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APLICAÇÕES DA REFRIGERAÇÃO
Actualmente, a maior aplicação da refrigeração mecânica está na
conservação de alimentos. Sem as modernas máquinas de refrigeração, a indústria frigorífica,
o transporte de alimentos perecíveis e a preparação de muitos outros comestíveis seriam em
muitos casos quase impossíveis. A refrigeração não somente tem salvo quantidades de carne,
peixe, ovos, leite e creme da deterioração, como também tem exercido um papel muito
importante na dieta mundial. De há muito tempo os habitantes de um hemisfério, país ou
cidade não estão mais na dependência dos alimentos locais, mas muitos os obtêm de todo o
mundo. Isso tornou possível grandes desenvolvimentos na agricultura e no gado em países
muito distantes dos mercados potenciais. Ela permitiu a utilização da grande produtividade
dos trópicos no fornecimento de frutas e alimentos de outras partes do mundo.
Quase todas as indústrias envolvidas na preparação de alimentos e bebidas
fazem amplo uso do gelo artificial ou da refrigeração mecânica.
A indústria de lacticínios, por exemplo, utiliza-o no pré-resfriamento do leite e da nata, e na
manufactura de manteiga e sorvete, a refrigeração é indispensável. Em muitas indústrias, o
resfriamento e condicionamento do ar é uma fase importante do processo de
manufacturação. Entre esses processos, pode ser citada a manufactura de filmes
fotográficos, explosivos, a produção de charutos e cigarros, balas e gomas de mascar, e
raiom. Eles são importantes consumidores da refrigeração, não somente por seu tamanho,
como também por sua dependência do ar condicionado em operações bem-sucedidas.
O resfriamento de líquidos exerce um papel importante nas indústrias mecânica e química.
Os banhos de óleo são conservados em baixas e constantes temperaturas por meio da
refrigeração, e nas camisas das máquinas nitradoras e misturadoras na preparação de
celulóide, do pó sem fumaça e nas indústrias da borracha, salmouras geladas são usadas para
conservar as misturas às temperaturas correctas. Na indústria química, o uso da refrigeração
na secagem de ar e gases e na purificação das soluções por meio de cristalização a
temperaturas definidas está aumentando constantemente.

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Calor e frio - O calor é uma forma de energia que irradia de um corpo para outro.
Como se sabe, a principal fonte de calor é o Sol, produzindo-se também por outros meios: -
combustão, fricção, electricidade, reacções químicas e pela compressão de ar ou gás.
A teoria do calor define-se pelo movimento molecular. Quanto mais enérgico for o referido
movimento, maior será o calor fornecido ao corpo. Ao libertar-se este calor, diminui o movimento das
moléculas, o qual não desaparece até chegar ao zero absoluto (-273°C). Deste modo, por conseguinte,
em todo o corpo que se encontre acima desta temperatura existe teoricamente calor. Quanto ao frio,
não existe teoricamente como termo positivo; pelo contrário, representa simplesmente a ausência de
calor. O frio não pode libertar-se nem irradiar. A sensação de frio que se nota quando se aproxima a
mão de um bocado de gelo não corresponde a qualquer libertação de frio a partir do gelo, mas sim ao
desaparecimento do calor da mão ao aproximar-se daquele. Por consequência, deve considerar-se a
refrigeração como um processo de extracção de calor.
Transmissão do calor - O calor passa sempre do corpo mais quente para o mais
frio, através de qualquer objecto, não existindo matéria que intercepte completamente esta
transmissão. Os materiais isolantes que se empregam nas paredes dos congeladores ou câmaras
frigoríficas servem unicamente para retardar a passagem de calor; mas, apesar da sua real eficácia
neste sentido, há que atender a que grande parte do trabalho de todo o equipamento de refrigeração
se emprega precisamente para absorver o calor que se penetrou através das
paredes isoladas.
Existem três métodos de transmissão de calor:
I) Irradiação - É a transmissão de calor através de substâncias intermédias, sem
que estas aqueçam. O calor transmitido pelos raios solares não aquece o ar através do qual passam os
referidos raios, mas exerce a sua acção sobre os objectos que aqueles encontram no seu percurso, os
quais absorvem esse calor.
2) Convecção -É o calor que se transmite por intermédio de um agente: líquido ou
gás. As correntes de ar são os agentes mais comuns na transmissão de calor por convecção. O
arrefecimento de uma substância no interior do congelador verifica-se através do ar contido no
mesmo, o qual actua como agente transmissor, dirigindo-se para a superfície mais fria do evaporador
por meio de correntes de convecção.
3) Condução - É a transferência de calor através de um corpo sólido chamado
condutor. Os metais são bons condutores de calor, sendo chamados isolantes os maus condutores
(ex: aglomerado de cortiça).

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Calor sensível -É o calor evidente ao tacto, medindo-se por meio do
termómetro, que pode ser do tipo normal para estabelecer a temperatura no
momento em que se mede, ou dos chamados de máxima e mínima , que servem
para determinar a temperatura mais elevada e a mais baixa que se obtiveram durante
determinado período de tempo.
A unidade de intensidade empregada para medir o calor é o grau Celsius ou da escala
centesimal.
Nos países de língua inglesa (Inglaterra e Estados Unidos) emprega-se ainda o grau
Fahrenheit. Existe também a escala Réaumur (francesa), que se usa ra ramente.
(Veja-se na tabela I a equivalência entre graus da escala Celsius e Fahrenheit).
Como dado puramente informativo, já que foge ao aspecto prático da Refrigeração
tratado nesta obra, interessa recordar que o zero absoluto de temperatura se acha a -
273°C, em que, como já se referiu anteriormente, cessa o calor.

Termómetros - O instrumento de uso comum para medir


temperatura, conhecido pelo nome de termómetro, trabalha sob o princípio da
expansão e contracção dos líquidos (e sólidos) sob várias intensidades de calor. O
termómetro de mercúrio comum funciona com um considerável grau de precisão. Ele
não funciona, contudo, para temperaturas abaixo de -38° F, pois o mercúrio se
congela nesse ponto. Alguns outros líquidos, como o álcool (usualmente colorido
para mais fácil observação), devem substituir o mercúrio. O limite superior para
termómetros de mercúrio é muito elevado, cerca de 900°F; assim, é evidente que,
para os serviços usuais e de uso geral, o termómetro de mercúrio é o mais
empregado.
A operação do termómetro depende do efeito do calor no mercúrio
ou álcool contido em um bolbo ou reservatório. O líquido vai expandir-se ou contrair-
se (subir ou descer) no tubo capilar, que é inscrito com vários incrementos de uma
escala arbitrária, como mostra a Figura. Estes termómetros podem ter várias escalas.

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Termómetros - Os termómetros de líquido são o exemplo de um sistema físico de
volume de medição de temperatura. Estes termómetros baseiam-se na lei da expansão cúbica
Vt = Vo (I + β .t)
onde,
t = temperatura do líquido
Vo = Volume do líquido à temperatura de referência
Vt= Volume do líquido à temperatura deste
β = Coeficiente de expansão
Termómetro de líquido - Como exemplo mais familiar de termómetro de líquido
figura o termómetro de vidro. Este tem um pequeno reservatório, o bolbo, cheio de um líquido do
qual deriva uma coluna capilar como ilustrado na fig. O calor faz com que o líquido dilate e penetre
nesse capilar cuja altura é convenientemente calibrada em escala de temperatura. Normalmente,
emprega-se mercúrio ou álcool colorido como líquido termométrico. Como o mercúrio congela a -38
ºC, a faixa desse tipo de termómetro é de -38 ºC até 350 ºC, mas pode elevar-se esse limite a 700 ºC,
mediante emprego de vidro adequado e injecção de gás especial no capilar, para que o mercúrio não
evapore.
Além da linearidade, os termómetros de líquido têm as seguintes vantagens: -
bolbos pequenos, faixa estreita e uma boa exactidão.
Uma das desvantagens deste tipo é que pode apresentar um erro quando houver uma diferença de
nível entre um elemento e o bolbo, devido à coluna líquida (H) representada na fig.
Os termómetros de álcool podem ser utilizados na faixa entre menos 100 ºC e 70 ºC, pelas mesmas
razões acima expostas.
Termómetros de pressão a gás - O princípio de funcionamento de termómetros
deste tipo baseia-se na conhecida lei de Boyle-Charles, isto é: "A pressão de um gás é proporcional à
temperatura se mantivermos constante o volume do gás".
Devido a essa proporcionalidade, pode obter-se uma escala linear de temperatura. Na realidade,
constata-se um pequeno erro nessa relação porque os gases não são ideais. Esse erro é, porém, tão
pequeno que se pode desprezar. Comercialmente, o azoto é o gás (nitrogénio) mais empregue, por ser
inerte.
Além do azoto, empregam-se hélio, néon, kripton, ar, dióxido de carbono, etc.

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Termómetros bimetálicos - Estes termómetros são construídos
por chapas metálicas formadas por duas camadas, cada uma constituída por
material diferente, com coeficientes de dilatação bem diversos um do outro,
ou seja, quando levados à mesma
temperatura, a dilatação de um é muito diferente da do outro -por exemplo,
latão e aço.
Juntando-se estes dois metais diferentes em forma de chapas e
soldando ou rebitando essa junção, o material que se dilatar mais forçará o
metal que se dilatar menos, a formar uma curvatura para compensar a
diferença dos novos comprimentos. O movimento da chapa bimetálica tem
grande força e pode ser utilizado para accionar um dispositivo qualquer de
regulação como, por exemplo, fazer girar o ponteiro do termómetro registador
ou accionar os contactos eléctricos da resistência de aquecimento de fornos,
estufas ou ferros de engomar, etc. Os termómetros bimetálicos encontram-se
sob as mais variadas formas, como se apresenta na fig. A sensibilidade dos
termómetros desse tipo é feita num só ponto de temperatura, porque,
geralmente, não têm ajuste de faixa e de angulosidade.

Notas: INVAR: É um aço que contém 36% de níquel que, por via do seu
insignificante coeficiente de dilatação, se emprega na construção de aparelhos
de medida.

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Sistema eléctrico
Termopares - O termopar é, talvez, o mais usado de todo o
tipo de termómetros para impulsos de temperatura, especialmente
quando se trata de altas temperaturas (a faixa mais comum é de 200 a 1
000 °C) e quando se requer uma resposta rápida.
Baseia-se no princípio descoberto por Seebeck de que qualquer
diferença de temperatura entre as junções de dois metais diferentes gera
uma diferença de potencial, isto é, força electromotriz entre essas
junções, como mostra a fig. . A sensibilidade, o tempo de resposta e,
também, o limite superior de temperatura de utilização de um termopar
dependem do diâmetro do fio, da massa da junção e da massa do tubo
de protecção.

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Pirómetro de Cor - Um pirómetro (também denominado
de pirómetro óptico) é um dispositivo que mede temperatura sem
contacto com o corpo por meio do qual se pretende conhecer a
temperatura. Geralmente este termo é aplicado a instrumentos que
medem temperaturas superiores a 600 graus celsius. Uma utilização
típica é a medição da temperatura de metais incandescentes em
fundições.
Um dos pirómetros mais comuns é o de absorção-emissão, que é
utilizado para determinar a temperatura de gases através da medição da
radiação emitida por uma fonte de referência, antes e depois da radiação
incidir sobre o gás (que absorve parte da radiação). É através da análise
das diferenças do espectro do gás que se consegue determinar a sua
temperatura. Ambas as medições são feitas no mesmo intervalo de
comprimentos de onda.
Outra aplicação típica do pirómetro é a medição da temperatura de
metais incandescentes. Olhando pelo visor do pirómetro observa-se o
metal, ajustando-se depois manualmente a corrente eléctrica que
percorre um filamento que está no interior do pirómetro e aparece no
visor. Quando a cor do filamento é idêntica à do metal, pode-se ler a
temperatura numa escala disposta junto ao elemento de ajuste da cor do
filamento.

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O termo atmosfera padrão por definição refere-se à
pressão exata de 101 325 Pa. Ele é utilizado como unidade de pressão,
com o símbolo atm (1 atm = 101 325 Pa). Este termo refere-se ao mesmo
valor de pressão definida como pressão normal.[2]
Atualmente a IUPAC recomenda que o uso da pressão de 101 325 Pa seja
descontinuado, recomendando desde 1982, o uso da atual pressão
padrão, definida como uma pressão de 105 Pa (100 000 Pa exatamente).
A pressão de atmosfera padrão, medida ao nível do mar, está
acompanhada por outras características como densidade do ar e
temperatura, porém, é importante salientar que o termo refere-se
apenas à pressão de 1 atm

O pascal (símbolo: Pa) é a unidade padrão de pressão e tensão no SI.


Equivale a força de 1 N aplicada uniformemente sobre uma superfície de
1 m2. O plural no nome da unidade pascal é pascals[1]
O nome desta unidade é uma homenagem a Blaise Pascal, eminente
matemático, físico e filósofo francês.
Durante muito tempo a meteorologia métrica utilizou o milibar para
medir pressão. Após a mudança para o Sistema Internacional (SI), muitos
meteorologistas preferiram continuar usando a magnitude a que
estavam acostumados e não adotaram o prefixo multiplicador quilo (x
1000) e sim o hecto (x 100).

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O zero absoluto, ou zero Kelvin (0 K), corresponde à
temperatura de -273,15 °C ou -459.688 °F, 0 °Ra ou -218,528 °Ré
O zero absoluto é um conceito no qual um corpo não conteria energia alguma.
Todavia, as leis da Termodinâmica mostram que a temperatura jamais pode
ser exatamente igual a zero Kelvin, ou -273,15 ºC; este é o mesmo princípio
que garante que nenhum sistema tem uma eficiência de 100%, apesar de ser
possível alcançarem-se temperaturas próximas de 0 K, ou para ser mais exato,
chegou-se a -273,12 ºC. Ainda que alguns objetos possam ser resfriados a esse
ponto, para um corpo chegar ao zero absoluto, não poderá conter energia
sobre o mesmo.

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Conversão de graus Celsius a Fahrenheit
Para esta conversão empregam-se as fórmulas seguintes:
a) Se os graus Celsius estão de Oa -40°C, multiplique-se por
1,8 e se o resultado ficar entre 0 e 32, deduza.se o referido número de
32. Obter-se-à o equivalente em graus Fahrenheit acima de zero, isto é:
32- (O C X 1,8) = ° F acima de zero.
b) Se o resultado da multiplicação por 1,8 estiver acima de
32, deduza-se então 32 do referido número e o resto serão graus
Fahrenheitabaixo de zero, isto é: (OC X 1,8) - 32 = °F abaixo de zero.

Exercício:

Converter em graus Fahrenheit:


a) 120ºC
b) 12 ºC
c) 48,5 ºC
d) –26,4 ºC

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Conversão de graus Fahrenheit a Celsius
a) Se os graus Fahrenheit estão abaixo de zero, acrescenta-
se 32 e divide-se o total por 1,8, o que dá como resultado o equivalente
em graus. Celsius abaixo de zero, ou seja: (ºF + 32) : 1,8 = ºC abaixo de
zero.
b) Se os graus Fahrenheit estão entre O e +32 ºF, subtraem-
se de 32 e divide-se o resto por 1,8. O resultado serão graus Celsius
abaixo de zero, ou seja: (32-ºF) : 1,8 = ºC abaixo de zero.
c) Se os graus Fahrenheit estão acima de 32°F, subtraia-se
32 do referido valor, e divida-se o resto por 1,8. Obter-se-ão os graus
Celsius equivalentes acima de zero , ou seja: (ºF-32) : 1,8 = ºC acima de
zero.

Exercícios:

Converte em grauus Celsius


a) 21ºF
b) 125ºF
C) 24ºF

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Explicação da Figura:
A -40° C as escalas coincidem. Zero graus Fahrenheit
correspondem a -17 ,8° C e zero graus Celsius correspondem a 32° F .
loo°C são iguais a 212° F, pelo que a diferença entre os pontos de
congelação e ebulição da água são de 100° C (100- 0) ou 189° F (212 -32).
Consequentemente, um grau Fahrenheit representa 100/180 ou 5/9 de
um grau Celsius; inversamente, um grau Celsius representa 9/5 (1,8) de
um grau Fahrenheit.

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Explicação da Figura:
A figura mosta as quatro escalas de temperatura –padrão, em
comparação com as escalas Celsius Absoluta e Celsius, mostrando que a
escala Absoluta tem o seu 0o a 273 o abaixo do ponto de congelamento da
água, que é 0o na escala Ce1sius, de modo que 0° Celsius será, portanto, 273
oC Absoluto el 10º Celsius será 283 oC Absoluto.
Essa figura também mostra as escalas Fahrenheit e Fahrenheit
Absoluta. O congelamento da água na escala Fahrenheit será 32°, e na escala
Absoluta,4 92°. Os métodos e escalas usados na medição da temperatura têm
sido escolhidos por cientistas, e os seguintes padrões foram estabelecidos. As
escalas americanas comuns são a Fahrenheit e a Fahrenheit Absoluta (escala
de Rankine), enquanto o sistema métrico engloba as escalas Celsius e Celsius
Absoluta (escala Kelvin). A escala Fahrenheit é então fixada de modo que
divida o nível do
calor da temperatura de fusão do gelo ao ponto de ebulição da água em 180
divisões iguais, e coloque o ponto de fusão do gelo em 32 divisões acima do
zero. Portanto, o gelo funde-se a 32° F, e a água ferve a 212°F. (180° F + 32° F)
assumem a pressão atmosférica-padrão de 14,7
libras por polegada quadrada ao nível do mar. A escala Fahrenheit Absoluta
(Fa) é uma escala usando as mesmas divisões da escala Fahrenheit, mas com o
zero da escala na temperatura onde a acção molecular de todas as substâncias
cessa (zero absoluto), onde não existe mais calor no corpo e a temperatura
não possa mais baixar, Essa temperatura corresponde a -460° F, e a água ferve
a 672° Fa, assumindo a pressão atmosférica padrão.

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Definição de caloria:
A unidade com que se mede o calor é a Caloria.
Representa o calor necessário para aumentar de um grau
Celsius a temperatura de um litro de água.
Esta unidade é de dois tipos: a pequena caloria ou caloria-
grama que, quase sempre, se designa simplesmente por caloria, com inicial
minúscula, e a grande caloria, ou quilocaloria, que habitualmente se exprime
por Caloria, com a inicial maiúscula.
A primeira, como se disse no parágrafo anterior, representa o
calor absorvido ao aquecer um grama de água, ao passo que a segunda
corresponde a um valor mil vezes maior, ou seja, um litro de água.

Existe por vezes alguma confusão no emprego de ambos os


termos. Normalmente, em trabalhos científicos ou de laboratório, emprega-se
a caloria-grama, enquanto as quantidades de calor que se medem na prática
se exprimem em quilocalorias. A quilocaloria, ou Caloria, equivale a 3,968 B. T.
U. ( «British Thermal Units» ), ou seja, a unidade de medida ainda usada na
Inglaterra e nos Estados Unidos da América do Norte, e que representa por
sua vez a quantidade de calor necessária para elevar ou baixar de um grau
Fahrenheit a temperatura de uma libra de água.

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Outra expressão empregada com muita frequência para designar a
capacidade de uma instalação frigorífica é a Tonelada de Refrigeração, que é a quantidade de
calor absorvida para a fusão de uma tonelada de gelo sólido em 24 horas.
Em Inglaterra equivale a 12253 H. T. U. por hora, e na América, onde a tonelada tem 2000
libras a 12000 H. T. U. também por hora, aproximadamente 3 000 quilo calorias por hora.
As últimas normas do Sistema Internacional (SI), que estão sendo adoptadas para unificar a
expressão da potência frigorífica, estabelecem o watt como unidade de medida ( «Standard
International Unit» ), em substituição de quilocaloria, frigoria, Tonelada de Refrigeração ou
H. T. U., sendo a sua respectiva equivalência a seguinte;
1 frigoria-hora = 1,1626 watts
1 Tonelada de Refrigeração (12000 H.T.U.-hora)
=3516,85watts
1 H. T. U. -hora = 0,293071 watts

Equivalência entre calor e trabalho. -Quase todo o trabalho mecânico se


manifesta finalmente em calor. A unidade de trabalho é o quilogrâmetro, que representa o
esforço necessário para elevar um quilograma a um metro de altura.
Existe, portanto, uma relação constante pela qual o calor e o trabalho mecânico são
reciproca e mutuamente convertíveis, e que se designa por «equivalente mecânico do calon)
, cujo valor se representa assim:
1 Caloria = 426 kgm
ou seja, que uma Caloria produz 426 quilogrâmetros de trabalho.
Como um cavalo-vapor (Cv) representa um esforço igual a 75 kgm por segundo, teremos:
1 quilowatt = 860 Calorias/hora
1 Cv = 736 watts
1 Cv = Calorias/hora

Calor latente. -É a quantidade de calor necessário para alterar o estado de


um corpo sem alterar a sua temperatura . É lei fundamental que quando um corpo se
transforma de estado sólido em estado líquido, ou passa do estado líquido a vapor, este
processo, se bem que não seja acompanhado de uma alteração de temperatura perceptível,
tem como consequência a
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