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UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO


DISCIPLINA FÍSICO-QUÍMICA

LEI DE GRAHAM DE DIFUSÃO E EFUSÃO

Leyla Araújo dos Santos


Maria Daniela Silva dos santos
Pâmela Nogueira Santos
Vinícius Vitório Soares Alves

Aracaju - SE
2014
SUMÁRIO

1 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA 4

2 OBJETIVO 6

2.1 GERAL 6

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 7

3.1 MATERIAIS 7

3.1.1 Vidrarias 7

3.1.2 Equipamento 7

3.1.3 Utensílios 7

3.2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL 7

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 9

5 CONCLUSÃO 12

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13
1 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

Um gás é definido como uma substância que se expande espontaneamente para


preencher completamente o recipiente no qual está contido de maneira uniforme. Neste
estado, as forças de atração intermoleculares são fracas devido às distâncias entre essas
moléculas serem grandes de maneira que talvez elas nem se toquem durante a maior
parte do tempo. Tais forças, por serem baixas, permitem uma movimentação mais
rápida. Para medir a velocidade com que determinado gás se movimenta Thomas
Graham, um químico inglês, realizou alguns experimentos e relatou os resultados
observados para essas velocidades de difusão de vários gases (KERN, 1980).
Segundo (HALLIDAY, 1995), o enunciado da Lei de Graham diz que “A
velocidade de difusão de um gás através de outro é inversamente proporcional à raiz
quadrada da densidade do gás”. A lei ampliada de Graham pode ser aplicada de modo a
se comparar as razões entre velocidades de difusão e pesos moleculares de dois gases
distintos. A razão entre as velocidades de difusão dos dois gases é igual à raiz do
inverso da razão entre os pesos moleculares dos dois gases.
Graham relatou também uma segunda observação: “Efusão de um gás é sua
passagem através da abertura de um buraco de agulha ou orifício.” A lei da efusão de
Graham é análoga à sua lei da difusão (SELTRE, 1996).
A difusão é o termo dado à passagem de uma substância através de outra. Nos
sólidos, o processo de difusão é muito lento, tão lento que são necessários métodos
especiais para detectar e medir a velocidade de difusão; nos líquidos, a difusão ocorre
mais rapidamente. Já para os gases, a difusão é muito rápida, e, além disso, é
frequentemente auxiliada pelas correntes de convecção no ar, que faz com que seja
ainda mais veloz. A efusão é o processo pelo qual um gás passa através de um orifício, e
obedecem as mesmas propriedades da efusão, no que diz respeito à velocidade dos
gases (RUSSEL, 1994).
Existem dois tipos de processos, a difusão e a efusão, que mostram como as
velocidades médias das moléculas dos gases se relacionam com a massa molar. São
fenômenos semelhantes e provocados pelo mesmo motivo que é a tendência natural que
um sistema gasoso tem de atingir um estado máximo de desorganização (ATKINS ET
JONES,2001).
A difusão é a dispersão gradual de uma substância em outra substância. Para os gases,
este é um processo relativamente veloz, comparando-se com os líquidos e sólidos
(CASTELLAN, 2001).
A efusão é a fuga de um gás para o vácuo através de um orifício pequeno. O gás escapa
pela abertura porque ocorrem mais colisões com orifício do lado de alta pressão do que
o do lado de baixa pressão e como consequência passam mais moléculas da região de
alta pressão para a região de baixa pressão (ATKINS ET PAULA, 2011).
Thomas Graham fez uma serie de experiências sobre a velocidade de difusão de gases.
De acordo com os experimentos realizados, estabeleceu-se a Lei de Difusão de Graham
a qual diz que a velocidade de difusão de um gás através de outro é inversamente
proporcional à raiz quadrada da densidade do gás, ou de maneira mais ampla, a
velocidade de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua
densidade ou de sua massa molecular (BALL, 2005).
2 OBJETIVO

2.1 GERAL

Estudar a velocidade de difusão dos gases com base em experimento,


demonstrando e aplicando a Lei de Graham. Comparar os resultados obtidos
experimentalmente com os dados previstos teoricamente.
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS

3.1.1 Vidrarias
 02 Béquer de 250 mL

 02 vidros de relógio

 01 Tubo de vidro de 70 cm de comprimento por 02 cm de diâmetro

3.1.2 Equipamento
 Suporte metálico

3.1.3 Utensílios
 01 Garra Metálica

 Caneta para retroprojetor

 01 Régua

 02 Rolhas

 02 Pinças

 02 Pipetas de Pasteur

 Algodão

 01 Cronômetro
 Fita veda rosca

3.2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL

O experimento foi desenvolvido na capela, inicialmente foi encontrado o sistema


do equipamento experimental pré-pronto, no qual consiste em dois suportes metálicos
estava um ao lado do outro acoplado com uma garra metálica em cada um, preso a garra
colocou um tubo de vidro de 70 cm na posição horizontal. Iniciando o ensaio, com o
auxilio de dois pedaços de algodão (aproximadamente o mesmo tamanho), deixou-se no
mesmo formato da extremidade do tubo para que não houvesse dificuldade na entrada
do mesmo, e com isso foi colocado os dois algodões no vidro de relógio (um em cada
vidro) e com a pipete de Pasteur mediu-se 2 ml de amônia para o algodão do lado
esquerdo e 2 ml de ácido clorídrico para o algodão da direita. Com ajuda das pinças
(isolada na pontas com a fita veda rosca, a fim de não contaminar com a substância
antigamente utilizada na pinça) pegou-se os algodões e colocou-se na extremidade da
esquerda o algodão com amônia e no da direita o algodão com o ácido clorídrico e
tampamos com as rolhas. Assim que as extremidades foram tampadas o cronômetro foi
disparado para marcar o tempo, até a formação de um anel branco. Quando se foi
possível a observação da formação do anel no tubo, parou a contagem do cronômetro e
mediu-se a distância que o anel branco estava com as extremidades, no lado com o
algodão com HCl, e com NH3. Com essa etapa concluída, fez-se a limpeza do tubo e
repetiu-se o experimento mais duas vezes. Com todas as etapas concluídas construímos
a Tabela 1 abaixo.

Tabela 1:Valores de tempo e distância obtidos nos experimentos


Experimento Tempo(s) Distancia HCl(g) (cm) Distancia NH3(g) (cm)
1 1,28 17 18
2 1,26 20 18,5
3 1,20 19 17
Média 1.24 18.6 17,8
Fonte: Dados dos próprios autores.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com os dados experimentais foi possível calcular os valores médios


das velocidades de difusão e efusão de cada gás no tubo.

NH3

HCl

Calculando a relação de massa molar das substância, temos o valor teórico e


valor prático, onde pode-se observar que existe uma relevante diferença entre o valor
teórico, e o valor prático encontrado.

Calculando o erro experimental entre as velocidades de difusão de cada gás


temos:

A partir dos dados da Tabela 2, foi possível construir um gráfico das velocidades de
difusão dos gases (H2, NH3, N2, HCL, He, Cl2 ) x Peso molecular, como segue o
Gráfico 1 abaixo.
Tabela 2: Valores das velocidades de difusão de diferentes gases.
Gás V (cm/100s) MM(mol)
NH3 21,19 17
H2 31,0 2
HCl 22,14 36
He 22,0 4
N2 8,3 28
Cl2 5,2 71
Fonte: Protocolo de experimentos.

Gráfico 1- Dados das Velocidade de difusão dos gases x Peso molecular

Figura 1- Valores das velocidades de difusão de diferentes gases.


Fonte: Protocolo de experimentos.

No Gráfico 1 é possível observar que, quanto menor a massa molar dos


gases, maior é sua velocidade de difusão. Isso é visto de acordo com a curva do gráfico,
onde os valores da massa aumentam e a velocidade diminui, porém os valores
encontrados experimentalmente da Amônia e do Ácido Clorídrico não se enquadram na
curva do ensaio,
.
Para comprovar a relação indicada na Lei de Graham, á partir da Tabela 3 abaixo,
foi construído o Gráfico 2 Velocidade de difusão dos gases x Peso molecular (log x
log).
Tabela 3: log x log.
Gás logV (cm/100s) logMM(mol)
NH3 1.1553 1,2304
H2 1,4913 0,3010
HCl 1,1760 1,5563
He 1,3424 0,6020
N2 0,9190 1,4471
Cl2 0,7160 1,8512
Fonte: Dos próprios autores do trabalho.

Gráfico 2- Velocidade de difusão dos gases x Peso molecular (log x log).

Figura 2- Log x log.


Fonte: Dados dos próprios autores do trabalho.

Seguindo o mesmo raciocínio do Gráfico 1, o Gráfico 2 atua da mesma forma para


os gases, pois quanto maior o log da massa molar do gás, menor é o log da velocidade
de difusão do mesmo. Mostrando, mais uma vez, a relação inversa de proporcionalidade
no gás, entre o peso molecular e sua velocidade de difusão.

Equacionando a equação química que ocorreu dentro do tubo no procedimento


experimental, tem-se: NH3(g) + HCL(g)  NH4Cl(s) ; no ensaio foi observado a
difusão do NH3 em HCL formando uma névoa branca no tubo, que se trata do sólido
Cloreto de Amônio.
5 CONCLUSÃO

O objetivo do ensaio da Lei de Graham foi alcançado, pois foi possível observar

experimentalmente a difusão da Amônia em Ácido Clorídrico, na visualização da

névoa branca do Cloreto de Amônio (NH4Cl(s)) formado. Porém os resultados

evidenciados em gráficos não foi totalmente satisfatório pois não se conseguiu

enquadrar totalmente a curva da Lei de Graham devido algum erro ocorrido no

ensaio, este erro foi de aproximadamente 52,17% considerado um erro elevado.


6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY. Fundamentos de Física II, quarta edição, LTC – livros técnicos e

científicos, Editora JC, SP, 1995.

KERN, D. “Processos de Transmissão de Calor” – Ed. Guanabara Dois, 1980.

SELTRE R. Fundamentos de Química V. Único, São Paulo: Ed. Moderna, 1996,

Pag.163

RUSSEL, JOHN BLAIR. Química Geral. Tradução de Márcia Guekezian. 2. Ed. São

Paulo: Makron Books, 1994.

ATKINS, P., JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o

meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001.

ATKINS, P., DE PAULA, J. Físico-Química: fundamentos. 5 ed. Rio de Janeiro,

2011. 

CASTELLAN, G.W. Fundamentos de Físico-Química. 2 reimpr. Rio de Janeiro:

Livros técnicos e científicos, 2001.


BALL, DAVID. W. Físico-Química, vol. 1, editora Thomson, 2005.

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