Estática do Ponto

Material
Conteúdo

Introdução Problema Resolvido 2.3

Resultante de duas Forças Equilíbrio de uma Partícula
Vetores Diagramas de Corpo Livre
Adição de Vetores Problema Resolvido 2.4
Resultante de Várias Forças Problema Resolvido 2.6
Concorrentes Componentes Retangulares no Espaço
Problema Resolvido 2.1 Problema Resolvido 2.7
Problema Resolvido 2.2
Componentes Retangulares de uma
Força: Vetores Unitários
Adição de Forças pela Soma de
Componentes

2-2
Introdução
• O objetivo do presente capítulo é investigar o efeito das forças sobre as
partículas:
- Substituindo as múltiplas forças que atuam sobre uma partícula
por uma única força equivalente, ou resultante,
- Estabelecendo relações entre as forças que atuam sobre
uma partícula que esteja em estado de equilíbrio.

• Ao falar-se em partículas não se quer dizer que a análise deva se

restringir a corpos minúsculos. Significa dizer que o estudo limita-se à
análise de situações em que o tamanho e a forma dos corpos não são
significativos, de tal forma é possível admitir que todas as forças estejam
sendo aplicadas em um único ponto.

2-3
Resultante de duas Forças

• Força: ação de um corpo sobre outro,

caracterizada por seu ponto de aplicação,
intensidade, direção, e sentido.

• Evidência experimental demonstra que o

efeito combinado de duas forças pode ser
representado por uma única força resultante.

• A resultante é equivalente à diagonal de um

paralelogramo que contém as duas forças em
lados adjacentes.

• Força é uma grandeza vetorial.

2-4
Vetores
• Grandezas Vetoriais: possuem intensidade, direção e sentido
que se somam de acordo com a lei do paralelogramo.
Exemplos: deslocamentos, velocidades, acelerações
.• Grandezas escalares: possuem apenas intensidade.
Exemplos: massa, volume, temperatura
• Classificação de vetores:
- Vetores fixos têm pontos de aplicação bem definidos que
não podem ser alterados, sob pena de afetarem a análise
da situação.
- Vetores livres podem ser livremente movimentados no
espaço sem alterar o seu efeito na análise.
- Vetores deslizantes podem ser aplicados em qualquer
lugar ao longo de sua linha de ação sem alterar a análise..
• Diz-se que dois vetores são iguais quando têm a mesma
intensidade, direção e sentido.
• O vetor oposto de um dado vetor tem a mesma intensidade,
mesma direção e sentido contrário.
2-5
Adição de Vetores
• Regra do Paralelogramo para adição
de vetores
• Regra do Triângulo para adição de
vetores
C • Lei dos cossenos
B
R 2 = P 2 + Q 2 − 2 PQ cos B
C   
R = P+Q
• Lei dos senos
senA senB senC
B = =
Q R A
• A adição de vetores é comutativa,
   
P+Q = Q+ P
• Subtração de vetores

2-6
Adição de Vetores
• A adição de três ou mais vetores se obtém
pela aplicação repetida da regra do triângulo.

• A regra do polígono para a adição de três ou

mais vetores.

• A adição de vetores é associativa

        
P + Q + S = (P + Q ) + S = P + (Q + S )

• Multiplicação de um vetor por um escalar

2-7
Resultante de Várias Forças Concorrentes
• Forças concorrentes: conjunto de forças
que passam todas pelo mesmo ponto.

Um conjunto de forças concorrentes

aplicadas a uma partícula pode ser
substituído por uma única força resultante
que é a soma vetorial de todas as forças
aplicadas.

• Componentes vetoriais da força: duas ou

mais forças que, juntas, têm o mesmo efeito
de uma única força.

2-8
Problema Resolvido 2.1
As forças Q e P atuam sobre
um parafuso A. Determinar sua
resultante.
SOLUÇÃO:
• Solução gráfica - construir um
paralelogramo com lados paralelos a P e
Q e comprimentos proporcionais a sua
intensidade. Graficamente calcular a
resultante que terá a mesma direção e
tamanho da diagonal..
• Solução trigonométrica – usar a regra do
triângulo para adição de vetores em
conjunto com a lei dos cossenos e a lei
dos senos para encontrar a resultante.
2-9
Problema Resolvido 2.1

• Solução gráfica – Um paralelogramo com lados

iguais a P e Q foi desenhando em escala. A
intensidade e a direção da resultante são
obtidos medindo-se a diagonal.
R = 98 N α = 35°

• Solução gráfica - Um triângulo é construído

com P e Q em sequência. A intensidade e a
direção da resultante obtém-se pela medição do
terceiro lado do triângulo

R = 98 N α = 35°

2 - 10
Problema Resolvido 2.1
• Solução trigonométrica – Aplicação da regra do
triângulo. Da lei dos cossenos tem-se que:
R 2 = P 2 + Q 2 − 2 PQ cos B
= (40 N )2 + (60 N )2 − 2(40 N )(60 N ) cos155°
R = 97.73N
Da lei dos senos,
senA senB
=
Q R
Q
senA = senB
R
60 N
= sen155°
97,73N
A = 15,04°
α = 20° + A α = 35.04°

2 - 11
Problema Resolvido 2.2
Uma barcaça é puxada por dois
rebocadores. Se a resultante das
forças exercidas pelos rebocadores é
de 5,0 kN, e tem a direção do eixo
da barcaça, calcule:
a) a tração em cada cordas para α =
45o,
b) O valor de α para o qual a tração
na corda 2 é mínima.
SOLUÇÃO:
• Encontrar uma solução gráfica aplicando a
Regra do Paralelogramo para soma de vetores.
O paralelogramo tem lados nas direções das
duas cordas e uma diagonal na direção do eixo
da barcaça e um comprimento proporcional a
5000 N.
• Encontrar uma solução trigonométrica
aplicando a Regra do Triângulo para a adição
de vetores. Com a intensidade e a direção
conhecidas e dadas as direções dos outros
dois lados paralelos às cordas, aplicar a Lei
dos Senos para achar a tração nas cordas.
• O ângulo para a mínima tração na corda 2 é
determinado aplicando-se a Regra do Triângulo
e observando-se o efeito da variação em α.
2 - 12
Problema Resolvido 2.2

• Solução gráfica – Regra do Paralelogramo ,

dadas a intensidade e a direção da resultante
e conhecidas as direções das forças.

T1 = 3700 N T2 = 2600 N

• Solução trigonométrica - Regra do

Triângulo com a Lei dos Senos
T1 T2 5000 N
= =
sen45° sen30° sen105°

T1 = 3660 N T2 = 2590 N

2 - 13
Problema Resolvido 2.2
• O ângulo para a mínima tração na corda 2 é
determinado aplicando-se a Regra do
Triângulo e observando-se o efeito das
variações em α.
• A mínima tração na corda 2 ocorre quando T1
e T2 são perpendiculares.

T2 = (5000 N )sen30° T2 = 2500 N

T1 = (5000 N ) cos 30° T1 = 4330 N

α = 90° − 30° α = 60°

2 - 14
Componentes Retangulares de uma Força: Vetores Unitários
• Decompor uma força em componentes perpendiculares
forçando o paralegrogramo
  resultante a ser um
retângulo. Fx e Fy são chamados de componentes
vetoriais retangulares e
  
F = Fx + Fy
 
• Definir i e j como os vetores unitários
perpendiculares paralelos aos eixos x e y
respectivamente.

• Qualquer componente vetorial pode ser expresso como

o produto dos vetores unitários pela intensidade desse
componente vetorial.
  
F = Fx i + Fy j

Fx e Fy são chamados de componentes escalares de F

2 - 15
Adição de Forças pela Soma de Componentes
• Para determinar a resultante de 3 ou mais forças
concorrentes,
   
R = P+Q+S
• Decompõe-se cada força em componentes
retangulares
       
R x i + R y j = Px i + Py j + Q x i + Q y j + S x i + S y j

(
= ( Px + Q x + S x )i + Py + Q y + S y j )

• Os componentes escalares da resultante serão

iguais à soma das componentes escalares das
forças dadas.
R x = Px + Q x + S x R y = Py + Q y + S y
= ∑ Fx = ∑ Fy
• E para encontrar a intensidade e a direção da
resultante: −1 R y
R = Rx + R y
2 2
θ = tan
Rx
2 - 16
Problema Resolvido 2.3
SOLUÇÃO:
• Decompor cada força em
componentes retangulares.

• Determinar as componentes da
resultante pela adição das respectivas
componentes retangulares das forças.

• Calcular a intensidade e direção da

Quatro forças atuam no ponto A da resultante.
figura, como mostrado. Determinar a
resultantes das forças.

2 - 17
Problema Resolvido 2.3
SOLUÇÃO:
• Decomposição em componentes retangulares.
força int comp − x comp − y

F1 150 + 129,9 + 75,0

F2 80 − 27,4 + 75,2

F3 110 0 − 110,0

F4 100 + 96,6 − 25,9

Rx = +199,1 R y = +14,3
• Determinação dos componentes da resultante
pela soma das correspondentes componentes das
forças

• Cálculo da intensidade e da direção

R = 199.12 + 14.32 R = 199.6 N

14.3 N
tan α = α = 4.1°
199.1 N
2 - 18
Equilíbrio de uma Partícula
• Quando a resultante de todas as forças atuando sobre uma partícula é zero, a
partícula está em equilíbrio.
• Primeira Lei de Newton: Se a força resultante sobre uma partícula é zero, a partícula
permanecerá em repouso ou continuará em velocidade constante em uma linha reta..

• Duas forças agindo sobre • Três ou mais forças atuando sobre uma partícula:
uma partícula:
- Solução gráfica resulta em polígono fechado
- igual intensidade
- Solução algébrica  
- mesma linha de ação R = ∑F = 0
- sentido oposto ∑ Fx = 0 ∑ Fy = 0
2 - 19
Diagramas de Corpo Livre

Diagrama Espacial: Um esboço Diagrama de corpo livre: Um esboço

que mostra as condições físicas que mostra somente as forças atuando
do problema. sobre a partícula de interesse.

2 - 20
Problema Resolvido 2.4
SOLUÇÃO:
• Construir o diagrama de corpo livre
para a partícula em A, na junção da
corda com o cabo.

• Aplicar as condições de equilíbrio

criando um polígono fechado com as
forças atuando sobre a partícula.

• Aplicar as relações trigonométricas

Em uma operação de descarga de um
para determinar as intensidades
navio, um automóvel de 17,5 kN é
desconhecidas..
sustentado por um cabo. Uma corda
é atada no cano e utilizada para puxar
o automóvel para a posição desejada.
Qual a tração na corda?

2 - 21
Problema Resolvido 2.4
SOLUÇÃO:
• Construção do diagrama de corpo livre
para a partícula em A.

• Aplicação das condições de equilíbrio.

• Resolução das equações resultantes para

obter as intensidades das forças.
TAB T 17,5 kN
= AC =
sen120° sen 2° sen58°
TAB = 17,87 kN

TAC = 0,720 kN

2 - 22
Problema Resolvido 2.6
Deseja-se determinar a força de arrasto sobre
o casco do protótipo de um veleiro. Um
modelo é colocado em um canal de teste e
três cabos são utilizados para alinhar o barco
com a linha central do canal. Para uma dada
velocidade, a tração no cabo AB é de 200 N e
no cabo AE, 300 N. Determine a força de
arrasto exercida sobre o casco e a tração no
cabo AC.
SOLUÇÃO:
• Escolher o casco como o corpo livre
e fazer o diagrama de corpo livre.
• Expressar a condição de equilíbrio
para o casco, escrevendo que a
soma de todas as forças deve ser
zero.
• Escrever a equação vetorial de
equilíbrio e decompô-la em duas
equações de componentes.
Resolver as equações e determinar
as trações nos cabos.
2 - 23
Problema Resolvido 2.6
SOLUÇÃO:
• Escolha do casco como o corpo livre e o
desenho do DCL correspondente.
2,10 m 0,45 m
tan α = = 1.75 tan β = = 0,375
1,20 m 1,20 m
α = 60,25° β = 20,56°

• Expressão da condição de equilíbrio

para o casco, sabendo que a soma de
todas as forças deve ser zero.
    
R = T AB + T AC + T AE + FD = 0

2 - 24
Problema Resolvido 2.6
• Decomposição da equação de equilíbrio
vetorial em duas equações componentes .
Resolução do sistema de equações para obter
as trações desconhecidas
  
TAB = −(200 N )sen60,26° i + (200 N ) cos 60,26° j
 
= −(173,7 N ) i + (99,21 N ) j
  
TAC = TAC sen 20,56° i + TAC cos 20,56° j
 
= 0,3512 TAC i + 0,9363TAC j
 
TAE = −(300 N ) i
 
FA = FA i


R=0

= (− 173,7 N + 0,3512 TAC + FA ) i

+ (99,21N + 0,9363 TAC − 300 N ) j

2 - 25
Problema Resolvido 2.6

R=0

= (− 173,7 N + 0,3512 TAC + FA ) i

+ (99,21N + 0,9363TAC − 300 N ) j

Esta equação somente será satisfeita se todos os

componentes da resultante forem iguais a zero.

(∑ F x = 0 ) 0 = −173,7 N + 0,3512 TAC + FA

(∑ F y = 0 ) 0 = 99,21 + 0,9363 TAC − 300 N

TAC = +214,5 N
FD = +98,37 N

2 - 26
Componentes Retangulares no Espaço

  
• O vetor F está • Decompõe-se F em • Decompõe-se Fh em
contido no plano componentes horizontal componentes retangulares
OBAC e vertical. Fx = Fh cos φ
Fy = F cosθ y = F sin θ y cos φ
Fh = F sin θ y Fz = Fh sin φ
= F sin θ y sin φ

2 - 27
Componentes Retangulares no Espaço


• Com os ângulos entre F e os eixos,
Fx = F cosθ x Fy = F cosθ y Fz = F cosθ z
   
F = Fx i + Fy j + Fz k

(  
)
= F cosθ x i + cosθ y j + cosθ z k

= Fλ
   
λ = cosθ x i + cosθ y j + cosθ z k

• λ é um vetor unitário ao longo da linha de ação

F e cosθ x , cosθ y , and cosθ z são chamados de
cossenos diretores de F
2 - 28
Componentes Retangulares no Espaço

Direção e sentido da força é

definido por dois pontos,
M ( x1 , y1 , z1 ) and N ( x2 , y 2 , z 2 )


d = vetor ligando M a N
  
= d xi + d y j + d z k
d x = x2 − x1 d y = y2 − y1 d z = z 2 − z1
 
F = Fλ

( )
 1   
λ = d xi + d y j + d z k
d
Fd x Fd y Fd z
Fx = Fy = Fz =
d d d

2 - 29
Problema Resolvido 2.7
SOLUÇÃO:
• Com base nas posições relativas dos
pontos A e B, determinar o vetor unitário
no sentido de A para B.

• Aplicar o vetor unitário para determinar

os componentes da força que atua em A.

• Notar que os componentes do vetor

unitário são os cossenos diretores do
A tração no cabo de sustentação da vetor e calcular os ângulos
torre é de 2500 N. Determinar: correspondentes.

a) As componentes Fx, Fy, Fz da força

aque atua no parafuso em A,
b) os ângulos θx, θy, θz que definem a
direção da força
2 - 30
Problema Resolvido 2.7
SOLUÇÃO:
• Determinação do vetor unitário, apontando de A
para B.
  
AB = (− 40 m ) i + (80 m ) j + (30 m )k
AB = (− 40 m )2 + (80 m )2 + (30 m )2
= 94,3 m
  − 40    80    30  
λ = i +   j + k
 94,3   94,3   94,3 
  
= −0,424 i + 0,848 j + 0,318k

• Determinação dos componentes da força.

 
F = Fλ

= (2500 N )(− 0.424 i + 0.848 j + 0.318k )
 
  
= (− 1060 N )i + (2120 N ) j + (795 N )k

2 - 31
Problema Resolvido 2.7
• Cálculo dos ângulos, sabendo que os
componentes do vetor unitário são os
cossenos diretores do vetor
   
λ = cos θ x i + cos θ y j + cos θ z k
  
= −0.424 i + 0.848 j + 0.318k

θ x = 115,1
θ y = 32,0
θ z = 71,5

2 - 32