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Prof. MSc. David Roza José - david.jose@ifc.edu.

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Equilíbrio da Partícula

Uma partícula está em equilíbrio se ela permanece em repouso se originalmente em


repouso, ou se possui velocidade constante se originalmente em movimento. Entretanto
costuma-se utilizar o termo “equilíbrio” ou “equilíbrio estático” para se descrever um objeto
em repouso.
Para manter o equilíbrio é necessário que se satisfaça a primeira Lei de Newton, que requer
que a força resultante numa partícula seja zero. Esta condição pode ser descrita
matematicamente como:

tal que isto representa o somatório de todas as forças que agem na partícula. Note que esta
equação não é somente uma condição necessária, ela é também uma condição suficiente.

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Diagrama de Corpo Livre

Para se aplicar a equação do equilíbrio, deve-se levar em conta todas as forças conhecidas e
desconhecidas que agem na partícula. A melhor maneira de fazê-lo é ao se pensar na
partícula como isolada e livre de tudo que a cerca. Um desenho que mostra a partícula com
todas as forças que agem nela é chamada de Diagrama de Corpo Livre (DCL).
Antes de se apresentar o procedimento formal de como fazer o DCL, serão considerados dois
tipos de conexão frequentemente encontrados em problemas de equilíbrio de partículas.
Molas - Se uma mola linear elástica de comprimento não deformado l0 é utilizada para servir
de apoio a uma partícula, o comprimento da mola mudará de maneira diretamente
proporcional à força F agindo nela.
Uma característica que define a elasticidade da mola é a
constante de mola ou rigidez k. A magnitude da força exercida
numa mola linear elástica de rigidez k que é deformada
(alongada ou comprimida) uma distância s = l – l0 de sua posição
não deformada é dada por:

Se s > 0, então F puxa a mola; se s < 0, então F empurra a mola.

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Diagrama de Corpo Livre

Cabos, cordas, polias e roldanas – Exceto quando claramente


informado, todos os cabos/cordas terão peso/massa desprezível,
além de não serem deformáveis. Além disso cabos e cordas podem
suportar somente esforços trativos – ou seja, eles só podem ser
“esticados”, jamais “apertados”. Além do mais, para qualquer
ângulo θ, o cabo está sujeito a uma força constate T ao longo do seu
comprimento.
O carrinho é mantido em equilíbrio pelo
cabo, e instintivamente sabe-se que a
força no cabo deve ser igual ao peso do
carrinho. Ao se desenhar um DCL pode-se
entender o porquê disto ocorrer.

O diagrama mostra que existem somente


duas forças agindo no carrinho: o peso W
e a força T do cabo. Para que exista
equilíbrio, a resultante destas forças deve
ser zero, ou seja, T = W.

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Diagrama de Corpo Livre

No procedimento para se desenhar um DCL, todas as forças agindo na partícula devem estar
presentes quando se aplica as equações de equilíbrio. Para se construir um DCL segue-se
estes três passos:
1 – Esboçar os contornos: imagine a partícula isolada ou livre de toda a sua vizinhança ao
desenhar e esboçar os contornos.
2 – Mostre todas as forças: indique neste esboço todas as forças que agem na partícula.
Estas forças podem ser forças ativas, que tendem a iniciar o movimento da partícula; ou
podem ser forças reativas, que são o resultado das restrições ou apoios que tendem a
prevenir o início do movimento.
3 – Identifique todas as forças: as forças que são conhecidas devem ser rotuladas com suas
magnitudes e direções. Letras são utilizadas para representar as magnitudes e direções de
forças que são desconhecidas.

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Sistemas de Forças Coplanares

Caso uma partícula esteja sujeita a um sistemas de forças coplanares (ou seja, contidas no
plano xy), então cada força pode ser decomposta em suas componentes i e j. Para o
equilíbrio estas componentes devem somar zero.

Estas duas equações podem formar um sistema capaz de resolver até duas incógnitas,
normalmente representas por ângulos ou magnitudes de forças.
Ao se aplicar cada uma destas duas equações, deve-se levar em conta o sentido das
componentes ao se considerar o sinal algébrico que corresponde à direção da componente
em relação ao eixo considerado.
Lol, whut?

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Sistemas de Forças Coplanares

Observe o sistema abaixo. Foi arbitrado que a incógnita F aponta também para a direita. Ou
seja, tanto F quanto os 10 N apontam para o sentido positivo do eixo.

Resolve-se a equação:

O sinal negativo obtido para F indica que o sentido real da força é oposto ao sentido
arbitrado. Ou seja, F aponta para a esquerda.

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Exemplo 2.1

Determine a força nos cabos BA e BC para manter o cilindro de 60 kg em equilíbrio.


Considere g = 9.81 m/s².

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Exemplo 2.2

A caixa de 200 kg na figura está suspensa pelas cordas AB e AC. Cada corda pode suportar
uma carga máxima de 10 kN antes de romper. Se a corda AB deve sempre permanecer
horizontal, determine o menor ângulo θ no qual a caixa pode ser suspensa antes que uma
das cordas rompa.

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Exemplo 2.3

Determine o comprimento necessário do cabo AC na figura, de forma que a luminária de 8 kg


fique suspensa na posição mostrada. O comprimento não deformado da mola AB é de 0.4 m,
e a rigidez da mola é de 300 N/m.

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Sistemas de Forças Tridimensionais

Para o equilíbrio em três dimensões, é necessário que:

Estas três equações nos dizem que a soma


algébrica das componentes de todas as forças
agindo na partícula ao longo de cada um dos
eixos coordenados deve ser zero. Com estas
três equações é possível resolver sistemas de
até três incógnitas, normalmente
representadas por ângulos ou pela magnitude
das forças mostradas no DCL da partícula.

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Sistemas de Forças Tridimensionais

Nesta figura, a articulação A está submetida à


força do apoio, assim como às forças de cada
uma das três correntes. Caso o pneu e as
demais cargas nele tenham uma magnitude W,
então a força no apoio também será W, e as
três equações escalares de equilíbrio podem
ser aplicadas para o diagrama de corpo livre da
articulação a fim de se determinar as forças FB ,
FC e F D .

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Exemplo 2.4

Uma carga de 90 N é suspensa por um gancho, conforme mostrado. Se a carga é suportada


por dois cabos e uma mola de rigidez k = 500 N/cm, determine a força nos cabos e a
deformação na mola na situação de equilíbrio. O cabo AD está contido no plano xy e o cabo
AC está contido no plano xz.

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Exemplo 2.5

Uma luminária de 10 kg é suportada por três fios de comprimento igual. Determine a menor
distância s do teto para que a força desenvolvida no fio não ultrapasse 50 N.

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Exemplo 2.6

Determine a força em cada cabo utilizado para suspender a caixa de 100 kg mostrada na
figura.

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