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A UTILIZAÇÃO DO LAYOUT COMO FATOR CHAVE NO PROCESSO

PRODUTIVO: UM ESTUDO DA EMPRESA FRIOBOM

José Francinaldo Lucas da C. Monteiro¹


Lucas Alves Balbino²
Palloma Dejaíne Batista Alves³
Pio Marinheiro de Souza Neto 4

RESUMO
O presente artigo apresenta uma discussão acerca do layout empregado na empresa Friobom,
tendo como objetivo identificar se o arranjo físico utilizado está empregado eficientemente de
forma a melhorar a qualidade do processo produtivo. A metodologia utilizada é do tipo
descritiva com caráter quanti-qualitativa contendo um questionário estruturado em Escala de
Likert, aplicado aos funcionários da produção, além de uma entrevista com o gestor e uso da
observação do processo produtivo. Os resultados sugerem que os colaboradores ficaram
divididos tanto em relação a eficiência do arranjo físico atual, quanto a uma mudança no layout
para otimizar o tempo do processo produtivo. Os resultados sugerem ainda que o gestor acredita
que há sim um formato de layout mais eficiente que poderia ser empregado na produção, porém
devido a problemas estruturais ele necessitaria de tempo e investimento para realizar tais
mudanças. Percebe-se que, apesar da produção não estar usufruindo da sua capacidade máxima,
ainda assim ela não atrapalha o objetivo principal da empresa, que é proporcionar muita
variedade de produtos para seus diversos públicos.

Palavras-chave: Processo produtivo, layout, variedade.

ABSTRACT
This paper presents a discussion about the layout used in the company Friobom, in order to
identify if the physical arrangement is put efficiently in order to improve the production process
quality. The methodology used is of the descriptive type with a quantitative-qualitative
character, containing a questionnaire structured in Likert Scale, applied to the production
employees, and also an interview with the manager and use of the production process
observation. Results suggest the employees were divided both in relation to the efficiency of
the current physical arrangement and reggard a change in the layout to optimize the time of the
productive process. Results also suggest the manager believes there is a more efficient layout
format that could be used in the production, but due to structural problems it would require time
and investment to make such changes. Although production is not enjoying its maximum
capacity, it still does not disrupt the main objective of the company, which is to provide a wide
variety of products for its various audiences.

Key words: Production process, layout, variety.

1
Bacharelando em Administração na UFRN/CERES, Campus Currais Novos.
2
Bacharelando em Administração na UFRN/CERES, Campus Currais Novos.
3
Bacharelanda em Administração na UFRN/CERES, Campus Currais Novos.
4
Mestre em Engenharia de Produção (UFRN), Professor na UFRN/CERES, Campus Currais Novos.
1. INTRODUÇÃO

O mundo globalizado e as inovações tecnológicas vêm revolucionando a forma como


as organizações idealizam seus processos produtivos, tendo em vista que essas transformações
ocorridas na sociedade propiciam aos indivíduos uma enorme facilidade ao acesso às
informações, resultando em uma crescente exigência por parte dos consumidores que
modificam suas preferências constantemente, fomentando, assim, a competitividade entre as
empresas. Tendo em vista isso, estas estão buscando continuadamente melhorar seus processos
de produção com o intuito de atender às necessidades dos clientes, visando a fidelização destes
e, a partir disso, permanecerem em atividade no mercado.
Partindo dessa perspectiva, para obter uma produção com o máximo de eficiência
possível, é necessário levar em consideração inúmeras variáveis. Dentre elas, o planejamento
do espaço físico ganha relevância pelo fato de sistematizar a linha de produção e influenciar no
sucesso ou fracasso da empresa, já que um layout planejado de forma estratégica pode
minimizar custos e aumentar a produtividade significativamente, resultando em vantagem
competitiva para a organização quando comparada aquelas que não planejam o layout, pelo fato
de não enxergarem os diversos benefícios que este proporciona, como, por exemplo, a
otimização do tempo e mão-de-obra, assim acabam organizando seu espaço físico sem
estratégia alguma. Slack, Brandon-Jones e Johnston (2017) ressaltam que, caso um arranjo
físico seja estruturado aleatoriamente, isso ocasionará em um fluxo de produção extenso e
desorganizado que resultará em uma produção mais lenta, atrasando a entrega dos pedidos dos
clientes – muitas vezes comprometendo sua relação com estes –, além de aumentar os custos
de forma direta e/ou indiretamente.
Levando em consideração que o layout industrial influencia na produção das mais
variadas empresas independentemente do seu porte, buscou-se verificar a influência do arranjo
físico da produção da empresa Friobom. Esta é uma microempresa voltada para o ramo
alimentício, com foco na produção, venda e distribuição de picolés e sorvetes. Ao trabalhar com
esses tipos de produtos, faz-se necessária a utilização de um layout organizado que auxilie o
processo produtivo a se tornar mais cauteloso e ágil, evitando modificações na qualidade dos
produtos e possíveis prejuízos. Esse cenário se mostra ainda mais complexo tendo em vista a
grande variedade de produtos da Friobom que estão dispostos em mais de cinquenta sabores
diferenciados e em diversos tamanhos, exigindo da empresa um layout eficiente que
proporcione uma produção contínua, de forma que uma tarefa não interfira no processo
produtivo como um todo, já que as microoperações são interdependentes.
Diante do exposto, o presente artigo visa responder a seguinte problemática: O layout
utilizado na empresa Friobom está empregado eficientemente de forma a melhorar a qualidade
do processo produtivo?
Se mostra importante ressaltar que, neste trabalho, um processo produtivo de qualidade
dispõe das seguintes características: diminuição dos erros ocasionando em redução de custos, e
criação e entrega dos produtos e serviços conforme planejado (SLACK; BRANDON-JONES;
JOHNSTON, 2017). Neste contexto, surgindo a necessidade da obtenção de informações sobre
esta temática, o objetivo da pesquisa busca verificar se o arranjo físico do layout implementado
na empresa Friobom está posto de maneira eficiente a otimizar a qualidade do processo
produtivo. E, caso seja percebida a necessidade de alteração do layout, será sugerido um novo
modelo que possa contribuir para o aperfeiçoamento do processo produtivo.
Considerando que a estrutura física de uma empresa, sobretudo naquelas que possuem
uma linha de produção, é extremamente importante e decisiva para o alcance das metas
organizacionais, este artigo se mostra relevante pelo fato de possibilitar uma análise de layout
com o intuito de melhorar o processo produtivo da Friobom e, possivelmente, pode contribuir
para o arranjo físico de outras organizações, tendo em vista que se trata de uma produção
acadêmica que enriquece o estudo dessa área específica da produção.
Discorrendo sobre o objeto de pesquisa, a Friobom está localizada no município de
Currais Novos/RN, possuindo 21 anos de funcionamento, porém tendo sido registrada
oficialmente na Junta Comercial somente no ano de 2002. Atualmente atende um total de 19
municípios, sendo 18 no estado do Rio Grande do Norte e se expandido para o município de
Frei Martinho, localizado no estado da Paraíba. Com relação aos recursos de transformação que
integram a empresa, cinco funcionários compõem a equipe operacional e estes trabalham com
cinco máquinas e diversos freezers, além de uma câmara fria, onde os sorvetes e picolés são
produzidos e armazenados.
Tendo em vista essas informações, para analisar se há de fato um processo produtivo de
qualidade na empresa pesquisada, a metodologia empregada será uma pesquisa descritiva com
caráter quanti-qualitativa, utilizando um questionário composto por perguntas estruturadas em
Escala de Likert, bem como algumas subjetivas, que será aplicado aos cinco funcionários da
produção da empresa, para averiguar a opinião destes sobre a disposição do layout e do processo
produtivo como um todo; além de realizar uma entrevista individual com o gestor, objetivando
verificar se houve um planejamento na hora de decidir a forma que o layout está disposto e se
foi possível pôr em prática da forma idealizada no papel. Ademais, será feito o uso da
observação do processo produtivo para que, a partir dessas ferramentas, possam ser analisados
os seguintes fatores: organização do maquinário, divisão das tarefas e atuação da mão-de-obra.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO NAS EMPRESAS

As empresas são organizações que reúnem e empregam recursos buscando atingir


determinados objetivos, seja este lucro, atendimento de determinadas necessidades ou de
demandas da sociedade (CHIAVENATO, 2005). Para gerir uma empresa, é necessário que haja
um planejamento efetivo e tomadas de decisões acertadas, contudo, são diversas as variáveis
que devem ser consideradas para que isso ocorra de uma forma satisfatória.
Moreira (2008) divide o planejamento em três grandes níveis: o nível estratégico, que
leva em consideração políticas corporativas, elaboração de projeto de processos, escolha da
localização da fábrica, das linhas de produção, entre outras decisões; o nível tático, onde é
decidido onde e como os recursos serão utilizados; e o nível operacional, que consiste em
decisões de curto prazo referentes a tarefas rotineiras, como, por exemplo, controle de estoque.
Todos esses níveis estão interligados e as decisões tomadas em cada um deles impacta a
empresa de alguma forma, seja a longo, médio ou curto prazo.
Essas decisões realizadas pelos gestores resultarão em processos a serem executados,
sendo assim, quaisquer atividades importantes dentro das organizações fazem parte de algum
tipo de processo. Dentre os processos que estão presentes nas empresas, existem os
responsáveis por produzir os bens e serviços oferecidos por estas, ou seja, os processos
produtivos. Estes, por seu nível de complexidade, são geridos pela administração da produção,
que, de acordo com Chiavenato (2005, p.12) “utiliza recursos físicos e materiais da empresa
[...] e a tecnologia indispensável para que todos esses ativos tangíveis possam ser integrados
em uma atividade conjunta e coordenada”.
No entanto, não ocorre de forma simplória esse processo de integrar diferentes variáveis,
tendo em vista que ainda é necessário levar em consideração vários fatores que impactam o
processo de administrar as operações dentro das empresas, devido isso, essas organizações estão
tendo que se adaptarem para conseguirem se manter ativas no mercado de trabalho. De acordo
com Krajewski, Ritzman e Malhotra (2008), a melhoria significativa da produtividade, a
crescente competição a nível global, as rápidas mudanças nas tecnologias, questões éticas,
diversidade de mão-de-obra e questões ambientais estão entre os fatores que impactam as
empresas no século XXI.
Levando em consideração a grande variedade de fatores que podem impactar a
administração da produção, esta tem ganhando cada vez mais relevância sob o ponto de vista
estratégico das organizações, de forma que esse é determinante para a geração de bens e
serviços que estão sendo ofertados para os consumidores, portanto é enxergado como um fator-
chave no sucesso das organizações. Contudo, para que esse resultado seja alcançado, é
necessário que a produção busque seguir o planejamento que foi realizado anteriormente e
constantemente reveja as necessidades do seu público alvo para que, a partir disso, possa criar
estratégias para fidelização destes consumidores baseado em um produto/serviço diferenciado
do que há no mercado.
Slack, Brandon-Jones e Johnston (2017) ressaltam que dificilmente o planejamento de
todos os aspectos das ações, tanto atuais como futuras, é realizado pelas organizações, no
entanto, isso não significa que estas empresas não podem – e devem – traçar sua direção
estratégica, que auxiliem na criação de regras gerais que orientarão seu processo decisório.
Partindo dessa perspectiva, o gestor tendo em mente os objetivos organizacionais, tomará
decisões que influenciarão o processo produtivo como um todo, tendo em vista os inúmeros
caminhos na produção, como, por exemplo, quando um gestor opta por uma produção em larga
escala ao invés de uma produção com alto nível de variedade. Isso são tomadas de decisões e
interferem diretamente no produto ou serviço que estará sendo exposto no mercado.

2.2 QUALIDADE NO PROCESSO PRODUTIVO

O processo produtivo nas organizações baseia-se na cadeia de execução de tarefas e


varia conforme essas operações específicas, organizando e controlando os produtos/serviços
que ela pretende disponibilizar para o mercado. Levando em consideração que esse processo é
a forma pela qual a empresa realiza suas operações de produção, existe de maneira natural uma
interdependência entre as etapas do processo produtivo, de forma que, em muitos casos, uma
fase da produção não é realizada sem que a fase anterior seja realizada.
Todo processo produtivo é composto por recursos de transformação e recursos a serem
transformados, a relação entre eles ocorre no modelo input - transformação - output. Os recursos
a serem transformados podem ser materiais, informações e os próprios clientes, enquanto os
recursos de transformação são os funcionários e as instalações físicas responsáveis por atuar
sobre recursos transformados (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2017). Todos esses
recursos entram (input) na empresa, passam pelo processo de transformação e o resultado (as
saídas, output) são os produtos e serviços da organização.
No entanto, na prática não é algo tão simples, são inúmeras as variáveis a serem
consideradas e a empresa deve procurar focar somente nas que vão ajudar a atingir o objetivo
estabelecido pelos gestores da organização. Moreira (2008), ao discorrer sobre esse tópico,
afirma que os requisitos de qualidade que os produtos possuem, somente serão atingidos se
determinadas características estiverem de acordo com o que foi planejado e que um processo
industrial está sob controle apenas quando os produtos produzidos se mantêm dentro da
qualidade desejável.
Então, como pode ser percebido, a qualidade é algo complexo de ser alcançado. De
acordo com Chiavenato (2017), essa nada mais é do que a adequação a alguns padrões
previamente definidos, que são orientações quando se trata de projetar um produto ou serviço.
A qualidade também é um dos cinco principais objetivos de desempenho de produção e, como
afirma Slack, Brandon-Jones e Johnston (2017, p.519), “é o fator isolado mais importante que
afeta o desempenho de uma organização em relação a seus concorrentes”. Esse critério de
desempenho da produção é um requisito importantíssimo quando se fala em fornecer produtos
e serviços para o mercado, tendo em vista que a qualidade proporciona vantagens competitivas
perante os concorrentes no mercado, pelo simples fato de reduzir custos, otimizando tempo ao
evitar refazer processos operacionais e alcançar, talvez, um dos principais objetivos das
organizações: deixar os clientes satisfeitos para que estes retornem à empresa.
Além disso, é importante ressaltar que a qualidade dentro das operações da produção
varia conforme o tipo de processo executado, isto é, os objetivos de desempenho que são
priorizados na empresa irão determinar o tipo de processo produtivo, no entanto, a qualidade,
mesmo não sendo prioridade em todos os processos, acaba sendo a parte mais visível de uma
operação. Segundo Slack, Brandon-Jones e Johnston (2017, p.45), a qualidade de um
determinado bem ou serviço é “algo que um cliente encontra com relativa facilidade para julgar
a operação”, ou seja, é ela que causa, muitas vezes, a satisfação ou insatisfação nos clientes.

2.3 LAYOUT

O layout, ou arranjo físico, é um dos principais pontos que devem ser planejados com
bastante cautela quando uma organização busca qualidade no processo produtivo, tendo em
vista que este “se refere ao planejamento do espaço físico a ser ocupado e representa a
disposição de máquinas e equipamentos necessários à produção dos produtos/serviços da
empresa” (CHIAVENATO, 2005, p. 86). Pensar no arranjo físico significa tomar decisões
visualizando o processo produtivo como um todo e buscar sempre a melhor forma de como
dispor os seus recursos de transformação para trazer praticidade para a produção, pensando no
fluxo de materiais, informações ou, até mesmo, pessoas.
As decisões sobre o layout de uma produção influenciam em diversas variáveis. Moreira
(2008) explicita três principais motivos que mostra a relevância de tomar posicionamentos
pensando no arranjo físico. O primeiro deles é sobre como o arranjo pode afetar a produtividade
das operações, de forma que se houver um planejamento estratégico sobre esse setor da
empresa, podemos maximizar resultados utilizando os mesmos recursos de antes, sem realizar
mais investimentos. O segundo motivo assemelha-se ao primeiro, porém diferencia-se quando
se relaciona com mudanças no arranjo físico que ocasionam em menores gastos na produção.
Além disso, pensar estrategicamente no layout evita modificações constantes nos fluxos de
operações e, automaticamente, reduz consideravelmente os custos e evita dificuldades técnicas
para futuras reversões, impedindo que operações sejam interrompidas por má colocação de
equipamentos e instalações.
Moreira (2008, p.239) atenta-se que nada é imutável e reforça que

diversos fatores podem conduzir a alguma mudança em instalações já


existentes: a ineficiência de operações, taxas altas de acidentes, mudanças no
produto ou serviço, necessidade de expor mais convenientemente produtos ou
serviços ao cliente [...], mudanças no volume de produção ou fluxo de clientes,
e assim por diante.

Simplificando, arranjo físico é, normalmente, aquilo que se tem o primeiro contato dentro
da produção, pois representa a aparência desse processo. Um layout desorganizado gera um
fluxo confuso dos recursos, acarreta em um tempo longo de produção, mão-de-obra ociosa,
operações inflexíveis, além de uma fila de clientes insatisfeitos. Não bastando isso, pode causar
uma má impressão, sobretudo nas empresas que possuem visibilidade alta dos seus processos
produtivos para os clientes, acarretando até em possíveis perdas da clientela devido essa
desorganização. Slack, Brandon-Jones e Johnston (2017) ressaltam que o planejamento do
arranjo físico precisa começar com uma avaliação clara dos objetivos que o layout busca atingir.
No entanto, isso é apenas o início de um estágio que influencia excessivamente a produção.
Definir claramente os objetivos é essencial para a realização da escolha sobre qual o
tipo de layout que será implementado na organização. Existem diversas formas de se organizar
o arranjo físico de uma produção, porém Slack, Brandon-Jones e Johnston (2017) elencam os
quatro tipos mais comuns de layouts utilizados nas organizações:
Arranjo físico de posição fixa - Esse modelo de layout se caracteriza pelos recursos
transformados ficarem imóveis enquanto os recursos de transformação, como equipamentos e
pessoas, movem-se a medida que vai sendo necessário. Esse tipo de arranjo é comum para
produção de itens de larga escala, que possuem uma grande dificuldade de serem deslocados,
como, por exemplo, construções navais e civis;
Arranjo físico funcional - Neste formato de layout, os recursos similares estão
localizados juntos, e isso se dá pelo fato de que é conveniente agrupá-los para que a utilização
dos recursos transformadores se dê de uma forma eficiente. Dessa forma, quando recursos como
informações, produtos ou clientes percorrem pela operação, estes fazem rotas diferenciadas,
pois possuem necessidades diferenciadas, ou seja, nesse caso, os recursos transformados se
movimentam ao invés dos transformadores;
Arranjo físico celular - É caracterizado pelos recursos transformados entrando na
operação como pré-selecionados para movimentar-se para uma setor específico da operação.
Após passarem por uma determinada célula, os recursos transformados poderão seguir para
outra célula;
Arranjo físico por produto - Nesse tipo de layout os recursos transformados seguem um
fluxo ao longo de uma linha de processo, se tornando previsível e fácil de controlar. Além de
possuir um roteiro pré-definido, na qual a ordem de atividades propostas corresponde com a
sequência dos processos pensados para o arranjo físico anteriormente.
Pode acontecer alguns casos em que as organizações combinam elementos de vários
tipos de layouts distintos ao mesmo tempo para suprir uma necessidade diferenciada das
empresas, criando até seu próprio layout. Tudo isso vai resultar se a empresa foca o seu processo
produtivo nas características de volume ou variedade, aspectos esses que determinam o roteiro
da produção e como se dará o fluxo desta.

3. RESULTADOS

3.1 LAYOUT EMPREGADO NA EMPRESA FRIOBOM

A empresa Friobom dispõe para a produção dos seus produtos o total de 5 máquinas.
Uma máquina para fazer as caldas que serão utilizadas para a produção, uma para a
pasteurização, que é utilizada no processo produtivo dos sorvetes, uma para a produção do
picolé, uma embaladora de picolé e uma máquina para a produção do sorvete.
O layout empregado na empresa é do tipo funcional, no qual as máquinas e os processos
são dispostos por tipo, criando setores com máquinas destinada a mesma área tendo como
vantagem a possibilidade de ter variedade alta na produção. O arranjo físico usado pela empresa
está ilustrado na imagem a seguir:
Figura 1 - Layout utilizado pela empresa

Fonte: Os autores.
A empresa produz 2 tipos de produtos, que utilizam, no início do processo de produção
a mesma máquina e depois seguem fluxos diferentes. O fluxo da produção do picolé começa
com a máquina de caldas, em seguida a máquina de picolés e depois a máquina de embalar,
seguindo após para o estoque.
Figura 2 – Fluxo de produção do picolé

Fonte: Os autores.
Já o fluxo de produção do sorvete começa na máquina de caldas, em seguida passando
pelo pasteurizador e logo após a máquina de sorvete, depois de pronto segue para o estoque.
Figura 3 – Fluxo de produção de sorvete

Fonte: Os autores.

3.2 PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS ENTREVISTADOS

A partir dos questionários aplicados aos cinco colaboradores da indústria da Friobom,


buscou-se identificar, além do posicionamento destes sobre o layout empregado na produção,
o perfil socioeconômico dos trabalhadores. O perfil dos entrevistados consistiu em 80% de
funcionários do gênero masculino e 20% do gênero feminino, sendo que também 80% desses
recebem até um salário mínimo e 20%, ou seja, apenas 1 funcionário recebe entre 1 e 2 salários
mínimos, tendo em vista que na parte produtiva há apenas cinco funcionários. Em relação ao
tempo de serviço na empresa, 40% dos colaboradores estão atuando entre 2 e 5 anos, 20% entre
5 e 10 anos, 20% entre 10 e 15 anos e 20% estão na empresa há menos de 2 anos, sendo que
nenhum dos entrevistados faz parte da empresa há mais de 15 anos. Apesar disso, com os dados
coletados, verifica-se que os colaboradores já possui uma experiência significativa no setor
produtivo e, estando lá frequentemente, consegue analisar criticamente o arranjo físico utilizado
e dar sugestões consideráveis de como potencializar a produção.
Sobre as funções que os entrevistados exercem na empresa, tanto por meio dos
questionários aplicados com os funcionários, como pela entrevista com o gestor, ficou claro
que todos os colaboradores são multitarefas, ou seja, conseguem realizar todos os
procedimentos do processo produtivo, contudo, há o gerente de produção e um funcionário
específico para a produção de sorvetes, chamado de “sorveteiro”.
3.3 PRODUÇÃO E LAYOUT SOB O PONTO DE VISTA DOS COLABORADORES

Adentrando o tópico de estudo da presente pesquisa, o questionário procurou abordar


temas que vão desde se o layout empregado no processo produtivo é eficiente ou se esse causa
problemas na produção dos sorvetes e picolés, até a possibilidades de mudanças objetivando o
aumento da produção, a redução de custos e perdas e a otimização do tempo gasto. Como
relatado na metodologia, foram utilizadas dois tipos de escala de Likert, a primeira contendo as
seguintes opções: “Discordo totalmente”, “Discordo parcialmente”, “Nem concordo nem
discordo”, “Concordo parcialmente” e “Concordo totalmente”; e a segunda com as alternativas
a seguir: “Nunca”, “Raramente”; “Às vezes”; “Muitas vezes”; “Sempre”.
Para que haja qualidade no processo produtivo e nos produtos que estão sendo gerados,
é necessário que a produção seja eficiente, realizando de forma certa as coisas, buscando
produzir mais utilizando o mínimo de recursos possíveis. Tendo em vista isso, ao serem
indagados se o layout da empresa Friobom é, de fato, eficiente, os funcionários se mostraram
divididos, tendo em vista que 20% concordaram totalmente que o arranjo físico da empresa é
eficiente, 20% concordaram, porém parcialmente, que há de fato essa eficiência, 40% ficaram
indecisos, nem concordaram, nem discordaram da afirmação e 20% dos colaboradores
discordaram parcialmente que o layout da empresa Friobom é eficiente e ajuda a produção.
Um layout empregado sem um planejamento efetivo pode acarretar em diversos
problemas para o processo produtivo e assim prejudicar as chances da empresa em obter sucesso
no mercado de trabalho. Levando em consideração essa perspectiva, os trabalhadores
entrevistados foram perguntados se o arranjo físico utilizado na empresa causa problemas na
produção desta, com os dados obtidos foi possível constatar que 40% dos funcionários
concordaram parcialmente que a forma como os equipamentos estão distribuindo dentro do
espaço físico da organização está acarretando em problemas na produção dos produtos; 40%
não concordaram, nem discordaram que o layout causa problemas na produção; e 20% dos
entrevistados discordaram totalmente que o arranjo das máquinas ocasiona problemas na
produção dos picolés e sorvetes. Dessa forma, é interessante notar que cada colaborador possui
uma visão diferente sobre o processo produtivo dentro da empresa e as experiências desses com
o manuseio das máquinas pode influenciar grandemente nessa visão, alguns podem terem
presenciado problemas causados pelo layout da empresa, como também outros não devem ter
passado por uma situação desse tipo.
A forma como as máquinas serão posicionadas dentro do espaço físico da empresa é
diretamente afetada pelo tamanho do ambiente há disposição para a produção. Empresas que
focam na característica de volume, normalmente optam por um layout por produto/linear, que
possuem linhas de produção contínuas. Nesse caso é desejável que tenha um espaço físico
relativamente grande para que essas linhas possam serem postas em uma reta, contudo, nem
sempre a empresa consegue dispor de um estabelecimento grande o suficiente para atender essa
necessidade, tendo assim que se adaptar. No caso da Friobom, o foco da organização se mostra
muito mais na questão da variedade, tendo em vista que se trabalha com mais de 50 sabores
dentre os dois tipos de produtos, picolés e sorvetes, sendo esse um dos motivos pela escolha do
layout do tipo funcional na empresa.
Levando em consideração esse tópico sobre o tamanho do espaço físico influenciar na
escolha do layout, os colaboradores entrevistados foram perguntados se eles consideram o
espaço de produção da empresa pequeno em relação a quantidades de máquinas utilizadas na
produção. Verificando os dados coletados, foi possível perceber que 60% dos colaboradores
acreditam, totalmente ou parcialmente, que o tamanho do espaço físico é satisfatório para a
quantidade de máquinas. No entanto, 20% dos entrevistados concordaram parcialmente que o
espaço físico é pequeno em relação a quantidade de máquinas e 20% se mostraram indecisos.
No processo produtivo que utiliza um layout funcional, como é o caso da Friobom, a
matéria-prima passa por diversos setores/máquinas até chegar no produto final. Quando se
trabalha com esse tipo de arranjo físico, pode ocorrer de algum equipamento ser mais lento e
atrasar toda a produção, visando isso, 60% dos funcionários explicitaram que na empresa não
há nenhuma máquina que atrasa a produção, porém 20% concordaram parcialmente que uma
das máquinas utilizadas é lenta e ocasiona em atraso nos processos das outras máquinas, os
outros 20% nem concordaram ou discordaram com essa indagação.
Ainda sobre essa temática de retardo no processo produtivo, outro ponto abordado no
questionário aplicado com os funcionários foi se a função deles é atrasada pelo fato de se
movimentarem bastante entre as máquinas, tendo em vista que grande parte dos trabalhadores
são capazes de manusear todas as máquinas que estão dispostas no espaço físico da empresa.
Nesse caso, os funcionários mostraram concordância, sendo que 100% responderam que
discordam, totalmente ou parcialmente, que suas tarefas são atrasadas por se movimentarem
bastante entre as máquinas.
O layout de uma empresa, quando elaborado da forma correta, pode evitar uma grande
quantidade de problemas, principalmente com relação a perda de matéria-prima durante o
processo produtivo. No primeiro contato realizado com o gestor da empresa Friobom, este
relatou que não é extremamente frequente acontecerem perdas durante a produção dos seus
produtos, no entanto, ainda assim estas acontecem em média uma vez por mês. Essa informação
pôde ser constatada na entrevista com os funcionários, visto que 60% destes relataram que “às
vezes” percebem perdas durante o processo produtivo, contudo, 20% explicitaram que
percebem perdas raramente e outros 20% nunca notam o acontecimento dessas perdas. Nenhum
dos entrevistados marcou as opções “muitas vezes” e “frequentemente”.
Além das perdas, o arranjo físico posto da forma incorreta pode prejudicar tanto a
qualidade dos produtos, quanto o bem estar das pessoas que manuseiam as máquinas e
equipamentos, deixando estes vulneráveis a possíveis acidentes. Nas indústrias que fazem uso
de uma grande quantidade de funcionários, se o espaço físico não for amplo o suficiente, podem
ocorrer choques entre os colegas de trabalho, ocasionando em confusões e até acidentes mais
graves. Contudo, a quantidade de colaboradores na Friobom se mostra ideal, tendo em vista que
100% dos entrevistados relataram que nunca presenciaram e/ou vivenciaram um acidente na
empresa devido ao layout imposto na produção.
Tendo em vista todas essas informações discutidas e analisadas, os entrevistados foram
questionados se modificações no arranjo físico poderiam ajudar o processo produtivo em três
aspectos diferentes: maximizando a produção, reduzindo custos e perdas e otimizando o tempo
gasto nos processos.
Com relação ao aumento da produção, houve uma clara divisão nas respostas dos
entrevistados, 40% discordaram, totalmente ou parcialmente, que uma mudança no layout
poderia aumentar a produção, enquanto 40% concordaram, totalmente ou parcialmente, que a
produção seria maximizada com uma modificação do arranjo físico. Ademais, 20% não
responderam a pergunta.
Sobre a diminuição de custos e perdas, 40% dos entrevistados discordaram parcialmente
que a modificação do layout ocasionaria nessa redução, apenas 20% concordaram parcialmente
e 40% não conseguiram se posicionar, optando pela opção de nem concordar, nem discordar.
Esse resultado pode ter acontecido pois a questão de custos é de competência gerência,
dificultando estabelecer uma opinião clara sobre o tópico, já em relação às perdas, como a
maioria explicitou que não ocorrem com frequência, uma mudança no arranjo físico
provavelmente não iria influenciar bastante na redução dessas.
Por fim, acerca da otimização do tempo gasto nos processos, 40% concordaram, seja
parcialmente ou totalmente, que uma mudança no arranjo físico empregado na organização
reduziria o tempo gasto nas atividades realizadas, enquanto 40% discordaram totalmente dessa
afirmação, dando a entender que essa mudança não é necessário, apenas 1 funcionário não se
posicionou em relação ao tópico. Com relação aos que concordaram que deve haver uma
mudança no layout, estes deram sugestões para que houvesse uma melhora no processo
produtivo, tais como, colocar a pasteurizadora mais próxima da máquina responsável por fazer
o sorvete, tendo em vista que o material somente pode ser colocado na máquina do sorvete após
ser pasteurizado, além de trazer a câmara fria para dentro da sala onde ocorre a produção dos
picolés e sorvetes, pois essa fica um pouco distante dos equipamentos, necessitando que os
funcionários tenham que levar os picolés e sorvetes produzidos para estocar lá dentro, o que
leva tempo e esforço físico. Ambas sugestões estão relacionadas com a otimização do tempo
de trabalho e a movimentação desnecessária que poderia ser evitada, fatores importantes que
devem ser levados em consideração para obter um processo produtivo de qualidade.

3.4 ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE COM O GESTOR SOBRE O ARRANJO


FÍSICO NO PROCESSO PRODUTIVO

Para a realização da análise sobre a influência do layout no processo produtivo da


empresa em questão, além da aplicação do questionário aplicado aos colaboradores, foi
realizada uma entrevista em profundidade com o gestor da Friobom, José Ferreira de Lima
Filho, com o intuito de investigar se houve planejamento do layout empregado na produção e,
caso tenha existido, identificar quais foram os critérios de desempenho da produção que foram
levados em consideração no momento de empregar o arranjo físico em questão.
A partir desses tópicos, o gestor relatou ao longo da entrevista que houve sim um
planejamento do arranjo físico da produção, porém esse layout foi idealizado há vinte e um
anos atrás, logo quando foi iniciada a produção e esta era bem reduzida. Nesse período, ele
operava apenas com duas máquinas de pequeno porte e muitos processos produtivos ainda eram
realizados manualmente. Desse tempo até os dias atuais, apesar da produção ter crescido
consideravelmente e contar com a presença de cinco grandes máquinas que possui uma
capacidade produtiva alta, ainda assim o layout foi alterado apenas uma única vez há sete anos,
com o intuito de atender a produção que foi ampliada. Porém, ainda assim, os resultados
demonstram que adaptações podem ser feitas para se adequar às novas demandas que surgem
constantemente no mercado, como aponta a posição dos colaboradores da produção sobre o
layout, de forma que apenas 40% deles consideram o arranjo físico parcialmente e/ou
totalmente eficiente.
Ainda dentro desse contexto sobre a eficiência do layout empregado na produção, o
gestor ressalta que considera a ideia de realizar alterações no layout para que este possa
potencializar a produção dos sorvetes e picolés, mas o espaço da produção é, de certa forma,
pequeno, e inviabiliza essas mudanças atualmente pelo simples fato de que as máquinas atuais
possuem refrigeração a água que utilizam torres de resfriamento e tubulações específicas. Essas
torres devem ser postas no espaço de fora da produção e como o espaço é pequeno, acaba
impedindo que máquinas que devam estar postas juntas, como é o caso do pasteurizador e a
máquina de sorvetes, fiquem distantes e resulte em um processo mais longo que não é tão
eficiente. A partir disso, nota-se que a produção sofre influência de questões estruturais e que,
para ser mais eficiente, deve passar por mudanças que se adaptem a essa nova realidade.
O gestor também relatou que geralmente pede sugestões de melhorias para o layout da
produção aos seus colaboradores, pelo fato de que estes estão sempre em contato com as
máquinas, equipamentos, matéria-prima da produção, isto é, conhecem o bem produzido,
provavelmente identificam perdas do material no processo e enxergam os gargalos da produção
– caso existam – e possuem experiência suficiente para opinar sobre como a produção poderia
ser mais eficiente, maximizando o tempo e o trabalho da mão-de-obra.
Na última etapa da entrevista com o gestor da Friobom, foi abordado a seguinte
indagação: “Você acredita que o layout influencia na produção? Acredita que há um formato
de layout que evitaria menos perdas dos produtos e otimizaria mais o tempo?”. O empresário
argumenta que o arranjo físico sem dúvidas impacta diretamente no processo produtivo e
influencia em algumas variáveis, como o tempo de produção, esforço corporal da mão-de-obra,
volume de produção e, consequentemente, o estoque. Ele acredita também que existem layouts
mais eficientes do que ele está empregando atualmente em sua indústria, inclusive consegue
perceber um formato de arranjo físico extremamente eficiente, que seria todas as máquinas
enfileiradas para evitar o deslocamento constante dos operários, porém devido a características
estruturais, ele não consegue realizar uma mudança de layout tão rapidamente e necessitaria de
investimentos para realizar mudanças no prédio da produção, o que demanda planejamento e
tempo.
Ainda dentro desse contexto, o empreendedor ressaltou ainda na entrevista que a
quantidade de sorvetes e picolés produzidos variam conforme os períodos do ano. Nos períodos
de altas demandas, como os meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro sua produção
pode chegar a seis mil picolés por dia e cinco mil litros de sorvete também por dia. Contudo,
nos períodos de baixas demandas, como os meses de março, abril, maio e junho, esse número
cai consideravelmente, produzindo em torno de três mil picolés por dia e dois mil litros de
sorvete por dia, ou seja, quase 50% da produção reduz nos períodos de baixa.
A partir da análise dos dados coletados, tanto com os funcionários da Friobom, como
com o próprio gestor, nota-se claramente que o foco da produção da Friobom é voltada para a
variedade de produtos, tanto em relação aos sabores – que ultrapassam mais de cinquenta tipos
–, como também nas diversas opções de tamanhos dos sorvetes e picolés produzidos. Partindo
dessa perspectiva, percebe-se que, apesar de a produção não estar usufruindo da sua capacidade
máxima de fabricação dos produtos, ainda assim ela não atrapalha o objetivo principal da
empresa, que é proporcionar muita variedade de produtos para o mercado e assim atender as
necessidades e solicitações dos seus diversos públicos. Além disso, o gestor deixou claro em
sua entrevista que não dispõe de um espaço extenso para acúmulo de estoque, e também não é
a finalidade dele, já que opta por produzir lotes menores dos mais diversos produtos e ir
atendendo o mercado conforme a demanda, e repondo ponderadamente aquilo que for sendo
comercializado.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio do presente artigo foi possível perceber a importância do layout no processo
produtivo das empresas e os diversos aspectos que devem ser levados em consideração no
momento de escolher a forma como as máquinas e equipamentos estarão dispostos no ambiente
físico das organizações. Com essas informações, realizou-se uma avaliação do arranjo físico
empregado na empresa Friobom, para determinar se esse está posto de maneira eficiente para
que o processo produtivo da empresa tenha qualidade.
Os dados obtidos mostraram que o layout atual não é totalmente ideal para que a
produção ocorra sem perdas e tenha seu tempo otimizado. No entanto, tendo em vista que o
objetivo da organização é disponibilizar uma grande variedade de sabores para seus clientes,
buscando abranger um público alvo composto por pessoas de todas as faixas etárias, e não
produzir em larga escala, com um volume demasiadamente alto, o arranjo físico está suprindo
essa necessidade e ajudando a atender a demanda atual da empresa.
Os problemas mais significativos encontrados no layout utilizado atualmente são
causados pela estrutura física da empresa, como a questão das torres de resfriamento que
impossibilitam uma modificação expressiva no posicionamento das máquinas. No entanto,
enquanto a questão estrutural não é alterada, sugere-se o layout da figura 4 para que haja um
melhor desempenho na operacionalização dos 2 fluxos de produção utilizados pela empresa.
No modelo sugerido foi feita a mudança na posição de 2 máquinas. A máquina de
pasteurização, que antes ficava entre a máquina de caldas e a máquina de picolés, agora ficaria
ao lado da máquina de sorvete, tendo em vista que a produção do sorvete depende do processo
dessa máquina e trazendo ela para mais próximo irá otimizar a produção. A segunda sugestão
de alteração foi na máquina de embalagem, que fica logo depois da máquina de sorvete, um
pouco afastada da máquina de picolé, esta que é a máquina utilizada no processo anterior ao de
embalagem. Visto isso, sugere-se que a embaladora fique do lado da máquina de picolé para
uma maior eficiência na utilização das duas máquinas.
Figura 4 – Sugestão de layout para a empresa Friobom

Fonte: Os autores

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Administração da produção: uma abordagem introdutória. Rio


de Janeiro: Campus, 2005. 179 p.

KRAJEWSKI, Lee J; RITZMAN, Larry P; MALHOTRA, Manoj K. Administração da


produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pearson prentice hall, 2009. 615 p. ISBN:
9788576051725.

MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2. ed. São Paulo:


Pioneira, 2008. xii, 619 p. (Biblioteca Pioneira de administração e negócios) ISBN:
8522101353.

SLACK, Nigel; BRANDON-JONES, Alistair; JOHNSTON, Robert. Administração da


produção. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017. xxii, 698 p. ISBN: 9788597002676.

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