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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
DISCIPLINA: QUALIDADE DO AR
DOCENTE: DR. ÉRICO LISBOA
DISCENTE: NATASHA CIBELLI DA ROSA GOMES
NATHALIA MARIA DIAS BARBOSA
TIAGO DO SOCORRO NUNES DA SILVA

ATIVIDADE B3

Os fenômenos atmosféricos são eventos climáticos, tais como: inversão térmica,


El niño, La niña, efeito estufa, dentre outros, os quais ocorrem naturalmente, embora
possam ser intensificados pela ação antrópica. Dentro desses fenômenos, tem-se os
elementos climáticos, tais como: temperatura, radiação solar, umidade e pressão
atmosférica, os quais podem influenciar direta e indiretamente na atmosfera,
consequentemente na estabilidade da mesma. Nesse contexto, questiona-se como é
possível determinar a estabilidade atmosférica, qual sua definição e quais os fatores
influenciam na mesma, dentre outros.
Sendo assim, a estabilidade atmosférica ocorre quando há ausência de
movimentos convectivos ascendentes, isto é, variação de temperatura de um estrado de
ar ascendente ou descendente com o perfil de temperatura do ar. Além disso, pode
produzir nuvens do tipo estratiformes e também gerar névoas e nevoeiros, bem como
pode ocorrer precipitação leve e contínua e haver restrição de visibilidade. Já a
instabilidade atmosférica ocorre na presença de movimentos convectivos ascendentes
predominantemente, isto é, produz nuvens cumuliformes, as quais podem gerar
precipitação em forma de pancadas e, com exceção dos períodos de precipitação, boa
visibilidade.
Existem algumas situações de estabilidade e instabilidade, tais
como: estabilidade absoluta, a qual ocorre quando a taxa de variação da temperatura do
ambiente é menor que a taxa adiabática úmida ou saturada. A instabilidade
absoluta ocorre quando a taxa de variação de temperatura do ambiente é maior que a taxa
adiabática seca. Isto é, a parcela de ar ascendente é sempre mais quente que o ar ambiente
e continuará a subir devido a sua flutuação. Logo, essa última tenha possibilidade de
ocorrer em dias muito quentes, esta condição é geralmente confinada aos primeiros
quilômetros da atmosfera.
Na instabilidade ainda tem-se o tipo condicional, a qual ocorre quando ar úmido
ambiente tem uma taxa de variação da temperatura entre as taxas adiabáticas seca e
úmida. Nesta situação, parcela de ar ascendente é mais fria que o ar ambiente nos
primeiros 4000 m e portanto é considerada estável. Com a adição de calor latente acima
do nível de condensação por levantamento, a parcela eventualmente se torna mais quente
que o ar ambiente, sendo considera instável, pois a camada de ar continuará a subir apenas
por flutuação. Neste caso, usa-se o termo condicional, pois a camada de ar precisaria
sofrer um esforço, como uma montanha que seria um obstáculo, proporcionando essa
força externa, tornando a flutuação instável, já que a camada precisaria subir para
ultrapassá-la.
Diante desses conceitos, percebe-se que a estabilidade está diretamente ligada ao
perfil vertical de temperatura, a qual varia de acordo com as estações, localização no
globo, horários, dentre outros fatores como a altitude. Sendo assim, a estabilidade
influencia o tempo, visto que movimentos convectivos, resfriamentos, formação de
nuvens, evaporação, etc. Vale ressaltar que a taxa de dispersão de poluentes também é
influenciada.
Com relação as variações de estabilidade destacam-se: resfriamento radiativo da
superfície da Terra após o pôr do sol e, por consequência, do ar próximo à superfície;
Resfriamento de uma massa de ar por baixo quando ela atravessa uma superfície fria;
Subsidência de uma coluna de ar. E instabilidade aumenta devido aos seguintes fatores:
pela intensa radiação solar que aquece o solo e, consequentemente, o ar por baixo;
aquecimento de uma massa de ar por baixo quando ela atravessa uma superfície quente;
movimento ascendente do ar associado com convergência geral; levantamento forçado de
ar, tal como o induzido por montanhas e pelo resfriamento radiativo do topo de nuvens.

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