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1a e 2ª Aulas
O TS carrega em si as principais noções estudadas na disciplina de CV. Para perceber, basta comparar a lista
de conteúdos presentes no Plano de Ensino com os termos desconhecidos constantes no TS.
De mesma importância que o TS, estudam-se o Teorema de Green e o Teorema da Divergência de Gauss ou
de Ostrogradsky. Destaca-se que todos esses matemáticos que enunciaram e provaram uma versão desses
teoremas estavam interessados em resolver problemas específicos de Física. Gauss estudava a teoria da
atração magnética, Ostrogradsky a teoria do calor e Green eletricidade e magnetismo. Em todos esses casos,
os teoremas apareciam no interior de longos artigos e eram concebidos como ferramentas para a resolução
de problemas de Física.
Orientação para esta nota de aula: Após a leitura desta nota de aula, assistir às vídeo-aulas de 01 a 05
no endereço:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLW3u28VuDAHLWNxKyfoBQSVBp-fhWrDr0
a) Como estudado em Álgebra Linear, com as operações usuais de soma entre 2 vetores e de
multiplicação de um escalar por um vetor, o ℝn é um espaço vetorial (EV). Especificamente, o ℝ2 e o
ℝ3, também o são.
b) Definindo-se uma operação denominada Produto Interno (PI), ou Produto Escalar, em ℝn (no
contexto de CV, trata-se do PI usual), munem-se estes espaços de uma função que permite o cálculo
de certas medidas, como comprimentos, distâncias, ângulos.
Para o ℝ3, se u = ( a,b,c ) e v = ( s,r,t ), denota-se o PI por u⋅v ou < u,v > e define-se por:
u⋅v=as+br+ct
Note que, de forma natural, este resultado se estende para espaços Rn de qualquer dimensão finita.
Teorema: Se u e v são dois vetores (do ℝ2 ou do ℝ3 ) não nulos e se θ é o ângulo entre eles, então:
u⋅v=‖u‖.‖v‖cos(θ ) (usar a regra do paralelogramo, para demonstrar).
Obs: Por definição, . Portanto, nesse intervalo o cosseno é uma função bijetora.
Conclusão: O ℝn é um espaço vetorial normado, cuja norma advém de um produto interno, dotando-
o, assim, de uma estrutura de espaço métrico. Portanto, é possível, em ℝn, somar vetores, determinar
comprimento de vetores, medir a distância entre pontos, calcular ângulo entre vetores.
a) Vetores equivalentes: Todas as funções definidas no item 1, acima, são aplicadas a vetores com
pontos iniciais na origem. Se os vetores não tiverem ponto inicial na origem, forem do tipo ⃗
PQ , P
não nulo, como realizar essas operações?
Neste caso, deve-se fazer uma translação de ⃗PQ de tal forma que seu ponto inicial coincida com o
⃗0 e seu ponto final com o ponto Q – P. Do ponto de vista das funções do item 1, o vetor ⃗
PQ é
equivalente ao vetor Q – P, e se denota ⃗PQ≡Q− P . Aplicam-se, assim, as funções ao vetor Q – P.
⃗
Definem-se as componentes de PQ como as coordenadas de Q – P.
Ilustra-se no exemplo abaixo:
Mais geralmente, 2 vetores são equivalentes se, e só se, têm as mesmas componentes.
b) Vetores paralelos: 2 vetores u e v com ponto inicial na origem são paralelos sss u = k.v, para algum
k ∈ℝ . Quer dizer, u e v são colineares e a reta que os contém passa pela origem. Caso estejam
deslocados da origem, analisam-se os seus equivalentes na origem. Denota-se u paralelo a v por u // v .
c) Vetores perpendiculares: 2 vetores u e v são perpendiculares ou ortogonais sss o ângulo entre eles é
π /2 . Denota-se por u ⊥v . Pelo teorema anterior, se u ⊥ v , então u⋅v = 0.
Generalizando:
n
Se u e v forem vetores do R , n> 3 , os resultados acima ainda valem? Neste caso, qual a definição do
ângulo θ entre u e v???