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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE MECÂNICA

TRABALHO PRÁTICO DE AERODINÂMICA - 2

Edipo André Wladeo dos santos 2016096980

Gabriela Jessica Vital Gonçalves 2015058111

Rafael Miranda Hazaña Carvalho 2016097013

Belo Horizonte, 2019


Introdução
O propósito da prática consiste na medição e caracterização da distribuição de
pressão sobre um perfil aerodinâmico dado, bem como traçar as curvas características
desse perfil e calcular a posição do seu centro aerodinâmico. Além disso, visa
familiarizar o aluno com métodos de integração da distribuição de pressão ao longo da
corda do perfil, tais como a Regra dos Trapézios, a Regra dos Retângulos e por último
a Regra de Simpson.

Ao final os resultados obtidos através dos métodos acima mencionados, devem ser
comparados com o software 𝑋𝐹𝑂𝐼𝐿® no intuito de validar as medições e cálculos
realizados.

TEORIA

 Regra do Ponto Médio ou dos retângulos:

A superfície em vermelho representa o valor estimado da integral pelo método


do ponto médio ou dos retângulos.
Figura 1-Ilustração Regra dos Retângulos.

 Regra Trapezoidal:

A superfície em vermelho representa o valor estimado da integral pelo método dos


trapézios.
Figura 2-Ilustração Regra dos Trapézios.

 Regra de Simpson:

A superfície em vermelho representa o valor estimado da integral pelo método


Simpson.
Figura 3-Ilustração Regra de Simpson.

FORÇAS E MOMENTOS AERODINÂMICOS

As forças e momentos aerodinâmicos agindo sobre um corpo são devidos,


basicamente, a dois efeitos:

o Distribuição de pressão sobre a superfície corpo;


o Distribuição das tensões de cisalhamento sobre a superfície do corpo.

Ambos os efeitos possuem dimensão de força por unidade de área. Pela Fig. 4
observa-se que p atua de forma normal e 𝜏 atua tangencial à superfície do corpo. As
tensões de cisalhamento são causadas pela fricção entre a superfície do corpo e o ar.
A força resultante R e o momento M, conforme Fig. 5, são o efeito da integração das
distribuições de pressão e tensão sobre a superfície do corpo. Além disso, 𝑉∞ é
definida como a velocidade do escoamento livre, ou seja, do vento relativo e, assim:

o L = sustentação = componente de R perpendicular a 𝑉∞ ;


o D = arrasto = componente de R paralela à 𝑉∞ .
Figura 4- Efeitos aerodinâmicos sobre um perfil.

Figura 5-Resultante aerodinâmica e Momento sobre a superfície de um corpo.

Figura 6- Forças atuantes num perfil aerodinâmico.

É conveniente expressar a resultante R, Fig. 6, em componentes paralela e


perpendicular à corda c do perfil, assim:

o N = força normal = componente de R perpendicular a c;


o A = força axial = componente de R paralela a c.

O ângulo de ataque 𝛼 é definido como o ângulo entre c e 𝑉∞ . Assim,


expressando o arrasto e a sustentação em função de 𝛼, pelas Eqs. 1 e 2, temos:

𝑙 = 𝑁 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝛼 − 𝐴 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 (1)

𝑑 = 𝑁 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝐴 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝛼 (2)

Conforme a Fig. 7, a linha da corda é colocada horizontalmente e 𝑉∞ é inclinada com a


horizontal pelo ângulo de ataque. Um sistema de coordenadas xy é orientado em
relação à corda. A distância do bordo de ataque ao ponto arbitrário A é 𝑠𝑢 ;
similarmente, a distância ao ponto B é 𝑠𝑙 . A pressão e tensão de cisalhamento no
extradorso são denotadas por 𝑝𝑢 e 𝜏𝑢 , respectivamente e, no intradorso por 𝑝𝑙 e 𝜏𝑙 .
Num dado ponto, a pressão normal à superfície é orientada por um ângulo 𝜃 em
relação à vertical, sendo positivo no sentido horário e negativo no anti-horário.
Figura 7-Nomenclatura utilizada na integração de pressão e tensão de
cisalhamento.

Considere a Fig. 7 como um seção transversal de uma asa, como visto na Fig. 8.

Figura 8- Asa finita e seção transversal.

Considere um elemento superficial de área dS dessa asa, onde dS = (ds)(1) como


mostrado na Fig. 8. As forças por unidade de comprimento atuantes nesse elemento
de área são dadas pelas Eqs. 3 a 6:

𝑑 𝑁´𝑢 = −𝑝𝑢 ∗ 𝑑𝑠𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 𝜏𝑢 ∗ 𝑑𝑠𝑢 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 (3)

𝑑 𝐴´𝑢 = −𝑝𝑢 ∗ 𝑑𝑠𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝜏𝑢 ∗ 𝑑𝑠𝑢 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝜃 (4)

𝑑 𝑁´𝑙 = 𝑝𝑙 ∗ 𝑑𝑠𝑙 𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 𝜏𝑙 ∗ 𝑑𝑠𝑙 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 (5)

𝑑 𝐴´𝑙 = 𝑝𝑙 ∗ 𝑑𝑠𝑙 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝜏𝑙 ∗ 𝑑𝑠𝑙 ∗ 𝑐𝑜𝑠 𝜃 (6)

As forças totais normal e axial por unidade de comprimento são dadas pelas Eqs. 7 e
8:
𝑇𝐸 𝑇𝐸
𝑁´ = − ∫𝐿𝐸 (𝑝𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 𝜏𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ) 𝑑𝑠𝑢 + ∫𝐿𝐸 (𝑝𝑙 𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 𝜏𝑙 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ) 𝑑𝑠𝑙
(7)
𝑇𝐸 𝑇𝐸
𝐴´ = ∫𝐿𝐸 (− 𝑝𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 𝜏𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝜃 ) 𝑑𝑠𝑢 + ∫𝐿𝐸 (𝑝𝑙 𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 𝜏𝑙 𝑐𝑜𝑠 𝜃 ) 𝑑𝑠𝑙
(8)

Considerando-se o bordo de ataque como referência, o momento por unidade de


comprimento é dado pelas Eqs. 9 e 10:

𝑑 𝑀´𝑢 = (𝑝𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 𝜏𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜃 )𝑥𝑑𝑠𝑢 + (− 𝑝𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 𝜏𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝜃 )𝑦𝑑𝑠𝑢


(9)

𝑑 𝑀´𝑙 = (−𝑝𝑡 𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 𝜏𝑙 𝑠𝑒𝑛 𝜃 )𝑥𝑑𝑠𝑙 + ( 𝑝𝑙 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝜏𝑙 𝑐𝑜𝑠 𝜃 )𝑦𝑑𝑠𝑙


(10)

E o momento total, do bordo de ataque ao bordo de fuga, é dado pela Eq. 11:

𝑇𝐸
𝑀´𝐿𝐸 = ∫ [(𝑝𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝜃 + 𝜏𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜃 )𝑥 + (− 𝑝𝑢 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝜏𝑢 𝑐𝑜𝑠 𝜃 )𝑦]𝑑𝑠𝑢 +
𝐿𝐸
𝑇𝐸
+ ∫𝐿𝐸 [(−𝑝𝑙 𝑐𝑜𝑠 𝜃 + 𝜏𝑙 𝑠𝑒𝑛 𝜃 )𝑥 + ( 𝑝𝑙 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝜏𝑙 𝑐𝑜𝑠 𝜃 )𝑦]𝑑𝑠𝑢
(11)

Além disso, os coeficientes de força e momento, para a asa tridimensional, são


definidos na Tab. 1:

Tab. 1: Equações para os coeficientes aplicados à asa tridimensional.


Coeficiente Equação
𝐿
Coeficiente de Sustentação 𝐶𝐿 =
𝑞∞ ∗ 𝑆
𝐷
Coeficiente de Arrasto 𝐶𝐷 =
𝑞∞ ∗ 𝑆
𝑁
Coeficiente de Força Normal 𝐶𝑁 =
𝑞∞ ∗ 𝑆
𝐴
Coeficiente de Força Axial 𝐶𝐴 =
𝑞∞ ∗ 𝑆
𝑀
Coeficiente de Momento 𝐶𝑀 =
𝑞∞ ∗ 𝑆 ∗ 𝑙
𝑝 − 𝑝𝑥
Coeficiente de Pressão 𝐶𝑝 =
𝑞∞
𝜏
Coeficiente de Fricção 𝑐𝑓 =
𝑞∞
1
Pressão Dinâmica 𝑞∞ = 𝑝∞ 𝑉∞ ²
2
Os coeficientes de força e momento, para o perfil bidimensional, são definidos por:

Tab. 2: Equações para os coeficientes aplicados ao perfil bidimensional.


Coeficiente Equação
Coeficiente de
𝑐𝑙 = 𝑐𝑛 . 𝑐𝑜𝑠 𝛼 − 𝑐𝑎 . 𝑠𝑒𝑛 𝛼
Sustentação
Coeficiente de
𝑐𝑑 = 𝑐𝑛 . 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝑐𝑎 . 𝑐𝑜𝑠 𝛼
Arrasto
Coeficiente de 1 𝑐 𝑇𝐸
𝑐𝑛 = [∫ [(𝐶𝑝,𝑙 − 𝐶𝑝,𝑢 )𝑑𝑥 ] + ∫ [(𝑐𝑓,𝑢 + 𝑐𝑓,𝑙 )𝑑𝑦]]
Força Normal 𝑐 0 𝐿𝐸

Coeficiente de 1 𝑇𝐸 𝑐
𝑐𝑎 = [∫ [(𝐶𝑝,𝑢 − 𝐶𝑝,𝑙 )𝑑𝑦] + ∫ [(𝑐𝑓,𝑢 + 𝑐𝑓,𝑙 )𝑑𝑥 ]]
Força Axial 𝑐 𝐿𝐸 0
𝑐 𝑇𝐸
1
𝑐𝑚_𝑙𝑒 = [∫ [(𝐶𝑝,𝑢 − 𝐶𝑝,𝑙 )𝑥𝑑𝑥 ] − ∫ [(𝑐𝑓,𝑢 + 𝑐𝑓,𝑙 )𝑥𝑑𝑦]
Coeficiente de 𝑐² 0 𝐿𝐸
Momento 𝑇𝐸 𝑐
+ ∫ [(𝐶𝑝,𝑢 − 𝐶𝑝,𝑙 )𝑦𝑑𝑦] + ∫ [(𝑐𝑓,𝑢 + 𝑐𝑓,𝑙 )𝑦𝑑𝑥 ]]
𝐿𝐸 0

A distribuição de carregamentos em um perfil bidimensional produz um momento


sobre o bordo de ataque. Assim, N´ e A´ devem estar localizados num ponto a fim de
gerar o mesmo momento sobre o bordo de ataque. Se A´ está localizado sobre a
corda do perfil, como na Fig. 9, então N´ deve estar localizado a uma distância 𝑥𝑐𝑝 do
bordo de ataque, sendo dado pela Eq. 12:

𝑀𝐿𝐸 ´ = −𝑥𝑐𝑝 ∗ 𝑁´ (12)

Figura 9 -Definição de Centro de Pressão.

Na Fig. 9, 𝑥𝑐𝑝 é definido como a localização do centro de pressão, onde a resultante


da distribuição de carregamentos atua. Se o momento for calculado em relação ao
centro de pressão, ele deve ser zero. Para ângulos de ataque pequenos, 𝑠𝑒𝑛 𝛼 ≈
0 𝑒 𝑐𝑜𝑠 𝛼 ≈ 1, pode-se considerar então L´ ≈ N´. Assim:

𝑀𝐿𝐸 ´ = −𝑥𝑐𝑝 ∗ 𝐿´ (13)

Pela Fig. 10, quando L´ 𝑒 N´ diminuem, 𝑥𝑐𝑝 aumenta.


Figura 10-Efeito da variação de L´ e N´.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

MATERIAIS

Foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos para realização da prática:

 Estação meteorológica;
 Energia elétrica – 220V trifásico, 35A;
 Motor elétrico – 15 CV
 Inversor de frequência compatível com o motor;
 Tubo de Pitot;
 Três tomadas de pressão estática conectadas em paralelo, com uma
única derivação;
 Túnel de vento;
 Anemômetro;
 Trena;
 Central de recebimento e tratamento dos dados.
 Perfil Aerodinâmico NACA 4412;
 Scanner 3D;
 Scanivalves;
 Software de aquisição de dados de pressão.
SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES

Figura 11-Perfil Aerodinâmico utilizado durante a prática.

Medição Scanner
Medição_Superfície Tomadas
0.15
Espessura do Perfil

0.10

0.05

0.00
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00
-0.05
Corda do Perfil

A Fig. 11 apresenta a seção 2D do perfil aerodinâmico que foi utilizado durante o


experimento, sendo os pontos em destaque a localização das tomadas de pressão em
sua superfície.

A Tab. 3 traz os pontos necessários para o desenho bidimensional do perfil da Fig. 11.

Tab. 3 – Dados do perfil aerodinâmico.


Intradorso Extradorso
1 0 0 0
0 - 0 0
,986719 0,00113 ,001688 ,006063
0 - 0 0
,978781 0,00174 ,008406 ,017781
0 - 0 0
,968344 0,00224 ,028813 ,03575
0 - 0 0
,954438 0,00297 ,052438 ,048125
0 - 0 0
,942406 0,00334 ,077469 ,058125
0 - 0 0
,887625 0,00488 ,136719 ,074531
0 - 0 0
,762 0,00838 ,197281 ,085031
0 - 0 0
,619313 0,01509 ,258438 ,091594
0 - 0 0
,476563 0,02144 ,319844 ,094906
0 - 0 0
,221531 0,02803 ,381344 ,095656
0 - 0 0
,137344 0,02928 ,442844 ,093844
0 - 0 0
,101625 0,02928 ,504188 ,089531
0 - 0 0
,065906 0,02847 ,630906 ,074844
0 - 0 0
,030438 0,02494 ,756719 ,053719
0 - 0 0
,012781 0,01875 ,81925 ,041156
0 - 0 0
,005906 0,0135 ,881375 ,027
0 - 0 0
,001719 0,00647 ,943063 ,012375
0 0
0 0
,964781 ,007575
0 0
,977219 ,00475
0 0
,98375 ,003313
0 0
,989406 ,002156
1 0

Metodologia
O método de realização da prática seguiu os passos a seguir:
 Alinhou-se o modelo na seção de testes;
 Esperou até estabelecer um regime de operação no túnel de vento; e com o
tubo de Pitot-estático mediu-se as pressões não perturbadas do escoamento
para determinação posterior do número de Reynolds;
 Subiu o tubo de Pitot até 1 polegada da parede do túnel e configurou o ângulo
de ataque do modelo para -3 graus.
 Aguardou-se o tempo de 30 segundos e efetuou-se entre 5 e 10 aquisições das
tomadas de pressão;
 Alterou-se o ângulo de ataque do modelo para -2 graus. Aguardou-se,
novamente, 30 segundos e efetuou-se entre 5 e 10 aquisições das tomadas de
pressão;
 Mais uma vez, alterou-se o ângulo de ataque do modelo para -1 grau. Esperou-
se, igualmente, 30 segundos e efetuou-se entre 5 e 10 aquisições das tomadas
de pressão;
 Repetiu-se os passos anteriores para os ângulos de ataque do modelo para 0,
+1º até +3º graus.
 Procedimento XFoil:

Primeiramente, através dos dados coletados no túnel de vento, foi


desenvolvido uma rotina no programa EES (Engeneering Equation Solver) para
calcular, em função da temperatura e umidade medida no túnel, a massa
específica e viscosidade do ar úmido no dia. Além disso, a a rotina calculou a
velocidade do escoamento em cada instante de coleta de dados, a partir da
pressão média medida no tubo de Pitot. Com a velocidade, massa específica e
viscosidade calculadas, foi calculado um número de Reynolds para cada série de
medições feitas. Com os valores de Re em mãos, deu-se dos dados Re e Alfa no
programa XFoil e os coeficientes foram calculados.
 Rotina EES

rhoar = DENSITY(airh2o, T = 24.2, P=91260, R=0.64)


viscosidade = VISCOSITY(airh2o, T = 24.2, P=91260, R=0.64)

P1 = 375.700992
P2 = 370.512681
P3 = 366.490283875000
P4 = 364.294955833333
P5 = 362.100538888889
P6 = 358.378281
P7 = 357.5448515

v1 = ((2*P1)/rhoar)^(1/2);
v2 = ((2*P2)/rhoar)^(1/2);
v3 = ((2*P3)/rhoar)^(1/2);
v4 = ((2*P4)/rhoar)^(1/2);
v5 = ((2*P5)/rhoar)^(1/2);
v6 = ((2*P6)/rhoar)^(1/2);
v7 = ((2*P7)/rhoar)^(1/2);

Re1 = (rhoar*v1*0.32)/viscosidade
Re2 = (rhoar*v2*0.32)/viscosidade
Re3 = (rhoar*v3*0.32)/viscosidade
Re4 = (rhoar*v4*0.32)/viscosidade
Re5 = (rhoar*v5*0.32)/viscosidade
Re6 = (rhoar*v6*0.32)/viscosidade
Re7 = (rhoar*v7*0.32)/viscosidade

 Resultados Xfoil
Resultados Xfoil Tabelados

- - - 0 1 2 3
3° 2° 1° ° ° ° °
R 4 4 4 4 4 4 4
e 87212 83836 81203 79759 78312 75848 75294
C 0 0 0 0 0 0 0
l .1471 .2681 .3891 .51 .6307 .7512 .8715
C - - - - - - -
m 0.1067 0.1082 0.1097 0.1113 0.1129 0.1145 0.1162

Cl & Cm vs Alfa XFoil


1

0.8

0.6

0.4

0.2

0
-3° -2° -1° 0° 1° 2° 3°
-0.2

Cl Cm

Caracterização experimental da distribuição de pressão

Foi desenvolvido um programa em MATLAB para traçar as Curvas Características do


Perfil NAC4412. O programa tem como entradas:

 Matriz de coordenadas de tomadas de pressão: 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠,


 Matriz de coleta de dados: 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎𝑠,
 Vetor indicando ângulos de ataque: 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜_𝑑𝑒_𝑎𝑡𝑎𝑞𝑢𝑒.

Para correto funcionamento, a matriz deve ter t linhas e duas colunas, onde t é o
número de tomadas de pressão. As colunas correspondem às coordenadas X e Y,
respectivamente. As medidas devem estar em milímetros, com o bordo de ataque posicionado
na origem, e com bordo de fuga em x>0. Os pontos devem partir do bordo de fuga, passando
pelo intradorso e depois pelo extradorso.

A matriz de Coleta de dados deve estar no formato (t+1) colunas por arbitrárias linhas,
onde t é o número de tomadas de pressão. O programa separa automaticamente dados que
correspondem à mesma medição e faz a média dos mesmos. A última coluna de dados
corresponde à tomada na parede do túnel.

Funcionamento do Programa, funções:


Principal(tam_vetor)
Faz o chamado das demais funções, o usuário deve entrar como parâmetro o numero
de pontos desejado a ser utilizado na integração. Esta função retorna um gráfico mostrando Cl,
Cd e Cm em função de alpha.

filtrar_dados()
Manipula a matriz 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎𝑠, agrupando as leituras que correspondem à mesma configuração
de velocidade e ângulo de ataque, salva os resultados em uma matriz 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠.

ajustar_tomadas()
Cria vetores correspondes à geometria do perfil interpolada em intervalos regulares, tanto o
valor de y em função de x, como sua inclinação.

Interpolar_leituras()
Cria vetores quer armazenam a intensidade da pressão em função da posição no perfil,
interpolados em intervalos regulares.

calcular_resultantes()

Obtém as componentes em X e em Y da pressão ao longo do perfil, com auxílio de relações


trigonométricas. Faz a integração das pressões por método dos retângulos, obtendo as
componentes de Momento e Força Tangencial e Normal à linha de corda.

Dados Obtidos:

Comparação com XFOIL

Codigo fonte:

Conclusões:

Os dados experimentais de túnel de vento se mostraram bastantes satisfatórios na


determinação de curvas características do perfil NACA 4412, sendo possível determinar
inclusive o coeficiente de arrasto.

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