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DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Discente(s):
São Luís – MA
2023.2
Sumário
Objetivo ......................................................................................................................................... 3
Resumo.......................................................................................................................................... 3
Introdução Teórica ........................................................................................................................ 3
Ondas Mecânicas ...................................................................................................................... 3
Equação das Cordas Vibrantes .................................................................................................. 3
Ondas Estacionárias .................................................................................................................. 5
Procedimento Experimental .......................................................................................................... 7
Materiais.................................................................................................................................... 7
Metodologia da Prática Experimental ....................................................................................... 8
Resultados e Discussões .............................................................................................................. 10
Dados Obtidos ......................................................................................................................... 10
Tratamento de Dados .............................................................................................................. 10
Conclusão .................................................................................................................................... 12
Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 12
Objetivo
Resumo
Introdução Teórica
Ondas Mecânicas
As ondas são uma parte comum e essencial do ambiente humano. As ondas luminosas,
as ondas na água e outros tipos de ondas estão em toda parte, e podemos controla-las para conduzir
informações ou transpor energia de um local para outro [2]. Num sentido bastante amplo, uma
onda é qualquer sinal que se transmite de um ponto a outro de um meio, com velocidade definida.
Em geral, fala-se de onda quando a transmissão do sinal entre dois pontos distantes ocorre sem
que haja transporte direto de matéria de um desses ponto a outro [1].
Dentre os tipos de onda pode-se destacar as ondas mecânicas; como as ondas sonoras, as
aquáticas, assim como as ondas em um instrumento musical de cordas quando as tocamos. Estas
últimas, propagam-se através de um meio elástico, e podem ser originadas da perturbação inicial
em um ponto do meio material, que devido ás propriedades elásticas deste, a perturbação se
propaga através dele.
A nível microscópico, a propagação das ondas na corda se dá pelas forças entre os átomos.
Cada átomo exerce uma força sobre os átomos próximos e é através desta força que o movimento
do átomo é transmitido para os átomos vizinhos [2].
As ondas mecânicas numa corda tensa são um tipo de onda transversal, uma vez que a
direção de propagação é perpendicular a direção de movimento da onda. E é terminantemente
diferente das ondas numa mola comprimida (ou refratada), já que a direção de propagação é a
mesma da direção de movimento da onda; esse tipo de onda é chamado de onda longitudinal.
Para a direita:
𝑦 ≡ 𝑦(𝑥 − 𝑣 ∙ 𝑡) (2)
Para a esquerda:
𝑦 ≡ 𝑦(𝑥 + 𝑣 ∙ 𝑡) (3)
( , )
Força vertical sobre ∆𝑥 = 𝑇 ∙ ∙ ∆𝑥 (7)
Pela 2ª Lei de Newton, esta força é o produto da massa de ∆𝑥, dada pela (4), pela
aceleração desse elemento da corda, dada pela (6). Logo, a equação de movimento da corda é:
𝜕 𝑦(𝑥, 𝑡) 𝜕 𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜇 ∙ ∆𝑥 ∙ =𝑇∙ ∙ ∆𝑥 (8)
𝜕𝑡 𝜕𝑥
ou seja,
𝜕 𝑦(𝑥, 𝑡) 𝜕 𝑦(𝑥, 𝑡)
𝜇∙ =𝑇∙ (9)
𝜕𝑡 𝜕𝑥
o que equivale a equação de ondas unidimensional dada em (1), com
𝑇
𝑣= (10)
𝜇
Ondas Estacionárias
Ao considerar que mais de uma onda viaje numa corda, tem-se a superposição de ondas;
no qual há uma combinação linear das ondas para formar uma nova onda. Dentro deste modelo
de equações obtido da superposição de ondas numa corda, obtêm-se como um caso especial
resultante da interferência de duas ondas senoidais de mesma frequência 𝑓, propagando-se em
sentidos opostos, a onda estacionaria.
Uma onda estacionaria é uma onda em que a sua amplitude é nula em certos pontos
(chamados nós) independendo do tempo 𝑡 , somente da posição 𝑥 em que esse ponto da corda se
encontra. Dessa forma, há regiões na corda em que os pontos desta oscilam entre os extremos de
sua amplitude (pontos esses chamados de ventres), como pode ser visto na Figura 3.
Figura 3: Representação pictórica dos nós e ventres numa onda estacionária. n representa o número de ventres.
Como exemplo realista, pode-se considerar a interferência de ondas obtida por uma onda
propagando-se num sentido, com a reflexão da mesma viajando em sentido oposto após colidir
na extremidade fixa da corda. A exemplo, considere um estudante sacudindo uma extremidade da
corda, de forma que a outra extremidade da corda se encontre presa. Neste caso há a interferência
entre a onda criada pelo estudante com a onda refletida pela extremidade fixa da corda.
Obviamente sabe-se que a corda só irá apresentar um formato de ondas estacionarias se:
1) A frequência que o estudante move a mão sacudindo a corda for igual ou próxima de
uma das frequências admissíveis pela corda para a situação de ondas estacionarias;
2𝐿 𝑇 1
= ∙ (16)
𝑛 𝜇 𝑓
De forma que explicitando a densidade linear 𝜇 , tem-se:
𝑛 ∙𝑇
𝜇= (17)
4∙𝐿 ∙𝑓
Explicitando a tensão 𝑇 em função da frequência ao quadrado 𝑓 , tem-se:
4∙𝜇∙𝐿
𝑇= ∙𝑓 (18)
𝑛
Procedimento Experimental
Materiais
Uma vez montado experimento, tem-se como objetivo determinar a densidade linear do
fio.
Por meio do Gerador digital de sinal senoidal ligado ao Gerador de vibração é possível
pôr o fio a oscilar gerando ondas estacionarias com número de ventres 𝑛, que para este
experimento escolheu-se 𝑛 = 5. Variando a tensão do fio de 0,2 𝑁(Newton) á 1,4 𝑁, com
incrementos de 0,2 𝑁, realizou-se 7 medidas. Para cada uma delas variou-se a frequência no
Gerador digital de sinal senoidal, de forma a manter o número 𝑛 de ventres constante (𝑛 = 5), e
com o seu melhor formato. Os dados obtidos são apresentados no próximo tópico: numa tabela.
As imagens da pratica experimental podem ser vistas logo abaixo:
Resultados e Discussões
Dados Obtidos
Dada a tabela abaixo com as 7 medidas de tensão 𝑇 (em Newtons) e frequência 𝑓 (em
Hertz = 1/segundos).
1 0,2 42
2 0,4 58
3 0,6 69
4 0,8 81
5 1 92
6 1,2 101
7 1,4 109
Tabela 1: Dados obtidos no experimento.
Tratamento de Dados
A partir dos dados da Tabela 1 é possível criar uma reta de ajuste por meio da regressão
por mínimos quadrados, conforme a equação (18). Basta relacionar 𝑇 com 𝑓 .
Tal processo pode ser visto no seguinte gráfico (Figura 9) abaixo:
Figura 9: Gráfico de 𝑇 × 𝑓 .
Por meio deste experimento de cordas vibrantes e ondas estacionarias é possível verificar
que tratasse na verdade de um caso de Modos Normais de Vibração de uma corda sujeira á
Ressonância; como discutido na Introdução Teórica. É interessante que o fornecimento constante
de energia para o fio por meio de gerador de vibrações supre a perda energética do fio de forma
que este possa manter uma condição estacionaria em seu formato.
Dado que o comprimento da corda é fixo, somente frequências especificas geraram um
mesmo número fixo de ventres 𝑛. E como o gerador digital de sinal senoidal é o responsável por
definir a frequência 𝑓, é neste que reside o maior erro sistemático do experimento, visto que o
incremento em que ele pode variar a frequência é de 1 𝐻𝑧. Outros erros também compensaram
para se obter um resultado não tão preciso, como os erros associados a má conduta humana, mas
esses não são tão significativos quanto o já citado.
Dada as considerações acima; o experimento apresentou um resultado satisfatório,
obtendo uma correlação de 99,814 % entre os dados medidos e o modelo teórico utilizado para
o ajuste linear.
Essa prática experimental mostrou-se eficaz para o entendimento das nuances acerca das
propriedades ondulatórias, principalmente por ser possível interagir com uma das questões mais
fascinantes e instigadoras da física que é o fenômeno de interferência das ondas, principalmente
por se tratar de um modelo simplificado que pode ser usado para entender a interferência de ondas
eletromagnéticas.
Referências Bibliográficas
[1] NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica vol. 2: Fluidos, Oscilações e Ondas,
Calor. Edição 4ª. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, 2002.
[2] RESNICK, Robert; HALLYDAY, David; KRANE, S. Kenneth. Física 2. Edição 5ª. Rio de
Janeiro: LTC, 2003.
Museu das Comunicações. Onda Estacionaria. Disponível em: <
https://www.cmm.gov.mo/por/exhibition/secondfloor/moreinfo/2_11_0_StandingWave.html