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MECÂNICA APLICADA

Professora: Lorena Andrade Nunes


Engenheira Civil
Especialista em Docência do Ensino Superior
Mestre em Engenharia Civil

27 de março de 2023
ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS
CONTEÚDO DA AULA

1 Sistema equivalente de forças;

2 Momento de uma força;

3 Teorema de Varignon;

4 Momento de um binário;

5 Exercícios.
ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS NO PLANO

Corpo rígido: O corpo é constituído por um conjunto de partículas, donde, além de


massa ele possui dimensões não desprezíveis. O corpo é chamado de rígido se não
sofre deformação quando sujeito a qualquer tipo de força.
No nosso estudo da Estática os corpos serão considerados sempre rígidos. Os corpos
deformáveis serão estudados na Resistência dos Materiais.
No caso da partícula, como vimos, o ponto de aplicação das forças era único, isto é, era
a própria partícula. Portanto, as forças atuantes na partícula constituía um sistema de
forças concorrentes.
Entretanto no caso de um corpo, suas dimensões deverão ser levadas em conta e os
pontos de aplicação das forças são normalmente distintos.
Sistema equivalente de forças

• Forças externas x forças internas:

Ação do ambiente ou de outros corpos


sobre o corpo rígido considerado; São
Forças externas forças que podem provocar o movimento
ou o equilíbrio do corpo.

São as forças que unem as partículas ou as


Forças internas partes constituintes do corpo.
Sistema equivalente de forças
• Forças externas x forças internas:
Sistema equivalente de forças

• Princípio da transmissibilidade:

O efeito provocado pela força não é


afetado caso esta seja aplicada em outro
ponto ao longo da sua linha de ação.

Ou seja, quando se aplica uma força em


um corpo sólido a mesma se transmite
com seu módulo, direção e sentido em
toda a sua reta suporte ao longo deste
corpo.
Sistema equivalente de forças

Produto escalar e produto vetorial


Sistema equivalente de forças

Produto escalar e produto vetorial


Sistema equivalente de forças

Produto escalar e produto vetorial


Sistema equivalente de forças

Produto escalar e produto vetorial

• Produto vetorial:
• Diferentemente do produto escalar, o produto vetorial é uma
operação binária que resulta em um vetor, que deve satisfazer as
seguintes condições:

1. P x Q = V
|P x Q| = P Q senθ

sendo θ o ângulo formado entre os vetores P e Q; essa expressão


representa o módulo do vetor resultante V.
Sistema equivalente de forças

Produto escalar e produto vetorial

• Produto vetorial:

2. A linha de ação de V é perpendicular ao plano que contém P e Q.

3. O sentido de V é definido pela regra da mão direita.


Sistema equivalente de forças

Produto escalar e produto vetorial

• Produto vetorial:

Seguindo estas regras, os produtos


vetoriais entre os vetores unitários
cartesianos são:

i x i = 0; i x j = k; i x k = - j
j x i = - k; j x j = 0; j x k = i
k x i = j; k x j = - i; k x k = 0
Sistema equivalente de forças

Produto escalar e produto vetorial

• Produto vetorial:

Descrevendo a operação em componentes cartesianos, temos:


P x Q = (x1 i + y1 j + z1 k) x (x2 i + y2 j + z2 k)

P x Q = (y1.z2 – z1.y2) i + (z1.x2 – x1.z2) j + (x1.y2 – y1.x2) k

Essa expressão equivale ao determinante da seguinte matriz:

Obs.: O produto vetorial é anticomutativo (A x B = - B x A) e é distributivo


sobre a adição (A x (B + C) = A x B + A x C).
Momento de uma força

• O momento de uma força é a tendência de uma força qualquer F fazer girar o corpo
rígido em torno de um eixo fixo;

• Esse momento irá depender da força F e da distância entre ela e o eixo fixo
considerado;

• Assim, o momento de uma força em relação a um ponto 0 é definido pelo produto


vetorial M0 = r x F, sendo r o vetor posição que liga o ponto 0 ao ponto de origem da
força F.
Momento de uma força

• Sendo θ o ângulo entre r e F, o módulo do


momento M0 é:

M0 = r · F · senθ = F · d,
onde d é a distância perpendicular entre a força
F e o ponto 0 (também chamada de “braço de
alavanca”).
Momento de uma força

• O momento M0 é sempre perpendicular


ao plano contendo os vetores r e F;

• O sentido do momento também segue a


regra da mão direita;

• Convenção de sinais:
Momento de uma força

• Componentes cartesianas do momento (força no espaço):


Teorema de Varignon

• O momento gerado por um sistema de forças concorrentes pode ser calculado


somando-se os momentos de cada força ou avaliando-se o momento da força
resultante equivalente.
Momento de um binário

• Um binário (ou conjugado) é o conjunto de


duas forças de mesmo módulo, direções
paralelas e sentidos contrários;

• A resultante das forças no corpo é zero, mas o


momento resultante não. Assim, o binário
tende a girar o corpo sobre o qual atua.
Momento de um binário

• O módulo do momento de um binário é dado por: M = F · d, sendo d a distância


perpendicular entre as linhas de ações das forças F e –F;
• Dois binários que possuam momento de mesmo módulo, direção e sentido são
ditos equivalentes, mesmo que aplicados em pontos distintos do corpo rígido.
Momento de um binário

• Qualquer força F aplicada em um ponto de um


corpo rígido pode ser substituída por um sistema
força-binário aplicado em outro ponto arbitrário,
e constituído da força F aplicada nesse ponto e
de um binário de momento M igual ao momento
em relação ao ponto da força F na sua posição
original.
Momento de um binário

• A “estratégia” acima pode ser aplicada com cada uma das forças do sistema
original, tendo como referência o mesmo ponto. Após isso, combinam-se as forças
e os vetores momentos originários dos binários, chegando-se ao sistema resultante
equivalente com uma única força e um único vetor momento.
Exercícios

1. A placa quadrada de concreto é presa pelo


cabo BC, cujo módulo da força de tração
vale 100N.
a) Escreva o vetor TBC em componentes
cartesianas;
b) Calcule o momento de TBC em relação à
origem (ponto A).
Exercícios

2. Substitua as forças que atuam na viga por um sistema força-binário equivalente no


ponto A.
Exercícios

3. Quatro forças são aplicadas à peça ABCD,


como ilustrado. Substitua as forças por um
sistema força-binário equivalente em A.
Tópicos da próxima aula

1. Equilíbrio de corpos rígidos;


2. Reações de apoio e conexões;
3. Estruturas hipostáticas, isostáticas e hiperestáticas.
Conclusão

 Dúvidas?
Referências bibliográficas
• Bibliografia básica:
BEER, F. P. et. al. Mecânica vetorial para engenheiros: estática. 9. ed. Porto Alegre: AMGH,
2009.
• Bibliografia complementar:
HIBBELER, R. C. Estática - Mecânica Para Engenharia. 12. ed. Porto Alegre: Pearson, 2011.
Até a próxima...

OBRIGADA!

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