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Colisão Inelástica

23/11/2023
Turma PU4
Pedro Miguel e Luiz Eduardo

INTRODUÇÃO

O conceito de colisão é dado em que eventualmente dois ou mais corpos exercem


forças relativamente elevadas uns sobre os outros, havendo uma troca mútua de
energia. Citando como exemplo a situação em que ocorre um impacto onde dois
carros colidem entre si, sucede-se que a energia cinética não se conserva após a
colisão, sendo então menor que a energia cinética inicial, pois os corpos sofreram
deformação e a energia em questão foi transformada em outros tipos de energia.
Esse fenômeno é conhecido como ‘colisão inelástica’. Em contraponto, quando a
energia cinética se conserva, advém que se trata da ‘colisão elástica’, onde
normalmente são rígidos os corpos em situação de impacto e não sofrem
deformação. Retratando o exemplo de colisão inelástica, pode se pensar o cenário
de dois carros que colidiram e não se repeliram no momento do impacto, assim
ambos tendo seus corpos deformados. Nesse caso a energia cinética foi perdida e
transformada. Eventualmente é até uma questão de segurança, pois, quanto mais
energia é dissipada no momento do impacto, menos energia cinética sobrará para
ser passada ao passageiro.

PARTE EXPERIMENTAL

Tendo em mente os conceitos de uma colisão inelástica, consideremos uma bola de


borracha que, de uma altura hi, chega ao chão com velocidade Vi. Após atingir o solo, a bola
saltará novamente com velocidade Vi atingindo uma altura hj, inferior à altura inicial, sob
detrimento de energia cinética. Observando o gráfico:
Essa perda de energia cinética é representada por:

1 1
∆𝐸 = 2
𝑚(𝑉²𝑖 − 𝑉²𝑖) = 2
𝑚𝑉²𝑖(1 − 𝑟²)

Onde existe o coeficiente de restituição, no qual é definido como a razão entre o módulo
da velocidade relativa depois da colisão pelo módulo da velocidade relativa antes da
𝑣𝑗
colisão, desta forma representado como 𝑟 = 𝑣𝑖

Na colisão inelástica, r < 1, considerando que uma parcela da energia cinética foi
desfeita. Já em uma colisão elástica E será igual a 0, induzindo então que r = 1.
Levando em conta que há conservação de energia mecânica nos intervalos antes e após
a colisão, temos que:

𝑉𝑗 2𝑔ℎ𝑗 ℎ𝑗 ℎ𝑗
𝑟 = 𝑉𝑖
= ⇒ 𝑟= ℎ𝑖
⇒ 𝑟² = ℎ𝑖
<1
2𝑔ℎ𝑖

OBJETIVOS:
Analisar o comportamento de uma bola de borracha após ser solta e colidir com o chão
medindo a altura inicial e a altura atingida pela bola, determinando seu coeficiente de
restituição.

MATERIAIS:
• Fita métrica fixada na parede
• Bola de borracha

PROCEDIMENTOS:
Soltando a bola de uma altura, ela colide com o chão a uma velocidade Vi. Em seguida,
notou-se que a bola sobe a uma velocidade Vj até uma altura hj. Este processo será
repetido até que a bola pare e fique estática no chão. Ademais, mediu-se a altura da bolinha
em sucessivas colisões com o chão, por meio de observações:

N Altura média após a colisão Hn(m)

0 2,00 ± 0,01

1 1,40 ± 0,01

2 1,00 ± 0,01

3 0,75 ± 0,01

4 0,58 ± 0,01

5 0,44 ± 0,01

6 0,30 ± 0,01
A equação obtida é não linear e relaciona as grandezas envolvidas de modo exponencial:

Aplicando então uma relação envolvendo logaritmos, à equação se tornará linear:

2𝑛
ℎ𝑛 = ℎ0𝑟 ⇒ 𝑙𝑜𝑔(ℎ𝑛) = 𝑙𝑜𝑔(ℎ0) + 2𝑛𝑙𝑜𝑔(𝑟)
𝑙𝑜𝑔(ℎ𝑛) = 𝑙𝑜𝑔(𝑟)(2𝑛) + 𝑙𝑜𝑔 (ℎ0)

N Ln(Hn)(m)

0 0,053

1 0,049

2 0,046

3 0,043

4 0,041

5 0,038

6 0,034
−0,306
A = (-0,306 ± 0,007) ⇒ { 𝑟 = 10 = 0, 494310686986 ...
{ ∆𝑟 = 0, 494310686986 x 0,007 = 0,00346017…

⇒ 𝑟 = 0, 49431 ± 0, 007

0,66
B = (0, 66 ± 0, 03) ⇒ {ℎ0 = 10 𝑚 = 4, 57088 ... 𝑚

{∆ℎ0 * ∆𝐵 = 4, 57088 * 0, 03 = 0, 1371264... 𝑚

⇒ ℎ0( 4, 57 ± 0, 14)

Perda percentual de energia em casa colisão:

∆𝐸 ∆𝐸
1 = 100% * (1 − 𝑟²) = 100% * (1 − 0, 49431²) ⇒ 1 = 25, 5%
2
𝑚𝑣²𝑖 2
𝑚𝑣²𝑖

CONCLUSÃO

Neste experimento foi conhecido o conceito de colisão inelástica utilizando como


exemplo a situação em que uma bola colide com a superfície após ser solta. Estudamos os
princípios de conservação de energia mecânica, ademais conseguimos calcular a altura
inicial e a altura atingida pela bola após a colisão ho = (2,00 ± 0,01) e, desta maneira,
definimos o coeficiente de restituição dado por r = 0,49431 0,007. Portanto, explicitamos
que a cada colisão com o solo a dissipação de energia cinética é de 25,5%. Após o
experimento, concluímos que foi de extrema importância o emprego de 5 observações para
com o processo de medições e, por fim, imperiosa a linearização do sistema e obtenção de
seus valores e incertezas, por intermédio do SciDAVis.

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