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Mecânica da Partícula: Equilíbrio

Prof. Dr. José Ricardo Sabino

Abril de 2023

Aula 03: 27 de abril de 2023


Sumário

EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA

PRIMEIRA LEI DE NEWTON

DIAGRAMAS DE CORPO LIVRE

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Equilíbrio de Uma Partícula
Discutimos os métodos para determinar a resultante de várias forças agindo sobre uma
partícula.

Embora não ocorreu em nenhum dos problemas considerados até agora, é sempre
possível que a resultante seja zero.

Nesse caso, o efeito líquido das forças é zero e a partícula está em equilíbrio.

Uma partícula que é atuada por duas forças estará em equilíbrio se as duas forças
possuírem:

– a mesma linha de ação


– a mesma magnitude
– sentidos opostos

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Equilíbrio de Uma Partícula
Um outro caso de equilíbrio é representada a seguir.

Uma partícula é atuada por 4 forças. As forças são arranjadas de acordo com a regra do
polígono, conectando a cauda de uma à ponta da outra.

A condição de equilíbrio é verificada quando essas 4 forças formam um polígono


fechado. Dessa maneira a resultante é nula.

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Equilíbrio de Uma Partícula
Algebricamente a condição de equilíbrio é definida pela seguinte soma:

R = ΣF = 0

No plano, o somatório pode ser resolvido em suas componentes:

R = Σ(Fx i + Fy j) = 0

R = (Σ Fx) i + (Σ Fy) j = 0

A condição imposta por essa equação só ocorre se cada somatório é igual a zero.

Σ Fx = 0, Σ Fy = 0

Para o problema mencionado na pagina anterior, essas somas são:

Σ Fx = 300 lb – (400 lb) sen( 30°) – (200 lb) sen( 30°) = 300 – 400/2 – 200/2 = 0
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Σ Fy = –173,2 lb + (400 lb) cos( 30°) – (200 lb) cos( 30°) = 0
Primeira Lei de Newton

No Século XVII, Isaac Newton formulou as três leis que são a base da mecânica como
ciência.

A Primeira Lei estabelece o seguinte:

Se a resultante de todas as forças que atuam em uma partícula é


zero, a partícula se manterá em repouso, se originalmente estiver
em repouso, ou continuará a se mover em uma linha reta com
velocidade constante, se originalmente estiver em movimento.

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Diagrama de Força
Os problemas da engenharia vem de situações físicas reais. Uma representação
esquemática da situação física serve para equacionar o problema e é chamado de
Diagrama Espacial.

Observando a situação física de


uma carga suspensa por dois
cabos sustentados pelas duas
polias (B e C), constatamos que
essa situação pode ser
simplificada para o problema de
uma partícula.

O ponto A é a partícula que


permite descrever o equilíbrio
dessa situação.
As tensões nos cabos ligados às
polias equilibram a força peso da
carga. 7
Diagrama de Corpo Livre
Temos apresentado diversas situações em que o problema físico envolve corpos e
estruturas, em geral, o problema pode ser simplificado para a descrição do equilíbrio de
uma partícula.

Isso é feito selecionando um ponto da estrutura e construindo um diagrama das forças


que atuam nessa partícula.

Esse diagrama chama-se


Diagrama de Corpo Livre.

No caso apresentado anteriormente,


obtemos o seguinte:

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Diagrama de Corpo Livre
O ponto A é a partícula que permite descrever o equilíbrio dessa situação.

As tensões nos cabos ligados às polias equilibram a força peso da carga.

Desde que o ponto A está em equilíbrio, as forças formam um triangulo, e a resultante é


zero.

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Diagrama de Corpo Livre
Vamos resolver com a Lei dos senos, embora podemos resolver graficamente ao
desenhar todas as forças em escala.
𝑇𝐴𝐵 𝑇𝐴𝐶 736𝑁
= =
𝑠𝑒𝑛 60 𝑠𝑒𝑛 40 𝑠𝑒𝑛 80

Obtemos: 𝑇𝐴𝐵 = 647𝑁 𝑇𝐴𝐶 = 480𝑁

Quando o problema possui mais de 3 forças, podemos solucionar algebricamente.


No plano, o sistema de equações pode ser resolvido com até duas incógnitas, já que
temos duas equações.
Σ Fx = 0, Σ Fy = 0

Situações que podem ser resolvidas:


– as duas componentes de uma força desconhecida, ou sua magnitude e direção,
– as magnitudes de duas forças, desde que as linhas de ação sejam conhecidas.
– máximo ou mínimo da magnitude de uma força.
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Problema 2.44

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Solução do Problema
Vamos resolver o equilíbrio da partícula representando o ponto C. Com as forças
representadas (fora de escala) temos o diagrama de corpo livre a seguir. As incógnitas
são as magnitudes FAC e FBC.

FAC

140°
F = 500 N
C
100°

120°

FBC
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Solução do Problema
F = 500 N

40° 60°
80° TBC
TAC

𝑇𝐵𝐶 𝑇𝐴𝐶 500𝑁


= = 𝑇𝐵𝐶 ≈ 326𝑁
𝑠𝑒𝑛 40 𝑠𝑒𝑛 60 𝑠𝑒𝑛 80
𝑠𝑒𝑛 40
𝑇𝐵𝐶 = 500𝑁 = 326,3518223𝑁
𝑠𝑒𝑛 80 𝑇𝐴𝐶 ≈ 440𝑁
𝑠𝑒𝑛 60
𝑇𝐴𝐶 = 500𝑁 = 439,6926208𝑁
𝑠𝑒𝑛 80 13
Problema 2.65

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Solução do Problema 2.65

Vamos resolver o equilíbrio da partícula A.


Temos o diagrama de corpo livre ao lado.
T
As incógnitas são a magnitude P e o ângulo α. y

Soma das componentes x: b


P T
Σ Fx = 2T sen(β) – P cos(α) = 0
α
Temos que P ≡ T, assim:
x
T ( 2 sen(β) – cos(α) ) = 0

cos(α) = 2 sen(β) = 0,684040286


W
α = 46,8398222°

α ≈ 46,8°
Solução do Problema 2.65

Soma das componentes y:

Σ Fy = 2T cos(β) + P sen(α) – W = 0

2T cos(β) + T sen(α) – W = 0

T ( 2 cos(β) + sen(α) ) = W

T = W/( 2 cos(β) + sen(α) ) = (160 kg)(9,81 m/s2)/(2 cos(20°) + sen(46,8398222°) ) = 0

T = 601,6491367 N

T ≈ 602 N

A magnitude da força P é de 602 N e sua direção é definida pelo ângulo α= 46,8° que a
linha de ação da força P forma com o ramo negativo do eixo x. Conforme o diagrama, P
está localizado no segundo quadrante.
Problemas Selecionados

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Problemas Selecionados

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