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Unidade 1 – Grandezas Fundamentais:

Força e Momento

Universidade Federal de Mato Grosso


Campus Universitário de Cuiabá
Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia
Curso de Graduação em Engenharia Elétrica
Disciplina: Mecânica e Resistência dos Materiais
Prof. Adnauer Tarquínio Daltro
Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Cuiabá
Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia
Curso de Graduação em Engenharia Elétrica
Disciplina: Mecânica e Resistência dos Materiais

2ª. Aula:
Equilíbrio de um Ponto Material;
Forças no Espaço e Equilíbrio de um
Ponto Material ou Partícula no Espaço

Docente: Adnauer Tarquínio Daltro, Dr


adnauer@ufmt.br

Cuiabá-MT, 2023
Equilíbrio de um Ponto Material (ou Partícula)
Quando a resultante de todas as forças que atuam sobre um
ponto material é zero, este ponto está em equilíbrio

Algebricamente: R = 𝝨F = 0

Decompondo cada força F em componentes cartesianas:


𝝨(Fxi + Fyj) = 0 ou (𝝨Fx)i + (𝝨Fy)j = 0

A condição necessária e suficiente para o equilíbrio de um


ponto material ou de uma partícula é:
𝝨Fx = 0 e 𝝨Fy = 0
Primeira Lei do Movimento de Newton
No fim do século XVII, Sir Isaac Newton formulou três leis
fundamentais nas quais se baseia a ciência da mecânica. A primeira
dessas leis pode ser enunciada nos seguintes termos:

“Se a força resultante que atua sobre uma partícula é nula, a


partícula permanecerá em repouso (se originalmente em repouso)
ou se moverá à velocidade constante em linha reta (se
originalmente em movimento).”

Dessa lei e da definição de equilíbrio dada anteriormente, conclui-se


que uma partícula em equilíbrio ou está em repouso ou se desloca
em linha reta à velocidade constante.
Problemas Relacionados no Equilíbrio de uma
Partícula
Na prática, um problema de engenharia é derivado de uma situação
física real. Um esboço mostrando as condições físicas do problema é
conhecido como diagrama espacial.

Os métodos de análise discutidos até aqui aplicam-se a sistemas de


forças que atuam sobre uma partícula ou ponto material. Muitos
problemas que envolvem estruturas reais, entretanto, podem ser
reduzidos a problemas que envolvem o equilíbrio de uma partícula.
Isso é feito escolhendo-se uma partícula significativa e traçando-se
um diagrama separado mostrando essa partícula e todas as forças
que atuam sobre ela. Tal diagrama é denominado diagrama de
corpo livre.
Problemas Relacionados no Equilíbrio de uma
Partícula
Quando um ponto material está em equilíbrio sob a ação de três
forças, o problema pode ser resolvido pelo desenho de um triângulo
de forças, pois as três forças exercidas sobre ele devem formar um
triângulo fechado, quando desenhadas de modo que a origem de
uma coincida com a extremidade da anterior. As forças incógnitas
poderão ser determinadas graficamente se o triângulo for
desenhado em escala ou trigonometricamente.
Quando um ponto material está em equilíbrio sob a ação de mais de
três forças, o problema pode ser resolvido graficamente pelo
desenho de um polígono de forças.
Tanto analiticamente como graficamente, a solução só é possível
para um máximo de duas incógnitas.
Exemplo: Considere o caixote de 75 kg mostrado no diagrama espacial
da Fig a). Esse caixote encontra-se entre dois edifícios, e é carregado em
um caminhão que irá removê-lo. O caixote é sustentado por um cabo
vertical, que está fixado em A. As duas cordas que passam por roldanas
presas aos edifícios em B e C. Deseja-se determinar a tração em cada
uma das cordas AB e AC.
Resolução – Diagrama de corpo livre
O peso do caixote, introduz no ponto A uma força:
𝑚
𝐹 = 𝑤 = 𝑚. 𝑔 = 75 𝑘𝑔 . 9,81 2 = 736 𝑁
𝑠

Considerando o triângulo de forças:

Pela lei dos senos:


𝑇𝐴𝐵 𝑇𝐴𝐶 𝐹
= =
𝑠𝑒𝑛60𝑜 𝑠𝑒𝑛40𝑜 𝑠𝑒𝑛80𝑜
736 𝑜 = 647,23 𝑁
𝑇𝐴𝐵 = . 𝑠𝑒𝑛60
𝑠𝑒𝑛80𝑜
736 𝑜 = 480,39 𝑁
𝑇𝐴𝐶 = . 𝑠𝑒𝑛40
𝑠𝑒𝑛80𝑜
Problema 1:
Numa operação de descarregamento de um navio, um automóvel de
15.750 N é sustentado por um cabo. Uma corda é amarrada ao cabo em
A e puxada para pousar o automóvel na posição desejada. O ângulo
entre o cabo e a vertical é de 2°, enquanto o ângulo entre a corda e a
horizontal é de 30°. Qual é a tração da corda?
Resolução – Diagrama de corpo livre
Considerando o triângulo de forças:

Pela lei dos senos:


𝑇𝐴𝐵 𝑇𝐴𝐶 15.750
= =
𝑠𝑒𝑛120𝑜 𝑠𝑒𝑛2𝑜 𝑠𝑒𝑛58𝑜

15.750 𝑜 = 16.083,87 𝑁
𝑇𝐴𝐵 = . 𝑠𝑒𝑛120
𝑠𝑒𝑛58𝑜

15.750 𝑜 = 648,16 𝑁
𝑇𝐴𝐶 = . 𝑠𝑒𝑛2
𝑠𝑒𝑛58𝑜
Problema 2:
Determine a intensidade e a direção da menor força F que irá manter
em equilíbrio a embalagem mostrada na figura. Observe que a força
exercida pelos roletes a embalagem é perpendicular ao plano inclinado.
Resolução – Diagrama de corpo livre
Do diagrama de corpo livre,
percebe-se que:
 = 15𝑜

Pela lei dos senos:


𝑃 𝐹 𝑊
𝑜 = 𝑜 =
𝑠𝑒𝑛75 𝑠𝑒𝑛15 𝑠𝑒𝑛90𝑜

294 𝑜
O triângulo de forças 𝐹= . 𝑠𝑒𝑛15
𝑠𝑒𝑛90𝑜
fica:
𝐹 = 76,1 𝑁
Problema 3:
Como parte do projeto de um novo barco a vela, deseja-se determinar a
força de arrasto que pode ser esperada a uma dada velocidade. Para tal,
é colocado um modelo do casco proposto em um canal de teste e são
usados três cabos para manter sua proa na linha do centro do canal.
Leituras do dinamômetro indicam que, para uma dada velocidade, a
tração é de 180 N no cabo AB e de 270 N no cabo AE. Determine a força
de arrasto exercida no casco e a tração no cabo AC.
Resolução – Diagrama de corpo livre
No equilíbrio:
𝑅 = 𝑇𝐴𝐵 + 𝑇𝐴𝐶 + 𝑇𝐴𝐸 + 𝐹Ԧ𝐷 = 0
Decompondo as forças:
𝑇𝐴𝐵 = − 180 𝑁 . 𝑠𝑒𝑛60,26𝑜 𝑖Ԧ + 180 𝑁 . 𝑐𝑜𝑠60,26𝑜 𝑗Ԧ

𝑇𝐴𝐵 = − 156,29 𝑁 𝑖Ԧ + 89,29 𝑁 𝑗Ԧ

𝑇𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 . 𝑠𝑒𝑛20,56𝑜 𝑖Ԧ + 𝑇𝐴𝐶 . 𝑐𝑜𝑠20,56𝑜 𝑗Ԧ

𝑇𝐴𝐶 = 0,3512𝑇𝐴𝐶 𝑖Ԧ + 0,9363𝑇𝐴𝐶 𝑗Ԧ

𝑇𝐴𝐸 = − 270 𝑁 𝑗Ԧ

𝐹Ԧ𝐷 = 𝐹𝐷 𝑖Ԧ
Resolução – Diagrama de corpo livre
Substituindo em:
𝑅 = 𝑇𝐴𝐵 + 𝑇𝐴𝐶 + 𝑇𝐴𝐸 + 𝐹Ԧ𝐷 = 0

− 156,29 𝑁 𝑖Ԧ + 89,29 𝑁 𝑗Ԧ + 0,3512𝑇𝐴𝐶 𝑖Ԧ + 0,9363𝑇𝐴𝐶 𝑗Ԧ − 270 𝑁 𝑗Ԧ + 𝐹𝐷 𝑖Ԧ=0

Aplicando o equilíbrio segundo as componentes:

෍ 𝐹𝑥 = 0 → − 156,29 + 0,3512𝑇𝐴𝐶 + 𝐹𝐷 = 0

෍ 𝐹𝑦 = 0 → 89,29 + 0,9363𝑇𝐴𝐶 − 270 = 0

Obtém-se: 𝑇𝐴𝐶 = +193 𝑁

𝐹𝐷 = +88,5 𝑁
Problemas Sugeridos:
Resolver os problemas sugeridos
2.43 a 2.70 (páginas 43 a 47) do
livro texto
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
Considere a força F atuando na
origem O do sistema de coordenadas
retangulares x, y, z. Para definir a
direção de F, traçamos o plano
vertical OBAC contendo F (Fig. a).
Esse plano passa pelo eixo vertical y;
sua orientação é definida pelo
ângulo 𝞍 que ele forma com o plano
xy. A direção de F no plano é definida
pelo ângulo 𝝷y que F forma com o
eixo y.
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
A força F pode ser decomposta em
um componente vertical Fy e um
componente horizontal Fh; essa
operação, mostrada na Fig. b, é
feita no plano OBAC de acordo
com as regras desenvolvidas nas
aulas anteriores. Os componentes
escalares correspondentes são:

𝐹𝑦 = 𝐹 cos θ𝑦 𝐹ℎ = 𝐹 𝑠𝑒𝑛 θ𝑦
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
Fh pode ser decomposta em duas
componentes cartesianas Fx e Fz
segundo os eixos x e z,
respectivamente. Essa operação
ilustrada na Fig, c), é efetuada na
plano xz. As componentes
escalares correspondentes são:
𝐹𝑥 = 𝐹ℎ cos 𝟇 = 𝐹 𝑠𝑒𝑛θ𝑦 𝑐𝑜𝑠𝞍
𝐹𝑧 = 𝐹ℎ 𝑠𝑒𝑛𝞍 = 𝐹 𝑠𝑒𝑛θ𝑦 𝑠𝑒𝑛𝞍
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
A força F dada foi então decomposta em três componentes
retangulares vetoriais Fx, Fy e Fz que estão dirigidos ao longo dos três
eixos coordenados. Aplicando o teorema de Pitágoras aos triângulos
OAB e OCD das Figuras anteriores, obtêm-se:
F2 = (OA)2 = (OB)2 + (BA)2 = Fy2 + Fh2

Fh2 = (OC)2 = (OD)2 + (DC)2 = Fx2 + Fz2


Eliminando Fh2 dessas duas equações e resolvendo para F, obtemos a
seguinte relação entre a intensidade de F e seus componentes
retangulares escalares:
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
A força F dada foi então decomposta em três componentes
retangulares vetoriais Fx, Fy e Fz que estão dirigidos ao longo dos três
eixos coordenados. Aplicando o teorema de Pitágoras aos triângulos
OAB e OCD das Figuras anteriores, obtêm-se:
F2 = (OA)2 = (OB)2 + (BA)2 = Fy2 + Fh2

Fh2 = (OC)2 = (OD)2 + (DC)2 = Fx2 + Fz2


Eliminando Fh2 dessas duas equações e resolvendo para F, obtemos a
seguinte relação entre a intensidade de F e seus componentes
retangulares escalares:
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
A relação existente entre a força F e seus três componentes Fx , Fy , e Fz;
é mais facilmente visualizada se uma "caixa" tendo Fx , Fy , e Fz; como
arestas for desenhada tal como mostra a Figura. A força F é então
representada pela diagonal OA dessa caixa. A cada triângulo retângulo é
possível deduzir as expressões:
𝐹𝑥 = F cos θ𝑥 𝐹𝑦 = 𝐹 cos θ𝑦 𝐹𝑧 = 𝐹 𝑐𝑜𝑠θ𝑧
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
Os três ângulos θx , θy e θz; definem a direção da força F; e os
cossenos de θx , θy e θz; são conhecidos como cossenos
diretores da força F.
Introduzindo os vetores unitários i, j e k, dirigidos
respectivamente ao longo dos eixos x, y e z, obtemos:

𝑭 = 𝐹𝑥 𝒊 + 𝐹𝑦 𝒋 + 𝐹𝑧 𝒌
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
As relações anteriores podem ser rearranjadas e obtém-se:
𝑭 = 𝐹(𝑐𝑜𝑠θ𝑥 𝒊 + 𝑐𝑜𝑠θ𝑦 𝒋 + 𝑐𝑜𝑠θ𝑧 𝒌)
F pode ser expressa como o produto escalar F pelo vetor:
λ= 𝑐𝑜𝑠θ𝑥 𝒊 + 𝑐𝑜𝑠θ𝑦 𝒋 + 𝑐𝑜𝑠θ𝑧 𝒌
λ é um vetor de módulo unitário e de mesma direção e
sentido de F. As componentes desse vetor unitário são:
λ𝑥 = cos θ𝑥 λ𝑦 = cos θ𝑦 λ𝑧 = 𝑐𝑜𝑠θ𝑧
Componentes Cartesianas de uma Força no
Espaço
Vale também:
λ𝟐𝒙 + λ2𝑦 + λ2𝑧 = 1 e: 𝑐𝑜𝑠 2 θ𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 θ𝑦 + 𝑐𝑜𝑠 2 θ𝑧 = 1
Exemplo 1: Uma força de 500 N forma ângulos de 60º, 45º e
120º, respectivamente com os eixos x, y e z. Determine as
componentes Fx, Fy e Fz da força.

𝐹𝑥 = 𝐹𝑐𝑜𝑠𝑥 = 500. 𝑐𝑜𝑠60𝑜 = +250 𝑁

𝐹𝑦 = 𝐹𝑐𝑜𝑠𝑦 = 500. 𝑐𝑜𝑠45𝑜 = +354 𝑁

𝐹𝑧 = 𝐹𝑐𝑜𝑠𝑧 = 500. 𝑐𝑜𝑠120𝑜 = −250 𝑁

𝐹Ԧ = 250 𝑁 𝑖Ԧ + 354 𝑁 𝑗Ԧ − (250 𝑁)𝑘


Exemplo 2: Uma força F tem as componentes Fx = 100 N, Fy = -
150 N e Fz = 300 N. Determine seu módulo F e os ângulos θx ,
θy e θz que ela forma com os eixos coordenados.

𝐹= (𝐹𝑥2 + 𝐹𝑦2 + 𝐹𝑧2 ) = 1002 + 1502 + 3002 = 350 𝑁

𝐹𝑥 100
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑥 = = = 0,29 → 𝜃𝑥 = 73,4𝑜
𝐹 350

𝐹𝑦 −150
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑦 = = = −0,43 → 𝜃𝑦 = 115,4𝑜
𝐹 350

𝐹𝑧 300
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑧 = = = 0,86 → 𝜃𝑧 = 31,0𝑜
𝐹 350
Força Definida por seu Módulo e Dois Pontos de
sua Linha de Ação
Considere a força F definida pelas coordenadas de dois pontos
que pertencem a sua linha de ação. Da figura obtém-se as
relações:

As Componentes de F
Força Definida por seu Módulo e Dois Pontos de
sua Linha de Ação
Onde:

Fazendo as devidas substituições e comparações, obtém-se:


Adição de Forças Concorrentes no Espaço
Neste caso, os métodos gráficos e trigonométricos também não
são práticos, resta o método analítico visto anteriormente que
usamos para forças coplanares.
Tomando: R = 𝝨F e decompondo cada força em suas
componentes cartesianas, obtém-se:

Da qual decorre que:


Adição de Forças Concorrentes no Espaço
O módulo da resultante R e os ângulos θx , θy e θz formados com
os eixos coordenados são dados por:
Problema 1
Um cabo de sustentação de uma torre está ancorado por meio de um
parafuso em A. A tração no cabo é de 2.500 N. Determine (a) os
componentes Fx , Fy e Fz da força que atua sobre o parafuso e (b) os
ângulos θx , θy e θz que definem a direção da força.
Resolução – Diagrama de corpo livre

Em relação a 𝐴𝐵

Coordenadas dos Pontos: 𝑑𝑥 = 0 − 40 = −40 𝑚

A (40 m; 0; -30 m) 𝑑𝑦 = 80 − 0 = +80 𝑚


B (0; 80 m; 0)
𝑑𝑧 = 0 − (−30) = +30 𝑚
Resolução
(a) componentes Fx , Fy e Fz da força que atua sobre o parafuso
𝐹
Vimos que: 𝐹Ԧ = 𝐹 = . (𝑑𝑥 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘)
𝑑

𝑑= 𝑑𝑥 2 + 𝑑 𝑦 2 + 𝑑 𝑧 2 = 402 + 802 + 302 = 94,3 𝑚

2.500
𝐹Ԧ = . −40Ԧ𝑖 + 80Ԧ𝑗 + 30𝑘 = − 1.060 𝑁 𝑖Ԧ + 2.120 𝑁 𝑗Ԧ + (795 𝑁)𝑘
94,3

Então as componentes de F, são: 𝐹𝑥 = −1.060 𝑁

𝐹𝑦 = +2.120 𝑁

𝐹𝑧 = +795 𝑁
Resolução
(b) os ângulos θx , θy e θz que definem a direção da força

𝐹𝑥 −1.060
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑥 = = = −0, 424 → 𝜃𝑥 = 115,1𝑜
𝐹 2.500

𝐹𝑦 2.120
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑦 = = = 0,848 → 𝜃𝑦 = 32,0𝑜
𝐹 2.500

𝐹𝑧 795
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑧 = = = 0, 318 → 𝜃𝑧 = 71,5𝑜
𝐹 2.500
Problema 2

Uma seção de um muro de


concreto pré-moldado é
temporariamente segurada
pelos cabos mostrados na
figura. Sabendo que a tração
é 3.780 N no cabo AB e 5.400
N no cabo AC, determine a
intensidade e a direção da
resultante das forças
exercidas pelos cabos AB e
AC na estaca A.
Resolução – Diagrama de corpo livre
Coordenadas dos Pontos:
A (4,8 m; 0; -3,3 m)
B (0; 2,4 m; 0)
C (0; 2,4 m; -8,1 m)

Em relação a 𝐴𝐵
𝑑𝑥 = 0 − 4,8 = −4,8 𝑚

𝑑𝑦 = 2,4 − 0 = +2,4 𝑚
Em relação a 𝐴𝐶 𝑑𝑧 = 0 − (−3,3) = +3,3 𝑚
𝑑𝑥 = 0 − 4,8 = −4,8 𝑚
𝑑𝐴𝐵 = 4,82 + 2,42 + 3,32 = 6,3 𝑚
𝑑𝑦 = 2,4 − 0 = +2,4 𝑚
𝑑𝑧 = −8,1 − −3,3 = −4,8 𝑚 𝑑𝐴𝐶 = 4,82 + 2,42 + 4,82 = 7,2 𝑚
𝐹
Resolução Vimos que: 𝐹Ԧ = 𝐹 = . (𝑑𝑥 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘)
𝑑
Logo:
𝑇𝐴𝐵 3.780
𝑇𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 𝐴𝐵 = . 𝑑𝑥 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘 = . (−4,8Ԧ𝑖 + 2,4Ԧ𝑗 + 3,3𝑘)
𝑑𝐴𝐵 6,3

𝑇𝐴𝐵 = (−2.880 𝑁)Ԧ𝑖 + (1.440 𝑁)Ԧ𝑗 + (1.980 𝑁)𝑘

𝑇𝐴𝐶 5.400
𝑇𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 𝐴𝐶 = . 𝑑𝑥 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘 = . (−4,8Ԧ𝑖 + 2,4Ԧ𝑗 − 4,8𝑘)
𝑑𝐴𝐶 7,2
𝑇𝐴𝐶 = −3.600 𝑁 𝑖Ԧ + 1.800 𝑁 𝑗Ԧ − (3.600 𝑁)𝑘

A Resultante das forças:

𝑅 = 𝑇𝐴𝐵 + 𝑇𝐴𝐶 = −6.480 𝑁 𝑖Ԧ + 3.240 𝑁 𝑗Ԧ − (1.620 𝑁)𝑘


Resolução
As componentes da Resultante:
𝑅𝑥 = −6.480 𝑁 𝑅𝑦 = +3.240 𝑁 𝑅𝑧 = −1.620 𝑁

A intensidade da Resultante:

𝑅= (𝑅𝑥2 + 𝑅𝑦2 + 𝑅𝑧2 ) = 6.4802 + 3.2402 + 1.6202 = 7.425 𝑁

A direção da Resultante: 𝑅𝑥 −6.480


𝑐𝑜𝑠𝜃𝑥 = = = −0, 87 → 𝜃𝑥 = 150,8𝑜
𝑅 7.425

𝑅𝑦 3.240
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑦 = = = +0,44 → 𝜃𝑦 = 64,1𝑜
𝑅 7.425

𝑅𝑧 −1.620
𝑐𝑜𝑠𝜃𝑧 = = = −0,22 → 𝜃𝑧 = 102,6𝑜
𝑅 7.425
Problemas Sugeridos:
Resolver os problemas sugeridos
2.71 a 2.98 (páginas 56 a 59) do
livro texto
Equilíbrio de um Ponto Material ou Partícula no
Espaço
Um ponto material ou partícula A está em equilíbrio se a
resultante de todas as forças atuantes em A é zero, portanto:

Essas equações representam as condições necessárias e suficientes para o


equilíbrio de uma partícula no espaço. Elas servem para resolver problemas
referentes ao equilíbrio de uma partícula que não envolva mais de três
incógnitas.

Para resolver tais problemas, deve-se fazer primeiro um diagrama de corpo


livre que mostre a partícula em equilíbrio e todas as forças que atuam sobre
esse ponto. Geralmente as incógnitas representam as três componentes de
uma única força ou os módulos de três forças de direção conhecida.
Problema 1
Um cilindro de 200 kg é pendurado por meio de dois cabos, AB e AC,
amarrados ao topo de uma parede vertical. Uma força P, horizontal e
perpendicular à parede, mantém o peso na posição ilustrada.
Determinar a intensidade de P e a tração em cada cabo.
Resolução
𝑚
𝑊 = 𝑚. 𝑔 = 200 𝑔 . 9,81 2 = 1.962 𝑁
𝑠

Coordenadas dos A (1,2 m; 2,0 m; 0)


Pontos: B (0; 12,0 m; 8,0 m)
C (0; 12,0 m; -10,0 m)

Em relação a 𝐴𝐵
𝑑𝑥 = 0 − 1,2 = −1,2 𝑚
Em relação a 𝐴𝐶
𝑑𝑦 = 12 − 2 = +10,0 𝑚
𝑑𝑥 = 0 − 1,2 = −1,2 𝑚
𝑑𝑧 = 8 − 0 = +8,0 𝑚
𝑑𝑦 = 12 − 2 = +10,0 𝑚
𝑑𝐴𝐵 = 1,22 + 102 + 82 = 12,86 𝑚
𝑑𝑧 = −10 − 0 = −10,0 𝑚

𝑑𝐴𝐶 = 1,22 + 102 + 102 = 14,19 𝑚


Resolução
As Forças são:
𝑃 = 𝑃Ԧ𝑖

𝑊 = −𝑊 𝑗Ԧ = −(1.962 𝑁)Ԧ𝑗
𝑇𝐴𝐵 𝑇𝐴𝐵
𝑇𝐴𝐵 = 𝑇𝐴𝐵 𝐴𝐵 = . 𝑑𝑥 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘 = . (−1,2Ԧ𝑖 + 10,0Ԧ𝑗 + 8,0𝑘)
𝑑𝐴𝐵 12,86

𝑇𝐴𝐵 = −0,0933𝑇𝐴𝐵 𝑖Ԧ + 0,778𝑇𝐴𝐵 𝑗Ԧ + 0,622𝑇𝐴𝐵 𝑘

𝑇𝐴𝐶 𝑇𝐴𝐶
𝑇𝐴𝐶 = 𝑇𝐴𝐶 𝐴𝐶 = . 𝑑𝑥 𝑖Ԧ + 𝑑𝑦 𝑗Ԧ + 𝑑𝑧 𝑘 = . (−1,2Ԧ𝑖 + 10,0Ԧ𝑗 − 10,0𝑘)
𝑑𝐴𝐶 14,19

𝑇𝐴𝐶 = −0,0846𝑇𝐴𝐶 𝑖Ԧ + 0,705𝑇𝐴𝐶 𝑗Ԧ − (0,705𝑇𝐴𝐶 )𝑘

No Equilíbrio: 𝑅 = 𝑃 + 𝑊 + 𝑇𝐴𝐵 + 𝑇𝐴𝐶 = 0


Resolução
Trabalhando com as componentes em x, y e z, obtêm-se o sistema
de equações:

෍ 𝐹𝑥 = 0 → 𝑃 − 0,0933𝑇𝐴𝐵 − 0,0846𝑇𝐴𝐶 = 0

෍ 𝐹𝑦 = 0 → −1.962 + 0,778𝑇𝐴𝐵 + 0,705𝑇𝐴𝐶 = 0

෍ 𝐹𝑧 = 0 → 0,662𝑇𝐴𝐵 − 0,705𝑇𝐴𝐶 = 0

Resolvendo, encontra-se: 𝑃 = 235 𝑁


𝑇𝐴𝐵 = 1.401 𝑁

𝑇𝐴𝐶 = 1.236 𝑁
Problemas Sugeridos:
Resolver os problemas sugeridos 2.99 a
2.126 (páginas 62 a 65).

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