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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ISADORA DORNELAS (2023061053)


LARA EMILIA QUEIROZ (2023061215)
MARIA LUIZA ANDRADE (2023061096)
NAUALLY ÁVILA (2023061134)
PIETRA AMARAL (2023061649)

ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL PARA ENGENHARIA


Exercício de Revisão para a Prova

Belo Horizonte - MG
Novembro 2023
Trabalho de revisão de OIE

1) Escreva as principais características do Taylorismo e como essas características


foram adotadas no Fordismo.

R: O Taylorismo foi um modelo de produção caracterizado pelas seguintes características:


racionalização do trabalho a partir da especialização de funções produtivas, produção em
massa, controle de qualidade, subordinação do trabalho à gerência, minimização de custos e
de tempo de produção, existência de estoques. Essas características foram amplificadas pelo
Fordismo, na medida em que, nesse modelo, o trabalho, além da semelhança com o modelo
Taylorista, é realizado segundo a eficiência das máquinas e esteiras instaladas nas fábricas.
Além disso, o Taylorismo teve como legado, que influenciou o modelo Fordista, as seguintes
características: planejamento do trabalho e produção, preparação dos trabalhadores de acordo
com suas funções específicas, controle do trabalho dos operários e disciplina trabalhista.

2) Diferencie a abordagem voltada para o ser humano da Escola das Relações Humanas
e do Modelo Sócio-técnico.

R: Na Escola de Relações Humanas (ERH) o ser humano é muito valorizado, tudo isso
acreditando que quando o funcionário se sente bem com suas condições de trabalho, isso o
motiva, ocasionando, assim, uma maior produtividade. E isso é extremamente positivo para a
empresa. Um ponto importante da Escola de Relações humanas são as questões psicológicas
e de comportamento humano, onde os supervisores têm um papel importante de estarem
sempre motivando os funcionários e, além disso, as interações interpessoais.
O modelo sociotécnico é uma abordagem que foca nas condições sociais de trabalho e, além
disso, visa promover uma melhor interação entre os trabalhadores (grupos) e também o uso
de tecnologia por eles. Assim como na ERH, a Escola Sociotécnica prevê uma autonomia dos
trabalhadores (organização flexível).
Assim, a principal diferença entre essas duas organizações é que a Escola Sociotécnica visa
os aspectos técnicos das organizações e destaca isso com algo tão importante quanto os
aspectos sociais para que haja um melhor desempenho e na produção e a satisfação dos
trabalhadores. O que não ocorre na Escola de Relações humanas.
3) A inovação e o pensamento estratégico são características da indústria 4.0, você acha
que o impacto disso foi capaz de acabar com o modelo de fábrica antigo? Por que?

R: A Indústria 4.0 trouxe consigo um emaranhado de recursos tecnológicos de ponta e tem


promovido diversas inovações em diversos âmbitos, e também nos chãos de fábricas. Ela
traz como principais características a descentralização de processos, a virtualização de
sistemas e a versatilidade. Essas grandes inovações tem mudado todo o setor produtivo e as
formas de produção, melhorando a qualidade dos produtos e otimizando os processos
produtivos.
Com toda certeza a chamada Quarta Revolução Industrial, ocasionou profundas
transformações nos modelos de fábricas e nas formas de produzir. Mas, não acredito que
tenha acabado totalmente com o modelo de fábrica antigo. Isso porque muitas empresas se
encontram em estágios diferentes dessa Revolução, pois não se trata de uma mudança integral
que ocorre da noite para o dia, o Brasil mesmo caminha a passos lentos, pois é fundamental
promover ações para melhorar a formação e a capacitação da mão de obra para trabalhar em
ambiente de alta tecnologia. Além disso, é importante dizer que em alguns contextos as
abordagens antigas se fazem necessárias.

4) O modelo Toyota trouxe novas formas de produção nas indústrias metalomecânicas


regionais da época? Quais são as principais medidas e como elas impactam no sistema
de produção? Como elas foram adaptadas no modelo sócio-técnico?

R: O Sistema Toyota de Produção surgiu a partir da necessidade de se produzir diversos


automóveis diferentes e em pequena escala, estando em uma mesma linha de montagem.
Toyota visava sempre melhorar a produtividade e a qualidade dos processos de produção e
evitar desperdícios. O modelo Toyota de produção e suas grandes inovações influenciaram e
promoveram mudanças significativas em diversas indústrias, assim como nas indústrias
metalomecânicas.
Algumas medidas que impactaram o sistema de produção foram:
● Parada das máquinas quando algo dava errado, a fim de evitar grande produção de
produtos com defeitos;
● Just In Time: como uma forma de evitar o desperdício, esse método previa a produção
no momento certo e sem gerar estoques;
● Supermercado de peças;
● Sistema Kanban: é método criado para programar a produção a partir do uso de
cartões informativos (Cartões Kanban);
● Aumentar a produtividade com baixo custo, grande variedade de produtos com
estoques reduzidos e evitando desperdícios. Foco na necessidade.
● Produção sob demanda / Produção enxuta;
● Kaizen: Melhoria contínua, adoção de práticas enxutas (aprimoramento de processos
internos) na área de serviço;
● poka yoke: Prevenção de defeitos.
● Heijunka: Se trata de um balanceamento da produção. A cada momento passa um
modelo diferente de carro na linha de produção.

No modelo sócio-técnico, as práticas do Sistema Toyota de Produção foram adaptadas para


considerar não apenas os aspectos técnicos, mas também os sociais e organizacionais. Isso
inclui o envolvimento dos trabalhadores no processo de melhoria contínua, a promoção de
equipes multifuncionais e a criação de um ambiente de trabalho que valoriza a colaboração e
a comunicação aberta.

5) O que é uma organização sustentável, e como associar a sustentabilidade com a


flexibilidade das organizações hoje em dia?

R: Uma organização sustentável é aquela que busca meios de proteger o meio ambiente e
praticar ações que visem um futuro melhor para o planeta. Além disso, não visam somente o
lucro e sim, tentam equilibrar as atividades econômicas, sociais e ambientais na empresa. Ou
seja, são empresas ambientalmente responsáveis. A fim de seguir essa proposta sustentável,
muitas empresas se baseiam nos pilares do ESG (Environmental, Social and Governance) que
dialoga sobre a interação da geração de valor econômico da empresa aliada com as
preocupações a respeito de questões ambientais e sociais. No entanto, muitas empresas usam
essa proposta apenas para melhorarem sua reputação e prospectar clientes.
A flexibilidade das organizações são caracterizadas pela capacidade de mudança de estado do
sistema produtivo bem como ao tempo que se leva para que essa mudança ocorra e também
as constantes melhorias após essa mudança (deve ser ágil, adaptável e capaz de responder
rapidamente às mudanças no ambiente de negócios). Assim, apesar de possuir muitos aspecto
positivos a Flexibilidades das organizações pode afetar negativamente o meio ambiente pois
com o constante desenvolvimento das empresas e adoção de técnicas que as tornam flexíveis
a oferta constante de novos produtos tende a aumentar de forma rápida e intensa,
promovendo uma necessidade regular da troca desses produtos e assim seu ciclo de vida fica
cada vez menor. Isso impacta negativamente o meio ambiente pois gera um grande acúmulo
de lixo e intenso consumo de matérias primas.
Dessa maneira, associar sustentabilidade com flexibilidade, nas organizações pode gerar
diversos benefícios para as empresas. Uma maneira de associar isso seria criar planos de
coletas de lixo para realizar o devido descarte dos produtos que não são mais utilizados e ou
um projeto de troca dos produtos usados por novos e, além disso, prezar por materiais que
possam ser reutilizáveis.

6) Dentre as estruturas organizacionais representadas pelos organogramas, vistos em


sala, diferencie, citando as principais características relacionadas à Estruturas
Funcionais, Estruturas por Processos, Estruturas Matriciais (balanceada, forte e fraca).

Estrutura funcional:
● A empresa é dividida em departamentos;
● Valoriza a especialização (cada funcionário é especialista em sua área);
● Há uma hierarquia.
● comunicação vertical (recorre ao seu superior imediato);

Estrutura Por Processos:


● Foco nos processos (a empresa se organiza baseando-se em cada projeto; formam
equipes que trabalham temporariamente um um projeto específico);
● Flexibilidade (atende aos parâmetros de flexibilidade);
● Comunicação horizontal;
● Evita padronização e supervisores (coordenação informal, conduzida pelos próprios
trabalhadores).

Estrutura Matricial: Possui estrutura similar a uma matriz, como o próprio nome remete.
Nessa estrutura formam-se equipes.
● Junção da estrutura matricial e por processos (possui departamentos funcionais, mas
também possui uma estrutura transversal formalizada, criada a partir de um processo
que se sobrepõe aos departamentos);
● Dupla cadeia de comando (possui gerentes funcionais e gerentes da plataformas de
produtos);
● Flexibilidade.

- Matricial Fraca:
● Os gerentes funcionais são quem possuem mais autoridade;
● Os gestores de projetos são quem possuem menos poder na tomada de
decisões.
- Matricial Balanceada:
● O chefe do departamento e o gestor de projetos possuem a mesma
autoridade.
- Matricial Forte:
● O gestor de projetos é que tem maior poder de decisões.

7) Pesquise na plataforma YOUTUBE um processo produtivo industrial:


a) Apresente a fonte desse processo produtivo (link, endereço eletrônico do mesmo)
Processo volvo de produção de caminhões
b) Faça o seu fluxograma do processo produtivo selecionado.
c) Após isso, escolha um setor e desenhe o fluxograma vertical, justifique também a
escolha desse setor.
O setor de montagem final foi escolhido devido seu fator de englobar outros processos
prévios e por ser decisivo e de alta importância e influência na interação entre cliente e
expectativas.
d) Esboce o mapa de fluxo de valor do processo produtivo.

Os valores dos dados são valores estimados e genéricos. Para obter informações mais
precisas, é recomendável entrar em contato diretamente com o fabricante do caminhão ou a
instalação de produção específica para obter detalhes sobre os tempos de ciclo reais para o
modelo específico.
Para melhor visualização

8) Qual a diferença de Eficiência, Efetividade e Eficácia no contexto organizacional?


Qual a diferença de produção empurrada para produção puxada e quais dos modelos
representam esses tipos de produção?

● Eficiência: Refere-se à capacidade de realizar uma tarefa ou atividade com o


menor desperdício de recursos, como tempo, dinheiro e esforço. Exemplo:
Uma organização é eficiente se consegue produzir bens ou serviços com
custos baixos e sem desperdícios;
● Efetividade: Relaciona-se com a capacidade de atingir os objetivos e metas
estabelecidos. Uma organização é efetiva quando alcança os resultados
desejados.Exemplo: Se a meta de uma empresa é aumentar a satisfação do
cliente em 10%, a efetividade é alcançada quando essa meta é atingida;
● Eficácia: Refere-se à capacidade de atingir os resultados desejados ou
esperados. É a medida do quão bem uma organização alcança seus
objetivos.Exemplo: Se uma empresa estabelece a meta de aumentar as vendas
em 15%, a eficácia é alcançada quando a meta é atingida.

A diferença entre produção empurrada e produção puxada está relacionada à gestão de


estoques e ao fluxo de produção.

● Produção Empurrada: É um modelo em que a produção é impulsionada pela


previsão de demanda. Os produtos são fabricados com base em estimativas de
quanto será necessário e são "empurrados" para o próximo estágio do processo
de produção.Exemplo: Uma fábrica produz uma grande quantidade de um
item com base em previsões de vendas, independentemente de haver demanda
imediata. Isso pode levar a excesso de estoque se as previsões forem
imprecisas;
● Produção Puxada: É um modelo em que a produção é acionada pela demanda
real do cliente. Os produtos são fabricados apenas quando há uma ordem real
ou uma necessidade perceptível no final do processo.Exemplo: Uma empresa
inicia a produção de um item somente quando um cliente faz um pedido
específico. Isso reduz o risco de excesso de estoque, pois a produção é
alinhada com a demanda real.

9) A fabricação do acrílico pode ser vista em:


https://www.youtube.com/watch?v=7xL7yZPFpzE&t=15s. (Situação fictícia) Uma
fábrica utiliza placas de acrílico transparente para revestimento de cobertura. O
processo produtivo consome 480 placas para produção dos toldos (sendo 3 para cada
toldo). Para cada produção de toldo, há um custo de setup, ou preparação de máquinas,
o que custa $180 à empresa. Cada peça custa R$360,00. O custo de armazenamento
anual é estimado de 30% do custo de cada unidade. Qual o lote econômico que
minimiza os custos totais de pedido da fábrica?

O lote econômico de produção (EOQ - Economic Order Quantity) é uma fórmula utilizada
para determinar a quantidade ideal de pedido que minimiza os custos totais de produção e
armazenamento. A fórmula para o EOQ é dada por:
2𝐷𝑆
𝐸𝑂𝑄 = ℎ

D é a demanda anual (quantidade de placas necessárias para a produção anual de toldos), S é


o custo de setup por pedido, e H é o custo de armazenamento anual por unidade.
Para calcularmos a demanda atual , D= quantidade de toldos produzidos anualmente X
quantidade de placas por toldo, logo, D= 480/ano X 3 placas/toldos= 1440 placas.
Substituindo na fórmula:
2𝑋180𝑋1440 648000
EOQ= 0,3𝑋360
→ 108
→ 6000 ≈77, 46

O lote econômico que minimiza os custos totais de pedido da fábrica é aproximadamente 77


placas. Portanto, a fábrica deve fazer pedidos de aproximadamente 77 placas de acrílico cada
vez para minimizar os custos totais de produção e armazenamento.

10) Descreva em ordem de linha do tempo até os tempos atuais:


a) As revoluções industriais
Primeira Revolução Industrial (final do século XVIII e início do século XIX):

● Período: Aproximadamente de meados do século XVIII até meados do século


XIX.
● Principais Características:
● Introdução da máquina a vapor;
● Desenvolvimento da indústria têxtil;
● Transição da produção artesanal para a produção em fábricas;
● Crescimento das cidades industriais.

Segunda Revolução Industrial (final do século XIX até o início do século XX):
● Período: Final do século XIX até a Primeira Guerra Mundial.
● Principais Características:
● Avanços na produção de aço e eletricidade;
● Expansão dos setores químico e petroquímico;
● Desenvolvimento da produção em massa;
● Surgimento de linhas de montagem.

Terceira Revolução Industrial (meados do século XX até o final do século XX):

● Período: Meados do século XX até as últimas décadas do século XX.


● Principais Características:
● Automação e uso crescente da eletrônica;
● Desenvolvimento da tecnologia da informação;
● Surgimento da computação e dos computadores pessoais;
● Crescimento da indústria de telecomunicações.

Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0 (a partir do final do século XX até os


tempos atuais):

● Período: Final do século XX até os tempos atuais.


● Principais Características:
● Integração de tecnologias digitais, como Internet das Coisas (IoT),
inteligência artificial e big data;
● Automação avançada e interconectividade de sistemas;
● Ênfase na personalização e produção sob demanda;
● Transformações significativas nos setores de manufatura, serviços e
logística.

b)Os modelos de organização do trabalho e as suas principais críticas

Artesanal/Manufatura Tradicional (Antes da Revolução Industrial):


● Características:
- Produção manual e personalizada;
- Trabalhadores altamente qualificados;
- Baixa produção em massa.
● Críticas:
- Limitações na escala de produção;
- Dependência de habilidades artesanais individuais.
Taylorismo (Final do século XIX):
● Características:
- Padronização de tarefas e divisão do trabalho;
- Ênfase na eficiência e na redução de custos;
- Introdução de métodos científicos para otimizar o desempenho.
● Críticas:
- Alienação e monotonia para os trabalhadores;
- Desumanização do trabalho.
Fordismo (Início do século XX [1914]):
● Características:
- Linha de montagem e produção em massa;
- Introdução de salários mais altos e redução da jornada de trabalho;
- Ênfase na eficiência e na produção em larga escala.
● Críticas:
- Trabalho repetitivo e monótono;
- Abordagem mecanicista e desumanizada.

Teoria de Fayol (Início do século XX [1916]):


● Características:
- Princípios gerais da administração, como unidade de comando e centralização;
- Ênfase na hierarquia e na estrutura organizacional.
● Críticas:
- Ênfase excessiva na hierarquia pode levar a rigidez;
- Abordagem mais voltada para a gestão do que para o trabalho em si.
Escola de Relações Humanas (Décadas de 1920 e 1930):
● Características:
- Destaque para as relações sociais e psicológicas no trabalho;
- Reconhecimento da importância da motivação e da satisfação dos trabalhadores.
● Críticas:
- Algumas críticas apontam para uma abordagem ingênua e simplista das relações humanas
no trabalho.
Modelo Japonês/Toyotismo (Décadas de 1950 e 1960):
● Características:
- Ênfase na qualidade total;
- Envolvimento dos trabalhadores na tomada de decisões;
- Produção just-in-time e gestão da qualidade.
● Críticas:
- Algumas práticas podem ser culturalmente específicas;
- Implementação desafiadora em contextos culturais diferentes.
Teoria Sociotécnica/Volvismo (Décadas de 1960 a 1980):
● Características:
- Ênfase na interação entre as variáveis sociais e técnicas no ambiente de trabalho;
- Reconhecimento de que o desempenho eficaz depende da integração adequada de pessoas e
tecnologia.
● Críticas:
- Pode ser desafiador de implementar em ambientes altamente especializados ou onde a
tecnologia é altamente complexa.
Teletrabalho/Trabalho Remoto (Décadas de 2000 em diante):
● Características:
- Uso de tecnologias de informação para permitir trabalho fora do local tradicional;
- Maior flexibilidade de horários.
● Críticas:
- Isolamento social para alguns trabalhadores;
- Desafios na definição de limites entre trabalho e vida pessoal.
Organização Baseada em Plataformas Digitais (Década de 2010 em diante):
● Características:
- Trabalho baseado em projetos por meio de plataformas online;
- Freelancers e trabalhadores autônomos conectados globalmente.
● Críticas:
- Falta de estabilidade e benefícios para alguns trabalhadores;
- Desafios na proteção dos direitos trabalhistas.

c) As formas de trabalho
Caça e Coleta (Pré-história):
● Características:
- Sociedades baseadas na subsistência por meio da caça, pesca e coleta;
- Divisão natural do trabalho com base em habilidades e idade.
Agricultura e Sociedades Agrárias (Antiguidade):
● Características:
- Transição para a agricultura, levando à formação de sociedades agrárias;
- Desenvolvimento de uma divisão mais especializada do trabalho;
- Surgimento de sistemas de servidão e trabalho escravo.
Artesanato e Guildas (Idade Média):
● Características:
- Produção manual em pequena escala;
- Organização em guildas para regulamentar o trabalho e proteger interesses dos artesãos.
Revolução Industrial (Século XVIII e XIX):
● Características:
- Transição para a produção em massa em fábricas;
- Introdução de máquinas e tecnologias na produção;
- Condições de trabalho desafiadoras e longas jornadas.
Trabalho Assalariado Industrial (Século XIX e Início do Século XX):
● Características:
- Expansão do trabalho assalariado nas fábricas;
- Crescimento de sindicatos e movimentos trabalhistas;
- Luta por direitos trabalhistas e condições de trabalho melhores.
Sociedade de Consumo e Serviços (Meados do Século XX):
● Características:
- Crescimento do setor de serviços;
- Aumento do trabalho em escritórios e indústrias de tecnologia;
- Desenvolvimento de uma economia de consumo.
Globalização e Trabalho Flexível (Final do Século XX e Início do Século XXI):
● Características:
- Avanços nas comunicações e tecnologia permitem o trabalho remoto;
- Aumento da flexibilidade no local e horário de trabalho;
- Expansão de formas de trabalho temporário e freelancers.
Era Digital e Gig Economy (Década de 2010 em diante):
● Características:
- Aumento de plataformas digitais para trabalho freelance e sob demanda;
- Crescimento da gig economy, onde trabalhadores realizam trabalhos temporários e flexíveis;
- Ênfase na economia do conhecimento e na tecnologia.
Trabalho Híbrido (Década de 2020 em diante):
● Características:
- Aceleração do trabalho remoto devido à pandemia;
- Crescimento de modelos de trabalho híbridos, combinando presença no escritório e trabalho
remoto;
- Maior ênfase na flexibilidade e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

d)A variação de layout de processo produtivo

Layout por Produto (Início do Século XX):


● Características:
- Organização do processo produtivo em torno de produtos específicos;
- Linhas de montagem dedicadas a um tipo ou família de produtos;
- Eficiência na produção em massa de itens semelhantes.
Layout por Processo (Décadas de 1920 e 1930):
● Características:
- Organização do processo de produção com base nas etapas do processo;
- Fluxo contínuo que permite a produção de diversos produtos;
- Flexibilidade para lidar com uma variedade de produtos.
Layout Celular (Décadas de 1960 e 1970):
● Características:
- As estações de trabalho são organizadas em células que atendem a diferentes produtos ou
famílias de produtos;
- Maior autonomia nas células, permitindo agilidade e eficiência;
- Redução de movimentação desnecessária de materiais e estoques.
Layout Posicional ou Fixo (Décadas de 1970 e 1980):
● Características:
- O produto permanece em uma posição fixa;
- Os recursos e trabalhadores são deslocados até o produto;
- Comum em projetos de construção, fabricação de grandes estruturas ou produtos
especializados.
Layout Design (Décadas de 1990 em diante):
● Características:
- O layout é planejado de acordo com os princípios de design e a criatividade;
- Considera aspectos estéticos, ergonômicos e funcionais;
- Busca otimizar a experiência do usuário e a eficiência do espaço de trabalho.

e)As complexidades dos organogramas estruturais

Organizações Tradicionais (Até meados do século XX):


● Características:
- Estruturas hierárquicas e burocráticas;
- Organogramas rígidos e verticais;
- Linhas de comunicação formais e estritas.

Era Industrial e Organizações Funcionais (Início do século XX):


● Características:
- Divisão do trabalho por funções específicas;
- Organogramas refletindo a especialização funcional;
- Estruturas organizacionais mais verticais.
Descentralização e Matrizes (Décadas de 1960 e 1970):
● Características:
- Aumento da descentralização e delegação de autoridade;
- Introdução de organogramas matriciais;
- Maior flexibilidade e coordenação entre unidades.
Reengenharia e Processos (Décadas de 1980 e 1990):
● Características:
- Ênfase na reestruturação e simplificação de processos;
- Redefinição de organogramas para refletir processos em vez de funções;
- Busca por eficiência e redução de custos.
Organizações em Rede e Virtualização (Décadas de 1990 e 2000):
● Características:
- Crescimento de organizações em rede;
- Organogramas virtuais refletindo colaboração remota;
- Aumento da flexibilidade e agilidade.
Era Digital e Modelos Colaborativos (Década de 2010 em diante):
● Características:
- Adoção de tecnologias colaborativas e plataformas digitais;
- Organogramas refletindo equipes multifuncionais e colaborativas;
- Maior ênfase na inovação e na resolução de problemas complexos.
Trabalho Remoto e Organizações Adaptativas (Década de 2020 em diante):
● Características:
- Resposta à ascensão do trabalho remoto;
- Organogramas flexíveis para acomodar modelos de trabalho híbridos;
- Uso intensivo de tecnologias de comunicação virtual.
Inteligência Artificial e Automação (Década de 2020 em diante):
● Características:
- Integração de inteligência artificial e automação;
- Impacto nos papéis organizacionais e nas estruturas hierárquicas;
- Adaptação contínua para otimizar a colaboração humano-máquina.

11) Conceitue as principais dimensões da produção: Volume, variedade, variação de


demanda e visibilidade.

R: Volume: impacta na organização da produção, interferindo no grau de repetição de tarefas


e sistematização do trabalho.
Variedade: está associada à parte produtiva como mix de produção. Trata-se da definição de
serviços ou produtos oferecidos pela produção. Reflete o grau de flexibilidade produtiva.
Variação de demanda: Definição da previsão de demanda, que nem sempre é estável. A
variação deve-se a falhas e ao motivo de que o mercado é dinâmico.
Visibilidade: significa quanto das atividades de uma operação é percebido pelo consumidor
ou quanto da operação é exposto aos consumidores.
12) O que é o gráfico de Pareto e como elaborá-lo e em que situações ele é utilizado?

R: O gráfico de Pareto é feito de colunas que ordena as frequências, de forma decrescente,


das ocorrências, o que permite a localização de problemas e a eliminação de futuras perdas.
Ele apresenta um conceito de que 80% das consequências são resultado de 20% das causas.
Para elaborá-lo é necessário antes de tudo identificar qual problema será analisado, a partir
disso é necessário fazer a coleta de dados e a classificação dos problemas, após isso é só
montar o gráfico. Ele normalmente é utilizado na gestão da qualidade, priorizando ações de
melhoria para a empresa.

13) Para que serve o diagrama de Ishikawa? Quais os 7 tipos de desperdício observados
no sistema Lean de produção?

R: Ele é um diagrama que ajuda as pessoas a identificar possíveis causas raízes de um


problema. O sistema de Lean aponta 7 desperdícios em uma linha de produção, esses são:
1 - Tempo de espera;
2 - Defeito;
3 - Transporte;
4 - Movimentação;
5 - Estoque;
6 - Superprodução;
7 - Superprocessamento;

14) O que é tempo Takt? Lead Time? Tempo de ciclo? Heinjunka? Poka-yoke e jidoka?
Kanban? 5S? kaisen?

Tempo Takt é tempo necessário para a produção de uma peça completa, ou seja 1 ciclo
completo.
Lead Time é o tempo de espera entre o pedido e a entrega para o consumidor (tempo total).
Tempo de ciclo: Tempo de produção\número de unidades produzidas.
Heinjunka: balanceamento da produção. Nivelamento de acordo com o tipo e a quantidade de
produção durante um dado período de tempo.Isso permite que as demandas sejam atendidas
de maneira eficiente
Poka-yoke: sistema de prevenção de falhas
Jidoka: Sistema de detecção de falhas (parada de máquinas).
Kanban: Sistema de controle e gestão de fluxo de produção (registro de tarefas e ações) a
partir de cartões (simbologias visuais).
5S: Método de organização estrutural que preza pela garantia de : limpeza, organização,
disciplina, padronização e senso de utilização no ambiente de trabalho. Esse método visa
proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro, produtivo e motivador.
Kaizen: Filosofia japonesa de aprimoramento contínuo, que busca a eficiência máxima em
qualquer processo.

15) Quais são os tipos de Valor dado a um produto? E qual a diferença de desperdício e
perda?

R: Existem diversos tipos de valores que se pode atribuir a um produto, alguns deles são:
valor funcional; valor social; valor de custo-benefício; valor de marca; valor de inovação e
entre diversos outros.
A diferença entre desperdício e perda é que a perda acontece antes dos produtos chegarem
aos consumidores, ou seja, antes de ser comercializado, já o desperdício acontece no final da
cadeia produtiva, a partir da venda do produto.

16) Qual a diferença de estratégia por processo, estratégia por conteúdo e estratégia por
prática?

R: A estratégia por conteúdo tende a se preocupar mais com o produto final do processo de
desenvolvimento da estratégia, ela compreende um conjunto de ideias e as sua inter-relações,
já a estratégia por processo contempla a dinâmica envolvida na implantação e concepção, ou
seja, o seu principal interesse é como o processo influencia o conteúdo de estratégias e
vice-versa. Por último, a estratégia por prática vai enfatizar o campo das práticas, então
enquanto os diversos processos estão mais conectados com o tempo, a estrutura e as
operações, a prática vai se vincular mais com as práticas sociais, conhecimento e a
linguagem.

17) Quais os tipos de paradigmas (visão) dentro da estratégia organizacional? Como as


5 forças de Poter podem atuar nas organizações hoje em dia?
R; Os 3 paradigmas da gestão de uma estratégia organizacional são compostos por: modelo
racional (desenvolvimento da estratégia); modelo evolucionário (adaptação aos ambientes
internos e externos); e o modelo processual (ciclo de aprendizado).
As 5 forças de Poter podem atuar nas organizações servindo de diferencial no mercado,
dando qualidade e resultados para a empresa que os utiliza, o cliente vai preferir buscar uma
agência por esses diferenciais e não mais por uma questão somente de custo.

18) O que significam as siglas: B2B, B2C, B2G, B2B2C, VRIO, SWOT?

R: B2B: empresas que vendem soluções a outras organizações.


B2C: tipo de transação realizada entre uma empresa e o consumidor final.
B2G: negociações entre empresas e governo (geralmente passam por um processo de
licitação)
B2B2C: transação entre empresas visando uma venda para o consumidor final. Por exemplo:
uma empresa x anuncia seu produto na plataforma de outra empresa Y (Amazon, por
exemplo), buscando vender a mercadoria para o consumidor final.
VRIO: valor, raridade, imitabilidade e organização; são critérios acerca de um produto, que
conferem vantagem competitiva a uma empresa. Valor: recurso que protege a empresa de
ameaça do mercado, ajuda a empresa a aproveitar oportunidades de mercado ou torna o
produto ou serviço mais atrativo para os clientes. Raridade: Poucas empresas têm acesso ao
recurso em questão. Imitabilidade: grau de dificuldade para copiar um determinado recurso
(custo, marca registrada e patente). Organização: ordem, procedimentos, ajustes que
permitam o uso de recursos pela empresa.
SWOT: técnica utilizada para identificar forças (iniciativas internas que estão com um bom
desempenho), oportunidades (resultados de forças e fraquezas que colocam a empresa em
uma melhor posição competitiva), fraquezas (inciativas internas que estão com um
desempenho abaixo do esperado) e ameaças(áreas- externas ou internas à empresa - que pode
causar problemas) de um projeto ou plano de negócios.

19) O que é inovação? Quando e como ela acontece? Quais os tipos de inovação
existentes?
R: Inovação é a exploração de novas ideias com sucesso e que agregue valor, o que envolve
novas tecnologias,e aplicações tecnológicas na geração de melhores produtos e serviços,
processos de produção novos, mais eficientes e limpos, além de novos modelos de negócio. O
“Radar da Inovação”, proposto por pesquisadores da Northwestern University aponta 4
dimensôes para a inovação: o que é oferecido, quais são os clientes servidos pela inovação,
quais os processos empregados e quais os pontos de mercado atingidos pela inovação
(presença). São 12 os tipos (ou dimensões) da inovação : Ofertas, Plataforma, Soluções,
Consumidores, Experiência do consumidor, Captação de valor, Processos, Oreganização,
Cadeia de suprimento, Presença. Rede, Marca.

20) Questão Extra: Sobre o que tratam as séries de ISO 9000, 14000, 17000, 26000,
56000?

R: As séries ISO mencionadas se tratam de diversos conjuntos de normas que oferecem


diretrizes para ajudar as organizações a atingir padrões reconhecidos internacionalmente em
áreas-chave de gestão, qualidade, sustentabilidade, responsabilidade social e inovação.
Descrevendo cada uma mais detalhadamente, temos:

ISO 9000: Sistemas de Gestão de Qualidade

● Objetivo: Estabelecer critérios e diretrizes para sistemas de gestão da


qualidade em organizações;
● Foco: Melhoria contínua da qualidade, satisfação do cliente e eficiência
operacional.

ISO 14000: Sistemas de Gestão Ambiental

● Objetivo: Estabelecer critérios e diretrizes para sistemas de gestão ambiental


em organizações;
● Foco: Redução do impacto ambiental, conformidade legal e compromisso com
a sustentabilidade.

ISO 17000: Avaliação da Conformidade

● Objetivo: Fornece diretrizes gerais para a avaliação da conformidade;


● Foco: Padronização de processos relacionados à avaliação da conformidade,
garantindo a confiança nos resultados.

ISO 26000: Responsabilidade Social

● Objetivo: Oferecer diretrizes para a implementação de responsabilidade social


nas organizações;
● Foco: Sustentabilidade, ética nos negócios, respeito pelos direitos humanos e
contribuição para o desenvolvimento sustentável.

ISO 56000: Inovação

● Objetivo: Fornece diretrizes para a gestão da inovação em organizações;


● Foco: Estimular a inovação como uma prática sistemática, promovendo a
competitividade e a sustentabilidade a longo prazo.

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