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EQUILÍBRIO DOS CORPOS EXTENSOS


MOMENTO OU TORQUE
Considerações:
• Momento de Uma Força em Relação a um Ponto ou Torque;
• Binário de uma Força;
• Equilíbrio de Corpos Extensos;
• Teorema das Três Forças;
• Tipos de Equilíbrio de um Corpo.
MOMENTO DE UMA FORÇA EM RELAÇÃO A UM PONTO OU TORQUE
Definição: É o produto da força 𝐹𝐹⃗ aplicada em um ponto P em relação a um ponto O, pela
distância d. Sendo d a distância do ponto O à linha de ação da força.

Sentido Convencional
O momento de uma força pode ser positivo ou negativo. Isso dependerá do sentido de rotação
da força em relação ao ponto desejado.
Adota-se o sentido anti-horário positivo (+) e o sentido horário negativo ( - ).

Unidade
A unidade de força é dada em N e a distância em m no S.I., logo, a unidade será:
[M] = [N.m]
Exemplo: Para apertar os parafusos de uma roda de automóvel, aumenta-se o braço da força
aplicada, e assim fica mais fácil apertar os parafusos.
Para abrirmos a porta de casa, percebe-se que quanto menor for a distância da força
aplicada em relação a dobradiça, maior será a força aplicada para tentar abri-la.
BINÁRIO
Sistema constituído de duas forças com a mesma intensidade e mesma direção, mas com
sentidos contrários. Sendo que essas duas forças estão separadas por uma distância d (distância
entre as linhas de força ou braço binário).

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MOMENTO BINÁRIO
Soma algébrica dos momentos das forças que se encontra no sistema em um ponto
arbitrário qualquer.

EQUILÍBRIO DOS CORPOS EXTENSOS


Para um corpo se encontrar em equilíbrio deve-se:
• A resultante do sistema de forças seja nula (equilíbrio de translação);

Assim, 𝐹𝐹⃗𝑅𝑅 = �0⃗ nos fornece duas equações escalares, considerando duas dimensões:

Projeção em “x”:

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• A soma algébrica dos momentos das forças do sistema, em relação a qualquer


ponto, seja nula (equilíbrio de rotação):

TEOREMA DAS TRÊS FORÇAS

Para um corpo ficar equilíbrio sob a ação de três forças, estas devem ser coplanares e suas
linhas de ação serão, necessariamente, concorrentes em um único ponto ou paralelas.

(Forças concorrentes num único ponto)

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EXERCÍCIOS
1. (Exército - 2020 - EsPCEx - Cadete do Exército) O desenho abaixo apresenta uma barra
metálica ABC em formato de L de peso desprezível com dimensões AB = 0,8 m e BC = 0,6
m, articulado em B por meio de um pino sem atrito e posicionada a 45° em relação à linha
horizontal.

Na extremidade A é presa uma esfera homogênea de volume igual a 20 L e peso igual a 500 N
por meio de um fio ideal tracionado. A esfera está totalmente imersa, sem encostar no fundo de
um recipiente com água, conforme o desenho abaixo. O valor do módulo da força que faz 90°
com o lado BC e mantém o sistema em equilíbrio estático, como o desenho abaixo é:

aceleração da gravidade: 10 m/s2.


sen 45°= √2/2 e cos 45°= √2/2.

A) 200√2N
B) 150√2 N
C) 130√2 N
D) 80√2 N
E) 45√2 N

2. (Exército - 2019 - EsPCEx - Cadete do Exército) Uma viga rígida homogênea Z com 100
cm de comprimento e 10N de peso está apoiada no suporte A, em equilíbrio estático. Os
blocos X e Y são homogêneos, sendo que o peso do bloco Y é de 20N, conforme e o
desenho abaixo.

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O peso do bloco X é:
a) 10,0N
b) 16,5N
c) 18,0N
d) 14,5N
e) 24,5N
3. (Exército - 2018 - EsPCEx - Cadete do Exército) O ponto C de uma haste homogênea
AB, de seção reta uniforme com massa desprezível, está preso, através de uma mola ideal,
ao ponto D de uma parede vertical. A extremidade A da haste está articulada em O. A
haste sustenta pesos de 20 N, 40 N e 60 e está em equilíbrio estático, na horizontal,
conforme representado no desenho abaixo. Sabendo que a deformação na mola é de 10
cm, então o valor da constante elástica da mola é:

b) 2400 N/m
c) 3800 N/m
d) 4300N/m
e) 7600 N/m
4. (Exército - 2015 - EsPCEx - Cadete do Exército) Um cilindro maciço e homogêneo de
peso igual a 1000 N encontra-se apoiado, em equilíbrio, sobre uma estrutura composta
de duas peças rígidas e iguais, DB e EA, de pesos desprezíveis, que formam entre si um
ângulo de 90°, e estão unidas por um eixo articulado em C. As extremidades A e B estão
apoiadas em um solo plano e horizontal. O eixo divide as peças de tal modo que DC = EC
e CA = CB, conforme a figura abaixo.

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Um cabo inextensível e de massa desprezível encontra-se na posição horizontal em relação ao


solo, unindo as extremidades D e E das duas peças. Desprezando o atrito no eixo articulado e o
atrito das peças com o solo e do cilindro com as peças, a tensão no cabo DE é:

é a aceleração da gravidade.
a) 200 N

c) 500 N
d) 600 N
e) 800 N

GABARITO
1. A
2. E
3. C
4. C

QUESTÕES COMENTADAS
1. (Exército - 2020 - EsPCEx - Cadete do Exército) O desenho abaixo apresenta uma barra
metálica ABC em formato de L de peso desprezível com dimensões AB = 0,8 m e BC = 0,6
m, articulado em B por meio de um pino sem atrito e posicionada a 45° em relação à linha
horizontal.

Na extremidade A é presa uma esfera homogênea de volume igual a 20 L e peso igual a 500 N
por meio de um fio ideal tracionado. A esfera está totalmente imersa, sem encostar no fundo de

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um recipiente com água, conforme o desenho abaixo. O valor do módulo da força que faz 90°
com o lado BC e mantém o sistema em equilíbrio estático, como o desenho abaixo é:
Dados: densidade da água: 1000 kg/m3
aceleração da gravidade: 10 m/s2.
sen 45°= √2/2 e cos 45°= √2/2.
a) 200√2N
b) 150√2 N
c) 130√2 N
d) 80√2 N
e) 45√2 N

Fazendo a decomposição das forças vetoriais que agem no sistema, temos:

Como o volume da esfera é de V = 20L (1 Litro tem 0,001 m³), aceleração


gravitacional de 10 m/s² e a densidade da água de 1000 kg/m³ (d = 1 kg/1L), temos
o valor do Empuxo E dado por:
E = V.d.g = 20.1.10 = 200N.
Assim, utilizando a situação para que o sistema fique em equilíbrio, temos:
FR = 0
Para a esfera na água, teríamos:
E + T = P → T = P – E → T = 500 – 200 → T = 300N
Dessa forma, podemos decompor no eixo x e y a tração correspondente a corda
presa entre a esfera e a Barra (ponto A):
Tx = T.sen 45º
Ty = T.cos 45º
Verifique que Tx não realiza momento em relação ao ponto B. Logo, somente é
levado em consideração a tração Ty. Desse modo, temos:
Ty = 300√2/2 = 150√2 N
Portanto, para achar a força necessária para manter o sistema em equilíbrio,
deve-se aplicar o momento no ponto B no sistema e assim obter a força F de:
-150√2.0,8 + 0,6.F = 0 → F = 150.4√2/3 = 200√2 N.
GABARITO: A.

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2. (Exército - 2019 - EsPCEx - Cadete do Exército) Uma viga rígida homogênea Z com 100
cm de comprimento e 10N de peso está apoiada no suporte A, em equilíbrio estático. Os
blocos X e Y são homogêneos, sendo que o peso do bloco Y é de 20N, conforme e o
desenho abaixo.

A) 10,0N
B) 16,5N
C) 18,0N
D) 14,5N
E) 24,5N

Pela figura ilustrativa apresentada, temos a decomposição das forças que agem
no sistema:

ΣMR = 0
- Py.0,46 – PB.0,06 + NA.0 + PX.0,40 = 0
Substituindo os valores das forças:
- Py.0,46 – PB.0,06 + NA.0 + PX.0,40 = 0
- 20.0,46 – 10.0,06 + + Px.0,40 = 0

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- 9,80 + 0,40.Px = 0
0,40.Px = 9,80
Px = 9,8/0,40 = 24,5 N.
GABARITO: E.

3. (Exército - 2018 - EsPCEx - Cadete do Exército) O ponto C de uma haste homogênea


AB, de seção reta uniforme com massa desprezível, está preso, através de uma mola ideal,
ao ponto D de uma parede vertical. A extremidade A da haste está articulada em O.

A) 1900N/m
B) 2400 N/m
C) 3800 N/m
D) 4300N/m
E) 7600 N/m

Pela figura ilustrativa apresentada, temos a decomposição das forças que agem
no sistema:

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Como o sistema se encontra em equilíbrio estático, temos que o somatório dos


momentos das forças que agem nesse sistema é igual a zero (ΣMR = 0). Logo,
aplicando o momento e tomando como referência no ponto A (articulação O),
obtemos o valor da constante elástica K:
ΣMR = 0
NA.0 + 20.1,0 – Fey.2,0 + 40.3,0 + 60.4,0 = 0
Sendo Fey = Fe.cos60º e Fe = K.x, tem-se:
20 – Fe.cos60º.2,0 + 120 + 240 = 0
20 – K.x.(1/2).2,0 + 120 + 240 = 0
20 – K.x + 120 + 240 = 0
Sabendo que a deformação x = 10 cm = 0,1 m, então:
K.0,1 = 120 + 240 + 20
K = 380/0,1 = 3800 N/m.
GABARITO: C.

4. (Exército - 2015 - EsPCEx - Cadete do Exército) Um cilindro maciço e homogêneo de


peso igual a 1000 N encontra-se apoiado, em equilíbrio, sobre uma estrutura composta
de duas peças rígidas e iguais, DB e EA, de pesos desprezíveis, que formam entre si um
ângulo de 90°, e estão unidas por um eixo articulado em C. As extremidades A e B estão
apoiadas em um solo plano e horizontal. O eixo divide as peças de tal modo que DC = EC
e CA = CB, conforme a figura abaixo.

Dados: cos 45° = sen 45° = √2/2


é a aceleração da gravidade.

A) 200 N
B) 400 N
C) 500 N
D) 600 N
E) 800 N

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Pela figura apresentada, temos as forças que agem no sistema:

P = NR = √(N1² + N2²)
Como N1 = N2, temos:
P = √(2N1²) = P = N1√2
N1 = P/√2 = 1000/√2 N.
Logo, a tração do fio será:

T = N1.cos45º
T = (1000/√2).(√2/2) = 500 N.
GABARITO: C.

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