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Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia


DISCIPLINA: ESTÁTICA DAS ESTRUTURAS I
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO E
SISTEMA DE FORÇAS

Campo Grande, 2022 Prof. Giovanni Pais Pellizzer


Equilíbrio de um ponto material
Equilíbrio de um ponto material
Condição de equilíbrio de uma partícula
Uma partícula (ponto material) está em equilíbrio se permanece em repouso e em
princípio encontrava-se em repouso, ou se tem velocidade constante e
originalmente estava em movimento. O termo “equilíbrio”, utilizado neste curso,
refere-se a um “equilíbrio estático”, descrevendo corpos em repouso.

Da segunda lei do movimento de Newton sabe-se que:


“Uma partícula sob ação de uma força de desiquilíbrio, “ ”, sofre uma aceleração
a que possui mesma direção da força e intensidade diretamente proporcional a
força. Se “ ” é aplicada a uma partícula de massa “ ”, então: ”.

Considerando que a partícula esteja submetida a uma força resultante


igual a soma de várias forças , isto é, e considerando que a
partícula possua aceleração igual a zero (em repouso), tem-se que:
Equilíbrio de um ponto material
Condição de equilíbrio de uma partícula

Essa equação é tanto uma condição necessária


como uma condição suficiente para garantir o
equilíbrio de uma partícula.
Equilíbrio de um ponto material
Condição de equilíbrio de uma partícula

Para um sistema de eixos coordenados x, y, z, o equilíbrio de uma partícula no


espaço tridimensional é garantida se respeitadas as seguintes equações:

(equações que garantem que a partícula não irá transladar em x, y ou z)

E para um sistema eixos coordenados x, y no espaço bidimensional tem-se:

(equações que garantem que a partícula não irá transladar em x e nem em y)


Equilíbrio de um ponto material
Condição de equilíbrio de uma partícula
Exemplo:

Quando a resultante de
todas as forças agindo em
uma partícula é igual a zero,
a partícula está em
equilíbrio.
Equilíbrio de um ponto material
Diagrama de corpo livre

Para aplicar a equação de equilíbrio deve-se considerar todas as forças conhecidas


e desconhecidas que atuam na partícula. A melhor maneira de fazer isso é pensar
na partícula como se ela estivesse isolada e “livre” do seu entorno. Um desenho
que mostra a partícula junto com todas as forças que atuam sobre ela é
denominado diagrama de corpo livre (DCL), diagrama de corpo isolado (DCI) ou
ainda diagrama de corpo isolado e em equilíbrio (DCIE).
Equilíbrio de um ponto material
Diagrama de corpo livre

“Num corpo (ou partícula) isolado em


equilíbrio só se indicam os esforços
NELE aplicados. Entendem-se como
esforços forças e/ou momentos de
força”.
Equilíbrio de um ponto material
Diagrama de corpo livre
Exemplo ilustrativo:
A esfera que aparece na figura tem uma massa de 6kg e está suportada como
mostrado. Trace um diagrama de corpo livre da esfera, da corda CE e do nó C.
Equilíbrio de um ponto material
Diagrama de corpo livre
Exemplo ilustrativo:
Diagrama de corpo livre da esfera

DCL

Existem apenas duas forças atuando na esfera: o seu peso e a força


da corda CE.
- Peso, igual a (força que o
planeta Terra exerce sobre a esfera);
- Força : força que a corda exerce na esfera.
Equilíbrio de um ponto material
Diagrama de corpo livre
Exemplo ilustrativo:
Diagrama de corpo livre da corda CE

DCL

Existem três forças atuando na corda CE:


- Peso próprio da corda: nesse caso pode-se considerar que a
força peso que o planeta Terra exerce sobre a corda é muito
pequena em comparação com as demais forças agindo no
sistema (a massa da corda é pequena). Dessa forma o peso
próprio da corda é desprezado no DCL.
: força que a esfera exerce sobre a corda CE.
: força que o nó C exerce sobre a corda CE.
Equilíbrio de um ponto material
Diagrama de corpo livre
Exemplo ilustrativo:
Diagrama de corpo livre do nó C

DCL

Existem três forças atuando na corda CE:


: força que a corda CBA exerce no nó C.
: força que a mola CD exerce no nó C.
: força que a corda CE exerce no nó C. É
importante notar que a força peso da esfera não
é exercida diretamente sobre o nó C, mas por
meio da corda CE.
Equilíbrio de um ponto material
Diagrama de corpo livre
Exemplo ilustrativo:
É importante destacar que a esfera, a corda CE e o nó C estão em equilíbrio. Logo,
para cada DCL, vale a equação: .
DCL

DCL

DCL
Considerando ainda que o sistema mostrado esteja em equilíbrio, além desses
locais especificados nos DCL, a equação de equilíbrio é válida para qualquer ponto
material ou trechos do sistema mostrado, de forma que o equilíbrio seja sempre
verificado.
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 1
Determine a força necessária nos cabos BA e BC para sustentar o cilindro de 60kg
mostrado na figura. Considere a aceleração da gravidade como sendo igual a
.
Equilíbrio de um ponto material
DCL
Exemplo 1
Solução

Aplicando as equações de equilíbrio no plano ao DCL do cilindro:


(não existem forças em x, logo, está equação
não serve)

, logo =
Equilíbrio de um ponto material
DCL
Exemplo 1
Solução

Aplicando as equações de equilíbrio no plano


ao DCL do nó B:

Resolvendo as equações e obtém-se: e


Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 2
A caixa de 200 kg mostrada na figura está suspensa pelas cordas AB, AC e AD. Cada
corda pode suportar uma força máxima de 10 kN antes de se romper. Se a corda
AB permanecer sempre horizontal, determine o ângulo mínimo para suspender
a caixa antes que uma das cordas se rompa. Considere a aceleração da gravidade
como sendo igual a .
DCL
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 2
Solução
Vamos estudar o equilíbrio do anel A (nó A).
Traça-se o DCL do nó A. A força é:

Aplicando as equações de equilíbrio:

A partir da Eq. (1) observa-se que sempre será maior do que pois .
Dessa forma, a corda AC alcançará a força de ruptura de 10kN antes da corda AB.
Substituindo na Eq. (2), tem-se:
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 3
O seguinte ponto material em equilíbrio está submetido a um conjunto de 5
forças. São conhecidas as intensidades, direções e sentidos das forças e
(em vermelho). Das forças e (em azul) se sabe somente a direção.
Determinar a intensidade e o sentido das forças e .

Direção de ação da
força

Direção de ação da
força
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 3
Solução
Como não sabemos o sentido de atuação das forças e vamos arbitrar que
esteja orientada para baixo e da esquerda para a direita da seguinte forma:

Sentido arbitrado para


a força

Sentido arbitrado para


a força
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 3
Solução
Aplicando as equações de equilíbrio no plano:
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 3
Solução
Sentido arbitrado
Observe que resultou um valor para a força
negativo ( ) e um
valor positivo ( .O
sinal (de mais ou de menos) indica o Sentido arbitrado
sentido real de atuação da força. para a força
Para desenhar corretamente esses
sentidos, deve-se observar o sentido
arbitrado para essas forças antes de
se aplicar as equações de equilíbrio.
Valores positivos de força indicam Sentido real de
que a força atua no mesmo sentido atuação de
que aquele arbitrado. Valores
negativos de força indicam que a
força atua no sentido contrário Sentido real de
àquele arbitrado. atuação de
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 4
Determine a força em cada cabo que está sendo usado para sustentar a caixa de
40 lb mostrada a seguir.
DCL
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 4
Solução
O DCL do nó A é mostrado na figura.
As coordenadas dos pontos são:
A=(0;0;0)
B=(-3;-4;8)
C=(-3;4;8)
D=(?;0;0) (não importará a coordenada x)
Expressando cada força da notação vetorial cartesiana:
Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 4
Solução
Aplicando a equação de equilíbrio, tem-se:

Ao igualar a zero as respectivas componentes tem-se:

Resolvendo o sistema de equações formados por essas 3 equações:


Equilíbrio de um ponto material
Exemplo 4
Solução

Observação
A notação vetorial cartesiana para forças facilita a resolução de problemas
tridimensionais.
Já a notação escalar para forças é mais indiciada para problemas bidimensionais.
Sistema de forças
Sistema de forças
Momento de uma força – Definição escalar
Uma força produz um efeito rotatório ou momento com respeito a um ponto
que não se encontra sobre a sua linha de ação. De forma escalar, a magnitude do
momento é o produto da força pelo braço de momento, ou seja, pela distância
perpendicular do ponto até a linha de ação da força.
Sistema de forças
Momento de uma força – Definição escalar
A direção do momento se define com a regra da mão direita. sempre atua ao
longo de um eixo perpendicular ao plano que contem a força e a distância ,
passando pelo ponto .
Sistema de forças
Momento de uma força – Definição escalar
Ao invés de calcular , normalmente é mais fácil decompor a força em suas
componentes e , determinar o momento produzido por cada componente de
força com relação ao ponto de interesse e enfim somar os resultados. Isso é
chamado de “princípio dos momentos” (chamado também de teorema de
Varignon).
Sistema de forças
Momento de uma força – Definição escalar
Outro esquema para entendimento...
Características do momento de força gerado pela força :
• Ponto onde se está calculando o momento que a força produz:
centro do parafuso (ponto A, de coordenadas
• Módulo: ou
• Sentido de giro: anti-horário
Ponto • Plano de ação: plano x-y (plano da estrutura)
Sistema de forças
Momento de uma força – Exemplos
Quão maior a força ou a distância (braço de momento), maior será o efeito de
rotação.
Sistema de forças
Momento de uma força – Definição vetorial
O momento de uma força pode ser definido (e tratado) também de forma vetorial.
Tal definição não será utilizada neste curso. Ao tratar de estruturas tridimensionais
os carregamentos estarão aplicados de forma tal que a formulação escalar
facilitará a resolução dos problemas tratados.
Sistema de forças
Exemplo 5
Para as estruturas planas mostradas abaixo, determine para cada caso o momento
de força com relação ao ponto .
Sistema de forças
Exemplo 5
Solução
Sistema de forças
Exemplo 5
Solução
Sistema de forças
Exemplo 6
Determine o momento resultante das quatro forças que atuam sobre a barra da
figura abaixo com relação ao ponto .
Sistema de forças
Exemplo 6
Solução
Sistema de forças
Sistema equivalente de cargas concentradas
Em diversos casos é de interesse obter um sistema de carregamento equivalente,
composto por apenas uma força e um momento de força. Esse sistema
equivalente deve reproduzir o mesmo efeito que o conjunto de forças e
momentos de força originalmente aplicados.
A redução de um sistema de forças coplanares pode ser feito por meio das
seguintes equações:
Sistema de forças
Exemplo 7
Substitua o sistema de forças mostrado na figura por uma força equivalente e um
momento de força atuando no ponto . Calcule e indique a direção de atuação da
força resultante e faça um esquema mostrando o sistema equivalente obtido.
Sistema de forças
Exemplo 7
Solução

Decompondo as forças de e em
suas componentes em e e efetuando o
somatório de forças em e tem-se:

Direção de atuação da força resultante:


Sistema de forças
Exemplo 7
Solução

O somatório de momentos em relação ao


ponto é:

O sistema equivalente obtido é desenhado a


seguir:
Sistema de forças
Exemplo 8
Substitua o sistema de forças mostrado na figura por uma força equivalente e um
momento de força atuando no ponto . Calcule e indique a direção de atuação da
força resultante e faça um esquema mostrando o sistema equivalente obtido.
Sistema de forças
Exemplo 8
Solução

O par de forças de são iguais e agem em sentidos opostos. Logo, não


precisam ser consideradas no somatório de forças. Efetuando o somatório de
forças em e tem-se:

Direção de atuação da força resultante:


Sistema de forças
Exemplo 8
Solução

O somatório de momentos em relação ao


ponto é:

O sistema equivalente obtido é desenhado


a seguir:
Sistema de forças
Sistema equivalente de cargas distribuídas
Uma força (ou carga) linearmente distribuída pode ser representada por meio de
uma força resultante equivalente , a qual possui uma magnitude igual a área
debaixo da curva que descreve a distribuição da força.
Sistema de forças
Sistema equivalente de cargas distribuídas
A força resultante equivalente possui uma linha de ação que passa pelo centroide
(ou centro geométrico) da área (ou volume) debaixo da curva que descreve a
distribuição de força.
Sistema de forças
Exemplo 9
Determine a magnitude e a localização (linha de ação) da força resultante
equivalente que atua sobre a viga mostrada abaixo. Faça um esquema mostrando
o sistema equivalente obtido.
Sistema de forças
Exemplo 9
Solução

Magnitude da força resultante equivalente:

Localização (linha de ação) da força resultante equivalente:


Sistema de forças
Exemplo 9
Solução

Sistema original:

Sistema equivalente obtido:


Sistema de forças
Exemplo 10
Determine a magnitude e a localização (linha de ação) da força resultante
equivalente que atua sobre a viga mostrada abaixo. Faça um esquema mostrando
o sistema equivalente obtido. A carga distribuída que atua na face superior da viga
é igual a .
Sistema de forças
Exemplo 10
Solução

Como o carregamento distribuído na superfície


da viga é constante ao longo da largura da viga, é
possível obter um carregamento distribuído ao
longo de uma linha da seguinte maneira:

Magnitude da força resultante equivalente:

Localização (linha de ação) da força resultante


equivalente:
Sistema de forças
Exemplo 10
3D 2D
Solução

Sistema original:

Sistema equivalente obtido:


Equilíbrio de um corpo rígido
Equilíbrio de um corpo rígido
Condição de equilíbrio de um corpo rígido
Um corpo rígido (estrutura) está em equilíbrio estático se, inicialmente em
repouso, ele permanecer em repouso quando sujeito a um sistema de forças e
momentos de força. Se um corpo (estrutura) estiver em equilíbrio, então cada
partícula individual desse corpo (estrutura) estará também em equilíbrio.
Equilíbrio de um corpo rígido
Condição de equilíbrio de um corpo rígido
As condições necessárias e suficientes para o equilíbrio estático de um corpo
rígido são as equações de equilíbrio, escritas na notação vetorial, da seguinte
forma:

O somatório de todas as forças


que atuam sobre o corpo em
equilíbrio é igual a zero (ausência
de translação)

O somatório de todos os momentos de força em relação a


um ponto qualquer, pertencente ou não ao corpo em
equilíbrio, é igual a zero (ausência de rotação).
Equilíbrio de um corpo rígido
Condição de equilíbrio de um corpo rígido
Estabelecendo um eixo de coordenadas , , , os vetores força e momento
podem ser decompostos em componentes ao longo dos eixos de coordenadas, e
as duas equações anteriores podem ser escritas em forma escalar, como seis
equações, que são as seguintes:
Equilíbrio de um corpo rígido
Condição de equilíbrio de um corpo rígido
Para problemas usuais, onde existe um sistema coplanar de forças, ou seja, onde
só existem forças atuando no plano , as condições de equilíbrio podem ser
atendidas por apenas três equações escalares de equilíbrio:

Como as forças estão contidas somente no plano , os momentos serão sempre


direcionados ao longo do eixo , que é perpendicular ao plano que contém as forças.
Equilíbrio de um corpo rígido
Diagrama de corpo livre
Para aplicar a equação de equilíbrio deve-se considerar todas as forças conhecidas
e desconhecidas que atuam no corpo (estrutura). A melhor maneira de fazer isso é
pensar no corpo (estrutura) como se ele estivesse isolado e “livre” do seu entorno.
Um desenho que mostra o corpo (estrutura) junto com todas as forças que atuam
sobre ele é denominado diagrama de corpo livre (DCL), diagrama de corpo
isolado (DCI) ou ainda diagrama de corpo isolado e em equilíbrio (DCIE).

Antes de apresentar um procedimento para o traçado do DCL de estruturas, é


necessário considerar os diversos tipos de reações que ocorrem em
suportes/apoios e pontos de contato entre corpos submetidos a sistemas
coplanares de forças.
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio

A terceira lei do movimento de Newton diz que: “As forças mútuas de ação
e reação entre duas partículas são iguais, opostas e colineares. Para cada
ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade”.
Dessa forma, os esforços de superfície (forças e/ou momentos de forças)
que se desenvolvem nos suportes/apoios ou pontos de contato entre
corpos são chamadas reações (ou reações de apoio).
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio

Existem diversos tipos de apoio idealizados para estruturas. Cada apoio,


em seu ponto de contato com a estrutura, pode ou não restringir uma
translação em uma dada direção daquele ponto e/ou uma rotação em um
dado eixo cartesiano.
Como regra geral:
- Se um apoio restringe a translação (deslocamento) do corpo em uma
dada direção, então esse apoio desenvolve uma força sobre o corpo
nessa direção.
- Se um apoio restringe a rotação do corpo, então esse apoio desenvolve
um momento de força sobre o corpo.
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Simbologia de representação de apoios e suas reações (2D):

Fonte: MARTHA, 2010


Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Simbologia de representação de apoios e suas reações (2D):

Fonte: MARTHA, 2010


Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Simbologia de representação de apoios e suas reações (2D):

Fonte: SORIANO, 2014


Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Simbologia de representação de apoios e suas reações (2D):

Fonte: SORIANO, 2014


Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Simbologia de representação de apoios e suas reações (2D):

Fonte: HIBBELER, 2014


Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Simbologia de representação de apoios e suas reações (2D):

Fonte: HIBBELER, 2014


Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Simbologia de representação de apoios e suas reações (2D):

Fonte: HIBBELER, 2014


Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Exemplos de apoios em estruturas reais

O cabo exerce uma força sobre o suporte (apoio) na direção do cabo e


vice-versa.

Ação do cabo sobre o


suporte

Reação do suporte
sobre o cabo
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Exemplos de apoios em estruturas reais

O apoio para essa viga de ponte permite o movimento horizontal de


maneira que a ponte possa dilatar-se e contrair-se devido a variações de
temperatura.

Ação da viga sobre o


apoio

Reação do apoio
sobre a viga
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Exemplos de apoios em estruturas reais

O consolo do pilar apoia a viga de concreto pré-moldada.

Ação da viga sobre o


consolo

Reação do consolo
sobre a viga
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Exemplos de apoios em estruturas reais

Os apoios do tipo rolete apoiam a viga dessa ponte e reagem com forças
perpendicularmente à superfície de apoio.

Ação da viga sobre o


apoio

Reação do apoio
sobre a viga
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Exemplos de apoios em estruturas reais

O apoio rotulado (apoio do segundo gênero) restringe deslocamentos


horizontais e verticais do seguinte pilar, mas permite rotações.

Ações do pilar sobre o


apoio

Reações do apoio
sobre o pilar
Equilíbrio de um corpo rígido
Reações de apoio
Exemplos de apoios em estruturas reais

O bloco de fundação serve de apoio para o pilar de concreto armado,


restringido deslocamentos e rotações.

Ações do pilar sobre o


bloco de fundação

Reações do bloco de
fundação sobre o pilar
Equilíbrio de um corpo rígido
Diagrama de corpo livre

“Num corpo (ou partícula) isolado em


equilíbrio só se indicam os esforços
NELE aplicados. Entendem-se como
esforços forças e/ou momentos de
força”.
Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos
O equilíbrio isostático de um corpo rígido (estrutura) pode ser verificado
por meio do procedimento descrito a seguir, que será ilustrado por meio
de um exemplo. O procedimento envolve o traçado do DCL e a aplicação
das equações de equilíbrio.

Determine as reações de apoio da seguinte viga biapoiada.


Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos

1. Identifique os tipos de apoio presentes, trace um esquema


representativo da estrutura e estabeleça um par de eixos coordenados e
com uma orientação adequada.
Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos

2. Mostre todas as forças e/ou momentos de força que atuam sobre o


corpo. Nesta etapa, remova os apoios e substitua-os pelas respectivas
reações incógnitas (arbitrando o seu sentido de atuação).
600𝑁
200𝑁
45 𝐷
0,2𝑚
𝐴 𝐵

100𝑁
2𝑚 3𝑚 2𝑚
600𝑁
200𝑁
45 𝐷
0,2𝑚
DCL

𝐴 𝐵

𝐵
𝐴 100𝑁 𝐵
2𝑚 3𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos

3. Tendo traçado o DCL, decomponha as forças atuantes no corpo em suas


componentes em e .

600 sen45 𝑁 200𝑁


600 cos45 𝑁 𝐷
0,2𝑚
DCL

𝐴 𝐵

𝐵
𝐴 100𝑁 𝐵
2𝑚 3𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos

4. Aplique as equações de equilíbrio de momentos com relação a um ponto


que se encontre na intersecção das linhas de ação da maior quantidade
possível de forças de magnitude desconhecida.

600 sen45 𝑁 200𝑁


600 cos45 𝑁 𝐷
0,2𝑚
DCL

𝐴 𝐵

𝐵
𝐴 100𝑁 𝐵
2𝑚 3𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos

5. Aplique as equações de equilíbrio de forças nas direções e .


600 sen45 𝑁 200𝑁
600 cos45 𝑁 𝐷
0,2𝑚
DCL

𝐴 𝐵

𝐵
𝐴 =319,49N 100𝑁 𝐵
2𝑚 3𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos

5. Aplique as equações de equilíbrio de forças nas direções e .

600 sen45 𝑁 200𝑁


600 cos45 𝑁 𝐷
0,2𝑚
DCL

𝐴 𝐵

𝐵
𝐴 =319,49N 100𝑁 𝐵
2𝑚 3𝑚 2𝑚

Observação: Depois de escrever o sistema de equações envolvendo as equações de


equilíbrio (sem redesenhar o DCL em nenhuma etapa intermediária) e após (E
SOMENTE APÓS) determinar TODOS os esforços (forças e/ou momentos de força)
desconhecidos, verificar os sinais obtidos desses esforços. Caso o esforço tenha sinal
negativo, significa que o mesmo possui um sentido de atuação oposto àquele arbitrado
inicialmente no DCL. No caso do exemplo, todos os esforços desconhecidos resultaram
positivos (+), logo os sentidos de atuação arbitrados para os mesmos correspondem
aos sentidos corretos.
Equilíbrio de um corpo rígido
Procedimento para resolver problemas de equilíbrio isostático
bidimensional de corpos rígidos

6. Após corrigir o sentido de atuação dos esforços incógnitos num novo


DCL, verifique o equilíbrio da estrutura realizando o somatório de
momentos com relação a um ponto diferente daquele utilizado
anteriormente.
600 sen45 𝑁 200𝑁
600 cos45 𝑁 𝐷
0,2𝑚
DCL

𝐴 𝐵 = 424,26𝑁

𝐵
𝐴 =319,49N 100𝑁 𝐵 =404,77N
2𝑚 3𝑚 2𝑚

↺+ 𝑀 = 0 → −600cos45 0,2 − 600sen45 2 − 100 5 − 200 7 + 404,77 7 = 0,009048 ≅ 0

Equilíbrio verificado!
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 11
Para a estrutura abaixo ilustrada, determine as reações de apoio. Sabe-se
que o apoio A é um apoio articulado (reage com forças em x e em y) e o
apoio em B é um apoio liso (reage com apenas uma força normal a
superfície de contato).
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 11
Solução

Traçado do DCL

DCL
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 11
Solução

DCL
Aplicação das equações de
equilíbrio:
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 12
Para a estrutura abaixo ilustrada, determine as reações de apoio.

55𝑁/𝑚
230𝑁

𝐶
𝐴 125𝑁
6𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 12
Solução
Traçado do DCL: A carga distribuída de 55N/m é substituída por uma carga
concentrada equivalente:
55𝑁/𝑚
230𝑁

𝐶
𝐴 125𝑁
6𝑚 2𝑚

𝑁
330𝑁 = 55 6𝑚 230𝑁
𝑀 𝑚
𝐵

𝐻 𝐷 𝐶
DCL

𝐴 125𝑁
𝑉
3𝑚 3𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 12
Solução
Aplicação das equações de equilíbrio

330𝑁 230𝑁
𝑀
𝐵

𝐻 𝐷 𝐶
DCL

𝐴 125𝑁
𝑉
3𝑚 3𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 12
Solução
Traçando um novo DCL com as reações de apoio com os sentidos corretos:

330𝑁 230𝑁
𝑀 =3580N
𝐵

𝐻 =0 𝐷 𝐶
DCL

𝐴 125𝑁
𝑉 =685N
3𝑚 3𝑚 2𝑚

Verificação do equilíbrio (somatório de momentos no ponto B):

Equilíbrio verificado!
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 13
Para a viga abaixo ilustrada, determine as reações de apoio. Desconsiderar
a altura da seção transversal da viga.

10𝑘𝑁/𝑚
60𝑘𝑁
3𝑘𝑁/𝑚 100𝑘𝑁
45 𝐴

𝐵 𝐶 𝐷

3𝑚 6𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 13
Solução
Cálculo da magnitude (intensidade) e localização da força concentrada
equivalente do carregamento distribuído trapezoidal.
6𝑚
6𝑚

3𝑘𝑁/𝑚
10𝑘𝑁/𝑚
3𝑘𝑁/𝑚

6𝑚

7𝑘𝑁/𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 13
Solução
Traçado do DCL

60sen45 𝑘𝑁
𝐹 = 39𝑘𝑁 100𝑘𝑁
𝐴

60cos45 𝑘𝑁 𝐵 𝐶 𝐻 𝐷
DCL

𝑉 𝑉
3𝑚 𝑥 = 3,54𝑚 2,46𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 13
Solução
Aplicação das equações de equilíbrio

60sen45 𝑘𝑁
𝐹 = 39𝑘𝑁 100𝑘𝑁
𝐴

60cos45 𝑘𝑁 𝐵 𝐶 𝐻 𝐷
DCL

𝑉 𝑉
3𝑚 𝑥 = 3,54𝑚 2,46𝑚 2𝑚
Equilíbrio de um corpo rígido
Exemplo 13
Solução
Verificação do equilíbrio

60sen45 𝑘𝑁
𝐹 = 39𝑘𝑁 100𝑘𝑁
𝐴
𝐷
60cos45 𝑘𝑁 𝐵 𝐶 𝐻 =42,43kN
DCL

𝑉 =46,30kN
𝑉 =135,13kN
3𝑚 𝑥 = 3,54𝑚 2,46𝑚 2𝑚

Equilíbrio verificado!

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