na posição horizontal e
imaginemos que ele possa girar livremente em torno de um ponto
P, como se nesse ponto fosse colocada uma articulação.
Centro de Gravidade e Centro de Massa
• Se colocarmos sobre L um objeto de peso w1 a uma distância d1,

à direita de P, o peso do objeto fará girar L no sentido horário.


• Colocando um objeto de peso w2, a uma distância d2 à esquerda

de P, o peso desse objeto fará L girar no sentido anti-horário.


Colocando simultaneamente os dois objetos sobre L o equilíbrio
ocorre quando.
Centro de Gravidade e Centro de Massa
• Vamos, agora, orientar L e fazê-lo coincidir com o eixo dos x do

sistema de coordenadas cartesianas. Se duas partículas de peso w1

e w2 estão localizadas nos pontos x1 e x2, respectivamente


podemos reescrever a equação anterior como:
Centro de Gravidade e Centro de Massa
•Supondo que n partículas de pesos w1, w2, …, wn estejam

colocadas nos pontos x1, x2, …, xn, respectivamente, o sistema


estará em equilíbrio ao redor de P quando:

• Se a aceleração da gravidade for constante


Centro de Gravidade e Centro de Massa
• Denominamos de centro de gravidade o ponto de um
determinado eixo de referencia de coordenada x onde a soma dos
momentos de um sistema é nulo (P);
• Se a aceleração da gravidade for constante em todo o sistema
este ponto coincide com o centro de massa do corpo.
Centro de Gravidade e Centro de Massa
•A última equação mostra a localização do centro de massa de um
sistema na direção x. Analogamente poderíamos analisar as
demais coordenadas deste ponto a partir das seguintes equações:
Centróides de Superfícies Planas
• Se um sistema tridimensional é constituído por um
material de densidade constante e de volume gerado
pela translação de uma área composta por pequenas
regiões A1, A2, A3 e A4 em uma distancia L (corpo
prismático) a equação anterior poderá ser representada
da seguinte maneira.
Centróides de Superfícies Planas
• A última equação nos oferece as coordenadas “x e y“ do centro de massa
projetadas na face que gerou o corpo. Estas são as coordenadas do centróide
ou centro geométrico da referida face;
• Todo desenvolvimento feito até aqui foi baseado em somatória de partes
discretas. Porém quando analisamos um corpo ou uma área real eles são
compostos de infinitas partes e representam a integração destas partes. Desta
maneira, deveremos utilizar na equação anterior o processo de integração ao
invés de somatórios.
Centróides de Superfícies Planas
• Abaixo são apresentadas áreas elementares e as respectivas coordenadas do
centróide determinadas com base nas equações anteriores.

OBS: No nosso estudo a determinação de centróides de áreas será feita a partir


das equações que envolvem apenas somatórios (equações do penúltimo slide) e
o conhecimento dos centróides das áreas elementares.
Centróides de Superfícies Planas
Exemplo 1
Determine as coordenadas do centróide do perfil ilustrado abaixo.
Exemplo 2.1
Determine o centróide da superfície composta mostrada.
Exemplo 2.2
Determine o centróide da superfície composta mostrada.
Exemplo 3
Para a superfície plana mostrada abaixo, determine a localização
do centróide.
Exemplo 4
Localize o centróide da área sombreada.
Exemplo 5
Localize o centróide da área da placa mostrada abaixo.
Exemplo 6
A barragem de gravidade é feita de concreto. Determine a
localização ( ) do centro de gravidade G para a parede.
Cargas pontuais equivalentes a um sistema
de cargas distribuídas
 Dizemos que dois sistemas de forças são equivalentes quando
satisfazem simultaneamente dois quesitos:
• Mesma força resultante;
• Para qualquer pólo adotado eles devem produzir um momento
resultante equivalente;
No caso de um sistema submetido a um carregamento distribuído,
temos que este é equivalente a um sistema de carga pontual aplicada
no centróide da área do perfil do carregamento cuja intensidade é
numericamente igual referida área.
Cargas pontuais equivalentes a um sistema
de cargas distribuídas
Cargas pontuais equivalentes a um sistema
de cargas distribuídas
• A intensidade da força resultante é equivalente a soma de todas as
forças atuantes no sistema e em muitos casos deve ser calculada por
integração, uma vez que existem infinitas forças atuando sobre o
sistema;
• A força resultante é igual a área total sob o diagrama de carga.
Exemplo 7
Determine o módulo e a localização da força resultante sobre a
viga ilustrada.
Exemplo 8
Determine o módulo e a localização das forças concentradas sobre
a viga ilustrada
Exemplo 9
Determine o módulo e a localização das forças concentradas sobre
a viga ilustrada

50
Exemplo 10
Determine o módulo e a localização das forças concentradas sobre
a viga ilustrada
Exemplo
11
Determine a intensidade e a localização da força resultante
equivalente que atua no eixo mostrado na figura.
Momento de Inércia de Áreas

Na rotação de duas partículas de massas dm1 e dm2 ao redor de

um eixo fixo com a velocidade angular ω , com distancias r1 e r2


do eixo de rotação as partículas tem, respectivamente,
velocidades V1= ω .r1 e V2 = ω .r2 .
Momento de Inércia de Áreas
• Portanto o sistema formado pelas duas partículas terá a seguinte energia
cinética.

Generalizando a última equação para um sistema constituído por infinitas


partículas girando com o mesmo valor de ω em torno de um eixo de referência,
ou simplesmente, um corpo rígido girando em torno de um eixo de referência, a
energia cinética seria dada por integração de acordo a equação abaixo.

Chamamos este termo de


MOMENTO DE INÉRCIA
Momento de Inércia de Áreas

De acordo com a equação acima, ao oferecer uma mesma


quantidade de energia cinética a dois corpos, em relação a um
mesmo eixo de referencia, obterá o menor valor de ω o que tiver
maior valor de momento de inércia. Por este motivo, dizemos que
o momento de inércia representa a resistência à rotação de um
corpo em relação a um determinado eixo de referência.
Momento de Inércia de Áreas

Ao analisarmos corpos formados pela translação de uma determinada


área A (corpos prismáticos) e de densidade constante ρ notamos que:
Momento de Inércia de Áreas

• Assim, em corpos prismáticos, onde ρ e L são constantes, a variação


do momento de inércia se dará em função do termo acima destacado, ou
seja, em função da forma e distribuição geométrica da área que gerou o
corpo de translação.

• Chamamos este termo de MOMENTO DE INÉRCIA DE ÁREA.


• Obs.: O momento de inércia de área é medido no S.I. em m4, podendo
também ser medido em mm4, cm4, ft4, in4.
Momento de Inércia
Momento de Inércia de Áreas Elementares
Abaixo são mostrados o momento de inércia de algumas áreas elementares em relação
aos eixos x e y de referência passando pelo centróide.
Momento Polar de Inércia de Área
Podemos também formular o momento de uma área em relação ao pólo O ou
eixo z. Este é referenciado como momento polar de inércia de área dJ =
r2.dA . Neste caso r é a distancia perpendicular do pólo (eixo z) até o elemento
dA. Para toda a área, o momento polar de inércia é expresso por:
Teorema dos Eixos Paralelos para uma Área

Se o momento de inércia de uma área em relação a um


eixo que passa pelo centróide é conhecido, que é o que ocorre
com freqüência, o momento de inércia dessa área em relação a
um eixo paralelo é determinado através de TEOREMA DOS
EIXOS PARALELOS.
Teorema dos Eixos Paralelos para uma Área
• Para derivarmos esse teorema, consideraremos o cálculo do momento de inércia da
área sombreada mostrada na figura em relação ao eixo x. Neste caso, um elemento
infinitesimal dA é localizado a uma distância arbitrária y’ em relação ao eixo x’ que
passa pelo centróide, onde a distância fixa entre os eixo paralelos x e x’ é definido
por dy. Uma vez que o momento de inércia de dA em relação ao eixo x é dIx =
(y’+dy)2.dA, então, para toda a área
Teorema dos Eixos Paralelos para uma Área

• A primeira integral representa o momento de inércia em relação ao eixo que

passa pelo centróide, Ix . A segunda integral (momento estático ou momento de


primeira ordem) é nula, pois o eixo x’ passa pelo centróide da área, isto é:

• Lembrando que a terceira integral representa a área total, o resultado final fica
Exemplo 13
Determine o momento de inércia da figura abaixo:
Exemplo 14
Determine o momento de inércia de área da figura em relação ao
eixo x.
Exemplo 15
Determine o momento de inércia da figura abaixo:
Raio de Giração de uma Área
• O raio de giração de uma área plana (k) tem a unidade de
comprimento e é a quantidade freqüentemente utilizada pela
mecânica estrutural no projeto de colunas. Sendo as áreas e os
momentos de inércia conhecidos, os raios de giração são
determinados pelas fórmulas abaixo.

Cada raio de giração representa a distância ao eixo ou ponto correspondente na qual se


pode concentrar toda a área da superfície estudada de modo que se tenha o mesmo
momento de inércia.
Exemplo 16
Determine o raio de giração em relação a x da figura abaixo:

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