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UEM - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

DISCIPLINA: OPERAÇÕES UNITÁRIAS II


PROF.: OSWALDO CURTY DA MOTTA LIMA
MONITOR: DANIEL FABRÍCIO POPPI

ABS0RÇÃO

I – INTRODUÇÃO
0 problema na recuperação e separação de hidrocarbonetos leves da faixa de butanos pode ser
solucionado por destilação. Entretanto, o exame dos pontos críticos (ponto crítico representa a condição na
qual as propriedades específicas das fases líquida e gasosa em equilíbrio tornam-se iguais ou ainda, para
substâncias puras, representa a pressão e temperatura mais alta na qual o vapor e o líquido podem existir
em equilíbrio) do metano, etano, etileno, propano e propileno, por exemplo, mostra que para obtermos tais
constituintes líquidos no topo de uma coluna ou no tambor de refluxo, é necessário trabalhar em
temperaturas muito baixas e pressões muito elevadas. Assim, para o etano, cujas coordenadas críticas são
32,2ºC e 48,2 atmosferas num processo de separação por destilação deveríamos operar com pressões da
ordem de 30 atmosferas (suficientemente afastada do ponto crítico) e, consequentemente, com
temperaturas bastante baixas da ordem de 10ºC.
Preferimos, nestes casos, utilizar a ABSORÇÃO que geralmente consiste na circulação em contra
corrente numa coluna da mistura de gases e de um solvente líquido. Podemos separar os componentes
dessa mistura por absorção seletiva nesses solventes. Exemplos são a absorção de acetona do ar por
lavagem com água, de H2S e C02 em soluções de mono, di e trietanolamina, de NH3 em água, de vapor
d’água do ar por ácido sulfúrico, de benzeno, tolueno e xileno do gás de carvão em diversos óleos minerais
absorventes, de gasolina de gases naturais também em óleos absorventes, etc.

"ABSORÇÃO E A OPERAÇÃO EM QUE A TRANSFERÊNCIA DE MATÉRIA SE EFETUA


PRATICAMENTE NUM ÚNICO SENTIDO, DA FASE GÁS PARA A FASE LÍQUIDO".

A operação inversa da absorção é o esgotamento, ou dessorção (“stripping”).

II- EQUILÍBRIO

Suponhamos, para fixar idéias, a absorção do NH3 do ar em água pura, 30ºC e 760 mm Hg de
pressão total e 260 mm de Hg de pressão parcial do NH3, valor esse mantido constante. Haverá absorção
do NH3 em água até que a concentração chegue ao valor de 20 partes em peso de NH3 em 100 partes de
água. Esse ponto representa um EQUILÍBRIO e cessa aí a absorção aparente do NH3 na água. É
importante notar que o equilíbrio na absorção ou no esgotamento corresponde a um equilíbrio dinâmico; as
moléculas do NH3 dissolvido continuarão em movimento na fase líquida e na fase gasosa, mas a taxa com
a qual as moléculas do soluto deixam o líquido, ou o gás, é igual à taxa com a qual elas entram no líquido,
ou no gás.

1. Proporcionalidades das Concentrações

Em certos casos práticos a concentração de equilíbrio do gás soluto em uma fase é proporcional àquela na
outra fase. Um aspecto dessa proporcionalidade é expresso pela LEI DE HENRY, que diz que a pressão
parcial de um gás dissolvido em um líquido é proporcional à sua concentração na fase líquida. Essa lei
pode ser expressa, analiticamente, do seguinte modo:

p = H.x
onde : p = pressão parcial do gás soluto;
H = constante da Lei de Henry que deve ser determinada experimentalmente;
x = fração molar do gás soluto na fase liquida.

A validade da lei de Henry está sujeita a diversas restrições entre as quais podemos citar as seguintes:
- A lei de Henry é melhor obedecida por soluções diluídas do gás soluto na fase líquida. Gases
muito solúveis, em geral, não obedecem à lei de Henry.
- A altas pressões a lei de Henry não é obedecida. H é independente da pressão total, até
aproximadamente 5 atmosferas. Quando a pressão parcial do gás soluto é maior do que cerca de 1
atmosfera, H torna-se função dessa pressão parcial.
- 0 desvio da lei de Henry torna-se grande quando na fase líquida, o gás soluto sofre ionização,
associação, dissociação ou combinação química.

De acordo com a LEI DE DALTON: p = P.y

Onde: p = pressão parcial do gás soluto;


P = pressão total;
y = fração molar do gás soluto na fase gás.

Combinando as duas leis, temos: y = H.x / P

como a pressão total está fixada: y = H.x

onde H é uma constante de proporcionalidade linear, mas com unidades diferentes de H.

Esta última relação é valida em condições mais restritas, pois devemos levar em conta, além das
restrições impostas à lei de Henry, as da lei de Dalton e esta é tão mais obedecida quanto mais se
aproxima a fase gás de um gás perfeito.

2. Solubilidade de Gases

O sistema envolvendo uma operação de absorção ou esgotamento é tri-variante, isto é, há


necessidade de fixarmos três variáveis, tais como, a pressão total, a temperatura e a concentração do
soluto em uma das fases, para definir o estado do sistema. Existem tabelas que apresentam valores da
constante de proporcionalidade H, a diferentes temperaturas para a solubilidade de vários gases
relativamente pouco solúveis nos solventes considerados. Na realidade, além da temperatura, deveriam
tais tabelas mencionar pressão total e pressão parcial do soluto, mas para cálculos de engenharia em
pressões totais inferiores a 5 atmosferas e pressões parciais do soluto inferiores a 1atm, podemos supor H
constante para cada temperatura.

3. Absorção e reação química

Na absorção, para separação de certos gases, é algumas vezes vantajoso usar um solvente que
reaja quimicamente com o gás absorvido formando um composto que possa depois ser decomposto para
libertar esse gás. Quando temos aliado à absorção física, a reação química, em geral, não podemos
chegar a uma relação simples entre as concentrações de equilíbrio nas duas fases. Por exemplo, na
absorção de C02 em soluções aquosas de monoetanolamina, tem lugar a seguinte reação:

2R-NH2 + C02 + H2O ----> (R - NH2)2 H2C03

0 carbonato decompõe-se por aquecimento a 50ºC, liberando o C02. Esta operação recebe o nome
de LAVAGEM DO GÁS ou “SCRUBBING”.

0 objetivo na seleção de um absorvente para a lavagem de um gás é encontrar um líquido,


possivelmente uma solução, capaz de absorver o soluto em grandes quantidades sem provocar a
necessidade de elevação exagerada das pressões de equilíbrio. Podemos obter tais resultados através de
um agente químico que reaja irreversivelmente com o soluto. Porém, o custo do solvente puro é
usualmente elevado e, excetuando-se o caso do tratamento de gases com traços do soluto, é preferível, do
ponto de vista econômico escolher um solvente capaz de ser regenerado.

III – MECANISMO DA ABSORÇÃO E DO ESGOTAMENTO


0 mecanismo de ação da absorção (esgotamento) é de natureza difusível, assim como a destilação;
mas, a transferência de matéria se efetua praticamente num único sentido, do gás para o líquido (do líquido
para o gás).
Na grande maioria das operações industriais de absorção temos a transferência de massa entre
duas fases fluindo em movimento. Dois são, pois, os mecanismos de transferência de massa, um por
difusão molecular que na absorção corresponde à transferência do gás soluto através da película-gás
interface gás-líquido e película-líquido e outro que está ligado à transferência do gás soluto no seio da fase
gás e no seio da fase líquida. Em uma película, a transferência de massa tem lugar principalmente por
difusão molecular, enquanto que no seio do fluido a transferência dá-se principalmente por convecção
provocada pelo movimento do fluido. Comparando a transferência de massa com a transmissão de calor,
vemos que, a difusão molecular de massa corresponde à condução de calor, enquanto que os mecanismos
da transferência de massa por movimento de fluidos são semelhantes aos de transmissão de calor por
convecção. (Fig.34-anexo)
Como a difusão por mecanismo semelhante ao da convecção é usualmente muito maior do que a
difusão molecular, a principal resistência ao processo de transferência se localiza junto a interface.
Assim como na transferência de calor, na transferência de massa também temos uma força motriz
que da origem a tal transferência, representada pela diferença de concentração nas duas fases e
resistências, que dependerão da difusão.

1. Efeito da solubilidade do gás na força motriz

As resistências opostas à transferência de massa podem ser divididas em resistência oposta pela
fase gás e resistência oposta pela fase líquida.
No caso do gás soluto ser muito solúvel no absorvente, a resistência oposta pela fase gasosa é
quase 100% do total e, praticamente controla a absorção.
Para um gás pouco solúvel, em geral, a lei de Henry é obedecida e normalmente temos a
resistência da fase líquida predominando e controlando a absorção.

2. Operação Isotérmica e Anisotérmica

Uma unidade de absorção (esgotamento) opera normalmente à temperatura sensivelmente


constante e, neste caso, basta conhecer a solubilidade do gás soluto no absorvente nessa temperatura.
Existem porém, na prática, situações onde devemos levar em consideração aumento ou diminuição da
temperatura da fase líquida, especialmente. Na maioria dos casos essas correções são simples, desde que
disponhamos de dados que relacionem o calor desprendido ou absorvido em função da composição do
líquido.
A figura 35 (anexo) apresenta o deslocamento sofrido pela curva de equilíbrio, devido a variação de
temperatura do líquido absorvido ao longo de uma torre.
A operação sob condições não isotérmicas recebe o nome de operação anisotérmica.
Para a absorção, quanto mais baixa a temperatura, melhor, já que maior será a solubilidade do gás
na fase líquida. Evidentemente, o esgotamento ou “stripping”é favorecido por “altas” temperaturas.

IV – EQUIPAMENTO
Filtros, trocadores de calor, colunas de destilação, secadores e muitos outros equipamentos
utilizados na indústria química são costumeiramente projetados, do ponto de vista mecânico, e fabricados
por companhias especializadas na construção de equipamentos para serem posteriormente comprados
pelas firmas montadoras da unidade. Equipamentos de absorção também são montados freqüentemente,
seguindo esta norma, especialmente no caso de absorvedores com pratos com borbulhadores do mesmo
tipo de colunas de destilação. Outros tipos de absorvedores, incluindo torres com recheio e unidades
especiais são freqüentemente projetados e construídos por elementos diretamente ligados à unidade a
serem instalados. Os detalhes de construção são especificados a partir das propriedades químicas dos
fluídos a serem processados e das dificuldades de absorção que apresentarem. Como resultado da enorme
variedade de finalidades e especificações de absorvedores um grande número de tipos são construídos e
utilizados. 0 objetivo de cada projeto, entretanto, é o de permitir ou providenciar o íntimo contato do gás e
do líquido sobre uma grande superfície interfacial com baixo investimento e baixos custos operacionais e de
manutenção.
Os diferentes tipos de absorvedores podem ser genericamente agrupados em três classes:
- torres com recheio
- torres com pratos
- outros, incluindo vasos com agitação e câmaras de spray.
0 investimento inclui fundações, confecção do vaso, material de empacotamento, carga de
solvente, bomba, compressores, tubulações trocadores de calor, instrumentação e o sistema de
recuperação de solventes, se necessário. Os custos operacionais e de manutenção incluem energia para
circulação do gás e do solvente, manutenção, mão de obra, custo do vapor e da água de refrigeração,
reposição de solvente e o valor do material que não é absorvido, sendo consequentemente perdido.
1. Torres com Recheio

0 tipo mais comum de equipamento para absorção é a torre com recheio, especialmente para
operações em pequena escala. Consiste num vaso vertical apoiado numa estrutura adequada e contendo
internamente um recheio. A torre de absorção com recheio é análoga à torre de destilação recheada e o
material componente deste enchimento também é o mesmo .
A operação se efetua usualmente em contra-corrente com o solvente sendo distribuído na parte
superior do recheio, no topo da coluna e descendo através desse recheio em finas películas, enquanto o
gás, injetado na parte inferior, sobe através dos espaços vazios, entre as partículas molhadas do recheio.
Algumas torres podem atingir alturas de até 30 metros e diâmetro de até 10 metros. Como o peso
do recheio molhado em grandes torres é bastante elevado, e dada a necessidade de prever a influência dos
ventos, as fundações são geralmente maciças e custosas. É conveniente ter um diâmetro pequeno,
comparado com a altura do recheio e, no caso de termos uma relação diâmetro para altura maior do que
1/5, um cuidado especial deve ser tomado para assegurar uma distribuição adequada do gás e do líquido
escoando pelo recheio. Mesmo após ter sido uniformemente distribuído na superfície superior do recheio, o
líquido tem uma tendência de escoar preferencialmente em direção das paredes da coluna. Numa coluna
alta, então, há necessidade de dividir o recheio em várias seções com dispositivos acima de cada uma para
coletar o líquido das paredes e redistribuí-lo sobre o recheio. Em outros casos prefere-se empregar
diversas torres mais baixas em série, com o gás passando do topo da primeira para o fundo da segunda,
etc., enquanto o líquido é bombeado na direção oposta, isto é, do fundo da segunda para o topo da
primeira, etc.

1.1 Inundação

0 desempenho de uma coluna recheada está intimamente ligado aos gases e líquidos que passam
através do leito, e uma das propriedades que caracterizam esse desempenho é a perda de carga. Uma
elevada perda de carga pode ser criada por uma má arrumação do recheio, isto é, presença de seções
abertas e comprimidas no leito, quebra do recheio com formação de nova compactação, bloqueio de
espaços vazios por sólidos ou produtos de reação, etc.
Todas estas ocorrências, em adição à resistência característica de um particular recheio,
representam resistências ao escoamento dos fluidos. Tais resistências serão diferentes se houver
escoamento só de gases ou só de líquido ou escoamento simultâneo.
Para uma dada vazão de gás através de um leito com o aumento da vazão de líquido teremos
aumento da perda de carga. Nas vizinhanças do PONTO DE INUNDAÇÃO começa a ocorrer a formação
de uma camada de líquido e o gás borbulhará nesta, aumentando consideravelmente a perda de carga e
arrastando gotículas de líquido. Se a vazão do líquido e/ou do gás aumentar ocorre a inundação (“flooding”)
que é o agravamento deste fenômeno. Neste ponto a perda de carga aumenta exageradamente, ocorrem
flutuações violentas de pressão, o líquido é impedido de escoar, temporariamente, e ocorrem escoamento
intermitentes dos dois fluidos com o gás arrastando partículas líquidas.

2. Torres com Pratos

Torres com pratos são comumente empregadas nos casos onde o solvente e o gás não são
corrosivos, permitindo a construção deste dispositivos de contato em aço carbono. Seu uso foi derivado da
prática adquirida com a destilação e são operadas de maneira análoga à seção de retificação de uma
coluna de destilação para a absorção. Quando a operação é em grande escala são consideradas
usualmente mais econômicas e mais eficientes, quanto às características, operacionais, do que as colunas
com recheio. 0 gás a ser tratado entra no fundo da coluna subindo através desta e borbulhando no líquido
de cada prato, enquanto o líquido é alimentado no topo e escoa de um prato para outro através de
“downcorners" .

V - UNIDADE TÍPICA DE ABSORÇÃO E ESGOTAMENTO

A figura 36 (anexo) representa esquematicamente uma unidade típica de absorção e esgotamento.


Consiste essencialmente de duas colunas, a primeira com a finalidade de absorver o gás soluto e a
segunda de regenerar o absorvente. No caso da absorção de hidrocarbonetos leves, na primeira coluna
circulam em contracorrente o gás a fracionar (gás rico) e o óleo de absorção (óleo pobre), cuja
composição pode variar por exemplo, da nafta pesada ao gasóleo. A unidade funciona sob pressão à
temperatura sensivelmente constante:30 a 40ºC. Conforme já frisamos, a difusão é o mecanismo pelo
qual se efetua a absorção, com transferências de matéria no sentido único do gás para o líquido.
Os elementos mais pesados do gás rico são absorvidos pelo óleo, isto é, condensam-se e
dissolvem-se. No topo da coluna obtemos o gás pobre, isento dos componentes pesados e, no fundo o
óleo contendo os hidrocarbonetos absorvidos. A quantidade absorvida é : tanto maior quanto mais baixa
for a temperatura, mais elevada a pressão e mais leve o óleo. O óleo rico a seguir é enviado ao topo de
uma coluna de "stripping" onde, por injeção de vapor d’água no fundo, são revaporizados os
hidrocarbonetos absorvidos que saem pelo topo juntamente com o vapor d’água. 0 óleo regenerado (óleo
pobre) é reciclado ao topo da coluna de absorção. A recuperação por "stripping" das frações absorvidas é
favorecida por baixa pressão, por temperatura elevada e pela escolha de um óleo de absorção pouco
volátil, de caraterística suficientemente diferente da das frações pesadas do gás rico. Estas duas
operações, absorção e “stripping” tem, portanto, características opostas. Para completar a unidade
prevemos trocadores de calor nos circuitos do óleo pobre e do óleo rico como está indicado na figura 35.
Em alguns casos, a recuperação da fração absorvida poderá ser efetuada numa coluna de
destilação clássica com refervedor desde que o óleo de absorção seja suficientemente leve e resista ao
ciclo térmico de reaquecimento e resfriamento sucessivo.

Fatores que Influem na Absorção

A recuperação por absorção depende essencialmente de dois parâmetros:


- número de estágios teóricos;
- fator de absorção elevado.
0 fator de absorção representa uma relação entre as vazões de óleo e de gás , variando para cada
componente. Para uma certa vazão de gás é interessante o maior número de moléculas de óleo de
absorção; como o fator de absorção deve ser elevado, convém escolher um óleo leve, com baixo peso
molecular. Esta escolha apresenta ainda a vantagem de melhorar a eficiência dos pratos (numa torre de
pratos), pois esta é bastante sensível à viscosidade. Por outro lado, uma grande volatilidade do
absorvente pode acarretar uma perda de óleo considerável por arraste pelo gás pobre.

Fatores que Influem no "Stripping"

Analogamente, a recuperação por "stripping" depende dos mesmos parâmetros que a absorção:
- número de pratos teóricos;
- fator de “stripping “ elevado (inverso de fator de absorção).
Neste caso, a vazão de vapor d’água injetada condiciona diretamente a recuperação, mas não se
deve ultrapassar um certo limite econômico, pois uma alta vazão requer grandes diâmetros, além de que
o aumento de recuperação é pequeno após um certo limite. No caso de circularmos um óleo muito leve,
corremos o risco de ter perdas consideráveis por arraste.
Afirmamos anteriormente que a pressão baixa favorece o “stripping”, mas convém lembrar que ela
deve ser suficiente para se condensar a fração recuperada no topo da coluna.

a
OBS : Torres recheadas ‘x’ Torres de pratos ( Perry, 5 edição, pg. 14-13 ; 18-19)

*Torres Recheadas:

- Operações à vácuo: ∆p’s mais baixos com contato G/L adequado;


- Líquidos espumantes: operação mais satisfatória;
- Menor retenção de líquido: líquidos termicamente sensíveis – evitar reações paralelas indesejáveis ;
- Mais adequadas com substâncias corrosivas aos materiais usuais (podem utilizar recheios
cerâmicos, plásticos, vidro, madeira,...);
- Normalmente são mais baratas para colunas pequenas (diâmetro < ou = a 2 ft).

*Torres de Pratos

- Necessidade de resfriamento interno ‘x’ calor de solução (inclusão de serpentina de resfriamento


nos pratos);
- Operação com taxas elevadas de líquido (maior economia);
- Operação com elevado número de pratos teóricos / unidades de transferência (evitar caminhos
preferenciais & necessidade de redistribuição do líquido ‘x’ recheio);
- Melhorar o contato G/L para taxas reduzidas de escoamento do líquido, pela retenção de certa
quantidade de líquido nos pratos (evitar a molhagem incompleta do recheio / redução da eficiência do
recheio);
- Operação mais adequada quando na presença / necessidade de limpeza de sólidos (limpeza dos
pratos via janelas de vista ‘x’ esvaziamento total do recheio);
- Peso menor ‘x’ mesma tarefa; principalmente quando o recheio for sujeito a quebra ou
esmagamento (enchimento ou ação térmica), necessitando de sustentação em níveis intermediários para
colunas altas (→ custo (↑)) .

ANEXOS

Figura 34 – gradiente das concentrações perto da interface gás-líquido.

modificação na curva de equilíbrio para levar em conta o calor de dissolução do NH3 em H2O

300

250
pressão parcial / NH3 ( mm. Hg)

200

150

100

50

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12
X NH3 ~ H2O

Figura 35 – Modificação da curva de equilíbrio.

A curva superior é a curva de equilíbrio corrigida da elevação de temperatura provocada pelo calor
o o
de solução. Água entrando a 20 C. A curva inferior é a curva de equilíbrio à 20 C.
Figura 36 – Esquema de uma unidade típica de absorção e esgotamento.

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