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UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO


DISCIPLINA FÍSICO-QUÍMICA

A LEI DE CHARLES

Adalto Ferreira Silva


Heverlo Faro de Menezes
Leyla Araújo dos Santos
Maria Daniela Silva dos santos
Pâmela Nogueira Santos
Vinícius Vitório Soares Alves

Aracaju - SE
2014
UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO
DISCIPLINA FÍSICO-QUÍMICA

A LEI DE CHARLES

Adalto Ferreira Silva


Heverlo Faro de Menezes
Leyla Araújo dos Santos
Maria Daniela Silva dos santos
Pâmela Nogueira Santos
Vinícius Vitório Soares Alves

Pesquisa bibliográfica e relatório da prática


realizada em Março de 2014, da disciplina Físico-
química, turma E02, ministrada pela Prof.ª Katlin Ivon
Barrios Eguiluz, na Universidade Tiradentes.

Aracaju - SE
2014

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SUMÁRIO

1 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA.............................................................................4

2 OBJETIVO..............................................................................................................6

2.1 GERAL...................................................................................................................6

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...................................................................7

3.1 MATERIAIS...........................................................................................................7

3.1.1 VIDRARIAS.....................................................................................................7

3.1.2 EQUIPAMENTO..............................................................................................7

3.1.3 UTENSÍLIOS....................................................................................................7

3.2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL.....................................................................7

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................9

5 CONCLUSÃO.......................................................................................................12

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................13

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1 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

O estado mais simples da matéria é um gás, uma forma da matéria que ocupa
qualquer recipiente que a contenha. Um gás difere de um líquido pelo fato de ter suas
moléculas muito separadas umas das outras, exceto durante as colisões, e que se movem
em trajetórias que são muito pouco perturbadas pelas forças intermoleculares
(ATKINS,2008).
O estado físico de uma substância é definido por suas propriedades físicas. O
estado de um gás puro, por exemplo, fica definido pelos valores do volume que ele
ocupa V, da quantidade de substância, n, da pressão, p, e da temperatura T (ATKINS,
2008).
Então, basta que se especifiquem três dessas variáveis para que a quarta seja
fixada, então, matematicamente, as propriedades de um gás podem ser escritas da
seguinte forma: p=f(T.V.n), através desta equação, mostra-se que se for conhecido o
valor de T, V e n podemos obter o valor da respectiva pressão do gás.
A pressão é definida como força dividida pela areia sobre a qual a força é
aplicada. Quanto maior for à força que atua sobre uma área, maior será a pressão
(ATKINS,2008).
A força de um gás é oriunda da quantidade de colisões que há das moléculas
com a parede. A temperatura, T, é a propriedade que indica o sentido do fluxo de
energia através de uma parede rígida e termicamente condutora (ATKINS, 2008)
Charles, posteriormente mostrou que a constante C é uma função da temperatura
(CASTELLAN,1986).
As experiências de Charles mostraram que, para uma massa fixa de gás sob
pressão constante, o aumento relativo do volume por grau de aumento de temperatura
era o mesmo para todos os gases nos quais ele fez medidas (CASTELLAN, 1986).
Para explicar o efeito da temperatura na pressão de um gás, precisamos
acrescentar uma característica nova ao nosso modelo molecular, quando a temperatura
de um gás e elevada a velocidade media das moléculas aumenta. Como resultado deste
aumento na velocidade, cada molécula choca-se mais frequente com as paredes e com a
força. Portanto, o gás exerce uma maior pressão quando a temperatura e elevada a
volume constante (ATKINS, 2007).

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Podemos usar esse mesmo modelo para explicar o efeito da temperatura no
volume de um gás. Para manter a pressão constante, as paredes precisam se movimentar
e aumentar o volume disponível para o gás, assim o volume de um gás aumenta quando
a temperatura e elevada a pressão constante (ATKINS, 2007).

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2 OBJETIVO

2.1 GERAL
Determinar experimentalmente a relação entre o volume e a temperatura de

uma amostra de ar a pressão constante.

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3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS

3.1.1 Vidrarias
 Kitassato de 400 mL

3.1.2 Equipamento
 Chapa Aquecedora

3.1.3 Utensílios
 Garra metálica

 Mangueiras

 Termômetro de -50 a 150 ºC

 Suporte universal

 Rolha de borracha com orifício central para vedar o Kitassato

 Seringa de 50 ml

 Parafilm

3.2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL

Iniciando o procedimento experimental, foi medida a temperatura no interior do


kitassato, a qual correspondeu à temperatura ambiente, após isso foi montado
cuidadosamente o sistema (Kitassato, acoplado à seringa, e vedado com a rolha
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acoplada ao termômetro), foi colocado posteriormente a vidraria para aquecimento na
chapa aquecedora. Assim, a medida que a temperatura do sistema vai aumentando, é
possível obter os valores da variação de volume do gás visualizada no êmbolo da
seringa, logo para efeito de dados utilizando os valores da temperatura e de volume a
cada variação de 10 mL no êmbolo da seringa, iniciando de 0 á 60 mL. O ensaio foi
feito em duplicata, com isso foram montadas tabelas de cada ensaio. Finalizando, o
sistema foi retirado da chapa aquecedora e deixou-se esfriar até a temperatura ambiente.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O grupo iniciou o procedimento, montou o equipamento experimental e


posteriormente foi ligada a chapa aquecedora, observou-se que ao elevar a temperatura
o êmbolo da seringa não mexia, com isso foi verificado que o equipamento estava mal
vedado portanto proporcionando vazamento de gás, por esse motivo o êmbolo da
seringa não se moveu. O experimento foi transferido para outra bancada onde estava
sendo obtidos resultados coerentes e assim iniciou-se um novo procedimento
experimental, que foi possível obter resultados, conforme se pode verificar nas tabelas
abaixo.
Tabela 1 – Dados de Temperatura x Volume, obtidos no experimento 1.
Temperatura (ºC) 23° 42º 48º 54º 60º 78º 98º
Volume 0 10 20 30 40 50 60
Fonte: Dados dos próprios autores.

Realizou-se experimento em duplicata, a fim de comparar os resultados obtidos


no final do ensaio, como podemos verificar na Tabela 2.

Tabela 2 – Dados de Temperatura x Volume, obtidos no experimento 2.


Temperatura (ºC) 40° 44º 45º 55º 57º 68º 74º

Volume (ml) 0 10 20 30 40 50 60
Fonte: Dados dos próprios autores.

Comparando as tabelas obtidas no experimento, pode-se perceber que a


temperatura inicial na Tabela 1, corresponde a temperatura ambiente já a temperatura
inicial do experimento 2 está acima da temperatura ambiente, podendo inferir que para
efetuar a duplicata não houve um resfriamento eficaz, para manter as mesmas condições
do experimento.
Foi construído gráficos onde podemos observar o comportamento dos valores
obtidos nos experimentos; como podemos verificar no Gráfico 1 abaixo, que retrata a
curva de ensaio obtida no experimento 1.

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Gráfico 1- Gráfico da Lei de Charles, Volume x Temperatura, obtidos no experimento 1.

Lei de Charles(Experimento 1)
70
60 f(x) = 0.858401460433368 x − 19.4193983649496
R² = 0.947307325978252
50
Volume (mL)

40 Series2
30 Linear (Series2)
20
10
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Temperatura (ºC)

O Gráfico 2 abaixo, mostra a curva de ensaio obtida no experimento 2.

Gráfico 2-Gráfico da Lei de Charles, Volume x Temperatura, obtidos no experimento 2.

Lei de Charles (Experiemento 2)


70
60
f(x) = 1.65402567094516 x − 60.4988331388565
50 R² = 0.956971995332555
Volume (mL)

40 Series2
30 Linear (Series2)
20
10
0
35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
Temperatura (ºC)

Através dos resultados obtidos e dos seus respectivos gráficos de cada

experimento, dizemos que a Série 1 é a sequencia de pontos da amostragem ou seja,

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representa a curva do ensaio composto pelos pares ordenados obtidos no experimento, e

a reta Linear(Série 1) representa a regressão linear da série 1. De acordo com os valores

experimentais obtidos não é possível fazer uma média dos dados experimentais pois os

valores de temperatura inicial e final são bem distintos, logo os dados foram isolados a

cada experimento a fim de não cometer um erro estatístico. A regressão linear do

Gráfico 1 obteve-se a seguinte equação da reta y = 0,8584x - 19,419, tendo como

coeficiente de correlação R² = 0,9473, já no Gráfico 2 obteve-se a seguinte equação da

reta y = 1,654x - 60,499, tendo como coeficiente de correlação R² = 0,957. Das equação

da reta obtida em cada experimento, em comparação com a lei de Charles, se pode

inferir que a quantidade fixa de um gás sobre pressão constante, o volume varia

linearmente com a temperatura, a lei de Charles é expressa:V= K.T, sendo K uma

constante de proporcionalidade. O gráfico VxT apresentado acima representa a função

V = k.T, conforme postula a lei de Charles, no qual pelo experimento podemos deduzir

que V=Vo+tgαT , no experimento 1 V=-19,419+0,8584T e no experimento 2 V=-

60,499+1,654T; onde a constante K=0,8584 no experimento 1, e para o experimento 2

K=1,654.

De acordo com os gráfico, também foi possível obter a quantidade de matéria do


gás confinado no sistema, p.V=nRT , considerando um sistema isobárico (pressão
constante), temos: V=nRT; considerando a variação de 2 pares ordenados obtido no
gráfico (V,T) em cada experimento, e sabendo que R= 0,082 atm.L/mol.K, utilizando a
temperatura na escala Kelvin, foi obtido n=0,0126 mols para o experimento 1, e para o
2 n=0,0124mols.
Conforme o experimento, as possíveis fontes de erro ou limitações obtidas e o
efeito de erro experimental ocasionado nos resultados do ensaio, seria vazamento de ar,
pois com isso não seria possível mensurar a variação do volume no êmbolo, e com isso
também seria impossível determinar a relação da temperatura e volume.

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5 CONCLUSÃO

O objetivo do ensaio da Lei de Charles foi alcançado, pois foi possível

determinar experimentalmente a relação entre o volume e a temperatura da

amostra do ar na seringa a pressão constante. Através do ensaio pode-se

verificar a aplicabilidade da Lei de Charles, onde o comportamento de um

gás real pode se aproximar ao comportamento de um gás ideal, no qual a

relação entre volume e temperatura segue uma linearidade. Através dos

dados experimentais, também foi possível determinar a quantidade de gás

(ar) que ficou totalmente definido no volume da amostragem, ou seja,

determinação do número de mols.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINS P, DE PAULA J, Físico - Química. Volume 1. Livros Técnicos e Científicos,

8ª Edição, 2008, pag 03-04.

ATKINS P. JONES L, Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o

Meio Ambiente, Editora BOOKMAN, 3ª Edição, 2007, pag 269.

CASTELLAN, GILBERT W, Fundamentos de Físico - Química 1ª Edição 1986,pag

08.

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