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O estudo do equilíbrio de partículas pode ser aplicado a análises nas quais o tamanho e a forma dos corpos
não são significativos, de modo que todas as forças podem ser consideradas aplicadas num único ponto.
Força actuando numa partícula: resultante de duas forças
Força:
• grandeza vectorial.
Escalar:
Único valor numérico, associado a uma unidade de medida, para caracterizar uma grandeza física.
Classificação de vectores:
• Vectores ligados: Estes vetores têm a sua origem num ponto. Para os caracterizar, além de ser
necessário saber o seu módulo, a sua direção e o seu sentido, é também preciso definir qual é
o ponto no qual o vector tem a sua origem.
• Vectores livres: Estes vetores não se encontram em nenhuma recta e não têm nenhum ponto
conhecido. Para os caracterizar, só é preciso saber o seu módulo, a sua direção e o seu sentido.
Adição de Vetores
Regra do paralelogramo para adição de vectores:
A força resultante é dada pela diagonal do paralelogramo definida pelas
duas forças.
Regra do triângulo:
C
A força resultante pode ser encontrada dispondo 𝑃Ԧ e 𝑄 de modo a juntar B
a extremidade do primeiro à origem do segundo, ligando depois a origem
C
de 𝑃Ԧ à extremidade de 𝑄 (ou vice-versa).
𝑅 = 𝑃Ԧ + 𝑄: 𝑅2 = 𝑃2 + 𝑄2 − 2𝑃𝑄 cos 𝐵 B
Subtração de vetores: 𝑅 = 𝑃Ԧ − 𝑄 = 𝑃Ԧ + −𝑄
Resultante de forças concorrentes
Forças concorrentes:
• podem ser substituídas por uma única força resultante, dada pela
soma das forças concorrentes.
• Resolução gráfica:
𝑅 = 98 N 𝛼 = 35º
Problema Tipo
As duas forças 𝑃Ԧ e 𝑄 actuam no parafuso A.
Determine a sua resultante.
• Resolução trigonométrica:
⇒ R = 97,73 N
𝐹Ԧ = 𝐹𝑥 𝑖Ԧ + 𝐹𝑦 𝑗Ԧ
𝐹𝑥 = 𝐹 cos 𝜃, 𝐹𝑦 = 𝐹 sen 𝜃.
Adição de forças por soma das componentes
A resultante de um sistema de três ou mais forças é determinada usualmente
através da soma das componentes cartesianas das forças:
𝑅 = 𝑃Ԧ + 𝑄 + 𝑆Ԧ ⇒ 𝑅𝑥 𝑖Ԧ + 𝑅𝑦 𝑗Ԧ = 𝑃𝑥 𝑖Ԧ + 𝑃𝑦 𝑗Ԧ + 𝑄𝑥 𝑖Ԧ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧ + 𝑆𝑥 𝑖Ԧ + 𝑆𝑦 𝑗Ԧ
= 𝑃𝑥 + 𝑄𝑥 + 𝑆𝑥 𝑖Ԧ + 𝑃𝑦 + 𝑄𝑦 + 𝑆𝑦 𝑗Ԧ
⇒ 𝑅𝑥 = 𝑃𝑥 + 𝑄𝑥 + 𝑆𝑥 = σ 𝐹𝑥
⇒ 𝑅𝑦 = 𝑃𝑦 + 𝑄𝑦 + 𝑆𝑦 = σ 𝐹𝑦
𝑅𝑦
𝑅= 𝑅𝑥2 + 𝑅𝑦2 𝜃 = tan−1
𝑅𝑥
Problema Tipo
Quatro forças actuam num parafuso como se indica na figura.
Determine a resultante das forças no parafuso.
Resolução
• algebricamente:
𝑅 = σ 𝐹Ԧ = 0 ⇒ σ 𝐹𝑥 = 0; σ 𝐹𝑦 = 0
𝐹4 = 400 N
⇒ σ 𝐹𝑥 = 300 N − 200 N sen 30° − 400 N sen 30° 𝐹1 = 300 N
= 300 N − 100 N − 200 N = 0
𝐹2 =
⇒ σ 𝐹𝑦 = −173,2 N − 200 N cos 30° + 400 N cos 30° 𝐹1 = 300 N 173,2 N
= −173,2 N − 173,2 N − 364,4 N = 0
𝐹3 = 200 N 𝐹2 = 173,2 N 𝐹4 = 400 N 𝐹3 = 200 N
Diagramas de Corpo Livre (DCL)
Diagrama espacial:
𝑇𝐴𝐵
𝑇𝐴𝐶
Problema Tipo
Numa operação de descarga de um navio, um automóvel de 15 000 N é
suportado por um cabo. Uma corda ligada ao cabo em A está a ser puxada
de modo a centrar o automóvel na posição pretendida. O ângulo entre o
cabo e a vertical é de 2°, enquanto o ângulo entre a corda e a horizontal é de
30°. Qual é a força de tracção na corda?
Resolução:
15 000 N
Problema Tipo
Como parte do dimensionamento de um novo veleiro. Deseja-se determinar a força de arrasto que se pode
esperar a uma dada velocidade. Para tal, coloca-se um modelo do casco proposto num canal de ensaios e
usam-se três cabos para manter a quilha na linha central do canal. 2.13 m 0.46 m
Para uma dada velocidade, as leituras dinamométricas indicam
forças de tracção de 180 N no cabo AB, e de 267 N no cabo AE.
Determine a força de arrasto exercida no casco e a força de
tracção no cabo AC.
𝑇𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 sin 20,66° 𝑖Ԧ + 𝑇𝐴𝐶 cos 20,66° 𝑗Ԧ = 0,3518 𝑇𝐴𝐶 𝑖Ԧ + 0,9357 𝑇𝐴𝐶 𝑗Ԧ
tendo-se
O versor 𝜆Ԧ da linha de acção de 𝐹Ԧ pode ser obtido dividindo o vector 𝑀𝑁 pela sua intensidade 𝑑:
𝑀𝑁 1 𝐹
𝜆Ԧ = = 𝑑𝑥 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘 ⇒ 𝐹Ԧ = 𝐹 𝜆Ԧ = 𝑑 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘
𝑀𝑁 𝑑 𝑑 𝑥
b) Sabendo que
𝜆Ԧ = cos 𝜃𝑥 𝑖Ԧ + cos 𝜃𝑦 𝑗Ԧ + cos 𝜃𝑧 𝑘 = −0,424Ԧ𝑖 + 0,848Ԧ𝑗 + 0,318𝑘
temos finalmente:
𝜃𝑥 = 115.1° 𝜃𝑦 = 32,0° 𝜃𝑧 = 71, 5∘
Mecânica Aplicada I
Neste capítulo iremos estudar o efeito que as várias forças aplicadas exercem num corpo rígido e como
substituir um sistema de forças por um outro sistema equivalente, mais simples.
• momento de um binário.
Qualquer sistema de forças aplicado num corpo rígido pode ser substituído por um sistema força-binário.
Forças externas e internas
As forças que actuam num corpo podem ser classificadas
em dois grupos:
As forças internas, tais como as forças de reacção das rodas nos eixos do camião, não são representadas.
Princípio da Transmissibilidade: Forças Equivalentes
Princípio da transmissibilidade: as condições de equilíbrio ou de
movimento de um corpo rígido permanecem inalteradas se as
forças são deslocadas ao longo das suas linhas de acção.
• 𝐹Ԧ e 𝐹′
Ԧ são forças equivalentes.
𝑉 = 𝑃 𝑄 sen 𝜃
𝑉 = 𝑃Ԧ × 𝑄
O produto externo:
• Não é comutativo: 𝑃Ԧ × 𝑄= −𝑄 × 𝑃Ԧ
• É distributivo: 𝑃Ԧ × 𝑄1 + 𝑄2 = 𝑃Ԧ × 𝑄1 + 𝑃Ԧ × 𝑄2
• Não é associativo: 𝑃Ԧ × 𝑄 × 𝑆Ԧ ≠ 𝑃Ԧ × 𝑄 × 𝑆Ԧ
Produto Externo de Dois Vectores: Componentes Cartesianas
Produto externo de todas as possíveis combinações de vectores
de base cartesianos (ou versores):
𝑖Ԧ × 𝑖Ԧ = 0 𝑗Ԧ × 𝑖Ԧ = −𝑘 𝑘 × 𝑖Ԧ = 𝑗Ԧ
𝑖Ԧ × 𝑗Ԧ = 𝑘 𝑗Ԧ × 𝑗Ԧ = 0 𝑘 × 𝑗Ԧ = −Ԧ𝑖
𝑖Ԧ × 𝑘 = −Ԧ𝑗 𝑗റ × 𝑘 = 𝑖Ԧ 𝑘×𝑘 =0
𝑉 = 𝑃𝑥 𝑖Ԧ + 𝑃𝑦 𝑗Ԧ + 𝑃𝑧 𝑘 × 𝑄𝑥 𝑖Ԧ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧ + 𝑄𝑧 𝑘
= 𝑃𝑦 𝑄𝑧 − 𝑃𝑧 𝑄𝑦 𝑖Ԧ + 𝑃𝑧 𝑄𝑥 − 𝑃𝑥 𝑄𝑧 𝑗Ԧ + 𝑃𝑥 𝑄𝑦 − 𝑃𝑦 𝑄𝑥 𝑘
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘
= 𝑃𝑥 𝑃𝑦 𝑃𝑧
𝑄𝑥 𝑄𝑦 𝑄𝑧
Momento de uma Força em relação a um Ponto
O efeito da aplicação de uma força num corpo depende do seu ponto
de aplicação.
𝑀𝑂 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ
Ԧ
sendo perpendicular ao plano contendo 𝑂 e a força 𝐹.
𝑀𝑂 = 𝑟𝐹 sen 𝜃 = 𝐹𝑑
Teorema de Varignon:
𝑀𝑂 = 𝑀𝑥 𝑖Ԧ + 𝑀𝑦 𝑗Ԧ + 𝑀𝑧 𝑘 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘
= 𝑥 𝑦 𝑧 = 𝑦𝐹𝑧 − 𝑧𝐹𝑦 𝑖Ԧ + 𝑧𝐹𝑥 − 𝑥𝐹𝑧 𝑗Ԧ + 𝑥𝐹𝑦 − 𝑦𝐹𝑥 𝑘
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘
𝑀𝐵 = 𝑟Ԧ𝐴/𝐵 × 𝐹Ԧ = 𝑥𝐴 − 𝑥𝐵 𝑦𝐴 − 𝑦𝐵 𝑧𝐴 − 𝑧𝐵
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧
onde
𝑟Ԧ𝐴/𝐵 = 𝑟Ԧ𝐴 − 𝑟Ԧ𝐵 = 𝑥𝐴 − 𝑥𝐵 𝑖Ԧ + 𝑦𝐴 − 𝑦𝐵 𝑗Ԧ + 𝑧𝐴 − 𝑧𝐵 𝑘.
Momento de uma Força: Componentes cartesianas a Duas Dimensões
Para estruturas bidimensionais (𝑧 = 0 = 𝐹𝑧 ):
𝑀𝑂 = 𝑥𝐹𝑦 − 𝑦𝐹𝑧 𝑘
𝑀𝑂 = 𝑀𝑍 = 𝑥𝐹𝑦 − 𝑦𝐹𝑧
𝑀𝐵 = 𝑥𝐴 − 𝑥𝐵 𝐹𝑦 − 𝑦𝐴 − 𝑦𝐵 𝐹𝑧 𝑘 = 𝑀𝐵 𝑘
𝑀𝐵 = 𝑀𝑍 = 𝑥𝐴 − 𝑥𝐵 𝐹𝑦 − 𝑦𝐴 − 𝑦𝐵 𝐹𝑧
Problema Tipo
Uma força vertical de 100 N é aplicada na extremidade de uma manivela fixada a um eixo
em 𝑂. Determine (a) o momento da força de 100 N em relação ao ponto 𝑂; (b) a intensidade 24
da força horizontal aplicada em 𝐴 que produz o mesmo efeito em relação ao ponto 𝑂; (c) a 0
240 mm
menor força aplicada em 𝐴 que produz o mesmo momento em relação ao ponto 𝑂; (d) a que m 100 N
distância do eixo deverá estar uma força vertical de 240 N de modo a produzir o mesmo m
momento em relação ao ponto 𝑂; (e) se alguma das forças obtidas nas alíneas (b), (c) e (d)
é equivalente à força original.
A intensidade do momento produzido pela força de 100 N em relação ao ponto 𝑂 é dada por
240 mm
100 N
𝑀𝑂 = 𝐹 𝑑 = 100 N 0,12 m = 12 N ⋅ m
𝑀𝑂 = −12 N ⋅ m ou 𝑀𝑂 = 12 N ⋅ m
Problema Tipo 2
b) Força horizontal. 4
2400mm
𝑀𝑂 = 𝐹 𝑑 ⟺ 12 N ⋅ m = 𝐹 0,208 m ⇒ F = 57.7 N
2
c) Menor força. 4
𝑂𝐵 240
cosmm
60°
Dado que 𝑀 = 𝐹 𝑑, o menor valor para 𝐹 ocorre quando 𝑑 tomar o seu 0
valor máximo 𝑑 = 0.24 m, tendo-se: m
m
𝑀𝑂 = 𝐹 𝑑 ⟺ 12 N ⋅ m = 𝐹 24 m ⇒ F = 50 N
e) Nenhuma das forças obtidas nas alíneas anteriores é equivalente à força original de 100 N, apesar de
todas produzirem o mesmo momento em relação ao ponto 𝑂.
Problema Tipo
Uma placa rectangular é apoiada em dois suportes em 𝐴 e 𝐵, e suspensa por um cabo 𝐶𝐷.
Sabendo que a força de tracção no fio é de 200 N, calcule o momento em relação ao
ponto 𝐴 da força exercida pelo cabo no ponto 𝐶.
𝑀𝐴 = 𝑟Ԧ𝐶 Τ𝐴 × 𝐹Ԧ
onde:
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘
𝑀𝐴 = 0,3 0 0,08 = − 7,68 N ⋅ m 𝑖Ԧ + 28,8 N ⋅ m 𝑗Ԧ + 28,8 N ⋅ m 𝑘
−120 96 −128
Produto Interno de Dois Vectores
O produto interno ou escalar de dois vectores 𝑃Ԧ e 𝑄 é definido como sendo o produto das intensidades dos
vectores 𝑃Ԧ e 𝑄 pelo co-seno do ângulo 𝜃 formado pelos vectores 𝑃Ԧ e 𝑄:
𝑃Ԧ • 𝑄 = 𝑃 𝑄 cos 𝜃
O produto interno:
• É comutativo: 𝑃Ԧ • 𝑄= 𝑄 • 𝑃Ԧ
• É distributivo: 𝑃Ԧ • 𝑄1 + 𝑄2 = 𝑃Ԧ • 𝑄1 + 𝑃Ԧ • 𝑄2
𝑃Ԧ • 𝑄 = 𝑃𝑥 𝑖Ԧ + 𝑃𝑦 𝑗Ԧ + 𝑃𝑧 𝑘 • 𝑄𝑥 𝑖Ԧ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧ + 𝑄𝑧 𝑘 = 𝑃𝑥 𝑄𝑥 + 𝑃𝑦 𝑄𝑦 + 𝑃𝑧 𝑄𝑧
Nota: 𝑖Ԧ • 𝑖Ԧ = 1; 𝑗Ԧ • 𝑗Ԧ = 1; 𝑘 • 𝑘 = 1; 𝑖Ԧ • 𝑗Ԧ = 0; 𝑗റ • 𝑘 = 0; 𝑘 • 𝑖Ԧ = 0.
Produto Interno de Dois Vectores: Aplicações
Ângulo formado por dois vectores:
𝑃𝑥 𝑄𝑥 + 𝑃𝑦 𝑄𝑦 + 𝑃𝑧 𝑄𝑧
𝑃Ԧ • 𝑄 = 𝑃𝑄 cos 𝜃 = 𝑃𝑥 𝑄𝑥 + 𝑃𝑦 𝑄𝑦 + 𝑃𝑧 𝑄𝑧 ⇒ cos 𝜃 =
𝑃𝑄
𝑆Ԧ • 𝑃Ԧ × 𝑄
Ԧ 𝑃Ԧ e 𝑄.
sendo igual ao volume do paralelepípedo que tem por arestas os vectores 𝑆,
𝑆Ԧ • 𝑃Ԧ × 𝑄 = 𝑃Ԧ • 𝑄 × 𝑆Ԧ = 𝑄 • 𝑆Ԧ × 𝑃Ԧ = −𝑆Ԧ • 𝑄 × 𝑃 = −𝑃Ԧ • 𝑆Ԧ × 𝑄 = −𝑄 • 𝑃Ԧ × 𝑆Ԧ
Em coordenadas cartesianas:
𝑆𝑥 𝑆𝑦 𝑆𝑧
𝑆Ԧ • 𝑃Ԧ × 𝑄 = 𝑃𝑥 𝑃𝑦 𝑃𝑧 = 𝑆𝑥 𝑃𝑦 𝑄𝑧 − 𝑃𝑧 𝑄𝑦 + 𝑆𝑦 𝑃𝑧 𝑄𝑥 − 𝑃𝑥 𝑄𝑧 + 𝑆𝑧 𝑃𝑥 𝑄𝑦 − 𝑃𝑦 𝑄𝑥
𝑄𝑥 𝑄𝑦 𝑄𝑧
Momento de uma Força em relação a um Eixo
Considere-se a força 𝐹Ԧ que actua num corpo rígido, aplicada em 𝐴, e 𝑀𝑂
o momento dessa força em relação ao ponto 𝑂:
𝑀𝑂 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ
Para um eixo que não passe pela origem, calcula-se o momento escolhendo um
ponto arbitrário 𝐵 do eixo:
𝑀𝐵𝐿 = 𝜆Ԧ • 𝑀𝐵 = 𝜆Ԧ • 𝑟Ԧ𝐴Τ𝐵 × 𝐹Ԧ
onde 𝑟Ԧ𝐴Τ𝐵 = 𝑟Ԧ𝐴 − 𝑟Ԧ𝐵 .
Problema Tipo
Um cubo de aresta 𝑎 está submetido à acção de uma força 𝑃, Ԧ como se representa
Ԧ
na figura. Determine o momento de 𝑃(a) em relação ao ponto 𝐴, (b) em relação à
aresta 𝐴𝐵, (c) em relação à diagonal 𝐴𝐺 do cubo. (d) Utilizando o resultado da
alínea c, determine a distância entre 𝐴𝐺 e 𝐹𝐶.
𝑀𝐴 = 𝑟Ԧ𝐹Τ𝐴 × 𝑃Ԧ
onde:
𝑟Ԧ𝐹Τ𝐴 = 𝑎𝑖Ԧ − 𝑎𝑗Ԧ = 𝑎 𝑖Ԧ − 𝑗Ԧ
𝑃Ԧ = 𝑃 2Ԧ𝑖 + 2Ԧ𝑗 = 𝑃 2 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ
⇒ 𝑀𝐴 = 𝑎 𝑖Ԧ − 𝑗Ԧ × 𝑃 2 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ = 𝑎𝑃 2 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ + 𝑘
𝑀𝐴𝐵 = 𝑖Ԧ • 𝑀𝐴 = 𝑖Ԧ • 𝑎𝑃 2 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ + 𝑘 = 𝑎𝑃 2
Problema Tipo
Um cubo de aresta 𝑎 está submetido à acção de uma força 𝑃, Ԧ como se representa
Ԧ
na figura. Determine o momento de 𝑃(a) em relação ao ponto 𝐴, (b) em relação à
aresta 𝐴𝐵, (c) em relação à diagonal 𝐴𝐺 do cubo. (d) Utilizando o resultado da
alínea c, determine a distância entre 𝐴𝐺 e 𝐹𝐶.
𝑀𝐴 = 𝑎𝑃 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ + 𝑘 Τ 2
1 𝑎𝑃 𝑎𝑃 𝑎𝑃
⇒ 𝑀𝐴𝐺 = 𝑖Ԧ − 𝑗Ԧ − 𝑘 • 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ + 𝑘 = 1−1−1 =− (Porquê o sinal negativo?)
3 2 6 6
Cálculo alternativo:
𝜆𝑥 𝜆𝑦 𝜆𝑧 1Τ 3 − 1Τ 3 − 1Τ 3 𝑎𝑃
𝑀𝐴𝐺 = 𝑥𝐹Τ𝐴 𝑦𝐹Τ𝐴 𝑧𝐹Τ𝐴 = 𝑎 −𝑎 0 =−
𝐹𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧 6
0 𝑃Τ 2 𝑃Τ 2
Problema Tipo
Um cubo de aresta 𝑎 está submetido à acção de uma força 𝑃, Ԧ como se representa
Ԧ
na figura. Determine o momento de 𝑃(a) em relação ao ponto 𝐴, (b) em relação à
aresta 𝐴𝐵, (c) em relação à diagonal 𝐴𝐺 do cubo. (d) Utilizando o resultado da
alínea c, determine a distância entre 𝐴𝐺 e 𝐹𝐶.
P • 𝜆Ԧ = P ⋅ 1 ⋅ cos 𝜃 = 0 ⇒ 𝜃 = 0°
O momento 𝑀𝐴𝐺 em relação à diagonal 𝐴𝐺 também pode ser dado por 𝑀𝐴𝐺 = −𝑃𝑑, (Porquê o sinal negativo?)
𝑀 = 𝑟𝐹 sin 𝜃 = 𝐹𝑑
O momento de um binário é um vector livre, que pode ser aplicado em qualquer ponto.
Momento de um Binário
Dois binários, um formado por duas forças 𝐹Ԧ1 e −𝐹Ԧ1 , e outro formado por duas
forças 𝐹Ԧ2 e −𝐹Ԧ2 , têm o mesmo momento se:
• 𝐹1 𝑑1 = 𝐹2 𝑑2
Binários equivalentes:
30 N
0.4 m 30 N
30 N
0.4 m 0.4 m 0.4 m
20 N
0.6 m 30 N
20 N
𝑀 = 𝑟Ԧ × 𝑅 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ1 + 𝐹Ԧ2
𝑀 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ1 + 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ2 = 𝑀1 + 𝑀2
Os binários são vectores livres, i.e. podem ter qualquer ponto de aplicação, nomeadamente a origem do ref.
A colocação de duas forças 𝐹Ԧ e −𝐹Ԧ no ponto 𝑂 não altera a acção da força original sobre o corpo rígido.
Ԧ
• as outras duas forças formam um binário de momento 𝑀𝑂 = 𝑟Ԧ × 𝐹.
Ԧ × 𝐹Ԧ = 𝑟Ԧ + 𝑠Ԧ × 𝐹Ԧ = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ + 𝑠Ԧ × 𝐹Ԧ = 𝑀𝑂 + 𝑠Ԧ × 𝐹Ԧ
𝑀𝑂′ = 𝑟′
Resolução 1
𝑀𝑦 = + 90 N ⋅ 0,3 m = 27 N ⋅ m
𝑀𝑧 = + 90 N ⋅ 0,225 m = −20.25 N ⋅ m
⇒ 𝑀 = − 60,75 N ⋅ m 𝑖Ԧ + 27 N ⋅ m 𝑗Ԧ − 20,25 N ⋅ m 𝑘
Problema Tipo
Determine as componentes do binário equivalente aos dois binários representados na figura.
Resolução 2
Cálculo em relação a 𝐷:
= − 60,75 N ⋅ m 𝑖Ԧ + 27 N ⋅ m 𝑗Ԧ − 20,25 N ⋅ m 𝑘
Redução de um Sistema de Forças a uma Força e um Binário
Um sistema de forças pode ser substituído por um sistema de forças–binário num dado ponto 𝑂:
Os vectores força e momento podem ser agora somados vectorialmente numa única força resultante 𝑅 e
momento resultante 𝑀:
𝑅 = 𝐹Ԧ 𝑀𝑂𝑅 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ
O sistema força–binário pode ser movido de 𝑂 para 𝑂′ através da adição do momento em relação a 𝑂′ da
força resultante aplicada em 𝑂:
𝑅
𝑀𝑂′ = 𝑀𝑂𝑅 + 𝑠Ԧ × 𝑅
Dois sistemas de forças são equivalentes se podem ser reduzidos ao mesmo sistema
força–binário num dado ponto 𝑂.
Casos Particulares de Redução de um Sistema de Forças
Um sistema força–binário pode ser substituído por uma força única 𝑅, actuando segundo uma nova linha de
acção, se 𝑅 e 𝑀𝑂𝑅 forem mutuamente perpendiculares.
O sistema força–binário resultante será mutuamente perpendicular para os sistemas constituídos por:
2. Forças complanares:
3. Forças paralelas:
Casos Particulares de Redução de um Sistema de Forças
Um sistema de forças complanares (no plano 𝑥𝑦) pode ser reduzido a um sistema força–binário em que o
momento resultante do binário é perpendicular a 𝑅.
Este sistema força–binário pode ser reduzido a uma única força resultante 𝑅, se se mover 𝑅 no plano da figura
até que o seu momento em relação ao ponto seja igual a 𝑀𝑂𝑅 .
𝑑 = 𝑀𝑂𝑅 Τ𝑅.
Casos Particulares de Redução de um Sistema de Forças
A redução de um sistema de forças é consideravelmente mais simples se as forças forem dadas nas suas
componentes cartesianas:
𝑅𝑥 = ∑𝐹𝑥 𝑅𝑦 = ∑𝐹𝑦 𝑀𝑧𝑅 = 𝑀𝑂𝑅 = ∑𝑀𝑜
A redução deste sistema força–binário a uma única força 𝑅 pode ser conseguida deslocando a força 𝑅 para um
novo ponto de aplicação 𝐴 escolhido de modo que o momento de 𝑅 em relação ao ponto 𝑂 seja igual a 𝑀𝑂𝑅 :
⟺ −𝑥 −600 N 𝑘 = − 1880 N ⋅ m 𝑘
⟺ 𝑥 = 3,13 m
𝑅 = − 600 N 𝑗Ԧ 𝑥 = 3,13 m
Problema Tipo
Três cabos estão ligados a um suporte, como se representa na figura.
Substitua as forças exercidas pelos cabos por um sistema força–binário
equivalente aplicado no ponto 𝐴.
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘
Ԧ
𝑟Ԧ𝐵Τ𝐴 × 𝐹𝐵 = 0,075 0 0,050 = 30Ԧ𝑖 − 45𝑘
300 −600 200
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘 ⇒ 𝑀𝐴𝑅 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ
Ԧ
𝑟Ԧ𝐶 Τ𝐴 × 𝐹𝑐 = 0,075 0 −0,050 = 17,68Ԧ𝑗
707 0 −707 = 30Ԧ𝑖 − 45𝑘 + 17,68Ԧ𝑗 + 163,9𝑘
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘
𝑟Ԧ𝐷Τ𝐴 × 𝐹Ԧ𝐷 = 0,100 −0,100 0 = 163,9𝑘 = 30Ԧ𝑖 + 17,68Ԧ𝑗 + 118,9𝑘 (N ⋅ m)
600 1039 0
Redução de um Sistema de Forças a um Torsor
No caso geral de um sistema de forças no espaço, o sistema força–binário equivalente
consiste numa força 𝑅 e num vector binário 𝑀𝑂𝑅 não perpendiculares entre si.
O vector binário pode ser substituído por outros dois vectores binários
obtidos pela decomposição de 𝑀𝑂𝑅 nas suas componentes:
• 𝑀1 , dirigida ao longo de 𝑅,
• a força resultante 𝑅,
Determinação de 𝑴𝟏 :
O vector binário 𝑀1 pode ser calculado através do passo do torsor ou da projecção de 𝑀𝑂𝑅 segundo a linha
de acção de 𝑅:
𝑅 𝑅
𝑅 • 𝑀𝑂𝑅 𝑅
𝑀1 = 𝑝 𝑅 = • 𝑀𝑂 ⇒ 𝑀1 = 𝑝𝑅 =
𝑅 𝑅 𝑅
𝑀1 + 𝑀2 = 𝑀𝑂𝑅 ⟺ 𝑝𝑅 + 𝑟Ԧ × 𝑅 = 𝑀𝑂𝑅
a) Força resultante 𝑹
Os vectores posição das duas forças são dados por: 𝑟Ԧ𝐸 = 𝑎Ԧ𝑖 + 𝑎Ԧ𝑗, 𝑟Ԧ𝐷 = 𝑎Ԧ𝑗 + 𝑎𝑘
A resultante 𝑅 das duas forças é dada por:
b) Passo do torsor
𝑀𝑂𝑅 = 𝑟Ԧ𝐸 × 𝐹Ԧ1 + 𝑟Ԧ𝐷 × 𝐹Ԧ2 = 𝑎Ԧ𝑖 + 𝑎Ԧ𝑗 × 𝑃Ԧ𝑖 + 𝑎Ԧ𝑗 + 𝑎𝑘 × 𝑃Ԧ𝑗 = −𝑃𝑎 𝑖Ԧ + 𝑃𝑎 𝑘
c) Eixo do torsor
𝑎𝑃
O torsor consiste na força 𝑅 e no binário 𝑀1 = 𝑝𝑅 = − 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ
2
⇒ 𝑦 = 𝑎, 𝑧 = 𝑎 Τ2
Mecânica Aplicada I
𝐹Ԧ = 0
𝑀𝑂 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ = 0
• As reacções poderão ser assumidas Cabo curto Biela curta Força com linha
como orientadas em qualquer dos de acção conhecida
• de reacções de superfícies;
• Apoios fixos
• Encastramentos
𝐹𝑥 = 0 𝐹𝑦 = 0 𝑀𝐴 = 0
𝐹𝑦 = 0 𝑀𝐴 = 0 𝑀𝐵 = 0 O ponto 𝐵 não se pode situar na linha horizontal que passa pelo ponto 𝐴.
•𝐵
𝑀𝐴 = 0 𝑀𝐵 = 0 𝑀𝐶 = 0 O pontos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 são pontos não colineares: 𝐴•
•𝐶
Reacções Estaticamente Indeterminadas. Ligações Insuficientes
Nos dois exemplos dados, os apoios utilizados garantem que o corpo rígido
não se pode mover sob açção das forças dadas ou de qualquer outro
carregamento:
Neste outro exemplo de ligações mal distribuídas, a estrutura é suportada por um apoio
fixo 𝐴, e por dois apoios móveis em 𝐵 e 𝐶:
• Contudo, a equação ∑𝑀𝐴 = 0 não é satisfeita, uma vez que as linhas de acção das
reacções 𝐵 e 𝐶Ԧ passam pelo ponto 𝐴. (As duas forças 𝐵 e 𝐶Ԧ são concorrentes em 𝐴).
Problema Tipo
Um guindaste fixo tem uma massa de 1000 kg e suspende um caixote de 2400 kg.
O guindaste é mantido na posição indicada através de um apoio fixo em 𝐴 e de um
apoio móvel em 𝐵. O centro de gravidade do guindaste localiza-se no ponto 𝐺.
Determine as componentes das reacções em 𝐴 e em 𝐵.
Cálculo de 𝑩
A determinação da força 𝐵 é feita facilmente através do somatórios de momentos
em relação ao ponto 𝐴:
DCL:
𝑀𝐴 = 0: +𝐵 1,5m − 9,81kN 2m − 23,5kN 6m = 0 ⇒ 𝐵 = +107,1kN
Cálculo de 𝑨𝒙 e de 𝑨𝒚
A intensidade das reacções 𝐴𝑥 e 𝐴𝑦 é dada pelas condições de equilíbrio de forças
na horizontal e vertical:
𝐹𝑥 = 0: 𝐴𝑥 + 𝐵 = 0 ⇒ 𝐴𝑥 = −107,1kN
Nota: os senos e os co-senos são calculados directamente pelas razões dos catetos e da hipotenusa.
Equilíbrio de um Corpo submetido à acção de Duas Forças
Se um corpo submetido à acção de duas forças está em equilíbrio, as duas forças
têm a mesma intensidade, a mesma linha de acção e sentidos opostos.
Em suma:
𝐶
Equilíbrio de um Corpo Rígido em Três Dimensões
De um modo geral, são necessárias seis equações escalares para exprimir as equações de equilíbrio de um
corpo rígido no caso tridimensional:
𝐹𝑥 = 0 𝐹𝑦 = 0 𝐹𝑧 = 0
𝑀𝑥 = 0 𝑀𝑦 = 0 𝑀𝑧 = 0
Estas equações podem ser resolvidas para um máximo de seis incógnitas que, geralmente, representam
reacções nos apoios ou nas ligações.
𝐹Ԧ = 0 𝑀𝑂 = 𝑟Ԧ × 𝐹Ԧ = 0
Uma escolha conveniente do ponto 𝑂 pode levar à eliminação de um máximo de três incógnitas nas
equações de equilíbrio.
Reacções nos Apoios e nas Ligações de uma Estrutura Tridimensional
Reacções Equivalentes a Uma Força com Linha de Acção Conhecida:
• As reacções poderão ser assumidas como orientadas em qualquer dos sentidos, excepto nos casos:
• de reacções de superfícies;
• de cabos.
Duas componentes de
Dobradiça e chumaceira concebidas para suportar cargas radiais força e dois binários
𝐸𝐶 6 3 2 1,50 m
𝑇𝐸𝐶 = 𝑇𝐸𝐶 = 𝑇𝐸𝐶 − 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ − 𝑘
𝐸𝐶 7 7 7
𝑃 = −(1350 N)Ԧ𝑗
Problema Tipo
Um cartaz homogéneo de 1,50 × 2,40 m pesa 1350 N, estando apoiado numa rótula
esférica em 𝐴 e suspenso por dois cabos. Determine a força de tracção em cada 2,40 m
0,60 m
cabo, e a reacção no apoio 𝐴. 1,20 m
𝐴𝑦 𝑗Ԧ
𝐴𝑥 𝑖Ԧ
Equações de equilíbrio 𝑇𝐸𝐶
0,90 m 𝑇𝐵𝐷
2 6
𝑖Ԧ: 𝐴𝑥 − 𝑇𝐵𝐷 − 𝑇𝐸𝐶 = 0
3 7 𝐴𝑥 𝑘
1 3
𝐹Ԧ = 𝐴Ԧ + 𝑇𝐵𝐷 + 𝑇𝐸𝐶 − 1350 N 𝑗Ԧ = 0 ⟺ 𝑗Ԧ: 𝐴𝑦 + 𝑇𝐵𝐷 + 𝑇𝐸𝐶 − 1350 N = 0 1,50 m
3 7
2 2
𝑘: 𝐴𝑧 − 𝑇𝐵𝐷 + 𝑇𝐸𝐶 = 0
3 7
𝑃 = −(1350 N)Ԧ𝑗
𝑗Ԧ: 1,60 𝑇𝐵𝐷 − 0,514 𝑇𝐸𝐶 = 0
𝑀𝐴 = (2,40 m)Ԧ𝑖 × 𝑇𝐵𝐷 + (1,80 m)Ԧ𝑖 × 𝑇𝐸𝐶 + 1,20 m 𝑖Ԧ × −1350 N 𝑗Ԧ = 0 ⟺ ൝
𝑘: 0,80 𝑇𝐵𝐷 + 0,771 𝑇𝐸𝐶 − 1630 𝑁 = 0
A substituição das duas forças encontradas nas equações escalares do equilíbrio de forças permite encontrar
as componentes da força 𝐴:Ԧ
𝐴Ԧ = 1690 N 𝑖Ԧ + 504 N 𝑗Ԧ − (114 N)𝑘
Pergunta:
O cartaz continua em equilíbrio se o cabo 𝐵𝐷 for retirado?
𝑀𝐵𝐷𝑦 𝑗
Resposta
O cartaz não poderia estar em equilíbrio estático porque 𝑇𝐸𝐶 causa 2,40 m
0,60 m
um momento 𝑀𝐸𝐶𝑦 em torno do eixo 𝑦 (devido à existência da 1,20 m
Este momento só pode ser fornecido por uma tensão num segundo 𝐴𝑥 𝑘
cabo que tenha um componente 𝑧 na direção 𝑧 negativa, tal como o
1,50 m
𝑇𝐵𝐷 .
𝑃 = −(1350 N)Ԧ𝑗
𝑀𝐸𝐶𝑦 𝑗
Mecânica Aplicada I
5 – Análise de Estruturas
Introdução
Para o equilíbrio de estruturas feitas de várias partes ligadas entre si, são
consideradas não só as forças externas mas também as forças internas.
𝑛 é o número de nós.
4. As forças exercidas por uma barra nos nós das suas extremidades
são iguais, direcionadas ao longo do membro e opostas.
𝑛 é o número de nós.
12 m
𝑀𝐶 = 0 ⟺ 20 kN 24 m + 10 kN 12 m − 𝐸 6 m = 0 ⇒ 𝐸 = 100 kN 6m 6m
DCL:
𝐹𝑥 = 0 = 𝐶𝑥 20 kN 10 kN
𝐶Ԧ𝑦
12 m 12 m
𝐶Ԧ𝑥
𝐹𝑦 = 0 = −20 kN − 10 kN + 10 kN + 𝐶𝑦 ⇒ 𝐶𝑦 = −70 𝑘𝑁
8m
𝐸𝑦
12 m
6m 6m
Problema Tipo
Usando o método dos nós, determine o esforço instalado em cada uma das barras
da estrutura articulada representada.
Corpo livre: nó 𝑨
20 kN
O nó 𝐴 está sujeito apenas a duas forças desconhecidas, 𝐴𝐵 e 𝐴𝐷:
20 kN 𝐹𝐴𝐵 𝐹𝐴𝐷 20 kN
= = ⇒ 𝐹𝐴𝐵 = 15 kN 𝑇 𝐹𝐴𝐷 = 25 kN (𝐶)
4 3 5
Corpo livre: nó 𝑫
𝐹𝐷𝐴 =25 kN
Uma vez que a força na barra 𝐴𝐷 já foi determinada, o nó 𝐷 está sujeito
a apenas duas forças conhecidas, 𝐷𝐵 e 𝐷𝐸:
Corpo livre: nó 𝑩
4 4 10 kN
𝐹𝑦 = 0 = −10 − 25 − 𝐹𝐵𝐸 ⇒ 𝐹𝐵𝐸 = −37,5 kN ⇒ 𝐹𝐵𝐸 = 37,5 kN(𝐶) 𝐹𝐵𝐴 = 15 kN
5 5
𝐹𝐵𝐷 = 25 kN
3 3
𝐹𝑥 = 0 = 𝐹𝐵𝐶 − 15 − 25 − 37,5 ⇒ 𝐹𝐵𝐶 = +5250 kN ⇒ 𝐹𝐵𝐶 = 5250 kN(𝑇)
5 5
Problema Tipo
Usando o método dos nós, determine o esforço instalado em cada uma das barras
da estrutura articulada representada.
Corpo livre: nó 𝑬
3 3
𝐹𝑥 = 0 = 𝐹𝐸𝐶 + 30 + 37,5 ⇒ 𝐹𝐸𝐶 = −87,5 𝑘𝑁 ⇒ 𝐹𝐸𝐶 = 87,5 𝑘𝑁 𝐶
5 5
𝐹𝐸𝐵 = 37,5 kN
Neste momento todas as incógnitas estão determinadas.
3
𝐹𝑥 = 0 = −52,5 + 87,5 ⟺ 0 = −52,5 + 52,5 ⟺ 0 = 0 𝐶𝑦 = 70 kN
5
𝐹𝐶𝐵 = 52,5 kN
4
𝐹𝑦 = 0 = −70 + 87,5 ⟺ 0 = −70 + 70 ⟺ 0 = 0
5
𝐹𝐶𝐸 = 87,5 kN
Análise de uma Estrutura Articulada pelo Método das Secções
Quando se pretende determinar apenas a força numa barra ou as
forças em apenas algumas barras, o método das secções é eficiente.
Qualquer uma das estruturas criadas pode ser usada como corpo
livre, nomeadamente a estrutura 𝐴𝐵𝐶.
Com apenas três barras cortadas pela secção (ou seja, como apenas
três incógnitas), as equações de equilíbrio estático podem ser
aplicadas para determinar a força 𝐹𝐵𝐷 , nomeadamente através do
cálculo do momento em relação ao ponto 𝐸.
Estruturas compostas por várias Estruturas Articuladas Simples
As duas estruturas articuladas A e B não são
simples, uma vez que não são compostas por
estruturas triangulares; contudo são estruturas
rígidas, sendo conhecidas por estruturas
compostas.
Estrutura A Estrutura B
∑ 𝑭𝒚 = 𝟎 = −5 × 𝟏 kN − 𝟑 × 𝟓 𝐤𝐍 + 𝑳 + 𝑨 DCL:
⇒ 𝑨 = 𝟏𝟐, 𝟓 kN
𝑭𝑮 𝟖𝐦
𝐭𝐚𝐧 𝜶 = = = 𝟎, 𝟓𝟑𝟑𝟑 ⇒ 𝜶 = 𝟐𝟖, 𝟎𝟕°
𝑮𝑳 𝟏𝟓 𝐦
𝐴 𝐿
Esforço instalado na barra GI
⇒ 𝐹𝐺𝐼 = 13,13 kN (T )
Problema Tipo
Determine o esforço instalado nas barras 𝐹𝐻, 𝐺𝐻 e 𝐺𝐼 da estrutura articulada
indicada.
∑ 𝑀𝐺 = 0 = 7,5 kN 15 m − 1 kN 10 m
− 1 kN 5 m + 𝐹𝐹𝐻 cos 𝛼 8 m ⇒ 𝐹𝐹𝐻 = −13,82 kN
𝐹𝐹𝐻 = 13,82 kN (C )
𝐺𝐼 5m
tan 𝛽 = = = 0.9375 ⇒ 𝛽 = 43,15°
𝐻𝐼 2 8 m
3
∑ 𝑀𝐿 = 0 = 1 kN 10 m + 1 kN 5 m
+ 𝐹𝐺𝐻 cos 𝛽 10 m = 0 ⇒ 𝐹𝐺𝐻 = −1,371 kN
𝐹𝐺𝐻 = 1,371 kN (C )
Análise de Estruturas
Estruturas e máquinas contém elementos submetidos à acção de
mais que duas forças. As estruturas são projetadas para suportar
cargas e geralmente estão em equilíbrio. As máquinas contêm
partes móveis e são projetadas para transmitir e modificar forças.
A estrutura deve ser considerada como dois corpos rígidos distintos, mas
relacionados.
∑ 𝐹𝑦 = 0 = 𝐴𝑦 − 480 ⇒ 𝐴𝑦 = 480 N
Barras
80
𝛼 = tan−1 = 28.07°
150
⇒ 𝐹𝐷𝐸 = −561 N
⇒ 𝐶𝑥 = −795 N
⇒ 𝐶𝑦 = 216 N
Corpo Livre: barra 𝑨𝑪𝑬 (Verificação)
∑𝑀𝐴 = 0 = 𝐹𝐷𝐸 cos 𝛼 300 mm + 𝐹𝐷𝐸 sen 𝛼 100 mm − 𝐶𝑥 (220 mm)
= −561 cos 28,07° 300 mm + −561 sen 28,07° 100 mm − (−795)(220 mm)
=0
Máquinas
Máquinas são estruturas concebidas para transmitir e modificar forças. A sua função é transformar forças que
lhe são aplicadas, forças de entrada, em forças aplicadas a outros corpos, forças de saída.
𝑎
𝑀𝐴 = 0 = 𝑎𝑃 − 𝑏𝑄 ⇒𝑄= 𝑃
𝑏
Mecânica Aplicada I
Equações de equilíbrio:
σ 𝑀𝐸 = 0: − 2400 N 3,6 m + 𝐹 4,8 m = 0 ⇒ 𝐹 = 1800 N
σ 𝐹𝑥 = 0 ⇒ 𝐸𝑥 = 0 DCL:
σ 𝐹𝑥 = 0: −𝐵𝑥 + 𝐶𝑥 = 0 ⇒ 𝐶𝑥 = 𝐵𝑥
Problema Tipo
Para a estrutura representada na figura determine as forças internas (a) no ponto 𝐽
do elemento 𝐴𝐶𝐹, (b) no ponto 𝐾 do elemento 𝐵𝐶𝐷.
σ 𝐹𝑥 = 0: 𝐵𝑥 − 𝐴𝑥 = 0 ⇒ 𝐴𝑥 = 0
σ 𝐹𝑦 = 0: − 𝐴𝑦 + 𝐵𝑦 + 600N = 0 ⇒ 𝐴𝑦 = 1800 N
a) Forças internas em 𝑱
b) Forças internas em 𝑲
σ 𝐹𝑥 = 0: 𝐹 = 0
σ 𝐹𝑦 = 0: −1200 N − 𝑉 = 0 ⇒ 𝑉 = −1200 N
Nota: o mesmo resultado seria obtido se tivéssemos considerado o corpo livre 𝐾𝐷:
σ 𝐹𝑥 = 0: 𝐹 = 0
𝑃
σ𝐹𝑦 = 0: − 𝑉 = 0 ⇒ 𝑉 = + 𝑃 Τ2
2
𝑃
σ𝐹𝑦 = 0: 𝑉 − = 0 ⇒ 𝑉 = − 𝑃 Τ2
2
σ 𝐹𝑦 = 0: − 20 kN + 𝑅𝐵 − 40 𝑘N + R D = 0 ⇒ 𝑅𝐵 = 46 kN
Sabendo que o esforço transverso é constante e o momento flector é linear entre cargas
concentradas, vamos calcular os seus valores imediatamente à esquerda e à direita dos
pontos de aplicação das cargas.
𝑉3 = 26 kN 𝑀3 = −50 kN ⋅ m
𝑉4 = 26 kN 𝑀4 = 28 kN ⋅ m
𝑉5 = −14 kN 𝑀5 = 28 kN ⋅ m
𝑉6 = −14 kN 𝑀6 = 0
σ 𝐹𝑦 = 0: 𝑉4 − 40 kN + 14 kN = 0 ⇒ 𝑉4 = 26 𝑘N
σ 𝑀4 = 0: −𝑀4 + 14 kN 2 m = 0 ⇒ 𝑀4 = 28 𝑘N ⋅ m
Podemos agora traçar os diagramas de esforço transverso e momento flector, sabendo que o esforço transverso é
constante e o momento flector é linear entre cargas concentradas.
Cargas Distribuídas em Vigas
Uma carga distribuída pode ser representada por uma carga pontual equivalente.
𝑊 = න 𝑤𝑑𝑥 = න𝑑𝐴 = 𝐴
0
𝐿 𝐿
1
σ𝑀0 = 𝑥ҧ 𝑊 = න 𝑥 𝑤 𝑑𝑥 = න𝑥 𝑑𝐴 ⇒ 𝑥ҧ = න 𝑥 𝑤 𝑑𝑥
𝑊
0 0
8 kN/m
Problema Tipo
Trace os diagramas de esforço transverso e de momento flector para a viga 𝐴𝐵.
A carga distribuída de 8 kN/m está aplicada na viga entre 𝐴 e 𝐶, numa extensão 2 kN
de 0,30 m, e a carga concentrada de 2 kN está aplicada em 𝐸. 0,30 m 0,25 m
0,15 m 0,10 m
0,80 m
Diagrama de corpo livre da viga 𝑨𝑩:
σ 𝑀𝐴 = 0 = 𝐵𝑦 0,80 m − 2,40 kN 0,15 m − 2,00 kN 0,55 m ⇒ 𝐵𝑦 = 1,815 kN 8 kN/m
σ 𝑀𝐵 = 0 = 2,40 kN 0,65 m + 2,00 kN 0,25 m − 𝐴 0,80 m ⇒ 𝐴 = 2,58 kN
σ 𝐹𝑥 = 0: 𝐵𝑥 = 0
2 kN
A força de 2 kN é substituída por um sistema força–binário equivalente aplicado no
0,30 m 0, 4 m 0,25 m
ponto 𝐷 da viga, com uma força de 2 kN e um binário −0,2 kN ⋅ m.
0,30 m 0, 15 m 0,35 m
Troço da viga de 𝑨 a 𝑪 (𝟎 < 𝒙 < 𝟎, 𝟑𝟎 𝐦): 8 kN/m
0,2 kN ⋅ m
A parte correspondente da carga distribuída é substituída pela sua resultante, de
intensidade 8 kN 𝑥 e ponto de aplicação 𝑥 Τ2:
2,58 kN 2 kN
σ 𝐹𝑦 = 0: 2,58 kN − 8,00 𝑥 − 𝑉 = 0 ⇒ 𝑉 = (2,58 − 8,00 𝑥) kN 8𝑥 1,825 kN
Δ𝑉
σ𝐹𝑦 = 0: 𝑉 − 𝑉 + Δ𝑉 − 𝑤Δ𝑥 = 0 ⟺ Δ𝑉 = −𝑤Δ𝑥 ⇒ lim = −𝑤
Δ𝑥→0 Δ𝑥
𝑥𝐷
d𝑉
⇒ = −𝑤 ⇒ 𝑉𝐷 − 𝑉𝐶 = − න 𝑤𝑑𝑥 = − área sob a curva do carregamento
d𝑥
𝑥𝐶
Δ𝑥 Δ𝑀 1
σ𝑀𝐶 ′ = 0: 𝑀 + Δ𝑀 − 𝑀 − 𝑉Δ𝑥 + 𝑤Δ𝑥 = 0 ⇒ lim = lim 𝑉 − 𝑤Δ𝑥 = 𝑉
2 Δ𝑥→0 Δ𝑥 Δ𝑥→0 2
𝑥𝐷
d𝑀
⇒ =𝑉 ⇒ 𝑀𝐷 − 𝑀𝐶 = න 𝑉𝑑𝑥 = área sob a curva do esforço transverso
d𝑥
𝑥𝐶
Exemplo
Considere-se a viga simplesmente apoiada 𝐴𝐵 de vão 𝐿 e submetida à acção
de uma carga uniformemente distribuída 𝑤.
Sabendo que 𝑀𝐴 = 0:
𝑥 𝑥 𝐿
d𝑀 = 𝑉d𝑥 ⇒ 𝑀 − 𝑀𝐴 = 0 𝑉𝑑𝑥 ⇒ 𝑀 = 0 𝑤 − 𝑥 𝑑𝑥
2
𝑤
⇒𝑀= 𝐿𝑥 − 𝑥 2
2
A área sob a curva do diagrama de esforço transverso entre dois pontos é igual
85 kN 115 kN
à variação do momento flector entre esses dois pontos:
𝑉(kN)
𝑀𝐵 − 𝑀𝐴 = área sob a curva de V = 170 kN ⋅ m ⇒ 𝑀𝐵 = 170 kN ⋅ m +85 (+170) (+62,5)
(−37,5)
𝑀𝐶 − 𝑀𝐵 = −37,5 ⇒ 𝑀𝐶 = 170 kN ⋅ m − 37,5 kN ⋅ m = 132,5 kN ⋅ m
−15 (−195)
𝑀𝐷 − 𝑀𝐶 = −15 ⇒ 𝑀𝐷 = 132,5 − 1955 kN ⋅ m = −62,5 kN ⋅ m −65
𝑀(kN ⋅ m) +170
𝑀𝐸 − 𝑀𝐷 = 62,5 ⇒ 𝑀𝐸 = −62,5 − 62,5 kN ⋅ m = 0 +132,5
Entre cargas concentradas, o esforço transverso é constante pelo que o momento flector
é linear, podendo ser traçado ligando os pontos conhecidos por linhas rectas.
Entre 𝐷 e 𝐸, onde o diagrama de esforço transverso apresenta variação linear, o diagrama
de momento flector é uma parábola. − 62,5
Problema Tipo
Trace os diagramas desforço transverso e de momento flector para a viga
encastrada representada na figura.
Carregamento entre 𝑨 e 𝑩: 𝑤 𝑥 = 𝛼𝑥 + 𝛽
𝑤 𝑥 = 0 = 𝛽 = 𝑤0
𝑤 𝑥 = 𝑎 = 𝛼𝑎 + 𝑤0 = 0 ⇒ 𝛼 = − 𝑤0 Τ𝑎 ⇒ 𝑤 𝑥 = 𝑤0 (1 − 𝑥 Τ𝑎)
⇒ 𝑉𝐵 = 𝑉 𝑥 = 𝑎 = −𝑤0 𝑎Τ2
V 𝑥 − 𝑉𝐵 = 0 ⇒ 𝑉 𝑥 = 𝑉𝐵
Problema Tipo
Trace os diagramas desforço transverso e de momento flector para a viga
encastrada representada na figura.
1
⇒ 𝑀𝐵 = 𝑀 𝑥 = 𝑎 = − 𝑤0 𝑎2
3
Entre a < 𝑥 < 𝐿:
𝑥
𝑎 𝑤0 𝑎
𝑀 𝑥 − 𝑀𝐵 = න −𝑤0 d𝑥 = − 𝑥
2 2
0
1
⇒ 𝑀𝐶 = 𝑀 𝑥 = 𝐿 = − 𝑤0 𝑎(3𝐿 − 𝑎)
6
Mecânica Aplicada I
7 – Atrito
Introdução
O atrito é problemático e útil em muitas aplicações de engenharia, tais como pneus e travões.
Neste capítulo o estudo limita-se ao atrito seco entre superfícies não lubrificadas.
As Leis do Atrito Seco. Coeficientes de Atrito
Num bloco em repouso numa superfície horizontal, as forças externas são o seu P P
peso 𝑃Ԧ e a reação da superfície 𝑁. Q
Valores aproximados dos coeficientes de atrito estático para várias superfícies secas:
Tipicamente, os correspondentes valores dos coeficientes de atrito cinético serão cerca de 25% mais baixos:
𝜇𝑐 ≅ 0,75 𝜇𝑒
As Leis do Atrito Seco. Coeficientes de Atrito
Quatro situações distintas podem ocorrer quando um corpo rígido está em contacto com uma superfície
horizontal:
Q
P Q P Q P Q P
𝑄𝑦 𝑄𝑦 𝑄𝑦
𝑄𝑥 𝑄𝑥 𝑄𝑥
Fe = 0 Fe Fm Fc
N N N N
𝑁 =𝑃+𝑄 𝐹𝑒 < 𝐹𝑚 = 𝜇𝑒 𝑁 𝐹𝑚 = 𝜇𝑒 𝑁 𝐹𝑐 = 𝜇𝑐 𝑁
𝐹𝑒 = 𝑄𝑥 𝐹𝑚 = 𝑄𝑥 𝐹𝑐 < 𝑄𝑥
𝑁 = 𝑃 + 𝑄𝑦 𝑁 = 𝑃 + 𝑄𝑦 𝑁 = 𝑃 + 𝑄𝑦
Ângulos de Atrito
Às vezes é conveniente substituir a força normal 𝑁 e a força de atrito 𝐹Ԧ pela sua resultante 𝑅:
P Q P Q P Q P
𝑄𝑦 𝑄𝑦 𝑄𝑦
𝑄𝑥 𝑄𝑥 𝑄𝑥
𝑅 𝑅 𝑅
R=N 𝜙 < 𝜙𝑒 N 𝜙 = 𝜙𝑒 N 𝜙 = 𝜙𝑐
N
N
𝐹 𝐹𝑚 𝜇𝑒 𝑁 𝐹𝑐 𝜇𝑐 𝑁
Ângulo de atrito: 𝜙 tan 𝜙 = tan 𝜙𝑒 = = tan 𝜙𝑐 = =
𝑁 𝑁 𝑁 𝑁 𝑁
Ângulo de atrito estático: 𝜙𝑒 tan 𝜙𝑒 = 𝜇𝑒 tan 𝜙𝑐 = 𝜇𝑐
P 𝑃 sen 𝜃
P 𝜃 P
P
𝑃 cos 𝜃
𝜃=0 𝜙 = 𝜙𝑒
𝑁 = 𝑃 cos 𝜃
R=N 𝑁 = 𝑃 cos 𝜃 𝜙𝑐
𝑁 = Pcos 𝜃
𝑅 𝑅
𝜃 < 𝜙𝑒 𝐹 = 𝑃sen 𝜃 𝐹𝑚 = 𝑃 sen 𝜃 𝜃 > 𝜙𝑒 𝑅 𝐹𝑐 < sen 𝜃
𝜃 = 𝜙𝑒
Problemas que Envolvem Atrito Seco
P
Q P
Q P
Q
N
N N
1. Todas as forças aplicadas 1. Todas as forças aplicadas 1. O coeficiente de atrito
são conhecidas. são conhecidas. estático é conhecido.
2. O coeficiente de atrito 2. O movimento é iminente. 2. O movimento é iminente.
estático é conhecido. 3. Pretende-se determinar o 3. Pretende-se determinar a
3. Pretende-se determinar coeficiente de atrito intensidade e o sentido de
se o corpo permanecerá estático 𝜇𝑒 . uma das forças aplicadas.
em repouso ou deslizará.
Problema Tipo
Uma força de 100 N actua num bloco de 300 N colocado sobre um plano inclinado. Os
coeficientes de atrito entre o bloco e o plano são 𝜇𝑒 = 0,25 e 𝜇𝑐 = 0,20. Verifique se o
bloco se encontra em equilíbrio e calcule o valor da força de atrito. 100 N
∑ 𝑀𝐵 = 0: 𝑁𝐴 150 mm − 𝐹𝐴 80 mm − 𝑃 𝑥 − 40 mm = 0 150 mm
𝑁1 −𝑁2
𝐹2 = 𝜇𝑒 𝑁2
𝑄 𝑄
𝐹2 = 𝜇𝑒 𝑁2
𝐹3 = 𝜇𝑒 𝑁3
𝑁2
𝑁3
Base
Base
Base
Base
Q
Parafusos de Rosca Quadrada
Análise de um parafuso através de um bloco e um plano inclinado:
Movimento iminente para cima Movimento iminente para baixo Movimento iminente para baixo
(Parafuso a ser apertado) (Parafuso autoblocante) (Necessário aplicar força 𝑄)
(𝜙𝑒 > 𝜃) (𝜙𝑒 < 𝜃)
P P P
Q
Q Q
Q
R 𝜙𝑒
𝜙𝑒 R
𝜙𝑒
Problema Tipo
Um grampo é utilizado para segurar dois pedaços de madeira juntos. O grampo tem
uma rosca quadrada dupla de diâmetro médio igual a 10 mm com um passo de 2 mm.
O coeficiente de atrito entre roscas é 𝜇𝑒 = 0,30. Se um binário máximo de 40 N ⋅ m é
aplicado quando o grampo é apertado, determine (a) a força exercida nas peças de
madeira, (b) o binário necessário para desapertar o grampo.
𝑄
tan 𝜙𝑒 − 𝜃 = ⇒ 𝑄 = 17,94 kN tan 9,4° = 2,975 kN
𝑃
𝜙𝑒
Binário = 𝑄𝑟 = 2,975 kN 5 mm
P = 17,97 kN
Chumaceiras Radiais. Atrito em Eixos
As chumaceiras radiais são utilizadas como apoio lateral em veios e eixos
em rotação.
Quando o apoio não está lubrificado, podemos supor que o eixo e o apoio
contactam diretamente ao longo de uma única linha recta.
Em alguns problemas, pode ser mais conveniente fazer a linha de acção de 𝑅 passar por 𝑂, como quando o
veio não roda. Tal é conseguido adicionando à reacção 𝑅 um binário −𝑀.
A linha de acção de 𝑅 pode ser traçada com facilidade sabendo que esta tem de ser tangente ao círculo do
atrito do veio e do apoio, com centro em 𝑂 e raio
𝑟𝑎 = 𝑟 sen 𝜙𝑐 = 𝑟𝜇𝑐
P P P
𝜙𝑐
Chumaceiras Axiais. Atrito em Discos
As chumaceiras axiais são usadas para apoiar axialmente
veios e eixos em rotação.
Δ𝑁 = 𝑄𝛥𝐴Τ𝐴
𝛥𝐹 = 𝜇𝑐 𝛥𝑁 = 𝜇𝑐 𝑄𝛥𝐴Τ𝜋(𝑅22 − 𝑅12 ).
2
Num circulo completo de raio 𝑅: 𝑀 = 𝜇𝐶 𝑄𝑅.
3
Atrito em Rodas
Considere a roda sujeita ao seu peso 𝑃Ԧ e à força de reacção da superfície 𝑁. O contacto da roda com a
superfície é pontual e como não existe movimento relativo entre a roda e a superfície, o atrito é mínimo.
Contudo, existe sempre atrito:
• no eixo e também na periferia da roda em contacto com a superfície;
• devido à deformação da roda e da superfície, o que aumenta a superfície de contacto
∑𝑀𝐵 = 0: 𝑃𝑏 − 𝑄𝑟 = 0 ⇒ 𝑄𝑟 = 𝑃𝑏
Quando as forças 𝑃Ԧ e 𝑄 são iguais, o contacto entre a roldana e o eixo tem lugar em 𝐴.
Com o aumento de 𝑄, a roldana roda ligeiramente em torno do eixo e o contacto tem
lugar em 𝐵, tendo-se:
𝑟𝑎 = 𝑟 sen 𝜙𝑒 ≈ 𝑟𝜇𝑒 = 25,4 mm 0,20 = 5,1 mm Q
O contacto situa-se em 𝐵 para que a componente de P = 2224 N R
Somando os momentos em relação a 𝐵: atrito da reacção 𝐵 crie momento (em relação a 𝑂) 56,1 mm 45,9 mm
contrário ao movimento iminente.
Movimento
iminente
∑ 𝑀𝐵 = 0: 51 mm + 5,1 mm 2224 N − 51 mm − 5,1 mm 𝑄 = 0 ⇒ 𝑄 = 2718 N
À medida que 𝑄 diminui, a roldana roda em torno do eixo e o contacto dá-se agora em 𝐶.
Somando os momentos em relação a 𝐶:
P = 2224 N Q
∑ 𝑀𝐶 = 0: 51 mm − 5,1 mm 2224 N − 51 mm + 5,1 mm 𝑄 = 0 ⇒ 𝑄 = 1820 N R
46 mm 56 mm
Problema Tipo
Uma roldana com 102 mm de diâmetro pode rodar em torno de um eixo fixo com 51 mm de diâmetro.
O coeficiente de atrito estático entre a roldana e o eixo é de 0,20. Determine (a) a menor força vertical 𝑄
necessária para começar a elevar uma carga de 2224 N, (b) a menor força vertical 𝑄 necessária para
equilibrar a carga, (c) a menor força horizontal 𝑄 necessária para elevar a mesma carga.
Movimento
iminente
c) Força horizontal 𝑸 necessária para começar a elevar a carga
𝑃 2224 N
= tan(45° − 𝜃) ⇒𝑄= = 2567 N P = 2224 N
𝑄 tan 40,9°
R
Atrito de Correia
Considere uma correia plana que passa sobre um tambor cilíndrico.
Pretende-se determinar a relação que existe entre os valores 𝑇1 e 𝑇2 da força
de tracção nas duas partes da correia quando está na iminência de começar
a escorregar para a direita.
Δ𝜃 Δ𝜃 Δ𝜃
∑ 𝐹𝑦 = 0: Δ𝑁 − 𝑇 + Δ𝑇 sen − 𝑇 sen = 0 ⟺ Δ𝑁 = 2𝑇 + Δ𝑇 sen
2 2 2
Δ𝜃 Δ𝜃 Δ𝑇 Δ𝜃 Δ𝑇 sen Δ𝜃 Τ2
⇒ Δ𝑇 cos = 𝜇𝑐 2𝑇 + Δ𝑇 sen ⇒ cos = 𝜇𝑐 𝑇 +
2 2 Δ𝜃 2 2 Δ𝜃 Τ2
Na fórmula obtida:
𝛽 = 2𝜋 + 𝜋 = 3𝜋
Problema Tipo
Uma correia plana liga a roldana 𝐴, que move uma ferramenta mecânica, à
roldana 𝐵, que se liga ao eixo de um motor eléctrico. Os coeficientes de atrito
entre ambas as roldanas e a correia são 𝜇𝑒 = 0,25 e 𝜇𝑐 = 0,20. Sabendo que
a tracção máxima permissível na correia é de 2669 N, determine o binário
203 mm
máximo que a correia pode exercer sobre a roldana 𝐴. 𝑟 = 25 mm
Roldana B
𝛽 = 120° = 2𝜋Τ3
𝑇2 2669 N
⇒ = 𝑒 𝜇𝑒 𝛽 ⟺ = 𝑒 0,25 2𝜋Τ3 = 1,688
𝑇2 = 2669 N 𝑇1 𝑇1
2669 N
⟺ 𝑇1 = = 1581 𝑁 𝑇2 = 2669 N
1,688
𝑇1
Problema Tipo
Uma correia plana liga a roldana 𝐴, que move uma ferramenta mecânica, à
roldana 𝐵, que se liga ao eixo de um motor eléctrico. Os coeficientes de atrito
entre ambas as roldanas e a correia são 𝜇𝑒 = 0,25 e 𝜇𝑐 = 0,20. Sabendo que
a tracção máxima permissível na correia é de 2669 N, determine o binário
203 mm
máximo que a correia pode exercer sobre a roldana 𝐴. 𝑟 = 25 mm
Roldana A
No diagrama de corpo livre da roldana A, o binário 𝑀𝐴 é aplicado à roldana pela ferramenta mecânica à qual
está ligada, sendo igual e oposto ao binário exercido pela correia:
Nota 𝑇1 = 1581 N
Podemos confirmar que a correia não escorrega na roldana calculando o valor de 𝜇𝑒 necessário para impedir
o escorregamento em A:
𝛽 = 180° + 60° = 240° = 4𝜋Τ3 ⇒ 𝜇𝑒 𝛽 = 𝑇2 Τ𝑇1 = 2669 NΤ1581 N ⇒ 𝜇𝑒 = 0,125 < 0,25
Mecânica Aplicada I
𝑑𝑈 = 𝐹Ԧ • 𝑑 𝑟Ԧ = 𝐹𝑑𝑠 cos 𝛼
onde:
𝐹 − intensidade da força 𝐹Ԧ
𝑟 − intensidade do deslocamento 𝑟Ԧ
𝛼 − ângulo formado pelos vectores 𝐹Ԧ e d𝑟Ԧ
Casos particulares:
𝐅
• 𝛼 = 0: 𝑑𝑈 = +𝐹𝑑𝑠
d𝒓
• 𝛼 = −𝜋: 𝑑𝑈 = −𝐹𝑑𝑠 𝐅 O trabalho do peso 𝑃 também pode
d𝒓 ser dado pelo produto de 𝑃 pelo
𝜋 𝐅 deslocamento vertical d𝑦 = 𝑑𝑟 cos 𝛼 :
• 𝛼= : 𝑑𝑈 = 0
2
d𝒓 d𝑈 = 𝑃d𝑦
Trabalho de uma Força
Forças que não realizam trabalho:
• reacção num apoio fixo sem atrito na articulação quando corpo roda em torno desta,
• reacção numa superfície sem atrito quando o corpo se move ao longo da superfície,
• força de atrito que actua numa roda que rola sem escorregar.
Qualquer pequeno deslocamento de um corpo rígido que leve de 𝐴 e 𝐵 para 𝐴′ e 𝐵′′ pode
ser realizado em duas fases:
O trabalho virtual 𝛿𝑈 das várias forças 𝐹Ԧ1 , 𝐹Ԧ2 , … , 𝐹Ԧ𝑛 durante o deslocamento
virtual 𝛿 𝑟Ԧ é dado por:
𝛿𝑈 = 𝐹Ԧ1 • 𝛿 𝑟Ԧ + 𝐹Ԧ2 • 𝛿 𝑟Ԧ + 𝐹Ԧ3 • 𝛿 𝑟Ԧ = 𝐹Ԧ1 + 𝐹Ԧ2 + 𝐹Ԧ3 • 𝛿 𝑟Ԧ = 𝑅 • 𝛿 𝑟Ԧ
Se uma partícula está em equilíbrio, o trabalho virtual total das forças que actuam na partícula é nulo,
para qualquer deslocamento virtual da partícula.
Se um corpo rígido se encontra em equilíbrio, o trabalho virtual total das forças externas que actuam
no corpo rígido é nulo, para qualquer deslocamento virtual do corpo.
Ponto C: 𝑟Ԧ𝐶 = 𝑥𝑐 𝑖Ԧ + 𝑦𝑐 𝑗Ԧ
Ponto B: 𝑟Ԧ𝐵 = 𝑥𝐵 𝑖Ԧ
Ponto B: 𝑟Ԧ𝐵 = 𝑥𝐵 𝑖Ԧ + 𝑦𝐵 𝑗Ԧ
cos 𝜃
𝑥𝐵 = 𝑙 sen 𝜃 + 𝑙 sen 𝛼 ⇒ 𝛿𝑥𝐵 = 𝑙 cos 𝜃 𝛿𝜃 + 𝑙 cos 𝛼 𝛿𝛼 = 0 ⇒ 𝛿𝛼 = − 𝛿𝜃
𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑦𝑏 = 𝑙 cos 𝜃 − 𝑙 cos 𝛼 ⇒ 𝛿𝑦𝐵 = −𝑙 sen 𝜃 𝛿𝜃 + 𝑙 sen 𝛼 𝛿𝛼
⇒ 𝛿𝛼 = −𝛿𝜃
Trabalho virtual:
Numa máquina real, as forças de atrito realizarão trabalho não nulo, e o trabalho de saída será inferior ao
trabalho de entrada.
Note que nenhuma reacção dos suportes foi necessária para resolver o
problema, nem foi necessário estudar qualquer elemento individual.
𝐹 = 𝑘𝑠 = 𝑘 𝑦𝐶 − ℎ = 𝑘 2𝑙 sen 𝜃 − ℎ
Uma mesa elevatória hidráulica é utilizada para elevar um caixote de 1000 kg.
É constituída por uma plataforma e por dois sistemas articulados idênticos
sobre os quais macacos hidráulicos exercem forças iguais. (A figura mostra
só um sistema articulado e um macaco.) As barras 𝐸𝐷𝐵 e 𝐶𝐺 têm ambas
igual comprimento 2𝑎, e a barra 𝐴𝐷 está articulado no ponto médio 𝐸𝐷𝐵.
Se o caixote for colocado sobre a mesa por forma que metade do seu peso
seja suportada pelo sistema representado, determine a força exercida pelo
macaco para 𝜃 = 60°, 𝑎 = 0,70 m e 𝐿 = 3,20 m. P
𝐴2
𝑦2 𝑥2
1 1
𝑈1→2 = − න 𝑃𝑑𝑦 = 𝑃𝑦1 − 𝑃𝑦2 = −𝑃Δ𝑦 𝑈1→2 = − න 𝑘𝑥𝑑𝑥 = 𝑘𝑥12 − 𝑘𝑥22
2 2
𝑦1 𝑥1
Energia Potencial
Trabalho de um peso Trabalho da força exercida por uma mola
Mola indeformada
P
• Forças gravíticas,
• Forças elásticas,
Num sistema conservativo, o trabalho é independente do caminho percorrido e é igual a menos a variação da
energia potencial:
d𝑈 = −d𝑉 ⇒ 𝑈1→2 = 𝑉1 − 𝑉2
Se a posição do sistema for definida por uma única variável 𝜃, a condição 𝛿𝑈 = 0 para o equilíbrio do sistema
transforma-se em
𝑑𝑉 𝑑𝑉
𝛿𝑉 = 𝛿𝜃 ⇒ =0
𝑑𝜃 𝑑𝜃
Se um sistema conservativo está em equilíbrio, a derivada da sua energia potencial total é nula.
Se o posição do sistema depende de várias variáveis independentes (se o sistema possui vários graus de
liberdade):
P P
𝑑𝑛 𝑉
𝑑𝑉 𝑑2𝑉 = 0 ∀𝑛 Eq. indiferente
=0& 2 >0 𝑑𝑉 𝑑2𝑉 𝑑𝑉 𝑑2𝑉 𝑑𝜃 𝑛
𝑑𝜃 𝑑𝜃 =0& 2 <0 =0& 2 =0 𝑛
⇒ 𝑑 𝑉
𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑛
> 0 & 𝑛 par Eq. estável
Outros casos Eq. instável
Problema Tipo
Um bloco de 10 kg está ligado ao bordo de um disco de 300 mm de raio como se mostra
na figura. Sabendo que a mola 𝐵𝐶 se encontra indeformada quando 𝜃 = 0, determine a
posição ou posições de equilíbrio, e diga, em cada caso, se o equilíbrio é estável,
instável, ou indiferente.
Energia potencial:
1 1
𝑉 = 𝑉𝑒 + 𝑉𝑔 = 𝑘𝑠 2 + 𝑚𝑔𝑦 = 𝑘 𝑎𝜃 2
+ 𝑚𝑔(𝑏 cos 𝜃)
2 2
Posições de equilíbrio:
d𝑉 𝑘𝑎2 4000 NΤm 0,08 m 2 P = 𝑚𝑔
= 𝑘𝑎2 𝜃 − 𝑚𝑔𝑏 sen 𝜃 = 0 ⇒ sen 𝜃 = 𝜃= 𝜃 = 0,8699 𝜃
d𝜃 𝑚𝑔𝑏 10 kg 9,81 mΤs2 0,3 m
𝜃=0⇒𝑓 𝜃 =0
Posição
𝜃 = 0,902 rad ⇒ 𝑓 𝜃 = −0.000081 ≈ 0 ⇒ 𝜃 = 51,7° indeformada
Problema Tipo
Um bloco de 10 kg está ligado ao bordo de um disco de 300 mm de raio como se mostra
na figura. Sabendo que a mola 𝐵𝐶 se encontra indeformada quando 𝜃 = 0, determine a
posição ou posições de equilíbrio, e diga, em cada caso, se o equilíbrio é estável,
instável, ou indiferente.
Estabilidade de equilíbrio:
d2 𝑉
= 𝑘𝑎2 − 𝑚𝑔𝑏 cos 𝜃 = 4000 NΤm 0,08 m 2
− 10 kg 9,81 mΤs 2 0,3 m cos 𝜃
d𝜃2
d2 𝑉
= 25,6 − 29,43 cos 0 = −3,83 < 0 → O equilíbrio é instável para 𝜃 = 0
d𝜃2
Para 𝜃 = 51,7°:
Posição
d2 𝑉
= 25,6 − 29,43 cos 51,7° = +7,36 > 0 → O equilíbrio é estável para 𝜃 = 51,7° indeformada
d𝜃2
Mecânica Aplicada I
d𝑷 d𝑷
𝑷 𝑷
σ 𝑀𝑦 : lj = σ 𝑥Δ𝑃 = 𝑃𝑑𝑥
𝑥𝑃
σ 𝑀𝑦 : lj = σ 𝑦Δ𝑃 = 𝑃𝑑𝑦
𝑦𝑊
Centróides de Superfícies e Linhas
Centróide de uma área (homogénea) Centróide de uma linha (homogénea)
𝑥𝑃
lj = න𝑥𝑑𝑃 ⟺ 𝑥lj 𝛾𝐴𝑡 = න𝑥 𝛾𝑡 𝑑𝐴 𝑥𝑃
lj = න𝑥𝑑𝑃 ⟺ 𝑥lj 𝛾𝑎𝐿 = න𝑥 𝛾𝑎 𝑑𝐿
Espessura constante Área transversal constante
𝑥𝐴
lj = න𝑥𝑑𝐴 = 𝑆𝑦 𝑥𝐿
lj = න𝑥𝑑𝐿 = 𝑆𝑦
𝑦𝐴
lj = න𝑦𝑑𝐴 = 𝑆𝑥 𝑦𝐿
lj = න𝑦𝑑𝐿 = 𝑆𝑥
Determinação da constante 𝒌:
𝑏 𝑏 2
𝑦 = 𝑘𝑥 2 ⇒ 𝑏 = 𝑘𝑎2 ⇒ 𝑘 = ⇒ 𝑦 = 𝑥
𝑎2 𝑎2
Determinação da área 𝑨:
𝑎 𝑘𝑥 2 𝑎 𝑎 𝑎
𝑘𝑥 2 2
𝑘𝑥 3 𝑘𝑎3 𝑎𝑏
𝐴 = නd𝐴 = න න d𝑦 d𝑥 = න 𝑦 0 d𝑥 = න 𝑘𝑥 d𝑥 = = =
3 0
3 3
0 0 0 0
𝑎 𝑘𝑥 2 𝑎 𝑘𝑥 2 𝑎 𝑎
𝑦2 𝑘2𝑥 4 𝑘2𝑥 5 𝑘𝑎5 𝑎𝑏 2 𝑠𝑥 3
𝑆𝑥 = න𝑦d𝐴 = න න 𝑦d𝑦 d𝑥 = න 𝑑𝑥 = න 𝑑𝑥 = = = = 𝑦𝐴
ത ⇒ 𝑦ത = = 𝑏
2 0
2 10 0
10 10 𝐴 10
0 0 0 0
Momentos Estáticos de Superfícies e Linhas
Uma superfície (ou linha) é simétrica relativamente a um eixo 𝐵𝐵’
se para qualquer ponto 𝑃 existe um ponto 𝑃’ tal que a linha 𝑃𝑃’ seja
perpendicular a 𝐵𝐵’ e seja dividida em duas partes iguais por 𝐵𝐵’.
Superfície triangular
Superfície de um quarto
de círculo
Superfície semicircular
Superfície de um quarto
de elipse
Superfície semi-elíptica
Superfície
semiparabólica
Superfície parabólica
Centróides de Superfícies com formas usuais
Formato
Superfície circular
Centróides de Linhas com formas usuais
Formato Comprimento
Arco de um quarto de
círculo
Arco semicircular
Arco de círculo
Placas e Fios Compostos
𝑋ሜ 𝑃 = 𝑥𝑃
lj 𝑷𝟑
σ𝑷 𝑷𝟏 𝑷𝟐
𝑌ത 𝑃 = 𝑦𝑃
lj
𝑋ሜ 𝐴 = 𝑥𝐴
lj
𝑌ሜ 𝐴 = 𝑦𝐴
lj
Problema Tipo
Determine para a superfície representada, (a) os momentos estáticos relativamente
aos eixos x e y, (b) a posição do seu centróide.
−𝑃Ԧ𝑗 = σ −Δ𝑃Ԧ𝑗
𝑷 = −𝑃𝒋
Na forma integral:
Semiesfera
Cone
Semielipsóide
de revolução
Pirâmide
Parabolóide de
revolução
Corpos Compostos
Se um corpo é composto por 𝑛 partes, o momento do seu peso total
em relação a 𝑂 é igual à soma dos momentos dos pesos das partes
65,3 mm
componentes relativamente a 𝑂: 114,3 mm
50,8 mm 12,7 mm
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
𝑋ሜ 𝑃𝑖 = 𝑥lj 𝑖 𝑃𝑖 𝑌ሜ 𝑃𝑖 = 𝑦lj 𝑖 𝑃𝑖 𝑍ሜ 𝑃𝑖 = 𝑧lj𝑖 𝑃𝑖
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 25,4 mm
25,4 mm
50,8 mm
Para um corpo homogéneo:
25,4 mm
12,7 mm
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
𝑋ሜ 𝑉𝑖 = 𝑥lj 𝑖 𝑉𝑖 𝑌ሜ 𝑉𝑖 = 𝑦lj 𝑖 𝑉𝑖 𝑍ሜ 𝑉𝑖 = 𝑧lj𝑖 𝑉𝑖 114,3 mm
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 50,8 mm
25,4 mm
50,8 mm
Problema Tipo
Localize o centro de gravidade da peça, de aço, de uma máquina representada
na figura. O diâmetro de cada furo é de 25,4 mm.
12,7 mm 4𝑟 4 50,8
= = 21,56 mm
3𝜋 3𝜋 57,2 mm
6,35 mm
6,35 mm
50,8 mm 38,1 mm
I 114,3 50,8 12,7 = 7,37 × 104 6,35 −25,4 57,2 4,68 × 105 −18,72 × 105 42,2 × 105
II 1Τ 𝜋 50,8 2 12,7 = 2,57 × 104
4 34,3 −21,6 6,35 8,82 × 105 −5,55 × 105 1,632 × 105
III −𝜋 12,7 2
12,7 = −0,644 × 104 6,35 −25,4 88,9 −0,409 × 105 1,636 × 105 −5,73 × 105
IV −𝜋 12,7 2
12,7 = −0,644 × 104 6,35 −25,4 38,1 −0,409 × 105 1,636 × 105 −2,45 × 105
Centro de gravidade:
𝑋ሜ σ 𝑉 = σ 𝑥𝑉
lj ⇒ 𝑋ሜ = 14,64 mm 𝑍ሜ σ 𝑉 = σ 𝑧𝑉
lj ⇒ 𝑌ሜ = −24,25 mm 𝑍ሜ σ 𝑉 = σ 𝑧𝑉
lj ⇒ 𝑍ሜ = 41,22 mm
Mecânica Aplicada I
A resistência dos elementos estruturais depende, em grande medida, das propriedades das suas secções
transversais, em particular dos momentos de segunda ordem, ou momentos de inércia, destas secções.
Momento de 2ª ordem, ou Momento de Inércia, de uma Superfície
Numa viga sujeita à flexão pura, as forças internas são forças distribuídas
cujas intensidades Δ𝐹 = 𝑘𝑦Δ𝐴 variam linearmente com a distância 𝑦 entre o
elemento de área Δ𝐴 e o eixo baricêntrico, constituindo um binário.
A intensidade da resultante 𝑅 das forças internas Δ𝐹Ԧ que actuam sobre a
secção é o momento estático 𝑆𝑥 :
𝑅 = 𝑘 𝑦 d𝐴 = 𝑆𝑥 = 0
𝐽𝑂 = න𝑟 2 𝑑𝐴
𝐽0 = න𝑟 2 𝑑𝐴 = න 𝑥 2 + 𝑦 2 𝑑𝐴 = න𝑥 2 𝑑𝐴 + න𝑦 2 𝑑𝐴 = 𝐼𝑦 + 𝐼𝑥
⇒ 𝐽0 = 𝐼𝑦 + 𝐼𝑥
Raios de Giração de uma Superfície
Considere uma superfície de área 𝐴 com momento de inércia 𝐼𝑥 relativamente ao eixo 𝑥.
Imagine-se que se concentra esta superfície num faixa estreita paralela ao eixo 𝑥.
A superfície concentrada apresentará o mesmo momento de inércia 𝐼𝑥 se for colocada a
uma distância 𝑖𝑥 , tal que
𝐼𝑥 = 𝑖𝑥2 𝐴 ⇒ 𝑖𝑥 = 𝐼𝑥 Τ𝐴
𝐼𝑦 = 𝑖𝑦2 𝐴 ⇒ 𝑖𝑦 = 𝐼𝑦 Τ𝐴
𝑖𝑦
𝐽𝑜 = 𝑖𝑜2 𝐴 ⇒ 𝑖𝑜 = 𝐽𝑜 Τ𝐴
Momento de inércia 𝑰𝒙 :
𝑎 𝑏𝑥 2 Τ𝑎2 𝑎 𝑏𝑥 2 Τ𝑎2 𝑎
𝑎
2 2
𝑦3 𝑏3𝑥 6 𝑏3 𝑥 7 𝑎𝑏 3
𝐼𝑥 = න 𝑦 d𝐴 = න න 𝑦 d𝑦d𝑥 = න d𝑥 = න 6
d𝑥 = 6 =
3 0 0 3𝑎 3𝑎 7 0
21
0 0 0
Momento de inércia 𝑰𝒚 :
𝑎 𝑏𝑥 2 Τ𝑎2 𝑎 𝑎
𝑎
2 2 2 𝑏𝑥 2 Τ𝑎2 𝑏𝑥 3 𝑏 𝑥5 𝑎3 𝑏
𝐼𝑦 = න 𝑥 d𝐴 = න 𝑥 න d𝑦d𝑥 = න 𝑥 𝑦 0 d𝑥 = න 2 d𝑥 = 2 =
0 𝑎 𝑎 5 5
0 0 0 0
Raios de giração 𝒊𝒙 e 𝒊𝒚 :
𝐼 = න𝑦 2 d𝐴 = න 𝑦 ′ + 𝑑 2 d𝐴 = න𝑦 ′2 d𝐴 + 2𝑑 න𝑦 ′ d𝐴 + 𝑑 2 නd𝐴 = 𝐼 ҧ + 2𝑑𝐴𝑦ത ′ + 𝑑 2 𝐴 = 𝐼 ҧ + 𝐴𝑑 2
onde:
𝐼 ҧ = momento de inércia da superfície relativamente ao eixo baricêntrico 𝐵𝐵′
𝑦 ′ d𝐴 = 𝑆𝑥 = 𝐴𝑦ത ′ = 0
Teorema dos eixos paralelos: o momento de inércia 𝐼 de uma superfície 𝐴 em relação a um dado eixo
𝐴𝐴’ é igual ao momento de inércia 𝐼 ҧ da superfície em relação a um eixo baricênctrico 𝐵𝐵’ paralelo a 𝐴𝐴’
mais o produto da área 𝐴 pelo quadrado da distância 𝑑 entre os dois eixos:
𝐼 = 𝐼 ҧ + 𝐴𝑑 2
Teorema dos Eixos Paralelos
Exemplo 1 – Momento de inércia de um círculo relativamente a uma
recta tangente:
1 5
𝐼𝑇 = 𝐼ሜ + 𝐴𝑑 2 = 𝜋𝑟 4 + 𝜋𝑟 2 𝑟 2 = 𝜋𝑟 4
4 4
2 2
𝑏ℎ3 1 1 1 2 𝑏ℎ3 𝑏ℎ3 2𝑏ℎ3 1 3
𝐼𝐷𝐷′ = − 𝑏ℎ ℎ + 𝑏ℎ ℎ = − + = 𝑏ℎ
12 2 3 2 3 12 18 9 4
Momentos de Inércia de Superfícies Conhecidas
Rectângulo Semicírculo
Círculo Elipse
Problema Tipo
Determine o momento de inércia da superfície sombreada relativamente ao eixo.
𝑃𝑥𝑦 = න 𝑥𝑦 d𝐴 = න 𝑥 ′ + 𝑥ҧ 𝑦 ′ + 𝑦ത d𝐴
= න 𝑥 ′ 𝑦 ′ d𝐴 + 𝑦ത න 𝑥 ′ d𝐴 + 𝑥ҧ න 𝑦 ′ d𝐴 + 𝑥ҧ 𝑦ത න d𝐴 = 𝐼ሜ𝑥𝑦 + 0 + 0 + 𝑥lj 𝑦𝐴
lj
𝑃𝑥𝑦 = 𝑃ሜ𝑥𝑦 + 𝑥lj 𝑦𝐴
lj
Eixos Principais de Inércia e Momentos Principais de Inércia
Considere-se a superfície de área 𝐴 e o referencial 𝑥𝑦, para os quais
são conhecidos os momentos e o produto de inércia:
𝐼𝑥 = න𝑦 2 𝑑𝐴 𝐼𝑦 = න𝑥 2 𝑑𝐴 𝑃𝑥𝑦 = න𝑥𝑦𝑑𝐴
𝑥 ′ = 𝑥 cos 𝜃 + 𝑦 sin 𝜃
2
𝑦 ′ = 𝑦 cos 𝜃 − 𝑥 sin 𝜃 ⇒ 𝐼𝑥′ = න𝑦 ′ 𝑑𝐴 = cos2 𝜃 න𝑦 2 𝑑𝐴 − 2 sen 𝜃 cos 𝜃 න𝑥𝑦𝑑𝐴 + sen2 𝜃 න𝑥 2 𝑑𝐴
𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦
2 2
𝐼𝑥 ′ = 𝐼𝑥 cos 𝜃 − 2𝑃𝑥𝑦 sen 𝜃 cos 𝜃 + 𝐼𝑦 sen 𝜃 𝐼𝑥 ′ = + cos 2𝜃 − 𝑃𝑥𝑦 sen 2𝜃
2 2
𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦
𝐼𝑦′ = 𝐼𝑥 sen2 𝜃 − 2𝑃𝑥𝑦 sen 𝜃 cos 𝜃 + 𝐼𝑦 cos 2 𝜃 𝐼𝑦′ = − cos 2𝜃 + 𝑃𝑥𝑦 sen 2𝜃
2 2
𝑃𝑥 ′ 𝑦′ = 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 sen 𝜃 cos 𝜃 + 𝑃𝑥𝑦 cos 2 𝜃 − sen2 𝜃 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦
𝑃𝑥 ′ 𝑦 ′ = sen 2𝜃 + 𝑃𝑥𝑦 cos 2𝜃
2
Eixos Principais de Inércia e Momentos Principais de Inércia
Verifica-se que 𝐼𝑥 ′ + 𝐼𝑦′ = 𝐼𝑥 + 𝐼𝑦
2 2
𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 2
⇒ 𝐼𝑥 ′ − + 𝑃𝑥2′ 𝑦′ = 2
+ 𝑃𝑥𝑦 ⟺ 𝐼𝑥 ′ − 𝐼méd + 𝑃𝑥2′ 𝑦′ = 𝑅2
2 2 𝑃𝑥 ′ 𝑦′
𝐼𝑥 ′
onde:
2
𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 2
𝐼méd = 𝑅= + 𝑃𝑥𝑦 𝑃𝑥 ′ 𝑦 ′
2 2
𝐼𝑥 ′
As equações para 𝐼𝑦′ e 𝑃𝑥 ′𝑦′ levam às mesmas equações e ao 𝐼min
𝐼max
Eixos Principais de Inércia e Momentos Principais de Inércia
Nos pontos 𝐴 e 𝐵, 𝑃𝑥 ′𝑦′ = 0 e 𝐼𝑥 ′ apresenta os seus valores máximo e mínimo,
respectivamente 𝑃𝑥 ′ 𝑦′
𝐼𝑥 ′
2
𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 2
𝐼máx,min = 𝐼méd ± 𝑅 = ± + 𝑃𝑥𝑦 2𝜃𝑚
2 2
𝑃𝑥 ′ 𝑦 ′
A equação anterior define dois valores 2𝜃𝑚 separados por 180°, e, portanto, dois valores de 𝜃𝑚 separados
por 90°, que correspondem aos dois eixos principais de inércia em 𝑂, perpendiculares entre si, onde os
momentos de inércia apresentam os valores máximo 𝐼máx e mínimo 𝐼min .
𝑏 ℎ(1−𝑥Τ𝑏) 𝑏 ℎ(1−𝑥Τ𝑏) 𝑏
𝑦2 𝑥ℎ2 𝑥 2
𝑃𝑥𝑦 = න 𝑥𝑦d𝐴 = න 𝑥 න 𝑦d𝑦d𝑥 = න 𝑥 d𝑥 = න 1− d𝑥
2 0
2 𝑏
0 0 0 0
𝑏
ℎ2 2𝑥 2 𝑥 3 ℎ2 𝑏 2 2𝑏3 𝑏4 1 2 2
= න𝑥 − + d𝑥 = − + = 𝑏 ℎ
2 𝑏 𝑏 2 2 3𝑏 4𝑏 24
0
ഥ 𝒙′′ 𝒚′′
Produto de inércia 𝑷
1 2 2 1 1 𝑏ℎ 1
𝑃𝑥 ′ 𝑦′ = 𝑃ത𝑥 ′′ 𝑦′′ + 𝑥ҧ 𝑦𝐴
ത ⟺ 𝑏 ℎ = 𝑃ത𝑥 ′′ 𝑦′′ + 𝑏 ℎ ⇒ 𝑃ത𝑥 ′′ 𝑦′′ = − 𝑏 2 ℎ2
24 3 3 2 72
Problema Tipo
Os momentos de inércia da secção representada na figura relativamente aos 300 mm
eixos 𝑥 e 𝑦 são
𝐼𝑥 = 10,38 × 108 mm4 𝐼𝑦 = 6,07 × 108 mm4 50 mm
𝑃𝑥𝑦 = 𝑃ሜ 𝑥 ′𝑦′ + 𝑥lj 𝑦𝐴
lj = 𝑥lj 𝑦𝐴
lj
175 mm
Rectângulo Área (mm2 ) 𝑥lj (mm) 𝑦lj (mm) 𝑥lj 𝑦𝐴
lj (mm4 )
I 1.5 × 104 −125 +175 −3,28 × 108
4
II 1.5 × 10 0 0 0 175 mm
III 1.5 × 104 +125 −175 −3,28 × 108
𝜃𝑚 = 37,7° e 𝜃𝑚 = 127,7°
(b) Eixos principais de inércia
2 2
𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 2 =
10,38 × 108 + 6,97 × 108 10,38 − 6,97
𝐼max,min = ± + 𝑃𝑥𝑦 ± 108 × + −6,56 2
2 2 2 2
𝑃𝑥 ′𝑦′
𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 2 𝑃𝑥𝑦
𝑂𝐶 = 𝐼méd = 𝐶𝑋 = 𝐶𝑌 = 𝑅 = + 𝑃𝑥𝑦
2 2
−𝑃𝑥𝑦
e também −𝑃𝑥′𝑦′
𝐼𝑥 = 7,24 × 106 mm4 𝐼𝑦 = 2,61 × 106 mm4 𝑃𝑥𝑦 = −2,54 × 106 mm4
−2𝑃𝑥𝑦 𝐷𝑋 1
tan 2𝜃𝑚 = = ⇒ 𝐶𝐷 = 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 = 2.315 × 106 mm4 𝑋 (7,24; −2,54)
𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 𝐶𝐷 2
𝐼𝑥 = 7,24 × 106 mm4 𝐼𝑦 = 2,61 × 106 mm4 𝑃𝑥𝑦 = −2,54 × 106 mm4
𝑋 (7,24; −2,54)
6 4 6 4
𝐼máx = 𝑂𝐴 = 𝑂𝐶 + 𝐶𝐴 = 𝐼méd + 𝑅 = 4,925 + 3,437 × 10 mm = 8,36 × 10 mm
𝐼𝑥 = 7,24 × 106 mm4 𝐼𝑦 = 2,61 × 106 mm4 𝑃𝑥𝑦 = −2,54 × 106 mm4
Os pontos 𝐶𝑋’ e CY’ (correspondentes aos eixos 𝑥’ e 𝑦’) obtêm-se rodando 4,925 × 106 mm4
𝐼
𝐼 = 𝑖2𝑚 𝑖= 𝑖
𝑚
Momento e Produto de Inércia de uma Massa
O momento de inércia de um corpo de massa 𝑚 relativamente ao eixo 𝑦 é
𝐼𝑦 = න𝑟 2 d𝑚 = න 𝑧 2 + 𝑥 2 d𝑚
Para os três eixos temos
𝐼𝑥 = න 𝑦 2 + 𝑧 2 d𝑚
𝐼𝑦 = න 𝑧 2 + 𝑥 2 d𝑚
𝐼𝑧 = න 𝑥 2 + 𝑦 2 d𝑚
𝑥 = 𝑥´ + 𝑥ҧ 𝑦 = 𝑦´ + 𝑦ത 𝑧 = 𝑧´ + 𝑧ҧ
𝐼𝑥 = න 𝑦 2 + 𝑧 2 𝑑𝑚 = න 𝑦 ′ + 𝑦lj 2
+ 𝑧 ′ + 𝑧lj 2
𝑑𝑚
= 𝐼ሜ𝑥 ′ + 0 + 0 + 𝑚 𝑦lj 2 + 𝑧lj 2
Para um eixo arbitrário 𝐴𝐴’ e um eixo paralelo baricêntrico 𝐵𝐵’ a uma distância 𝑑
𝐼 = 𝐼 ҧ + 𝑚𝑑 2 𝑖 2 = 𝑖2ҧ + 𝑑 2
Teorema dos Eixos Paralelos
Podemos também escrever o teorema dos eixos paralelos para os produtos de inércia
da massa 𝑚
𝑃𝑥𝑦 = න𝑥𝑦 𝑑𝑚 = න 𝑥 ′ + 𝑥lj 𝑦 ′ + 𝑦lj 𝑑𝑚
= න𝑥 ′ 𝑦 ′ 𝑑𝑚 + 𝑥lj න𝑦 ′ 𝑑𝑚 + 𝑦lj න𝑥 ′ 𝑑𝑚 + 𝑥lj 𝑦lj න𝑑𝑚
= 𝑃ሜ 𝑥′ 𝑦′ + 0 + 0 + 𝑚𝑥lj 𝑦lj
𝑃𝑥𝑦 = 𝑃ሜ 𝑥 ′ 𝑦′ + 𝑚𝑥lj 𝑦lj
𝑃𝑥𝑧 = 𝑃ሜ 𝑥 ′ 𝑧 ′ + 𝑚𝑥lj 𝑧lj
𝑃𝑦𝑧 = 𝑃ሜ 𝑦′ 𝑧 ′ + 𝑚𝑦lj 𝑧lj
Tensor de Inércia
O tensor de inércia de um corpo em relação a um dado ponto 𝑂 é dado pela matriz :
onde os elementos da matriz são os momentos e os produtos de inércia em relação ao mesmo ponto 𝑂.
Nesta notação, temos então:
2𝑃𝑥𝑦 2𝐼𝑥𝑦
tan 2𝜃𝑚 = − =
𝐼𝑥 − 𝐼𝑦 𝐼𝑥 − 𝐼𝑦
ҧ
𝐼𝑥𝑥 0 0
𝐼𝑖𝑗ҧ = 0 ҧ
𝐼𝑦𝑦 0
0 0 ҧ
𝐼𝑧𝑧
1 3 1 𝑥
⇒ 𝐼𝐴𝐴′ = 𝜌𝑡𝐼𝐴𝐴′ ,sup 𝜌𝑡 𝑎 𝑏 = 𝑚𝑎2
12 12
1 1
𝐼𝐵𝐵′ = 𝜌𝑡𝐼𝐵𝐵′ ,sup = 𝜌𝑡 𝑎𝑏 3 = 𝑚𝑏 2
12 12
𝑧
1
𝐼𝐶𝐶 ′ = 𝐼𝐴𝐴′ + 𝐼𝐵𝐵′ = 𝑚 𝑎2 + 𝑏 2
12
Placa circular
1 4 1
𝐼𝐴𝐴′ = 𝐼𝐵𝐵′ = 𝜌𝑡𝐼𝐴𝐴′ ,sup = 𝜌𝑡 𝜋𝑟 = 𝑚𝑟 2
4 4
1
𝐼𝐶𝐶 ′ = 𝐼𝐴𝐴′ + 𝐼𝐵𝐵′ = 𝑚𝑟 2
2
Momentos de Inércia de Corpos Conhecidos
Barra esbelta
Disco fino
Placa rectangular
Fina Cilindro circular
Cone circular
Prisma rectangular
Esfera
Problema Tipo
76,2 mm
Uma peça forjada de aço consiste num prisma rectangular de 152,4 × 50,8 × 50,8 mm
25,4 mm
e em dois cilindros com 50,8 mm de diâmetro e 76,2 mm de comprimento, como se
representa na figura. Sabendo que o peso específico do aço é 77,0 kNΤm3 , determine
os momentos de inércia da peça relativamente aos eixos coordenados. 50,8 mm
Prisma 50,8 mm
1 1
𝐼𝑦′ = 𝐼𝑧 ′ = 𝑚 𝑏2 + 𝑎2 = 3,09 kg 0,0508 m 2
+ 0.1524 m 2
= 6,65 × 10−3 kg ⋅ m2
12 12
1 1 𝑦′
𝐼𝑥 ′ = 𝑚 𝑏2 + 𝑐 2 = 3,09 kg 2 × 0,0508 m 2
= 1,329 × 10−3 kg ⋅ m2
12 12
Cilindros 50,8 mm
50,8 mm
𝐼𝑦 = 1,329 × 10−3 + 2 5,67 × 10−3 = 12,67 × 10−3 kg ⋅ m2
50,8 mm
Momento de Inércia de um Corpo em relação a um Eixo Arbitrário
Pretende-se calcular o momento de inércia de um corpo relativamente a um eixo
arbitrário 𝑂𝐿 que passa na origem.
𝑖Ԧ 𝑗Ԧ 𝑘
Ԧ
𝜆 × 𝑟Ԧ = 𝜆𝑥 𝜆𝑦 𝜆𝑧 = 𝜆𝑥 𝑦 − 𝜆𝑦 𝑥 𝑖Ԧ + 𝜆𝑦 𝑧 − 𝜆𝑧 𝑦 𝑗Ԧ + 𝜆𝑧 𝑥 − 𝜆𝑥 𝑧 𝑘
𝑥 𝑦 𝑧
2 2 2
⇒ 𝐼𝑂𝐿 = න 𝜆Ԧ × 𝑟Ԧ d𝑚 = න 𝜆𝑥 𝑦 − 𝜆𝑦 𝑥 + 𝜆𝑦 𝑧 − 𝜆𝑧 𝑦 + 𝜆𝑧 𝑥 − 𝜆𝑥 𝑧 2
d𝑚
= 𝜆2𝑥 𝑦 2 + 𝑧 2 d𝑚 + 𝜆2𝑦 𝑧 2 + 𝑥 2 d𝑚+ 𝜆2𝑧 𝑥 2 + 𝑦 2 d𝑚 − 2𝜆𝑥 𝜆𝑦 𝑦𝑥 d𝑚 −2𝜆𝑦 𝜆𝑧 𝑧𝑦 d𝑚 − 2𝜆𝑥 𝜆𝑧 𝑥 zd𝑚
𝐼𝑥 ′ 𝑥 ′2 + 𝐼𝑦′ 𝑦 ′2 + 𝐼𝑧 ′ 𝑧 ′2 = 1
𝑃 𝑥 ′ 𝑦 ′ = 𝑃𝑦 ′ 𝑧 ′ = 𝑃𝑥 ′ 𝑧 ′ = 0
Mecânica Aplicada I
11 – Cinemática de Partículas
Introdução
O estudo da Dinâmica inclui:
𝑥 = 6𝑡 2 − 𝑡 3
Δ𝑥 d𝑥
Velocidade instantânea = 𝑣 = lim =
Δ𝑡→0 Δ𝑡 d𝑡
Δ𝑣
Aceleração média =
Δ𝑡
Δ𝑣 d𝑣 d2 𝑥 d𝑣
Aceleração instantânea = 𝑎 = lim = = =𝑣
Δ𝑡→0 Δ𝑡 d𝑡 d𝑡 2 d𝑥
No exemplo anterior
d𝑥 d 6𝑡 2 − 𝑡 3 𝑑𝑣
𝑣= = = 12𝑡 − 3𝑡 2 𝑎= = 12 − 6𝑡
d𝑡 d𝑡 𝑑𝑡
Determinação do Movimento de uma Partícula
O movimento de uma partícula é conhecido se a posição 𝑥 for conhecida para todo o tempo 𝑡.
Normalmente, as condições de movimento são definidas pela aceleração da partícula em função do tempo.
⇒ 𝑥 𝑡 − 𝑥0 = න 𝑣 𝑡 d𝑡
0
Aceleração dada em função da posição, 𝑎 = 𝑓 𝑥
d𝑥 d𝑥 d𝑣 d𝑣
𝑣= ⟺ d𝑡 = 𝑎= ⟺𝑎=𝑣 =𝑓 𝑥
d𝑡 𝑣 d𝑡 d𝑥
𝑣 𝑥 𝑥
𝑣d𝑣 = 𝑓 𝑥 d𝑥 ⇒ න 𝑣d𝑣 = න 𝑓 𝑥 d𝑥 𝑥
𝑣0 𝑥0 1 1
⇒ 𝑣 𝑥 2
− 𝑣02 = න 𝑓 𝑥 d𝑥
2 2
𝑥0
Determinação do Movimento de uma Partícula
Aceleração dada em função da velocidade, 𝑎 = 𝑓 𝑣
𝑣 𝑡 𝑡 𝑣 𝑡
d𝑣 d𝑣 d𝑣 d𝑣
=𝑎=𝑓 𝑣 ⟺ = d𝑡 ⇒ න = න d𝑡 ⟺ න =𝑡
d𝑡 𝑓 𝑣 𝑓 𝑣 𝑓 𝑣
𝑣0 0 𝑣0
𝑥 𝑡 𝑣 𝑡
𝑑𝑣 𝑣𝑑𝑣 𝑣𝑑𝑣
𝑣 = 𝑎 = 𝑓 𝑣 ⟺ 𝑑𝑥 = ⇒ න 𝑑𝑥 = න
𝑑𝑥 𝑓 𝑣 𝑓 𝑣
𝑥0 𝑣0
𝑣 𝑡
𝑣𝑑𝑣
⇒ 𝑥 𝑡 − 𝑥0 = න
𝑓 𝑣
𝑣0
Problema Tipo
Uma bola é arremessada com uma velocidade de 10 mΤs dirigida verticalmente para
cima, a partir de uma janela localizada 20 m acima do solo. Sabendo que a aceleração
da bola é constante e igual a 9,81 mΤs 2 para baixo, determine (a) a velocidade 𝑣 e a
altura da bola 𝑦 em qualquer instante, (b) a altura máxima alcançada pela bola e o
correspondente valor de 𝑡, (c) o instante para o qual a bola toca o solo e a
correspondente velocidade. Trace os diagramas 𝑣 − 𝑡 e 𝑦 − 𝑡.
a) Velocidade e altura
𝑣 𝑡 𝑡
𝑑𝑣
= 𝑎 = −9,81 mΤs 2 ⇒ න 𝑑𝑣 = − න 9,81𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑣0 0
⇒ 𝑣 𝑡 − 𝑣0 = −9,81𝑡 ⇒ 𝑣 = 10 − 9,8 𝑡 (mΤs)
𝑦 𝑡 𝑡
𝑑𝑦
= 𝑣 = 10 − 9.81𝑡 ⇒ න 𝑑𝑦 = න 10 − 9.81𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑦0 0
1 1 2
⇒ 𝑦 𝑡 − 𝑦0 = 10𝑡 − 9.81𝑡 2 ⇒ 𝑦 𝑡 = 20 + 10𝑡 − 9.81𝑡 2 (mΤs )
2 2
Problema Tipo
Uma bola é arremessada com uma velocidade de 10 mΤs dirigida verticalmente para
cima, a partir de uma janela localizada 20 m acima do solo. Sabendo que a aceleração
da bola é constante e igual a 9,81 mΤs 2 para baixo, determine (a) a velocidade 𝑣 e a
altura da bola 𝑦 em qualquer instante, (b) a altura máxima alcançada pela bola e o
correspondente valor de 𝑡, (c) o instante para o qual a bola toca o solo e a
correspondente velocidade. Trace os diagramas 𝑣 − 𝑡 e 𝑦 − 𝑡.
b) Elevação máxima
𝑣 = 0 ⇒ 𝑣 𝑡 = 10 − 9,81 𝑡 = 0 ⇒ 𝑡 = 1,019 s
1 2
⇒ 𝑦máx = 𝑦 𝑡 = 1,019 = 20 + 10 1,019 s − 9.81 1,019 s = 25,1 m
2
a) 𝒗 em função de 𝒕
𝑣 𝑡 𝑡
𝑑𝑣 𝑑𝑣 𝑣 𝑡
𝑎= = −𝑘𝑣 ⇒ න = −𝑘 න 𝑑𝑡 ⇒ ln = −𝑘𝑡 ⇒ 𝑣 𝑡 = 𝑣0 𝑒 −𝑘𝑡
𝑑𝑡 𝑣 𝑣0
𝑣0 0
b) 𝒙 em função de 𝒕
𝑥 𝑡 𝑡 𝑡
𝑑𝑥 1
𝑣 𝑡 = = 𝑣0 𝑒 −𝑘𝑡 ⇒ න 𝑑𝑥 = 𝑣0 න 𝑒 −𝑘𝑡 𝑑𝑡 ⇒ 𝑥 𝑡 = 𝑣0 − 𝑒 −𝑘𝑡
𝑑𝑡 𝑘 0
0 0
𝑣0
⇒𝑥 𝑡 = 1 − 𝑒 −𝑘𝑡
𝑘
Problema Tipo
O amortecedor que se destina à atenuação do movimento de recuo em algumas
pistão
armas compõe-se essencialmente de um pistão, que se move no interior de um
Cilindro cheio de óleo, e é solidário com o cano. Quando se dá o recuso do cano
com velocidade inicial 𝑣0 , o pistão desloca-se e força a passagem de fluido por
orifícios ali existentes, causando uma desaceleração do cano, cujo valor é
Proporcional à sua velocidade, ou seja 𝑎 = −𝑘𝑣. Nestas condições exprima
óleo
(a) 𝑣 em função de 𝑡, (b) 𝑥 em função de 𝑡, (c) 𝑣 em função de 𝑥.
Trace as correspondentes curvas do movimento.
c) 𝒗 em função de 𝒙
𝑣 𝑥
𝑑𝑣
𝑎=𝑣 = −𝑘𝑣 ⟺ 𝑑𝑣 = −𝑘𝑑𝑥 ⇒ න 𝑑𝑣 = −𝑘 න 𝑑𝑥 ⇒ 𝑣 − 𝑣0 = −𝑘𝑥
𝑑𝑥
𝑣0 0
Método alternativo:
𝑣0
𝑥 𝑡 = 1 − 𝑒 −𝑘𝑡
𝑘 𝑣0 𝑣 𝑡
⇒𝑥 𝑡 = 1− ⇒ 𝑣 − 𝑣0 = −𝑘𝑥
𝑣 𝑡 = 𝑣0 𝑒 −𝑘𝑡 𝑘 𝑣0
Movimentos Rectilíneo Uniforme e Uniformemente Acelerado
Movimento rectilíneo uniforme: a aceleração 𝑎 é nula e a velocidade é constante
𝑥 𝑡
𝑑𝑥
= 𝑣 = constant ⇒ න 𝑑𝑥 = 𝑣 න 𝑑𝑡 ⇒ 𝑥 − 𝑥0 = 𝑣𝑡 ⇒ 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑡
𝑑𝑡
𝑥0 0
𝑣 𝑡
𝑑𝑣
= 𝑎 = constante ⇒ න 𝑑𝑣 = 𝑎 න 𝑑𝑡 ⇒ 𝑣 − 𝑣0 = 𝑎𝑡 ⇒ 𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡
𝑑𝑡
𝑣0 0
𝑥 𝑡
𝑑𝑥 1 1
= 𝑣0 + 𝑎𝑡 ⇒ න 𝑑𝑥 = න 𝑣0 + 𝑎𝑡 𝑑𝑡 ⇒ 𝑥 − 𝑥0 = 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑡 2 ⇒ 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑡 2
𝑑𝑡 2 2
𝑥0 0
𝑣 𝑥
𝑑𝑣 1
𝑣 = 𝑎 = constante ⇒ න 𝑣𝑑𝑣 = 𝑎 න 𝑑𝑥 ⇒ 𝑣 2 − 𝑣02 = 𝑎 𝑥 − 𝑥0 ⇒ 𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑎 𝑥 − 𝑥0
𝑑𝑥 2
𝑣0 𝑥0
Movimentos Relativo de Duas Partículas
Para partículas que se movem ao longo da mesma linha, o tempo deve ser
registrado a partir do mesmo instante inicial e os deslocamentos devem ser
medidos a partir da mesma origem na mesma direcção.
Posição de 𝐵 relativamente a 𝐴
Velocidade de 𝐵 relativamente a 𝐴
𝑣𝐵Τ𝐴 = 𝑣𝐵 − 𝑣𝐴 ⇒ 𝑣𝐵 = 𝑣𝐴 + 𝑣𝐵Τ𝐴
Aceleração de 𝐵 relativamente a 𝐴
𝑎𝐵Τ𝐴 = 𝑎𝐵 − 𝑎𝐴 ⇒ 𝑎𝐵 = 𝑎𝐴 + 𝑎𝐵Τ𝐴
Movimento Curvilíneo de Partículas
Uma partícula que se desloque ao longo de uma trajectória que não seja uma
linha recta está em movimento curvilíneo.
Δ𝑟Ԧ 𝑑 𝑟Ԧ
𝑣Ԧ = lim = = velocidade instantânea da partícula
Δ𝑡→0 Δ𝑡 𝑑𝑡
Δ𝑠 𝑑𝑠
𝑣 = lim = = intensidade da velocidade da partícula
Δ𝑡→0 Δ𝑡 𝑑𝑡
Movimento Curvilíneo de Partículas
Considere a partícula que nos instante 𝑡 e 𝑡 𝛥𝑡 a velocidade da partícula é 𝑣Ԧ e
𝑣Ԧ ′ , respectivamente.
Δ𝑣 𝑑𝑣
𝑎Ԧ = lim = = aceleração instantânea da partícula
Δ𝑡→0 Δ𝑡 𝑑𝑡
Δ𝑣 𝑑𝑣
𝑎 = lim = = intensidade da aceleração da partícula
Δ𝑡→0 Δ𝑡 𝑑𝑡
𝑑P Δ𝑃Ԧ 𝑃Ԧ 𝑢 + Δ𝑢 − 𝑃Ԧ 𝑢
= lim = lim
d𝑢 Δ𝑢→0 Δ𝑢 Δ𝑢→0 Δ𝑢
d 𝑃Ԧ • 𝑄 d𝑃Ԧ d𝑄 d 𝑃Ԧ × 𝑄 d𝑃Ԧ d𝑄
= • 𝑄 + 𝑃Ԧ • = × 𝑄 + 𝑃Ԧ ×
d𝑢 d𝑢 d𝑢 d𝑢 d𝑢 d𝑢
Componentes Cartesianas da Velocidade e da Aceleração
Quando a posição de uma partícula é definida em qualquer instante pelas
suas coordenadas rectangulares ou cartesianas 𝑥, 𝑦 e 𝑧:
𝑟Ԧ = 𝑥Ԧ𝑖 + 𝑦Ԧ𝑗 + 𝑧𝑘
Vector velocidade
d𝑥 d𝑦 d𝑧
𝑣Ԧ = 𝑖Ԧ + 𝑗Ԧ + 𝑘 = 𝑥Ԧሶ 𝑖 + 𝑦Ԧ
ሶ 𝑗 + 𝑧𝑘
ሶ = 𝑣𝑥 𝑖Ԧ + 𝑣𝑦 𝑗Ԧ + 𝑣𝑧 𝑘
d𝑡 d𝑡 d𝑡
Vector aceleração
𝑎𝑥 = 𝑥ሷ = 0 𝑎𝑦 = 𝑦ሷ = −𝑔 𝑎𝑧 = 𝑧ሷ = 0
𝑥0 = 𝑦0 = 𝑧0 = 0 𝑣𝑥 0 ≠ 0, 𝑣𝑦 ≠ 0, 𝑣𝑧 0 =0
0
𝑣𝑥 = 𝑣𝑥 0 𝑣𝑦 = 𝑣𝑦 − 𝑔𝑡 𝑣𝑧 = 0
0
1
𝑥 = 𝑣𝑥 0 𝑡 𝑦 = 𝑣𝑦 𝑦 − 𝑔𝑡 2 𝑧=0
0 2
O movimento do projéctil pode ser decomposto em dois movimentos
rectilíneos independentes:
O movimento absoluto de 𝐵 pode obter-se pela adição vectorial do movimento de 𝐴 com o movimento de B
relativamente a A.
Componentes Tangencial e Normal
O vector velocidade de uma partícula é tangente à sua trajectória.
𝑑𝑒Ԧ𝑡 𝑑𝑠 Δ𝜃 Δ𝑠Τ2 Δ𝜃 Δ𝑠 Δ𝑠 d𝜃 1
= 𝑒Ԧ𝑛 =𝑣 sin = ⇒ ≈ ⟺ Δ𝜃 = ⇒ =
𝑑𝜃 𝑑𝑡 2 𝜌 2 2𝜌 𝜌 d𝑠 𝜌
d𝑣 d𝑒Ԧ𝑡 1 𝑑𝑣 𝑣2
⇒ 𝑎Ԧ = 𝑒Ԧ𝑡 + 𝑣 𝑣 𝑎Ԧ = 𝑒Ԧ + 𝑒Ԧ = 𝑎𝑡 𝑒Ԧ𝑡 + 𝑎𝑛 𝑒Ԧ𝑛
d𝑡 d𝜃 𝜌 𝑑𝑡 𝑡 𝜌 𝑛
𝑑 𝑑𝑟 𝑑 𝑒Ԧ𝑟
𝑟Ԧ = 𝑟𝑒Ԧ𝑟 ⇒ 𝑣Ԧ = 𝑟𝑒Ԧ𝑟 = 𝑒Ԧ𝑟 + 𝑟
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑒Ԧ𝑟 𝑑𝑒Ԧ𝜃
= 𝑒Ԧ𝜃 = −𝑒Ԧ𝑟
𝑑𝜃 𝑑𝜃
𝑑𝑟 𝑑𝜃 𝑑 𝑒Ԧ𝑟
⇒ 𝑣Ԧ = 𝑒Ԧ𝑟 + 𝑟 ⇒ 𝑣Ԧ = 𝑟ሶ 𝑒Ԧ𝑟 + 𝑟𝜃ሶ 𝑒Ԧ𝜃
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝜃
𝑣𝑟 = 𝑟ሶ 𝑣𝜃 = 𝑟𝜃ሶ
Quando uma partícula 𝑃 se move ao longo de uma circunferência com centro em 𝑂, temos
𝑟 = const: 𝑣𝑟 = 0 𝑣𝜃 = 𝑟𝜃ሶ
𝑎𝑟 = 𝑟𝜃ሶ 2 𝑎𝜃 = 𝑟𝜃ሷ
Vector de posição 𝑷
𝑟Ԧ = 𝑅𝑒Ԧ𝑅 + 𝑧𝑘
Velocidade
𝑑𝑒Ԧ𝑅 𝑑 𝑟Ԧ
= 𝑒Ԧ𝜃 ⇒ 𝑣Ԧ = = 𝑅ሶ 𝑒Ԧ𝑅 + 𝑅𝜃ሶ 𝑒Ԧ𝜃 + 𝑧𝑘
ሶ
𝑑𝜃 𝑑𝑡
Aceleração
𝑑 𝑣Ԧ
𝑎Ԧ = = 𝑅ሷ − 𝑅𝜃ሶ 2 𝑒Ԧ𝑅 + 𝑅𝜃ሷ + 2𝑅ሶ 𝜃ሶ 𝑒Ԧ𝜃 + 𝑧𝑘
ሷ
𝑑𝑡
Problema Tipo
Um motorista desloca-se à velocidade de 96,5 kmΤh numa zona curva de uma 𝑣𝐴 = 96,5 kmΤh
autoestrada cujo raio de curvatura é de 762 m. O condutor aplica repentinamente
os travões, provocando uma desaceleração constante. Sabendo que, 8 s depois,
a velocidade se reduziu para 72,4 kmΤh , determine a aceleração do automóvel
imediatamente após os travões terem sido accionados.
1000 m
96,5 kmΤh = 96,5 × = 26,8 mΤs
3600 s Δ𝑣 20,1 mΤs − 26,8 mΤs
⇒ 𝑎𝑡 = = = −0,84 mΤs 2
72,4 kmΤh = 20,1 mΤs Δ𝑡 8s
𝑎𝑡 = 0,84 mΤs 2
Componente normal da aceleração
𝑣2 26,8 mΤs 2
2
𝑎𝑛 = = = 0,94 mΤs
𝜌 762 m
2 𝑎𝑛 0,94
𝑎= 𝑎𝑡2 + 𝑎𝑛2 = −0,84 2 + 0,942 = 1,26 mΤs 𝛼 = tan−1 = tan−1 = 48,2°
𝑎𝑡 0,84
Problema Tipo
A rotação do braço 𝑂𝐴 com 0,9 m é definida pela relação 𝜃 = 0,15 𝑡 2, na qual 𝜃 é
expresso em radianos, e 𝑡 em segundos. O cursor 𝐵 desliza ao longo do braço,
de tal modo que a distância a partir de 𝑂 é 𝑟 = 0,9 − 0,12𝑡 2 , em que 𝑟 é expresso
em metros, e 𝑡, em segundos. Após o braço ter rodado 30°, determine (a) a
velocidade total do cursor, (b) a aceleração total do cursor, (c) a aceleração
do cursor relativamente ao braço.
Equação do movimento
a) Velocidade de 𝑩
𝑣𝑟 = 𝑟ሶ = −0.449 mΤ𝑠
𝑣𝜃
𝑣= 𝑣𝑟2 + 𝑣𝜃2 = 0,524 mΤs 𝛽 = tan−1 = 31,0°
𝑣𝑟
Problema Tipo
A rotação do braço 𝑂𝐴 com 0,9 m é definida pela relação 𝜃 = 0,15 𝑡 2, na qual 𝜃 é
expresso em radianos, e 𝑡 em segundos. O cursor 𝐵 desliza ao longo do braço,
de tal modo que a distância a partir de 𝑂 é 𝑟 = 0,9 − 0,12𝑡 2 , em que 𝑟 é expresso
em metros, e 𝑡, em segundos. Após o braço ter rodado 30°, determine (a) a
velocidade total do cursor, (b) a aceleração total do cursor, (c) a aceleração
do cursor relativamente ao braço.
b) Aceleração de 𝑩
𝑎𝜃 = 𝑟𝜃ሷ + 2𝑟ሶ 𝜃ሶ = 0.481m 0.3 radΤs 2 + 2 −0.449 mΤs 0.561 radΤs = −0.359 mΤs 2
𝑎𝜃
𝑎= 𝑎𝑟2 + 𝑎𝜃2 = 0,531 mΤs 2 𝛾 = tan−1 = 42,6°
𝑎𝑟
• Translação:
• Translação Rectilínea
• Translação Curvilínea
• Movimento geral
Translação
Considere um corpo rígido na translação:
d2 𝑟Ԧ𝐵
𝑎Ԧ𝐵 = 2
= 𝑟Ԧ𝐵ሷ = 𝑟Ԧ𝐴ሷ + 𝑟Ԧሷ 𝐵Τ𝐴 = 𝑟Ԧ𝐴ሷ = 𝑎Ԧ𝐴 ⇒ 𝑎Ԧ𝐵 = 𝑎Ԧ𝐴
d𝑡
Δ𝑠 = 𝐵𝑃 Δ𝜃 = 𝑟 sen 𝜑 Δ𝜃
d𝑠 Δ𝜃
𝑣= = lim 𝑟 sen 𝜑 = 𝑟𝜃ሶ sen 𝜑
d𝑡 Δ𝑡→0 Δ𝑡
d𝑟Ԧ
𝑣Ԧ = = 𝜔 × 𝑟Ԧ
d𝑡
ሶ = velocidade angular.
onde 𝜔 = 𝜔𝑘 = 𝜃𝑘
Rotação em Torno de um Eixo Fixo. Aceleração
A aceleração de 𝑃 é dada pela derivada em ordem ao tempo da velocidade
𝑑𝑣Ԧ 𝑑 𝑑𝜔 𝑑 𝑟Ԧ 𝑑𝜔
𝑎Ԧ = = 𝜔 × 𝑟Ԧ = × 𝑟Ԧ + 𝜔 × = × 𝑟Ԧ + 𝜔 × 𝑣Ԧ
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
onde
𝑑𝜔
= 𝛼Ԧ = aceleração angular
𝑑𝑡
= 𝛼𝑘 = 𝜔𝑘 ሷ
ሶ = 𝜃𝑘 𝒂𝑛
𝒂𝑡
A aceleração é dada pela soma de dois vectores
𝑎Ԧ = 𝛼Ԧ × 𝑟Ԧ + 𝜔 × 𝜔 × 𝑟Ԧ = 𝑎Ԧ𝑡 + 𝑎Ԧ𝑛
𝜔 × (𝜔 × 𝑟)
Ԧ = componente normal da aceleração
Rotação de uma placa no plano 𝑥𝑦
Considere o movimento de uma placa representativa no plano 𝑥𝑦, onde o eixo
𝑧 aponta para fora:
𝜔 = 𝜔𝑘 𝛼Ԧ = 𝛼𝑘
𝑣Ԧ = 𝜔 × 𝑟Ԧ = 𝜔𝑘 × 𝑟Ԧ
𝑟Ԧ = 𝑟𝑥 𝑖Ԧ + 𝑟𝑦 𝑗Ԧ ⇒ 𝑣Ԧ = 𝜔𝑘 × 𝑟𝑥 𝑖Ԧ + 𝑟𝑦 𝑗Ԧ = 𝜔 𝑟𝑥 𝑗Ԧ − 𝑟𝑦 𝑖Ԧ ⇒ 𝑣 = 𝑟𝜔
𝑎Ԧ = 𝛼Ԧ × 𝑟Ԧ + 𝜔 × (𝜔 × 𝑟)
Ԧ = 𝛼𝑘 × 𝑟𝑥 𝑖Ԧ + 𝑟𝑦 𝑗Ԧ + 𝜔𝑘 × 𝜔 𝑟𝑥 𝑗Ԧ − 𝑟𝑦 𝑖Ԧ
= 𝛼 𝑟𝑥 𝑗Ԧ − 𝑟𝑦 𝑖Ԧ − 𝜔2 𝑟𝑥 𝑖Ԧ + 𝑟𝑦 𝑗Ԧ ⇒ 𝑎Ԧ = 𝛼𝑘 × 𝑟Ԧ − 𝜔2 𝑟Ԧ
𝑎Ԧ𝑡 = 𝛼𝑘 × 𝑟Ԧ 𝑎𝑡 = 𝑟𝛼
𝑎Ԧ = 𝑎Ԧ𝑡 + 𝑎Ԧ𝑛
𝑎Ԧ𝑛 = −𝜔2 𝑟Ԧ 𝑎𝑛 = 𝑟𝜔2
Equações que definem a Rotação em torno de um Eixo Fixo
O movimento de um corpo rígido é frequentemente definido pelo tipo de
aceleração angular que o corpo possui.
Recorde-se as expressões
d𝜃 d𝜃 𝑑𝜔 𝑑 2 𝜃 𝑑𝜔
𝜔= ou d𝑡 = ⇒𝛼= = 2 =𝜔
d𝑡 𝜔 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝜃
Rotação uniforme, 𝛼 = 0:
𝜃 = 𝜃0 + 𝜔𝑡
𝜔 = 𝜔0 + 𝛼𝑡
1
𝜃 = 𝜃0 + 𝜔0 𝑡 + 𝛼𝑡 2
2
𝜔2 = 𝜔02 + 2𝛼 𝜃 − 𝜃0
Problema Tipo
A carga 𝐵 está ligada a uma polia dupla através de um dos dois cabos inextensíveis.
O movimento da polia é controlado pelo cabo 𝐶, que possui uma aceleração 75 mm
constante de 225 mmΤs 2 e uma velocidade inicial de 300 mmΤs 2, ambas para a
direita. Determine (a) o número de rotações que a polia executa durante 2 s, (b) a 125 mm
velocidade e a mudança de posição da carga 𝐵 após 2 s, e (c) a aceleração do
ponto 𝐷 na periferia da polia interior, quando 𝑡 = 0.
a) Movimento da polia
𝑣𝐷 = 𝑣𝐶 0 = 300 mmΤs
0
𝑎𝐷 𝑡 = 𝑎𝐶 = 225 mmΤs 2
𝑣𝐷 0 = 𝑟𝜔0
𝑎𝐷 𝑡 = 𝑟𝛼
𝑣𝐷 0 300 mmΤs 𝑎𝐷 𝑡 225 mmΤs 2
𝜔0 = = = 4 radΤs 𝛼= = = 3 radΤs 2
𝑟 75 mm 𝑟 75 mm
Para 𝑡 = 2 s
𝜔 = 𝜔0 + 𝛼𝑡 = 4 radΤs + 3 radΤs 2 2 s = 10 radΤs
1 1
𝜃 = 𝜔0 𝑡 + 𝛼𝑡 2 = 4 radΤs 2 s + 3 radΤs 2 2 s 2
= 14 rad
2 2
1 rev
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑜𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑜𝑢 𝑟𝑒𝑣𝑜𝑙𝑢çõ𝑒𝑠 = 14 rad = 2,23 rev
2𝜋 rad
Problema Tipo
A carga 𝐵 está ligada a uma polia dupla através de um dos dois cabos inextensíveis.
O movimento da polia é controlado pelo cabo 𝐶, que possui uma aceleração 75 mm
constante de 225 mmΤs 2 e uma velocidade inicial de 300 mmΤs 2, ambas para a
direita. Determine (a) o número de rotações que a polia executa durante 2 s, 125 mm
(b) a velocidade e a mudança de posição da carga 𝐵 após 2 s, e (c) a aceleração
do ponto 𝐷 na periferia da polia interior, quando 𝑡 = 0.
b) Movimento da carga 𝑩 𝑦
𝑎𝐷 𝑡 = 𝑎𝐶 = 225 mmΤs 2 𝑦
2 2 𝑎𝐷 𝑛 1200
⇒ 𝑎𝐷 = 𝑎𝐷 𝑡 + 𝑎𝐷 𝑛 = 2252 + 12002 = 1220 mmΤs 2 tan 𝜑 = = ⇒ 𝜑 = 79,4°
𝑎𝐷 𝑡 225
Movimento Plano Geral
O movimento plano geral pode ser sempre considerado como a soma de uma translação com uma rotação.
• Translação para 𝐴2
Qualquer movimento plano é equivalente a um movimento de translação num dado ponto 𝐴 e uma rotação
simultânea em torno do mesmo ponto 𝐴:
• a velocidade 𝑣Ԧ𝐵 ,
• a velocidade angular 𝜔
em função de 𝑣𝐴, 𝑙, e 𝜃.
Movimento plano = Translação com 𝐴 + Rotação em torno de 𝐴 𝑣Ԧ𝐵 = 𝑣Ԧ𝐴 + 𝑣Ԧ𝐵Τ𝐴
Sendo conhecidas as direcções de 𝑣Ԧ𝐴 e de 𝑣Ԧ𝐵 , podemos completar o diagrama das velocidades,
determinando:
O mesmo resultado é
obtido usando o ponto 𝐵
como referência.
As velocidades 𝑣Ԧ𝐴Τ𝐵 e 𝑣Ԧ𝐵Τ𝐴 têm a mesma intensidade mas sentidos opostos: 𝑣Ԧ𝐴Τ𝐵 = −𝑣Ԧ𝐵Τ𝐴
A velocidade angular 𝜔 da barra no seu movimento de rotação em torno de 𝐵 é a mesma que se verifica
na sua rotação em torno de 𝐴:
A velocidade para qualquer ponto 𝑃 na engrenagem pode ser escrita como 𝑣Ԧ𝑃 = 𝑣Ԧ𝐴 + 𝑣Ԧ𝑃Τ𝐴 = 𝑣Ԧ𝐴 + 𝜔𝑘 × 𝑟Ԧ𝑃Τ𝐴
Problema Tipo
A roda dentada dupla que se mostra na figura rola sobre a cremalheira inferior
que está em repouso; o seu centro 𝐴 tem uma velocidade de 1,2 mΤ𝑠 dirigida
para a direita. Determine (a) a velocidade angular da roda, (b) as velocidades
da cremalheira superior 𝑅 e do ponto 𝐷 da roda dentada.
b) Velocidades 𝑦
𝑣Ԧ𝑅 = 𝑣Ԧ𝐵 = 𝑣Ԧ𝐴 + 𝑣Ԧ𝐵Τ𝐴 = 𝑣Ԧ𝐴 + 𝜔𝑘 × 𝑟Ԧ𝑃Τ𝐴 = 1,2 mΤs 𝑖Ԧ + −8 radΤs 𝑘 × 0,10 m 𝑗Ԧ
Velocidade do ponto 𝑫
𝑣Ԧ𝐷 = 𝑣Ԧ𝐴 + 𝜔𝑘 × 𝑟Ԧ𝐷Τ𝐴 = 1.2 mΤs 𝑖Ԧ + −8 radΤs 𝑘 × −0,150 m 𝑖Ԧ = 1.2 mΤs 𝑖Ԧ + 1.2 mΤs 𝑗Ԧ
Problema Tipo
𝑙 = 200 mm
No sistema biela-manivela, a manivela 𝐴𝐵 roda com uma velocidade angular 𝑟 = 75 mm
constante de 200 rpm no sentido horário. Para a posição mostrada da manivela
determine a velocidade angular da biela 𝐵𝐷 e a velocidade do pistão 𝑃.
Movimento da manivela 𝑨𝑩
𝑦
rev 1 min 2𝜋
𝜔𝐴𝐵 = 2000 = 209,4 radΤs
min 60 s rev
𝒗𝑩
⇒ 𝑣𝐵 = 𝐴𝐵 𝜔𝐴𝐵 = 0,075 m 209.4 radΤs = 15,68 m/s 𝑥
𝜔 = 𝑣𝐴 Τ𝐴𝐶 = 𝑣𝐴 Τ𝑙 cos 𝜃
• em geral a partícula localizada em 𝐶 não apresenta aceleração nula; Base: curva descrita por 𝐶 no corpo
Rolante: curva descrita por 𝐶 no espaço
• as acelerações da placa não podem ser calculadas como se esta estivesse
Em qualquer instante, as duas curvas
em rotação em torno de 𝐶. são tangentes em 𝐶.
Problema Tipo
A roda dentada dupla que se mostra na figura rola sobre a cremalheira inferior
que está em repouso; o seu centro 𝐴 tem uma velocidade de 1,2 mΤ𝑠 dirigida
para a direita. Utilizando o método do centro instantâneo de rotação. determine
(a) a velocidade angular da roda, (b) as velocidades da cremalheira superior 𝑅
(b) e do ponto 𝐷 da roda dentada.
Uma vez que a roda rola sobre a cremalheira inferior, o ponto de contacto 𝐶 não possui velocidade, sendo o
centro instantâneo de rotação:
𝑣𝐴 = 𝑟𝐴 𝜔 ⇒ 𝜔 = 𝑣𝐴 Τ𝑟𝐴 = (1.2 mΤs)Τ(0.15 m) = 8 radΤs
b) Velocidade do ponto 𝑫
𝑟𝐷 = 0.15 m 2 = 0.2121 m
⇒ 𝑣Ԧ𝐷 = 1.697 mΤs cos 45° 𝑖Ԧ + sin 45° 𝑗Ԧ = 1.2 mΤs 𝑖Ԧ + 1.2 mΤs 𝑗Ԧ
Problema Tipo
𝑙 = 200 mm
No sistema biela-manivela, a manivela 𝐴𝐵 roda com uma velocidade angular 𝑟 = 75 mm
constante de 2000 rpm no sentido horário. Para a posição mostrada da manivela
e utilizando o método do centro instantâneo de rotação, determine a velocidade
angular da biela 𝐵𝐷 e a velocidade do pistão 𝑃.
𝑦
Movimento da manivela 𝑨𝑩
rev 1 min 2𝜋
𝜔𝐴𝐵 = 2000 = 209,4 radΤs ⇒ 𝑣𝐵 = 𝐴𝐵 𝜔𝐴𝐵 = 15,68 m/s
min 60 s rev
𝒗𝑩 𝑥
Movimento da biela 𝑩𝑫
(fixo)
A aceleração absoluta de uma partícula 𝐵 da placa pode ser dada pela soma da aceleração 𝑎Ԧ𝐴 com a
aceleração relativa 𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴 :
𝑎Ԧ𝐵 = 𝑎Ԧ𝐴 + 𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴
A aceleração relativa 𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴 está associada à rotação da placa em torno de 𝐴, decompondo-se nas
componentes tangencial e normal:
𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴 𝑡 = 𝛼𝑘 × 𝑟Ԧ𝐵Τ𝐴 𝑎𝐵Τ𝐴 𝑡 = 𝑟𝛼
𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴 = 𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴 𝑡 + 𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴 𝑛 ⇒
𝑎Ԧ𝐵Τ𝐴 𝑛 = −𝜔2 𝑟Ԧ𝐵Τ𝐴 𝑎𝐵Τ𝐴 𝑛 = 𝑟𝜔2
Aceleração Absoluta e Aceleração Relativa no Movimento Plano
Exemplo
• a aceleração 𝑎Ԧ𝐵 , 𝜃
• a aceleração angular 𝛼
𝑥
em função de 𝑣𝐴, 𝑙, e 𝜃. (fixo)
Movimento plano = Translação com 𝐴 + Rotação em torno de 𝐴 𝑎Ԧ 𝐵 = 𝑎Ԧ𝐴 + 𝑎Ԧ 𝐵Τ𝐴
𝑥𝐴 = 𝑙 sen 𝜃 𝑦𝐴 = 𝑙 cos 𝜃
𝑣𝐵 = 𝑦ሶ 𝐵 = −𝑙 𝜃ሶ sen 𝜃 𝑥
Como 𝜃ሶ = 𝜔 e 𝜃ሷ = 𝛼, obtemos:
b) Acelerações
Aceleração do ponto 𝑩
𝑎Ԧ 𝐵 = 𝑎Ԧ𝐴 + 𝑎Ԧ 𝐵Τ𝐴
= 𝑎Ԧ𝐴 + 𝑎Ԧ 𝐵Τ𝐴 𝑡
+ 𝑎Ԧ 𝐵Τ𝐴 𝑛
Movimento da manivela 𝑨𝑩
𝑦
𝜔𝐴𝐵 = 2000 rpm = 209.4 radΤs = constant 𝛼𝐴𝐵 = 0 𝑟 = 75 mm
2 2
𝑎𝐵 = 𝑟𝜔𝐴𝐵 = 0,075 m 209.4 radΤs = 3288,6 mΤs 2
⇒ 𝑎Ԧ𝐵 = 3288,6 mΤs 2 − cos 40° 𝑖Ԧ − sen 40° 𝑗Ԧ 𝑥
Movimento da biela 𝑩𝑫
Os valores de 𝛽 = 13,95° e da velocidade angular 𝜔𝐵𝐷 = 62,0 radΤs foram determinados antes.
𝑦
O movimento de 𝐵𝐷 decompõe-se numa 𝑥
translação com 𝐵 e numa rotação em
torno de 𝐵.
2 2
𝑎𝐷Τ𝐵 𝑛
= 𝐵𝐷 𝜔𝐵𝐷 = 0,2 m 62,0 radΤs = 768,8 mΤs2 ⇒ 𝑎Ԧ 𝐷Τ𝐵 𝑛
= 768,8 mΤs 2 − cos 13,95° 𝑖Ԧ + sen 13,95° 𝑗Ԧ
𝑎𝐷Τ𝐵 𝑡
= 𝐵𝐷 𝛼𝐵𝐷 = 0,2 m 𝛼𝐵𝐷 ⇒ 𝑎Ԧ 𝐷Τ𝐵 𝑡
= 0.667𝛼𝐵𝐷 sen 13,95° 𝑖Ԧ + cos 13,95° 𝑗Ԧ
Problema Tipo
𝑙 = 200 mm
No sistema biela-manivela, a manivela 𝐴𝐵 roda com uma velocidade angular 𝑟 = 75 mm
constante de 2000 rpm no sentido horário. Para a posição mostrada da manivela,
determine a aceleração angular da biela 𝐵𝐷 e a aceleração do ponto 𝐷.
Movimento da biela 𝑩𝑫
𝑥: −𝑎𝐷 = −3288,6 cos 40° − 768,8 cos 13,95° + 0,2𝛼𝐵𝐷 sin 13,95°
⇒ቐ
𝑦: 0 = −3288,6 sen 40° + 768,8 sen 13,95° + 0,2𝛼𝐵𝐷 cos 13,95°
Acelerações
2 2
𝑎Ԧ 𝐷Τ𝐵 = 𝛼Ԧ 𝐵𝐷 × 𝑟Ԧ𝐵Τ𝐷 − 𝜔𝐵𝐷 𝑟Ԧ𝐵Τ𝐷 = 𝛼𝐵Τ𝐷 𝑘 × 12Ԧ𝑖 + 3Ԧ𝑗 − 29,33 12Ԧ𝑖 + 3Ԧ𝑗 = −3𝛼𝐵Τ𝐷 𝑖Ԧ + 12𝛼𝐵Τ𝐷 𝑗Ԧ − 10320Ԧ𝑖 − 2580Ԧ𝑗
• um referencial 𝑂𝑥𝑦𝑧 que roda em torno do eixo fixo 𝑂𝐴 com velocidade angular Ω
𝑄 = 𝑄𝑋 𝐼Ԧ + 𝑄𝑋 𝐽Ԧ + 𝑄𝑍 𝐾 = 𝑄𝑥 𝑖Ԧ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧ + 𝑄𝑧 𝑘
A taxa de variação do vector 𝑄 𝑡 em relação ao referencial 𝑂𝑥𝑦𝑧 em rotação é dada pela derivada das suas
componentes em ordem ao tempo 𝑡:
𝑄ሶ = 𝑄ሶ 𝑥 𝑖Ԧ + 𝑄ሶ 𝑦 𝑗Ԧ + 𝑄ሶ 𝑧 𝑘
𝑂𝑥𝑦𝑧
Para obtermos a taxa de variação do mesmo vector 𝑄 𝑡 em relação ao referencial 𝑂𝑋𝑌𝑍 devemos ter em
atenção que os vectores de base 𝑖Ԧ, 𝑗Ԧ e 𝑘 têm derivada não nula em ordem ao tempo:
ሶ ሶ
𝑄ሶ = 𝑄ሶ 𝑋 𝐼Ԧ + 𝑄ሶ 𝑌 𝐽Ԧ + 𝑄ሶ 𝑍 𝐾 = 𝑄ሶ 𝑥 𝑖Ԧ + 𝑄ሶ 𝑦 𝑗Ԧ + 𝑄ሶ 𝑧 𝑘 + 𝑄𝑥 𝑖Ԧሶ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧሶ + 𝑄𝑧 𝑘 = 𝑄ሶ + 𝑄𝑥 𝑖Ԧሶ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧሶ + 𝑄𝑧 𝑘
𝑂𝑋𝑌𝑍 𝑂𝑥𝑦𝑧
Taxa de Variação de um Vector em relação a um Referencial em Rotação
Se o vector 𝑄 𝑡 estiver fixo em relação ao referencial 𝑂𝑥𝑦𝑧
ሶ ሶ
𝑄ሶ = 0 ⇒ 𝑄ሶ = 𝑄ሶ + 𝑄𝑥 𝑖Ԧሶ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧሶ + 𝑄𝑧 𝑘 = 𝑄𝑥 𝑖Ԧሶ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧሶ + 𝑄𝑧 𝑘
𝑂𝑥𝑦𝑧 𝑂𝑋𝑌𝑍 𝑂𝑥𝑦𝑧
ሶ
𝑄𝑥 𝑖Ԧሶ + 𝑄𝑦 𝑗Ԧሶ + 𝑄𝑧 𝑘 = Ω × 𝑄
A taxa de variação do vector 𝑄 em relação ao referencial fixo 𝑂𝑋𝑌𝑍 é dada pela soma da
taxa de variação de 𝑄 em relação ao referencial em rotação 𝑂𝑥𝑦𝑧 com a derivada dos
vectores de base do referencial em rotação:
𝑄ሶ = 𝑄ሶ +Ω×𝑄
𝑂𝑋𝑌𝑍 𝑂𝑥𝑦𝑧
Movimento Plano de uma Partícula num Referencial em Rotação
Considerem-se dois referenciais centrados em 𝑂, um fixo 𝑂𝑋𝑌 e outro em rotação
𝑂𝑥𝑦 com velocidade angular Ω = Ω𝑘.
d𝑣Ԧ𝑃 d d
𝑎Ԧ𝑃 = = 𝑟Ԧሶ + Ω × 𝑟Ԧ = 𝑟Ԧሶ + Ωሶ × 𝑟Ԧ + Ω × 𝑟Ԧሶ
d𝑡 d𝑡 𝑂𝑥𝑦 d𝑡 𝑂𝑥𝑦 𝑂𝑋𝑌
onde:
𝑑
𝑟Ԧሶ = 𝑟Ԧሷ + Ω × 𝑟Ԧሶ
𝑑𝑡 𝑂𝑥𝑦 𝑂𝑥𝑦 𝑂𝑥𝑦
𝑟Ԧሶ 𝑂𝑋𝑌
= 𝑟Ԧሶ 𝑂𝑥𝑦
+ Ω × 𝑟Ԧ 𝐯𝑃 Τ ℜ
𝒂𝑃Τℜ = 2𝛀 × 𝒗𝑷Τℜ
onde:
* Gaspard-Gustave de Coriolis (1792 –1843) foi um matemático e engenheiro mecânico francês, conhecido pela efeito de Coriolis.
Aceleração de Coriolis
Considere-se um cursor 𝑃 que desliza com velocidade constante 𝑢 ao longo de uma
barra 𝑂𝐵 que roda a uma velocidade angular constante 𝜔 torno de 𝑂.
Seja 𝐴 um ponto da barra que coincide com 𝑃.
A aceleração absoluta consiste nos vectores radial 𝑎Ԧ𝐶 e tangencial 𝑎Ԧ𝐴 mostrados na figura:
2𝜋
⇒Ω= 𝑘 = 7,29 × 10−5 radΤs 𝑘 ≈ constante ⇒ Ωሶ = 0
𝑇𝑇𝑒𝑟𝑟𝑎
Efeito de Coriolis na Meteorologia e no estudo de projécteis
Considere-se uma partícula 𝑃 a deslocar-se de Norte a Sul a uma velocidade constante de 𝑢 sobre o
Hemisfério Norte e 𝑂𝑥𝑦𝑧 um referencial com origem no centro do planeta Terra que acompanha o seu
movimento de rotação.
Caso se esteja a deslocar de Sul para Norte esta aceleração aponta para Oeste.
Resolução
Como o rolete 𝑃 está ligado ao disco 𝐷, a sua velocidade é 𝑣𝑃 = 𝑅𝜔𝐷 = 50 mm 10 radΤs = 500 mmΤs
sendo perpendicular a 𝑃𝐵, fazendo um ângulo 𝜙 − 90° = 150° − 90° = 30° com a vertical.
O movimento do rolete relativamente ao disco 𝑆 está dirigido segundo a ranhura, ou seja, 𝑣Ԧ𝑃Τ𝑆 tem a direcção
𝑂𝑃′, fazendo um ângulo 𝛽 com 𝑂𝐵. A velocidade 𝑣Ԧ𝑃′ faz o mesmo ângulo mas com a vertical: 𝑣Ԧ𝑃Τ𝑆 ⊥ 𝑣Ԧ𝑃′ .
Problema Tipo
O mecanismo de Genebra mostrado utiliza-se em contadores e outras aplicações que necessitem de movimentos
intermitentes. O disco 𝐷 roda com velocidade angular constante 𝜔𝐷 de 10 radΤs no sentido anti-horário. O disco 𝐷
possui um rolete que desliza ao longo das ranhuras existentes no disco 𝑆. Deseja-se que a velocidade angular do
disco 𝑆 seja nula no momento em que o rolete entra ou sai de cada ranhura; no caso de quatro ranhuras, isto ocorre
para uma distância entre os centros dos discos de 𝑙 = 2𝑅. No instante em que 𝜙 = 150°, determine (a) a velocidade
angular do disco 𝑆, (b) a velocidade do rolete 𝑃 relativamente ao disco 𝑆.
Resolução
Do problema anterior:
2𝑅
𝜔𝑠 = 4,08 radΤs ⇒ 𝜔𝑆 = −4,08 radΤs 𝑘
Aceleração absoluta 𝒂𝑷
Resolução
𝑎Ԧ𝑃′ 𝑡 = 𝑟𝛼𝑆 − sin 42,4° 𝑖Ԧ + cos 42,4° 𝑗Ԧ = 𝛼𝑆 37.1mm − sin 42,4° 𝑖Ԧ + cos 42,4° 𝑗Ԧ
A aceleração do rolete relativamente ao disco 𝑆 deve ser paralela à ranhura, ou seja paralela a 𝑂𝑃.
Problema Tipo
No mecanismo de Genebra mostrado, o disco 𝐷 roda com uma velocidade angular
constante 𝜔𝐷 de 10 radΤs no sentido anti-horário. No instante em que 𝜙 = 150°,
determine a aceleração angular do disco 𝑆, 150°
Resolução
Aceleração de Coriolis 𝒂𝑪
2𝑅
𝑎Ԧ𝑐 = 2𝜔𝑆 × 𝑣Ԧ𝑃Τ𝑆 = −4,08 radΤs 𝑘 × 477 mmΤs − cos 42,4° 𝑖Ԧ − sin 42,4° 𝑗Ԧ