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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB

INSTITUTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 EXPERIMENTAL

RELATÓRIO 1 - COEFICIENTE DE DILATAÇÃO LINEAR

Matrícula Nome Completo

18/0104896 Letícia Fernandes Rios

18/0017781 Giovanna Soares Costa

17/0102807 Ezequiel dos Santos Doreia

PROF. MARIA APARECIDA GODOY SOLER PAJANIAN

Brasília, 2023
1. Introdução Teórica

Todos os corpos existentes na natureza, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos,


quando expostos à variação de temperatura, ficam sujeitos à dilatação ou contração
térmica.
O processo de dilatação acontece quando há acréscimo nas dimensões de um
corpo por influência do calor que lhe é transmitido. Ou seja, o fenômeno é explicado
pela variação das distâncias relativas entre as moléculas, associado ao aumento de
temperatura. Sendo assim, ao aquecer um corpo, ocorre um espaçamento entre as
moléculas em consequência da elevação do grau de agitação delas. Este
acontecimento é mais intenso nos gases, em seguida nos líquidos e, de forma mais
simples, nos corpos sólidos, conforme especificado em (AZEVEDO,2019). Sendo que
os líquidos e gases só podem dilatar volumétricamente, diferentemente dos sólidos
que dilatam linearmente, superficialmente e volumetricamente. Dessa maneira, a
dilatação pode ocorrer de três formas: linear, superficial e volumétrica.
Este relatório apresenta de forma teórica e experimental a dilatação linear, no
qual corresponde à dilatação unidimensional de um corpo, ou seja, dilatação térmica
que envolve apenas uma dimensão dilatada, neste caso, o comprimento. A Figura 1
abaixo ilustra este tipo de dilatação. Como por exemplo, a dilatação de um fio, no qual
o comprimento é mais considerável em comparação com sua espessura. Sendo assim,
corpos com formato mais alongado tendem a sofrer mais com este tipo de dilatação
(HELERBROCK, 2018).

Figura 1: Ilustração da dilatação linear. Fonte: (D’ÉGUA, s.d.)

No cálculo da dilatação linear as variáveis temperatura e comprimento são


correlacionadas juntamente com uma constante de proporcionalidade. Sendo assim, o
cálculo da dilatação linear é definida pela seguinte equação:

∆𝐿 = 𝐿0 α ∆𝑇 (1)

Onde, ∆𝐿 simboliza a variação do comprimento em centímetros ou metros, 𝐿0


representa o comprimento inicial, α indica o coeficiente de dilatação linear, no qual é
objeto de estudo deste relatório e por fim ∆𝑇 simboliza a variação de temperatura.
Além disso, em cada um dos casos de dilatação, seja ela linear, superficial ou
volumétrica, os coeficientes de dilatação determinam o quanto as dimensões de um
certo corpo podem variar de acordo com a temperatura (GOUVEIA, s.d.). Sendo
assim, a dilatação sofrida por um corpo depende diretamente da sua composição. Este
coeficiente é proporcional à variação das dimensões e à variação de temperatura, ou
seja, quanto maior for o coeficiente de dilatação, maior será a variação de temperatura.
Sabe-se que um sólido é formado por um conjunto de átomos, átomos esses que
estão interligados por forças interatômicas (forças que ocorrem dentro do próprio
átomo). Sendo assim, a constante de proporcionalidade pode ser definida como sendo
a razão entre o aumento fracional da distância interatômica (∆𝑥/𝑥0) e o respectivo
aumento de temperatura ∆𝑇. Como o comprimento do sólido corresponde à soma das
distâncias interatômicas, essa relação pode ser expressa em termos dos comprimentos
macroscópicos como

(𝐿 − 𝐿0)
α =
1
𝑥 (𝑇0)
𝑑𝑥
𝑑𝑇
≈ ( )
1
𝐿0 (𝑇 − 𝑇0) =
1
𝐿0
∆𝐿
∆𝑇
(2)

Outro conceito importante é a anisotropia, no qual os materiais dilatam em


proporções diferentes conforme as diferentes direções. Em geral, as propriedades
mecânicas dos materiais anisotrópicos são únicas e independentes nas três direções
mutuamente ortogonais. Madeira, cristais e metais laminados são alguns exemplos de
materiais anisotrópicos.
A partir destas teorias, este relatório apresenta a determinação experimental do
coeficiente de dilatação térmica linear de alguns materiais com formato mais
alongado, no qual possui um certo comprimento 𝐿0 e uma temperatura inicial. Ao
variar a temperatura, o comprimento portanto varia. Sendo assim, será verificado que
existe uma constante de proporcionalidade entre estas variáveis correlacionadas e o
tipo de material.

2. Objetivos

Este relatório tem como objetivo calcular o coeficiente de dilatação linear de


três metais desconhecidos a partir do aquecimento controlado de água conectado a um
dilatômetro, a fim de verificar a natureza da relação entre variação de temperatura e
variação de comprimento dos sólidos desconhecidos, identificar os metais a partir dos
seus respectivos coeficientes de dilatação linear e observar seus comportamentos de
forma gráfica.
3. Materiais

Para o experimento foram utilizados os seguintes materiais:

● Termômetro;
● Circulador de água com aquecedor e controle de temperatura;
● Três dilatômetros com tubos de metais desconhecidos (metal 1, metal 2 e metal
3);
● Relógio comparador;
● Fita métrica.

Descritos os materiais utilizados, a Tabela 1 apresenta o erro instrumental de


cada material utilizado no experimento.

Tabela 1: Erro instrumental dos equipamentos de medição


Materiais Erros instrumentais

Termômetro ± 0. 5 °𝐶

Fita métrica ± 0. 05 𝑐𝑚

Dilatômetro ± 0. 005 𝑚𝑚

Aquecedor com controlador de temperatura ± 1. 5 °𝐶

Os materiais estavam dispostos sobre uma bancada e organizados conforme


apresentado na Figura 2. Nesta Figura, é apresentado o conjunto circulador com
aquecedor e dilatômetro, os quais estão melhor detalhados nas Figuras 3 e 4,
respectivamente.
Figura 2: Dilatômetro conectado ao circulador de água com aquecedor (Fonte própria)

Figura 3: Circulador com aquecedor. Fonte: (UNB, 2023)


Figura 4: Dilatômetro conectado ao circulador de água com aquecedor. (Fonte própria)

Na Figura 4, nota-se que o dilatômetro possuía dois elementos: relógio


comparador (indicado por 1); e tubo metálico que se expande (indicado por 2).
Já na Figura 5 é apresentado o detalhamento do relógio comparador,
equipamento integrante do dilatômetro, onde os componentes do relógio indicados
como fuso, canhão e ponta de contato estão mais próximos à barra de metal que
deseja-se verificar a dilatação linear.

Figura 5: Relógio comparador. Fonte: (UNB, 2023)


Os materiais utilizados para o experimento foram disponibilizados pela
Universidade de Brasília e todos estavam disponíveis no laboratório de física
experimental 2.

4. Procedimentos experimentais

O cenário do experimento realizado conteve o tubo do Metal 2 fixado ao


dilatômetro, onde foi colocado um relógio comparador na extremidade. Internamente
no tubo houve a circulação de água com a utilização de um circulador de água com
aquecedor e controle de temperatura, conforme foi observado na Figura 2.
Sendo assim, inicialmente foi observado e verificado se todos os materiais
apresentados na seção anterior estão completos e devidamente instalados. Nesse
sentido, realizou-se as seguintes etapas:
1. Pressionou-se levemente o fuso do relógio comparador para verificar o seu
funcionamento. Na sequência, garantiu-se que o fuso estivesse encostado na
extremidade livre do tubo;
2. Garantiu-se que o parafuso próximo a extremidade livre do tubo não estava
apertado, para evitar que esse prenda a barra e cause erros nas medidas;
3. Verificou-se a tubulação que leva água do circulador ao tubo e a que leva do
tubo ao reservatório, garantindo que estas estão conectadas corretamente para
evitar derramamento de água;
4. Por fim, colocou-se água no reservatório localizado abaixo do circulador de
água com aquecedor, certificando-se de que o nível da água estivesse acima da
serpentina do circulador de água.

Ao realizar as etapas de preparação, foi necessário certificar que a temperatura


da água passando pelo circulador estivesse em torno de 5ºC, isso porque o
experimento será realizado com essa Temperatura Inicial. Para isso, foi colocado no
reservatório de água do circulador pedras de gelo para que possamos alcançar a
temperatura de 5ºC no termômetro. Assim que obtivemos a temperatura de 5ºC, foi
zerado o aro do relógio comparador e medido o comprimento inicial da barra (da
extremidade livre até o seu fim na extremidade fixa), utilizando a fita métrica. Com
isso, as informações iniciais deste experimento podem ser observadas abaixo:

Tabela 2: Valores iniciais do experimento


TIPO: METAL 2

Comprimento inicial (𝐿0) (59. 5 ± 0. 05) 𝑐𝑚


Temperatura inicial (𝑇0) (5 ± 0. 5) °𝐶

Em seguida, ligou-se o circulador e realizou-se ajustes da temperatura de forma


que fosse feita a medição da distensão a cada intervalo de 5ºC até a temperatura
máxima de 70ºC a partir do valor apresentado pelo relógio comparador. Ou seja, a
cada aumento de 5 graus, foi aguardada a estabilização da temperatura no painel do
circulador, o que era indicado pelo piscar de uma lâmpada no aquecedor. Ao
estabilizar, aferiu-se a temperatura da água e a medida indicada no relógio
comparador, que indicava a variação no comprimento do tubo (∆𝐿), que ocorria na
temperatura medida para cada caso. Este processo foi realizado até a temperatura de
70°C.
Assim, a Tabela 3 abaixo mostra os resultados das medições realizadas:

Tabela 3: Medidas de temperatura e dilatação efetuadas no Metal 2.


Metal 2

Temperatura (°C) −2
𝐿𝑑𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (10 𝑚𝑚)

5 0

10 7

15 12

20 16

25 21

30 26

35 33

40 38

45 42

50 49

55 54

60 60

65 65
70 71

Ao finalizar a coleta de dados vista na Tabela 3 acima, foi necessário trocar os


dados experimentais de dilatação, comprimento e temperatura com outros grupos da
disciplina para os metais restantes, neste caso, metal 1 e metal 3. A tabela 4 abaixo
apresenta os valores coletados referentes a estes metais (1 e 3):

Tabela 4: Medidas de comprimento, temperatura e dilatação coletadas do Metal 1 e


Metal 3.
Metal 1 Metal 3

𝐿0 = (61 ± 0. 05) 𝑐𝑚 𝐿0 = (64. 2 ± 0. 05) 𝑐𝑚

Temperatura (°C) −2
𝐿𝑑𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (10 𝑚𝑚)

5 0 0

10 4 7

15 8 15

20 12 21

25 16 26

30 20 34

35 25 41

40 29 46

45 34 53

50 38 60

55 43 68

60 47 75

65 51 82

70 55 88
Com isso, a partir dos dados aferidos do Metal 2 presente na Tabela 3 e os
dados coletados de outros grupos referentes ao Metal 1 e 3 presente na Tabela 4 será
possível realizar análises dos três tipos de materiais a partir de gráficos, bem como
realizar análises matemáticas a partir do cálculo do coeficiente de dilatação linear. As
análises e resultados deste experimento podem ser verificados na seção a seguir.

5. Análises e Resultados

5.1. Gráficos

A partir do experimento realizado em laboratório, e dos dados aferidos do


Metal 2 especificados na seção anterior a partir da Tabela 2, foi realizado um gráfico
da variação de comprimento em função da temperatura, conforme pode ser observado
na Figura 6 abaixo:

Figura 6: Gráfico da dilatação linear (variação do comprimento) em função da


temperatura do Metal 2. (∆𝐿 𝑥 ∆𝑇)
Dessa maneira, percebe-se que os pontos do gráfico acima se assemelham a
uma reta, e por isso, é viável a utilização de uma regressão linear conforme observado
na Figura 6, ou seja, os pontos apresentados no gráfico podem ser ajustados na forma:
ax + b.
Da mesma forma, a partir dos dados coletados dos outros grupos referentes ao
Metal 1 e 3, foi possível realizar um gráfico, indicado pela Figura 7, com as três
curvas da variação fracional do comprimento dos tubos (metal 1, metal 2 e metal 3)
em função da variação da temperatura, utilizando a regressão linear.

Figura 7: Gráfico da dilatação linear (variação do comprimento) em função da


temperatura dos três tipos de metais. (∆𝐿 𝑥 ∆𝑇)
Com isso, a partir da aproximação da curva experimental apresentada na Figura
7 com uma reta, é possível encontrar a correlação entre a variação de comprimento e a
variação de temperatura sendo uma função linear. Sendo assim, observa-se que na
dilatação linear destes materiais, o comprimento inicial é proporcional à temperatura
inicial, assim como o comprimento final é proporcional à temperatura final. Além
disso, a dilatação depende diretamente do material que constitui a barra, isso pode ser
verificado devido aos coeficientes de angulação distintos para cada curva,
concluindo-se que os metais são diferentes entre si.

5.2. Cálculo do coeficiente de dilatação linear

A partir das análises feitas acima, é possível realizar o cálculo do coeficiente de


dilatação linear para os três tipos de metais, utilizando a seguinte expressão:

1 ∆𝐿
α = 𝐿0 ∆𝑇
(3)

a. Metal 1

Considerando os valores presentes na Tabela 4 referentes ao Metal 1, utilizando


os dados referentes à temperatura de 10°C à 70°C, temos que o coeficiente de
dilatação linear desse material pode ser calculado como:

1 ∆𝐿 0,051 −6 −1
α = 𝐿0 ∆𝑇
= 61 * 60
= 13, 93 * 10 °𝐶

b. Metal 2

Considerando os valores presentes na Tabela 2 e 3 referentes ao Metal 2,


utilizando os dados referentes à temperatura de 10°C à 70°C, temos que o coeficiente
de dilatação linear desse material pode ser calculado como:

1 ∆𝐿 0,064 −6 −1
α = 𝐿0 ∆𝑇
= 59,5 * 60
= 17, 93 * 10 °𝐶

c. Metal 3

Considerando os valores presentes na Tabela 4 referentes ao Metal 3, utilizando


os dados referentes à temperatura de 10°C à 70°C, temos que o coeficiente de
dilatação linear desse material pode ser calculado como:
1 ∆𝐿 0,081 −6 −1
α = 𝐿0 ∆𝑇
= 64,2 * 60
= 21, 03 * 10 °𝐶

A partir dos cálculos realizados acima, temos o coeficiente de dilatação linear


para os três tipos de metais. Com isso, podemos realizar comparações destes
resultados experimentais com os valores encontrados na tabela da literatura. Esta
tabela pode ser observada na Tabela 5 abaixo:

Tabela 5: Coeficiente de dilatação linear dos principais tipos de metais conforme


literatura.
Material −1
α (°𝐶 )

Alumínio 22 . 10
−6

Cobre 17 . 10
−6

Ferro 12 . 10
−6

Vidro 8 . 10
−6

Chumbo 29 . 10
−6

Aço 12 . 10
−6

Ouro 15 . 10
−6

Zinco 25 . 10
−6

Platina 9 . 10
−6

Latão 20 . 10
−6

Dessa maneira, ao analisar a Tabela acima, pode-se deduzir quais os materiais


estudados no experimento, sendo então:

Tabela 6: Dedução dos tipos de materiais estudados neste experimento.


Tipo do Metal Material

Metal 1 Aço

Metal 2 Latão
Metal 3 Alumínio

6. Conclusão

A partir do experimento realizado e dos dados coletados, conclui-se que o


coeficiente de dilatação linear dos materiais observados (latão, alumínio e aço) são
proporcionais à variação de temperatura e comprimento. Isto ocorre devido à agitação
das moléculas a partir do aumento da temperatura. Além disso, foi possível determinar
os valores dos coeficientes de dilatação linear (α) dos materiais apresentados neste
relatório a partir de análises gráficas e matemáticas.
Ao observar o gráfico da Figura 7, percebe-se que os pontos não formam uma
linha reta perfeita, mas a partir da regressão linear realizada, os pontos se ajustam à
reta através do erro de cada medida. Além disso, observou-se que as “curvas” de
dilatação são distintas. Isso se deve ao coeficiente de dilatação que é diferente para
cada material. E conforme verificado na seção anterior, ao pegarmos as medidas de
temperatura e comprimento de cada material e aplicar na equação (3), o coeficiente
obtido foi bem próximo dos valores tabelados pela literatura.
Com isso, foi observado e analisado o comportamento de cada material a partir
do aumento gradual de temperatura. Conclui-se, portanto, a partir disso, que o
alumínio possui maior coeficiente de dilatação linear entre os outros dois materiais
estudados.
Sendo assim, após toda experimentação feita, pôde-se comprovar que os corpos
variam de comprimento quando sua temperatura muda, e que dependendo do material
ele varia mais ou menos em comparação com os outros.

7. Referências Bibliográficas

AZEVEDO, A. M. Dilatação Térmica, 2019. (Online). <https://www.educamaisbrasil


.com.br/enem/fisica/dilatacao-termica> Acesso em: 04/09/2023

BERTELLI, M. Dilatação Térmica, 2022. (Online). <https://querobolsa.com.br/enem/


fisica/dilatacao-termica> Acesso em: 04/09/2023

D’ÉGUA, P. Dilatação Térmica, s.d. (Online). <http://www.fisicapaidegua.com/teoria


/dilatacao.pdf> Acesso em: 04/09/2023

FISICA.NET. Constantes Físicas, Coeficiente de dilatação linear, 2023. (Online)


<https://fisica.net/constantes/coeficiente-de-dilatacao-linear-(alfa).php#:~:text=Coefic
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A2ncia%20m%C3%A9dia%20entre%20as%20mesmas.> Acesso em: 04/09/2023
GOUVEIA, R. Dilatação Térmica, s.d. (Online) <https://www.todamateria.com.br/dil
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HELERBROCK, R. Dilatação Térmica, 2018. (Online). <https://www.preparaenem.


com/fisica/dilatacao-termica.htm> Acesso em: 04/09/2023

UNB, Instituto de Física. Coeficiente de dilatação linear, 2023. Material interno


referente ao roteiro do experimento 1 da disciplina de Física 2 Experimental.

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