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Departamento de Engenharia Naval e Oceânica

Universidade de São Paulo

Torção
(Elementos Estruturais do Tipo Eixo)

Vitor Scarabeli Barbosa

Escola Politécnica/Engenharia Naval e Oceânica PNV3212/Mecânica dos Sólidos I 1


Membros de Torção Estaticamente Indeterminados

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Membros de Torção Estaticamente Indeterminados
• Membros de Torção Estaticamente Indeterminados são estruturas que possuem torques reativos
e/ou torques internos desconhecidos que não podem ser determinados somente pelas equações de
equilíbrio da estática (neste caso, associada ao momento aplicado em torno da linha central do
eixo);

• Dessa forma, equações adicionais devem complementar a equação de equilíbrio do momento;

• Tais equações correspondem às equações de compatibilidade associadas aos deslocamentos


rotacionais (ângulos de torção);

• Portanto, ao analisar uma seção transversal comum a dois segmentos de eixo, pode-se assegurar
que o giro dessa S.T. em cada segmento é exatamente o mesmo (compatibilidade rotacional ou
condição cinemática);

• Com base nessas considerações, o objetivo central da análise de M.T.E.I. é determinar os torques
desconhecidos a partir da solução simultânea das equações de equilíbrio e de compatibilidade.

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Procedimento de análise:

1) Determinar as equações de equilíbrio, obtidas a partir do D.C.L. da estrutura, para identificar os


torques internos (torques solicitantes) e externos (torques reativos):

σ 𝑀𝑥 = 0

2) Formular as equações de compatibilidade a partir dos deslocamentos rotacionais compatíveis


(ângulos de torção):

𝜙𝐴𝐶 = 𝜙𝐶𝐵

3) Estabelecer as relações entre os ângulos de torção e os torques associados pela relação torque-
deslocamento:
𝑇𝐴 𝐿𝐴𝐶
𝜙𝐴𝐶 =
𝐺𝐼𝑇𝐴𝐶

𝑇𝐵 𝐿𝐶𝐵
𝜙𝐶𝐵 =
𝐺𝐼𝑇𝐶𝐵

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Membros de Torção Estaticamente Indeterminados: Estrutura de Mesma Propriedade da Seção Transversal
A barra ACB de comprimento L está fixa em ambas as extremidades e está submetida a um torque 𝑇
no ponto C. Os segmentos AC e CB da barra têm o mesmo diâmetro 𝑑 e comprimentos 𝐿𝐴𝐶 e 𝐿𝐶𝐵 .
Considerando que a barra é feita de um mesmo material (G), obtenha as fórmulas para os torques de
reação 𝑇𝐴 e 𝑇𝐵 .

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A partir das condições de carregamento e restrição impostas ao eixo prismático, pela condição de
equilíbrio ao analisar o D.C.L. da estrutura tem-se que:

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐴 + 𝑇 − 𝑇𝐵 = 0 ⇒ 𝑇 = 𝑇𝐴 + 𝑇𝐵

Dessa forma, os torques internos nos dois segmentos (AC e CB) do eixo são dados por:

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐴 + 𝑇𝐴𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐴𝐶 = 𝑇𝐴

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐴 + 𝑇 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = −𝑇 + 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵

Como os deslocamentos rotacionais devem ser compatíveis, a seção no plano de corte (seção comum
aos dois segmentos) deve necessariamente girar no mesmo sentido.

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 − 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = −𝑇𝐵


𝑇𝐴𝐶
𝑇𝐶𝐵

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A partir das condições de carregamento e restrição impostas ao eixo prismático, pela condição de
equilíbrio ao analisar o D.C.L. da estrutura tem-se que:

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐴 + 𝑇 − 𝑇𝐵 = 0 ⇒ 𝑇 = 𝑇𝐴 + 𝑇𝐵

Uma vez que as extremidades do eixo são fixas, não há giro relativo entre as seções engastadas, ou
seja, o ângulo de torção entre a extremidade A e a extremidade B é nulo. Dessa forma, a condição de
compatibilidade necessária (ou condição cinemática) exige que:

𝜙𝐴𝐵 = 0

𝜙𝐴𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0

𝑇𝐴𝐶 𝐿𝐴𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


+ =0
𝐺𝐼𝑇𝐴𝐶 𝐺𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐶 𝐿𝐴𝐶 −𝑇𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐴 𝐿𝐴𝐶 𝑇𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐴𝐶


+ = 0 ⇒ = 𝑇𝐶𝐵
𝐺𝐼𝑇𝐴𝐶 𝐺𝐼𝑇𝐶𝐵 𝐺𝐼𝑇𝐴𝐶 𝐺𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴 𝐿𝐴𝐶 𝐺𝐼𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐴𝐶


𝑇𝐵 = = 𝑇𝐴
𝐺𝐼𝑇𝐴𝐶 𝐿𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵
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O sistema de equações é dado por:
𝑇 = 𝑇𝐴 + 𝑇𝐵

𝐿𝐴𝐶
𝑇𝐵 = 𝑇𝐴
𝐿𝐶𝐵

Sabendo que 𝐿 = 𝐿𝐴𝐶 + 𝐿𝐶𝐵 , 𝑇𝐵 fica:

𝐿𝐴𝐶 𝑇𝐴 𝐿𝐶𝐵 + 𝑇𝐴 𝐿𝐴𝐶 𝑇𝐴 𝐿𝐶𝐵 + 𝐿𝐴𝐶 𝑇𝐴 𝐿 𝑇𝐿𝐶𝐵


𝑇 = 𝑇𝐴 + 𝑇𝐵 = 𝑇𝐴 + 𝑇𝐴 = = = ⇒ 𝑇𝐴 =
𝐿𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝐿

Logo, 𝑇𝐵 é dado por:

𝑇𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐿 − 𝑇𝐿𝐶𝐵 𝑇 𝐿 − 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐿𝐴𝐶


𝑇𝐵 = 𝑇 − 𝑇𝐴 = 𝑇 − = = =
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿

Observações importantes:

• Note que cada um dos torques externos de reação (𝑇𝐴 e 𝑇𝐵 ) aumenta ou diminui linearmente
(𝐿𝐶𝐵 /𝐿 ou 𝐿𝐴𝐶 /𝐿 ) com a localização do torque externo aplicado 𝑇;
• Uma vez conhecidos os torques de reação, todas as demais grandezas de interesse, como tensões e
ângulos de torção, podem ser determinadas a partir desses torques.

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Membros de Torção Estaticamente Indeterminados: Estrutura de Diferentes Propriedades da Seção Transversal
A barra composta AB de comprimento L está engastada em uma das extremidades (A) e é solicitada
por um torque na extremidade oposta (B). A barra consiste em dois membros, uma barra sólida de
diâmetro 𝑑1 e um tubo de diâmetro externo 𝑑2 , os quais são unidos por uma placa rígida na
extremidade B. Observe que há uma folga entre a barra e o tubo de modo que o diâmetro interno do
tubo é ligeiramente maior que o diâmetro 𝑑1 da barra.

Sabendo que a barra sólida (𝐺1 ) e o tubo (𝐺2 ) são feitos a partir de dois materiais diferentes, obtenha
as fórmulas para os torques reativos

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A partir das condições de carregamento e restrição impostas à barra composta, pela condição de
equilíbrio ao analisar o D.C.L. da estrutura tem-se que:

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇1 − 𝑇2 + 𝑇 = 0 ⇒ 𝑇 = 𝑇1 + 𝑇2

Uma vez que a barra e o tubo estão unidos pela placa rígida, pode-se assegurar que tanto a rotação da
barra (𝜙1 ) quanto do tubo (𝜙2 ) serão iguais à rotação da placa rígida (𝜙). Dessa forma, tem-se que:

𝜙1 = 𝜙2

𝑇1 𝐿 𝑇2 𝐿
=
𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺2 𝐼𝑇2

𝑇1 𝐿 𝐺2 𝐼𝑇2 𝐺2 𝐼𝑇2
𝑇2 = = 𝑇1
𝐺1 𝐼𝑇1 𝐿 𝐺1 𝐼𝑇1

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O sistema de equações é dado por:
𝑇 = 𝑇1 + 𝑇2

𝐺2 𝐼𝑇2
𝑇2 = 𝑇1
𝐺1 𝐼𝑇1

Resolvendo o sistema (2 equações) para os torques 𝑇1 e 𝑇2 (2 incógnitas):

𝐺2 𝐼𝑇2 𝑇1 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝑇1 𝐺2 𝐼𝑇2 𝑇1 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2 𝐺1 𝐼𝑇1


𝑇 = 𝑇1 + 𝑇2 = 𝑇1 + 𝑇1 = = ⇒ 𝑇1 = 𝑇
𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2

Logo, 𝑇2 é dado por:

𝐺1 𝐼𝑇1 𝑇 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2 − 𝑇 𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺2 𝐼𝑇2


𝑇2 = 𝑇 − 𝑇1 = 𝑇 − 𝑇 = =𝑇
𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2

ou
𝐺2 𝐼𝑇2 𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺2 𝐼𝑇2 𝐺2 𝐼𝑇2
𝑇2 = 𝑇1 =𝑇 =𝑇
𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2 𝐺1 𝐼𝑇1 𝐺1 𝐼𝑇1 + 𝐺2 𝐼𝑇2

Observação importante:
• Uma vez conhecidos os torques de reação, todas as demais grandezas de interesse, como tensões e
ângulos de torção, podem ser determinadas a partir desses torques.
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Exemplo 01: Eixo prismático fixo em suas extremidades e submetido a torques intermediários constantes
Um eixo maciço feito em aço possui um diâmetro de 40 mm e está submetida a dois torques externos de 500 N.m e 800 N.m próximos às suas
extremidades A e B engastadas, respectivamente. Com base nessas condições, determine os momentos reativos nos suportes fixos A e B.

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Exemplo 01: Eixo prismático fixo em suas extremidades e submetido a torques intermediários constantes
Um eixo maciço feito em aço possui um diâmetro de 40 mm e está submetida a dois torques externos de 500 N.m e 800 N.m próximos às suas
extremidades A e B engastadas, respectivamente. Com base nessas condições, determine os momentos reativos nos suportes fixos A e B.

Solução
Uma vez que há 2 incógnitas (𝑇𝐴 e 𝑇𝐵 ) e apenas uma equação de equilíbrio disponível (σ 𝑀𝑥 = 0), o eixo AB encontra-se estaticamente
indeterminado. Dessa forma, torna-se necessário desenvolver equações adicionais baseadas nas condições de compatibilidade. Pela condição de
carregamento e engaste do eixo, nota-se que o giro entre as seções A e B é nulo, ou seja, 𝜙𝐴𝐵 = 0.

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Exemplo 01: Eixo prismático fixo em suas extremidades e submetido a torques intermediários constantes
Um eixo maciço feito em aço possui um diâmetro de 40 mm e está submetida a dois torques externos de 500 N.m e 800 N.m próximos às suas
extremidades A e B engastadas, respectivamente. Com base nessas condições, determine os momentos reativos nos suportes fixos A e B.

Solução
Uma vez que há 2 incógnitas (𝑇𝐴 e 𝑇𝐵 ) e apenas uma equação de equilíbrio disponível (σ 𝑀𝑥 = 0), o eixo AB encontra-se estaticamente
indeterminado. Dessa forma, torna-se necessário desenvolver equações adicionais baseadas nas condições de compatibilidade. Pela condição de
carregamento e engaste do eixo, nota-se que o giro entre as seções A e B é nulo, ou seja, 𝜙𝐴𝐵 = 0.

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


+ + =0
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


+ + =0
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇
𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐵 0,2


+ + =0⇒ +
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇
𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐵 0,2


+ + =0⇒ +
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 + 𝑇𝐷𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐵 0,2 −800 + 𝑇𝐵 1,5


+ + =0⇒ + +
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 + 𝑇𝐷𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷
𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵
𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐵 0,2 −800 + 𝑇𝐵 1,5


+ + =0⇒ + +
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 + 𝑇𝐷𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 + 𝑇𝐴𝐷 = 0 ⇒ 𝑇𝐴𝐷 = −300 + 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 = −300 + 𝑇𝐵
𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵
𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐵 0,2 −800 + 𝑇𝐵 1,5 −300 + 𝑇𝐵 0,3
+ + =0⇒ + +
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 + 𝑇𝐷𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 + 𝑇𝐴𝐷 = 0 ⇒ 𝑇𝐴𝐷 = −300 + 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐵 0,2 −800 + 𝑇𝐵 1,5 −300 + 𝑇𝐵 0,3
+ + =0⇒ + + ⇒ 𝑇𝐵 = 645 N. m
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 + 𝑇𝐷𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 + 𝑇𝐴𝐷 = 0 ⇒ 𝑇𝐴𝐷 = −300 + 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐴 = −𝑇𝐵 + 300 ∴ 𝑇𝐴 = −645 + 300 = −345 N. m

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 𝑇𝐵 0,2 −800 + 𝑇𝐵 1,5 −300 + 𝑇𝐵 0,3
+ + =0⇒ + + ⇒ 𝑇𝐵 = 645 N. m
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 + 𝑇𝐷𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐷𝐶 = −800 + 𝑇𝐵

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 + 𝑇𝐴𝐷 = 0 ⇒ 𝑇𝐴𝐷 = −300 + 𝑇𝐵

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෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 − 500 − 𝑇𝐴 = 0 ⇒ 𝑇𝐵 = 300 − 𝑇𝐴 ∴ 𝑇𝐵 = 300 − −345 = 645 N. m
𝑇𝐴𝐷

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵


𝜙𝐴𝐵 = 0 ⇒ 𝜙𝐴𝐷 + 𝜙𝐷𝐶 + 𝜙𝐶𝐵 = 0 ⇒ + + =0
𝐺𝐴𝐷 𝐼𝑇𝐴𝐷 𝐺𝐷𝐶 𝐼𝑇𝐷𝐶 𝐺𝐶𝐵 𝐼𝑇𝐶𝐵

𝑇𝐴𝐷 𝐿𝐴𝐷 𝑇𝐷𝐶 𝐿𝐷𝐶 𝑇𝐶𝐵 𝐿𝐶𝐵 −300 + 𝑇𝐴 0,2 500 + 𝑇𝐴 1,5 𝑇𝐴 0,3
+ + =0⇒ + + ⇒ 𝑇𝐴 = −345 N. m
𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝐺𝐼𝑇 𝑇𝐷𝐶

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐴 + 𝑇𝐴𝐷 = 0 ⇒ 𝑇𝐴𝐷 = 𝑇𝐴

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐴 − 500 + 𝑇𝐷𝐶 = 0 ⇒ 𝑇𝐷𝐶 = 500 + 𝑇𝐴

෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐴 − 500 + 800 + 𝑇𝐶𝐵 = 0 ⇒ 𝑇𝐶𝐵 = −300 + 𝑇𝐴

𝑇𝐶𝐵

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Referências (Material de Apoio)
GERE, J. M.; GOODNO, B. J. Mecânica dos materiais. Tradução da 8ª edição norte-americana. 3ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2017. 497 p.

Capítulo 3.: Torção

Seção 3.1.: Introdução

Seção 3.2.: Deformações de torção de uma barra circular

Seção 3.3.: Barras circulares de materiais elásticos lineares

Seção 3.4.: Torção não uniforme

Seção 3.7.: Transmissão de potência por eixos circulares

Seção 3.8.: Membros de torção estaticamente indeterminados

BEER, F. P.; JOHNSTON, E. R.; DEWOLF, J. T.; MAZUREK, D. F. Mecânica dos materiais. 5a ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. 800 p.

Capítulo 3.: Torção

Seção 3.1.: Introdução

Seção 3.2.: Discussão preliminar das tensões em uma barra de seção circular

Seção 3.3.: Deformações em uma barra de seção circular

Seção 3.4.: Tensões no regime elástico

Seção 3.5.: Ângulo de torção no regime elástico

Seção 3.6.: Eixos estaticamente indeterminados

Seção 3.7.: Projeto de eixos de transmissão


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Referências (Material de Apoio)
HIBBELER, R. C. Mechanics of Materials. ISM. 9th ed. Boston: Prentice Hall, 2013. 879 p.

Chapter 5.: Torsion

Section 5.1.: Torsional deformation of a circular shaft

Section 5.2.: The torsion formula

Section 5.3.: Power transmission

Section 5.4.: Angle of twist

Section 5.5.: Statically indeterminate torque-loaded members

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