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Lista de Exercícios – Fixação do Conteúdo AULA 4

3-) Determine a força resultante e especifique onde ela atua na viga, medindo a partir do ponto A.

Resolução:
Vamos primeiro separar nosso problema em áreas conhecidas:

Obs: Poderia ser feito de outra forma. Não importa.


Agora temos que calcular as forças resultantes 1 e 2, que correspondem às áreas das duas figuras:
4,5(6 − 3)
𝐴1 = 𝐹1 = = 6,75 𝑁
2
𝐴2 = 𝐹2 = (4,5 + 1,5)3 = 18 𝑁
Desenhando essas forças temos:
A força resultante 𝐹𝑅 é dada por:
𝐹𝑅 = 𝐹1 + 𝐹2 = 6,75 + 18 𝐹𝑅 = 24,75 𝑁
Agora temos que calcular a posição onde essas duas forças se encontram: 𝑥̃1 e 𝑥̃2
𝑏
𝑥̃ = 3 é a equação do centroide para uma figura triangular. É um terço da base, com relação ao lado maior do

triângulo. Logo
𝑏 4,5
𝑥̃1 = = = 1,5 𝑚
3 3
𝑏
𝑥̃ = 2 é a equação do centroide para uma figura retangular. É metade da base do retângulo. Logo
𝑏 (4,5 + 1,5)
𝑥̃2 = = = 3𝑚
2 2
Aplicando a equação do centroide, conseguimos obter o centroide geral (total) onde a força resultante 𝐹𝑅 deve
ser aplicada:
∑ 𝑥̃𝐴 (1,5.6,75 + 3.18)
𝑥̅ = =
∑𝐴 (6,75 + 18)
Portanto, 𝑥̅ = 2,591 𝑚
2-) Determine a força normal interna, força cortante e o momento fletor no ponto C da viga.

Resolução:
Primeiro devemos obter as forças resultantes provenientes do carregamento distribuído. Para isto, pergunta-se:
Em quantas figuras conhecidas podemos dividir este carregamento distribuído? Uma solução mais óbvia é em
dois triângulos, conforme mostra a seguinte figura:

Para calcularmos a força resultante destes dois carregamentos (para os dois triângulos), devemos determinar as
áreas deles. Para o primeiro triângulo temos que a base dele equivale a 1,5 + 1,5 + 1,5 (m) e a altura corresponde
ao valor do carregamento distribuído 3 kN/m. Logo:
(1,5 + 1,5 + 1,5). 3
𝑤1 = = 6,75 𝑘𝑁
2
Para o segundo triângulo, a base é igual a 1,5 e a altura também é 3kN/m.
1,5.3
𝑤2 = = 2,25 𝑘𝑁
2
As posições que devem ser inseridas essas forças, corresponde ao centroide de cada figura. Como ambas são
triângulos, o centroide corresponde a 1/3 da base (𝑏⁄3), posicionado em relação à altura do triângulo. Para o
triângulo 1, temos:
𝑏 (1,5 + 1,5 + 1,5)
= = 1,5 𝑚
3 3
Para o segundo triângulo a base é igual a 1,5 m, logo:
𝑏 1,5
= = 0,5 𝑚
3 3

Antes de calcularmos as forças internas, é necessário determinar as reações de apoio no pino em A e no rolete em
B. Vamos ao Digrama de Corpo Livre dessa estrutura:

Como no ponto A é um pino, temos duas reações nesse apoio. Já no ponto B por ser um rolete, este possui apenas
uma reação de apoio. Para obter a reação de apoio 𝐵𝑦 , podemos fazer o somatório de momentos em A:

∑ 𝑀𝐴 = 0 ; −6,75.1,5 + 𝐵𝑦 . (1,5 + 1,5) − 2,25. (1,5 + 1,5 + 0,5) = 0

Isolando 𝐵𝑦 , temos:
(6,75.1,5 + 2,25.3,5)
𝐵𝑦 = = 6 𝑘𝑁
3
Através do somatório de forças no eixo x, obtemos a reação 𝐴𝑥 :
∑ 𝐹𝑥 = 0 ; 𝐴𝑥 = 0
A força 𝐴𝑥 é zero, pois não há outras forças no eixo x.
Através do somatório de forças no eixo y, obtemos a reação 𝐴𝑦 :

∑ 𝐹𝑦 = 0 ; 𝐴𝑦 − 6,75 + 𝐵𝑦 − 2,25 = 0

Como 𝐵𝑦 = 6, podemos isolar 𝐴𝑦 e obtê-lo:

𝐴𝑦 = 6,75 − 6 + 2,25. Portanto, 𝐴𝑦 = 3 𝑘𝑁.


Agora que calculamos as reações de apoio e as forças resultantes e suas posições, devemos calcular as forças
internas no ponto C. Para isto, vamos fazer uma seção exatamente nesse ponto e inserir os três esforços que
desejamos calcular (força normal N, força de cisalhamento V e momento fletor M):

Observe que temos um novo carregamento distribuído. Não sabemos qual é o valor da altura do triângulo, mas
podemos obtê-la por semelhança de triângulos, por:

3 ℎ
= (1,5+1,5) isolando h, temos:
(1,5+1,5+1,5)

3.3
ℎ = 4,5 = 2 𝑘𝑁/𝑚

Agora, calculamos a força resultante desse carregamento distribuído através da área do triângulo. 𝐹 =
(1,5+1,5).ℎ 3.2
= = 3 𝑘𝑁.
2 2

Voltando no DCL, agora conseguimos calcular as forças internas aplicando as equações de equilíbrio
(∑ 𝐹𝑥 = 0 , ∑ 𝐹𝑦 = 0 e ∑ 𝑀 = 0):

∑ 𝐹𝑥 = 0 𝐴𝑥 + 𝑁 = 0 como 𝐴𝑥 = 0 isolando N temos que 𝑁 = 0.


∑ 𝐹𝑦 = 0 𝐴𝑦 − 3 − 𝑉 = 0 como 𝐴𝑦 = 3 𝑘𝑁 isolando V temos que 𝑉 = 0.
𝑏
∑𝑀 = 0 −𝐴𝑦 . 1,5 + 3. 3 + 𝑀 = 0 como b é a base desse triângulo e equivale a 1,5+1,5 = 3 m. Isolando
3
M temos: 𝑀 = 3.1,5 − 3. 3. Portanto 𝑀 = 1,5 𝑘𝑁. 𝑚.

Portanto, 𝑁 = 0, 𝑉 = 0 e 𝑀 = 1,5 𝑘𝑁. 𝑚


2-) O suporte AB é usado para endireitar a viga DE conforme mostra a figura. Se a força de compressão axial no
suporte AB é de 5000 lb, determine o momento interno desenvolvido no ponto C no topo da viga. Despreze o
peso da viga.

Resolução:
Primeiro temos que desenhar o diagrama de corpo livre para compreender as forças que estão atuando na viga:

Trata-se de apoios do tipo simples, pois as vigas poderiam girar e se movimentar no eixo horizontal. Portanto, a
restrição é somente quanto ao movimento no eixo y, representado comumente por um rolete nos nossos estudos.
Sabemos que a força de 5000 lb está exatamente no meio da estrutura, logo, esta força é distribuída igualmente
para ambos os lados, ou seja, metade para 𝐷𝑦 e a outra metade para 𝐸𝑦 . Assim temos que 𝐷𝑦 = 2500 𝑙𝑏 e 𝐸𝑦 =
2500 𝑙𝑏.
Com as reações de apoios, podemos fazer um corte no ponto desejado, que no caso é o ponto C, e determinar as
forças internas nele (força normal, força cortante e momento fletor):

Aplicando as equações de equilíbrio (∑ 𝐹𝑥 = 0 , ∑ 𝐹𝑦 = 0 e ∑ 𝑀 = 0), temos:

∑ 𝐹𝑥 = 0 𝑁𝑐 = 0, pois não há forças no eixo x (horizontal)


∑ 𝐹𝑦 = 0 −𝐷𝑦 − 𝑉𝑐 = 0. Como 𝐷𝑦 = 2500 𝑙𝑏, logo 𝑉𝑐 = −2500 𝑙𝑏

∑𝑀 = 0 𝐷𝑦 . 10 + 𝑀𝑐 = 0. Isolando 𝑀𝑐 , temos que 𝑀𝑐 = −2500.10.

Logo, 𝑀𝑐 = −25000 𝑙𝑏. 𝑓𝑡 ou 𝑀𝑐 = −25 𝑘𝑖𝑝. 𝑓𝑡.


Portanto, 𝑁𝑐 = 0, 𝑉𝑐 = −2500 𝑙𝑏 e 𝑀𝑐 = −25 𝑘𝑖𝑝. 𝑓𝑡.
3-) O suporte AB é usado para endireitar a viga DE conforme mostra a figura. Se a força de compressão axial no
suporte AB é de 5000 lb, determine o momento interno desenvolvido no ponto C no topo da viga. Considere que
o peso da viga é de 150 lb/ft.

Resolução:
Primeiro temos que desenhar o diagrama de corpo livre para compreender as forças que estão atuando na viga:

Trata-se de apoios do tipo simples, pois as vigas poderiam girar e se movimentar no eixo horizontal. Portanto, a
restrição é somente quanto ao movimento no eixo y, representado comumente por um rolete nos nossos estudos.
Sabemos que as forças de 5000 lb e a força resultante do carregamento distribuído de 3600 lb estão exatamente
no meio da estrutura, logo, estas forças são distribuídas igualmente para ambos os lados, ou seja, metade para 𝐷𝑦
e a outra metade para 𝐸𝑦 . Assim temos que 𝐷𝑦 = (5000 − 3600)/2 = 700 𝑙𝑏 e 𝐸𝑦 = 700 𝑙𝑏.

Com as reações de apoios, podemos fazer um corte no ponto desejado, que no caso é o ponto C, e determinar as
forças internas nele (força normal, força cortante e momento fletor):

Aplicando as equações de equilíbrio (∑ 𝐹𝑥 = 0 , ∑ 𝐹𝑦 = 0 e ∑ 𝑀 = 0), temos:

∑ 𝐹𝑥 = 0 𝑁𝑐 = 0, pois não há forças no eixo x (horizontal)


∑ 𝐹𝑦 = 0 −𝐷𝑦 −1800 − 𝑉𝑐 = 0. Como 𝐷𝑦 = 700 𝑙𝑏, logo 𝑉𝑐 = −2500 𝑙𝑏

∑𝑀 = 0 𝐷𝑦 . 10 + 1800.6 + 𝑀𝑐 = 0. Isolando 𝑀𝑐 , temos que 𝑀𝑐 = −700.10 − 1800.6.

Portanto, 𝑀𝑐 − 7000 − 10800 = 17800 𝑙𝑏. 𝑓𝑡 ou 𝑀𝑐 = −17,8 𝑘𝑖𝑝. 𝑓𝑡.


Portanto, 𝑁𝑐 = 0, 𝑉𝑐 = −2500 𝑙𝑏 e 𝑀𝑐 = −17,8 𝑘𝑖𝑝. 𝑓𝑡.
4-) Desenhe os diagramas de força cortante e de momento fletor da seguinte viga:

Primeiro temos que desenhar o diagrama de corpo livre para compreender as forças que estão atuando na viga:

Calcula as reações de apoio 𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 e 𝐵𝑦 :


9.4
∑ 𝑀𝐴 = 0 ; −9.4 + 𝐵𝑦 (4 + 2) = 0. Isolando 𝐵𝑦 temos: 𝐵𝑦 = = 6 𝑘𝑁
6

∑ 𝐹𝑥 = 0 −𝐴𝑥 = 0 ou 𝐴𝑥 = 0
∑ 𝐹𝑦 = 0 𝐴𝑦 − 9 + 𝐵𝑦 =0. Isolando 𝐴𝑦 = 9 − 6. Portanto 𝐴𝑦 = 3 𝑘𝑁.

Para traçar os diagramas, temos que fazer algumas seções na estrutura. Estas seções são feitas a fim de conhecer
o comportamento da força cortante e do momento antes e após uma mudança, ou seja, antes e após uma força ou
momento concentrado e durante uma carga distribuída. Como só temos uma força concentrada de 9 kN, podemos
fazer um corte antes dessa força em 0 ≤ 𝑥 ≤ 4 e depois em 4 ≤ 𝑥 ≤ 6. Primeira seção:

∑ 𝐹𝑦 = 0 𝐴𝑦 − 𝑉1 = 0 𝑉1 = 3 𝑘𝑁

∑𝑀 = 0 −𝐴𝑦 𝑥 + 𝑀1 = 0 𝑀1 = 3𝑥 (𝑘𝑁𝑚)

Segunda seção:

∑ 𝐹𝑦 = 0 𝐴𝑦 − 9 − 𝑉2 = 0 → 𝑉2 = −6 𝑘𝑁
∑𝑀 = 0 −𝐴𝑦 𝑥 + 9. (𝑥 − 4) + 𝑀1 = 0 𝑀1 = 3𝑥 − 9𝑥 + 36. Logo 𝑀1 = −6𝑥 + 36 (𝑘𝑁. 𝑚)

Agora com as equações de força cortante e de momento fletor, podemos desenhar os respectivos diagramas:
5-) Desenhe os diagramas de força cortante e de momento fletor da seguinte viga. Considere 𝑀0 = 500 Nm e
𝐿 = 8 𝑚.

Primeiro temos que desenhar o diagrama de corpo livre para compreender as forças que estão atuando na viga:

O próximo passo é o cálculo das reações de apoio 𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 e 𝐵𝑦 :


8 8 500
∑ 𝑀𝐴 = 0 ; −𝑀0 + 𝐵𝑦 (2 + 2) = 0. Isolando 𝐵𝑦 , temos 𝐵𝑦 = = 62,5 𝑘𝑁
8

∑ 𝐹𝑥 = 0 −𝐴𝑥 = 0 ou 𝐴𝑥 = 0
∑ 𝐹𝑦 = 0 −𝐴𝑦 + 𝐵𝑦 = 0. Isolando 𝐴𝑦 , temos 𝐴𝑦 = 62,5 𝑘𝑁.

Para traçar os diagramas, temos que fazer algumas seções na estrutura. Estas seções são feitas a fim de conhecer
o comportamento da força cortante e do momento antes e após uma mudança, ou seja, antes e após uma força ou
momento concentrado e durante uma carga distribuída. Como só temos um momento concentrado de 500 N.m,
podemos fazer um corte antes desse momento em 0 ≤ 𝑥 ≤ 4 e depois em 4 ≤ 𝑥 ≤ 8. Primeira seção:

∑ 𝐹𝑦 = 0 −𝐴𝑦 − 𝑉1 = 0 𝑉1 = −62,5 𝑘𝑁

∑𝑀 = 0 𝐴𝑦 𝑥 + 𝑀1 = 0 𝑀1 = −62,5𝑥 (𝑁. 𝑚)
∑ 𝐹𝑦 = 0 −𝐴𝑦 − 𝑉2 = 0 𝑉2 = −62,5 𝑘𝑁

∑𝑀 = 0 𝐴𝑦 𝑥 − 𝑀0 +𝑀2 = 0 𝑀2 = −62,5𝑥 + 𝑀0 . Logo 𝑀2 = −62,5𝑥 + 500 (𝑁. 𝑚)

Agora com as equações de força cortante e de momento fletor, podemos desenhar os respectivos diagramas:

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