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Efeito Joule-Thomson

Aluna: Natalia de Almeida Lima


Matrícula:202002095598

Efeito Joule-Thomson
Em termodinâmica, o efeito Joule-Thomson ou efeito Joule-Kelvin ou efeito Kelvin-
Joule descreve a variação da temperatura de um gás ou líquido quando ele é forçado a
passar através de uma válvula ou tampão poroso, enquanto mantido isolado, de modo que
nenhum calor seja trocado com o ambiente. Este procedimento é chamado de processo de
estrangulamento ou válvula Joule-Thomson.] À temperatura ambiente, todos os gases,
exceto hidrogênio, hélio e neônio, resfriam-se sob a expansão do experimento de Joule-
Thomson.
O efeito de Joule-Thomson é uma consequência do desvio do comportamento dos gases
reais em relação aos gases ideais. As primeiras medições deste efeito foram realizadas
por Joule e Thomson (Lord Kelvin) em 1853 [1] e mais tarde retomadas com grande
detalhe por Roebuck e Osterberg [2, 3] que o estudaram para vários gases em diferentes
gamas de pressões e temperaturas.
O coeficiente de Joule-Thomson (CJT) é definido como a variação de temperatura em
relação a uma variação de pressão em um processo com entalpia constante. Por se tratar
de um coeficiente que depende apenas de propriedades termodinâmicas este é, também,
considerado uma propriedade termodinâmica (MORAN, 2013). O CJT é utilizado para
modelar o efeito Joule-Thomson (EJT) que ocorre quando um fluído passa por um
processo isentálpico de queda de pressão, sendo que este processo pode ocorrer devido à
passagem rápida por um componente poroso (WISNIAK, 1993) ou por uma restrição ao
escoamento tal como uma placa de orifício (MARIC, 2005), válvulas de estrangulamento
e bocais (WANG, 2017).
Na prática, o efeito Joule-Thomson é realizado permitindo-se que o gás se expanda
através de um dispositivo de estrangulamento (normalmente uma válvula), que deve estar
muito bem isolado para impedir qualquer transferência de calor para ou pelo gás. Nenhum
trabalho externo é extraído do gás durante a expansão (o gás não deve ser expandido
através de uma turbina, por exemplo).
O efeito é aplicado com a técnica de Linde como um processo padrão na indústria
petroquímica, onde a refrigeração é utilizada para liquefazer gases, e também em várias
aplicações criogênicas (por exemplo, para a produção de oxigênio, nitrogênio,
e argônio líquidos). Apenas quando o coeficiente de Joule-Thomson para o gás na
determinada temperatura é maior que zero o gás pode ser liquefeito a essa temperatura
pelo ciclo de Linde. Em outras palavras, um gás deve estar abaixo da sua temperatura de
inversão para ser liquefeito pelo ciclo de Linde. Por esta razão, o ciclo de Linde simples
normalmente não pode ser utilizado para liquefazer hélio, hidrogênio e neônio.
Referências Bibliográficas
CORNER, J. The Joule-Thomson inversion curves of recent equations of state. Trans.
Faraday Society, 35, 784, 1993.
DILAY, G. W., HEIDMANN, R. A. Calculation of Joule-Thomson inversion curves from
equations of state. Ind. Eng. Chem. Fundamentals, 25, 152, 1986.

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