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CALDEIRAS E

VASOS DE
Nome do Treinamento Nome do Profissional
PRESSÃO
(Sub Titulo)


Informações sobre o Treinamento:

• Público Alvo: Operadores de Caldeiras


• Carga Horária: 40h
• Conteúdo Programático: De acordo o Anexo I, item A2, da NR-13
• Periodicidade: Reciclagem permanente

Nome do Profissional

NR-13
— Gestor: E&P-SERV/US-SOEP
OBJETIVO

Informar os requisitos técnicos legais relativos à instalação, operação e


manutenção de Caldeiras e Vasos de Pressão de modo a prevenir acidentes no
trabalho
INTRODUÇÃO

Muito tem aumentado as condições de risco nos locais de trabalho. O


desenvolvimento industrial têm criado novos riscos, requerendo do
homem, mais conhecimento e pro-atividade na aplicação das técnicas de
prevenção.
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
PRESSÃO

DISPOSIÇÃO LEGAL Norma Regulamentadora nº. 13, da portaria nº. 3.214


de 08 de junho de 1978. Redação dada pela Portaria SSST n.º 23, de 27 de
dezembro de 1994.
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
PRESSÃO

Caldeiras são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor a uma pressão


maior do que a pressão da atmosfera.Para produzir o vapor, uma fonte de calor
aquece água sob condições controladas.
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PRESSÃO

Entende-se como “ Vasos de Pressão” todos os reservatórios, de qualquer tipo,


dimensões ou finalidades, não sujeitos a chama, que contenham qualquer fluido,
projetado para resistir com segurança uma pressão interna superior a 1 kgf/cm² ou
inferior à pressão atmosférica; ou submetidos à pressão externa.
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1.NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES

1.1. PRESSÃO

Pressão é a força exercida por unidade de superfície.

Assim, a grandeza física pressão pode ser expressa em unidades como: N/m²; kgf/cm²;
lbf/in² ;...
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1.1.1. PRESSÃO ATMOSFÉRICA

É a pressão exercida pelo peso da atmosfera (o ar que nos envolve) sobre os corpos.
Esta pressão é igual a aproximadamente 14,7 lbf/in², ou 1 kgf/cm². A pressão
atmosférica varia conforme a altitude, a posição geográfica e as condições
meteorológicas.
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PRESSÃO

Barômetro é o nome do instrumento que mede a pressão atmosférica


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1.1.2. PRESSÃO INTERNA DE UM VASO.


É a pressão exercida nas paredes, fundo e teto do vaso pelo fluido nele contido.
A pressão interna é uniforme e a mesma em qualquer ponto do vaso, desde que o
mesmo seja fechado.
Em vasos abertos, a pressão varia de acordo com a altura e ponto.
Lei de Pascal : A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a
mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais.
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1.1.3. PRESSÃO MANOMÉTRICA, PRESSÃO RELATIVA E PRESSÃO ABSOLUTA


Pressão Manométrica. É a pressão registrada pelos manômetros
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PRESSÃO RELATIVA A qual expurga o valor da pressão atmosférica naquele local e


naquelas condições especificadas. Para o uso em operação de caldeiras, é o mesmo
que pressão manométrica. Se a pressão relativa é positiva , ou seja , se ela for maior
que zero , ela é medida por manômetro; se ela for negativa , isto é , se ela for menor
que zero , o vacuômetro é usado na medição.

PRESSÃO ABSOLUTA É a pressão que toma como referência o vácuo perfeito, aquela
que inclui em sua medida a pressão atmosférica. Se os manômetros indicassem a
pressão absoluta, já viriam de fábrica marcando 14,7lbf/in², antes mesmo de serem
instalados nas caldeiras ou vasos.
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1.1.4. UNIDADES DE PRESSÃO


Para interpretar a escala manométrica, é preciso conhecer a correspondência entre as
unidades de medidas de força e área, uma vez que elas variam de acordo com as
normas de cada país.
As normas brasileiras, estabelecidas pela ABNT recomendam a utilização das unidades
do Sistema Internacional de Unidades (SI).
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PRESSÃO
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1.2. CALOR E TEMPERATURA 1.2.1. NOÇÕES GERAIS: O QUE É CALOR, O QUE É


TEMPERATURA
Para saber quanta energia térmica tem um corpo, mede-se sua temperatura, que nada
mais é que a grandeza física que indica o nível de agitação atômica.
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Calor é o nome dado ao processo de transferência de energia térmica de um


sistema a outro exclusivamente em virtude da diferença de temperaturas entre
eles.
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1.2.2. MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Quando um calor se propaga de um ponto de maior temperatura para outro de menor


temperatura , ocorre um fenômeno chamado de transmissão de calor.
A facilidade ou dificuldade que o calor tem de propagar-se através das substâncias
recebe o nome de condutibilidade térmica.
Os materiais condutores são aqueles que transmitem o calor com mais facilidade.
Os materiais isolantes , por outro lado , são maus condutores de calor.
Mesmo entre os materiais condutores , a quantidade de calor que passa através de uma
parede feita de qualquer material depende :
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Da diferença de temperatura que existe entre ambos os lados do material.


Do tamanho da superfície da face exposta ao calor.
Da espessura da parede.
Do material de construção da parede.
A propagação do calor acontece nos sólidos, nos líquidos, nos gases e no vácuo e pode
ocorrer de três formas:
.Condução
.Convecção
.Radiação
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Condução térmica ou difusão térmica (ou ainda condução ou difusão de calor) é a


transferência de energia térmica entre átomos e/ou moléculas vizinhas em uma
substância devido a um gradiente de temperatura. Em outras palavras, é um modo do
fenômeno de transferência térmica causado por uma diferença de temperatura entre
duas regiões em um mesmo meio ou entre dois meios em contato no qual não se
percebe movimento global da matéria na escala macroscópica, em oposição à
convecção que é outra forma de transferência térmica.
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Convecção é o movimento que um fluido toma por influência de uma variação de


temperatura. Movimento vertical do ar de origem térmica. Ele não pode ter lugar em
sólidos, uma vez que nem os fluxos de correntes de massa ou difusão significativos
podem ocorrer em sólidos. A convecção térmica é soma de dois fenômenos físicos, a
condução de calor (ou difusão de calor) e a advecção de um meio fluido (líquidos e
gases).
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Irradiação térmica, radiação térmica ou radiação de corpo negro é a radiação


eletromagnética emitida por um corpo em qualquer temperatura constituindo uma forma
de transmissão de calor, ou seja, por meio deste tipo de radiação ocorre transferência
de energia térmica na forma de ondas eletromagnéticas.
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1.2.3. CALOR SENSÍVEL E CALOR ESPECÍFICO

CALOR SENSÍVEL: É aquele que provoca apenas uma variação de temperatura dos
corpos, diferenciando-se do calor latente, que muda a estrutura física dos mesmos. O
calor específico determina a quantidade de calor que uma unidade de massa precisa
perder ou ganhar para que aconteça uma redução ou elevação de uma unidade de
temperatura sem contudo alterar sua estrutura. Assim se o corpo é sólido, continuará
sólido, se o corpo é líquido, continuará sendo líquido e se for gasoso, continuará
sendo gasoso.

CALOR ESPECÍFICO: Representa a quantidade de calor necessária para variar em


1° C a temperatura de 1 grama de uma determinada substância. Por exemplo: O calor
específico da água é 1 cal/g°c. Concluimos que 1 cal é a quantidade de calor que
devemos fornecer a 1 g de água para que sua temperatura se eleve de 1°C.
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Calor latente É o calor que produz uma modificação de estado na substância, sem
produzir uma modificação de temperatura.
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DILATAÇÃO TÉRMICA
Dependendo do material e das condições do aquecimento , a dilatação pode ser :
Linear: quando o aumento é maior no sentido de uma das dimensões do corpo.
Superficial: a expansão acontece apenas na superfície do material.
Volumétrica: a variação de tamanho se dá no volume do corpo.
Nas caldeiras os coeficientes que interessam ao operador são os coeficientes de
dilatação volumétrica , representados pela razão da variação do volume de um corpo
por unidade de volume , quando sua temperatura varia de 1° C.
Os líquidos tem um coeficiente de dilatação térmica maior que os sólidos e exercem
pressão ao serem aquecidos em recipientes fechados.
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1.2.5. VAPOR SATURADO E VAPOR SUPERAQUECIDO


Vapor Saturado
É o vapor na temperatura de ebulição da água a uma correspondente pressão, o qual
contém partículas livres de água. O ideal seria termos vapor sem partículas de água no
estado líquido, mas isto não se encontra na prática.
É o vapor a que chamamos simplesmente vapor.
As tabelas de vapor chamam a atenção para uma das maiores vantagens em se utilizar
vapor em processos de aquecimento: A temperatura necessária para o processo, crítica
em muitos casos, pode ser atingida e controlada pela simples escolha da pressão
adequada de vapor.
Se, por exemplo, estamos processando um material no qual uma certa mudança
química deva ocorrer a uma temperatura não inferior a 143ºC, uma olhada na tabela de
vapor nos mostrará que será necessário utilizar vapor saturado com pressão na faixa de
3,0 kgf/cm².
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Poderá acontecer também que o material seja inutilizado se a temperatura exceder


151ºC, de modo que a pressão do vapor não deverá exceder a 4,0 kgf./cm².

Vapor Superaquecido
É o vapor saturado da caldeira ao qual se adicionou calor extra pela utilização de um
equipamento chamado "superaquecedor". É vapor seco, sem partículas de água em
estado líquido, e sua temperatura é maior do que a temperatura do vapor saturado à
mesma pressão.
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OUTRAS VARIÁVEIS
Vazão

É o volume de determinado fluido que passa por uma determinada seção de um


condutor livre ou forçado , por uma unidade de tempo.
Em processos industriais, é muito comum transportarmos substâncias através de
tubulações. Assim, a medida de vazão é tão importante quanto o consumo da energia
elétrica, tanto para fins contábeis quanto para verificação da eficiência do processo.
A maioria dos medidores de vazão não mecânicos baseia-se na aceleração do fluido ao
passar através de algum tipo de gargalo na tubulação.
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Vazão volumétrica ( m³/h , l/min )


Vazão mássica ( kg/h , ton/h , g/h )
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Escoamento: caminho percorrido pelo fluido.


Laminar: as camadas de fluido se deslocam paralelamente umas às outras. Nesse tipo
de fluxo, a velocidade do fluido aumenta na medida em que se afasta das paredes do
tubo, ou seja, a velocidade máxima é atingida pela camada central do fluido.
Turbulento: as camadas de fluido se deslocam de maneira aleatória, umas em relação
às outras
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Fatores que influenciam no tipo : velocidade , diâmetro , viscosidade e densidade.


Velocidade de escoamento
É a vazão que passa por uma tubulação ou por um equipamento por unidade de área.
A velocidade de escoamento pode ser medida de forma linear e em massa.
Velocidade linear é aquela pela qual as moléculas do fluido se deslocam na tubulação e
velocidade em massa é o produto da vazão em massa pela área da seção transversal.
Perda de carga
É a queda de pressão que um fluido sofre quando escoa por uma tubulação , devido a
atritos e acidentes provocados por acessórios.
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Rotâmetros
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Medidores de quantidade
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Muitos dos hidrômetros comumente usados para medir o consumo de


água das caldeiras são do tipo turbina.
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Medição de vazão por pressão diferencial


A pressão diferencial é produzida por vários tipos de elementos primários colocados na
tubulação de forma tal que o fluido passa através deles. Sua função é aumentar a
velocidade do fluido diminuindo a área da seção em um pequeno comprimento para
haver uma queda de pressão. A vazão pode então , ser medida a partir desta queda.
Placa de Orifício
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Tubo de Pitot
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Simbologia de processo
O operador deve ter conhecimentos para leitura e interpretação dos desenhos e
documentos técnicos que compõe o prontuário do equipamento , destes destaca-se o
fluxograma de processos e instrumentação.
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2. Caldeiras – Condições Gerais
Tipos de caldeiras e suas utilizações
Uma caldeira, que alguns também chamam de gerador de vapor, é, em síntese, um
trocador de calor complexo que produz vapor d'água sob pressões superiores à pressão
atmosférica, a partir da energia térmica de um combustível e de um elemento
comburente (ar). Constitui-se de diversos equipamentos associados, totalmente
integrados entre si, de modo a obter o maior rendimento térmico possível.
Esta definição abrange todos os tipos de caldeiras ou geradores de vapor, sejam os que
vaporizam água, mercúrio, óleo térmico ou fluidos de alta temperatura. Também inclui
as unidades mais simples de geração de vapor, usualmente chamadas de caldeiras de
vapor.
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Na produção de energia mediante a aplicação de calor desprendido da queima de


combustíveis nas caldeiras, ou geradores de vapor, acontece o seguinte processo: A
água recebe calor através da superfície de aquecimento; com isso, chega-se à
temperatura de ebulição da água e ela muda de estado, transformando-se em vapor sob
determinada pressão (superior à pressão atmosférica). Dessa forma, a potência
calorífica do combustível converte-se em energia potencial do vapor, que por sua vez
vai posteriormente transformar-se em energia mecânica, que poderá ser transformada
em energia elétrica, por exemplo. A utilização de caldeiras e o vapor que ela gera é feita
em diferentes condições e para os mais variados fins: Geração de energia, pelo
acionamento de turbinas, trabalhando com médias e altas velocidades, decorrentes da
utilização do vapor superaquecido de média ou alta pressão. Controle de temperatura
em reações químicas. Auxiliar no processo de dilatação.
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Para aquecimento de cilindros em indústrias de plástico, papel e têxtil.


Para aquecimento do meio ambiente na área de conforto térmico.
No combate ao fogo.
Como agente de limpeza, deslocando graxas e óleos.
Como acelerador das limpezas alcalinas e ácidas.
Para aquecimento de tubulação e tanque de óleo pesado (ex: BPF).
Partes de uma caldeira
Qualquer que seja o seu tipo uma caldeira será sempre composta por três partes
essenciais:
Fornalha ou Câmara de Combustão
Câmara de Água
Câmara de Vapor
A fornalha, ou câmara de combustão é a parte da caldeira onde se queima o
combustível utilizado para a produção de vapor.
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Se for empregado carvão ou cavaco de madeira, a fornalha será composta de grelhas


sobre as quais se queimará o combustível. Quando a caldeira utiliza combustíveis
líquidos ou gasosos, a fornalha é constituída por queimadores. O Combustível irá
formar uma mistura ideal com o ar (comburente), que é injetado na fornalha através do
ventilador da caldeira, e a combustão se dará. As câmaras de água e vapor são as
partes internas da caldeira. Elas são constituídas de recipientes metálicos cilíndricos,
tubos etc. A parte inferior deste recipiente recebe o nome de "câmara de água" e o
espaço entre a superfície da água e a parte superior da caldeira é a chamada "câmara
de vapor".
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Caldeiras à combustão
Existem dois tipos de caldeiras à combustão , conforme a condução de água ou de
gases de combustão pelo seu interior:
Flamotubulares:
Em cujos tubos, que são circundados por água, passam os produtos da combustão.
Aquotubulares:
Nos seus tubos circulam a água e vapor, ficando os gases da combustão por fora.
As caldeiras flamotubulares geram somente vapor saturado, uma vez que este sai de
um vaso cheio com água líquida até pelo menos a sua metade, sem receber qualquer
aquecimento posterior. Normalmente, a capacidade de geração desse tipo de caldeira
fica restrita ao máximo de 30Tm de vapor/h e a pressão máxima na faixa de 20kgf/cm².
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Em geral, as caldeiras flamotubulares até 20Tm/h de geração de vapor têm menor custo
e são de operação mais econômica do que as aquotubulares. E têm capacidade de
reagir rapidamente a bruscas mudanças  cerca 3,5 vezes mais rápido do que uma
caldeira aquotubular. Sua manutenção é mais simples, limitando-se basicamente a troca
de tubos, como num trocador de calor, podendo ser instalada em lugares com pé direito
baixo, já que sua altura máxima é determidada pelo diâmetro do vaso. Vantagens da
caldeira flamotubular:
•Baixo custo de construção
•Compacta e simples
•Fácil operação
•Fácil manutenção
•Desvantagens da caldeira flamotubular:
•Inicio de operação retardada
•Limitada em pressão e capacidades
•Baixa eficiência.
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A caldeira flamotubular apresenta a limitação técnica de não gerar vapor superaquecido


e ter capacidade limitada. Assim sendo, o seu uso é recomendado para os casos de
necessidade de vapor para aquecimento, tornando restrito o seu emprego na indústria
que necessite de vapor superaquecido.
As caldeiras aquotubulares de maior capacidade, que geram vapor superaquecido, são
equipamentos bem mais caros e que exigem grandes investimentos em projetos de
engenharia, montagem e instrumentação. Uma caldeira de aquotubular, dependendo de
sua capacidade, pode chegar a custar alguns milhões de dólares, entre equipamento,
projeto, montagem e instrumentação.
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Fornalha Gerar e fornecer a energia necessária ao processo de vaporização da água e


superaquecimento do vapor. Superaquecedor Elevar a temperatura do vapor, secando-
o. Pré-aquecedor de ar Aquecer o ar da combustão, normalmente aproveitando o calor
dos gases da combustão. Economizador Aquecer a água de alimentação da caldeira
também utilizando os gases de combustão. Bomba de circulação forçada Manter a
circulação de água e vapor no interior dos tubos da caldeira. Nem todas as caldeiras
aquotubulares usam tal bomba. Tudo depende da pressão da caldeira e da configuração
das tubulações.
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Vantagens da caldeira aquotubular


Grande capacidade e alta pressão.
Fornalha espaçosa, resultando em boa combustão.
Possibilidade de utilização de diversos tipos de combustíveis.
Grande área de troca de calor e alta eficiência.
Início de operação eficiente e rápido.
Desvantagens da caldeira aquotubular
Elevado custo de construção.
Grande sensibilidade com relação à variação de carga, tornando necessário um sistema
de controle da unidade mais complexo.
Construção mais complexa.
A quantidade de tubos torna mais difícil a realização de limpeza.
Exigência de rigorosos cuidados no tratamento da água utilizada.
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Caldeiras Elétricas
A caldeira elétrica é um equipamento bastante simples, ao contrário de suas similares
que utilizam combustíveis, que podem ser muito complexas. Sem levar em conta os
sistemas de controle e proteção, que poderão ser mais ou menos simples, em função
das necessidades ou das concepções de controle e segurança de cada tipo de
indústria, basicamente, uma caldeira elétrica é constituída por um vaso de pressão não
sujeito à chama, de um sistema de aquecimento elétrico e de um sistema de
alimentação de água.
Tendo em vista a simplicidade de sua concepção e operação, o rendimento deste
equipamento é bastante elevado. A transformação da energia elétrica em energia
térmica se faz no interior da caldeira, em meio à água a ser vaporizada, tornando as
perdas desprezíveis, a não ser aquelas devidas às trocas de calor de seu corpo, cuja
temperatura sempre será muito próxima a do vapor gerado, com o meio e às perdas
devidas às descargas de fundo para a retirada de resíduos.
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As perdas citadas, no entanto, podem ser minimizadas. A primeira delas, conforme o


isolamento térmico do vaso, se situará na faixa de 0,2% a 1%. Este isolamento é um
dos pontos a serem cuidadosamente verificados pelo comprador de uma caldeira
elétrica. A segunda perda, devida à descarga de fundo, também poderá ser bastante
reduzida pela seleção, aplicação e rigoroso controle no tratamento da água da caldeira.
O controle eficiente dessas duas perdas pode permitir que o rendimento de caldeiras
elétricas se situe em um patamar superior a 95%, havendo situações especiais em que,
sob rígido controle, o equipamento chegará a obter 99,5% de rendimento.
Tais caldeiras, por simples que são, dispensam combustores (queimadores), câmaras
de combustão , tubos de transferências de calor, refratários, chaminés etc..
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Caldeiras elétricas a resistores


Estas caldeiras são constituídas por um vaso de pressão não sujeito à chama e de um
conjunto de resistências elétricas blindadas inseridas no vaso que devem ser mantidas
imersas em água. A energia elétrica passando nos resistores se transforma em calor, o
qual, então, é transferido à água por convecção.
O funcionamento da caldeira deve ser automático. O controle da produção de vapor
pode ser efetuado pelo simples ato de ligar ou desligar o conjunto de resistores. Com o
objetivo de garantir uma vida útil razoável das resistências, deve-se mantê-las sempre
imersas na água.
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
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Como são unidades de reduzidas dimensões e custo, permitem projetos de geração de


vapor descentralizados, ou seja, com várias pequenas caldeiras de baixa capacidade
instaladas próximas aos equipamentos consumidores de vapor. Com isso, evita-se ou
reduz-se drasticamente as perdas térmicas nos sistemas de distribuição de vapor.
Deve-se, contudo, observar que a recuperação do vapor de re-evaporação (flash) fica
sobremodo dificultado pela distância entre os pontos de recuperação do vapor.
Caldeiras elétricas a eletrodos
A caldeira elétricas a eletrodos tem em seu interior eletrodos metálicos, que são
isolados eletricamente do corpo do vaso de pressão. A corrente elétrica circula entre os
eletrodos e contra-eletrodos, através da água a ser vaporizada. A água,então, se
constitui no próprio elemento condutor da corrente elétrica.
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Os eletrodos são feitos de ligas metálicas, geralmente ferrosas, comumente aço alto
carbono laminado ou ferro fundido.
A produção de vapor varia desde poucos quilogramas por hora até a valores de 100
toneladas por hora.
As pressões também têm uma ampla faixa de variação, indo de poucos kgf/cm² até a
100kgf/cm².
Caldeiras elétricas a eletrodos podem ser divididas em dois grupos, conforme a sua
construção:
as caldeiras a eletrodos submersos; e
as caldeiras a eletrodos jateados.
Caldeiras a eletrodos submersos são divididas em caldeiras de:
Baixa tensão  220v a 440v; e
Alta Tensão  440v a 20.000v
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Caldeiras a eletrodos submersos  baixa tensão É composta de um vaso de pressão


cilíndrico vertical possuindo uma cuba superior, na qual são inseridos os eletrodos
parcialmente submersos na água nela contida. A saída do vapor se faz diretamente
desta cuba. A produção de vapor varia de 100 a 2.000kg de vapor/h
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PRESSÃO
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Caldeiras a eletrodos submersos alta tensão


Podem ser classificadas conforme dois tipos construtivos:
Eletrodos submersos em cuba elevadas; e
Contra-eletrodos
Caldeiras a eletrodos submersos em cuba elevada
São construídas de forma tal que os eletrodos são imersos na água contida na cuba
elevada no interior do vaso de pressão. Esta cuba tem a parte superior isolada
eletricamente dos outros elementos da caldeira.
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Caldeiras a eletrodos submersos com contra-eletrodos


No interior do vaso, isolado por um tubo de porcelana móvel, encontra-se um eletrodo.
Dispostos em lados opostos, alinhados com esse eletrodo estão dois contra-eletrodos.
Todos eles, eletrodo e contra-eletrodos, estão imersos na água a ser vaporizada. Então,
pela ação de um mecanismo de movimentação, o tubo isolador sobe, expondo o
eletrodo e dando início ao fluxo de corrente elétrica entre eletrodo e contra-eletrodos.
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Caldeiras a eletrodos jateados


Neste tipo de caldeira, a água é transferida da parte inferior do vaso cilíndrico de
pressão para bicos injetores montados em um tubo localizado no eixo do vaso por
meio de uma bomba de circulação. A água, ao atravessar os injetores, forma jatos que
se chocam contra os eletrodos e estes jatos formam inúmeros "caminhos" para a
corrente elétrica que circula entre os injetores. A circulação da corrente elétrica, então,
provoca a vaporização da água.
A produção de vapor é função da potência dissipada, que por sua vez é diretamente
proporcional à quantidade de água circulada e à corrente elétrica.
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O Hidrogênio e as caldeiras elétricas


A preocupação crescente dos usuários de caldeiras elétricas com a ocorrência de
hidrogênio nas mesmas prende-se ao fato deste gás ser altamente inflamável.
De acordo com as condições e as proporções da mistura de hidrogênio com oxigênio,
podem ocorrer explosões ou detonações, com diferentes velocidades de onda de
pressão. O hidrogênio surge nas caldeiras elétricas a eletrodos por efeito da eletrólise
da água, que quebra a molécula de água produzindo hidrogênio e oxigênio. Para
eliminar esse risco, basta instalar nos pontos altos da caldeira eliminadores
termostáticos de gases, semelhantes aos purgadores termostáticos. Dessa forma, fica
eliminada a possibilidade de explosão.
Embora a quantidade de gases gerada seja muito pequena e o vapor iniba qualquer
explosão, há de se considerar que, quando a caldeira for desligada e o vapor deixa de
ser renovado no sistema, este mesmo vapor se condensará e desaparecerá o seu efeito
inibidor da combustão.
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Considerando os aspectos acima, facilmente se conclui que um sistema desligado após


a operação poderá apresentar maiores riscos do que um em operação. Basta que um
soldador desavisado utilize um maçarico, ou solda elétrica, nas partes do sistema que
tenham acumulado tais gases para que ocorra uma explosão ou detonação.
Combustível
Combustível é toda substância que, combinando-se quimicamente com outra,
principalmente o oxigênio, produz uma reação que libera energia térmica (calor). Os
combustíveis podem se apresentar nos três estados: sólido, liquido e gasoso.
Além da propriedade de entrar em combustão, a substância deverá apresentar outros
requisitos para que seja considerada industrialmente viável. A saber:
disponibilidade em grandes quantidades; baixo custo de operação; facilidade de
queima; e bom poder calorífico.
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Os combustíveis podem ser de obtenção natural ou derivados destes através de


processos de transformação. Principais propriedades de um combustível É importante
conhecer as principais propriedades de um combustível, a fim de se realizar uma
operação com bom rendimento para a geração de vapor. Líquidos: Óleo Combustível ,
resíduo e outros:
•ponto de fluidez
•viscosidade
•densidade
•ponto de fulgor
•teor de cinzas
•resíduo de carbono
•teor de água e sedimentos
•poder calorífico
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composição química
Gasosos
Gás natural, gás combustível e outros
poder calorífico
densidade
composição química
Sólidos
poder calorífico
densidade
teor de água
teor de cinzas
composição química
Considerando as características de cada
combustível industrial, podemos classificá-
los conforme o quadro:
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
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Caldeiras a combustíveis sólidos


Os combustíveis sólidos queimados em caldeiras mais comuns são:
Lenha (em forma de toras ou cavacos)
Carvão
Turfa
Cavaco de Madeira
Basicamente, as principais diferenças entre as caldeiras a combustíveis sólidos e as
caldeiras a combustíveis líquidos ou gasosos residem nos processos de queima do
combustível e nos processos de remoção das cinzas.
Os principais processos para queima de combustíveis sólidos são:
Colocar diretamente na fornalha toras de lenha rachada
Grelha fixa
Grelha rotativa
Leito fluidizado
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O processo de colocar toras de lenha rachada diretamente na fornalha, usado em


caldeiras flamotubulares de pequeno porte, na faixa de produção de vapor de 1
tonelada de vapor /h e pressão não superior a 7kgf/cm², é encontrável geralmente em
indústrias no interior do país.
O processo de grelha fixa é indicado para a queima de resíduos industriais,
combustíveis moídos, ou triturados, casca de amendoim, bagaço de cana, casca de
arroz etc.. Neste processo, os combustíveis são projetados por um dispositivo mecânico
no interior da câmara de combustão (ou fornalha), onde queimam parcialmente em
suspensão e os demais saem em meio às cinzas. Periodicamente, as cinzas são
removidas pelo basculamento das grelhas. O ar de combustão é insuflado sob pressão
por baixo da grelha, servindo também como ar de resfriamento das grelhas.
Normalmente, este processo é usado em caldeiras aquotubulares de grande porte.
Abaixo ilustramos as explicações com um esquema simples de um dispositivo de
alimentação de combustível utilizado em fornalhas de queima em grelha fixa.
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Quando são utilizadas grelhas rotativas, o processo de alimentação é totalmente


mecanizado; o ar de combustão entra pela parte inferior da grelha e a descarga das
cinzas é também mecanizada. Há grelhas de 4 até 8 metros de comprimento, mas a
aplicação de grelhas rotativas está limitada a caldeiras até 75 ton.de vapor /h (em
alguns casos até 100ton/h). Normalmente, as caldeiras com grelhas rotativas usam
cavaco de madeira ou carvão como combustível.
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As fornalhas que utilizam o processo de leito fluidizado tem se apresentado uma


alternativa viável, com a vantagem adicional de operarem com eficiência, apesar de
queimarem combustíveis menos nobres. O princípio de funcionamento é simples: o
combustível permanece em suspensão sobre um leito, submetido a ação de uma
corrente ascendente de ar, de modo que a combustão se complete.
Nessas fornalhas, o combustível utilizado apresenta uma granulometria menor do que
a habitual e a movimentação contínua do leito garante taxas de transferência de calor
muito acima dos valores encontrados em outras fornalhas.
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Caldeiras a combustíveis líquidos Principais combustíveis líquidos queimados em


caldeiras: Óleo BPF Baixo ponto de fluidez Óleo APF Alto ponto de fluidez Óleo diesel
No Brasil, o óleo diesel é subsidiado pelo Governo, mesmo assim não se constitui na
opção mais econômica para a indústria. O uso de óleo combustível envolve o emprego
de queimadores projetados especificamente para este fim, que são distribuídos pela
fornalha atendendo a princípios técnicos consagrados pela teoria e pela prática.
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Para perfeita queima, o óleo deve ser nebulizado e misturado com o ar, de forma a
assegurar uma chama estável e suficientemente distante das paredes da fornalha,
sendo que nas caldeiras flamotubulares o comprimento da chama não deve ultrapassar
¼ do comprimento da fornalha. Nos casos em que a chama se torna muito comprida,
existe a possibilidade de se afetar o refratário do trapézio e os tubos da segunda
passagem de gases.
O espaço reservado para combustão é bastante variável. As caldeiras flamotubulares,
por exemplo, são normalmente equipadas com pequenas câmaras de combustão,
enquanto as caldeiras aquotubulares normalmente são equipadas com câmaras de
combustão maiores.
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Algumas propriedades importantes dos combustíveis líquidos


Viscosidade
Se tentarmos bombear água e glicerina por tubos exatamente iguais, notaremos que é
muito mais difícil bombear a glicerina do que a água. Assim, a viscosidade pode se r
entendida como uma medida de resistência do fluido ao escoamento  na verdade, é
uma medida de resistência ao cisalhamento, mas não vamos nos aprofundar nos
aspectos mais elaborados da questão. É, como se pode notar, uma característica muito
importante dos óleos combustíveis. É ela que fornece informações sobre a facilidade de
movimentar e transferir fluidos, combustíveis incluídos, nas instalações industriais.
Também será em função da viscosidade que se determinará o grau de pré-aquecimento
a que um óleo combustível deve ser submetido para obtermos uma temperatura correta
de atomização, a fim de termos uma combustão eficiente.
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As viscosidades requeridas para uma boa queima (combustão) são obtidas na faixa de
temperatura entre 100 e 130ºC. A temperatura de bombeamento depende do óleo
utilizado, podendo variar entre 40 e 60ºC. O óleo pode ser aquecido com vapor,
resistências elétricas ou fluido térmico. O líquido deve ser nebulizado de maneira a se
transformar no maior número de gotículas, tão minúsculas quanto seja possível,
garantindo consequentemente uma maior área de contato com o ar de combustão. O
tamanho das gotas geralmente variam de 10μm a 200μm. Bons queimadores garantem
um mínimo de 85% de gotículas com diâmetro de 50μm.
A determinação da viscosidade de um fluido é feita utilizando-se aparelhos chamados
viscosímetros e os mais usados são os "Saybolt". Todos esses aparelhos são baseados
no tempo de escoamento de um dado volume de fluido através de um orifício de
dimensões pré-determinadas, a uma temperatura específica.
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Ponto de fluidez É a mais baixa temperatura na qual um fluido (óleos combustíveis


inclusive) ainda é capaz de fluir em condições normais nas tubulações, válvulas,
tanques de armazenamento etc.. Essa característica é importante porque dela depende
a facilidade de escoamento do fluido. Operacionalmente, um óleo combustível de ponto
de fluidez elevado pode causar entupimentos em filtros e tubulações, e dificultar o seu
bombeamento. Evitam-se tais problemas com o pré-aquecimento do óleo, aquecimento
da tubulação de transferência e, eventualmente, com a adição de um redutor de ponto
de fluidez ao óleo. Densidade Em termos bem simples, é a relação entre a massa e o
volume de uma quantidade qualquer de uma substância. A equação da densidade é:
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Ponto de fulgor (flash point)


É a temperatura em que aparece uma chama curta, quando o combustível é aquecido
lentamente. No entanto, a chama não se sustém. O ponto de fulgor é adotado
ordinariamente como indicador de risco de fogo.
Como medida de segurança para todos tipos de óleo combustíveis, adota-se 66ºC
(150ºF) como ponto de fulgor mínimo, de acordo com a regulamentação técnica do
Conselho Nacional de Petróleo  CNP nº 009/82 - rev. 1.
Poder Calorífico
É a quantidade de calor liberado pela queima total de uma unidade de um combustível.
A unidade empregada usualmente é:
kcal/kg
Quilocalorias por quilo de combustível
Nos casos de combustíveis sólidos e líquidos
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kcal/m³
Quilocalorias por metro cúbico de combustível
Nos casos de combustíveis gasosos
Ponto de Orvalho e Enxofre
A presença de enxofre no combustível é responsável por sérios problemas de corrosão
nas regiões mais frias da caldeira, principalmente nos equipamentos recuperadores de
calor e na chaminé. O enxofre ataca metais e suas ligas, seja na forma de enxofre puro,
seja sob a forma de composto, como ácido sulfúrico, por exemplo.
Dependendo de sua concentração e temperatura, as partículas de enxofre (S) em
suspensão nos gases com temperaturas na faixa de 100 a 170ºC adere às partes mais
frias da caldeira, formando depósitos que atacam violentamente a superfície metálica.
Igualmente perigosa, a condensação de compostos de enxofre penetra em juntas e
soldas, corroendo o equipamento.
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A temperatura na qual se inicia a condensação é chamado ponto de orvalho do ácido


sulfúrico.Nesta temperatura, os gases da combustão estão saturados de ácido e, ao se
iniciar a sua condensação, temos o começo do verdadeiro ataque químico ácido que o
equipamento sofrerá durante a operação.
Caldeiras à combustível gasoso
Considerações sobre o gás natural
O gás natural é mais leve do que o ar. Portanto, as instalações onde ele seja utilizado
devem ser bem ventiladas e mantidos desobstruídos os dutos e janelas de ventilação
dos recintos. Além disso, as partes mais altas dos compartimentos, onde há maior
tendência de acúmulo do gás, não devem abrigar equipamentos elétricos sujeitos a
faísca ou centelhamento, superfícies superaquecidas e outros tipos de fontes de
ignição.
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O gás natural é incolor, mas detectável pelo sentido do olfato, devido ao seu odor
característico. Contudo, mesmo não se sentindo o seu cheiro, em ambientes onde ele
esteja sendo utilizado devem ser evitados trabalhos a quente  soldagem,
esmerilhamento, corte com maçarico etc. , principalmente dentro da casa de caldeira à
combustível gasoso  deve-se respeitar um raio mínimo de 5 (cinco) metros para se
executar algum trabalho a quente. Basicamente, o gás natural é composto de metano.
Por isso, apresenta o risco moderado de intoxicação por via respiratória e elevado risco
de incêndio e explosão. Sendo assim, alguém somente poderá aproximar-se de áreas
onde estejam ocorrendo vazamentos se o fizer usando proteção respiratória adequada,
com suprimento de ar compatível com o tempo esperado de intervenção, e controlando-
se permanentemente o nível de explosividade no ambiente.
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O monóxido de carbono, que é altamente tóxico, é um subproduto da queima de gás.


Em ambientes fechados ou com difícil circulação de ar, pode representar grave risco,
principalmente nas situações em que haja vazamentos com fogo.
Os vazamentos, com ou sem fogo, deverão ser eliminados mediante o bloqueio da
tubulação alimentadora, através da válvula de bloqueio de emergência manual, a qual
deverá estar sempre livre, desimpedida e localizada em posição de fácil acesso. A
simples extinção do fogo pelo uso de extintores ou a aplicação de água, antes de se
efetuar o fechamento do suprimento de gás, poderá produzir o risco do gás vir a se
acumular em algum ponto do recinto e explodir, causando prejuízos materiais e
pessoais.
Os equipamentos próximos do fogo e sujeitos a sua ação, deverão ser mantidos
resfriados com água.
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O ponto de descarga do ventilador deve estar sempre livre e em local seguro. Nenhum
componente elétrico deverá estar localizado em um raio de 3 ( três ) metros. Esse ponto
(ventilador) deverá estar localizado obrigatoriamente fora da casa de caldeiras e no
mínimo a 3 (três) metros acima do telhado da casa de caldeiras.
Deverão ser obedecidas as seguinte Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho: NR13, NR14 e NR 23.
Os combustíveis gasosos são de fácil queima, bastando haver uma mistura adequada
(mistura ideal) de gás e ar e a simples aproximação de uma fonte de calor para que haja
combustão. A combustão dos gases proporciona uma queima completa com pequeno
excesso de ar e sem presença de fumaça.
A densidade relativa e o poder calorífico, dentro de limites pré-estabelecidos, são as
propriedades mais importantes para o controle de fornecimento de calor a uma caldeira
a gás.
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O gás natural é mais leve que o ar enquanto que o GLP, é mais pesado que ar. A
densidade relativa do gás natural gira em torno de 0,63 e a do GLP fica em torno de 1,7.
O poder calorífico inferior do gás natural .é 8.500kcal/m³.
O poder calorífico superior do gás natural é 9500 kcal/m³.
A experiência tem mostrado que a temperatura na traseira de uma fornalha de uma
caldeira a gás natural não deverá ultrapassar 900ºC, pois acima desta temperatura há o
risco de se trincar os tubos da segunda passagem, junto ao espelho da caldeira. Essa
temperatura poderá ser verificada através de um pirômetro (termômetro) digital
adaptado com um termopar, introduzindo-se o termopar num oríficio de ½" (previamente
feito) na traseira da caldeira, na direção da fornalha. Após 30 minutos, com a caldeira
em fogo alto, faze-se a leitura da temperatura no pirômetro. Caso a temperatura esteja
acima de 900ºC, procede-se a uma regulagem na combustão da caldeira, para ela ficar,
no máximo, com 900ºC.
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Economizadores em caldeiras a gás

Aquecedores de água de alimentação, denominados economizadores, podem


economizar significativa quantidade de combustível. Considera-se que para cada 6ºC
de aumento de temperatura na água de alimentação, economiza-se 1% de combustível.
São particularmente apropriados para uso em caldeiras a gás natural. A maioria das
caldeiras  tanto as que utilizam combustíveis, quanto líquidos ou gasosos 
apresentam um forte ruído causado pelo ventilador de ar de combustão.O ruído é
bastante desconfortável e existem caldeiras que chegam a produzir 95dB (decibéis) de
ruído. Uma das soluções para diminuir esse ruído é a instalação de atenuadores de
ruído na admissão do ventilador, ou a instalação de uma caixa de isolamento acústico
em todo ventilador. O operador da caldeira deverá usar sempre protetor auricular nas
imediações da caldeira. E quando for realizar o teste manual com as válvulas de
segurança, usar abafador de ouvido. O teste manual das válvulas de segurança deverá
ser realizado uma vez por dia.
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Capacidade de uma caldeira


A capacidade de uma caldeira pode ser medida de diferentes formas, geralmente tendo-
se em vista o fim a que se destina. Tal capacidade pode ser expressa numericamente
através de diferentes sistemas de medida, sendo as unidades mais comuns "BHP" e
"kcal".
BHP
Com a finalidade de padronizar as unidades as unidades de capacidade de caldeira
utilizadas, a ASME (American Society of Mechanical Engineering) definiu o BHP (Boiler
Horse Power) como a unidade de capacidade, ou de potência, de. uma caldeira.
Quando uma caldeira for capaz de vaporizar 15,65kg de água por hora, desde que a
água de entrada esteja a uma temperatura de 100ºC, ela terá a potência de 1BHP.
1 BHP = 8.430kcal
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Queimadores
Queimadores de óleo
Os queimadores também são conhecidos como combustores ou maçaricos. São
equipamentos destinados a realizar a pulverização do óleo, projetando-o no interior da
fornalha. O queimador de óleo tem, assim, por finalidade pulverizar o óleo combustível e
lançá-lo no interior da fornalha dividido em gotículas, cujos diâmetros variam
aproximadamente de 30μm a 150μm. Dessa forma, ocorre gaseificação rápida,
permitindo que a superfície de contato do combustível com o oxigênio do ar seja
grandemente aumentada.
A pulverização do combustível é obtida por meio de um agente pulverizador ou
atomizador.
Quanto a atomização os queimadores podem ser:
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Este tipo de queimador, também chamado de jato-pressão, é normalmente empregado


em instalações de grande porte. A atomização do óleo combustível é produzida pela
passagem do óleo sob alta pressão através de um orifício. A pressão do óleo varia
normalmente entre 4 e 10kgf/cm². A pressão é produzida por uma bomba para óleo
150SSU. Queimadores de atomização a vapor Neste tipo de queimador, o vapor atua
como agente atomizador. A pressão necessária à atomização do combustível é menor
(algo na faixa de 2kgf/cm²) do que aquela utilizada na atomização mecânica. Também
são aceitáveis viscosidades maiores do óleo combustível (até 200 SSU). É necessário,
no entanto, que o vapor de atomização tenha pouca umidade e esteja a uma pressão
diferente daquela em que está o óleo  normalmente a uma pressão maior. Nas
refinarias, os queimadores empregados usualmente operam com pressão de vapor
1,5kgf/cm² acima da pressão do óleo.
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O processo em tela consiste na passagem do vapor para a câmara de mistura através


de um orifício de redução. Ao passar, o vapor arrasta consigo pequenas gotículas de
óleo combustível, de forma que, ao sair do queimador, o óleo estará atomizado.
A atomização a vapor, além de produzir partículas menores, acaba por manter a
temperatura do óleo na lança, evitando o aumento da viscosidade
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São, em geral, queimadores simples. Nestes casos, o combustível é introduzido


diretamente na fornalha, passando através de uma simples lança, sem qualquer
preparo. Aqui, não há a necessidade do combustível ser atomizado com ar ou vapor,
como no caso dos combustíveis líquidos, porque o combustível já se encontrar no
estado gasoso. Estabelece-se, apenas, a proporção da mistura de combustível (gás) e
ar  deseja-se sempre uma mistura ideal.
A regulagem é simples e a chama bastante estável. O gás natural é largamente usado
em caldeiras.
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Deficiências na combustão e suas causas


Deficiência Possível causa Interrupção ou flutuação da chama Presença de água, borra
ou sedimentos no óleo. Viscosidade do combustível elevada, impedindo um fluxo
continuo. Excesso de vapor ou ar na pulverização, ou de vapor saturado de atomização
com teor alto de umidade. Má pulverização do óleo Elevada viscosidade do óleo.
Pressão do óleo muito elevada ou muito baixa. Pressão do ar ou do vapor de
atomização muito baixa ou muito alta.
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Retrocesso de chama
Ponto de fulgor muito baixo, resultando uma pré-ignição.
Presença de água ou borra no óleo.
Falhas na pulverização com vapor.
Pressão de óleo muito elevada.
Ausência total de chama
Falta de óleo no sistema.
Presença de borra e água nas tubulações .
Combustível com ponto de fulgor muito elevado.
Obstrução no queimador.
Ausência ou excesso de ar.
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Carbonização nos bicos dos queimadores


Combustível com elevado resíduo de carbono.
Óleo de alta viscosidade.
Atomização imperfeita.
Insuficiência de ar de combustão.
Bicos, filtros e tubulações entupidos – formação de borra
Alto teor de sedimentos.
Viscosidade elevada.
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Formação de carbono (carvão) na fornalha
Incidência de chama.
Choque de névoa de óleo em paredes frias.
Pressão de óleo muito elevada ou muito baixa.
Óleos muito viscosos ou muito fluidos.
Excesso de fuligem e fumaça
Óleos de altos teores de cinza.
Má combustão.
Presença de sedimentos pesados.
Escassez de ar.
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Consumo excessivo de óleo


Óleo de baixo poder calorífico.
Má combustão.
Elevado excesso de ar.
Orifício do queimador acima da
especificação.
Dificuldade no bombeamento
Óleo pesado e frio.
Alta viscosidade do óleo.
Filtro entupido.
Bomba com defeito.
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Instrumentos e dispositivos de controle de caldeira


São equipamentos e acessórios que têm por finalidade aumentar a eficiência e a
segurança da caldeira e também facilitar a vida do operador.
Dispositivo de alimentação
Em uma caldeira que está funcionando normalmente, sendo a caldeira automática, a
alimentação de água será comandada pelo próprio nivel de água na caldeira, sem
interferência do operador. Entretanto, a alimentação poderá ser, caso necessário, ligada
ou desligada manualmente. Dependendo do tamanho e do tipo da caldeira de vapor, o
sistema de alimentação é composto por uma ou duas bombas ligadas em paralelo.
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A alimentação de água da caldeira pode se dar de três maneiras:


Alimentação de água com bombas centrífugas
Usualmente são utilizadas bombas centrífugas nesta tarefa, porque apresentam
melhores resultados quando se leva em conta a simplicidade de seus componentes, a
facilidade de manutenção e a grande vazão que oferecem, atingindo até 500.000 litros
de água por hora.
O funcionamento de uma bomba centrífuga baseia-se em um rotor com nervuras em
forma de curva, que gira em alta velocidade fazendo o trabalho de sucção e descarga
da água da caldeira. Nas caldeiras de baixa e média pressão empregam-se bombas de
um estágio (um rotor) e nas de alta pressão são usadas as multiestágios (vários
rotores). A pressão da bomba deverá sempre ser maior do que a pressão máxima de
trabalho da caldeira, para garantir que a água possa adentrar o interior da caldeira.
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Alimentação de água com bombas alternativas


Tais bombas podem ser acionadas a vapor ou eletricamente. As bombas à vapor, mais
usadas nas aplicações em caldeiras, são as chamadas "duplex a vapor", também
conhecidas como "BURRINHO".
Nas bombas acionadas a vapor, é o vapor da própria caldeira que aciona pares de
pistões de grande diâmetro, movimentando os pistões de água com menor diâmetro,
assegurando a injeção de água no interior da caldeira.
Oferecem a vantagem da economia de força, porém tem limitações severas de vazão e
pressão. Normalmente, têm vazão máxima de 50.000 litros/hora e pressão limite de
300lbf/in² (psi).
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Alimentação de água através de injetores Os injetores também são aparelhos que


utilizam o próprio vapor da caldeira como agente mecânico para impulsão da água.
Habitualmente são fabricados com medidas padronizadas, em função das secções de
entrada e de saída da água. Sua aplicação se restringe a pequenas caldeiras,
atingindo uma vazão máxima de 5.000 litros por hora. Não operam com água a
temperaturas superiores a 40ºC, prestando-se apenas para pressões entre 4 e
14kgf/cm². Geralmente, são instalados como aparelhos de emergência para
alimentação de água para as caldeiras,
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Visor de nível
É composto por um tubo de vidro instalado no tambor de água/vapor e tem a finalidade
de dar ao operador a noção exata da altura onde se encontra o nível de água da
caldeira. Na maioria das caldeiras, o nível de água ideal é assinalado exatamente no
centro do visor de vidro, o que corresponde mais ou menos ao centro do tambor de
água/vapor. Existem, porém, caldeiras que não seguem tal regra.
Manter o nível de água da caldeira é uma das mais importantes responsabilidades do
operador, o qual terá que dispensar especial atenção ao visor de nível (o nível de água
em hipótese alguma poderá desaparecer do visor, sobre pena de dano irreversível à
caldeira ou, até mesmo, de uma explosão. Antes de se iniciar a operação da caldeira,
ou uma vez a cada turno, deve ser feita a drenagem no nível, a fim de se eliminar
eventuais impurezas que tenham se introduzido no nível ou em suas conexões.Nas
caldeiras manuais, o nível é de fundamental importância, porque somente ele dará ao
operador a exata noção de quanto de água deverá ser colocada na caldeira.
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PRESSÃO
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Sistema de controle de nível


As unidades geradoras de vapor (caldeiras) devem estar preparadas para operar em
condições de máxima segurança, de modo que o pleno funcionamento do processo de
combustão e geração de vapor se dê sem interrupções.
O sistema de controle de nível de água funciona em conjunto com a bomba de
alimentação de água da caldeira. Dessa forma, o nível de água no interior da caldeira
será sempre o ideal para o seu funcionamento. Diversos tipos de controle de nível estão
disponíveis no mercado.
Regulador de nível com bóia
Admitem várias formas construtivas diferentes, porém os mais comuns são aqueles que
constam de uma câmara montada no tambor de água/vapor, a qual abriga uma chave
de contato que, por sua vez, é comandada por uma bóia. A bóia, flutuando sobre a água
no interior da caldeira, está ligada à chave por meios mecânicos.
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Quando o nível de água na caldeira é normal, a bóia mantém os contatos da chave


abertos. Ao cair o nível da água além de um certo limite pré-estabelecido, a bóia, por
gravidade, desce e faz com que os contatos fechem o circuito elétrico da bomba. A
bomba, então, é acionada automaticamente. Quando a água novamente atinge o nível
normal, a bomba é desligada.
É bastante comum que haja uma chave adicional, a qual desligará o queimador no caso
do nível da água baixar em demasia.
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PRESSÃO
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Regulador de nível com eletrodos


Este sistema aproveita a condutividade elétrica da água. A configuração mais comum
utiliza três ou mais elementos de aço inoxidável, ou outro material condutor, em
tamanhos diferentes, cada um correspondendo a certo nível de água: ideal, máximo e
mínimo. O dispositivo, então, é montado na parte superior da caldeira (ou tambor de
água/vapor), e os eletrodos são ligados a um relê de nível de água que, através de seus
contatos, comandará a bomba de alimentação de água.
A bomba é acionada toda vez que a água atinge a ponta do eletrodo central. Quando a
água chega ao nível máximo (o menor eletrodo), a bomba é desligada. Se o nível de
água atingir a ponta do eletrodo mais longo, o relê desliga o queimador. Em alguns
sistemas também pode ocorrer de ser acionado um alarme sonoro e/ou visual, que
chamará a atenção do operador para o defeito.
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Indicadores de pressão
Os manômetros são os instrumentos que indicam a pressão de vapor da caldeira.
Indicam, também, a pressão da água de alimentação, do combustível, do ar de
combustão,do ar de atomização e, se a caldeira for a gás, a pressão do gás.
0 manômetro de pressão de vapor da caldeira deverá apresentar uma faixa de leitura
cujo limite máximo seja, pelo menos, duas vezes maior que a pressão de trabalho da
caldeira. Ele será ligado ao corpo da caldeira, mais especificamente à câmara de vapor,
através de um sifão. Este sifão manterá manômetro afastado do contato com a fase
vapor, conservando no seu interior água condensada praticamente fria. Este processo
visa evita o contato direto do manômetro com substâncias a temperaturas elevadas
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Dispositivos de segurança
Válvula de segurança
As válvulas de segurança são dispositivos projetados para atuarem nos casos de falha
do sistema de combustão, ou quando os controladores de pressão limite falharem.
As informações a seguir são uma livre interpretação da norma ASME, seção 1, para
caldeiras.
Toda caldeira deve estar equipada, no mínimo, com uma válvula de segurança, se a sua
superfície de aquecimento em contato com a água não exceder 50m². Para superfícies
maiores, duas ou mais válvulas são exigidas. Se na caldeira estiver instalado um
superaquecedor, as válvulas da caldeira devem ser capazes de dar vazão a, pelo
menos, 75% do total necessário. O restante da vazão deverá escoar pela válvula
instalada no superaquecedor.
As válvulas de segurança das caldeiras deverão ter a pressão de abertura ajustada em
valor igual ou inferior à PMTP ou PMTA .
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As válvulas de segurança devem se abrir totalmente quando a pressão atingir 6% acima


da pressão do ajuste e fechar totalmente quando a pressão chegar a 10% abaixo da
pressão de ajuste.
Todas as válvulas de segurança deverão ser testadas uma vez por semana, acionando-
se a alavanca de teste manualmente.
Inspecionar as sedes das válvulas pelo menos uma vez por ano.
As válvulas de segurança devem ter a saída do vapor canalizada para fora da casa de
caldeira através de tubos de diâmetro igual ou maior que a saída da válvula. Se houver
necessidade de curvas, que sejam bem suaves, a fim de dar livre expansão à descarga.
A direção da saída não deverá lançar vapor sobre outra caldeira, ou qualquer outro
equipamento ou local onde o operador possa transitar ou trabalhar.
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Detectores de Chama:
São dispositivos de segurança que cortam o combustível quando a chama do
queimador se apaga acidentalmente. Sem o detector de chama, quando houvesse
apagamento acidental da chama do queimador da caldeira, a fornalha ficaria cheia de
combustível, o que representaria grande perigo de explosão quando a caldeira fosse
novamente acesa.
Células fotoelétricas ou fotocélulas
É um sistema que trabalha com uma célula fotoelétrica, um um amplificador e um relê.
O funcionamento baseia-se na energia luminosa da chama. Se a chama apagar, a
luminosidade no interior da fornalha diminuirá, conseqüentemente a célula fotoelétrica
enviará um sinal ao amplificador, o relê abrirá seus contatos e o circuito dos
queimadores será aberto.
OBS.: O teste da célula fotoelétrica (ou fotocélula), deverá ser feito em todos os turnos
pelos operadores.
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Na verdade, são dois testes: No primeiro, desconecta-se a fotocélula da caldeira; e, no


segundo, tapa-se com a mão a parte da fotocélula que fica voltada para a fornalha, de
modo a impedir que a luminosidade atinja a célula. Em ambos os casos, a chama do
queimador deverá se apagar imediatamente.
Termoelétricos
São constituídos por lâminas bimetálicas (lâminas de metais diferentes ) e uma chave
elétrica. As lâminas bimetálicas ficam instaladas no caminho dos gases e, também,
estão ligadas ao circuito. Ao acender o queimador piloto da caldeira, as lâminas são
aquecidas e se dilatam, permitindo a abertura da válvula solenoide de combustível e
acendendo o queimador principal.
Apagando-se a caldeira, as lâminas esfriam e se contraem, abrindo e interrompendo o
circuito elétrico do queimador principal e, consequentemente, cortando o combustível do
mesmo.
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
PRESSÃO

Sistema "Flame Rod":


Este dispositivo utiliza uma fonte externa de energia elétrica e necessita de um eletrodo
para detectar a presença da chama, além de requerer um amplificador eletrônico.
Ele apresenta as seguintes vantagens em relação aos dispositivos termoelétricos:
detecta somente a chama e não é influenciado pelo calor do ambiente.
dá resposta rápida, na presença ou ausência da chama (tempo de resposta = 2 a 4seg),
ao contrário dos térmicos, bem mais lentos (de 60 a 90seg).
pode ser utilizados em altas temperaturas.
tem uma vida útil mais longa e confiável.
A operação baseia-se no princípio de que elétrons livres e íons são continuamente
liberados durante o processo de combustão. Esses elétrons e íons são, então,
capturados por eletrodos colocados junto da chama. Uma pequena corrente elétrica, da
ordem de 1/100.000A, é induzida pelo fluxo dos elétronscapturados.
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Esse pequeno sinal, depois de amplificado, será suficiente para fazer com que um relê
de controle entre em operação.
Na prática, um dos eletrodos é aterrado através do queimador, e o outro eletrodo, que é
colocado na chama, é feito de material resistente ao calor e isolado termicamente.
Esse tipo de detector de chama é muito usado em queimadores weishaupt
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Pressostato de controle de pressão máxima da caldeira


Tem a finalidade de controlar a pressão máxima interna da caldeira, desligando o
circuito automático quando ela atinge a pressão máxima de trabalho. Ao ser desligado o
circuito, a alimentação de corrente elétrica do circuito de combustão é cortada. Assim, a
válvula solenoide é fechada e a bomba de óleo, o ventilador e o programador param de
funcionar. Enfim, a alimentação de óleo combustível da caldeira é suspensa.
Obs.: Na caldeira é instalado um pressostato denominado "pressostato de segurança".
Ou seja, um pressostato com a mesma função do pressostato analisado acima, porém
regulado para atuar em uma pressão um pouco acima do pressostato de pressão
máxima; é um reserva do pressostato de pressão máxima, para o caso deste falhar.
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PRESSÃO
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Dispositivos auxiliares
Pressostato modulador de chama
Tem a finalidade de controlar a vazão combustível/ar de combustão, de acordo com a
pressão de vapor da caldeira. Em outras palavras, aumenta a vazão de combustível/ar
de combustão quando a pressão de vapor da caldeira estiver baixando e diminui a
vazão de combustível/ar de combustão quando a pressão de vapor da caldeira estiver
se elevando.
O sistema de modulação de uma caldeira é composto de: pressostato de modulação de
chama, servo-motor de acionamento da válvula de combustível e "damper" (borboleta)
do ventilador de ar de combustão, ou ar secundário, de acordo com a demanda de
vapor.
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PRESSÃO
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Válvulas
Válvulas Solenóide
São válvulas eletromagnéticas que trabalham totalmente abertas, em função da
energização, ou não, de sua bobina. Quando energizadas, liberam o fluxo e quando não
estão energizadas, bloqueiam o fluxo. São muitas vezes chamadas de válvulas de NF.
Têm múltiplas e variadas aplicações, entre elas o controle de alimentação de
combustível.
Programador
É um dispositivo eletro-eletrônico que fica localizado dentro do painel elétrico da
caldeira. Tem a finalidade de gerenciar o ciclo completo de operação da caldeira. Ele
administra e controla purga automática, ignição elétrica, desligamento da caldeira por
motivo de segurança, limite de pressão, ignição automática, liberação da passagem de
combustível para o queimador principal etc..
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Válvulas e tubulações
Válvula principal de saída de vapor
Permite a vazão de todo vapor produzido pela caldeira. Na maioria das aplicações, são
válvulas do tipo globo, pelo que permitem um melhor controle da vazão. Também são
empregadas válvulas gaveta, quando a variação de vazão não tem tanta importância.
Válvula de alimentação
Destina-se a permitir, ou interromper, o suprimento de água para a caldeira. São do tipo
globo com passagem reta.
Válvula de retenção
Tem a finalidade de impedir o retorno de água quente sob pressão do interior da
caldeira. Normalmente é instalada após a válvula de alimentação. Existem caldeiras que
possuem até duas válvulas de retenção: uma após a válvula de alimentação e outra
logo após a bomba de alimentação da caldeira.
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
PRESSÃO
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Válvula de Descarga
São válvulas que tem a finalidade de baixar a concentração de sólidos dentro da
caldeira. Existem dois tipos de válvula de descarga:
Válvula de descarga rápida  Também conhecida como válvula de descarga de fundo.
É usada em caldeiras de pequeno e médio porte e fica localizada na parte inferior da
caldeira.
Válvula de descarga continua  É uma válvula usada em caldeiras de grande porte,
geralmente aquotubular, e fica localizada, na maior parte dos casos, na parte superior
da caldeira, descarregando continuamente.
Válvula de vapor de serviço  É uma válvula do tipo globo capaz de escoar l0% da
vazão da válvula principal de vapor. Sua finalidade é fornecer vapor para a operação de
equipamentos da própria caldeira, tais como:
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bombas de alimentação (BURRINHO, usado em caso de emergência) injetores (usados


na alimentação de água da caldeira, nas emergências) aquecimento de óleo vapor de
atomização (quando a caldeira for atomizada a vapor)
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Válvula de suspiro
Comumente, é uma válvula ½" que fica instalada na parte superior da caldeira. Tem por
finalidade ajudar a despressurizar a caldeira e também é utilizada para drenar o ar por
ocasião do enchimento da caldeira com água, quando a caldeira está fria. Também não
deixa criar vácuo no interior da caldeira, quando há necessidade de esvaziá-la
completamente.
Tubulações
Tubulação de alimentação de água
Esta tubulação começa no fornecedor de água para a caldeira  pode ser uma caixa
d’água ou um ramal da rede geral de abastecimento. O mais comum é que a água
dessa rede vá para o tanque de condensado da caldeira e ali se junte ao retorno de
condensado,também chamado de água de reposição.
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Tubulação de combustível
Esta tubulação tem início no tanque principal de combustível e transporta o mesmo até
o tanque de serviço; vai para a bomba e desta até o queimador. Possui traços de vapor
(tubos de vapor paralelos ao tubo de óleo), para aquecimento do óleo, e isolamento
térmico, a fim de evitar que o óleo fique frio.
No caso do óleo BPF tipo 1A, a temperatura do óleo, do tanque principal até o tanque
de serviço, oscila na faixa dos 60ºC. Do tanque de serviço até a bomba,a temperatura é
de aproximadamente 75ºC. E da bomba, após passar pelo aquecedor, até o queimador
fica entre 120ºC e 125ºC.
A temperatura do óleo na tubulação depende muito do tipo do óleo e, principalmente, de
sua viscosidade.
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Tubulação de condensado
A tubulação de condensado tem a finalidade de recolher o condensado  água que era
vapor até alguns minutos antes  e transportá-lo para o tanque de condensado da
caldeira, para ser reutilizado.
A maior vantagem em se reaproveitar o condensado é:
Economia de combustível, pois quanto mais se recupera o condensado, mais quente a
água entrará na caldeira. Para cada 6ºC de aumento na temperatura na água de
alimentação, economiza-se 1% de combustível, além da óbvia economia de água de
reposição.
Esta tubulação possui isolamento térmico para não deixar baixar a temperatura do
condensado.
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Tubulação de vapor Inicia-se na caldeira e transporta o vapor para os equipamentos


consumidores. Possui isolamento térmico, para evitar perdas de calor, e a sua
instalação requer alguns cuidados e acessórios, tais como : previsão de dilatação do
material (previsão de dilatação em forma de U) em segmentos longos; pequeno mas
constante caimento no sentido do fluxo, a fim de facilitar a drenagem do condensado; e
instalação de purgadores,visores e eliminadores de ar nos pontos altos das tubulações.
Tiragem de fumaça Para que haja combustão, é necessário que se tenha um
suprimento contínuo de ar para a fornalha e uma igualmente contínua saída dos gases
de combustão pela chaminé.
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A diferença de pressão existente entre a fornalha e a chaminé produz uma corrente que
é denominada "tiragem". A tiragem pode ser classificada como:
•Tiragem natural; ou
•Tiragem mecânica:
•forçada;
•induzida; ou
•balanceada.
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Tiragem natural
Na tiragem natural, a câmara de combustão opera sempre em depressão, pois não
possui ventilador de ar de combustão, que além de fornecer o ar para a combustão
empurra os gases provenientes da queima para a chaminé da caldeira. Garante-se o
suprimento adequado de ar e remoção dos gases unicamente pela aspiração da
chaminé. Atualmente, sua aplicação se restringe a algumas poucas caldeiras cujas
características construtivas não impliquem em altas perdas de carga no fluxo de
gases.
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Tiragem mecânica
Tiragem forçada
As unidades de tiragem forçada operam com um ou mais ventiladores, gerando
pressões positivas no interior da câmara de combustão (fornalha), de modo a superar
as perdas de carga e forçar os gases a se deslocarem no sentido da chaminé. No caso
de caldeiras flamotubulares, por exemplo, o ventilador deve ter capacidade suficiente de
promover o processo de combustão, superando as perdas de carga através do
queimador e garantir velocidades mínimas para a remoção dos gases do interior da
câmara de combustão (fornalha) através da chaminé.
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PRESSÃO
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Tiragem induzida
As unidades de tiragem induzida têm um exaustor instalado na base da chaminé. Neste
caso, a câmara de combustão (fornalha) opera sempre em depressão. A tiragem
induzida não garante um controle adequado da pressão interna,nem uma distribuição
regular do ar no interior da câmara de combustão (fornalha).
Um melhor controle do equipamento é obtido com a tiragem balanceada.
Tiragem balanceada
As unidades com sistema de tiragem balanceada dispõem de um ou mais ventiladores e
de um ou mais exaustores (os exaustores ficam localizados junto a base da chaminé).
Os ventiladores são dimensionados com base na vazão e nas perdas de carga
causadas pelo deslocamento do ar de combustão.
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
PRESSÃO
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O efeito combinado dos exaustores e da chaminé deve ser suficiente para superar as
perdas de carga do circuito de gases e, ainda, impor velocidade adequada para que os
gases sejam efetivamente lançados na atmosfera pelo topo da chaminé. A pressão no
interior da câmara (fornalha) é normalmente negativa, na faixa de -1 a - 10 mm de H2O
(10Pa a -100Pa). A depressão aumenta na medida em que os gases se deslocam
para a chaminé.
Chaminé
Ajuda a tiragem devido à diferença de pressão existente entre a sua base e o seu topo,
provocada pela diferença de temperatura dos gases.
Controle de tiragem
Para que uma caldeira possa ter um bom funcionamento, a tiragem tem que ser muito
bem controlada. Este controle é feito por registros, também chamados de "dampers" ou
borboletas, que são colocados no circuito dos gases. Tais registros podem ser
comandados manual ou automaticamente
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Análise dos gases de combustão


A análise dos gases da combustão é a melhor maneira de se controlar a combustão
com eficiência. Indica com segurança como está se comportando a combustão naquele
momento, que porcentagem de O2 (oxigênio) e CO2 (dióxido de carbono) contém os
gases e quais as correções necessárias a serem feitas no processo de combustão.
Uma combustão imperfeita, por incompleta que é, irá gerar gases poluidores,
principalmente se houver excesso de combustível. A fumaça que sairá pela chaminé
terá coloração escura.
A fumaça que sai pela chaminé, quando apresentar uma coloração muito clara, pode
indicar um excesso de ar, mas quando a sua cor for escura será indicação da presença
de combustível não queimado por causa da deficiência de ar na caldeira, o que
provocará excesso de fuligem. Deve-se corrigir a alimentação de ar de combustão ou
regular o combustível, de forma a atingir uma relação de ar/combustível adequada.
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Nas caldeiras a óleo é mais perceptível, visualmente falando, quando a combustão não
está se dando corretamente. Já nas caldeiras a gás natural, tal percepção fica
sobremodo prejudicada. O mais correto, no entanto, seja para a caldeira a óleo, seja
para a gás, é empregar aparelhos próprios para a análise dos gases de combustão. Os
aparelhos mais usados são: ORSAT  mais usado em laboratórios. FYRITE (marca
BACHARACH)  aparelho analisador de gases de combustão (O2 e CO2), é usado no
campo por operadores de caldeiras e são confiáveis e de manuseio simples.
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3. OPERAÇÃO DE CALDEIRAS Além das recomendações inseridas no manual de


operação da caldeira, o operador deverá verificar: Pré-partida: - Verificar o nível dos
tanques de água e de combustível; - Verificar e fazer o alinhamento da alimentação de
água; -Verificar e fazer o alinhamento da alimentação de Combustível e limpar sistemas
de filtros, se necessário; - Para caldeiras a óleo combustível, iniciar processo de
aquecimento e efetuar controle de temperatura até atingir valor suficiente para
circulação
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De 40ºc a 75ºc, a fim de eliminar a contaminação do óleo combustível com a água e


garantir a viscosidade necessária para o bombeamento; - atingida a temperatura ideal
do combustível, iniciar circulação ligando a bomba; - Fazer verificação geral das
válvulas e instrumentos da caldeira; - Verificar condições operacionais das bombas de
alimentação de água e de combustível; - atingida a temperatura ideal do combustível,
iniciar circulação ligando a bomba;
-Fazer verificação geral das válvulas e instrumentos da caldeira;
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-Verificar condições operacionais das bombas de alimentação de água e de


combustível;
Fazer drenagem dos indicadores e controladores de nível (garrafa e visor) e testar o
sistema e testar o sistema de segurança (alarme e trip);
Ajustar o nível de água da caldeira na posição operacional;
Abrir os drenos e respiros (vent’s) da caldeira, principalmente do superaquecedor;
Verificar condições de alimentação elétrica dos painéis de comando e sinalização;
Verificar condições operacionais dos ventiladores e sistema de tiragem da caldeira;
Verificar, onde houver, as condições operacionais do compressor de ar utilizado na
atomização do combustível;
Verificar posicionamento e condições dos eletrodos de ignição;
Limpar a foto célula.
Para caldeiras com mais de um queimador, obedecer a sequência de acendimento
recomendada pelo fabricante;
Ajustar as condições de queima, garantindo estabilidade da chama;
Desligar o queimador piloto e verificar se a chama se mantém estável;
Fazer aquecimento gradual para não danificar refratário e tubos respeitando-se a
curva de aquecimento recomendada para cada tipo de caldeira;
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Durante a fase de aquecimento, verificar quaisquer anormalidades nos equipamentos


e nos instrumentos indicadores de controle, tomando as providências para os ajustes
necessários;
Passar o controle da caldeira para automático quando as condições de pressão
atingirem valores preestabelecidos para tal, conforme procedimento operacional;
Atingida a pressão de trabalho, abra vagarosamente a válvula de saída de vapor
evitando-se o golpe ariete e liberando vapor para o consumo;
Fechar o respiro (vent) do superaquecedor;
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Operação normal
Observar atentamente o nível de água da caldeira;
Observar temperaturas do economizador e pré-aquecedor de ar;
Observar as indicações dos dispositivos de controle de temperatura e pressão,
fazendo os ajustes necessários;
Fazer todos os testes de rotina da caldeira;
Observar se os tanques de supriemnto de água estão sendo suficientemente
abastecidos;
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Observar se a reposição de combustível está sendo suficiente;


Fazer vistoria dos equipamentos, observando qualquer anormalidade (ruído,
vibrações, superaquecimento);
Verificar se a temperatura dos gases da chaminé está dentro dos parâmetros normais;
Observar a combustão através dos visores e da chaminé fazendo os ajustes
necessários;
Fazer regulagem nos dampers quando necessário;
Fazer sopragem de fuligem periódica conforme rotina de cada equipamento;
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Fazer descargas de fundo conforme recomendações do laboratório de análise de


água;
Manter sempre em ordem e limpa a casa de caldeiras;
Nunca se ausentar da casa de caldeira sem notificar algum colega ou superior para
que se efetue a substituição;
Se a caldeira apagar subitamente durante sua operação normal, retomar o processo
de acendimento somente após a completa purga e exaustão dos gases remanescentes;
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Fazer sopragem de fuligem (ramonagem) em caldeiras dotadas com estes


dispositivos;
Interromper a alimentação de combustível, fazendo a purga da linha, uma parte para
queima e o restante para uma linha de retorno – a purga da linha no caso de queima de
óleo combustível pode ser feita com óleo menos viscoso, o qual não poderá passar pelo
aquecedor de óleo que deverá ser desligado. Para linha de gás, esta purga poderá ser
feita com injeção de vapor;
Apagar os queimadores obedecendo sequência recomendada pelo fabricante da
caldeira;
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Para caldeiras de óleo combustível, desligar a bomba de alimentação de óleo;


Ventilar a fornalha para exaustão completade gases remanescente;
Drenar visores de nível, fazendo ajustes necessários para manter a caldeira com nível
operacional;
Após a exaustão da fornalha, parar o ventilador e abafar a caldeira fechando todos os
dampers e registros de ar;
Fechar a válvula de saída de vapor e bloquear todos os pontos de drenagem da
caldeira;
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Interromper a alimentação de água;


Abrir respira (vent) da caldeira;
Tomar as providências necessárias dependendo do objetivo da parada da caldeira.
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Regulagem e controle
Temperatura: numa caldeira são importantes, dentre os controles de temperatura, os
seguintes:
Vapor: vapor saturado – temperatura diretamente proporcional a pressão de operação
da caldeira;
Vapor superaquecido – controle e ajuste da temperatura pode ser feito através de
dessuperaquecimento;
De qualquer maneira – condições de regulagem da relação combustível x ar, tem que
ser suficiente para que o vapor gerado atinja o nível de temperatura requerido pelo
consumidor;
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Ar: controle de temperatura no pré-aquecedor de ar – finalidade aumentar o


rendimento da caldeira em termos energéticos –
Gases de combustão: altas temperaturas na saída dos gases de combustão –sintoma
de anormalidade operacional, dentre estas destacamos:
- Caldeira está suja, com deficiência de troca térmica;
- Ocorrência de queda de material refratário, mudando caminho preferencial dos
gases;
- Juntas de amianto não dão perfeita vedação;
- Tamanho da chama maior que o aceitável;
- Excesso de ar na fornalha, causando aumento de velocidade dos gases.
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Óleo combústível: controle de temperatura do óleo deve garantir a circulação e a


viscosidade ideal de pulverização para queima;
Controle feito pela regulagem do termostato ou do “set point” dos controladores;
Água de alimentação: controle de temperatura da água - garantir uma faixa de
temperatura ideal para favorecer a desgaseificação de água – controel feito por um
controlador ligado na malha do sistema de alimentação;
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Pressão
Água: controle - desarme da caldeira por baixa pressão de água de alimentação –
problemas mecânicos ou elétricos causando parada da bomba – atuação para sanar o
problema pode ser feita manual ou automaticamente, ligando uma bomba reserva por
exemplo;
Ar: controle de pressão executado – regulando a ventilação / exaustão de modo evitar-
se pressão muito acima ou muito abaixo da recomendada no interior da fornalha.
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Pressão da fornalha: controle importante no sentido de se evitar vazamentos de gases


para o ambiente de trabalho, ou a ocorrência de infiltrações de ar “falso” que vai alterar
o rendimento da caldeira;
Pressão de combustível: regulagem e controle importante para eficiência da
combustão, afetando a atomização e dispersão do combustível. Variações de pressão
podem causar problemas inclusive de desarme da caldeira;
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Pressão de vapor: regulagem e controle de modo a atender a pressão requerida pelo


consumidor. Atenção para que a pressão não suba a níveis acima da pressão de
trabalho pois irá gerar perdas de insumos – água, produtos químicos, combustível, etc –
através da abertura das válvulas de alívio e segurança do sistema Controle da chama
Atuação na abertura da válvula de admissão de combustível, em sintonia com a vazão
de ar para ajuste e melhoria da combustão
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Nível de água
1 - para controladores tipo bóia - intervenção mecânica, alterando-se as dimensões da
haste entre chaves liga / desliga;
2 - para controladores com eletrodos – regulagem pela alteração nas dimensões dos
eletrodos;
3 - para controladores termostáticos e hidráulico – regulagem e ajustes na válvula
automática de admissão de água – ajuste realizado sempre que o nível real estiver fora
da posição ideal de operação;
4 - para controladores do tipo transmissão por pressão diferencial - regulagem
mediante ajuste do “set point” no próprio controlador.
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CONTROLE DA COMBUSTÃO x POLUENTES


Melhor eficiência na combustão obtida com
1 - uso do queimador adequado;
2 - nebulização perfeita;
3 - porcentagem correta de ar;
4 - manutenção periódica no equipamento;
5 - análise contínua dos gases.
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Como otimizar o processo de combustão


1 - pré-aquecimento do ar;
2 - pré-aquecimento do combustível;
3 - controle de tiragem;
4 - análise e controle da combustão por instrumentos.
Como controlar o processo de combustão
Sem instrumentos, pela operação prática do operador:
1 - aspecto da chama;
2 - aspecto da fumaça;
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Com instrumentos, mais segura e correta:


1 - por análisadores contínuos,;
2 - detetores de fumaça (opacímetro);
3 - resultados de análises dos gases de combustão por laboratório (orsat ou fyrite).
Falhas de operação , causas e providências Alimentação de óleo combustível
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CONTROLE DE COMBUSTÃO
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CONTROLE DE PRESSÃO
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Operação normal - relatório de vistoria diária


A) verificar se o tanque de água de alimentação da caldeira está sendo abastecido
corretamente;
B) verificar nível e temperatura de óleo nos seus depósitos;
C) verificar termõmetro e manômetro da linha de óleo próximo ao queimador;
D) examinar manômetros e termômetros de ar, água e gases de combustão;
E) controlar o nível de água através dos indicadores existentes na caldeira;
F) verificar se a lubrificação dos equipamentos está adequada;
G) fazer as descargas de fundo conforme exigido pelo laboratório de qualidade da
água;
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H) examinar o correto funcionamento das diversas bombas existentes;


I) verificar o funcionamento dos ventiladores;
J) observar a combustão da fornalha, através dos visores e da cor da fumaça na
chaminé;
K) movimentar periodicamente todas as válvulas, para evitar que estas fiquem presas;
L) não abandonar a casa das caldeiras;
M) testar o regulador e o visor de nível, várias vezes ao dia, verificando se os
dispositivos de operação e segurança estão atuando normalmente;
N) verificar se os pressostatos e o sistema de acendimento estão funcionando
corretamente;
O) testar a fotocélula, verificando se há corte de chama quando se escurecem com um
tampão;
P) testar as válvulas de segurança, conforme recomendação do fabricante ou
conforme recomendado pela nr-13;
Q) preencher o relatório de vistoria diária fornecida pelos supervisores
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OPERAÇÃO DE UM SISTEMA DE VÁRIAS CALDEIRAS Uma unidade industrial pode


ter atendida toda a sua demanda de vapor pela instalação de várias caldeiras
independentes que atuem em paralelo, formando, assim, um sistema de caldeiras. Mas,
alguns cuidados importantes devem ser adotados com relação à confiabilidade de uma
instalação assim. Vejamos: O "lay out" da linha de distribuição de vapor para os
consumidores deverá prever a flexibilidade necessária para garantir o suprimento a
partes individualizadas da fábrica, através de uma geração de vapor ordenada e
planejada.
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Dada uma situação em que três caldeiras (1, 2 e 3) alimentam em paralelo, através de
linhas de distribuição de vapor, uma instalação industrial, tanto as linhas de entrada de
vapor (uma para cada caldeira) quanto as linhas de saída de vapor deverão ser
instaladas na parte superior do coletor (ou barrilete), de modo a facilitar a drenagem do
condensado. Na parte inferior do coletor deverão ser instalados uma bota de tubo 4
“com dreno no fundo de ½" ou ¼", um purgador tipo bóia, saindo do meio da bota, e
visor. Além disso, o coletor deverá ter uma pequena inclinação no sentido do purgador,
de modo a facilitar também a drenagem do condensado. A instalação deve possuir
válvulas de retenção, uma para cada caldeira, além das válvulas de bloqueio de saída
de vapor. As válvulas de retenção são importantes porque permitem a manutenção das
caldeiras e seus acessórios, sem que as outras caldeiras sejam desligadas ou retiradas
da linha.
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As válvulas de retenção também são importantes quando todas as caldeiras estão em


condições de operar, mas, por uma queda no consumo de vapor, uma das caldeiras se
desliga automaticamente e as outras continuam em operação. A válvula de retenção da
caldeira que está parada impede a entrada nela de vapor proveniente das caldeiras que
estão ligadas, evitando, assim, o desperdício de vapor. Veja na próxima página o lay out
de uma linha de distribuição de vapor para três caldeiras em paralelo.
NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE
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Procedimento em situações de emergência Retrocessos Fenômeno ocorre


quando a pressão interna da caldeira aumenta bruscamente em relação a pressão
ambiente na sala das caldeiras.
Causas:
- Vazamento do sistema de alimentação de óleo, com acúmulo de resíduos de
combustível no interior da fornalha;
- Falhas no sistema de ignição;
- Defeito ou falha no sistema de tiragem da caldeira;
- Tentativas de acender o queimador a partir de uma parede incandescente;
- Procedimento incorreto no acendimento da caldeira;
- Abertura de porta da fornalha de forma indevida;
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Como evitar;
- Evitar o acúmulo de óleo da fornalha. Retirar todo óleo acumulado no piso da
fornalha, fazendo a ventilação completa antes de acendê-la;
- As válvulas dos queimadores devem ser mantidas sempre em boas condições de
vedação;
- Nunca tente reacender um queimador através do calor das paredes incandescentes;
- Após concluída a purga, não faça mais que duas tentativas de acendimento;
Nunca abrir a boca da fornalha de forma brusca;
- Sempre que for necessário, interromper o suprimento de combustível, desligando
após o queimador.
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Nível de água baixo


Causas:
Falha no sistema de controle automático de nível;
Válvula de retenção da linha de água dando passagem;
Falta de água de alimentação;
Falta de atenção do operador (em caldeiras manuais);
Defeito no sistema de alimentação de água (bombas, tanques, válvulas, filtros, etc.);
Cavitação na bomba;
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Como evitar;
Efetuar revisões de rotina nos sistemas de controle de nível;
Manter atenção constante ao sistema de alimentação de água (tanques, bombas,
válvulas, etc);
Realizar manutenção preventiva do sistema de alimentação de água;
Manter atenção ao nível de água quando se fizer as descargas de fundo;
Consequências: com o calor da fornalha agindo sobre os tubos secos, ocorre
deformação no invólucro, danos ao refratário, vazamento de água e danos aos tubos;
Procedimento neste caso: cortar alimentação (água, ar, combustível); fechar válvula de
vapor; testar visores de nível real da caldeira, onde se nível estiver visível, alimentar a
caldeira e retomar processo de acendimento
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CASO O NÍVEL NÃO SEJA VISÍVEL, NÃO REPONHA ÁGUA PARA EVITAR
CHOQUE TÉRMICO NA CALDEIRA; PROCEDER RESFRIAMENTO LENTO NA
CALDEIRA, PARA POSTERIOR INSPEÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO MOTIVO DA
QUEDA DE NÍVEL. NÍVEL DE ÁGUA ALTO
CAUSAS PROVÁVEIS:
FALHA NO SISTEMA AUTOMÁTICO DE CONTROLE DE NÍVEL;
FALTA DE ATENÇÃO DO OPERADOR (CALDEIRAS MANUAIS);
FALHA NO SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO;
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Como evitar:
Efetuar revisões de rotina nos sistemas de controle de nível;
Manter atenção constante ao sistema de alimentação de água;
Manutenção preventiva do sistema de alimentação de água;
Procedimento neste caso: cortar alimentação de água; testar visores de nível,
certificando-se se o nível é real; confirmado o valor real de nível alto, atuar na descarga
contínua; esgotados todos os recursos, atuar na descarga de fundo tomando todos os
cuidados necessários; informar a manutenção do ocorrido.
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Pressão do vapor acima do limite normal


Causas:
Válvula de segurança emperrada;
Válvula de segurança desregulada;
Válvula de segurança subdimensioanda.
Como evitar;
Nunca alterar a regulagem da válvula de segurança;
Testar regularmente a válvula de segurança de acordo com procedimento do
fabricante;
No caso da válvula estar subdimensionada, providenciar sua substituição.
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Procedimento neste caso: cortar completamente a alimentação de combustível e


acompanhar a evolução da pressão; caso continue subindo, providenciar abertura da
válvua de segurança. Falhas em partes sob pressão
Consequência: rupturas de tubos ou vazamento de vapor.
Procedimento neste caso: cortar alimentação de combustível; fechar a válvula de
vapor; manter o nível de água pelo tempo que for possível evitando choque térmico,
protegendo os tubos e refratários, favorecendo o resfriamento da caldeira; manter
ventiladores ligados pelo tempo que for possível de modo a expulsar o vapor pela
chaminé;
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Abrir as válvulas de segurança, a menos que a pressão apresente tendência de queda;


se não for possível manter o nível de água, cortar a alimentação imediatamente. Fechar
as válvulas de alimentação e parar a bomba; depois de ocorrer a despressurização da
caldeira, parar ventiladores e efetuar processo de resfriamento natural.
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Tratamento de água e manutenção de caldeiras


Água: uma das substâncias mais importantes para a indústria, pois é utilizada com
diferentes finalidades, tais como matéria-prima, refrigerante e produção de vapor;
Ao se precipitarem, a água absorve gases do ar e levam consigo fumaças, poeiras e
microorganismos; ao cairem sobre o solo absorvem um teor ainda maior de impurezas,
devido seu grande poder de diluição;
Água utilizada em caldeiras: provém de 03 (três) fontes – rede pública, lençóis
subterrâneos e lençóis superficiais ( lagos, rios);
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Porque da necessidade do tratamento da água?


- Para evitar problemas oriundos de suas impurezas em seus componentes,
aumentando a vida útil da caldeira;
- aumenta o grau de pureza do vapor produzido;
- Aumenta a sua eficiência;
- Minimiza a necessidade de manutenção da caldeira;
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As principais impurezas da água de caldeira:


Dureza (sais de cálcio e magnésio) – problemas provocados: incrustação;
Ph / alcalinidade (bicarbonatos, cabonatos e hidróxidos) – problemas provocados:
corrosão (fragilidade cáustica no ferro) …..Alcalinidade em excesso provoca espuma
e arraste de sólidos com o vapor…..Bicarbonato e o carbonato produzem gás
carbônico, causador de corrosão nas linhas de vapor e do condensado;
Dióxido de carbono – problemas provocados: corrosão em dutos de água, linhas de
vapor e condensado;
Ferro – problemas provocados: sua presença indica corrosão no sistema;
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Cloretos – se concentra abaixo de depósitos porosos provocando corrosão;


Sílica: volatiza-se a altas pressões causando depósitos (cumulativos) em tubos do
superaquecedor e turbinas;
Oxigênio - corrosão;
Óleos e graxas - depósitos internos sujeitos a cabonização (superaquecimento);
Sólidos totais – em excesso, causam espuma, sedimento e arraste. Finalidades do
tratamento de água: impedir a formação de incrustações ; controlar e reduzir a
corrosão , impedir o arraste de água
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Incrustação
Formação de depósitos duros e aderentes sobre as superfícies de troca térmica,
sendo graves nas áreas onde ocorrem maiores taxas de transferência de calor;
Causam uma redução de transmissão de calor nos tubos, porque a condutividade
térmica das crostas é muito inferior a do material dos tubos e logo tem efeito isolante;
Redução no rendimento da caldeira, causando uma menor produçao de vapor por kg
de combustível;
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Aumento de temperatura dos gases de combustão para vencer esta camada isolante,
prejudicando a resistência do aço dos tubos e existindo a possibilidade de deformação
plástica do material (inclusive rompimento);
Como relatado anteriormente, causada pela concentração de sais de cálcio e
magnésio – dureza da água ou também pelo acúmulo de sílica;

Sedimentação
Devido a vaporização, é a concentração de sólidos e materiais insolúveis, que se
precipitam e formam no fundo da caldeira, a chamada lama;
A lama é de consistência mole e pode ser facilmente removida; esta associada a
utilização de anti-incrustantes, que ficam em suspensão na água da caldeira até seu
ponto de saturação, para depois se precipitarem na forma de lama;
A lama se não for eliminada, e estando sujeita a altas temperaturas, poderá endurecer
e expor a caldeira a riscos de deformação;
A presença de óxido de ferro e sílica também aumenta a consistência da lama;
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CORROSÃO
Processo de desgaste das superfícies metálicas;
Além de danificar o material, produz contaminações de óxidos metálicos que podem
se depositar em outros locais;
A corrosão pode ser nas caldeiras e nos sistemas de condensado;
Fatores de corrosão interna: corrosão ácida, por oxigênio e nas linhas de condensado
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CORROSÃO ÁCIDA OU POR CO2


 DEVIDO A UMA DIMINUIÇÃO DO Ph QUANDO O CO2 ESTÁ PRESENTE NA ÁGUA
DE ALIMENTAÇÃO. A REAÇÃO É SIMPLES:
2 2 2 3 H OCO H CO 

 ONDE O É O AGENTE CORROSIVO CONHECIDO COMO ÁCIDO CARBÔNICO;


CORROSÃO POR OXIGÊNIO OU PITTING UMA DAS FORMAS MAIS DESTRUTIVAS
E INSIDIOSAS DE CORROSÃO;
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Causa a perfuração de equipamentos com apenas uma pequena perda percentual de


peso de toda a estrutura.
Difícil de detectar pelas pequenas dimensões e porque os pits são frequentemente
escondidos pelos produtos da corrosão.
Para se combater a corrosão por pitting, os seguintes métodos são utilizados:
Usar juntas soldadas em lugar de juntas rebitadas ou parafusadas;
Inspecionar os equipamentos e remover depósitos com frequência;
Remover os sólidos em suspensão o mais cedo possível ao longo do processo;
Usar gaxetas não absorventes (de teflon, por exemplo) sempre que possível;
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CORROSÃO POR VAPOR


Comum nas superfícies dos superaquecedores com temperaturas maiores que 500
ºc.;
Diminuição progressiva da espessura da parede do tubo;
Intensificada quando se tem cargas térmicas altas e impurezas no vapor;
A solução está em eliminar cargas térmicas excessivas e melhorar a qualidade do
vapor.
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CORROSÃO ALCALINA Devida à presença de hidróxido de sódio na água, que


provoca a destruição da camada de óxido (magnetita protetora - ) que protege o metal
da superfície interna da caldeira de vapor. Desta forma ocorre uma reação entre o ferro
do metal e a água, formando óxidos de ferro Este processo continua até o aparecimento
de uma fissura no tubo, já que o metal não se restabelece na presença de hidríxido de
sódio (naoh); Desenvolve geralmente nos tubos próximos à chama dos queimadores;
Prevenção: necessário diminuir a concentração de naoh, adicionando fosfatos ácidos e
sais de amônia.
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Corrosão localizada nas incrustações


Ocorre devido a presença de substâncias agressivas nas incrustações, lodos
sedimentados e outras substâncias depositadas nas superfícies internas das caldeiras,
durante a parada destas por um longo período ( manutenção);
Métodos de proteção afim de reduzir este tipo de corrosão;
Proteção com um gás inerte;
Proteção com água desaerada pressurizada;
Proteção com uma solução de amônia;
Tratamento das superfícies de aquecimento com uma solução de 1% de amônia e
nitrato de sódio.
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Corrosão externa nas superfícies de aquecimento


Podem ser ocorrer nos tubos em alta e baixa temperatura;
A corrosão a alta temperatura ocorre nas paredes de água e nos superaquecedores;
Externamente às paredes de água, o agente corrosivo é o ácido sulfídrico ou sulfeto
de hidrogênio , presente nos gases;
Acontece a uma temperatura dos gases superior a 700 ºc, onde o ácido sulfídrico
forma-se a partir do enxofre presente na composição elementar do combustível;
Os fatores mais importantes que favorecem a sua formação são:
Falta de oxigênio, devido a um excesso de ar insuficiente, favorecendo, então, a
formação de ácido;
Presença no fluxo de gases de partículas sólidas de carvão que contêm enxofre.
O ácido reage com o metal dos tubos das paredes de água, formando sulfato de ferro;
O sulfato de ferro formado se desprende do metal e facilita uma nova reação,
continuando o processo de corrosão;
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Prevenção: deve-se manter um relação ar/combustível correta nos queimadores,


minimizando a concentração de partículas de carvão não queimadas que contêm
enxofre;
 Nos superaquecedores, a corrosão externa se dá devido ao pentóxido de vanádio
 Age nas paredes externas dos superaquecedores a uma temperatura dos gases
superior a 610 ºc, sendo particularmente intensa a uma temperatura da ordem de 800
ºc;
 PREVENÇÃO: UTILIZAR ADITIVOS AO COMBUSTÍVEL, POR EXEMPLO, O ÓXIDO
DE MANGANÊS mno.
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CORROSÃO EXTERNA A BAIXA TEMPERATURA
 FUNDAMENTALMENTE – OCORRE NA REGIÃO DOS PREAQUECEDORES DE
AR;
 EFEITO: DIMINUI O TEMPO DE SERVIÇO DO PREAQUECEDOR E O
RENDIMENTO DA CALDEIRA – VAZAMENTO DE AR PARA O DUTO DE GASES;
 NO PROCESSO DE COMBUSTÃO/QUEIMA, O ENXOFRE REAGE COM O
OXIGÊNIO, FORMANDO DIÓXIDO DE ENXOFRE
 O EXCESSO DE AR PERMITE QUE O DIÓXIDO FORMADO SE TRANSFORME EM
2 SO
3
quando a temperatura dos gases atinge a temperatura de 500 ºc, começa a haver a
formação de vapores de ácido sulfúrico e esta solução provoca a corrosão externa nos
preaquecedores de ar;
prevenção: - utilização de superfícies com recobrimento cerâmico;
- preaquecimento do ar com vapor antes dos preaquecedores, aumentando a
temperatura de operação da superfície metálica dos tubos, reduzindo a intensidade da
condensação dos vapores de ácido sulfúrico;
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CORROSÃO NAS LINHAS DE CONDENSADO


o condensado pode se tornar corrosivo devido a presença de oxigênio e
predominantemente gás carbônico;
o dióxido de carbono é formado, no interior da caldeira, pela decomposição de
carbonatos e bicarbonatos e quando o vapor se condensa, parte dele se dissolve no
condensado e forma o ácido carbônico ( baixando o ph);
Arraste O arraste é mais um tipo de contaminação que pode provocar problemas com
incrustações e corrosão; dividido em arraste mecânico e químico; Arraste mecânico:
provocado por motivos operacionais: Caldeira com nível de água elevado – inunda os
separadores de vapor, diminuindo sua eficiência. A água tende a entrar no sistema de
distribuição de vapor; Danos nos acessórios dos separadores de vapor ( corrosão);
Flutuações de carga – períodos com aumento na demanda de vapor, causam queda de
pressão na caldeira provocando um ebuliçao intensa na superfície da água e maior
velocidade na saída do vapor;
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Arraste químico: quando uma excessiva concentração de elementos e produtos


químicos estiverem presentes na água da caldeira, as bolhas de vapor formadas irão
resistir ao fenômeno da covalescência, e em vez de quebrarem para liberar o vapor, se
juntam umas sobre as outras, causando a formação de espuma a tal ponto que serão
arrastadas junto com o vapor.
Dentre os componentes que aumentam esta formação de espuma temos:
Alta taxa de alcalinidade;
Alta taxa de sólidos;
Presença de matéria orgânica em suspensão ( óleos, graxas);
O arraste dos produtos químicos provocará depósitos no superaquecedor, nas
turbinas e no sistema de condensado, além de problemas de corrosão e erosão;
O arraste do óleo e graxa, formará uma película isolante sobre a superfície interna dos
tubos da caldeira, provocando superaquecimento (podem inclusive carbonizar);

Volatização da sílica Deve ser limitada devido a sua volatização (início a 35 kgf/cm²),
com consequente deposição em superaquecedores e turbinas. O limite máximo de sílica
no vapor, na saída da caldeira é 0,02 ppm; para tanto limita-se sua concentração na
água de caldeira;
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RESUMO – CORROSÃO Agentes que provocam corrosão externa – pentóxido de


vanádio, vapores de ácido sulfúrico, entre outros; Agentes que provocam corrosão
interna – normalmente presentes no fluido de trabalho – oxigênio, co2, naoh, etc Nas
paredes internas, o problema é o ácido sulfídrico ou sulfeto de hidrogênio (h2s) e nos
superaquecedores o problema é o pentóxido de vanádio

Fatores importantes que favorecem a formação do h2s – falta de oxigênio, devido a um


excesso de ar insuficiente, favorecendo, então, a formação de h2s; Presença no fluxo
de gases de partículas sólidas de carvão que contêm enxofre. Para atenuar a formação
de h2s deve-se manter uma relação ar/combustível correta nos queimadores,
minimizando a concentração de partículas de carvão para atenuar a corrosão por
vanádio utiliza-se aditivos ao combustível, como o óxido de manganês (mno).
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TRATAMENTO CONVENCIONAL EM CALDEIRAS Tratamento afim de evitar o


aparecimento de fissuras ou vazamentos por excessiva temperatura do metal; principais
métodos de prevenção: Tratamento químico da água de alimentação em
correspondência com os parâmetros do vapor e da qualidade da água; Tratamento
interno da água de alimentação com produtos químicos injetados diretamente no tambor
e tubos da caldeira; Prevenção da contaminação da água de alimentação para evitar
corrosão do metal das superfícies internas;
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1 - tratamento com fosfatos – finalidade de transformar os sais de cálcio e magnésio,


formadores de incrustações, em lodos que não aderem às superfícies dos tubos; -
GARANTIR UMA FAIXA DE ph DA ÁGUA NA CALDEIRA, DE FORMA QUE O METAL
FIQUE PROTEGIDO CONTRA CORROSÃO. Compostos químicos utilizados – fostatos
de sódio (napo4, na2hpo4 e nah2po4); - MISTURA DE FOSFATO DE SÓDIO (napo4)
COM FOSFATOS ÁCIDOS; - Fosfato de amônia. Fostatização – efetiva quanto maior
for a alcalinidade do meio (ph acima de 10,2), motivo pelo qual se introduz fosfato
diretamente no tambor onde a alcalinidade d água é maior;
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O HIDRÓXIDO DE SÓDIO REAGE COM O MAGNÉSIO PARA FORMAR HIDRÓXIDO


DE MAGNÉSIO mg(oh)2, POUCO ADERENTE E VIRA LODO;
2 - alcalinidade – tratamento com solda cáustica e tem como finalidade precipitar o
cálcio e o magnésio, além de amolecer as borras e depósitos e proteger o aço (ajuda na
formação da magnetita protetora), pelo ajuste da alcalinidade;
A alcalinidade é devida a presença de carbonatos, bicarbonatos e hidróxidos;
Controlada através de valores denominados vp (valor fenolftaleína) e vm (valor
metilorange).
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Na prática – manter o vp ligeiramente maior que a metade do vm;


Evita-se a formação do gás carbônico – devido a decomposição de carbonatos e
bicarbonato) e presença excessiva de hidróxido – que provoca fragilidade cáustica)
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Remoção de oxigênio Sulfito de sódio


 Provoca aumento constante da taxa de sólidos dissolvidos na água devido a
formação do sulfato de sódio;
 Para acelerar a reação do sulfito de sódio com o oxigênio usam-se catalisadores (sais
de cobalto);
 Deve-se manter um excesso , em média, de 10 a 30 ppm de so3;
 Caldeiras operando com pressões maiores que 42 kgf./cm², SURGIRÃO REAÇÕES
QUE DECOMPÕEM O SULFITO EM SO2 E H2S QUE SÃO CORROSIVOS;
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Hidrazina
Para caldeiras acima de 42 kgf/cm2;
Disponível comercialmente como hidrato de hidrazina com 15% de n2h4;
A reação completa ocorre nas caldeiras em operacão, na temperatura de 200-315ºc
máx., Formando amônia;
Misturada na água de alimentação, com o objetivo de evitar a formação de
incrustações de óxido de ferro e cobre;
A proporção deverá ser de 0,1 a 0,5 ppm em n2h4 para caldeiras de baixa e média
pressão;
Devido propriedades redutoras, a hidrazina reage com o óxido de ferro e cobre,
formando lodos que podem ser facilmente removidos com o auxílio do dreno;
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CORROSÃO NAS LINHAS DE CONDENSADO


utilizam-se inibidores de corrosão para neutralizar o ácido carbônico formado nas
linhas de condensado;
esses produtos são conhecidos como aminas neutralizantes (morfolina,
dietiletanolamina, ciclohexilamina) e elevam o valor do ph; PREVENÇÃO DO ARRASTE
utilizam-se inibidores de corrosão para neutralizar o ácido carbônico formado nas
linhas de condensado;
esses produtos são conhecidos como aminas neutralizantes (morfolina,
dietiletanolamina, ciclohexilamina) e elevam o valor do ph;
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SÍLICA
deve ser removida ao máximo pelo tratamento externo via resinas de troca iônica;
uma vez que estes tratamentos não obtém remoção total, ocorre sua concentração na
água da caldeira, sendo o valor máximo de sílica no vapor de 0,02 ppm de modo a
evitar sua deposição em turbinas;
concentração máxima de sílica para limite máximo de 0,02 ppm:
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ABRANDAMENTO
consiste na remoção total dos íons cálcio e magnésio presentes na água, geralmente
na forma de bicarbonatos, sulfatos e cloretos;
esta remoção se deve ao fato de evitar incrustações no interior do gerador de vapor;
a água bruta atravessa uma coluna contendo uma camada de resinas de troca iônica,
que retém os íons cálcio e magnésio;
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As resinas esgotam sua capacidade com o tempo e saturam, havendo a necessidade


de regeneração, passando/molhando uma solução a base de cloreto de sódio.
Desmineralização
Para suprir as perdas de água e vapor nas caldeiras com pressões altas e
supercríticas, utiliza-se de água desmineralizada obtida através da desmineralização
química nas plantas de tratamento de água e nas plantas de desmineralização térmica
em evaporadoras;
A qualidade da água é determinada pelas características construtivas e parâmetros
operacionais dos equipamentos que vão utilizar esta água;
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TROCA IÔNICA – filtragem de água através de uma camada de ionito, que é uma
substância sintética de alto peso molecular capaz de absorver, da água em tratamento,
íons indesejáveis e entregar à solução uma qualidade equivalente de outros íons;

Este processo consta obrigatoriamente da passagem da água por um ou mais leitos


catiônicos (resina no ciclo hidrogênio) e um ou mais leitos aniônicos (resina no ciclo
hidróxido).
As resinas também necessitarão um tratamento regenerante, onde o ciclo hidrogênio
é regenerado com ácido sulfúrico (h2so4) ou ácido clorídrico (hcl) e as resinas aniônica
com hidróxido de sódio (naoh) ou hidróxido de amônia (nh4oh)
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DESAERAÇÃO
função – eliminar os gases dissolvidos na água, principalmente oxigênio e gás
carbônico, causadores de corrosão;
isto é conseguido através do aumento da temperatura da água através do contato com
o vapor ( a solubilidade de um gás em um líquido é inversamente proporcional a
temperatura), em equipamentos chamados desaeradores;
é necessário pulverizar a água para aumentar sua superfície de contato com o vapor e
gerar desprendimento dos gases, que são expulsos do desaerador por um vent.
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Na figura abaixo, o desaerador ilustrado, possue além da função de desaeração, outras


funções: aquecimento regenerativo do condensado e reserva de água de alimentação no
sistema suficiente para 5 a 20 minutos de operação;
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DESAERADOR HORIZONTAL
a desaeração realiza-se no memo tanque de armazenamento;
a água é introduzida no tanque através de sprays localizados acima do nível de água,
onde consegue-se uma superfície de troca de calor suficiente para aquecer a água; um
sistema de distribuição de vapor através de tubos perfurados e imersos na água
caracteriza este tipo de desaerador e as borbulhas de vapor em ascensão na água
absorvem o oxigênio e gases não-condensáveis que não foram liberados durante a
nebulização (spray) e arrastando-os para fora do sistema através dos tubos.
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PROTEÇÃO DE CALDEIRAS PARADAS para caldeiras paradas, cujo retorno à


operação deverá ser efetuado em horas, deve-se: - conservar as partes molhadas com
solução de - sulfito de sódio: 200 a 300 ppm e ph entre 11,2 e 11,5; - hidrazina: 200 a
300 ppm e ph entre 11,2 e 11,5; - manter a caldeira pressurizada a 50% da pressão de
operação; para caldeiras desativadas (sem previsão de retorno à operação), deve-se: -
remover a instrumentação e equipamentos auxiliares;

lavar e secar o interior dos tubos e tubulões; remover todos os depósitos e colocar
material absorvedor de umidade (cal virgem ou silica gel) no interior dos tubulões;
fechar todas as entradas de ar para o interior da caldeira; controlar a umidade relativa
em um valor inferior a 30%. DESCARGAS DE FUNDO A caldeira deve ser purgada
quando necessário para limitar a concentração de sólidos totais na água e remover a
lama resultante do tratamento; existem duas válvulas em série. a primeira trabalha
on/off e a segunda é de abertura rápida (válvula macho).
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Equipamentos e sistemas auxiliares


 Condensadores:
 Trocador de calor na qual se realiza a conversão do vapor de exaustão da turbina ao
estado líquido, utilizando água como fluido de resfriamento.
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aquecedores de água:
trocador de calor que permitem o aquecimento da água de alimentação num ciclo de
vapor utilizando vapor das extrações da turbina.
aquecedores de alta pressão – localizados entre a bomba de alimentação e a caldeira,
utilizando vapores de turbinas de alta e média pressão.
aquecedores de baixa pressão – localizados entre o condensador da turbina e a
bomba de alimentação, utilizando vapor extraído da turbina de baixa pressão.
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Alimentação de produtos químicos – feita através de tanques dotados de bombas


dosadoras; Produtos químicos – (fosfatos, soda cáustica, dispersantes, sulfatos, etc)
são adicionados diretamente na água de alimentação das caldeiras, sendo colocados
num ponto após o desaerador, antes da caldeira. As reações químicas ocorrem fora da
caldeira, como por exemplo a hidrazina, utilizada como sequestrante de oxigênio, que é
adicionada de forma contínua na água de alimentação. Os dispersantes,
antiincrustantes e condicionadores de lama também são dosados contínuamente; A
dosagem dos produtos químicos é baseada na impureza da água de alimentação, no
volume da água adicionada e considerando-se o residual de produtos a ser mantido na
água, no interior das caldeiras
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MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS MANUTENÇÃO PREVENTIVA


•trabalhos preventivos diários:
•descarga de fundo para eliminação da lama;
•teste geral de alarmes (água, óleo, nível);
•verificação dos controladores de nível da caldeira e todos seus instrumentos;
•limpeza de filtros de óleo combustível;
•revisão geral dos queimadores;
•avaliação da chama e fumaça na chaminé;
•verificação da situação dos ventiladores e acionamento de dampers;
•verificação das bombas de alimentação de água, óleo combustível, bombas dosadoras;
•efetuar sopragem de fuligem dos tubos;
•quando possível, executar teste de válvulas de segurança;
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•verificar sistema de ignição da caldeira;


•verificação geral dos sistemas de lubrificação dos equipamentos auxiliares;
•manutenção da limpeza da casa da caldeira. TRABALHOS PREVENTIVOS
SEMANAIS:
•limpeza dos bicos atomizadores com algum solvente;
•limpeza da foto célula;
•verificação do ventilador e seus equipamentos auxiliares (dampers, correias, telas de
proteção);
•revisão geral das válvulas procurando identificar quaisquer vazamentos;
•revisão geral das gaxetas e selos mecânicos das bombas de água;
•verificação dos filtros dos purgadores;
•escovação dos tubos no lado da fumaça;
•retirada da fuligem acumulada
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TRABALHOS PREVENTIVOS MENSAIS:


•retirar cuidadosamente o pó dos controles elétricos e verificar os contatos das chaves
magnéticas;
•limpar todos os filtros de água;
•lubrificar os motores, usando uma boa graxa de tipo médio;
•verificar o alinhamento de todos os equipamentos rotativos;
•verificar a gaxeta da bomba d’água;
•desmontar o conjunto bico atomizador e efetuar sua limpeza;
•verificar eletrodos de ignição, para ver se a abertura da centelha está correta em
função do espaçamento;
•vistoria minuciosa, observando se a porcelana do eletrodo apresenta trincas, ranhuras
ou fendas;
•verificar o estado dos purgadores instalados na caldeira e na rede de vapor;
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•limpar a tela de entrada de ar do ventilador;


•retirar o filtro do compressor de ar e limpá-lo com solvente;
•limpar tubo de ventilação da fotocélula;
•limpar o sistema do queimador piloto; MANUTENÇÃO CORRETIVA Constituída por
operações de desmontagem, verificações minuciosas, substituindo e/ou reparos de
subsistemas, montagem e verificações finais; qualquer reparo que modigique condições
originais do projeto da caldeira, deverão ser incluído no prontuário da mesma e deverá
ser executada com aprovação do profissional habilitado conforme a NR 13; a manutenção
deve ser efetuada por pessoa capacitada e acompanhada tecnicamente por um
engenheiro habilitado
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RISCOS GERAIS DE ACIDENTES E RISCOS À SAÚDE Devido às elevadas
temperaturas, as tubulações não isoladas podem ser fontes de sérias queimaduras e o
vapor, se respirado, pode produzir sufocamento. Por esta razão, descargas de vapor
devem ser dadas para áreas livres e arejadas. O vapor, quando aplicado
descuidadamente ou usado incorretamente no combate ao fogo, pode causar curto-
circuito em equipamentos elétricos. Por isso, não se deve usar vapor para combater o
fogo em equipamentos elétricos. A admissão muito rápida de vapor em mangueiras ou
tubos flexíveis pode causar "chicotadas" da mangueira, que podem ferir as pessoas.
Mesmo nas pequenas coisas, o vapor deve ser usado cautelosamente e
inteligentemente.
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O vapor de alta pressão (normalmente vapor superaquecido) escapando por um


vazamento é invisível e pode abrir caminho através de objetos sólidos. Quanto maior a
pressão, maior o perigo. Deve-se tomar cuidado quando se for procurar um vazamento
de vapor de alta pressão superaquecido. Lembrando-se que, mesmo não podendo ser
visto, ele pode queimar e ferir seriamente uma pessoa. Existem empresas que adotam
o seguinte procedimento de segurança com o objetivo de evitar acidentes quando é
necessário realizar manutenção na linha de vapor (tubulação de vapor): Antes de iniciar
a manutenção, é colocada na válvula que libera vapor para a referida tubulação uma
corrente com cadeado e uma etiqueta contendo a identificação da pessoa que está
trabalhando na tubulação. A chave do cadeado permanece com a pessoa que está
trabalhando na tubulação e só ela poderá tirar a corrente com cadeado da válvula, após
o término do trabalho. O operador é sempre um dos principais responsáveis pela
manutenção de uma caldeira. Antes de dar início à operação, ele deve testar todos os
mecanismos e dispositivos de segurança e cobrar insistentemente dos responsáveis as
manutenções pendentes.
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Riscos à saúde Poluição do ar provocada por caldeiras: A poluição do ar causada


por caldeiras está relacionada com as emissões no ar atmosférico de poluentes
provindos da queima de óleos combustíveis. As caldeiras que utilizam gás natural
como combustível produzem poluição do ar mínima, pois o gás natural
praticamente não deixa resíduos ou produz gases nocivos depois de queimado.
NOTA: Tanto nas caldeiras que utilizam óleo combustível como nas caldeiras que
utilizam gás natural, o importante é sempre manter a combustão bem regulada.
Nas caldeiras que usam como combustível o óleo BPF, o CO2 produzido deverá
ficar na faixa de 12 à 13% e nas caldeiras que usam gás natural, o CO2 deverá
ficar na faixa de 9 à 11%.
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O enxofre pode causar sérios danos ao homem, aos animais, às plantas e aos
materiais. O enxofre causa irritação na pele e danifica o sistema respiratório. Em
pequenas concentrações, torna a respiração mais difícil; em grandes concentrações,
mata. Outra causa ponderável que concorre para a poluição atmosférica é o monóxido
de carbono, ou carbono livre (CO), que resulta da relação imprópria ar/combustível. A
relação ideal para o óleo BPF é 13,6kg de ar/1kg de BPF. Para o gás natural a relação é
8,5m³ de ar/1m³ de gás natural. Quando se tem uma mistura ar/combustível muito fora
dos parâmetros acima, haverá a emissão de fumaça preta que por muito tempo
provocará doenças respiratórias, ou pulmonares. O monóxido de carbono (CO) quando
muito concentrado e aspirado em ambiente confinado pode levar até a morte.
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO: A principal medida de proteção, naturalmente, é a


prevenção, isto é, a tentativa de evitar que a poluição ocorra. Isso se consegue
mantendo-se a caldeira em perfeitas condições de operação, pois quando não há
combustão completa, há emissão de fumaça. Atomização incompleta de óleo, causada
pela temperatura imprópria do combustível, ou pela deficiência do ar ou vapor de
atomização, também pode causar fumaça. Uma tiragem deficiente e uma mistura
ar/combustível inadequada também são fatores de formação de fumaça. Uma operação
adequada e uma boa manutenção são fatores básicos para se reduzir a emissão de
fumaça, fazendo-a ficar dentro dos limites compatíveis com as normas legais existentes.
O ruído da casa da caldeira poderá provocar surdez permanente ao longo do tempo,
principalmente se estiver acima de 85dB (decibéis), mas algumas medidas poderão ser
tomadas para que isto não aconteça:

 Uso de protetor auricular ou abafador de ouvidos (de acordo com a intensidade do


ruído).
 Instalação de atenuador de ruído na sucção de ar do ventilador da caldeira.
 Se o atenuador de ruído não for suficiente, poderá ser instalada uma cabine de
isolamento acústico no motor/ventilador da caldeira.
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RISCOS DE EXPLOSÃO As explosões de caldeiras ocorrem geralmente por causa


das seguintes condições:
• Acúmulo de combustível não queimado, devido à combustão incompleta e
escorrimento de óleo na fornalha.
• Auto ignição de gases de combustível acumulado na fornalha, devido à alta
temperatura existente na fornalha. O combustível pode penetrar na fornalha, sem se
queimar, de várias maneiras, como mostrado abaixo:
• Se a chama apaga e o combustível não é cortado imediatamente.
• Devido a vazamento pela válvula principal de óleo ou gás natural.
• Se o volume de combustível que está entrando é maior do que a capacidade de
queima do queimador, devido à insuficiência de ar.
• Se houver dificuldades de acendimento e o operador fizer várias tentativas para
acender, existe o perigo do combustível se acumular na fornalha.
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Providências: Podemos evitar explosões de fornalha de caldeiras tomando alguns


cuidados, tais como:
• Na partida da caldeira fazer sempre a purga para expulsar qualquer presença de
gases do combustível.
• Sempre verificar se as válvulas de combustível estão bem fechadas, ou se estão
dando passagem, quando a caldeira está fora de operação.
• Retirar os queimadores que estão fora de operação, para evitar gotejamento.
• Se a chama apagar, fechar imediatamente todas as válvulas principais de combustível
e purgar a fornalha para expulsar qualquer presença de gases de combustível.
• Drenar periodicamente a água e a borra dos tanques de óleo combustível.
• Verificar na partida da caldeira se o óleo combustível está na temperatura ideal para
acendimento.
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• Manter, no instante da partida, sob observação constante a chama do queimador, até


ter certeza de que está estável.
• Manter em boa conservação os sistemas de segurança geral da caldeira.
• Antes da partida da caldeira, fazer uma inspeção rigorosa nela e só dar a partida
quando tiver certeza de que tudo está normal.
• Manter os queimadores com os bicos limpos e desobstruídos.
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Explosão por falta de água A falta de água na caldeira pode causar uma grande
explosão. Se faltar água na caldeira e a chama não for cortada (por causa de algum
defeito) a fornalha da caldeira ficará tão aquecida, chegando ao rubro, que a chapa da
fornalha se romperá, causando uma grande explosão devido ao volume de água e vapor
que se encontrava dentro da caldeira sob temperatura e pressão de trabalho. Com o
rompimento da fornalha, toda essa água e o vapor passarão, imediatamente, para a
temperatura de 100ºC e pressão atmosférica. Os efeitos produzidos pela explosão de
uma caldeira manifestam-se com uma força proporcional à pressão e à massa de água
que ela continha por causa da produção instantânea de enorme quantidade de vapor, pois
a água tem sua temperatura reduzida bruscamente a 100ºC, ou seja, vaporização sob
pressão atmosférica.
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Exemplo do que pode ocorrer em uma explosão: Por exemplo: consideremos uma
caldeira de pressão de trabalho de 10kgf/cm², com 20 toneladas de água no nivel de
trabalho e urna câmara de vapor de 6m³. Isso significa que a caldeira, que tinha 6m³ de
câmara de vapor, ao explodir, produzirá subitamente um volume de vapor a 100ºC que
será 870 vezes o volume primitivo, com um aumento instantâneo de pressão do local,
provocando um grande desastre. Cada 50kg de água, nas condições deste exemplo,
possuiriam uma força explosiva equivalente à detonação de 1kg de pólvora. No
exemplo, então, teríamos um total de 400kg de pólvora.
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Não existem estatísticas no Brasil sobre acidentes com caldeiras. A Association des
Proprietaires d‘Appareils a Vapeur et Electriques  APAVE, instituição que inspeciona
80% das caldeiras instaladas em terra, na França, geralmente aponta o "lado água"
como o responsável por cerca de 75% das explosões, dos quais 28% são em
decorrência da falta de água, 21% devidos à corrosão interna, 15% por incrustações e
11% por outros motivos.
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FIM

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