Você está na página 1de 4

Colisão Inelástica

Autores: Mateus Oliveira de Almeida Turma: PS8A_9 Data:22/05//2023


Arthur Souza Diniz Teixeira

Objetivo:
A experiência tinha como objetivo observar e analisar o fenômeno da colisão
inelástica através das quedas sucessivas de uma bola de borracha e a diferenciação de
altura ao rebater do solo.

Introdução:
Quando dois objetos entram em contato, ocorre uma colisão entre eles, sendo
possível classificá-la quanto a diferença entre a energia inicial e a energia final do sistema.
Caso haja conservação da energia e do momento dos objetos, terá ocorrido uma colisão
elástica. Caso contrário, a colisão será inelástica, sendo o foco do experimento.
A colisão inelástica por si só pode ser subdividida em colisão inelástica perfeita e
colisão inelástica imperfeita. A primeira ocorre quando os dois objetos permanecem juntos
após o contato inicial, indicando que houve perda total da energia cinética do sistema e a
preservação do momento linear, sendo os objetos sendo considerados apenas um e que
possui como massa o somatório das massas individuais. A segunda por sua vez, refere-se
a ocasião onde há separação dos objetos e uma redução na energia cinética, ocorrendo
uma diminuição na velocidade relativa.
Uma maneira fácil de observar a colisão inelástica imperfeita é deixar um objeto
qualquer cair e observar que, a cada contato com o chão, as alturas que ele atinge se tornam
cada vez menores. Essa variação pode ser maior ou menor dependendo do formato do
objeto e possui uma relação constante entre alturas sucessivas chamado de coeficiente de
restituição. Ele é determinado utilizando a fórmula de energia cinética em conjunto com
a energia potencial gravitacional, como visto na equação abaixo(eq.1):
ℎ 1 𝑉
𝑚𝑔ℎ𝑖 (1 − ℎ𝑗 ) = 2 𝑚𝑉𝑖2 (1 − ( 𝑉𝑗 )²) (eq.1)
𝑖 𝑖

A definição de m seria a massa do objeto, g corresponde a gravidade, Vi e hi são a


velocidade e altura antes da colisão, Vj e hj são a velocidade e altura após a colisão.
Chamando a fração entre a velocidade pós-colisão e a pré-colisão de r, aprendendo a
relação da velocidade com a altura a partir da equação de torricelli(eq.2), temos que:

𝑉² = 𝑚𝑔ℎ (eq.2)

𝑉𝑗 ℎ𝑗 𝑉²𝑗 ℎ𝑗
𝑟=
𝑉𝑖
= ℎ
√ 𝑜𝑢 𝑟² = 𝑉² = ℎ
𝑖 𝑖 𝑖
(eq.3)

Como o valor de r é o mesmo para qualquer relação de alturas sucessivas de um


mesmo objetos, podemos determinar a seguinte fórmula(eq.4) para prever a altura depois
de determinada colisão, essa sendo representada pela variável n:
ℎ𝑛 = ℎ0 𝑟 2𝑛 (eq.4)
Métodos:
1. Utilizando uma trena e uma bola de borracha, definimos uma altura
inicial h0 de onde ela será solta. Com auxílio de um celular, será gravado
a altura após a primeira colisão, realizando o processo 5 vezes para definir
um valor médio.

2. Em seguida, a bola será solta a partir da altura média adquirida no


processo anterior;

3. O processo anterior será repetido 4 vezes mais, tomando nota da altura


média adquirida.

4. Montar uma tabela com os valores obtidos, sendo eles o número de


colisões, adimensional, e a altura após colisão em m;

5. Constrói-se o gráfico de altura por colisão com os valores obtidos;

6. A partir do software SCIDavis. utiliza-se a regressão linear para descobrir


o valor de A, que é o coeficiente de restituição..
7.

Resultados:
A partir do sistema montado obtemos os seguintes valores:

A partir desses dados, e em conjunto com manipulações da fórmula para


linearização, montamos um gráfico de altura por colisão e aplicamos a regressão linear
para obter n:

Devido ao gráfico não ser linear, o valor de h0 apresenta uma diferença muito
grande do valor real, sendo assim incerto utilizá-lo para determinar o valor de r. Para
contornar isso, é necessário alterar a fórmula eq.4 para o formato y=Ax+b, sendo o
processo para isso a aplicação de ln em todos os fatores, como visto abaixo:
ℎ𝑛 = ℎ0 𝑟 2𝑛
𝑙𝑛 ℎ𝑛 = 𝑙𝑛 ℎ0 + 𝑛𝑙𝑛 𝑟² (eq.5)
Com essa manipulação, o gráfico apresenta uma reta mais linear e um valor
calculado de h0 mais próximo da realidade, aumentando a credibilidade dele para
determinar o valor de r
Como o valor de A nesse caso se refere a ln r², precisamos fazer eA para encontrar
o valor de r. Porém, para que possamos determinar a incerteza nesse caso, será calculado
dois valores de r, o primeiro para quando A estiver seu valor máximo, -0,2217, e o
segundo quando tiver seu valor mínimo, no caso -0,2313, sendo feito uma média dos
valores e considerado a metade da diferença entre os dois como a incerteza.
Com isso, r = 0,8229±0,0021.
Comparando também o valor de B com a altura inicial h0, precisamos fazer eB
para encontrar o valor de h0 seguindo o mesmo procedimento para encontrar a incerteza,
dessa forma: h0 = 1,9433±0,073,

Conclusão:
Através do experimento, foi possível criar uma equação capaz de prever a altura
após cada colisão utilizando apenas o coeficiente de restituição, a altura inicial e o número
de contatos realizados entre 2 objetos.

Você também pode gostar